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Odontologia Restauradora Clínica 2

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CADERNO DE ORC II 
 
Larissa Hitomi Morigaki 
2019/2 
 2 
Articuladores 
Realizamos a montagem no articulador para reprodução do relacionamento oclusal do 
paciente com duas finalidades básicas: 
No estudo da oclusão, no caso de patologias oclusais ou confecção de próteses 
Confecção de próteses fixas, totais, removíveis ou aparelhos interoclusais. 
Em ambos os casos o objetivo é reprodução mais fiel possível das posições 
estáticas e dinâmicas da mandíbula em relação à maxila. 
São classificados em não ajustáveis, semi ajustáveis e totalmente ajustáveis 
• Não ajustáveis: charneira, verticulador e correlator que apresentam movimentos 
e características que não são capazes de reproduzir condições da boca do 
paciente. 
A charneira apresenta como limitação uma incapacidade de movimentação 
lateral, associada a um arco de abertura e fechamento incorreto em relação ao 
realizado pela mandíbula que determina em uma alteração no posicionamento 
das cúspides, fazendo com que a restauração fique alta na boca. 
Os ANA são usados para montagem de trabalhos em casos de elementos 
isolados, onde as eventuais alterações oclusais podem ser corrigidas 
diretamente na boca do paciente, sem prejuízo de tempo clínico e qualidade das 
peças protéticas. Porém não são indicadas para modelo de estudo e/ou de 
trabalho. 
O verticulador e o correlator apresentam movimentos apenas no sentido vertical, 
sendo que o verticulador é usado em modelos parciais e o correlator aceita 
modelos totais. 
• Totalmente ajustáveis: reprodução de todos os movimentos mandibulares para 
confecção dos trabalhos protéticos. Conseguem reproduzir todos os 
determinantes da morfologia oclusal e, dessa forma, propiciam a construção de 
elementos protéticos mais compatíveis com a condição real da oclusão do 
paciente, isso reduziria o tempo de ajuste clínico. 
Porém, os procedimentos de montagem são complexos e é de alto custo, por 
isso, sua utilização vem caindo em desuso. 
• O articulador semi-ajustável: possui a capacidade de reproduzir parcialmente os 
fatores determinantes da morfologia oclusal. Apresenta limitações em relação 
aos ATA mas que podem ser perfeitamente compensadas. 
Podem ser subdivididos em articuladores do tipo: ARCON (côndilo no ramo 
inferior - Bioart) ou não ARCON (côndilo no ramo superior). 
Tem como finalidade estudo da oclusão, confecção de trabalhos protéticos ou 
confecção de placas oclusais. 
O primeiro passo antes do registro oclusal é a definição da posição maxilo-mandibular 
O fator fundamental para seleção da posição é a estabilidade oclusal 
Quando for confeccionar próteses fixas ou elementos unitários e na presença de 
estabilidade oclusal, optamos por manutenção da MIH que o paciente apresenta para 
registro e confecção do trabalho. 
Esse registro em MIH utiliza os mecanismos de percepção neurológica do ligamento 
periodontal dos dentes, preservando a DVO e compensando as limitações dos ASAS. 
O melhor registro é aquele não precisa ser feito, ou seja, os modelos de trabalho 
apresentam estabilidade oclusal e não necessitam de nenhum tipo de registro, o 
relacionamento é feito diretamente um contra o outro. Isso é comum quando executam 
elementos isolados e próteses fixas unilaterais onde os modelos apresentam 
 3 
estabilidade. Nesses casos, o modelo é montado com auxilio do arco facial e o inferior 
é intercuspidado manualmente contra o superior. 
Deve se ter cuidado de verificar se não estão sendo introduzido novos contatos 
prematuros em RC ou nos movimentos. 
Há situações (reabilitações orais extensas com comprometimento periodontal ou perda 
de DVO) onde a estabilidade não está presente ou a oclusão está interferindo com a 
saúde do sistema estomatognático. Nesses casos, como as patologias estão 
relacionadas estritamente à oclusão, não se deve utilizar a posição de MIH. 
 
Limitações dos ASAS e suas compensações: 
1. Forma e angulação da eminência articular: 
Limitação: a parede superior da cavidade mandibular do ASA é reta e rígida, 
enquanto na ATM é curvilínea. Portanto, apenas registram as posições iniciais e 
finais do movimento mandibular, gerando o registro não fiel da trajetória dos 
côndilos. 
A consequência disso é aumento do risco de contatos indesejáveis durante os 
movimentos mandibulares. 
Compensação: personalização da guia anterior realizada na fase das coroas 
provisórias e sua transferência para a mesa incisal do articulador, reduz a 
possibilidade de existirem contatos entre os dentes posteriores durante os 
movimentos excursivos da mandíbula à determinação da altura de cúspides e 
profundidade de fossas. 
2. Registro da distância intercondilar: 
Limitação: somente registra 3 distâncias (pequena, média e grande), enquanto os 
pacientes podem apresentar diversas variações. 
Esse fator influencia a direção das cristas e sulcos dos dentes posteriores e a 
conformação da concavidade palatina dos dentes anteriores. 
Assim, interferências oclusais podem ser incorporadas. 
Gera necessidade de ajustes, perdendo a beleza da peça. 
Compensação: personalização da guia anterior 
3. Deslocamento lateral imediato: ângulo de Bennet 
Limitação: em aproximadamente metade da população o côndilo do lado de não 
trabalho apresenta uma ligeira movimentação no sentido lateral antes de contactar 
a parede medial da fossa mandibular e iniciar o movimento para baixo, frente e 
dentro. No ASA, a esfera condilar faz contato íntimo com a parede medial da ‘’fossa 
mandibular’’ metálica e, portanto, não tem capacidade de reproduzir isso. 
O deslocamento lateral imediato pode influenciar na altura das cúspides e 
profundidade das fossas. 
Compensação: personalização da guia anterior. 
4. Localização do eixo de rotação da mandíbula” 
Limitação: o eixo transmitido no ASA pelo arco facial não corresponde ao eixo real 
de rotação nos côndilos. 
Pode ocorrer diferenças entre os arcos de abertura e fechamento do articulador e 
mandíbula que influencia no posicionamento correto das cúspides dos dentes 
posteriores. 
Compensação: registo interoclusal na DVO para montagem dos modelos de 
trabalho, ou registros oclusais com espessura mínima para montagens de modelo 
de estudo em RC. 
 4 
 
Montagem do modelo de estudo superior: 
Arco facial proporciona montagem na mesma posição espacial que a maxila 
apresenta em relação ao crânio. 
1. Colocação do garfo na boca do paciente com três pontos de godiva de baixa 
fusão (um na região anterior e 2 na região posterior). A haste do garfo deve 
coincidir com a linha média 
2. Remove-se o garfo e confere a impressão 
3. O garfo é levado a boca e deve permanecer imobilizado durante a colocação do 
arco facial 
4. Com o garfo em posição, a colocação do arco é feita introduzindo sua articulação 
na haste do garfo mantendo-a mais próxima 
5. As olivas são introduzidas nos meatos externos auditivos 
6. Posiciona o nasion na depressão na base do nariz. Nesse momento verifica-se 
a distância intercondilar 
7. Remoção do arco é feita soltando o parafuso central e pedindo pro paciente abrir 
a boca lentamente 
8. Para montagem do modelo no articular, os elementos condilares apresentam 
três posições de montagem de acordo com a distância intercondilar determinada 
pelo arco. O ajuste é realização acrescentando-se espaçadores nas guias 
condilares: sem espaçador para a pequena, um para média e dois para a grande. 
A inclinação ântero-posterior da guia deve ser ajustada em 30 graus e o ângulo 
de Bennet em 15 graus. 
Os postes condilares do ramo inferior também devem ser ajustados de acordo 
com a distância intercondilar já determinada no ramo superior. 
9. Posiciona o arco facial contra o corpo do articulador, encaixando os pinos 
situados nas faces externas das guias condilares nos orifícios existentes nas 
olivas. O pino incisal deve ser removido. 
10. O modelo de fesso é posicionado nas impressões de godiva e coloca-se gesso 
entre a baseinferior do articulador e o garfo para evitar movimentação. 
11. Fixação do modelo na placa de montagem com pequena quantidade de gesso 
especial que após sua presa faz complementação com gesso pedra. 
12. Aguarda a presa e remove cuidadosamente o arco facial e coloca-se o pino 
incisal com a extremidade arredondado em contato com a mesa incisal para 
manter o ramo superior contra o ramo inferior 
Montagem do modelo inferior – registro da RC: 
Como é uma posição que independe da presença de dentes, o registro deve ser feito 
com os dentes separados o mínimo possível para compensar a primeira limitação do 
ASA. 
Confecciona-se então um dispositivo de resina acrílica diretamente na boca evolvendo 
os IC superiores e estendendo 2cm em direção palatina à JIG para desprogramar a 
memória dos mecanoreceptores localizados no ligamento periodontal, tornando mais 
fácil a manipulação da mandíbula em RC. 
Resina deve ser colocada na sua forma plástica e manipula-se a mandíbula na posição 
de RC durante a sua polimerização. 
Cuidado com a reação exotérmica que pode lesionar o tecido gengival. 
O JIG deve ter estabilidade e apenas um ponto de contato dos dentes antagonistas, 
permitindo separação dos posteriores. 
 5 
Quando a mandíbula é manipulada na posição de RC sem o JIG interposto, o primeiro 
contato é corresponde a posição Centrica. Se o operador pressionar além, esta 
deslizará para anterior e/ou lateral até ocorrer a MIH à fita de papel celofane e de 
marcações de contato para conferir a precisão da montagem dos modelos em RC. 
O registro é realizado com cera, silicone de adição ou resina acrílica que após retirado 
da boca é colocado sobre os dentes do modelo superior. O modelo inferior é posicionado 
contra o registro com o articulador virado ao contrário e ambos devem ser unidos com 
elásticos ou palitos fixados com godiva. Nessa fase, o pino incisal deve ser aumentado 
de 1 a 2mm para compensar a espessura do registro. 
Durante a montagem dos modelos, é muito importante que as esferas condilares 
permaneçam correta e passivamente localizadas nas guias condilares à devemos 
travar as guias condilares apertando o parafuso da haste lateral da guia condilar 
(Bennet) movimentada totalmente ao contrário. 
Após a presa do gesso, as guias devem ser ajustadas em medidas médias à 30 graus 
para inclinação antêro posterior e 15 para movimento de Bennet 
Após a montagem, a fase mais importante é conferir a correspondência dos contatos 
oclusais dos modelos com os da boca na posição de RC. Isso é feito determinando-se, 
inicialmente com tiras de papel celofane quais dentes que apresentam contato nessa 
posição, em seguida os contatos são demarcados com fitas apropriadas. Caso não haja 
exatidão na montagem deve-se realizar um novo registro. 
Desse modo, tem-se a montagem com objetivo de facilitar a visualização do 
relacionamento maxilar/mandibular e analisar a presença dos contatos prematuros e 
desvio de mandíbula para lateral ou anterior. 
 
