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Controle de Constitucionalidade

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Controle de ConstitucionalidadeControle de Constitucionalidade 
 O controle de constitucionalidade serve para retirar do ordenamento toda norma
incompatível com a Constituição Federal. Pressupõe a supremacia da
Constituição e a rigidez constitucional. 
 Não. O Brasil não adota a teoria de OTTO BACHOFF.
Teoria de Otto Bachoff: Vislumbra a possibilidade de normas constitucionais
serem inconstitucionais. Ou seja, dentro da constituição existiria normas
superiores que outras.
Controle Político: Ocorre antes da lei entrar em vigor, feito pelo legislativo e
executivo 
Controle difuso caracteriza-se, principalmente, pelo fato de ser
exercitável somente perante um caso concreto a ser decidido pelo Poder
Judiciário. A declaração de inconstitucionalidade, nesse caso, é
necessária para o deslinde do caso concreto, não sendo pois objeto
principal da ação. 
Controle Concentrado procura-se obter a declaração de
inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo em tese,
independentemente da existência de um caso concreto, visando-se à
obtenção da invalidação da lei, a fim de garantir-se a segurança das
relações jurídicas, que não podem ser baseadas em normas
inconstitucionais. A declaração de inconstitucionalidade é, pois, o objeto
principal da ação.
Controle Jurisdicional- Difuso/Concentrado: O sistema de controle jurisdicional
dos atos normativos é realizado pelo Poder Judiciário, tanto através de um
órgão(controle concentrado) como por qualquer juiz ou tribunal( controle
difuso).
 
 Controle Misto: O Brasil, adotou o sistema jurisdicional Misto, porque é
realizado pelo Poder Judiciário, tanto de forma concentrada ( Controle
concentrado) como por qualquer juiz ou tribunal ( controle difuso) 
 OBS. A única exceção que permite controle repressivo (judicial) de
projeto de lei é quando o projeto se refere a criação de lei que viole direito
liquido e certo de parlamentar (cabe mandado de segurança)
 
 
Controle Político
 O Poder Legislativo controla a constitucionalidade por meio da Comissão de
Constituição, Justiça e Redação da Câmara dos Deputados (art. 32, IV do
Regimento Interno) e Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado
Federal.
Manifestação HistóricaManifestação Histórica
 O controle difuso surgiu primeiro – Caso Marbury versus Madison (1803). O
Presidente da Corte, John Marshall entendeu que ou a Constituição prepondera
sobre a legislação a ela contrária, ou o Legislativo a mudaria por lei ordinária.
Fixou a supremacia constitucional com dever dos juízes de negar a aplicação às
leis contrárias à Carta. O controle de constitucionalidade difuso encontra-se no
Brasil desde a 1ª Constituição republicana (1891), pois a Constituição Imperial
(1824) não estabeleceu qualquer tipo de controle
O controle de constitucionalidade de lei ou ato normativo é o
procedimento existente nos países de Constituição rígida para verificar
se são compatíveis com a Constituição vigente. 
Controlar a constitucionalidade significa verificar a adequação da
compatibilidade de lei ou ato normativo com a Constituição, verificando os
requisitos formais e materiais.
Existe o controle de constitucionalidade de norma
constitucional?
 O Brasil adota o sistema de controle misto, pois engloba o político e o judicial.
Ocorre, preventivamente, pelos órgãos do Poder Legislativo e do Executivo
durante a realização do processo legislativo, a fim de impedir o ingresso de lei
que contrarie a Constituição.
Após a entrada da lei entrar em vigor, o controle pode ser repressivo por via do
Poder Judiciário (controle judicial). Visa expurgar do ordenamento jurídico a lei
ou ato normativo inconstitucional.
 Ampliou a legitimação para a propositura de Ação Direta de
Inconstitucionalidade (art. 103); 
Controle das omissões legislativas;
Criação da arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF);
 Criação da Ação Declaratória de Constitucionalidade.
 A Constituição Federal de 1988 trouxe quatro inovações:
1.
2.
3.
4.
Tipos de Controle de Constitucionalidade
 OBS. Na Constituição de 1967, quem podia requerer a inconstitucionalidade
era o Procurador Geral da República: 
 
Ocorre antes do projeto de lei ser votado pelas Casas do Congresso – art. 101 do
Regimento Interno.
Trata-se de controle preventivo, pelos órgãos do Poder Legislativo ou do Poder
Executivo durante a tramitação do processo legislativo. 
Não cabe controle repressivo (judicial) para obstar a tramitação do projeto de
lei ou de proposta de emenda constitucional, pois a violação à Constituição só
corre após o projeto se transformar em lei ou a emenda ser aprovada.
ExceçãoExceção
 Assim, a inconstitucionalidade originária ocorre quando a norma nasce
inconstitucional em relação ao parâmetro vigente. A superveniente, por seu
turno se apresenta quando uma nova ordem constitucional desponta, tornando a
norma infraconstitucional anterior inconstitucional.. 
Inconstitucionalidade por Omissão – decorre por inércia legislativa na
regulamentação de normas constitucionais de eficácia limitada.
Inconstitucionalidade por omissão ocorre por:
 1- Falha no dever de legislar 
2.Falta da prestação Fática
 
O STF não aceita inconstitucionalidade
superveniente 
Art. 1° da Lei n° 9882Art. 1° da Lei n° 9882
OrigináriaX Superveniente 
 O STF não aceita ADIN (Ação Direta de Inconstitucionalidade) quanto ao
direito pré-constitucional por impossibilidade jurídica do pedido. O vício de
inconstitucionalidade é congênito à lei e há de ser apurado em face da
Constituição vigente, ao tempo de sua elaboração.
 Lei não pode ser inconstitucional em relação à Constituição posterior, pois o
legislador poderia infringir a Constituição futura 
 
 
 Art. 1° A argüição prevista no § 1o do art. 102 da Constituição Federal será
proposta perante o Supremo Tribunal Federal, e terá por objeto evitar ou
reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público.
 Parágrafo único. Caberá também argüição de descumprimento de preceito
fundamental: 
 I - quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre
lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à
Constituição; (Vide ADIN 2.231-8, de 2000)
 II – (VETADO)
 Art. 1º da Lei nº 9882 -> é possível usar a Ação de Descumprimento de
Preceito Fundamental para questionar a inconstitucionalidade de lei anterior à
Constituição em face da atual Constituição
Inconstitucionalidade por Ação e Omissão
 Inconstitucionalidade por Ação - A Inconstitucionalidade por Ação conhecida
também como positiva ou por atuação tem como objetivo a verificar a
incompatibilidade vertical dos atos inferiores (leis ou atos do Poder Público) em
relação à Constituição.
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da
Constituição, cabendo-lhe: 
I - processar e julgar, originariamente: 
 a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou
estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo
federal
 
 
Omissão Parcial
 A omissão parcial ocorre quando o legislador cumpre, de modo insuficiente,
seu dever de legislar em face da norma constitucional.Na parcial, embora haja
atuação legislativa, falta algo para dar plena satisfação ao direito. Podendo
ser: Vertical e Horizontal
Omissão vertical- intensidade ou suficiência da realização da norma. 
Ex.: lei que prevê salário mínimo em valor insuficiente à realização da norma
que garante ao trabalhador uma remuneração digna (art. 7º, IV). 
ADIN 1442- a insuficiência do valor correspondente ao salário mínimo é
descumprimento parcial da CF, eis que não cumpre com o programa social
assumido pelo Estado
Omissão horizontal- abrangência de beneficiários. 
Ex. Lei que deixa de considerar um grupo ou categoria como beneficiária, como
a lei que concede revisão de remuneração só aos militares,sem contemplar os
civis
Inconstitucionalidade Material e Formal
 A inconstitucionalidade pode ser formal, quando a lei é criada por uma
autoridade incompetente ou em desacordo com as formalidadese procedimentos
estabelecidos. 
Ex.: projeto de emenda constitucional aprovada com o número inferior a 1/3 dos
membros da Câmara dos Deputados ou do Senado (art. 60, I, CF). 
 A Constituição regula como a lei e outros atos normativos do art. 59 CF devem
ser criados, estabelecendo a competência e requisitos procedimentais. Faltas
quanto à competência ou quanto ao cumprimento das formalidades
procedimentais viciam o processo de formação da lei, tornando-a
inconstitucional formalmente. 
Art. 22- Competência privativa da União para legislar sobre determinados
assuntos. • Há vício de competência quando a Assembleia Legislativa Estadual
edita uma norma em matéria de competência da União, legislando, por
exemplo, sobre direito processual.
 
 
 § 2º Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar
efetiva norma constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a
adoção das providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo,
para fazê-lo em trinta dias.
 A inconstitucionalidade material ocorre quando se refere ao conteúdo das leis
ou atos que contrariam preceitos ou princípios da Constituição. 
Ex.: edição de emenda constitucional abolindo a forma federativa do Estado
(cláusula pétrea, art. 60, I, § 4º). 
Há inconstitucionalidade material quando a lei não está em consonância com a
disciplina, valores e propósitos da Constituição. 
Tem a mesma consequência da inconstitucionalidade formal: a nulidade da lei. 
 Sobre a receptividade ou não da norma anterior incompatível material e
formalmente com a nova Constituição
 
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=2231&processo=2231
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/Mensagem_Veto/1999/Mv1807-99.htm
O mesmo não ocorre com a inconstitucionalidade material. Neste caso, a nova lei
não será recepcionada, logo, perderá a eficácia e a validade.
Inconstitucionalidade Formal Orgânica eFormal
Propriamente dita 
 Inconstitucional Formal Orgânica Decorre da inobservância da competência
legislativa para a elaboração do ato. O STF entende que é inconstitucional a lei
municipal que disciplina o uso de cinto de segurança, pois se trata de
competência da união legislar sobre trânsito e transporte – art. 22, XI.
Inconstitucional Propriamente Dita – Inobservância do processo legislativo. Vício
de procedimento da norma.
 Ex.: PEC vota com quórum inferior ao previsto no art. 60, §2º CD (3/5 em cada
Casa do Congresso, em 2 turnos de votação).
 Natureza da norma declarada
inconstitucional 
A norma declarada inconstitucional terá natureza de NULA, salvo quando se está
diante da questão da lei que se tornou incompatível com a nova Constituição.
Apenas quando a incompatibilidade entre a lei e a nova CF for de conteúdo formal
é que se admite a recepção da lei. Ex.: Códigos de Organização Judiciária
estaduais. Antes, eram editados por resoluções do TJ e após a CF DE 1988,
passou a ser necessário lei para regular a matéria. • Esses Códigos restaram
válidos, mas suas novas alterações se subordinaram à necessidade de lei. 
Controle Difuso de Constitucionalidade
 
