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RESUMO AV2 CIENCIA POLITICA RONALDO LUCAS Filósofos políticos Nicolau Maquiavel - (Florença, 3 de maio de 1469 – Florença, 21 de junho de 1527) Historiador, poeta, diplomata e musico italiano do Renascimento. É reconhecido como fundador do pensamento e da Ciencia Politica Moderna, pelo fato de ter escrito sobre o Estado e o governo como realmente são, e não como deveriam ser. É um autor fundamental da Politica e um dos mentores do Absolutismo. “É melhor ser amado ou ser temido?” Realismo Político e pessimismo antropológico. Destaca a ética da política. É a política pela política. O realismo político de Maquiavel é o reconhecimento da condição de que a realidade dos fatos é composta de astúcia, força, violência, falsidade, dissimulação (algo bem longe do moralismo pregado pela tradição cristã). O reconhecimento de uma política que não dispensa a manobra, o jogo de aparências. Fonte: https://www.sabedoriapolitica.com.br/filosofia-politica/filosofia-moderna/o- principe/maquiavel/ Abandonar o dever-ser e concentra no real. Os maus vencem. Virtú = astucia, sagacidade / Fortuna = acaso, sorte Para alguns Maquiavel foi má influência para a Modernidade. Para outros Maquiavel ajudou a todos a entender como funciona o pensamento dos maus líderes. CONTRATUALISTAS THOMAS HOBBES X JOHN LOCKE X JEAN-JACQUES ROUSSEAU Essas teorias (principalmente em Hobbes)transitam no interior do espaço teórico-filosófico São construções teóricas e não fatos ocorridos no decorrer da história A palavra ESTADO, como o entendemos hoje, foi usada por Hegel, somente no século XIX. Thomas Hobbes e a fundamentação do Estado absolutista – (5 de abril de 1588 – 4 de dezembro de 1679) Matematico, filosofo e teórico politico inglês, autor de Leviatã (1651) e Do cidadão (1651). Autor de fundamental importância para as teorias politicas absolutistas do século XVII. A visão antropológica hobbesiana. O estado de natureza em Hobbes. O contratualismo hobbesiano. “Bellum omnia omnes” (Guerra de todos contra todos) O medo dá origem ao mal A frase “homem lobo do homem” é do dramaturgo romano Titus Plautus (peça comédia Asinaria – ( Comédia do Asno)- aparece na obra “O Cidadão -1642) VISÃO ANTROPOLÓGICA Segundo Hobbes, o homem é movido por inclinações inatas (conatus), sendo que: Desconfiança – Discórdia - Glória a) se por um lado, o orgulho e a vaidade o levam a que deseje ardentemente a glória; (antissocial e egoísta, querendo cada vez mais poder – o que o coloca em perigo frente à outros homens iguais) b) por outro lado, é ele assediado de forma igualmente apaixonada pelo desejo de se conservar vivo, o que o leva a temer de forma profunda a morte. São duas paixões que convivem simultaneamente. “ESTADO DE NATUREZA” Seria a situação hipotética na qual o homem estaria fora de qualquer organização política. • ausentando-se normas e leis, o direito natural seria o direito de todos os homens sobre todas as coisas e também sobre todos. Na falta de um poder superior que limitasse o poder de cada um, é aquele orgulho e aspiração de glória a que nos referimos acima, que vai transformar “o homem em lobo do próprio homem”. Observe que neste caso não teríamos nem mesmo uma organização social, razão pela qual se diz que o homem hobbesiano é “associal”. Isso acarreta um estado de guerra perpétuo, que Hobbes define como a “guerra de todos contra todos”, em que a violência parece ser incontornável. Mas, como veremos, Hobbes apresenta uma solução para este problema. JOHN LOCKE – O Estado de natureza – Não é um estado pré-social porque não afasta a existência de vínculos sociais. Ao ordenar que cada um conserve sua própria vida, mas que também não lese a dos outros, a lei natural pressupõe um estado de natureza na qual, diferentemente do estado de natureza hobbesiano, a violência não é a regra. Já