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TCC - ÉDER AUGUSTO MAIA DE OLIVEIRA - MBA CONTROLADORIA E FINANÇAS CORPORATIVAS

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CURSO DE PÓS-GRADUÇÃO LATO SENSU
NÚCLEO DEPÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO FAVENI
IMPORTÂNCIA E VANTAGEM DA CONTROLADORIA NAS EMPRESAS
ÉDER AUGUSTO MAIA DE OLIVEIRA
CARATINGA - MG
2017
CURSO DE PÓS-GRADUÇÃO LATO SENSU
NÚCLEO DEPÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO FAVENI
IMPORTÂNCIA E VANTAGEM DA CONTROLADORIA NAS EMPRESAS
Artigo cientifico apresentado a FAVENI como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em MBA em Controladoria e Finanças Corporativas.
 
CARATINGA - MG
2017
RESUMO
O presente trabalho foi realizado utilizando-se de pesquisas bibliográficas com o objetivo de conhecer conceitos e a atuação da Controladoria dentro das empresas. Buscou-se uma abordagem da importância e vantagem da controladoria no processo de gestão, proporcionando subsidiar os gestores na tomada de decisão, bem como a eficácia e efetividade da aplicação dos recursos e esforços das empresas. Também busca uma visão geral da atividade do Controller dentro da empresa.
Palavras chave: Controladoria, Controller, Tomada de decisão, Diferencial competitivo
INTRODUÇÃO
A globalização e a ríspida competição empresarial têm causado a busca incessante pela adequação a cenários, outrora, inimaginados. Todavia, preparar-se para os riscos mercadológicos é uma obrigação de toda empresa que visa sua perpetuação no mercado atual. Portanto, a adoção de estratégias e práticas que visam uma diferenciação no mercado é vista como essencial para a manutenção empresarial. Nesse sentido a Controladoria vem para auxiliar na diferenciação empresarial, pois sua atuação e aplicação nos diversos setores da empresa, proporciona uma otimização, racionalização e maior efetividade na aplicação dos recursos e nos esforços realizados pela empresa. Há de se dizer que, conforme diz Padoveze (2013, p. 15) “a controladoria é uma área de apoio dentro das empresas e não tem responsabilidade pelo processo operacional e geração de lucro, salvo decorrente de sua própria atuação”. Portanto, essa diferenciação se dará pela maneira que a controladoria atuará de forma a garantir a aplicação dos recursos e esforços empresariais de forma adequada e, visando benefícios e ganhos de escala para empresa, o que refletirá nos custos diretos e indiretos da empresa, proporcionando competitividade perante as demais empresas do mercado.
OBJETIVOS DO TRABALHO
Este trabalho visa, de forma objetiva, conceituar o termo “controladoria”, suas aplicações dentro das empresas, bem como sua contribuição para o gerenciamento empresarial e na agilização e facilitação na tomada de decisão.
METODOLOGIA
A metodologia utilizada para elaboração deste trabalho foi de pesquisa bibliográfica buscando, de forma objetiva, conceituar o termo “controladoria” e suas aplicações, vantagens e importância na contribuição da gestão empresarial.
CONCEITO DE CONTROLADORIA
Numa primeira abordagem torna-se imprescindível apresentar a conceituação de Padoveze (2013, p. 33) citando Mosimann et al, que diz:
(...) a controladoria consiste em um corpo de doutrinas e conhecimentos relativos à gestão econômica. Pode ser visualizada sob dois enfoques:
a) Como um órgão administrativo com uma missão, funções e princípios norteadores definidos no modelo de gestão e sistema empresa; e
b) Como uma área do conhecimento humano com fundamentos, conceitos, princípios e métodos oriundos de outras ciências (MOSIMANN, p. 85).
Sob esse enfoque, a Controladoria pode ser conceituada como o conjunto de princípios, procedimentos e métodos oriundos das ciências da Administração, Economia, Psicologia, Estatística e principalmente da Contabilidade, que se ocupa da gestão econômica das empresas, com o fim de orientá-las para a eficácia (MOSIMANN, p. 96).