O controle judicial ocorre quando o Poder Judiciário controla repressivamente
a constitucionalidade de lei ou ato normativo por duas vias: difusa ou
abstrata. 
Controle Difuso
caso concreto; a declaração de inconstitucionalidade se dá de modo
incidental; efeito entre as partes, sendo ineficaz em relação a
terceiros. 
Contudo, se a decisão chegar ao STF por meio de recurso extraordinário,
aquela Corte pode remeter a declaração de inconstitucionalidade ao
Senado Federal que pode suspender a execução da lei, de acordo com o
art. 52, X, da Constituição Federal
 Controle Concentrado
É um controle repressivo/posterior, também conhecido como controle por
via de ação direta, de competência exclusiva do STF e do TJ, tem por
análise a inconstitucionalidade a lei ou ato normativo federal ou estadual
em face da Constituição Federal e a inconstitucionalidade da lei ou ato
normativo estadual ou municipal em face da Constituição Estadual.
*A única possibilidade de efeito erga omnes no controle difuso é caso
haja recurso extraordinário para o STF e o STF envie mensagem ao
senado pedindo a suspensão da lei declarada inconstitucional, essa
suspensão tem efeitos ex nunc (não retroativos). Ou seja, ninguém mais
, daqui pra frente será cobrado quanto ao tributo. Mas e daqui pra
trás? e o que eu já paguei antes? neste caso, posso entrar com uma
ação requerendo de volta todos os valores que eu já paguei com base na
inconstitucionalidade e menciono a resolução do senado
 
Controle Concentrado Controle Difuso
Legitimados Art.103 CF
Stf/Tribunal de justiça Estadual
Via de ação
Caso abstrato- le em tese
Modo principal
Efeitos erga omnes e vinculante
Qualquer Juiz
Legitimados: qualquer
Via de defesa(exceção)
Caso Concreto
Modo incidental
Efeito inter partes e não o 
vinculante 
Uma lei pode ter um ou mais artigos inconstitucionais e ser constitucional em
seu restante.
 • A inconstitucionalidade parcial significa que porção de uma lei ou artigo
contém inconstitucionalidade, constituindo defeito da lei.
 • O STF, diante de ação direta de inconstitucionalidade de um ou mais
dispositivos da lei ou de parcela de dispositivo, declara a
inconstitucionalidade parcial.
 • A inconstitucionalidade total é quando toda a lei é inconstitucional. Ex.:
Lei Estadual do Rio de Janeiro, nº 3.196/1999, 
• O Plenário do STF, por unanimidade de votos, julgou inconstitucional a Lei
3.196/1999, do Estado do RJ, que estabeleceu novos limites territoriais dos
municípios de Cantagalo e Macuco. A decisão se deu no julgamento da Ação
Direta de Inconstitucionalidade 2921 (2015)
 
É posterior; realizado por qualquer juiz ou tribunal; apreciação dentre de um 
Características
Análise de uma lei ou ato normativo em tese; competência exclusiva do
STF e do TJ Estadual; eficácia erga omnes e efeito ex tunc
(excepcionalmente pode haver efeios ex nunc). 
Por meio do controle concentrado, almeja-se o expurgo da lei ou ato
normativo inconstitucional do sistema jurídico. 
 
 
Ações do Controle de Concentrado
Ação direta de inconstitucionalidade Genérica ( ADI)
Ação direta de inconstitucionalidade Interventiva
Ação direta de inconstitucionalidade por Omissão ( ADO)
Ação declaratória de constitucionalidade( ADC)
Arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF)
Ação direta de inconstitucionalidade Genérica (ADI)Ação direta de inconstitucionalidade Genérica (ADI) 
No âmbito estadual, a ação direta de inconstitucionalidade recebe o nome técnico
de representação de inconstitucionalidade
Prevista no art. 102, I, CF e art. 1º da Lei nº 9.868/99. 
Visa retirar do ordenamento jurídico lei ou ato normativo federal ou estadual
atingidos pelo vício de inconstitucionalidade. 
O legitimado passivo é o órgão ou autoridade do qual emanou o ato. 
STF- processa e julga a lei ou ato normativo federal ou estadual em face da
Constituição Federal. 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL- Processa e julga a lei ou ato normativo
estadual ou municipal em face da Constituição Estadual. 
 
Ação direta de inconstitucionalidade InterventivaAção direta de inconstitucionalidade Interventiva 
Visa obter um pronunciamento do STF para garantir a aplicação dos
princípios Constitucionais sensível.
Cabível em face de leis ou atos normativos estaduais ou distritais
contrários a tais princípios. 
Legitimidade ativa: Procurador Geral da República 
Legitimidade passiva: estados membros ou Distrito Federal
Competência: STF
Art. 34, VII, CF. 
Art. 34-A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto
para:
VII assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: 
a)forma republicana, sistema representativo e regime democrático; 
b)direitos da pessoa humana;
c)autonomia municipal;
d)prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
e)aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais,
compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e
desenvolvimentodo ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
 
 
Ação direta de inconstitucionalidade por OmissãoAção direta de inconstitucionalidade por Omissão 
Art. 103, §2º da Constituição Federal e art. 12-A da Lei nº
9.868/99.:Visa reprimir a omissão por parte dos poderes competentes que
atentem contra a Constituição, Destina-se a normas de eficácia limitada em
 
PLENA X CONTIDA X LIMITADA
norma de eficácia plena - não precisa de nenhuma norma
regulamentar para produzir efeitos
 norma de eficácia contida- ela produz efeitos, mas permite que o
legislador infraconstitucional contenha, reduza seus efeitos, ex.:
art. 5o, XIII (liberdade profissão)
norma de eficácia limitada depende de norma regulamentadora para
produzir efeitos. ela não opera efeitos enquanto a norma
regulamentadora não existir. é o caso das normas programáticas, por
exemplo.
 
 
 
O art. 103, § 2.º, da CF/88 determina que, declarada a
inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma
constitucional, será dada ciência ao poder competente para a adoção
das providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo,
para fazê-lo em trinta dias. O que se busca é tornar efetiva norma
constitucional destituída de efetividade, ou seja, somente as normas
constitucionais de eficácia limitada!
 
 
Ação declaratória de Constitucionalidade (ADC)Ação declaratória de Constitucionalidade (ADC) 
•Reconhecer a constitucionalidade da lei ou ato normativo FEDERAL,
impugnada antes em processos concretos, que tenha recebido, nas
instâncias inferiores, maioria de decisões desfavoráveis .
•Visa tornar a presunção relativa de constitucionalidade em absoluta.
•Decisão com efeito erga omnes e vinculante.
Busca-se por meio dessa ação declarar a constitucionalidade de lei ou
ato normativo federal. Indaga-se: mas toda lei não se presume
constitucional? Sim, no entanto, o que existe é uma presunção relativa
(juris tantum) de toda lei ser constitucional. Em se tratando de
presunção relativa, admite-se prova em contrário, declarando-se, quando
necessário, através dos mecanismos da ADI genérica ou do controle
difuso inconstitucionalidade da lei ou ato normativo. 
Pois bem, qual seria, então, a utilidade dessa ação? O objetivo da ADC
é transformar uma presunção relativa de constitucionalidade em absoluta
(jure et de jure), não mais se admitindo prova em contrário. Ou seja,
julgada procedente a ADC, tal decisão vinculará os demais órgãos do
Poder Judiciário e a Administração Pública, que não mais poderão
declarar a inconstitucionalidade da aludida lei, ou agir em
desconformidade com a decisão do STF. Não estaremos mais, repita-se,
diante de uma presunção relativa de constitucionalidade da lei, mas 
 
que a Constituição investe o legislador na obrigação de expedir atos normativos
.•Normas programáticas, por dependerem de atuação normativa ulterior para
garantir a sua aplicabilidade, são suscetíveis de A.D.O.
 
extraordinário art.102, III, “a” e “d” .•O STF também pode exercer o
controle concreto nas ações de sua competência originária, quando não tiver
por objeto específico a declaração abstrata de inconstitucionalidade. •
 
SÚMULA VINCULANTE 10
Viola a cláusula de reserva de plenário a decisão de órgão fracionário de
tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei
ou ato normativo do Poder Público, afasta sua incidência no todo ou em parte.
Arguição de descumprimento de preceito FundamentalArguição de descumprimento de preceito Fundamental 
Visa evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do poder
público art.102, §1ºCF e Lei nº9.882/1999.
•Preceito fundamental são os grandes preceitos que informam o sistema
constitucional, que estabelecem comandos basilares à defesa dos pilares da
Constituição. Ex.:princípios republicanos, separação de poderes, etc. 
•Obedece ao princípio da subsidiariedade.
O § 1.º do art. 102 da CF/88 estabelece que a arguição de descumprimento de
preceito fundamental, decorrente da CF/88, será apreciada pelo STF, na forma
da lei. 
A arguição de descumprimento de preceito fundamental será cabível, nos termos
da lei em comento, seja na modalidade de arguição autônoma (direta), seja na
hipótese de arguição incidental. 
O art. 1.º, caput, da Lei n. 9.882/99 disciplinou a hipótese de arguição
autônoma, tendo por objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental,
resultante de ato do Poder Público. Percebe-se nítido caráter preventivo na
primeira situação (evitar) e caráter repressivo na segunda (reparar lesão a
preceito fundamental), devendo haver nexo de causalidade entre a lesão ao
preceito fundamental e o ato do Poder Público, de que esfera for, não se
restringindo a atos normativos, podendo a lesão resultar de qualquer ato
administrativo, inclusive decretos regulamentares. A segunda hipótese (arguição
incidental), prevista no parágrafo único do art. 1.º da Lei n. 9.882/99, prevê a
possibilidade de arguição quando for relevante o fundamento da controvérsia
constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual, municipal (e por
consequência o distrital, acrescente-se), incluídos os anteriores à Constituição.
tratados Internacionais 
Podem ter a constitucionalidade controlada pelo Judiciário, seja pela via
abstrata, seja pela difusa. 
 