Montagem do modelo de trabalho: 
Podem ser realizadas nas seguintes condições: 
• Prótese unitária 
• Prótese fixa unilateral 
• Próteses fixas bilaterais 
• Próteses fixas superior e inferior no mesmo lado da boca 
• Reabilitação oral 
1) Prótese unitária: 
Se o paciente possui a maior parte dos dentes em oclusão (estabilidade oclusal 
adequada), a MIH é a posição de escolha. 
Articulação dos modelos superior e inferior sem o registro, o que gera uma montagem 
seguramente na DVO correta, compensando a limitação do eixo de rotação. 
2) Prótese fixa unilateral: 
Quando a prótese fixa está sendo confeccionada em um quadrante e o outro lado 
apresenta-se estável, o registro intermaxilar é necessário para estabilizar os modelos. 
A MIH é a posição de trabalho desde que o paciente não apresente patologias de 
oclusão. 
O registro é feito com casquetes de resina duralay e confeccionados sobre os dentes 
preparados do modelo de trabalho, sem atingir a área cervical e com a superfície oclusal 
apresentando espaço mínimo entre o dente e o antagonista. Uma marca mais rasa 
possível deve ser feita (apenas ponta de cúspide) entre os dentes para permitir total 
assentamento do gesso na montagem. Após a polimerização da resina, o casquete é 
transferido para o modelo para auxiliar na montagem no articulador. 
3) Próteses fixas bilaterais: 
 6 
Frequentemente a posição de RC é utilizada devido ao fato de que os dentes pilares 
estão preparados e por não ter estabilidade em MIH. Assim, é necessário ajuste oclusal 
nos dentes remanescentes para que se eliminem as interferências oclusais e obtenha-
se coincidências de posição dental e articular (ORC) à já deve ser definida na fase de 
enceramento diagnóstico para avaliar nova posição e aspectos estéticos e funcionais 
durante a fase das coroas provisórias. 
A partir do momento em que se tem a posição de ORC não se tem mais contatos 
prematuros, dessa forma, a mesma técnica empregada em MIH é válida. Assim, 
removem-se as coroas provisórias de um lado e faz-se registros com casquetes de 
resina. Após a polimerização repete-se do outro lado. 
4) Próteses fixas superiores inferior no mesmo quadrante da boca: 
Se tiver estabilidade oclusal dos dentes do lado oposto opta-se também pelo registro 
em MIH. 
Como é necessário registro de dentes preparados contra dentes também preparos se 
sugere que construam cones de resina acrílica nos casquetes que serão posicionados 
nos dentes em uma das arcadas, com o objetivo de se simularem as pontas de cúspides 
que entrarão em contato com a resina fluida colocada nos casquetes nos dentes 
antagonistas. 
5) Reabilitação oral: 
Posição de trabalho utilizada é ORC. 
Utilizam mesmos princípios de registro com casquetes de resina acrílica, porém deve 
haver cuidado especial para que o registro seja realizado na DVO. 
Para que não ocorra alteração da DVO devemos manter as coroas provisórias em um 
dos lados enquanto se realiza o registro do lado oposto. Após o registro e com os 
casquetes em posição, retiram-se as provisórias do lado oposto e faz-se o registro desse 
lado. Assim, conseguimos transferir o registro de ORC e vertical em DVO para o 
articulador da maneira mais fiel possível. 
 
