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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ CAMPUS VIA CORPVS CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA ANALICE FERREIRA SABINO DE AMORIM ITALO SANTOS LANDIM MACEDO NAZARÉ ALVES SOARES VIOLÊNCIA CONJUGAL E SUAS CONSEQUÊNCIAS PSÍQUICAS PARA A MULHER FORTALEZA 2021 CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA ANALICE FERREIRA SABINO DE AMORIM ITALO SANTOS LANDIM MACEDO NAZARÉ ALVES SOARES VIOLÊNCIA CONJUGAL E SUAS CONSEQUÊNCIAS PSÍQUICAS PARA A MULHER Projeto de pesquisa apresentado ao curso de Graduação em Psicologia do Centro Universitário Estácio do Ceará, como requisito parcial para a aprovação na disciplina Produção Avançada de Trabalho Acadêmico I. Orientadora: Prof.ª. Dra. Érika Teles Dauer FORTALEZA 2021 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 1 2 REFERENCIAL TEORICO............................................................................................ 2 2.1 Família patriarcal e sua história ....................................................................................... 2 2.2 Os diferentes tipos de violência ....................................................................................... 4 2.3 As consequências da violência contra a mulher ............................................................... 5 3 METODOLOGIA ........................................................................................................... 7 4 CRONOGRAMA ........................................................................................................... 8 REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 9 1 1 INTRODUÇÃO Esta pesquisa nasce a partir da necessidade de abordar as consequências psicológicas da violência contra a mulher no cenário das relações conjugais. Ainda no século XXI, grande parte da sociedade brasileira acredita como uma verdade natural o modelo de família nuclear patriarcal, da qual o pai de família se posiciona no topo da hierarquia familiar, seguido pela esposa e filhos que lhes devem obediência (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada- Ipea, 2014). Esse tipo de estrutura social familiar pode trazer determinadas consequências e uma delas é a violência doméstica ou conjugal, da qual iremos abordar. Dito isso, sob tais enfoques, ao se evidenciar o principal objetivo da presente pesquisa, que versa sobre as consequências psicológica na mulher causadas pela violência conjugal, apresentam-se os demais objetivos específicos, os quais são: uma investigação dos fatores históricos e socias que preestabelecem o modelo de família patriarcal e a distinções dos tipos de violências sofridas pelas mulheres. A violência conjugal contra a mulher ocorre geralmente no lar onde o agressor mantém uma relação intima com a vítima. De acordo com o art. 5º, da Lei Maria da Penha, violência conjugal e familiar contra a mulher é “qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral e patrimonial” (Artigo 5 da lei nº 11.340, 2006,p.8). A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece a violência doméstica contra a mulher como uma questão de saúde pública, que afeta negativamente a integridade física e emocional da vítima, seu senso de segurança, configurada por círculo vicioso de “idas e vindas”. Cada tipo de violência resulta, segundo Kashani e Allan (1998), prejuízos nas esferas do desenvolvimento físico, cognitivo, social, moral, emocional ou afetivo. As manifestações físicas da violência podem deixar sequelas para a vida toda, como as limitações no movimento motor, traumatismos, a instalação de deficiências físicas. Já os sintomas psicológicos frequentemente encontrados em vítimas de violência doméstica são: insónia, pesadelos, falta de concentração, irritabilidade, falta de apetite, propiciam muitas vezes o aparecimento de sérios problemas mentais como a depressão, ansiedade, síndrome do pânico, estresse pós-traumático, além de comportamentos autodestrutivo, como o uso de álcool e drogas, ou mesmo tentativas de suicídio (KASHANI; ALLAN, 1998). Segundo o estudo da (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD 2009), por ano, cerca de 1,3 milhão de mulheres são agredidas no Brasil. Mesmo com as mulheres 2 tento mais poder sobre suas vidas ao logo dos anos e independência financeira, de acordo com (Ipea, 2019), o índice de violência contra mulheres que são economicamente ativas (52,2%) é o dobro das que não compõem o mercado de trabalho (24,9%). Uma das possíveis explicações para esse fenômeno é que, mesmo que o aumento da participação feminina na renda familiar possa elevar