ADI1480-Min.CelsodeMello STF
no sistema jurídico brasileiro, tratados e convenções internacionais estão
subordinados à autoridade da Constituição. Nenhum valor jurídico terão os
tratados internacionais que transgridam a Constituição.
 
Art.27 da Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados
Uma parte não pode invocar as disposições de seu direito interno para
justificar o inadimplemento de um tratado.
Poder de Veto sob argumento de inconstitucionalidade de projeto de lei.
 
 
 
 
Em 2015, ficou consagrado que o veto presidencial não pode ser
questionado por mandado de segurança. 
MS 33694- Mandado de segurança impetrado por um advogado com
deficiência visual se considerou prejudicado pelo veto de Dilma ao
art. 29 do Estatuto da Pessoa com Deficiência (art. 13.146/2015).
Já aconteceu no Brasil quando o Congresso derrubou o veto sobre
um artigo referente ao financiamento de dívidas rurais. 
O veto outorga ao Executivo uma faculdade de grande significado. 
O veto não constitui ato definitivo e não conclui o processo legislativo,
sendo suas razões remetidas ao Congresso Nacional, a quem incumbe
deliberar sobre a validade de seus motivos. 
Publicado o veto, a Presidência encaminha mensagem ao Congresso em
até 48 horas, com as razões. Os parlamentares deliberação em sessão
conjunta e para a rejeição, é necessária a maioria absoluta dos votos de
Deputados e Senadores 
Rejeitado o veto, as partes correspondentes do projeto são encaminhadas
à promulgação pelo Presidente da República. Passadas 48 horas, na
omissão deste, publicará o Presidente do Senado. 
 
absoluta
 
 
Controle Difuso/Concreto/Incidental
O que foi estudado:
O controle incidental é o realizado por qualquer juiz ou tribunal do Poder
Judiciário, diante de um caso concreto, afim de declarar a inaplicabilidade
de uma lei. 
•A declaração de inconstitucionalidade, neste caso, não tem o condão de
retirá-la do ordenamento jurídico e apenas afastará a aplicação da lei no
caso concreto. Seus efeitos serão inter partes.
• Podem instaurar o controle concreto :as partes do processo, membro do
Ministério Público e o juiz (de ofício) .
•Na 1ªinstância, o juiz singular pode declarar a inconstitucionalidade da lei,
afastando a aplicação no caso submetido. 
•O órgão fracionário (Tribunalde2ºgrau precisa observar a cláusula de
reserva de plenário Se a decisão for proferida por qualquer juiz ou Tribunal
do Poder Judiciário que não seja o STF, o efeito será inter partes e ex tunc,
sem possibilidade de beneficiar terceiros que não integram a lide .•No STF,
a forma mais usual de controle concreto é feita pelo julgamento de recurso 
Controle Político: Poder Executivo e Poder Legislativo
O atual posicionamento da Corte está materializado no julgamento da
Pet 4.656,tendo sido explicitado que referidos órgãos administrativos
não exercem controle de constitucionalidade (Pleno, j. 19.12.2016, DJE
de 04.12.2017).
1963- Súmula 347 STF- O TCU podia afastar a aplicação de lei por
julgá-la inconstitucional, mas a Emenda Constitucional nº 16/1965
introduziu o controle abstrato de normas e o STF tem deferido liminares
suspendendo as decisões do TCU. 
Art. 103-B, §4º CF- O CNJ pode avaliar a compatibilidade de leis com 
segurança impetrado pela Petrobras, atacando ato do TCU que determinou à
impetrante e seus gestores que se abstivessem de aplicar o Regulamento de
Procedimento Licitatório Simplificado, aprovado pelo Decreto n. 2.745/98,
devendo ser observadas as regras da Lei n. 8.666/93 (MS 25.888-MC, j.
22.03.2006, tendo sido o referido mandado de segurança julgado prejudicado
ante a perda superveniente de seu objeto e, assim, revogada a medida liminar
deferida, conforme decisão monocrática proferida pelo Min. Gilmar Mendes,
em 14.09.2020 — pendente o julgamento de agravo interno). Segundo
fundamentou o Min. Gilmar Mendes no julgamento da liminar, inclusive em
sede doutrinária, a S. 347 foi editada no ano de 1963, na vigência da
Constituição de 1946 e quando ainda não existia qualquer forma de controle
concentrado no Brasil. Lembre-se de que, naquele momento, vigorava apenas o
controle difuso, já que a introdução do controle concentrado se deu pela EC
n. 16/65, que estabeleceu um exclusivo legitimado, qual seja, o PGR. Naquele
contexto, argumenta, admitia-se a não aplicação da lei considerada
inconstitucional. Contudo, com o advento da CF/88 e a alteração radical na
legitimação ativa para a propositura da ADI genérica (art. 103), não mais se
justifica o entendimento firmado na S. 347. Nas palavras do Min. Gilmar
Mendes, “a própria evolução do sistema de controle de constitucionalidade no
Brasil, verificada desde então, está a demonstrar a necessidade de se
reavaliar a subsistência da Súmula 347 em face da ordem constitucional
instaurada com a Constituição de 1988” (tema pendente de análise pelo Pleno;
em sentido contrário, aplicando a S. 347 sob o argumento de que ainda não
revogada expressamente, cf. voto do Min. Marco Aurélio: MS 31.439-MC,
decisão monocrática, j. 19.07.2012, DJE de 07.08.2012, também pendente
de apreciação plenária). CUIDADO: essa perspectiva extrema lançada por
Gilmar Mendes em sua decisão proferida em 22.03.2006 parece ter se
enfraquecido e apreciação pelo STF de decisão do CNJ que considerou
irregular a contratação, pelo TJ da Paraíba, de 100 assistentes de
administração nomeados sem concurso público (sendo observado, ainda, que, no
julgamento proferido em 14.09.2020 — que julgou prejudicado o MS —, parece
ter o Min. Gilmar esclarecido melhor o seu posicionamento).
Dessa forma, os ditos “órgãos administrativos autônomos” (CNJ, CNMP e
TCU), com a função constitucional de controlar a validade de atos
administrativos, poderão afastar a aplicação de lei ou ato normativo violador da
Constituição. Mas que fique claro: isso não é controle de constitucionalidade! 
Controle pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação (Câmara dos
Deputados) e Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (Senado) –
Ocorre antes do projeto de lei ser votado pelas Casas do Congresso. 
SUSTAÇÃO DE ATOS DE DELEGAÇÃO E DOS REGULAMENTARES PELO
LEGISLATIVO- Art. 49, V – Autoriza o Congresso Nacional a sustar atos
legislativos que ultrapassem os limites da delegação outorgada (lei delegada) ou os
atos normativos que exorbitam do poder regulamentar ou dos limites de delegação
legislativa. 
É impossível a anulação de lei inconstitucional pelo Poder Legislativo por meio de
leis posteriores. 
O controle de constitucionalidade de lei ou ato normativo é de competência
exclusiva do Poder Judiciário. 
Emitido parecer de inconstitucionalidade da proposição, esta será rejeitada e
arquivada definitivamente pelo Presidente do Senado, salvo não havendo
unanimidade, quando poderá haver recurso interposto de 1/10 dos membros do
Senado, manifestando opinião favorável. 
Se a inconstitucionalidade for parcial, pode ser ofertada emenda que corrija o
vício. 
 
Não! Referidos órgãos não exercem nem o controle concentrado, nem
mesmo o controle difuso de constitucionalidade. 
“Órgãos administrativos autônomos de controle” (TCU, CNJ e CNMP) exercem
controle de constitucionalidade?
A atuação dos ditos “órgãos administrativos autônomos de controle” vem sendo
discutida tanto pela doutrina como pela jurisprudência, especialmente em
razão da S. 347/STF, editada em 13.12.1963, que tem a seguinte orientação,
causando muita divergência: “o Tribunal de Contas, no exercício de suas
atribuições, pode apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do Poder
Público”
Conforme anota Bulos, embora os Tribunais de Contas “... não detenham
competência para declarar a inconstitucionalidade das leis ou dos atos
normativos em abstrato, pois essa prerrogativa é do Supremo Tribunal
Federal, poderão, no caso concreto, reconhecer a desconformidade formal ou
material de normas jurídicas, incompatíveis com a manifestação constituinte
originária. Sendo assim, os Tribunais de Contas podem deixar de aplicar ato
por considerá-lo inconstitucional, bem como sustar outros atos praticados com
base em leis vulneradoras da Constituição (art. 71, X). Reitere-se que essa
faculdade é na via incidental, no caso concreto, portanto”
 Seria um caso de efetivo controle de constitucionalidade?
Veremos que não, já deixando claro o atual posicionamento do STF, que nos
parece o mais acertado! Alertamos, inclusive, que a subsistência da S. 347
em seu sentido original está em discussão no STF e vem sendo criticada a
partir de decisão proferida pelo Min. Gilmar Mendes em mandado de . 
Controle de Constitucionalidade Pelo TCU e pelo CNJ
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; 
b) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face de lei federal; 
c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro
tribunal. 
Quando entrar com recurso especial? quando decisão de 2° instância contrária
a lei Federal.
O STJ pode, de ofício, declarar a inconstitucionalidade da lei. PORÉM, não
pode se manifestar quanto a constitucionalidade quando: 
A) a matéria constitucional já foi decidida pelo Tribunal Estadual ou Tribunal
Regional Federal; 
B) quando foi interposto, paralelamente, recurso extraordinário. 
 