PREPAROS DE DENTES 
Sucesso do tratamento depende de: longevidade da prótese, saúde pulpar e gengival, 
além da satisfação do paciente. 
O dentista deve fazer as etapas de exame, diagnóstico, planejamento e cimentação 
para que os objetivos sejam alcançados. 
1) Princípios mecânicos: 
1.1) Retenção: 
Características que impedem o deslocamento axial da restauração quando submetida 
às forças de tração. 
Depende basicamente do contato existente entre as superfícies internas da restauração 
e as externas do dente preparado, denominando retenção friccional. 
Quanto mais paralelas as paredes axiais do dente maior será a retenção friccional da 
restauração. 
O aumento exagerado da retenção friccional irá dificultar o escoamento do cimento, 
impedindo o seu assentamento final, e consequentemente, causando o desajuste 
oclusal e cervical da restauração. 
A ação conjunta da retenção friccional e a ação do agente cimentante será responsável 
pela retenção mecânica, portanto, além do cimento e da técnica de cimentação correta, 
devemos gerar uma inclinação capaz de suprir as necessidades de retenção. 
 7 
Quanto maior a coroa clínica maior a superfície de contato e maior a retenção final. 
Portanto, em dentes longos pode-se aumentar a inclinação das paredes para uma 
convergência oclusal de mais de 10 graus. 
Já as coroas clínicas curtas devem apresentar paredes com inclinação próxima ao 
paralelismo e receberem meios adicionais de retenção para possibilitar um aumento nas 
superfícies de contato, como confecção de sulcos nas paredes axiais. 
Em preparos excessivamente cônicos é importante a presença de sulcos para limitar a 
inserção e remoção da coroa em uma única direção, reduzindo a possibilidade de 
deslocamento. 
A determinação de um plano de inserção único dos dentes pilares é essencial parasua 
retenção, por isso, a inclinação e posição dos dentes no arco devem ser estudadas em 
um modelo de estudo para controle maior do desgaste para preservação da saúde 
pulpar sem perder estética e retenção. 
Existem meios adicionais de retenção como caixas, canaletas, pinos e orifícios que são 
importantes para compensar qualquer tipo de deficiência existente. 
Não é necessário que a superfície esteja altamente polida para uma boa adaptação e 
retenção, aliás, o alto polimento pode contribuir para diminuição da retenção. 
1.2) Resistencia ou estabilidade: 
Previne o deslocamento da restauração quando submetida às forças oblíquas que 
podem provocar rotação da restauração. 
Quando há incidência de uma força lateral a restauração tende a girar em torno de um 
fulcro, cujo raio forma tangente nas paredes opostas do preparo, deixando o cimento 
sujeito às forças de cisalhamento que pode causar ruptura e iniciar processo de 
deslocamento da prótese. A área do preparo envolvida por esta linha tangente é 
denominada área de resistência ao deslocamento. 
A área denominada zona Z impede o deslocamento da peça 
• Magnitude e direção da força: grande intensidade e direcionadas lateralmente 
como em bruxismo pode gerar deslocamento da prótese 
• Relação altura/largura do preparo: quanto maior a altura das paredes, maior a 
área de resistência do preparo que impedirá o deslocamento. Por outro lado, se 
a largura for maior que a altura, maior será o raio de rotação e, portanto, as 
paredes do preparo não oferecerão resistência adequada. É importante que a 
altura do preparo seja pelo menos igual à sua largura, se não for possível deve-
se confeccionar canaletas ou caixas. 
Sabe-se que o preparo tem estabilidade quando ao traçar uma diagonal na base 
e na altura a diagonal da altura é maior que a da base. 
Primeira inclinação: 2 a 5 graus no terço cervical 
Segunda inclinação: 5 a 10 graus 
• Integridade do dente preparado: coroas íntegras (estrutura dentária ou núcleos 
metálicos) resistem melhor à ação das forças laterais do que as parcialmente 
restauradas ou destruídas. Portanto, em coroas curtas a forma de resistência 
pode ser melhorada pela diminuição da inclinação das paredes laterais ou 
confecção de canaletas axiais. 
1.3) Rigidez estrutural: 
Espessura suficiente do material da coroa para resistir às forças mastigatórias e não 
comprometer a estética e o tecido periodontal. 
1.4) Integridade marginal: 
 8 
Bem adaptada e com uma linha mínima de cimento para que permaneça em função o 
maior tempo possível. 
Sempre haverá algum desajuste entre as margens da restauração e o término, esse 
desajuste será preenchido com cimentos que apresentam diferentes graus de 
degradação marginal. Com o passar do tempo, espaços são criados gerando retenção 
de placa, recidiva de cárie e consequentemente perda do trabalho. 
o controle da linha de cimento exposta ao meio bucal e a higiene do paciente aumentam 
a expectativa de longevidade da prótese. 
2) Biológicos: 
2.1) Preservação do órgão pulpar: 
Potencial de irritação: calor, qualidade das brocas e alta rotação, quantidade de dentina 
remanescente, permeabilidade dentinária, procedimentos de moldagem, reação 
exotérmica das resinas acrílicas e grau de infiltração marginal. 
O desgaste excessivo diminui a área preparada (prejudicando a retenção e a própria 
resistência do remanescente dentário) além de trazer danos irreversíveis à polpa como 
inflamação e sensibilidade. 
O desgaste insuficiente gera sobrecontorno e consequentemente prejuízos a estética e 
ao periodonto. 
Caso o preparo seja apenas na primeira inclinação ou somente na segunda inclinação 
haverá maior desgaste e, portanto, maior proximidade com a polpa. 
2.2) Preservação da saúde periodontal: 
Fatores relacionados: higiene, forma, contorno e localização da margem cervical do 
preparo. 
A melhor localização do término é aquela em que o profissional pode controlar todos os 
procedimentos clínicos e o paciente tem condições efetivas para higienização. 
O preparo deve estender no mínimo dentro do sulco gengival por razões estéticas 
(esconder cinta metálica) sem alterar significantemente a biologia do tecido gengival. 
A extensão cervical dos dentes preparados pode variar de 2mm aquém da gengiva 
marginal livre até 1mm no interior do sulco. O término cervical deve localizar-se 2mm 
distante do nível gengival. 
As razões mais frequentes para colocação intrasulcular: 
Estética: 
• Restaurações de amálgama ou resina composta cujas paredes já se encontram 
nesse nível; 
• Presença de cáries que se estendem para dentro do sulco 
• Fraturas que terminam subgengival; 
• Razões mecânicas em dentes curtos para melhorar a retenção e 
• Colocação do término em área de relativa imunidade da cárie como se acredita 
ser a região do sulco gengival 
Quanto mais profundo, mais difíceis são os procedimentos de moldagem, adaptação e 
higienização 
O preparo subgengival dentro do limite de 0,5 a 1mm não traz problemas para o tecido 
gengival, desde que tenha uma boa adaptação, forma, contorno e polimento da 
restauração e o paciente consiga higienizar corretamente. 
O preparo não pode estar dentro do espaço biológico e, para tratar isso há a opção de 
extrusão do dente ou aumento de coroa clínica. 
Preparo intrasulcular: em dentes muito curtos, em caso de diastemas para fechamento 
de black space e dentes triangulares com black space. 
 9 
Como fazer o preparo intrasulcular: entrar 0,5mm da ponta da broca torpedo com baixa 
rotação e colocar fio retrator. O preparo em gengiva espesso é um sucesso mais 
previsível do que em menos espessa. 
3) Estética: 
Depende da saúde periodontal, forma, contorno e cor da prótese. 
Devemos preservar a saúde periodontal e confeccionar restaurações com forma, 
contorno e cor corretas. 
A quantidade de desgaste é muito importante pois, se for insuficiente, a cerâmica não 
terá espessura suficiente para esconder a metálica em caso de coroas metalocerâmicas 
que pode gerar um aumento do contorno da restauração pelo técnico. 
4) Tipos de términos cervicais: 
4.1) Ombro ou degrau: 
Parede axial do preparo forma um ângulo de 90 graus com a parede cervical 
Preparo para coroas de cerâmica pura porque proporciona espessura suficiente para 
resistir aos esforços mastigatórios. 
Apresenta linha nítida e definida, porém exige maior desgaste resultando em uma 
junção em degrau dificultando o escoamento do cimento e acentuando o desajuste 
oclusal e cervical com maior espessura de cimento exposto ao meio bucal. A execução 
é difícil, adaptação marginal regular. 
O ombro arredondado gera concentração mínima de estresse. 
4.2) Ombro biselado: 
Retenção e estabilidade aumentadas 
Boa adaptação marginal 
Execução difícil e estética insatisfatória 
4.3) Chanferete: 
A junção entre as paredes axial e gengival é feita por um segmento de círculo de 
pequenas dimensões para acomodar apenas o metal. 
Indicação: coroas totais metálicas e face lingual e metades linguo-proximais de coroas 
metalocerâmicas. 
4.4) Chanfrado: 
A junção entre as paredes axial e gengival é feita por um segmento de círculo com 
espessura suficiente para acomodar metal e cerâmica. 
Indicação: faces vestibular e metades linguo-proximais de coroas metalocerâmicas, 
coroas metalocerâmicas sem cinta metálica e áreas de proteção de cúspides vestibular 
e lingual de restaurações MOD. 
Vantagem: melhor escoamento do cimento, facilita adaptação da peça fundida e é mais 
conservador 
Desvantagens: desgaste mais acentuado que o chanferete 
4.5) Lâmina de faca: 
Gera degrau 
Fácil execução, boa adaptação marginal (porém gera sobrecontorno), preserva 
estrutura dentária e é adequada nos casos periodontais. 
Porém a definição é difícil e a estética é ruim. 
 
Técnica da silhueta: dente bem posicionado e hígido, é possível controlar o desgaste e 
observar o término cervical ao redor do dente todo. 
 10 
Técnica da matriz: moldar e fazer o enceramento para verificação dos movimentos de 
protrusão e lateralidade.Molda o enceramento e usa o molde como modelo para 
espessura do preparo. 
Outro parâmetro é o dente vizinho. 
 
Preparos parciais: 
Indicação de inlay ao invés de resina se dá: pela grande contração de polimerização 
desta, menor resistência, presença de bolhas, desgaste, alteração de cor, porosidade, 
acúmulo de placa e dificuldade de confecção, principalmente no contato proximal. Além 
disso, em dentes posteriores há grandes chances de desgaste e sobrecarregamento de 
forças. 
Indicações: cavidades amplas demais para restaurações diretas, execução intraoral é 
impossível ou indesejável e na presença de trincas e rachaduras na base de cúspides. 
Desvantagens: desgasta antagonistas, tempo longo de confecção, alto custo e 
cimentação sensível. 
1. Inlay: 
• Espessura de pelo menos 2mm 
• Istmo de 2mm 
• Ângulo cavossuperficial não pode ser fino mas em 90 graus para dar espessura 
a cerâmica 
• Ângulos internos arredondados 
• Inclinação de 8 a 15 graus 
• Características finais do preparo: ângulos internos arredondados, margens bem 
delimitadas, ângulo cavossuperficial 90 graus com a superfície do dente, 
espessura de cerâmica de 1,5 a 2mm, ausência de esmalte sem suporte e 
paredes resistentes. Não deve apresentar término biselado. 
Quando decidir inlay ou onlay: 
INLAY: 
Margem a mais de 1mm da ponta de cúspide de contenção cêntrica 
Margem a mais de 0,5mm da ponta de cúspide de não contenção 
ONLAY: 
Margem a menos de 1mm da ponta de uma cúspide de contenção cêntrica 
Margem próxima à ponta da cúspide de não contenção cêntrica 
2. Onlay: 
Características finais do preparo: ângulos internos arredondados, margens bem 
delimitadas, ângulo cavo-superficial 90 graus com a superfície do dente, espessura da 
cerâmica de 1,5 a 2mm, ausência de esmalte sem suporte e paredes resistentes. 
 