o poder de ‘‘negociação’’ das mulheres, reduzindo assim a possibilidade de sofrerem a violência conjugal, em muitos casos, a participação ativa da mulher no mercado de trabalho contraria o papel da mulher dentro dos valores patriarcais, podendo gerar conflitos na relação conjugal levando assim agressão a mulher (IPEA,2019). Diante dos dados apresentados, acredita-se que o estudo sobre o tema é de grande relevância para a realidade atual; mostrando-se um problema social e de saúde pública, por prejudicar a saúde da mulher. Dito isso, a psicologia não pode deixar de compreender esse fenômeno, já que a problemática evidenciada tem um grande impacto tanto no âmbito social quanto na subjetivação das mulheres vitimadas. Juntamente com as consequências psicológicas, das quais, diferente das físicas, por não serem facilmente identificadas, elas podem ser consideradas mais severas, em decorrência de marcas irremediáveis e de um sofrimento silencioso, onde o sentimento de medo é constante e pode durar a vida toda (MILLER,1999,). Sendo assim, faz-se necessário uma atenção para essa problemática por parte de entidades governamentais, na intenção de propor políticas públicas ou programas de apoio afim de combater esse fenômeno, ajudando às mulheres vítimas dessa situação. 2 REFERENCIAL TEORICO 2.1 Família patriarcal e sua história A Família como constituição é um produto de formas de organização social que muda ao longo da história, nascidas pelas necessidades de sobrevivência e reprodução da espécie e não algo dado ou biológico. No decorrer da história da espécie humana, foram criados vários tipos de modelos de família. Um destes modelos é a família patriarcal, da qual a figura masculina é a protagonista ( NARVAZ & KOLLER, in press). Em tempos mais primitivos, nossa espécie, desenvolveu uma cultura de coleta e caça de pequenos animais, onde não era tão necessária a força física para sobreviver, as organizações humanas não se estruturavam em uma forma patriarcal familiar. Homens e mulheres 3 governavam a terra juntos, mesmo havendo divisões de trabalho, não havia desigualdade de poder entre os gêneros (ENGELS,1884/1964; MURARO,2015). A figura da mulher, nessas sociedades ditas primitivas, era considerada sagrada, uma vez que ela era a portadora da vida e o papel da figura masculina era desconhecida na reprodução (ENGELS,1884/1964; MURARO,2015). Apesar desse ‘‘poder biológico’’ da mulher, as culturas primitivas eram cooperativas, os homens ficavam mais responsáveis pela caça de pequenos animais e as mulheres, embora não necessariamente uma função exclusiva para ela, era responsável pelo cultivo da terra e o cuidado para com as crianças era mutuou entre os gêneros. havia também uma maior liberdade sexual entre os gêneros, suas relações sexuais não eram monogâmicas, sendo assimuma estrutura cultura mais flexível (ENGELS,1884/1964; MURARO,2015). Nas regiões onde os recursos necessários para sobrevivência começaram a ficar escassos, se deu a origem de guerras por territórios entre tribos, onde se começava a se destacar a hegemonia masculina nas disputas de territórios. Mais tarde quando o homem começou a reconhecer seu papel na reprodução, não mais acreditando que a gravidez da mulher era fruto de algo divino, começa a nascer, assim, a propriedade privada. (ENGELS,1884/1964; MURARO,2015) Com o estabelecimento da propriedade privada as relações passaram a ser tornar monogâmicas, com o objetivo de haver herdeiros legítimos dessa propriedade. O homem começa a controlar a sexualidade e o corpo da mulher e construindo, assim, uma divisão sexual e social rígida do trabalho que antes não havia entre homens e mulheres. Começa a se estabelecer, então, um novo tipo de ordem social, onde a figura masculina é centralizada e dona da propriedade privada, tanto da terra, dos filhos e da mulher iniciando assim o patriarcado (ENGELS,1884/1964; MURARO,2015) Essa transição de uma organização familiar e social, onde de início a mulher era considerada um ser divino e se transmutou para uma outra forma de organização social, onde a figura masculina é centralizada enquanto categoria social. essa transição se refletiu nos mitos dessas sociedades, de forma que, correspondem cronologicamente no período de tais mudanças (MURARO, 2015). No período em que a mulher era venerada por ser a portadora da vida, existiam mais mitos onde os deuses centrais eram uma figura feminina, como por exemplo, Gaia, a mãe terra, criadora primaria da mitologia grega. Posteriormente, com uma sociedade já estruturada no patriarcado, pelo menos partir do segundo milênio a.C, raramente se registram mitos