pressupõe a existência da família e da propriedade nesse estado natural. A PAZ É A REGRA RACIONALIDADE leva a COOPERAÇÃO. Mas a harmonia seria quebrada pelas paixões e pelo dinheiro. Na concepção de Locke, são direitos naturais, anteriores a qualquer decisão política: Vida, Liberdade, Propriedade, Felicidade O Direito de Resistência O ESTADO em Locke ´´ é uma instituição que deve servir ao indivíduo. Locke - Base da Monarquia Constitucional em oposição ao Absolutismo. Estado Liberal O ESTADO é o garantidor dos direitos de: vida – liberdade - propriedade Ex: Garantia da liberdade de - PENSAMENTO/EXPRESSÃO/CULTO LIBERALISMOS MODERNOS A LIBERDADE RELIGIOSA É O BERÇO DA LIBERDADE MODERNA. O Liberalismo é a corrente político-econômico que é a base da identidade sociopolítica da sociedade contemporânea e o seu arcabouço jurídico. - as sociedades europeias pactuaram o princípio da liberdade do culto privado. - essa resolução pragmática foi teorizada pelos pensadores da época, com destaque para John Locke (1632–1704). A preocupação política/filosófica de Locke é estabelecer limites para o poder do Estado, salvaguardando a liberdade individual. ROUSSEAUNIANO Jean-Jacques Rousseau – (também conhecido como J.J. Rousseau ou simplesmente Rousseau) (Genebra, 28 de Junho de 1712 — Ermenonville, 2 de Julho de 1778) importante filósofo, teórico político, escritor e compositor autodidata suíço. É considerado um dos principais filósofos políticos de todos os tempos. Suas duas obras mais relevantes no âmbito da política são Discurso Sobre a Origem da Desigualdade Entre os Homens de 1755 e O contrato social, publicada em 1762. ESTADO DE NATUREZA - hipótese Não há FAMÍLIA nem agregações sociais Homem naturalmente bom. A bondade aqui não seria um valor ético pois está aquém da consciência do bem ou do mal. É uma inocência original. A corrupção no Homem não estava ligada à natureza humana, mas a uma socialização nefasta. Para Rousseau, o estado de natureza é o reino da liberdade, da espontaneidade, da moralidade (natural) e também da felicidade do homem. Porém, ao iniciar a vida em grupo, os homens começam a comparar-se entre si, e estas comparações desenvolvem a sua faculdade de raciocínio. Com isso, descobrem que vivem sob o olhar do outro. Surge, então, outro ponto importante da reflexão política e filosófica de Rousseau, o de saber como a desigualdade se originou. Antes, porém, é importante notar que Rousseau distingue uma dupla desigualdade: a) a natural ou física, que resulta da diferença de idade, saúde, vigor, habilidades físicas, aptidões intelectuais etc., b) a desigualdade moral ou política, que é de instituição humana. Se por um lado Rousseau sempre admitiu como inevitável a primeira, entende ele ser a segunda um problema, pois é geradora da exploração do homem pelo homem. (Contrato Social) A necessidade de se estabelecer um pacto legítimo, que devolvesse ao ser humano a liberdade natural perdida com o surgimento das relações sociais. No Contrato Social, Rousseau diz: o Contrato Social procura demarcar as linhas gerais de “uma forma de associação que defenda e proteja com toda a força a pessoa e os bens de qualquer associado, e pela qual, qualquer um, unindo-se à todos, não obedeça outro que não a si mesmo, permanecendo tão livre como antes” Como não há possibilidade da volta ao “bom selvagem” somente a educação é capaz de trazer ordem para a sociedade. O Contrato Social de Rosseau – estabelece uma comunidade política fundamentada na soberania do povo, única fonte legítima do poder; Renúncia de cada um à sua vontade particular = VONTADE GERAL = é a vontade do corpo social unido por um interesse comum. SOBERANIA DO POVO VONTADE GERAL – quando ao mesmo tempo a) é expressão da maioria b) em tema cuja discussão, na arena pública, envolva temática do interesse da cidadania A visão rousseauniana