ABORDAGEM CLÍNICA DAS RESTAURAÇÕES PROVISÓRIAS 
Materiais: polimetilmetacrilato, resina composta bisacrílica e resina composta. 
Técnicas: moldagem, dente de estoque, indireta ou CAD CAM. 
Resina acrílica: contração de polimerização gera a necessidade de retirar e colocar a 
provisória no dente e depois devemos reembasar devido a distorção. Outro problema é 
que, devido a reação exotérmica, pode gerar queimadura na gengiva e agredir a polpa. 
Resina bisacrílica: 
• Contração de polimerização pequena 
• Não esquenta 
 11 
• Não é necessário reembasamento, mas se for, devemos realiza-lo rapidamente 
com resina flow devido a não adesão 
• É mais cara 
• Devemos passar gaze com álcool 
• Não muda de cor como a resina acrílica 
A restauração provisória pode facilitar a confecção da prótese definitiva e, 
consequentemente leva-lá ao sucesso. 
Apresentam algumas desvantagens, principalmente na permanência por um longo 
tempo na boca, como: 
• Fraturas; 
• Resposta periodontal desfavorável devido a característica de retenção da placa 
gerando inflamação gengival ou cárie; 
• Orçamento da prótese, porém, em hipótese alguma podemos abolir para 
diminuir o custo. 
o Características das restaurações provisórias: 
o Proteção pulpar: 
Após o preparo, os desgastes devem estar de acordo com as necessidades 
estéticas e mecânicas da prótese para que a provisória possa ter a capacidade, 
juntamente com o cimento, de auxiliar na recuperação do órgão pulpar. 
A superfície do dente deve ser limpa com algum detergente específico, em seguida 
envolvida com um algodão embebido com solução de água de cal que apresenta 
propriedades bactericidas e bacteriostáticas que veda os túbulos dentinários pela 
iniciação do processo de mineralização. 
Em seguida protege-se a superfície preparada com duas camadas de verniz à base 
de copal que atua como isolante, impedindo o contato da superfície dentinária com 
o monômero que é altamente irritante 
O calor da polimerização da resina é danoso à polpa, então devemos manter a área 
sob irrigação abundante para eliminar o efeito nocivo. 
A adaptação da provisória é importante para a proteção da polpa porque sem ela há 
infiltração marginal, e como os cimentos provisórios apresentam alto grau de 
solubilidade maior será a infiltração. O dente poderá apresentar sensibilidade, cárie 
e inflamação pulpar, comprometendo a regeneração e causando desconforto ao 
paciente. 
A hipersensibilidade pode ocorrer mesmo com todos os cuidados. So deve ser 
indicado tratamento endodôntico após todas as possibilidades existentes (analisar 
adaptação marginal, oclusão, hábitos parafuncionais ou alimentares, tipo de cimento 
e dessensibilização com produtos). 
o Proteção periodontal: 
A provisória tem como objetivo preservar a saúde periodontal, auxiliar no tratamento 
e na recuperação do tecido gengival alterado e, finalmente, na manutenção da 
saúde do periodonto tratado. 
Para isso ela precisa ter: 
• Adaptação cervical: mantem a arquitetura normal do tecido gengival evitando a 
sua proliferação sobre o dente preparado e, consequentemente, instalação do 
processo inflamatório. 
• Contorno: influenciado por estética, fonética, posição do dente, forma da raiz, 
forma do rebordo e qualidade da gengiva. 
 12 
Dois aspectos são diretamente dependendo do contorno correto: perfil de 
emergência e forma e extensão da ameia interproximal. Não existe estética sem 
contorno gengival. 
O excesso de contorno pode promover ulceração no epitélio sulcular, recessão 
gengival, inflamação marginal e consequentemente dificuldade no controle dos 
procedimentos subsequentes. 
O objetivo do perfil de emergência é propiciar um posicionamento harmônico do 
tecido sobre as paredes da restauração. 
No nível subgengival o contorno deve apresentar: plano (perfil de emergência 
plano) para harmonizar com a superfície plana da raiz. Para isso, o nível gengival 
da coroa deve ser delineado com grafite em toda extensão, e toda superfície que 
se estende dessa marca até o término cervical deve ser aplainada. 
O contorno supragengival depende da posição do dente, extensão da coroa no 
sentido gengivo-incisal/oclusal, forma do osso e do tecido gengival, fonética e 
estética. 
O perfil de emergência pode se estender além do contorno da gengiva marginal 
livre dependendo do tamanho da coroa no sentido gengivo/incisal/oclusal: 
Coroas longas: recessão gengival acentuada e/ou realização de 
tratamento periodontal, devem apresentar um contorno com forma plana 
mais estendido para coronal para propiciar transição gradual entre sua 
porção radicular e coronal. O efeito estético é interessante porque a coroa 
vai aparecer diminuída. 
Com o sobrecontorno há maior facilidade de acúmulo de placa pela dificuldade 
de higienização, gerando dor, inflamação e desconforto. É mais danoso que o 
subcontorno. 
Já o subcontorno pode causar alterações gengivais devido ao trauma mecânico 
pela escova ou alimentos fibrosos, gerando ulceração, recessão e perda de 
tonicidade do tecido gengival pela falta de apoio correto sobre as paredes da 
coroa. 
• Ameia interproximal: 
Permitir espaço para a papila sem comprimi-la, possibilitando higienização 
correta e atender os requisitos estéticos e fonéticos. 
A pressão da papila gera inflamação e lesão periodontal. Nessa etapa de 
provisórias que decide a necessidade de abertura das ameias por desgaste 
direto, afastamento com borrachas ortodônticas ou cirurgias. 
• Higiene oral e controle de placa bacteriana: 
Ensinar as técnicas e meios de higienização para garantir um sucesso a longo 
prazo, porque se o paciente não consegui higienizar a provisória, não conseguirá 
na permanente. 
Próteses bem adaptadas, polidas, com contorno e forma corretas permitem fácil 
acesso interproximal, reduzindo processo inflamatório. 
 
o Oclusão: 
a) Relação cêntrica: independe da presença dos dentes 
• Para diagnóstico: 
Sempre que modelos de estudos são montados em ASA para análise oclusal, 
diagnóstico e/ou planejamento deve ser na posição de RC 
 13 
Dessa posição dá para deslocar para MIH e observar os contatos prematuros 
entre as duas posições. 
• Para posição de trabalho: 
Quando há sinais e sintomasde trauma oclusal independente da extensão da 
prótese. 
Ajustar os dentes com a mandíbula em RC e, a seguir, iniciar os procedimentos 
para confecção da prótese. Este novo relacionamento é denominado ORC. 
É utilizada em caso de estabilidade comprometida, em função de ausência de 
vários dentes. 
Portanto, essa posição é sempre usada quando existe a presença de alguma 
patologia oclusal e/ou a MIH não apresenta estabilidade dental suficiente para 
reabilitação. 
b) Máxima intercuspidação habitual: 
Quando há estabilidade oclusal e não há presença de sinais e sintomas de 
traumas oclusais. 
c) Contatos oclusais simultâneos: 
O fechamento deve ocorrer com todos os dentes posteriores simultaneamente, 
gerando maior eficiência mastigatória e estabilidade oclusal para direcionamento 
das forças oclusais. 
A presença das interferências oclusais gera forças no sentido oblíquo e 
horizontal que podem gerar alteração no posicionamento. 
A instalação da provisória tem como objetivo diagnosticar, avaliar a qualidade 
dos dentes pilares e do direcionamento das forças. 
Dentes com suporte reduzido e com mobilidade exigem uma oclusão com 
contatos uniformes, cúspides baixas, fossas rasas e diminuição da mesa oclusal 
para que as forças sejam dirigidas o mais axialmente possível. 
d) Guia anterior: 
É um dos aspectos mais importante no sucesso 
Deve proteger os dentes posteriores: quando está ocorrendo o ciclo 
mastigatório, os dentes anteriores dirigem toda a movimentação mandibular 
impedindo que os dentes posteriores entrem em contato. Isso só vai ocorrer no 
final do ciclo mastigatório. 
Uma guia anterior correta elimina a interferência oclusal nos dentes posteriores. 
A conformação incorreta pode gerar distúrbios funcionais de dor e desconforto, 
mobilidade dental e deslocamento dos côndilos. 
O ajuste é essencial na estética, fonética, diminuição do estresse oclusal para 
melhorar eficiência funcional para conforto e longevidade. 
A provisória permite o controle, avaliação e determinação da guia anterior. Uma 
vez determinada a morfologia dos dentes anteriores, o próximo passo consiste 
em realizar a personalização da guia anterior que é a transferência para o 
articulador. 
É realizado moldando os arcos com as coroas provisórias ajustadas e 
montando-se o modelo superior em ASA através do arco facial, enquanto 
o inferior será montado por acomodação contra o antagonista pois 
apresenta a posição de ROC. 
• Cobrir a mesa incisal com alumínio para evitar aderência da resina 
acrílica 
 14 
• Ergue-se o pino incisal 4-5mm e coloca-se resina sobre a mesa 
incisal. Fecha o articulador até o contato e, dirigido pelos modelos 
das coroas provisórias, executam-se os movimentos laterais e 
protusivos, guiados pela concavidade palatina dos dentes anteriores. 
• Após polimerização da resina refina com duralay, erguendo o pino 
incisal 1mm e repetindo os movimentos. 
• Esse guia será usado na fabricação da guia anterior da prótese 
definitiva e ainda tem a função de compensar algumas limitações do 
ASA. 
e) Dimensão vertical de oclusão: 
A diminuição só ocorre quando a oclusão dos dentes posteriores entra em 
colapso decorrente de extrações, migrações e desgaste excessivo dos 
posteriores com consequências graves nos anteriores como desgaste 
excessivo ou migração vestibular. 
Alterações na fonética, tonicidade muscular, estética e umedecimento 
acentuado dos ângulos da boca são outros sinais sugestivos da perda da 
DV. 
Compasso de Willis que, subtraindo 3-4mm chega-se à DVO. 
Emprega-se um desprogramador oclusal (JIG) na posição de RC 
confeccionado com resina acrílica nos incisivos centrais superiores que 
também serve como orientação para determinar a DVO. Para isso, coloca-
se o JIG na altura ideal dos IC e realizam-se testes fonéticos com palavras 
contendo S, F e V. 
O JIG deve ser desgastado na sua concavidade enquanto ocorrer contato na 
pronúncia e, quando isso deixar de ocorrer, aceita essa DVO como ponto de 
partida. Depois disso faz o registro em cera para montagem do modelo 
inferior. 
f) Enceramento e inclusão: substituindo os dentes ausentes, reconstruindo a 
porção desgastada e determinando corretamente o plano oclusal e os 
contatos simultâneos dos dentes posteriores e guia anterior. 
o Estética: 
Comprimento, largura, contorno, forma das coroas, linha média, assimetria gengival 
entre os dentes pilares e na área desdentada e relação dos pônticos com tecido 
gengival são aspectos que devem ser analisados. 
O tecido gengival também deve fazer parte do planejamento estético. 
Remodelamento do rebordo residual através das coroas provisórias, denominado 
condicionamento gengival. 
o Fonética: 
Pedir pro paciente falar a letra M, F, V e S. 
Muitas vezes necessita de auxílio do fonoaudiólogo. 
o Diagnóstico: 
Higiene 
Estabilidade da margem gengival: depende da higiene e espessura da gengiva 
Mobilidade dentária: contato prematuro na RC ou MIH gera movimentação dos 
dentes anteriores que recebem forças laterais, gerando vestibularização. 
Estética, fonética e características do preparo. 
 