onde a figura feminina é tratada como uma divindade primaria, sendo substituída por uma divindade 4 masculina que cria o universo sozinho, tais como mito persa e o mito judaico cristão (MURARO, 2015). Nesse contexto, o papel da mulher foi se tornando cada vez mais secundário. Na sociedade grega antiga o papel da mulher era resumido as funções de mãe, prostituta ou cortesã (TEDESCHI, 2008, apud FARIAS, 2009). Em Roma, do terceiro ao decimo século, por falta de homens por causa de guerras e conflitos, a mulher se tornava um objeto de propriedade pública, quando os homens reassumissem seu lugar, ela voltava se tornar propriedade privada dos homens (GONÇALVES, 2006). Em Roma predominava também uma cultura de desigualdade de gêneros, onde o papel do masculino era sempre ligado a cultura, a racionalidade e questões públicas e políticas, determinando assim a sua superioridade em relação ao feminino, que era dado uma natureza intrínseca de um gênero ligado a questões emocionais, ao subjetivo e ao privado. A questão da superioridade masculina era refletida também na narração histórica dessa sociedade, mostrando a preocupação do homem com o político e o público e suas façanhas heroicas, excluindo por completo as mulheres como personagens produtoras da história (GONÇALVES, 2006). Segundo Borges e Lucchesi (2015) o fruto da violência da mulher vem dessa ideologia que coloca a figura masculina como superior hierarquicamente, uma desigualdade autorizada da dominação e opressão da mulher, naturalizando o ser feminino como inferior ao masculino e por consequência, naturalizando também, a violência sofrida pelas mulheres. 2.2 Os diferentes tipos de violência As várias formas de violência vividas em um relacionamento abusivo tiram da mulher o poder de existir plenamente. O abuso emocional é usado para anular a autoestima e o autor respeito da mulher e assim aumenta o poder de controle do abusador que aterroriza a mesma com críticas, xingamentos humilhações sem que ela possa entender o que esteja acontecendo, passando a viver em estado de alerta procurando evitar algo que ela não entende o porquê acontece (MILLER, 1999). Com o abuso psicológico Miller fala do uso de uma nova palavra gaslighting que caracteriza um jeito ardiloso do abusador usar contra a mulher confundindo sua mente ao ponto de ela ficar confusa de seus pensamentos e se achar louca. Com a mente confusa, os abusos 5 vão se alterando com ações forjadas pelo abusador impedindo que a vítima tenha poder de ação e decisão. Outra forma de abuso psicológico é a lavagem cerebral onde a mente confunde os desejos de outro como seu, praticando ações que alguém diz que é certo independente de sua vontade. O abusador priva a mulher de sono, de alimentos sempre dizendo que é por amor, que precisa de sua companhia sem importar o horário ou o estado da mesma, que ela não pode comer porque está gorda, que ela precisa fazer suas obrigações de esposa ela querendo ou não praticando assim um estupro. Todas essas formas de abuso fragilizam a mulher incapacitando- a de agir em sua defesa. Segundo Miller (1999) outra forma de abuso encontrado nas relações abusivas é o social, nessa situação o abusador isola sua mulher de qualquer contato que possa vir a influenciar ou mesmo melhorar sua situação mental, financeira, social ou intelectual. A convivência com seus pais, amigos e trabalho lhe são tiradas de forma ameaçadoras ou como se fosse algo de bom que ele esteja fazendo por ela. As mulheres se sentem trancadas não por paredes ou chaves, mas, por não ter forças para lutar por uma vida ativa que um dia ela já viveu. Mais uma das formas de abuso é o financeiro, aqui o abusador não impede a mulher de trabalhar, mas, exige que ela dobre sua jornada de trabalho com o intuito de levar mais dinheiro para casa, mas, quem usufrui disso não é ela e sim o abusador que se utiliza desse dinheiro para gastos pessoais e farras com outras, sempre menosprezando e impedindo que a mulher consiga acumular meios para sair dessa situação (MILLER, 1999). Lembrando que existe também a violência física, aquela atribuída ao corpo, que deixam marcas visíveis aos olhos, mas, aquelas mulheres que mesmo sem lesões aparente, que não tiveram seu sangue derramado, foram feridas de forma mais profunda (MILLER, 1999). 