O CNJ, embora órgão do Poder Judiciário (art. 103-B, §4º, II), possui
apenas atribuições de natureza administrativa, não lhe sendo permitido
apreciar a constitucionalidade de atos administrativos, apenas sua legalidade. 
o texto constitucional, mas não controla a constitucionalidade. 
PLENO/PLENÁRIO: Órgão interno em um colegiado que representa todos os
membros de um órgão. Representa a vontade de todos os membros. 
ÓRGÃO ESPECIAL: Representa o pleno, o substituindo nos casos em que o plenos
se mostra muito grande-acima de 25 julgadores (art.93,XI,CF).
ÓRGÃO FRACIONÁRIO: São aqueles compostos por mais de 2 magistrados,
como Câmaras, Turmas ou Seções.
Seção é a reunião de todas as câmaras sobre a mesma matéria.
Turmas são os órgãos fracionários do TRF e dos Tribunais Superiores (equivale à
Câmara do Tribunal de Justiça Estadual)
“
Controle Difuso de Constitucionalidade 
O autor, ao apresentar a demanda e o réu, ao contestá-la, invocam leis ou atos
normativos para sustentar suas posições, cuja validade dependem da conformidade
com a Constituição. A norma que viola será nula e não pode ser aplicada pelo juiz. 
A solução do litígio pode exigir do juiz de 1º grau ou da maioria absoluta dos
membros do Plenário ou do Órgão Especial o reconhecimento da
inconstitucionalidade. 
A inconstitucionalidade será auferida de modo incidental, pois a questão da
inconstitucionalidade não é a questão principal. 
INEXISTÊNCIA DE PRECLUSÃO - Não há preclusão quanto a
inconstitucionalidade da lei, a qual pode ser alegada pelas partes a qualquer
momento do processo ou em qualquer tribunal, inclusive, norecurso especial e no
recurso extraordinário. 
 Legitimados do Controle Difuso 
As partes 
Os que podem intervir no processo como terceiro 
O Ministério Público, na qualidade de parte ou de fiscal da lei 
É muito comum a utilização de Mandado de Segurança, destinado à tutela de
direitos violados ou ameaçados pelo Poder Público. (MP)
Pode ser feito de ofício, pois o exercício do poder jurisdicional impõe a análise da
lei aplicável ao caso concreto. Se a tarefa do juiz consiste na aplicação da lei
diante do fato, ele deve controlar a constitucionalidade da lei na forma incidental,
ainda que as partes ou o Ministério Público nada falem sobre o assunto. 
A declaração de inconstitucionalidade pode ocorrer em qualquer fase do processo,
inclusive, nada impede que a inconstitucionalidade seja suscitada no julgamento de
recurso, de ofício. 
 STJ e Controle de Constitucionalidade O STJ é o guardião da lei Federal
CABIMENTO DO RECURSO ESPECIAL – ART. 105, III. 
III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última
instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do
Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida: 
 
Cláusula de Reserva de Plenário 
Os órgãos fracionários dos tribunais (turmas/câmaras) não podem
reconhecer a inconstitucionalidade da lei antes desta ser declarada
inconstitucional pela maioria absoluta do Plenário ou Órgão Especial. 
Cláusula de reserva de plenário é a cláusula /determinação de que o órgão
fracionário não pode decidir sobre inconstitucionalidade sem antes submeter a
causa ao plenário/órgão especial do respectivo tribunal.
Cláusula prevista no art. 97 da Constituição Federal, que espelha a presunção
de constitucionalidade das leis. 
Art. 97."Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos
membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público''.
É desnecessária a submissão à regra da reserva de plenário quando a decisão
judicial estiver fundada em jurisprudência do Plenário ou em Súmula deste
Supremo Tribunal Federal. A jurisprudência pacífica desta Corte, agora
reafirmada em sede de repercussão geral, entende que é desnecessária a
submissão de demanda judicial à regra da reserva de plenário na hipótese em
que a decisão judicial estiver fundada em jurisprudência do Plenário do
Supremo Tribunal Federal ou em Súmula deste Tribunal. 
Súmula Vinculante 10 
Súmula aprovada em 2008, tendo em vista a frequência de decisões
que deixavam de aplicar o ato normativo reputado inconstitucional sem
afirma-lo expressamente. 
SÚMULA VINCULANTE 10- “Viola a cláusula de reserva de plenário (CF,
artigo 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare
expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público,
afasta sua incidência, no todo ou em parte.” 
Afasta a possibilidade da mera não aplicação da lei para inibir o órgão
fracionário de, imediatamente, julgar o recurso sem sobrestá-lo e enviar a
questão da inconstitucionalidade ao Plenário ou Órgão Especial. 
O que acontece se o Tribunal não submeter o tema ao plenário ou ao órgão
especial?
 O acórdão que reconhece a inconstitucionalidade será nulo. Isso serve para
advertir ao órgão fracionário que ele não pode declarar inconstitucionalidade. 
 
“
 *É quando o órgão frácionario compreende que tem que enviar o processo para o
plenário ou órgão especial. Em outras palavras, é como o órgão frácionario provoca
o plenário ou órgão especial (envio)
Art. 948. Arguida, em controle difuso, a inconstitucionalidade de lei ou de
ato normativo do poder público, o relator, após ouvir o Ministério Público e as
partes, submeterá a questão à turma ou à câmara à qual competir o
conhecimento do processo. 
 Art. 949. Se a arguição for: 
I - rejeitada, prosseguirá o julgamento; 
II - acolhida, a questão será submetida ao plenário do tribunal ou ao seu órgão
especial, onde houver. 
Parágrafo único. Os órgãos fracionários dos tribunais não submeterão ao plenário ou
ao órgão especial a arguição de inconstitucionalidade quando já houver
pronunciamento destes ou do plenário do Supremo Tribunal Federal sobre a
questão. ( O art. 949 do CPC é a operacionalização da clausula de reserva de
plenário do art. 97 cf)
 
 
 
MEIOS DE ACESSO À JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL DIFUSA NO STF:
Recurso extraordinário: quando o acordão proferido na segunda instância viola a
Constituição Federal(enviando o recurso extraordinário ao STF) e dentro das ações
que forem de competência do STF
Só pode ser declarada a inconstitucionalidade/constitucionalidade do preceito se
houver a manifestação de 6 Ministros. 
Declarada, serão comunicados os órgãos interessados, remetendo-se cópia da
decisão ao Presidente do Senado – art. 52, X CF. (Há discussões sobre esse
assunto). 
 
 
 
 
Cláusula de Reserva de plenário no CPC/2015
Incidente de arguição de inconstitucionalidade 
A arguição de inconstitucionalidade será rejeitada pelo Plenário/Órgão Fracionário
quando a inconstitucionalidade não for relevante para o julgamento da causa, sendo
inadmissível a arguição relativa a lei ou ato normativo não relacionado à decisão. 
O pronunciamento da rejeição ou acolhimento da inconstitucionalidade pelo Órgão
Especial é irrecorrível. 
Rejeitada a arguição, prosseguirá o julgamento., podendo o órgão fracionário aplicar
a lei atacada. 
CISÃO FUNCIONAL DA COMPETÊNCIA: 
Plenário/Órgão Especial- pronuncia-se sobre a inconstitucionalidade ou
constitucionalidade da lei. Essa decisão vincula o órgão fracionário, incorporando-se
ao julgamento do recurso. 
Órgão fracionário – julga o mérito. 
 
Mutação Constitucional 
CONHECIDA COMO TEORIA DA ABSTRATIVIZAÇÃO. 
Gilmar Ferreira Mendes e Eros Roberto Grau, entendiam que o papel do
Senado Federal era apenas para dar publicidade as decisões em controle
difuso . 
Em 2014, a corte constitucional (STF) decidiu, no julgamento da Reclamação
nº. 4.335-AC, que não admitia a Teoria da Abstrativização no controle difuso
de constitucionalidade e o artigo 52, inciso X, da CF, não havia sofrido
mutação constitucional, isto é, não houve mudança de interpretação do texto
constitucional. 
A multiplicação de processo no STF e este ficaria dependendo da edição da
resolução pelo Senado Federal, uma vez que a edição é discricionária. 
 
Pelo princípio federativo, é possível a suspensão de lei estadual e
municipal pela Assembleia Legislativa do Estado quando declarada a
inconstitucionalidade frente à Constituição Estadual, em decisão
definitiva do Tribunal de Justiça. 
O Senado pode voltar atrás na edição da resolução? Não, pois o Senado
tem uma atuação exauriente e uma vez editada a resolução ela não
seria passível de revogação. 
A Resolução legislativa que suspende a execução da lei não retroage,
passando a valer apenas após a publicação. Eventuais interessados podem
mover ação judicial, individualmente, a fim de buscar efeitos pretéritos. 
A suspensão pode ser de lei federal, estadual, distrital e municipal. 
O Senado não é obrigado a suspender a execução da lei, tratando-se de
discricionariedade política, mas se decidir pela suspensão, a ele é vedado a
restringir ou ampliar a extensão dos efeitos. 
 