Padoveze (2013, p. 33) infere que os autores possuem uma visão de que a Controladoria, apesar de se utilizar de instrumentos contábeis é uma ciência independente e autônoma e que utiliza-se de instrumentos da Contabilidade da mesma forma que poderia utilizar instrumentos de outras disciplinas como: Administração; Economia; Psicologia, entre outras. No entanto, Padoveze traz sua opinião e visão que diz: 
(...) a Controladoria pode ser entendida como a ciência contábil evoluída. Como em todas as ciências, há alargamento do campo de atuação, esse alargamento do campo de abrangência da Contabilidade, conduziu à que ela seja melhor representada semanticamente pela denominação de Controladoria.
Embora Padoveze apresente um conceito de Controladoria voltado para a vinculação com a Contabilidade e discordando de Mosimann que aponta para: a utilização de técnicas contábeis, bem como de outras disciplinas, de forma homogênea e alinhada; e a estruturação de um órgão administrativo que aplicará os princípios e diretrizes norteadores da política empresarial e na gestão dos diversos sistemas.
No entanto Catelli (1999, p. 370) diz:
A controladoria não pode ser vista como um método, voltado ao como fazer. Para uma correta compreensão do todo, devemos cindi-lá em duas vértices: o primeiro como ramo do conhecimento responsável pelo estabelecimento de toda base conceitual, e o segundo como órgão administrativo respondendo pela disseminação de conhecimento, modelagem e implantação de sistemas de informações.
Na visão de Catelli (1999, p. 370) a controladoria deve ser vista a partir da premissa da teoria contábil, que traz em seu bojo toda sua base conceitual, tais bases são necessárias para o processo de estruturação e manutenção dos sistemas de informação e modelagem da gestão econômica, visando dar suporte aos gestores no processo de gerenciamento e tomada de decisões.
Contudo podemos conceituar a Controladoria como a ciência que se utiliza de teorias de vários campos do conhecimento sendo os mais notórios a Contabilidade, Administração, Economia, Estatística, Psicologia dentre outras no intuito de propor instrumentos de gestão que possibilite a assertividade na tomada de decisões impactando de forma eficaz e efetiva para a empresa proporcionado-lhes ganhos e diferencial competitivo. Há de se ressaltar que torna-se necessário a instituição de órgãos administrativos de controle dotados de pessoal capacitado que será responsável pela aplicabilidade das práticas de controladoria no âmbito da empresa e alimentando os gestores das informações necessárias para as tomadas de decisões.
MISSÃO DA CONTROLADORIA
Padoveze (2013, p. 40) citando Catelli diz que “(...) a missão da Controladoria é assegurar a eficácia da empresa através da otimização de seus resultados”. Mas como se dará o alcance desses resultados? A Controladoria é quem conduz a empresa? Nesse sentido e para aprofundarmos um pouco mais na “Missão da Controladoria”, vamos ver visão de Padoveze (2013, p. 40) baseado em Heckert &Willson, onde diz:
(...) à Controladoria não compete o comando do navio, pois essa tarefa é do primeiro executivo; representa, entretanto, o navegador que cuida dos mapas de navegação. É sua finalidade manter informado o comandante quanto à distância percorrida, ao local em que se encontra, e à velocidade da embarcação, à resistência encontrada, aos desvios da rota, aos recifes perigosos e aos caminhos traçados nos mapas, para que o navio chegue ao destino.
Nesse sentido percebe-se que não cabe a Controladoria a direção empresarial, mas sim um suporte para que esta gestão seja eficiente, eficaz e efetiva, proporcionando-lhes o alcance dos seus objetivos de forma segura, sustentável e lucrativa. A Controladoria deve sempre estar atenta na indicação de pontos de alertas que podem ocasionar prejuízos para a empresa. Sua ação deve ser ativa e não passiva, em alguns casos pró-ativa, pois antever um perigo pode ser fator crucial e fundamental para a manutenção da empresa em um mercado que a cada dia torna-se mais competitivo e devorador. Padoveze (2013, p. 40) citando Fayol demonstra a importância da Controladoria para a Gestão, no qual diz a Controladoria “(...) deve permitir que se saiba a todo instante onde estamos e para onde vamos”. Nesse contexto aparece o Controller,que metaforicamente é o navegador que presta as informações necessárias e tempestivas, cuidando sempre para a boa condução do barco. 