 
 15 
DENTES TRATADOS ENDODONTICAMENTE 
1. Introdução 
A indicação de pinos é para dentes tratados endodonticamente, portanto todo cuidado 
deve ser feito para conservar o tratamento já realizado. Devemos evitar postergar a 
colocação do pino, pois o selamento provisório pode soltar e contaminar o conduto. 
Estudos in vitro mostraram que a exposição bacteriana da guta-percha coronal pode 
permitir sua migração para o ápice em poucos dias. Técnicas de tratamento assépticas 
devem ser usadas, incluindo o uso de lençol e borracha. 
O espaço deixado pelo preparo do conduto radicular para a instalação do pino deve ser 
fechado o quanto antes, porque existe a dificuldade em manter o selamento temporário. 
Estudos in vitro mostraram que dentes restaurados com pinos provisórios apresentaram 
o mesmo grau de contaminação do que o controle que não tinha restauração. 
 
2. Indicação do uso de pinos 
O principal objetivo do uso de pinos é para reter um núcleo devido a perda extensa de 
tecido dental. 
Houve um período que removiam a coroa do dente e instalavam um pino com núcleo 
metálico fundido, com intenção e reforçar a raiz. No entanto, os trabalhos mais atuais 
vêm demonstrando que o pino não só não reforça a raiz do dente, como também pode 
enfraquece-la. 
Assim, de acordo com a condição clinica do dente, indica ou não o seu uso. 
 
2.1 dentes anteriores 
Dentes anteriores com mínima perda de estrutura pode ser restaurado de forma 
conservadora. O uso de pino teria pouco ou nenhum benefício nesses dentes e 
aumentaria a chance para fraturas não restauráveis. A mesma conclusão serve para 
dentes anteriores com indicação para facetas laminadas com preparos em esmalte. 
Se um dente anterior endodonticamente tratado for receber uma coroa, um pino é 
frequentemente indicado. Na maioria dos casos, a estrutura dentária coronal 
remanescente é bastante fina após ter recebido o tratamento do canal radicular e ter 
sido preparada para uma coroa. Os dentes anteriores devem resistir à forças laterais e 
de cisalhamento, e as câmaras pulpares são muito pequenas para fornecer retenção 
adequada e resistência sem um pino. 
Nos casos de preparos para facetas laminadas em dentes tratados endodonticamente 
com desgaste mais pronunciado, envolvendo dentina, ou que apresentam resinas nas 
proximais, o uso de pinos também é recomendado. 
 
2.2 dentes posteriores 
Os molares tratados endodonticamente devem receber cobertura da cúspide, mas, na 
maioria dos casos, não necessitam de um pino. A menos que a destruição da estrutura 
dentária coronal seja extensa, pois a câmara pulpar e os canais fornecem uma retenção 
adequada para o acúmulo de um núcleo. Os molares devem resistir principalmente às 
forças verticais. Nos molares que necessitam de um pino, o pino deve ser colocado no 
canal maior e mais reto, que é o canal palatino nos molares superiores e o canal distal 
nos molares inferiores. Raramente é necessáriomais de um pino em um molar. 
Os pré-molares são normalmente mais volumosos do que os dentes anteriores, mas 
geralmente são dentes uni-radiculares com câmaras pulpares relativamente pequenas. 
Por estas razões, eles exigem pinos com mais frequência que os molares. Os pré-
 16 
molares são mais propensos do que os molares a serem submetidos a forças laterais 
durante a mastigação. A estrutura dentária remanescente e as demandas funcionais 
são, novamente, os fatores determinantes. Devido à delicada morfologia radicular 
presente em alguns pré-molares, deve-se ter um cuidado especial ao preparar o 
conduto radicular. 
 
3. Características do conduto/pino 
A retenção do pino se refere à capacidade de um pino em resistir as forças de 
deslocamento vertical. A retenção é influenciada pelo comprimento, diâmetro e 
conicidade do pino, pelo cimento usado e por um posicionamento ativo ou passivo. 
Resistência refere-se à capacidade do pino e dente para suportar forças laterais e 
rotacionais. É influenciado pela estrutura dentária remanescente, o comprimento e a 
rigidez do pino, a presença de características anti-rotacional e a presença de uma férula. 
Um fator importante relacionado à resistência é o modo de falha. Todos os sistemas de 
pinos possuem alguma porcentagem de falha clínica. No entanto, alguns pinos causam 
uma porcentagem maior de falhas que resultam em dentes que não são restauráveis. 
Por exemplo, dentes restaurados com pinos menos rígidos, como pinos de fibra, tendem 
a apresentar falhas com maior probabilidade de serem restauráveis. Dentes preparados 
com uma férula também tendem a falhar em um modo mais favorável. O tipo de material 
do núcleo também pode afetar o modo de falha, ASSIM, os núcleos compostos tendem 
a falhar mais favoravelmente do que amálgama ou ouro. 
Sempre que possível, a estrutura dentária coronal e radicular deve ser conservada. Na 
maioria dos casos, a preparação do conduto para inserção de um pino deve exigir uma 
remoção mínima da dentina radicular adicional além dos requisitos para o tratamento 
do canal radicular. Maior aumento apenas enfraquece a raiz. Tem sido demonstrado 
que os pinos de metal cimentado não fortalecem a raiz. Pinos cimentados adesivamente 
reforçam a raiz inicialmente, mas esse efeito de fortalecimento provavelmente se perde 
ao longo do tempo, à medida que o dente é exposto a estresses funcionais e a ligação 
de resina à dentina enfraquece. O aumento mínimo do espaço do conduto significa que 
o pino deve ser feito de um material forte que possa suportar forças funcionais e 
parafuncionais. 
O “efeito férula” é importante para o sucesso a longo prazo quando um pino é usado. 
Uma férula é definida como uma faixa vertical de estrutura dentária no terço cervical de 
um dente após o preparo dental. Acrescenta alguma retenção, mas principalmente 
fornece resistência e aumenta a longevidade. Uma férula com 1 mm de altura vertical 
dobrou a resistência à fratura versus dentes restaurados sem férula. Outros estudos 
mostraram efeitos benéficos máximos de uma férula com 1,5 a 2 mm de estrutura 
vertical do dente. Um estudo de al-Hazaimeh e Gutteridge não relatou diferença na 
resistência à fratura com ou sem férula de 2 mm usando pinos pré-fabricados e cimento 
resinoso. Entretanto, os padrões de fratura foram mais favoráveis quando uma férula 
estava presente. A maioria das fraturas nos dentes sem uma férula não era restaurável. 
Um estudo de Saupe et al. também não relatou diferença na resistência à fratura de 
dentes com pinos cimentados com cimentação adesiva com ou sem férula. Em alguns 
casos, particularmente nos dentes anteriores, é necessário realizar cirurgia de aumento 
de coroa clínica ou extrusão ortodôntica de um dente para fornecer uma férula 
adequada. 
 