concebe que a representação política não deve se dar por meio de uma democracia representativa, mas sim por intermédio de uma democraciadireta, nos moldes daquela experimentada pelos gregos. OS REGIMES TOTALITÁRIOS O Fascismo como espécie totalitária - Algumas características abrangentes dos modelos fascistas: Antidemocrático; Antiliberal e xenofóbico; Anticomunista; Militarista; Imperialista e expansionista; Culto ao líder. Conservadorismo moderno – O pensamento político conservador, foi uma resposta a uma série de desafios colocados pela Modernidade ocidental entre os séculos XVIII e XIX Os eventos fundadores do conservadorismo moderno, foram a Revolução Francesa (1789– 1899) e a concepção progressista de tempo que lhe caracteriza. a crença de que a história é potência em movimento e que as coisas mudam sempre para a melhor. Com a Modernidade, o passado se tornou o símbolo do obsoleto, do atraso, daquilo que deveria ser superado pela marcha inexorável da história. O PROGRESSISTA CONSIDERA O PRESENTE COMO O COMEÇO DO FUTURO, ENQUANTO O CONSERVADOR O VÊ SIMPLESMENTE COMO O ÚLTIMO PONTO APONTADO PELO PASSADO É importante diferenciar o conservadorismo do reacionarismo. CONSERVADORISMO POLÍTICO – RECUSA OS APELOS DO PENSAMENTO UTÓPICO, VENHAM ELES DE REVOLUCIONÁRIOS OU REACIONÁRIOS. Não há ideia de perfeição! O conservador é cético, desconfia das utopias e das promessas de perfectibilidade, partindo do princípio de que o ser humano é ontologicamente imperfeito, falho e, por isso, as tradições são importantes. A crise do Estado Liberal e a emergência do welfare state Tendo como epicentro constitucional a autonomia privada, o Estado Liberal acentuou as assimetrias sociais e econômicas, gerando a necessidade de se propor uma nova organização das estruturas estatais. Esta é a razão pela qual o liberalismo entra em crise, suscitando a criação da segunda versão do Estado Constitucional, qual seja, o Welfare State, entre nós denominado de Estado de Estado do Bem-Estar Social ou simplesmente Estado Social. Pensado na Alemanha, na década 1880 por Otto Von Bismark como alternativa ao liberalismo econômico e ao socialismo. A crise do Estado Social e o Estado Pós-social No âmbito da crise do Estado Social ganha espaço uma dinâmica “neoliberalizante” que se acelera a partir de dois grandes momentos de ruptura paradigmática da História da humanidade, quais sejam: a queda do muro de Berlim em 1989 e o ataque terrorista de 11 de setembro de 2001. É nesse contexto que desponta o chamado Estado Pós-Social (ou Estado Pós-Moderno), um novo paradigma de Estado Constitucional, mas que ainda se encontra em construção e, portanto, carecedor de maior desenvolvimento científico no âmbito político-jurídico. O Estado Constitucional de Direito e sua gênese com o Estado Liberal A crise do Estado Social e o Estado Pós-social Neoliberalismo - O presidente norte-americano Ronald Reagan (1911-2004) e a primeira- ministra britânica Margaret Thatcher (1925-2013) foram os primeiros líderes a seguirem o receituário neoliberal, caracterizado pelo corte abrupto nos gastos do Estado, o que significa precarizar serviços públicos e reduzir o arco de direitos sociais garantidos pelo governo. Em questão está o debate sobre qual seria a função do Estado, que, na lógica liberal, deve ficar restrita à garantia da segurança interna e da soberania nacional, intervindo o mínimo possível na economia, que deveria funcionar de acordo com a “lei do livre mercado”. Poder constituinte Poder constituinte é aquele que cria a Constituição, enquanto os poderes constituídos são os estabelecidos por ela, ou seja, aqueles que resultam de sua criação. QUANDO O POVO É O TITULAR DO PODER CONSTITUINTE, SEU EXERCÍCIO É CONSIDERADO DEMOCRÁTICO. O poder constituinte pode ser de dois tipos: Originário / derivado Poder constituinte originário é o poder