2.3 As consequências da violência contra a mulher Em todo o mundo, a violência em relações de gênero é um problema de saúde grave para as mulheres. Embora esse tipo de violência seja uma das principais causas de morbidade e mortalidade das mulheres, sendo considerada um problema de saúde pública. Em certos pontos de sua pesquisa, Fonseca (2012) explica que a violência doméstica contra as mulheres atinge repercussões em vários aspectos de sua vida, trabalho, relações sociais e saúde (física e psicológica). A violência psicológica é um tipo de violência contra as mulheres que se manifestam de maneira invisível, estabelece o controle, retirando a autenticidade e a liberdade psicossocial de mulheres como o indivíduo. Acontece de maneira constante e repetitiva, sutil e bilateral. 6 Proibições, ameaças, intimidação, manipulações acabam fazendo uma reforma de pensamentos, crenças, desencorajando as ações críticas do indivíduo. Este tipo de violência pode levar a revoltas como perda de identidade, perda de autoestima, depressão, ansiedade e idéias suicidas, distúrbios que danificam a saúde mental do indivíduo. Rechtman e Phebo (1999) descrevem a existência de um ciclo de violência espiral em que após um período variável de "lua de mel" quando o casal se entende, então por alguma circunstância (ciúme, posse de sentimento, associado ou não desemprego, álcool) começam as reprovações. Qualquer situação que não agrada ao homem é uma razão para críticas e espancamentos, sempre em relação ao episódio anterior. Após o evento inicial, geralmente vem a reconciliação com desculpas. O evento é "esquecido" e há algum tempo, retorna o amor do homem em relação à mulher. A tensão, quando acontece novamente, leva a uma novaagressão. As agressões ocorrem cada vez mais fortes e com mais frequência, configurando o que chamamos de violência espiral: um ciclo no qual xingamentos e espancamentos ocorrem de forma mais crescente e podem alcançar os assassinatos. Eles também enfatizam que em relacionamentos abusivos o ciclo pode ocorrer centenas de vezes. Cada ciclo termina com um grau de violência diferente, geralmente maior que a anterior e sendo em intervalos cada vez menor entre os ciclos. O intervalo entre os ciclos pode variar a algumas horas de um ano ou mais. A literatura é vasta em descrever as dimensões da violência e suas possíveis consequências para a saúde e o bem-estar. Pesquisas correlacionam à violência distúrbios gastrointestinais, lesões, doenças sexualmente transmissíveis, gravidez não desejada, sentimento de culpa, baixa autoestima, depressão, ansiedade, suicídios (OLIVEIRA et al., 2005; Villela, 2008). Relatos da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) referentes a uma pesquisa realizada em 2003 informam que as pessoas que vivem em contexto violento, que tende à violência, também se encontram em maior risco de sofrer desordens alimentares, alcoolismo e abuso de outras drogas, estresse pós-traumático, depressão, ansiedade, fobias, pânico e baixa autoestima. Um dos sintomas importantes desse tipo de violência é a negação, a idealização de um parceiro, esperança na mudança e sua dependência. A sensação de impotência e auto-culpa são comuns nesse processo de contribuir para o relacionamento abusivo, o que a torna totalmente vulnerável e incompreendida. A violência física implica fraturas, deficiências e até a morte. Há também consequências profissionais, familiares e sociais, que levam à geração de custos, desagregação familiar, sofrimento e escassez diferentes. A violência contra as mulheres é onde a esfera se tornou um problema de saúde pública, já que altera e prejudica a vida das 7 mulheres em todos os níveis sociais. Apoio e incentivos sociais na luta contra qualquer tipo de violência e vigilância ativa da comunidade no tratamento, apoio e reintegração de mulheres nos meios, tornando a realização e assistência à reconstrução e tratamento nos âmbitos familiar, profissional, emocional e social. 3 METODOLOGIA O presente trabalho irá se formar na elaboração de uma pesquisa bibliográfica sistemática de caráter qualitativo e com objetivo descritivo, cujo o tema é a violência conjugal e suas consequências psíquicas para a mulher. Pode-se dizer que a pesquisa bibliográfica se refere a uma revisão da literatura de caráter científico. Essa revisão pode ser feita em livros, periódicos, artigos de jornais, sites da internet entre outras fontes. Nesse sentido sobre isso, Boccato (2006, p. 266) explicita: a pesquisa bibliográfica busca a resolução de um problema (hipótese) por meio de referenciais teóricos publicados, analisando e discutindo as várias contribuições científicas. Esse tipo de pesquisa trará subsídios para o conhecimento sobre o que foi pesquisado, como e sob que enfoque e/ou perspectivas foi tratado o assunto apresentado na literatura científica. Para tanto, é de suma importância que o pesquisador realize um planejamento sistemático do processo de