No que diz respeito ao Controller vale destacar o que Horngren (1985) citado por Pandoveze (2013, p. 40) diz: 
(...) o Controller moderno não faz controle algum em termos de autoridade de linha, exceto em seu próprio departamento. Contudo, o conceito moderno de controladoria sustenta que, num sentido especial, o Controller realmente controla: fazendo relatórios e interpretando dados pertinentes, o Controller exerce uma força ou influência ou projeta uma atitude que impele a administração rumo a decisões lógicas e compatíveis com os objetivos. 
Já a visão de Padoveze (2013, p. 41) baseado em Heckert & Willson (1963, p.9) diz:
A essência da função de Controller (...) é uma visão proativa, permanentemente voltada para o futuro. “Essencial para a compreensão apropriada da função de controladoria é um atitude mental que energiza e vitaliza os dados financeiros por aplicá-los ao futuro das atividades da companhia. É um conceito de olhar para frente – um enfoque analiticamente treinado, que traz balanço entre o planejamento administrativo e o sistema de controle.”
No que tange mencionar, o controller é o agente que atua diretamente e em conjunto com a administração indicando e prospectando alternativas para que os gestores tenham elementos suficientes para as tomadas de decisões, visando sempre atuar no planejamento e controle das atividades de curto, médio e longo prazos. O Controller deve possuir uma visão ampliada da empresa e do ambiente em que ela está inserida e nesses cenários e possibilidades prospectar as alternativas mais vantajosas e lucrativas. Tung (1972, p. 45) descreve que para alcançar 
(...) o lucro desejado, o Controller deve, em primeiro lugar, conhecer intimamente, os objetivos da empresa, alinhado com as tomadas de decisões. Também deve procurar saber quais os objetivos de cada setor: produção, comercialização, pesquisas, engenharias, contabilidade, etc., uma vez que os objetivos setoriais fazem parte do objetivo global da empresa. Se esta última tem por objetivo manter uma linha de produtos, com vistas à comercialização, para realizar certo montante de lucro, em determinado ano, todos os esforços e planos setoriais deverão basear-se nesta meta geral, para que haja entrosamento nos planos de compras, propaganda, produção, recursos financeiros, etc. Se não existir um plano escrito, é função do Controller elaborá-lo, quanto antes. 
A visão de Tung (1972, p. 45) traz uma percepção abrangente e inter-setorial, pois é responsabilidade do controller atuar nas diversas áreas/setores da empresa engendrando alternativas que captem o teor dos objetivos da empresa que deverá ser disseminado para que todo esforço seja em prol do atingimento das metas e objetivos. Nisso percebemos que a missão do controller e consequentemente da Controladoria é, através da interlocução inter-setorial, de proporcionar caminhos e alternativas estruturadas que auxiliem os gestores na tomada de decisão e que possibilitem ganhos e lucros para a empresa proporcionando-lhe diferencial competitivo no cenário mercadológico.
APLICAÇÃO DA CONTROLADORIA
A Controladoria é aplicável em diversos sentidos e situações, pois sua abrangência está em todos os níveis das diversas organizações, mas para fins deste trabalho abordaremos a aplicabilidade na visão de Tung (1972).
Processo de Manufatura
Para Tung (1972, p. 46)
Embora a produção pertença à área fabril, a elaboração do custo de manufatura é tarefa da Controladoria. O Controller deverá conhecer profundamente todos os estágios de produção de cada produto da empresa, os aspectos relativos às materiais-primas, de manutenção, bem como do processo fabril e o uso das maquinarias na fase de elaboração do produto final, etc.
Na visão de Tung (1972) a Controladoria deve buscar a minúcia da produção, com vistas à mensuração dos custos produtivos que envolvem fornecimento de matérias-primas, custos de manutenção (estes são aqueles custos gerados na produção, mas que decorrem da manutenção da capacidade produtiva através de reparos: preventivos; corretivos; e/ou preditivos), custos de produção (pessoal, energia, maquinários etc.), e através dessa mensuração atuar de forma a garantir da minimização dos custos de produção. Nesse caso percebe-se que o objetivo é produzir com o menor custo possível, e isso só é possível a partir do momento em que se tem o levantamento minucioso dos custos de cada etapa do processo produtivo.