4. Tipos de pinos 
 17 
Os pinos são categorizados de várias maneiras diferentes. Para o propósito desta 
revisão, eles serão classificados como ativos ou passivos, paralelos ou cônicos, e pela 
composição do material. 
Os pinos ativos são rosqueados na dentina radicular, enquanto os pinos passivos são 
retidos estritamente pelo agente cimentante. Pinos ativos são mais retentivos do que 
pinos passivos, mas introduzem mais estresse na raiz do que os pinos passivos. Seu 
uso deve ser limitado a raízes curtas nas quais a retenção máxima é necessária. 
Pinos metálicos paralelos são mais retentivos do que pinos cônicos, e isso também é 
relatado como sendo verdade para pinos de fibra. Pinos paralelos induzem menos 
tensão na raiz, porque há menos efeito de cunhagem, e são relatados como menos 
propensos a causar fraturas de raiz do que os pinos cônicos. Em um estudo 
retrospectivo, Sorensen e Martinoff relataram uma taxa de sucesso maior com pinos 
paralelos do que pinos cônicos. Pinos cônicos, por outro lado, exigem menos remoção 
de dentina porque a maioria das raízes é cônica. Eles são indicados principalmente em 
dentes com raízes finas e morfologia delicada. 
 
4.1 Pino e Núcleo Metálico Fundido 
Pinos e núcleos metálicos fundidos foram o padrão por muitos anos e ainda são usados 
por alguns profissionais. Geralmente, eles não têm o mesmo desempenho que outros 
tipos de pinos durante testes in vitro e estudos clínicos. Eles caíram em desuso porque 
exigem duas consultas, temporização e uma taxa de laboratório. No entanto, há estudos 
que relatam um alto índice de sucesso com pinos e núcleos fundidos e oferecem 
vantagens em certas situações clínicas. Por exemplo, quando vários dentes requerem 
pinos, às vezes é mais eficiente fazer uma moldagem e fabricá-los no laboratório, em 
vez de colocar um a um com o paciente na cadeira. Um pino e núcleo fundidos podem 
ser indicados quando um dente está desalinhado e o núcleo deve estar inclinado em 
relação ao pino para alcançar o alinhamento adequado com os dentes adjacentes. Pinos 
e núcleos fundidos também podem ser indicados em pequenos dentes, como os 
incisivos inferiores, quando há uma estrutura dentária coronal mínima disponível para 
características antirotatórias. Também apresentam melhor comportamento quando o 
dente não apresenta férula. Também apresentam vantagens quando o conduto radicular 
é em forma de oitavado (∞), o pino fundido vai preencher o conduto de forma mais 
efetiva do que um pino pré-fabricado. 
Como desvantagem para pinos e núcleos fundidos é a necessidade de coroa provisória 
com pino, pois não são eficazes na prevenção da contaminação dos canais radiculares. 
Quando um pino temporário e uma coroa são necessários, um material de barreira deve 
ser colocado sobre o material obturador. O pino fundido e o núcleo devem ser fabricados 
e cimentados o mais rápido possível. Outra desvantagem do pino e núcleo fundido é o 
elevado módulo de elasticidade, que favorece fraturas irreversíveis da raiz. Também 
como desvantagem está a corrosão do pino e núcleo quando é fundido com ligas 
básicas. 
 
4.2 Pinos Metálicos Pré-Fabricados 
Os pinos pré-fabricados são tipicamente feitos de aço inoxidável, liga de níquel-cromo 
ou liga de titânio. Eles são muito rígidos e, com exceção das ligas de titânio, são muito 
fortes. Por serem redondos, oferecem pouca resistência às forças rotacionais. Isto não 
é um problema se a estrutura dentária adequada permanecer, mas se a estrutura 
 18 
dentária permanece mínima, as características antirotacionais devem ser incorporadas 
na preparação dos pinos. Um material adesivo deve ser usado para o núcleo. 
Os pinos passivos e cônicos oferecem a menor retenção entre pinos pré-fabricados, 
mas permitem a remoção mínima da dentina radicular porque sua forma cônica se 
assemelha à morfologia total do canal. Se o comprimento adequado do canal estiver 
disponível, eles são uma boa escolha, especialmente em raízes finas, como os pré-
molares superiores. O comprimento adequado é considerado maior que 8 mm. 
Retenção adicional pode ser obtida com um pino paralelo, pelo uso de cimento resinoso, 
ou pelo uso de um pino ativo. 
Muitos dos pinos pré-fabricados são feitos de ligas de titânioe alguns são feitos de latão. 
Pinos de titânio foram introduzidos devido a preocupações com a corrosão. Pinos de 
titânio têm baixa resistência à fratura, o que significa que eles não são fortes o suficiente 
para serem usados em canais finos. A remoção de pinos de titânio pode ser um 
problema, porque às vezes eles quebram quando a força é aplicada com um instrumento 
de remoção posterior. O uso prolongado da energia ultrassônica pode ser necessário 
para remover os pinos de titânio, que podem prejudicar o dente ou os tecidos 
adjacentes. Por estas razões, pinos de titânio e latão devem ser evitados, porque eles 
não oferecem vantagens reais sobre os pinos de metal mais fortes. 
 
4.2 Pinos de Fibra 
Os pinos de fibra de carbono ganharam popularidade nos anos 90. Sua principal 
vantagem proposta era que eles eram mais flexíveis que os pinos de metal e tinham 
aproximadamente o mesmo módulo de elasticidade que a dentina. Quando cimentado 
com cimento resinoso, pensava-se que as forças seriam distribuídas mais 
uniformemente na raiz, resultando em menos fraturas radiculares. Isso geralmente é 
gerado com estudos in vitro e in vivo. Os pinos originais de fibra de carbono eram 
escuros, o que era um problema em potencial ao considerar a estética restauradora. 
Versões mais recentes são brancas. Eles são relativamente fáceis de remover por meio 
de perfuração no meio do pino com um instrumento ultrassônico ou rotativo. A 
orientação das fibras ajuda a manter o instrumento de remoção no alinhamento 
adequado. 
Outros tipos de pinos de fibra também estão disponíveis, incluindo pinos de fibra de 
quartzo, fibra de vidro e fibra de silício. Eles alegam oferecer as mesmas vantagens que 
os pinos de fibra de carbono, mas com melhor estética, pois permitem a passagem da 
luz. 
 
5. Tamanho do pino e preparo do conduto 
Como afirmado anteriormente, a preservação da dentina radicular é importante, 
portanto, deve haver um aumento mínimo do canal além da forma que foi desenvolvida 
durante a instrumentação do canal radicular. 
A guta-percha pode ser removida com o auxílio de calor, mas na maioria das vezes o 
método mais fácil e eficiente é com instrumentos rotatórios com brocas de largo ou 
brocas que acompanham os pinos. Deve iniciar a remoção com brocas de largo de 
menor diâmetro (número 1), passando para outra de maior diâmetro até atingir a 
espessura necessária para adaptação do pino. 
Vários autores fazem recomendações sobre o comprimento dos pinos. Um artigo de 
revisão de Goodacre e Spolnik recomenda o comprimento do canal igual a 3/4 do 
comprimento do canal radicular, se possível, ou pelo menos igual ao comprimento da 
 19 
coroa. Eles advertem que 4 a 5 mm de guta-percha devem permanecer apicalmente 
para manter uma vedação adequada. Em um estudo retrospectivo, Sorensen e Martinoff 
relataram 97% de sucesso se o comprimento dos pinos pelo menos igualasse a altura 
da coroa. Segundo Neagley, 8 mm é o comprimento mínimo necessário para um pino. 
Foi demonstrado que as forças se concentram na crista do osso durante a função 
mastigatória. Nos dentes com pinos de metal, forças também se concentram no final do 
pinos, por isso os pinos devem sempre se estender apicalmente além da crista do osso. 
De acordo com os ensinamentos tradicionais, o pino deve ser 2/3 do remanescente 
dental, 1/3 do diâmetro da raiz e um mínimo de 3 a 5 mm de guta-percha deve 
permanecer na porção apical da raiz para manter uma vedação adequada. 
 