de criar uma nova Constituição. Apresenta 6 características que o distinguem do derivado: Político / Inicial / Incondicionado / Permanente / Ilimitado juridicamente POLÍTICO - É um poder de fato. Ele é anterior ao direito e cria o ordenamento jurídico de um Estado. INICIAL - Dá início a uma nova ordem jurídica, rompendo com a anterior. A manifestação do Poder Constituinte tem o efeito de criar um Estado. INCONDICIONADO - Não se sujeita a qualquer forma ou procedimento predeterminado para sua manifestação. PERMANENTE - Pode se manifestar a qualquer tempo. Ele não se esgota com a elaboração de uma nova Constituição. ILIMITADO JURIDICAMENTE - Não se submete a limites determinados pelo direito anterior. Os positivistas entendem que, de fato, o poder constituinte originário é ilimitado juridicamente; já os jusnaturalistas dizem que ele encontra limites no direito natural, ou seja, em valores suprapositivos. AUTÔNOMO - Tem liberdade para definir o conteúdo da nova Constituição. Muitos autores tratam essa característica como sinônimo de ilimitado. O Poder Constituinte Derivado é o poder de modificar a Constituição Federal bem como de elaborar as Constituições Estaduais, estando previsto na própria Constituição. Tem como características ser: JURÍDICO/DERIVADO/LIMITADO OU SUBORDINADO/CONDICIONADO JURÍDICO - É regulado pela Constituição, estando, portanto, previsto no ordenamento jurídico vigente DERIVADO - É fruto do poder constituinte originário. LIMITADO OU SUBORDINADO - A forma de seu exercício é determinada pela Constituição. Assim, a aprovação de emendas constitucionais, por exemplo, deve obedecer ao procedimento estabelecido no artigo 60 da Constituição Federal (CF/88). CONDICIONADO - A forma de seu exercício é determinada pela Constituição. Assim, a aprovação de emendas constitucionais, por exemplo, deve obedecer ao procedimento estabelecido no artigo 60 da Constituição Federal (CF/88). O Poder Constituinte Derivado subdivide-se em dois e ambos devem respeitar as limitações e condições impostas pela Constituição Federal. Veja quais são: *PODER CONSTITUINTE REFORMADOR - Consiste no poder de modificar a Constituição. *PODER CONSTITUINTE DECORRENTE - É aquele que a CF/88 confere aos estados de se organizarem, por meio da elaboração de suas próprias constituições. DIREITOS HUMANOS PROTEÇÃO DO INDIVÍDUO E DIGNIDADE HUMANA A ONU promulgou a Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 1948, sendo um marco para o Direito Internacional e, também, a primeira vez em que direitos humanos são declarados de forma global. Veremos que esse caráter universal será bastante criticado por pensadores como Boaventura de Sousa Santos. (RELATIVISMO CULTURAL). No Brasil, os direitos humanos positivados pelo ordenamento jurídico interno são denominados: direitos fundamentais As chamadas dimensões (ou “gerações”, termo este mais antigo) dos Direitos Humanos. Sendo a primeira dimensão aquela pautada nos valores de liberdade individual e concentrada nos direitos civis e políticos em face do Estado. A segunda baseia-se no princípio de igualdade social, são os chamados direitos econômicos, sociais e culturais. A Constituição de Weimar (1919), na Alemanha, marca o início da ideia de um Estado Social de Direito e influenciou, assim como a Constituição do México (1917), a elaboração da Constituição brasileira (1934), a primeira a trazer um capítulo sobre direitos fundamentais sociais. Na terceira dimensão dos direitos humanos temos o valor da fraternidade e o Estado já não é mais o único responsável para levar mais direitos àqueles vulnerabilizados, mas também os representantes da sociedade civil, os ditos “grupos de pressão”, as organizações não governamentais, as chamadas ações populares e as ações civis públicas. Passemos aos estudos de cada tópico.
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