pesquisa, compreendendo desde a definição temática, passando pela construção lógica do trabalho até a decisão da sua forma de comunicação e divulgação. A pesquisa descritiva objetiva busca descrever as características de determinas populações ou fenômenos. Em suas características, elas podem ter como objetivo identificar prováveis relações entre determinados fenômenos e também consiste na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados sem a interferência do pesquisador. Podemos citar como exemplos: pesquisa de idade, sexo, eleição etc. (GIL, 2008). A busca dos artigos selecionados para compor a presente pesquisa será realizada em bases de dados online, das quais foram, Scientifc Eletronic Library On-line (Scielo), Google Academico e Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD). As palavras chaves serão: violência contra mulher, violência doméstica, consequências psicológicas da violência contra a mulher. Os critérios de inclusão para a elaboração desse trabalho implicarão em artigos com publicação nos últimos 11 anos, incluindo um período de 2007 a 2018, disponíveis online, na 8 íntegra e na língua portuguesa, contendo nessa seleção pelo menos uma autora mulher e um autor psicólogo (a). Quanto ao critério de exclusão, serão desconsideradas publicações que não se enquadrem com o objeto em estudo, não abordem o assunto de forma específica, não estabeleça a relação de abusos contra a mulher e suas consequências psicológicas, como também monografias, dissertações, teses e publicações em língua estrangeira. Após um estudo dos 15 artigos, 7 foram selecionados para enfatizar o tema, violência conjugal e suas consequências psíquicas para a mulher. A análise das informações será realizada por meio de leitura exploratória do material selecionado que abordam estruturas teóricas mais relevantes para o nosso objetivo de pesquisa. 4 CRONOGRAMA ATIVDADE / MÊS FEV MAR ABRI JUN Orientações / supervisão X X X X Revisão do Projeto (introdução, referencial teórico e metodologia) X X Aplicação da metodologia X X Análise dos dados X X Redação dos resultados e discussão X X Conclusão e organização das referências bibliográficas X Revisão final X Entrega e apresentação do trabalho final X 9 REFERÊNCIAS BOCCATO, V. R. C. Metodologia da pesquisa bibliográfica na área odontológica e o artigo científico como forma de comunicação. Rev. Odontol. Univ. São Paulo, São Paulo, SP, v. 18, n. 3, p. 265-274, 2006. BORGES, Clara Maria Roman; LUCCHESI, Guilherme Brenner. O machismo no banco dos réus: uma análise feminista crítica da política criminal brasileira de combate à 262 REVISTA DA ESMESC, v.25, n.31, p. 239-264, 2018 violência contra a mulher. In: Revista da Faculdade de Direito – Universidade Federal do Paraná, Curitiba, v. 60, n. 3, set./dez. 2015. Disponível em: . Acesso em: 23 maio 2021. BRASIL. Lei n. 11.340, de 7 de agosto de 2006. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm. Acesso em: 27 jul. 2021. DATASENADO. Violência doméstica e familiar contra a mulher. Secretaria de Transparência. Mar. 2013. ENGELS, F. (1884). El origem de la familia, de la propiedad privada e del Estado. Buenos Aires: Clariedad (Original publicado em 1884) FONSECA , D. H; RIBEIRO, C. G; LEAL, N. S. B. Violência doméstica contra a mulher: realidades e representações sociais. Psicol. Soc., Belo Horizonte, v. 24, n. 2, Aug. 2012 . GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. Ed. São Paulo: Atlas, 2008 GONÇALVES, Andréa Lisly. História & gênero. Belo Horizonte: Autêntica, 2006, p.48-49 apud GOMES, Gisele Ambrósio. História, mulher e gênero. Disponível em: . Acesso em: 23 maio 2021. INSTITUTO DE PESQUISA ECONMÔICA APLICADA, IPEA. Índice de violência doméstica é maior para mulheres economicamente ativas. Ipea. Disponível em: 10 https://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=34977%3A indice-de-violencia-domestica-e-maior-para-mulheres-economicamente- ativas&catid=8%3Adiest&directory=1&Itemid=1. Acesso em : 14 de Maio 2021 KASHANI, Javad H.; ALLAN, Wesley D. The impact of family violence on children and adolescents. Thousand Oaks, Ca: Sage,1998 MILLER, M. S. (1999). Feridas invisíveis: Abuso não-físico contra mulheres. São Paulo: Summus. MURARO, Rose Marie. Introdução. In: KRAEMER, Heinrich; SPRENGE, James. O martelo das feiticeiras. Rio de Janeiro: BestBolso, 2015. Narvaz, M. & Koller, S.H. (in press). A concepção de família de uma mulher-mãe de vítimas de incesto. Psicologia, Reflexão& Crítica. OLIVEIRA, E. M. et al. Atendimento às mulheres vítimas de violência sexual: um estudo qualitativo. 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