6. Cimentação 
Embora fraturas radiais irreversíveis tenham sido uma ocorrência rara após a introdução 
dos pinos de fibra, falhas adesivas, clinicamente expressas como perda de retenção do 
pino, tornaram-se mais comuns. Embora a possibilidade de uma unidade única e 
homogênea (pino/cimento/agente de união/dentina) é teórico, uma união adequada 
entre pino/cimento/dentina deve ser estabelecida. Vários fatores podem comprometer a 
formação e a integridade a longo prazo da interface adesiva, incluindo penetração de 
luz fraca na porção mais profunda da raiz, altas tensões de polimerização (fator C) 
geradas na interface entre adesivos e cimentos, a presença de bolhas e lacunas na 
camada de cimento, o caráter anatômico e morfológico - características do substrato 
dentinário, a configuração da cavidade, a dificuldade em controlar a umidade no interior 
do canal e a potencial incompatibilidade entre os sistemas adesivos e os cimentos 
resinosos. Tradicionalmente, cimentação adesiva com cimentos resinosos duais e 
cimento autoadesivo estão bem estabelecidos para cimentação dos pinos de fibra no 
conduto devido à sua adesividade e falta de solubilidade. Além disso, ambos podem se 
ligar à estrutura dentária e aos materiais restauradores, exibindo maior resistência inicial 
do que os cimentos tradicionais. No entanto, quando esses materiais são usados em 
configurações de cavidades altamente desfavoráveis (fator C), o estresse resultante 
após reações de presa do material pode ser maior do que a força adesiva entre o 
cimento e a dentina, levando a baixa força de adesão, especialmente no terço apical 
Além disso, os cimentos endodônticos à base de eugenol podem reduzir a resistência 
de união entre a dentina e o cimento quando são utilizados cimentos resinosos. Esses 
fatores parecem estar associados à presença de espaços entre a dentina e os cimentos 
resinosos, diminuindo a adesão na interface. 
Os cimentos resinosos duais convencionais (que necessitam de agentes de união), 
apresentaram diferenças adesivas entre os segmentos do conduto radicular, em ordem 
decrescente no terço cervical, médio e apical, sendo que nas seções mais apicais a 
adesão pode chegar perto de zero. 
A característica primária dessa classe de cimento é a formação de uma camada híbrida 
em toda a extensão de sua interface. A ausência dessa camada híbrida na interface de 
ligação pode explicar essa falha de adesão. A camada híbrida é mais densa e 
pronunciada na região cervical do que na porção apical, provavelmente devido à maior 
densidade de túbulos com maior diâmetro. O acesso restrito a luz também pode causar 
uma união inadequada na região mais profunda do canal radicular. Além disso, a 
contração de polimerização desses cimentos resinosos resulta no desenvolvimento de 
tensão residual entre o cimento e a dentina. Esses fatores, juntamente com uma 
 20 
cavidade com uma configuração geométrica desfavorável e um alto fator-C, parecem 
estar envolvidos na formação de falhas na interface cimento / dentina. 
O cimento resinoso autoadesivo (tipo o U 200) apresenta apenas uma interação 
superficial com a dentina coronal e radicular, penetrando muito pouco nos túbulos 
dentinários. As propriedades adesivas do cimento autoadesivo vêm da 
desmineralização da dentina e da infiltração do monômero acídico que forma uma forte 
interação química e micromecânica com a hidroxiapatita da dentina. Além disso, esse 
cimento possui menor sensibilidade à umidade, pois sua reação de presa utiliza toda a 
água formada durante a reação inicial da fosforilação do metacrilato com o substrato de 
apatita. O grau de conversão apresentado por esse cimento nas áreas cervical, média 
e apical não é influenciado pela luz incidente durante sua reação de presa. Dessa forma, 
a recomendação para cimentação dos pinos de fibra com cimento resinoso autoadesivo 
deve ser considerada, uma vez que os resultados com o uso desse cimento vêm 
mostrando boa adesão em toda a extensão do conduto com maior facilidade técnica e 
sem necessidade de interação com outros produtos. 
 
MOLDAGEM E MODELOS DE TRABALHO 
 
Moldagem é definida como um conjunto de operações clinicas com o objetivo de se 
conseguir a reprodução negativa dos preparos dentais e regiões adjacentes, usando 
materiais e técnicas adequadas 
Tem como objetivo reproduzir de modo preciso o preparo dental e as estruturas 
adjacentes, gerando um molde que será vazado em gesso para obtenção de um modelo 
preciso, de modo que a prótese possa ser confeccionada com características biológicas,mecânicas, funcionais e estéticas 
Fatores que afetam a qualidade da moldagem: 
• Forma do preparo 
• Saúde e manipulação dos tecidos moles 
• Seleção da moldeira 
• Tipo de material 
• Técnica de moldagem 
Características dos materiais de moldagem: 
o Atóxico 
o Cor que facilita a identificação de detalhes 
o Tempo de trabalho satisfatório 
o Consistência adequada 
o Não deformar ao ser removido 
o Estabilidade dimensional 
o Compatível com materiais de modelos 
o Não distorcer durante vazamento 
o Passível de desinfecção antes do vazamento sem perda de propriedades 
Tipos de materiais de moldagem: devem ser determinados pela técnica de retração 
gengival e relação custo/benefício 
1. Hidrocoloides: podem perder água por evaporação muito facilmente pela 
sinérese, que altera significantemente a sua estabilidade dimensional. Portanto, 
os moldes devem ser vazados imediatamente. 
 21 
Não reproduzem bons detalhes, tem alteração dimensional, maior rasgamento 
à utilizamos para modelo de estudo e antagonista 
2. Polissulfeto: 
Uma vantagem é o tempo de trabalho, sendo que sua polimerização final ocorre 
por volta de 9 minutos. Tem baixo custo, alta resistência ao rasgamento, bom 
tempo de trabalho e boa reprodução de detalhes. 
Porém, seu odor desagradável, capacidade de manchar e memoria elástica 
deficiente são suas desvantagens. 
Podem ser encontrados nas consistências: pesada, regular e leve 
3. Poliéter: 
Vantagens: 
o Boa precisão 
o Obtenção de excelentes modelos 
o Mais precisos que o polissulfeto e silicone de condensação 
o Bom adesivo 
o Podem ser armazenados em ambiente seco até 7 dias. 
Desvantagens: 
o Hidrofílicos (absorvem água e não podem ser trabalhados em 
ambientes de alta umidade) 
o Rasgam facilmente 
o Tempo de trabalho reduzido 
o Gosto desagradável 
o Dificuldade de desinfecção. 
• Difícil de retirar 
• Usado em moldagens menores 
• Máquina de manipulação 
• Moldeira individual devido a consistência fluida 
 
4. Siliconas: são materiais borrachoides que não tem afinidade por água à bolhas 
devido umidade à devemos fazer isolamento relativo à a região deve estar 
bem seca com ausência de saliva e sangue 
4.1) Adição: 
Não tem formação de subprodutos devido ao equilíbrio de reação, então, 
apresenta excelente estabilidade dimensional 
Essa reação continua após a remoção do molde na boca, e por isso deve-se 
esperar 1h para seu vazamento, caso contrário, devem aparecer alterações na 
textura superficial do gesso e formação de bolhas na superfície do modelo 
Grande capacidade de reprodução de detalhes e estabilidade, por não 
apresentarem subprodutos durante sua reação de polimerização 
Vantagens: 
o Pouca alteração dimensional à mais preciso 
o Excelente resistência ao rasgamento 
o Bom tempo de trabalho 
o Ótima recuperação elástica 
o Molde pode ser vazado em até 48h após a obtenção, sem qualquer alteração 
Desvantagens: 
o Processo de polimerização alterado na presença de enxofre, como as luvas, 
que alteraria a consistência rígida para borrachoide 
 22 
• Tem mais vantagens, mas é 4x mais cara que a de condensação. 
• Libera gases, mas pode vazar novamente se der bolha 
• Vazar o gesso até 7 dias sem alteração dimensional 
• Tem 3 consistências de pasta 
 
4.2) A silicona de condensação: 
Tem como subproduto o álcool etílico que, ao evaporar, confere ao material maior 
alteração dimensional. 
Se apresenta como pasta base e um catalisador na forma líquida ou pasta de baixa 
viscosidade 
São muito utilizadas pela: 
o Facilidade de trabalho e técnica de moldagem 
Desvantagens: 
o Baixa resistência ao rasgamento 
o Maior deformação 
o Distorção exagerada 
• Tem presa e altera dimensionalmente, contraindo 
• Não pode vazar novamente 
• Não pode vazar 24h depois porque a coroa vai ficar maior, gerando perda de retenção 
friccional 
• Pasta densa e pasta leve 
 
Uma boa moldagem depende de: 
» Propriedades físicas e químicas do material 
» Característica do tecido 
» Habilidade, controle da técnica 
» Controle dos passos anteriores à moldagem 
• Extensão do preparo do dente: 
A extensão subgengival do preparo deve preservar a saúde periodontal, pois a presença 
de inflamação gengival com sangramento e exsudato inflamatório impede a obtenção 
de moldes precisos, pois a maioria dos materiais de moldagem apresenta uma redução 
das suas propriedades finais na presença de umidade, além das dificuldades técnicas 
de se conseguir uma boa moldagem nessas condições 
É mais fácil moldar quanto mais supragengival. Então se fizer muito desgaste a 
moldagem se torna ruim 
 
• Provisórias corretas: 
Devem estar bem adaptadas e com contornos corretos para manter a saúde gengival 
Contato prematuro, cimento na parte externa, contorno mal polido e desadaptado à 
gera inflamação gengival. 
Provisório deve ser bem adaptado, passar vaselina por fora na hora de cimentar para 
facilitar a remoção do resíduo de cimento 
 
• Término cervical: 
Deve ser liso, polido e bem definido para que possa ser copiado detalhadamente 
durante a moldagem, e as coroas provisórias bem adaptadas e com contornos corretos 
para manter a saúde gengival 
 