Da Decisão do Plenário/Órgão especial e a cisão
funcional da competência 
Controle Difuso pelo STF 
Resolução Legislativa Senado Federal 
Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por
provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após
reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a
partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em
relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública
direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como
proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei. "
 
A declaração aplica-se a todos os casos submetidos às Turmas ou ao Plenário
(art. 103 e 111 do Regimento Interno do STF). 
O STF também pode tornar os efeitosdo controle incidental erga omnes por
meio de edição de súmula vinculante. 
Difere das demais súmulas que não possuem observância obrigatória. A súmula
vinculante deve ser seguida pelos demais órgãos do Poder Judiciário,
Administração Pública federal, estadual e municipal. 
Trata-se de fonte de controle difuso para o controle concentrado, pois nas
ações do controle concentrado, o STF decide, de uma única vez, a decisão
com efeito contra todos e vinculante
 
 
“
O Ministério Público Federal é legitimado para ajuizar ação civil pública em
defesa de direitos individuais homogêneos, desde que esteja configurado
interesse social relevante, e a CF/88 em seu art. 5º, XXX IV, ''b'',
garante ao segurado a obtenção de certidões perante as repartições públicas
para a defesa de seus direitos e esclarecimento de situações de interesse
pessoal. Não é lícito ao INS S a restrição de obtenção de certidão parcial
de tempo de serviço, baseada em norma regulamentar que importa óbice ao
exercício de um direito constitucionalmente assegurado. Ademais, não existe
lei que impeça o segurado de obter tal certidão. 
a) está juridicamente perfeito, posto que, nestas circunstâncias, a solução
constitucionalmente expressa é o afastamento da incidência, no caso
concreto, do ato normativo inconstitucional. 
b) não segue os parâmetros constitucionais, pois deveria ter declarado,
expressamente, a inconstitucionalidade do ato normativo que fundamentou a
sentença proferida pelo juízo a quo. 
c) está correto, posto que a 3ª Turma Cível, como órgão especial que é, 
A princípio, a ação civil pública não é a via ideal, pois acaba outorgando ao juiz
de 1º grau poderes que a Constituição não concede nem ao Ministro do STF,
entretanto, o STF, na Reclamação Constitucional nº 1733, esclareceu que não há
usurpação de competência neste caso e tem reconhecido a utilização de ação civil
pública como instrumento idôneo de fiscalização incidental de constitucionalidade
pela via difusa, desde que a controvérsia constitucional seja questão prejudicial e
não principal. 
 
O Ministério Público Federal ajuizou Ação Civil Pública em face do INSS, visando
obrigar a autarquia a emitir aos segurados certidão parcial de tempo de serviço,
com base nos direitos constitucionalmente assegurados de petição e de obtenção de
certidão em repartições públicas (CF, art. 5º, XXXIV, b). O INSS alega que o
Decreto 3048/99, em seu art. 130, justifica a recusa. Sustenta, ainda, que a
Ação Civil Pública não seria a via adequada para a defesa de um direito individual
homogêneo, além de sua utilização consubstanciar usurpação da competência do
STF para conhecer, em abstrato, da constitucionalidade dos atos normativos
brasileiros. Como deverá ser decidida a ação? 
 
2.A parte autora em um processo judicial, inconformada com a sentença de
primeiro grau de jurisdição que se embasou no ato normativo X, apela da decisão
porque, no seu entender, esse ato normativo seria inconstitucional. A 3ª Câmara
Cível do Tribunal de Justiça do Estado Alfa, ao analisar a apelação interposta,
reconhece que assiste razão à recorrente, mais especificamente no que se refere
à inconstitucionalidade do referido ato normativo X. Ciente da existência de
cláusula de reserva de plenário, a referida Turma dá provimento ao recurso sem
declarar expressamente a inconstitucionalidade do ato normativo X, embora tenha
afastado a sua incidência no caso concreto. De acordo com o sistema jurídico-
constitucional brasileiro, o acórdão proferido pela 3ª Turma Cível. 
 
Controle Incidental em ação Civil Pública 
CASO CONCRETO
d) está incorreto, posto que violou a cláusula de reserva de
plenário, ainda que não tenha declarado expressamente a
inconstitucionalidade do ato normativo. 
Não, pois apenas as decisões do STF podem vir a ter efeitos
vinculantes para os demais tribunais . Além disso, no controle
incidental/difuso, as decisões proferidas atingem apenas as
partes, e, por isso, o tribunal não poderia atender ao pedido feito
por B. 
a) o plenário de um Tribunal, pelo quórum mínimo de dois terços
de seus membros, acolhe arguição de inconstitucionalidade
b) uma turma julgadora, por maioria absoluta, acolhe arguição de
inconstitucionalidade. 
c) qualquer juiz, em primeira instância, acolhe arguição incidental
de inconstitucionalidade. 
d) qualquer dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nas
funções de Corte Constitucional, declarar a inconstitucionalidade
e) uma seção julgadora, pelo quórum mínimo de dois terços de seus
membros, acolhe arguição de inconstitucionalidade. 
pode arrogar para si a competência do Órgão Pleno do Tribunal de
Justiça do Estado Alfa. 
 
3. O servidor público aposentado “A” ingressou com uma ação requerendo
a extensão de um benefício sob a alegação que o seu preterimento (a
não extensão) implica em inconstitucionalidade. O juízo julgou procedente
o pedido de “A”. O servidor “B” ingressa com a mesma ação se utilizando
dos mesmos fundamentos da ação de “A”, no entanto o juízo competente
julgou o seu pedido improcedente. Insatisfeito, “B” apela da decisão
requerendo que a sentença de “A” seja utilizada de forma vinculante
para ele. Poderia o tribunal competente acolher o pedido de “B”?
Justifique sua resposta.
 
 
4.Questão objetiva: Ocorre o controle judicial difuso da
constitucionalidade de uma lei quando
 
. 
 
 
. 
 
 
“
Ação Direta de InconstitucionalidadeAção Direta de Inconstitucionalidade 
Não há conflito de interesse entre as partes, pois o controle não é feito de
modo incidental, mas de forma principal. 
Visa eliminar da ordem jurídica a norma incompatível com a Constituição,
possui efeito erga omnes e vinculante. 
Pode ocorrer perante o STF, tendo como parâmetro a Constituição Federal,
sendo objeto leis e atos normativos federais e estaduais. 
Pode ocorrer perante o Tribunal de Justiça, tendo como parâmetro a
Constituição Estadual, sendo objeto leis e atos normativos estaduais e
municipais. 
Ação cujo objeto é a aferição da constitucionalidade da norma. Tem como objetivo
retirar do ordenamento jurídico lei ou ato normativo que viole a Constituição Federal
ou a Constituição Federal.
 
 legitimados 
Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação
declaratória de constitucionalidade 
I - o Presidente da República; LEGITIMADO UNIVERSAL 
II - a Mesa do Senado Federal; LEGITIMADO UNIVERSAL 
III - a Mesa da Câmara dos Deputados; LEGITIMADO UNIVERSAL 
IV - a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito
Federal; LEGITIMADO ESPECIAL 
V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal; LEGITIMADO ESPECIAL 
VI - o Procurador-Geral da República; LEGITIMADO UNIVERSAL 
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; LEGITIMADO
UNIVERSAL 
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional; LEGITIMADO
UNIVERSAL 
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
LEGITIMADO ESPECIAL 
Os legitimados dos incisos I a VII não precisam de advogado para entrar com ação
do controle concentrado:
 Art. 3°p.ú da lei Lei nº 9.868- A petição inicial, acompanhada de instrumento
de procuração, quando subscrita por advogado, será apresentada em duas vias,
devendo conter cópias da lei ou do ato normativo impugnado e dos documentos
necessários para comprovar a impugnação.
 
 LEGITIMADO UNIVERSAL X LEGITIMADO ESPECIAL
O que diferencia o Legitimado Universal para o Especial é que o legitimado
Universal não precisa comprovar a pertinência temática, pode entrar com a Ação
direta de inconstitucionalidade contra qualquer lei ou ato normativo independente
do tema. Já o Legitimado Especial não pode questionar a inconstitucionalidade de
qualquer coisa, precisa demonstrar a pertinência temática que é a relação entre a
lei impugnada e seus fins.
Exemplo:
Pertinência Têmática 
ADI 1.194 – Confederação Nacional da Indústria (CNI) questionou a
Constitucionalidade de artigos do Estatuto da OAB- 
ADI 2656-Proposta pelo Governador de Goiás para ver reconhecida
inconstitucionalidade de leieditada pelo Governado de São Paulo. A lei
impunha restrições à comercialização de amianto crisotila cuja maior
reserva natural está situada em Goiás. Ação cujo objeto é a aferição da
constitucionalidade da norma. 
O STF distinguiu os legitimados, obrigando alguns a demonstrarem pertinência
temática. 
Os legitimados especiais são aqueles que precisam demonstrar pertinência
temática entre seus fins e propósitos com a norma impugnada. 
Legitimados universais não precisam de advogado para propor ações do controle
de constitucionalidade. Os legitimados universais não precisam demonstrar
pertinência temática entre o ato impugnado e as funções exercidas por eles. 
O STF entendeu que, apesar de legitimada a propor ADI, a Confederação
carecia, parcialmente, de Legitimidade ativa, pois alguns dos dispositivos não
se tratavam de matéria relacionada aos seus objetos institucionais. 
Entendeu-se que a lei traria reflexos na economia de Goiás, e, por isso, ficou
demonstrada a pertinência temática. O Governador do Estado pode propor
ADI contra norma de seu Estado ou de outro, desde que haja pertinência com
seus interesses.
 