Processo de Distribuição
Tung (1972, p. 47) menciona que:
Para se obter o máximo resultado, o produto deverá ser comercializado ao menor custo possível. Para isso, o Controller deverá conhecer os aspectos peculiares de cada setor da distribuição, tais como, vendas, propaganda, depósito, sistema de entrega, etc.. os quais necessariamente englobam os seguintes aspectos: a) quotas de vendas; b) base de comissão; c) zoneamento de vendas; d) treinamento de vendedores; e) viagens de vendas programadas; f) política de desconto; g) política de devolução; h) canais de distribuição; i) média de promoção; j) amostras grátis; k) política de fretes; l) política de preços; m) participação do mercado; n) força concorrente; o) qualidade e aspecto estético do produto; p) característica estacionais do ramo de atividade; q) avanços técnicos; e r) público comprador.
Não diferente do Processo de Manufatura, a busca no Processo de Distribuição é de antever e até prospectar as melhores situações para a colocação do produto no até o consumidor, buscando sempre o menor custo possível. Nesse caso a busca está no âmbito da logística, marketing, estratégias de vendas e gestão de RH, sendo que com uma atuação eficiente e eficaz pode-se agregar valor ao produto dando-lhe fator competitivo, pois a tendência nesse processo, caso bem controlado, é a redução do custo através do ganho de escala.
Estrutura Administrativa
No que tange aos custos administrativos Tung (1972, p. 47) diz:
As despesas administrativas, às vezes, pesam no resultado operacional do produto. É a tarefa do Controller idealizar uma organização econômica que abranja os setores de assessoria, tais como, contabilidade, tesouraria, departamento legal, planejamento, sistemas e métodos, auditoria, etc. Devido ao alto grau de especialização de cada área administrativa, o item salário e as contribuições sociais a ele correlatas representam, em muitos casos, a metade do total das despesas. Destarte, é fundamental verificar, periodicamente, a adequação entre o número de funcionários administrativos e as necessidades reais da empresa. Os princípios da administração financeira exigem que em circunstância alguma se admitam funcionários sem necessidades reais. A lei de “Parkinson” aplica-se tanto na esfera governamental, quanto nas empresas privadas. O Controller deverá atentar, constantemente, para este aspecto que é ta importante quanto a produção ou a comercialização do produto.
Apesar do peso nas despesas de uma organização Tung (1972) mostra que a Estrutura Administrativa é necessária, principalmente pelo grau de especialização que possui, mas que este grau de especialização também traz um viés de acréscimo de despesas e consequentemente esse custo será repassado para o produto, sendo que a atuação do Controller para otimizar tais custos é função primordial, haja vista que sua representação nos custos organizacionais podem chegar à metade dos custos totais da organização. Nesse sentido Tung (1972) menciona a lei de Parkinson que nada mais é um conceito utilizado para descrever que: se as pessoas tem um dia inteiro para entregar/executar um serviço, mesmo que ele dure apenas uma hora, ela tende a demorar todo o dia para realizá-lo. Nisso percebe-se a importância da atuação do Controller na Estrutura Administrativa, pois a mesma não poderá ser demasiado grande e nem pequena, ela deve ser a suficiente para garantir o bom funcionamento, sem onerar de forma desnecessária a organização.
Programa de Pesquisa e de DesenvolvimentoO último ponto abordado por Tung (1972, p. 48), mas que abrange uma visão diferente das mencionadas acima, pois ele diz:
Nos países industrializados, tais como EUA, Japão, França, Suécia, Alemanha, Inglaterra, etc., a sobrevivência de cada empresa depende, em grande parte, do resultado de suas pesquisas tecnológicas. As descobertas asseguram a supremacia do novo produto no mercado. As grandes invenções do ramo químico revolucionaram o mundo. Por exemplo, as invenções das fibras sintéticas, substitutos do algodão e da seda natural, tais como o rayon, o nylon e, ultimamente a descoberta do couro sintético, etc. Hoje em dia, e não somente no ramo químico, em todas as indústrias a corrida para os novos processos, e novos produtos faz com que uma parte apreciável dos recursos internos da empresa seja destinada a esse fim. O planejamento desses recursos e seu controle pertencem à área da Controladoria. Para desempenhar devidamente essa tarefa, o Controller deverá conhecer detalhadamente todos os programas de pesquisa e de desenvolvimento da sua empresa.
