Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
IMUNOLOGIA: aspectos históricos Profa. Conceição Moura Nunes � 2500 a.C. – Tucídides: relatos sobre a peste em Atenas � 1000 a.C. – profilaxia da varíola: chineses, inalação; turcos ( escarificação) � 1770 – Lady Mary Montagu populariza técnica de variolação na Inglaterra � 1774 – Benjamim Jesty: observação sobre vírus da varíola bovina � 1778 – Edward Jenner (Inglaterra): vacinação com vírus bovino � 1880 – Robert Koch (Alemanha): isola bacilo da tuberculose, procura fazer vacina � 1881 – Louis Pasteur (França): teoria microbiana das doenças; cria o termo vacinação � 1885 – Roux e Yersin: obtenção de toxinas bacterianas � 1890 – Von Behring e Kitasato: ação das antitoxinas � 1900 – Teorias da Imunidade Humoral (Paul Erlich) Celular (Elie Metchnykoff) � 1939 – Tiselius e Kabat –anticorpos (gamaglobulinas) � 1940 – Teorias da Imunogenética � 1962 – Porter e Edelman: estrutura da molécula de imuneglobulina � 1974 – Koller e Milstein: técnica de obtenção de anticorpos monoclonais � 1. RESPOSTA IMUNE NATURAL: inata (já nascemos com ela), é a primeira linha de defesa, não tem memória. Composta basicamente de: 1.1 Componentes físico-químicos (pele, mucosas, secreções, cílios, sistema complemento e outras proteínas 1.2 Componentes humorais: (sangue, linfa e outros líquidos orgânicos 1.3 Componentes celulares (células fagocitárias, células natural killer, eosinófilos, mastócitos e outras. RESPOSTA IMUNE � 2. RESPOSTA IMUNE ADQUIRIDA: é altamente específica, não ocorre imediatamente após o estímulo, tem memória e pode ser de natureza humoral (anticorpos) e celular (mediada por linfócitos T) � OBS. Mecanismos da resposta inflamatória e fagocitose envolvem mecanismos moleculares, celulares e vasculares e participam tanto da imunidade natural quanto da adquirida. RESPOSTA IMUNE � Caracteriza a resposta imune adquirida: a.Especificidade (é específica para o agente indutor) b. Heterogeneidade (resposta para muitos agentes c. Memória � Genéticos � Etários � Anatômicos � Metabólicos � Ambientais � Microbianos � Fisiológicos FATORES QUE INFLUENCIAM A RESPOSTA IMUNE IMUNIDADE TOLERÂNCIA HIPERSENSIBILIDADE � Estruturas que geram resposta imune adquirida. O antígeno é a ponte entre as células apresentadoras de antígeno (APC = macrófago) e as células imunocompetentes (linfócitos T e linfócitos B). ANTÍGENOS (IMUNÓGENOS) 1. Conceitos Básicos: 1.1 IMUNOGENICIDADE: Capacidade de induzir ou gerar uma resposta imune. 1.2 ANTIGENICIDADE: Capacidade de reagir com os produtos da resposta imune. 1.3 DETERMINANTE ANTIGÊNICO OU EPÍTOPO: pequenas áreas da molécula do imunógeno que são reconhecidas pelas células imunocompetentes. ANTÍGENOS (IMUNÓGENOS) 1. Conceitos Básicos: 1.4 HAPTENO: moléculas de baixo peso molecular e simplicidade química que sozinhas não induzem resposta imune. Ex.: alguns medicamentos. 1.5 CARREADOR (Carrier): moléculas complexas como as proteínas plasmáticas que ligam-se aos haptenos, possibilitando que estes induzam resposta imune. ANTÍGENOS (IMUNÓGENOS) 2. Requisitos para imunogenicidade: 2.1 ESTRANHEZA: Ter uma estrutura química diferente do animal que está sendo imunizado. 2.2 TAMANHO(peso molecular): Ideal ser superior a 10.000 D. ANTÍGENOS (IMUNÓGENOS) 2.3 COMPLEXIDADE MOLECULAR: Não ter estruturas repetitivas e conter aminoácidos complexos. 2.4 CONFORMAÇÃO ESPACIAL: Determinantes estruturais e conformacionais. 2. Requisitos para imunogenicidade: 2.5 CARGA ELÉTRICA: Tanto moléculas de carga positivas ou negativas induzem boas respostas imunes. Geralmente há carga inversa entre o antígeno e o anticorpo. 2.6 CONFIGURAÇÃO ÓTICA: Geralmente os polímeros L são melhores imunógenos. 2.7 CONFIGURAÇÃO ESPACIAL E ACESSIBILIDADE. ANTÍGENOS (IMUNÓGENOS) 2. Requisitos para imunogenicidade: 2.8 DIGESTIBILIDADE: Capacidade de ser metabolizado ou dissolvido pelos macrófagos. 2.9 DOSE E VIA DE APRESENTAÇÃO: Subdoses e superdoses podem induzir tolerância. A via de apresentação ideal seria igual à natural. Ex.: vacina Sabin. ANTÍGENOS (IMUNÓGENOS) 3. Classificação dos imunógenos segundo a origem: 3.1 ANTÍGENOS EXÓGENOS: Provenientes de espécies diferentes. Ex.: microorganismos, medicamentos, poluentes, produtos de plantas. ANTÍGENOS (IMUNÓGENOS) 3. Classificação dos imunógenos segundo a origem: 3.2 ANTÍGENOS ENDÓGENOS: Antígenos da espécie ou do próprio indivíduo. 