 
 
Objeto da ação Direta de inconstitucionalidade 
Lei ou ato normativo federais ou estaduais. 
Atos normativos primários (art. 59, CF). 
Atos normativos secundários – Decreto regulamentar e resoluções de
agências reguladoras, por exemplo. Não cabe ADI. 
Não são passíveis de controle de constitucionalidade as normas do poder
constituinte originário. 
Só é possível ADI contra lei em vigência – A revogação superveniente retira
a utilidade e necessidade do provimento jurisdicional. Leva à extinção sem
resolução do mérito. 
Cabe contra medida provisória? Sim. 
Pressupostos de relevância e urgência são conceitos jurídicos indeterminados.
A conversão em lei não impede o prosseguimento da ação de controle
concentrado. 
 Procedimento da ADI 
Será iniciada por petição inicial dirigida ao Presidente do STF,
observando-se a Lei nº 9.868/99 e art. 319/320 do CPC. 
É essencial indicar, precisamente, o objeto do controle. 
Se apresentada por advogado, apresentar procuração com modelos específicos. 
ADI não admite desistência (Art. 5o da Lei 9.868/99- Proposta a ação 
“
O Relator pode indeferi-la, monocraticamente, se a petição for inepta ou
manifestamente improcedente. Neste caso, caberá agravo interno no prazo
de 15 dias úteis. 
Admitida, os órgãos de quem emanou a lei ou ato normativo são chamados
para apresentar informações no prazo de 30 dias (art. 6º). Decorrido o
prazo, o Advogado Geral da União e o Procurador Geral da República serão
ouvidos, sucessivamente. 
direta, não se admitirá desistência.) 
O Procurador-Geral da República participa de todos as ações do poder
concentrado, o Advogado Geral da União não participa da ação declaratória de
inconstitucionalidade.
Art. 103, § 1º, CF- O Procurador-Geral da República deverá ser previamente
ouvido nas ações de inconstitucionalidade e em todos os processos de competência
do Supremo Tribunal Federal. 
§ 3º Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em
tese, de norma legal ou ato normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da
União, que defenderá o ato ou texto impugnado. 
Não cabe intervenção de terceiros, MAS, AMICUS CURIAE POOOOODE !!!! 
O requerimento do amicus curiae deve ser feito até a liberação dos autos pelo
Relator para o julgamento. Admitida, ele pode apresentar informações relevantes e
sustentar oralmente perante a Corte. 
Papel do Advogado Geral da União 
Não é obrigado a defender
Art. 103, § 3º Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a
inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, citará,
previamente, o Advogado-Geral da União, que defenderá o ato ou texto impugnado.
De acordo com Gilmar Mendes (2018, p. 1.326), diferentemente do que decorre da
literalidade do art. 103, §3º, o Advogado-Geral da União não está obrigado a
fazer a defesa do ato questionado, especialmente se o STF já tiver se manifestado
em caso semelhante pela inconstitucionalidade. (ADI 1616/ ADI 2687) 
 
O
 
 
Medida Cautelar 
AMICUS CURIAE 
Na ADI, a intervenção de terceiros limita-se a quem, devido a sua posição,
tem interesse na preservação da norma impugnada ou na eliminação do
sistema. 
O amicus curiae tem a função de contribuir para a elucidação da questão
constitucional por meio de informes e argumentos, favorecendo a pluralização
do debate e a adequada discussão dos membros da Corte, com a consequente
legitimação social das suas decisões. Ele não representa um terceiro 
Art. 7o Não se admitirá intervenção de terceiros no processo de ação direta de
inconstitucionalidade. 
§ 2o O relator, considerando a relevância da matéria e a representatividade dos
postulantes, poderá, por despacho irrecorrível, admitir, observado o prazo fixado
no parágrafo anterior, a manifestação de outros órgãos ou entidades. 
Amicus Curiae e Embargos de Declaração 
CONSTITUCIONAL. AÇÃO DIRETA DE
INCONSTITUCIONALIDADE (ADI). AMICUS CURIAE.
EMBARGOS DECLARATÓRIOS NÃO CONHECIDOS. 1. Segundo a
jurisprudência firmada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o amicus
curiae não tem legitimidade para opor Embargos de Declaração em
ações de controle concentrado. 2. Embargos de declaração não
conhecidos. 
Não há um direito subjetivo a ser admitido como amicus curiae, devendo
o postulante demonstrar, de maneira induvidosa, sua representatividade
e a relevância da matéria. 
A decisão interlocutória de admissão ou não é irrecorrível, a fim de
evitar tumulto processual. O prazo limite para ingresso é a remessa dos
autos pelo Ministro Relator para o julgamento do feito.
Amicus curiae não tem legitimidade para propor embargos de declaração 
1.
2.
Depende dos requisitos para a concessão de tutela provisória no procedimento
comum. 
Art. 300 - CPC. A tutela de urgência será concedida quando houver
elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o
risco ao resultado útil do processo. 
O autor deve demonstrar o perigo da continuidade da eficácia legislativa
impugnada, com a possibilidade de danos irreparáveis ou de difícil reparação. 
Art. 10 – Lei 9.868/99- o deferimento de cautelar deve ser decidido por
maioria absoluta dos votantes. 
RECESSO- Art. 13 do Regimento Interno do STF – Cabe ao Presidente
decidir monocraticamente a cautelar. 
A cautelar terá efeitos ex nunc, salvo se o STF decidir o contrário. 
 
 Decisão da ADI
A sessão de julgamento só poderá ser instaurada com a presença de 8
Ministros. 
A decisão pela inconstitucionalidade exige maioria absoluta dos membros
do Tribunal (6 votos). Estando ausentes os Ministros, o julgamento será
suspenso. 
A decisão terá efeitos vinculantes, impedindo qualquer juiz ou tribunal
inferior de se opor aos seus fundamentos. 
O órgão que emanou o ato será comunicado. 
Da decisão só caberá embargos de declaração, sendo vedada a ação
rescisória. 
 
interveniente, mas auxilia o juízo para o adequado julgamento da causa. 
De acordo com o art. 131, §3º do Regimento Interno do STF, o amicus curiae
tem direito à sustentação oral. 
 
Se julgada improcedente, o ato manterá a sua vigência. 
Pode haver nova ADI, sendo necessária a apresentação de novos
fundamentos.
Representação de Inconstitucionalidade 
A Constituição Estadual é que determinará os legitimados. 
Tem como Parâmetro a Constituição Estadual e Objeto: lei municipal e lei estadual. 
Constituição Estadual de São Paulo – art. 90 
São partes legítimas para propor ação de inconstitucionalidade de lei ou ato
normativo estaduais ou municipais, contestados em face desta Constituição ou por
omissão de medida necessária para tornar efetiva norma ou princípio desta
Constituição, no âmbito de seu interesse: 
I - o Governador do Estado e a Mesa da Assembleia Legislativa; 
II - o Prefeito e a Mesa da Câmara Municipal; 
III - o Procurador-Geral de Justiça; 
IV - o Conselho da Seção Estadual da Ordem dos Advogados do Brasil; 
V - as entidades sindicais ou de classe, de atuação estadual ou municipal,
demonstrandoseu interesse jurídico no caso; 
VI - os partidos políticos com representação na Assembleia Legislativa, ou, em se
tratando de lei ou ato normativo municipais, na respectiva Câmara. 
§1º - O Procurador-Geral de Justiça será sempre ouvido nas ações diretas de
inconstitucionalidade. 
§2º - Quando o Tribunal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal 
De acordo com o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, deve ser suspensa
a representação de inconstitucionalidade (ADI estadual) até o
julgamento final da ADI ajuizada perante o Pretório Excelso: 
ou ato normativo, citará, previamente, o Procurador-Geral do Estado, a quem
caberá defender, no que couber, o ato ou o texto impugnado. 
Legitimados no Rio de Janeiro 
Art. 162. A representação de inconstitucionalidade de leis ou de atos
normativos estaduais ou municipais, em face desta Constituição, pode ser
proposta pelo: Governador do Estado, pela Mesa, por Comissão Permanente ou
pelos membros da Assembleia Legislativa, pelo Procurador-Geral da Justiça,
pelo Procurador-Geral do Estado, pelo Defensor Público Geral do Estado, por
Prefeito Municipal, por Mesa de Câmara de Vereadores, pelo Conselho
Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil, por partido político com
representação na Assembleia Legislativa ou em Câmara de Vereadores, e por
federação sindical ou entidade de classe de âmbito estadual 
Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios
estabelecidos nesta Constituição. 
§ 2º Cabe aos Estados a instituição de representação de inconstitucionalidade
de leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face da Constituição
Estadual, vedada a atribuição da legitimação para agir a um único órgão. 
O sistema permite o ajuizamento simultâneo de ADI no âmbito estadual e no
âmbito federal. A decisão que vier a ser proferida pelo STF vinculará o TJ
estadual, mas não o contrário. 
Decisão erga omnes e não fica coberta pela coisa julgada material. 
Na prática, não é necessário ingressar com as ações simultâneas, pois da
decisão que julga improcedente a representação CABERÁ RECURSO
EXTRAORDINÁRIO DIRETO PARA O STF. 
Efeito Repristinatório 
Repristinação só pode ocorrer quando a nova Lei ( LEI C ) mencionar
quando revogou a lei B que a lei A volta a ter vigência. obs. lei b revogou a
lei a, se surgir uma lei C que revogue a lei b, a lei A não retorna, SÓ SE A
LEI C determinar o retorno da lei A
A lei inconstitucional será declarada nula (efeitos ex tunc), repristinando normas
que restaram prejudicadas pelo ato inconstitucional. 
REPRISTINAÇÃO – Art. 2º, § 3º da LINDB (Lei de Introdução ao Direito
Brasileiro) § 3o Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por
ter a lei revogadora perdido a vigência. -> Assim, a regra geral é pela não
admissão da repristinação, salvo disposição expressa. 
LEI A- VIGENTE 
LEI B REVOGA LEI A 
LEI C REVOGA LEI B 
Pela repristinação, a Lei A voltaria a viger SE Lei C determinasse isso. 
Em Ação Direta de Inconstitucionalidade, não há necessidade de disposição
expressa. Se a Lei B é considerada inconstitucional, a Lei A recuperará,
tacitamente, a sua vigência, pois a Lei B, por ser inconstitucional, nunca teve
força para revogar a Lei A. Neste caso, não se fala em repristinação, mas em
efeito repristinatório, afinal, a lei não foi revogada e, sim, declarada
inconstitucional.
Normas de Reprodução Obrigatória
Os Tribunais de Justiça podem declarar a inconstitucionalidade proposta
contra lei municipal em face da Constituição Federal desde que sejam normas
de reprodução obrigatória pelos Estados. 
Tratam-se de normas que devem ser repetidas na Constituição Estadual, ainda
que de forma implícita, ensejando observância obrigatória. 
Se a norma é de reprodução obrigatória, considera-se que ela está presente,
mesmo que a Constituição Estadual esteja silente. Ex: a Constituição Federal
estabelece que os Municípios são autônomos, mesmo que a C.E. nada diga
sobre o assunto. 
Não há na Constituição Federal a menção sobre quais normas são de
reprodução obrigatória. 
Outro exemplo: Município que aprova lei sobre Direito do Trabalho. O TJ pode
julgar a lei inconstitucional, alegando que ela viola o art. 22, I, CF porque é
uma norma de reprodução obrigatória. 
 