O que Tung (1972) aborda é a importância das empresas em manter um ciclo contínuo de P&D – Pesquisa e Desenvolvimento, pois a inovação é um caminho a ser seguido visando a competitividade da empresa perante seus concorrentes proporcionando a colocação de um produto confiável, com diferencial competitivo e inovador. Na busca constante em manter produtos atualizados que proporcionem satisfação do cliente e sua fidelização à empresa é necessário a aplicação de recursos em P&D, e essa aplicação, diferentemente das demais, não é custo e sim investimento, o qual irá agregar ao patrimônio da empresa. Nesse sentido cabe dizer que o controle desses recursos aplicados é de fundamental importância para que se tenha uma visão dos investimentos feitos e perspectivas de retorno de capital com a colocação do produto no mercado. Há de se dizer que o Controller deve prospectar com as equipes de P&D os custos envolvidos no projeto, bem como o custo de produção e nesse sentido avaliar sua colocação no mercado e visualizar uma projeção de preço, analisando se é compatível e viável para a empresa a consecução do projeto.
VANTAGENS DA CONTROLADORIA NO GERENCIAMENTO DAS EMPRESAS
Conforme visto, a Controladoria proporciona uma visão sistêmica e de acordo com Padoveze (2004, p. 20)
Tendo a premissa de que o lucro é a melhor medida da eficácia da empresa, o foco da controladoria deve ser o processo de gestão baseado em resultados. Consequentemente, todos os esforços empresariais e a missão da controladoria devem ter como ponto referencial o processo de criação de valor para o acionista, através da mensuração econômica do valor da empresa.
Nesse sentido, observa-se as vantagens e principalmente da importância da Controladoria, pois através da atuação com uma visão abrangente de toda empresa, focada no processo de gestão por resultados e a busca constante pela eficácia empresarial, a controladoria permitirá um ambiente favorável para o crescimento empresarial através das ações, procedimentos e mudanças sugeridas, as quais tem por objetivo principal de atingir os resultados desejados pela empresa.
Conforme visto a Controladoria permite, através da participação ativa como coordenadora do processo de gestão, uma visão abrangente para os gestores, possibilitando informações necessárias para a tomada de decisões. Sua atuação é um grande diferencial que as empresas poderão utilizar durante todo o processo de gerenciamento de suas atividades.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesse sentido observa-se que a Controladoria baseia-se nos seguintes aspectos: a) ramo do conhecimento, tendo como alicerce toda base da ciência contábil, no que tange a teoria, procedimentos e técnicas, além de agregar conhecimento de outras áreas do conhecimento/ciência (administração, psicologia, estatística etc.); b) sob a ótica da unidade administrativa que é um órgão responsável pela disseminação e controle de todo sistema de informação, visando abastecer aos gestores das informações necessárias para contribuir no processo de tomada de decisão. Nisso percebe-se que a Controladoria é uma ferramenta norteadora de parâmetros para tomada de decisões no gerenciamento das empresas atuando desde o processo de manufatura, distribuição, estrutura administrativa e P&D, visando a otimização dos recursos aplicados e dos esforços empreendidos para proporcionar subsídios aos gestores para a tomada de decisões e consequentemente minimizar os riscos para a empresa possibilitando melhores resultados e agregação valor e competitividade no perante o mercado. Para a Controladoria interessa saber quais dentre os recursos empreendidos pela empresa são os que efetivamente lhe conferem eficácia e vantagem competitiva.
REFERÊNCIAS
PADOVEZE, Clóvis Luís : Gerenciamento do risco corporativo em controladoria: entrerprise risk management (ERM) / Clóvis Luís Padoveze; Ricardo Galinari Bertolucci. 2. ed. – São Paulo: Atlas, 2013
TUNG, Nguyen H. : Controladoria financeira das empresas – uma abordagem prática. Nguyen H. Tung. 4ª ed. – São Paulo: editora da Universidade de São Paulo, 1972
CATELLI, Armando. Controladoria: uma abordagem da gestão econômica. São Paulo: Atlas, 1999
PADOVEZE, Clóvis Luís. Controladoria básica. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004

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