3.2.1 ENDOANTÍGENOS XENOGÊNICOS OU HETERÓLOGOS. Ex.: antígenos comuns em espécies diferentes. 3.2.2 ENDOANTÍGENOS HALOGÊNICOS: Antígenos diferentes dentro da mesma espécie. Ex. : Antígenos dos grupos sanguíneos, antígenos de transplantes. 3.2.3 ENDOANTÍGENOS AUTÓLOGOS: Antígenos próprios, equilíbrio quebrado. Ex.: doenças autoimunes( vírus?) ANTÍGENOS (IMUNÓGENOS) 4. Classificação dos imunógenos segundo a composição química: 4.1 POLIPEPTÍDEOS E PROTEÍNAS: As cadeias de aminoácidos são os melhores imunógenos, estão nas bactérias, vírus, plantas, membranas celulares, produtos solúveis de organismo (toxinas). 4.2 POLISSACARÍDEOS: Induzem boas respostas imunes. Ex.: cápsula de microorganismos, antígenos dos grupos sanguíneos. ANTÍGENOS (IMUNÓGENOS) 4. Classificação dos imunógenos segundo a composição química: 4.3 ÁCIDOS NUCLÉICOS: Não são bons imunógenos. 4.4 Lipídeos: excepcionalmente. ANTÍGENOS (IMUNÓGENOS) 5. Receptores dos antígenos: 1. BCR- Receptores de células B: imune globulinas presentes na superfície dos linfócitos B que reconhecem antígenos intactos. 2. TCR- Receptores de Células: glicoproteínas diferentes das imunoglobulinas, presentes na superfície dos linfócitos T: não interagem com antígeno intacto, nem diretamente com peptídeos solúveis, mas com moléculas do MHC (Complexo Maior de Histocompatibilidade) ANTÍGENOS (IMUNÓGENOS) 5. Receptores dos antígenos: MACRÓFOGO antígeno LINFÓCITO T LINFÓCITO B ANTÍGENOS (IMUNÓGENOS) ANTICORPOS (IMUNEGLOBULINAS) ANTICORPO (primeiras observações) � Qual seria a substância milagrosa que protegeria após a imunização? � 1937 – Heildberg e Pedersen –diferentes moléculas em soro imune � 1939 – Tiselius e Kabat – estrutura ( proteína da classe das globulinas = imuneglobulina � 1959 –Hereman caracterizou as 5 classes (IgG, IgM, IgA, IgD, IgE) � 1962 – Porter e Edelman – estrutura da Imuneglobulina Bacilo antrax Carneiros inoculados com Bacilo antrax 93% de morte bacteriana George Nuttall 188 8 Soro DESCOBERTA DOS ANTICORPOS (Ação bactericida do soro) Imunizado com ovalbumina Não imunizado Tiselius” & Kabat. “An electrophoretic study of inmune sera and purified antibody preparations” J. Exp. Medicine 69, 119 (1939) ESTRUTURA DAS IMUNEGLOBULINAS Cadeias leves e pesadas Regiões constantes e variáveis estão presentes tanto nas cadeias leves quanto nas pesadas Imunoglobulinas são moléculas flexíveis por terem uma região de dobradiça Domínios de imunoglobulinas VÁRIAS FUNÇÕES EFETORAS Cavidade Sulco Superfícies amplas Sítio de ligação ao antígeno Forças envolvidas nessa interação - Forças eletrostáticas - Forças de Van de Waals - Pontes de hidrogênio - Forças hidrofóbicas ISOTIPOS (classes) e subtipos (subclasses) de Igs - - Número e localização de pontes de dissulfeto na região constante - Número de cadeias de oligossacarídeos ligados - Número de domínios constantes - Comprimento da região de dobradiça - O Isotipo IgG e IgA apresentam diferentes subtipos: IgG1, IgG2, IgG3, IgG4 IgA1, IgA2 Classe – tipo de cadeia pesada 1.IgG – Cadeias pesadas gama 2. IgM - Cadeias pesadas mu 3. IgA - Cadeiaspesadas alfa 4. IgD - Cadeias pesadas delta 5. IgE - Cadeias pesadas épsilon Tipos de cadeias leves para todas: Kappa e Lâmbida Estrutura e propriedades das classes de Ig - Baixa concentração no soro (0-1%) - Maior região de dobradiça dentre todas as Igs - Receptor de célula B (BCR) - IgD Linfócito B - Primeiro isotipo a ser liberado - Terceira Ig mais comum no soro (6%) - Possui um domínio a mais na região Fc - Formas secretadas são multivalentes - Receptor de célula B (BCR), neutralização e ativ. do sist. complemento Linfócito B São monoméricas ou diméricas - Segunda Ig mais comum soro (13%) - Anticorpos de membrana ou secretados - Superfícies mucosas, fluídos biológicos como a lágrima, saliva e leite materno (proteção para microorganismos que invadem essas áreas) - São monoméricas - 80% dos anticorpos do soro são IgG - Anticorpos de membrana ou secretados - Formas secretadas apresentam versatilidade funcional (fixa complemento, liga ao fagócito). - Única a atravessar a barreira placentária Monomérica - Anticorpos de membrana ou secretados - Possui um domínio a mais na região Fc - Ig menos comum no soro (0.002%) - Mastócitos, eosinófilos e basófilos possuem receptores Fc para essa Ig Expressão de Imunoglobulina durante a maturação do Linfócito B GENÉTICA DA FORMAÇÃO DOS ANTICORPOS GENÉTICA DA FORMAÇAO DOS ANTICORPOS
Compartilhar