 
O STF declarou a inconstitucionalidade sem pronúncia de nulidade da lei, mantendo
sua vigência por 24 meses. 
A nulidade é decorrente da inconstitucionalidade. A Corte entendeu que a lei era
inconstitucional, mas que seus efeitos deveriam ser preservados. 
Quando se pretende preservar efeitos pretéritos, utiliza-se a técnica da restrição
de efeitos retroativos, não declarando a nulidade, ainda que se pronuncie sua
inconstitucionalidade. 
Interpretação Conforme a Constituição
Não constitui método de interpretação, mas técnica de controle de
constitucionalidade, que impede a declaração de inconstitucionalidade da
norma mediante a afirmação de que há uma interpretação conforme a
Constituição.
O tribunal pode julgar a ADI improcedente e, na fundamentação,
evidenciará a interpretação conforme. 
 
 
 
Coisa Julgada inconstitucional
Art. 966. A decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida
quando: 
V - violar manifestamente norma jurídica; 
Assim, admite-se a ação rescisória que tem por objeto decisão que aplicou lei
que, posteriormente, foi declarada inconstitucional. Pela mesma lógica, tem-se
defendido a possibilidade inversa: a rescisão de julgado que deixou de aplicar
uma norma, tida por inconstitucional, que posteriormente foi proclamada
constitucional em ação direta. 
Prazo: 2 anos 
Tese 733 STF- A decisão do Supremo Tribunal Federal declarando a
constitucionalidade ou a inconstitucionalidade de preceito normativo não produz
a automática reforma ou rescisão das decisões anteriores que tenham adotado
entendimento diferente. Para que tal ocorra, será indispensável a interposição
de recurso próprio ou, se for o caso, a propositura de ação rescisória própria,
nos termos do art. 485 do CPC, observado o respectivo prazo decadencial
(CPC, art. 495). 
 
Pronúncia de Inconstitucionalidade sem declaração de
Nulidade
ADI 3.682 contra a Lei nº 7.619/2000, que criou o município de Luis Eduardo
Magalhães. O STF, apesar de ter declarado a inconstitucionalidade de outras leis
em casos iguais, ficou receoso de que a retroatividade da decisão afetasse
situações já formadas.
Inconstitucionalidade por arrastamento é a técnica que o STF ou TJ adotam para
declarar a inconstitucionalidade de outros artigos que não foram mencionados pelo
autor da ação do controle concentrado. A inconstitucionalidade da lei contamina
outros preceitos, impedindo a sua preservação. 
Questão relacionada com o princípio da congruência da sentença ao pedido. 
As ações do controle de constitucionalidade têm causa de pedir aberta, o que
permite a aplicação desta técnica. 
Permite arrastar a declaração de inconstitucionalidade do dispositivo até os artigos
contaminados pela inconstitucionalidade, ainda que não mencionados no pedido. 
Elimina o obstáculo do princípio da congruência entre pedido e sentença. 
Imagine: autor da ação requer a inconstitucionalidade dos arts. 5,6 e 7, mas o
ministro ou o desembargador do tj entendem que os artigos 5 até o 14, por exemplo,
são inconstitucionais. Neste caso, o ministro (stf) ou desembargador (tj ) declarará
a inconstitucinalidade dos demais artigos nao mencionados por arrastamento.
 
 
Inconstitucionalidade por afastamento
A lei inconstitucional é considerada nula e a lei não terá mais efeito algum. 
Os efeitos são retroativos. 
MODULAÇÃO DE EFEITOS - Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de
lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de
excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de
dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir
que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento
que venha a ser fixado. 
modulação de efeitos significa declaração de inconstitucionalidade sem declaração
denulidade
A decisão que restringe os efeitos retroativos requer quórum qualificado de 2/3. 
Assim, é possível que a decisão tenha efeitos limitados, preservando os efeitos da
lei a partir do trânsito em julgado ou a partir de evento/data futura. 
Principais Técnicos Decisórias pelo STF
a) respeito à expressão literal do texto. 
B) respeito ao fim buscado pelo legislador. 
Essa técnica exclui o sentido/interpretação contrário à Constituição, mas
declara que, mediante determinada interpretação, a norma é constitucional. 
Por outro lado, se a norma não abre margem para interpretação diversa,
exclui-se a possibilidade de interpretação conforme a Constituição. 
ADIN 3510- Lei de Biossegurança – ela não era polissêmica. 
A interpretação conforme a Constituição precisa estar atenta a dois
requisitos: 
 Não pode ser usada para conferir a norma resultado distinto do desejado pelo
legislador ou regulação diversa. ENTRETANTO...SERÁ QUE NA PRÁTICA
É ASSIM? 
 
Declaração Parcial de nulidade sem redução do texto
Uma parte da norma é constitucional e a outra não. 
A norma pode ser inconstitucional em determinada situação e, neste caso, o
Tribunal pode preservar a norma e admitir a sua aplicação em outras situação. 
Ex.: Leis que criam ou aumentam tributo. Tais leis, diante do princípio da
anterioridade (art. 150, b, CF) não podem ser aplicadas no mesmo exercício
financeiro, embora possam ser aplicadas no exercício seguinte. 
Não reduz a validade do dispositivo, mas o âmbito de aplicação. 
 
Nesta hipótese, tal como na interpretação conforme a Constituição, não haverá
nulidade da norma, que continuará válida. O que as diferencia é a circunstância de
que a interpretação conforme exclui a interpretação inconstitucional, já neste
caso, a norma será ilegítima na situação proposta, mas, válida em outra. 
Em um caso, discute-se o âmbito de interpretação e, no outro, o de aplicação. 
Declaração de inconstitucionalidade total e parcial
Em certos casos, a inconstitucionalidade recai sobre toda a lei. Isso ocorre,
geralmente, nos casos em que a inconstitucionalidade se encontra no processo de
formação da lei. 
Fora destes casos, é possível analisar a possibilidade de manutenção dos demais
dispositivos. 
A regra é a divisibilidade da lei, fruto da necessidade de preservar o que é
constitucional. 
 
CASO CONCRETO 5
(OAB – XXI Exame Unificado) O prefeito do Município Sigma envia projeto de lei
ao Poder Legislativo municipal, que fixa o valor do subsídio do chefe do Poder
Executivo em idêntico valor ao subsídio mensal dos ministros do Supremo Tribunal
Federal. Tal projeto é aprovado pela Câmara de Vereadores e sancionado pelo
Chefe do Poder Executivo. No dia seguinte ao da publicação da referida norma
municipal, o vereador José, do município Sigma, ajuizou Ação Direta de
Inconstitucionalidade, perante o Supremo Tribunal Federal, a fim de que fosse tal
lei declarada inconstitucional. Diante do exposto, responda aos itens a seguir. 
a) Há vício de inconstitucionalidade na norma municipal? Justifique. 
Sim, inconstitucionalidade formal, pois o art. 29, V CF estabelece que este tipo
de norma deveria ter seu trâmite iniciado na Câmara Municipal. 
b) A medida judicial adotada pelo Vereador está correta? Justifique. 
Não, pois o Vereador não tem legitimidade para propor ADIN (ele não está no rol
do art. 103 CF) perante o STF. Além disso, norma municipal não pode ser objeto
de ADIN perante o STF, no máximo, de representação de constitucionalidade
perante o TJ. 
 
A Constituição de determinado estado da federação, promulgada em 1989, ao
dispor sobre a administração pública estadual, estabelece que a investi dura em
cargo ou emprego público é assegurada aos cidadãos naturais daquele estado e
depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e
títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego,
ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre
nomeação e exoneração. Em 2009 foi promulgada pela Assembleia Legislativa
daquele estado (após a derrubada de veto do Governador), uma lei que permite o
ingresso em determinada carreira por meio de livre nomeação, assegurada a
estabilidade do servidor nomeado após 3 (três) anos de efetivo exercício.
Considerando -se que a Constituição estadual arrola o Governador como um dos
legitimados para a propositura da ação direta de inconstitucionalidade em âmbito 
estadual (art. 125, §2° da CRFB), e considerando-se que o Governador
pretende obter a declaração de inconstitucionalidade da referida lei estadual,
responda: 
a) O que ocorreria se logo após o ajuizamento da ação direta de
inconstitucionalidade de âmbito estadual, ajuizada pelo Governador do Estado
junto ao Tribunal de Justiça (nos termos do art. 125, §2° da CRFB) e antes do
julgamento, fosse ajuizada pelo Conselho Federal da OAB uma ação direta de
inconstitucionalidade junto ao STF, tendo por objeto esta mesma lei? Explique
. 
RESPOSTA: A ação proposta perante o TJ deve ser suspensa, em virtude do
fato de que a decisão do STF se sobrepõe à decisão do Tribunal de Justiça.
 
b) Poderia o Presidente da República ajuizar ação direta de
inconstitucionalidade junto ao STF contra o dispositivo da Constituição estadual?
Explique. 
 
RESPOSTA:Sim, pois o Presidente é legitimado universal para o ajuizamento de
ADI e os dispositivos de constituições estaduais são objeto passíveis de
impugnação por ADI em caso de conflito com a Constituição Federal. No caso,
há clara violação ao art. 19, III, CF, pois criou-se diferenciação entre
brasileiros por razão de naturalidade. 
 
Com respeito ao modelo constitucional brasileiro, é correto afirmar: 
a) A declaração de inconstitucionalidade in abstracto torna inaplicável a
legislação anterior revogada pela norma impugnada. 
 
b) A declaração de inconstitucionalidade in abstracto não possui efeito
vinculante para os órgãos do Poder Judiciário
 
c) O controle em tese da constitucionalidade de leis opera pela via difusa. 
 
d) A declaração de inconstitucionalidade in abstracto de lei, no modelo
brasileiro, possui caráter retroativo. 
 
e) O Supremo Tribunal Federal não pode apreciar pedido de medida cautelar
nas ações diretas de inconstitucionalidade 
 
 
Art. 14 da lei nº 9.868 - A petição inicial indicará: 
I - o dispositivo da lei ou do ato normativo questionado e os fundamentos jurídicos
do pedido; 
II - o pedido, com suas especificações; 
III - a existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da
disposição objeto da ação declaratória. 
Exige-se que a dúvida surja no âmbito judicial, no sentido da norma ser
constitucional ou não. Decisões reconhecendo a inconstitucionalidade da norma,
oriunda de diferentes órgãos judiciais configuram a dúvida ou a incerteza acerca
constitucionalidade da norma. 
Permite a definição da constitucionalidade da norma, otimizando a coexistência do
direito e a confiança na ordem jurídica. 
Quando decisões judiciais estão apontando a inconstitucionalidade da norma, é
natural que aqueles que pretendem dela se utilizar se sintam ameaçados, o que
demonstra a importância da Ação Declaratória de Constitucionalidade. 
Do Estado de Incerteza
A Ação Declaratória de Constitucionalidade foi criada pela Emenda Constitucional
nº 3/ 1993, que firmou a competência do STF para conhecer e julgar a ADC de
lei ou ato normativo FEDERAL. Procedimento previsto na Lei nº 9.868. 
O interesse da tutela pode vir de uma situação de dúvida a ser eliminada por
sentença declaratória. O motivo para a ADC é uma declaração judicial de
certificação. A dúvida sobre a constitucionalidade não é de um cidadão, mas, sim,
deriva de decisões reiteradas de juízes e tribunais, da não aplicação da lei pela
Administração. 
Busca-se por meio dessa ação declarar a constitucionalidade de lei ou ato
normativo federal. Indaga-se: mas toda lei não se presume constitucional? 
Sim, no entanto, o que existe é uma presunção relativa (juris tantum) de toda lei
ser constitucional. Em se tratando de presunção relativa, admite-se prova emcontrário, declarando-se, quando necessário, através dos mecanismos da ADI
genérica ou do controle difuso, a inconstitucionalidade da lei ou ato normativo
O objetivo da ADC é transformar uma presunção relativa de constitucionalidade
em absoluta (jure et de jure), não mais se admitindo prova em contrário. Ou seja,
julgada procedente a ADC, tal decisão vinculará os demais órgãos do Poder
Judiciário e a Administração Pública, que não mais poderão declarar a
inconstitucionalidade da aludida lei, ou agir em desconformidade com a decisão do
STF. Não estaremos mais, repita-se, diante de uma presunção relativa de
constitucionalidade da lei, mas absoluta.
Ação Declaratória de ConstitucionalidadeAção Declaratória de Constitucionalidade 
Legitimidade/Objeto
NÃO PRECISAM DE ADVOGADO, POIS POSSUEM CAPACIDADE
POSTULATÓRIA PARA TAL. 
Objeto Mais limitado do que a ADI -> apenas leis ou atos normativos
FEDERAIS. . Frise-se: somente lei ou ato normativo federal, diferentemente
do que ocorre com a ADI genérica, cujo objeto engloba, também, a lei ou ato
normativo estadual (cf. art. 102, § 2.º).
Art. 102, I, “a” CF- a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato
normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de
lei ou ato normativo federal; 
Não podem ser objeto de ADC atos normativos secundários, normas pré-
constitucionais, leis estaduais e municipais. 
PARÂMETRO- Constituição Federal e tratados internacionais de direitos
humanos equivalentes à emenda constitucional. 
 
Controvérsia Judicial Relevante
Não é admissível a propositura de Ação Declaratória de Constitucionalidade se
não houver controvérsia ou dúvida relevante quanto à legitimidade da norma. 
Isso é demonstrado por meio de pronunciamentos contraditórios da jurisdição
ordinária sobre a constitucionalidade do dispositivo. Se a jurisdição ordinária,
por meio de seus diferentes órgãos, passa a afirmar a inconstitucionalidade de
uma lei, poderão os órgãos legitimados, se convencidos de sua
constitucionalidade, provocar o STF para que ponha fim à controvérsia. 
Simples controvérsia doutrinária não enseja o estado de incerteza apto a
legitimar a ação, pois ela, por si só, não obsta a aplicação da lei. 
Não configurada a dúvida ou a controvérsia relevante sobre a norma, o STF não
conhecerá da ação. 
Pela ADC, o STF uniformizará o entendimento sobre a constitucionalidade do
ato normativo federal. 
 
Aspectos Procedimentais 
O Tribunal não fica vinculado aos fundamentos apresentados, podendo
tratar da constitucionalidade a partir de qualquer fundamento
constitucional CAUSA DE PEDIR ABERTA. 
Causa de pedir aberta, inibindo outra ADC com base em fundamento
não delineado na primeira. Com a decisão transitada em julgado, restam
preclusos todos os fundamentos que poderiam ter sido deduzidos e não
foram. 
A petição inicial deve indicar o dispositivo da lei ou ato normativo questionado
e o fundamento jurídico e ressaltar a controvérsia judicial relevante. 
Causa de pedir aberta: É quando o ministro fundamenta sua decisão com base
em outros argumentos que foram além do que aquele autor requereu
1.
 
 
RELEMBRANDO QUE OS LEGITIMADOS DO INCISO I AO VII
Art.103 CF – TODOS OS LEGITIMADOS DA AÇÃO DIRETA DE
INCONSTITUCIONALIDADE. 
 
Art. 21. O Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta de
seus membros, poderá deferir pedido de medida cautelar na ação
declaratória de constitucionalidade, consistente na determinação de que os
juízes e os Tribunais suspendam o julgamento dos processos que envolvam a
aplicação da lei ou do ato normativo objeto da ação até seu julgamento
definitivo. 
Não existe lei sendo atacada, e sim defendida
Pedido: É a declaração de constitucionalidade do dispositivo. 
Cabe medida cautelar: art. 21 da Lei nº 9.868 - suspensão do julgamento dos
processos que envolvam a aplicação da lei até julgamento definitivo, o qual deve
ocorrer em até 180 dias.
Só o STF julga a ação declaratória de Constitucionalidade 
A ação declaratória de Constitucionalidade vai de fato, tornar ou não o ato
normativo federal constitucional e a liminar será para que os processos que versem
sobre este ato normativo não prossigam enquanto essa discussão não acabar.
A liminar perderá a eficácia após 180 dias, mas o Tribunal pode prorrogar o prazo
da eficácia. 
Se o STF decidir que a norma é constitucional, ainda que em liminar, ninguém
pode negá-la e proferir decisões no sentido da inconstitucionalidade, assim, o
legislador da Lei nº 9.868 preferiu inibir a aplicação da norma em vez de obrigar
os juízes a aplicar a norma. 
Não é possível desistir da ação. 
Não cabe intervenção de terceiros, mas amicus curiae pooode!! (art. 7º, §2º da
Lei nº 9.882) 
Exemplos de ADC manifestamente improcedentes: declaração de
constitucionalidade de normas constitucionais (ADC 22); ADC para declaração de
constitucionalidade de direito estadual ou municipal, de norma revogada. 
Diferente da ADI, em que o relator deve pedir informações aos órgãos ou às
autoridades das quais emanou a lei ou ato normativo impugnado, na ADC não há
requerido ou alguém que, com essa qualidade, possa se opor à declaração de
constitucionalidade. 
Art. 19. Decorrido o prazo do artigo anterior, será aberta vista ao Procurador-
Geral da República, que deverá pronunciar-se no prazo de quinze dias. 
PERCEBA QUE O ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO NÃO SERÁ CHAMADO
PARA DEFENDER O DISPOSITIVO PORQUE NÃO HÁ DISPOSITIVO PARA
DEFENDER. 
É necessária a presença de 8 Ministros no julgamento. Precisa do voto de 6
Ministros. 
Art. 23. Se não houver 8 ministro, suspende-se até que a maioria seja alcançada. 
É irrecorrível e só pode ser objeto de embargos de declaração. 
Insuscetível de ação rescisória. 
Eficácia erga omnes, vincula os órgãos do Poder Judiciário, Administração Pública
Federal, Estadual e Municipal. 
 
Decisão em Ação Declaratória de Constitucionalidade
Efeitos da Decisão
O art. 102, § 2.º, criado pela EC n. 3/93, estabelece que as decisões
definitivas de mérito, proferidas pelo STF, nas ações declaratórias de
constitucionalidade de lei ou ato normativo federal, produzirão eficácia contra
todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e
ao Poder Executivo. Assim, podemos sistematizar os efeitos como sendo: 
■ erga omnes (eficácia contra todos); 
■ ex tunc; 
■ vinculante em relação aos órgãos do Poder Judiciário e à Administração
Pública federal, estadual, municipal e distrital. 
 
 
Lembrando que o efeito vinculante das decisões em controle concentrado
perante o STF só não vincula o próprio STF e o Poder Legislativo em sua
função de legislar.
Medida Cautelar
O art. 21 prevê que o STF, por decisão da maioria absoluta de seus
membros, poderá deferir pedido de medida cautelar na ação declaratória
de constitucionalidade, consistente na determinação de que os juízes e os
tribunais suspendam o julgamento dos processos que envolvam a aplicação
da lei ou do ato normativo objeto da ação até seu julgamento definitivo.
Finalmente, na hipótese de indeferimento de cautelar, em razão do
efeito ambivalente da ação, referida decisão significaria o mesmo que a
procedência da ADI (ações dúplices ou ambivalentes). Assim, se no
dispositivo da decisão se manifestar a Corte, respeitando os requisitos
legais, parece-nos que se poderia estabelecer o efeito vinculante e erga
omnes em relação a essa decisão que equivaleria à concessão da cautelar
em ADI. 
Inovação trazida pelo Projeto de lei n. 2.960/97 (PL n. 10/99, no Senado
Federal), que originou a lei n. 9.868/99, tão comentada nesta parte do
trabalho, foi a admissão de medida cautelar nas ações declaratórias de
conNesse sentido, 
 Essa suspensão perdurará apenas por 180 dias contados da publicação da
parte dispositiva da decisão no DOU, prazo esse definido pela lei para que o
tribunal julgue a ação declaratória. Findo tal prazo, sem julgamento, cessará a
eficácia da medida cautelar. 
Malgrado posicionamento minoritário em contrário:
212 o STF, por votação majoritária, apreciando preliminar suscitada

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