 23 
Passo a passo da moldagem: 
1. Seleção da moldeira 
2. Afastamento gengival: como material de moldagem não tem capacidade de promover 
o afastamento lateral, torna-se necessário o emprego de técnicas de retração gengival 
para expor a região cervical do dente para permitir que o material copie os detalhes 
dessa área. 
Em preparo intrasulcular é necessário: mecânico ou químico (cloreto de Al, sulfato de 
Al e sulfato de Ferro) mecânico (fio seco embebido com substância adstringente). Não 
pode ter saliva, senão causará bolhas, devendo fazer isolamento relativo 
2.1) Meios mecânicos 
Técnica do casquete individual de resina, que proporcionava afastamento 
gengival com fácil manipulação e menor traumatismo. 
2.2) Meios químicos: 
Para tentar eliminar a iatrogenia causada pelos fios, substituíram os meios 
mecânicos pelos químicos, como cloreto de zinco de 2 a 40%. 
Essas substancias também causavam sérios traumatismos ao tecido gengival, 
como proliferação e descamação, além de hiperemia, necrose e recessão, sendo 
tão ou mais traumáticos que os meios mecânicos. 
2.3) Meios químico-mecânicos: 
Fios de algodão impregnados com sais de adrenalina. Este método é o mais 
utilizado 
O tempo de permanência de um fio retrator não deve passar de 8 minutos, 
podendo causar danos ao tecido gengival 
Os adstringentes mais usados são os sulfatos de alumínio, cloreto de alumínio e 
sulfato férrico. 
Em relação a adrenalina, os adstringentes possuem vantagens como: 
Poder usar em tecido ulcerados, melhores hemostáticos e não causarem 
distúrbios em pacientes sistêmicos. As desvantagens são: poder deixar resíduos 
presos ao dente quando da sua remoção e não afastam tão bem quanto os 
embebidos por epinefrina. 
 
• Técnica do fio único: 
É opção mais simples e menos traumática 
Indicada quando os tecidos gengivais parecem sadios e não sangram quando o fio é 
colocado 
Sulco gengival raso 
Fio 0, principalmente em dente posterior. 
Já em dente anterior pode ser que seja necessário o 00 
 
• Técnica do fio duplo seletivo: 
Região inflamada à esqueceu de tirar cimento na mesial 
Colocar fio 000 na região inflamada e 0 nas outras regiões 
 
• Técnica do fio duplo: 
Colocação do primeiro fio cuja finalidade é manter o afastamento gengival após a 
remoção do segundo fio, além de auxiliar no controle do fluido gengival. Esse deve ficar 
abaixo do término do preparo 
 24 
O Segundo fio de maior diâmetro é introduzindo mantendo no nível do término, e tem a 
finalidade de promover afastamento lateral da gengiva 
000 ao redor de toda gengiva e depois o 00 
Se o tecido gengival tiver profundidade de sulco maior e acomodar o 0, devemos utilizar 
este ao invés do 00 
O fio mais fino permanece no sulco porque quando remove o 000 pode causar 
sangramento 
Colocar o leve e molda, se o 000 vir junto não precisacortar do molde 
O fio deve ficar no espaço, se ele desaparecer não está afastando 
Usamos quando tem sangramento ou gengiva muito espessa com sulco gengival muito 
profundo 
 
Passo a passo: 
à Cortar o fio e deixar no pote dappen com hemostático 
à Colocar o fio em cima da gaze para remover o excesso para não causar queimadura, 
o que poderia gerar retração gengival 
à Secar o dente, colocar o fio, secar e remover o isolamento relativo para colocar a 
moldeira 
 
Por que o afastamento gengival é importante? Para enxergar a saia porque no gesso 
ela indica a separação do dente e gengiva. É importante observar o término gengival e 
a saia 
 
5. Moldagem 
5.1) Técnicas de moldagem: 
» Com fio retrator: 
Técnica do reembasamento: elastômeros 
Realizar uma moldagem preliminar com material pesado para em seguida usar a 
segunda moldagem com material de consistência mais fluida 
A área aliviada do molde é coberta com uma fina camada de material, a seringa é 
carregada e o fio de afastamento é removido e injeta-se o material com movimentos 
circulares preenchendo todo o sulco gengival e dentes separados. 
Em seguida leva a moldeira em posição 
Enquanto injeta o material no interior do sulco gengival, a auxiliar preencha a moldeira 
com o restante do material fluido 
Após a polimerização faz-se a remoção da moldeira e o molde é lavado a seco com 
jatos de ar 
Com siliconas de condensação deve ser vazado imediatamente e com siliconas de 
adição deve-se esperar 1 hora 
 
Técnica da dupla mistura: 
Técnica de um tempo porque os materiais leve e pesado são manipulados e usados 
simultaneamente 
O leve é colocado na seringa e injetado no sulco gengival, e a moldeira preenchida com 
o pesado é levada à boca forçando o material fluido a entrar dentro do sulco gengival 
Após a remoção do fio de retração faz a manipulação do material pesado que é levado 
à moldeira e é aplicado por cima o material leve que também é colocado sobre os dentes 
preparados 
 25 
 
» Sem fio retrator: 
• Técnica de obtenção do casquete individual através de modelo de gesso: 
Método mecânico de afastamento gengival não traumático ao periodonto de proteção 
Utiliza casquete de resina acrílica com alívio interno e reembasado na região cervical, 
promovendo afastamento sem ação de meios físicos e químicos 
Os casquetes são confeccionados diretamente sobre modelos de gesso, obtidos a partir 
de uma moldagem preliminar com alginato ou através das coroas provisórias 
o Delimita-se com grafite uma linha contínua entre a junção do térmico cervical 
com paredes axiais em volta de todos os dentes preparados 
o A partir dessa linha, toda superfície é recoberta com cera para promover alívio 
uniforme que será preenchido com material de moldagem 
o Término cervical é isolado com vaselina sólida e recoberto com resina acrílica, 
deixando maior espessura V-L para facilitar a manipulação 
o Após polimerização, desgastam-se os excessos externos com discos de lixas, 
dando ao casquete a forma arredondada. 
Termina o preparo à moldagem com alginato à vazamento com gesso não especial à 
alívio em cera deixando exposto o término cervical à não fica além do término à 
vaselina sólida à resina acrílica por cima à leva no término cervical para empurrar a 
resina para dentro do sulco à realizar a sainha à remove excesso fora do término 
cervical e para dentro do casquete 
Era muito usado porque antes o fio retrator era muito grosso e devido adrenalina que 
era contra-indicada em alguns pacientes 
Os fios atuais são macios e com a espátula adequada não traumatiza como o casquete 
Moldar o dente com o casquete em posição, é uma moldeira individual. 
Devemos passar o adesivo no casquete para que tenha adesão no material de 
moldagem 
Moldar com alginato depois 
• Técnica de obtenção do casquete individual através de coroas provisórias 
Não exige obtenção de modelo de gesso para confecção 
Por já estar adaptado as margens, facilita o processo de reembasamento cervical 
Faz a limpeza das coroas provisórias à preenche com alginato um pote dappen e as 
coroas devem ser preenchidas com alginato e introduzidas no pote dappen, deixando 
as faces incisais visíveis à coroas removidas e o molde é preenchido com resina até 
as faces incisais/oclusais com ligeiro excesso para facilitar manuseio à as réplicas são 
removidas e procede a remoção dos excessos e acabamento à alívio interno com broca 
sem desgastar as margens 
• Reembasamento dos casquetes 
Os dentes preparados devem ser isolados com vaselina e a resina é levada sobre o 
término cervical 
A resina fluida é depositada em toda volta do término cervical, introduzindo para dentro 
do sulco gengival 
O casquete é posicionado quando a resina perde o brilho 
Com instrumento de ponta romba, na fase plástica, pressiona o excesso de resina para 
o interior do sulco para maior afastamento e reprodução dos detalhes 
Movimentar o casquete enquanto há polimerização da resina, deslocando-o e voltando 
a sua posição original para evitar retenção mecânica 
 26 
Após remoção do casquete, analisa todo o término cervical reembasado, verificando a 
nitidez de toda margem e um excesso, chamado vulgarmente de saia, que é o 
responsável pelo afastamento do tecido gengival 
Os excessos internos e externos são removidos 
• Moldagem: 
Independente do material que será usado é necessário aplicar o adesivo próprio em 
toda superfície interna e 2mm externamente 
Os materiais mais usados nessa técnica são os polissulfetos ou o poliéter 
Os materiais de moldagem, especialmente para esta técnica, são hidrófobos e então 
após a remoção do fio o dente preparado deve estar seco 
O casquete é preenchido com material de moldagem e o casquete é posicionado sobre 
o dente lentamente para evitar incorporação de bolhas 
Certificar que houve extravasamento do material de moldagem 
• Moldagem com alginato: 
Se o alginato não conseguir remover o casquete, eles terão que ser removidos 
individualmente e posicionados corretamente no interior do molde 
 
5. Desinfecção: 
Glutaraldeído: polissulfeto e silicone 
Hipoclorito: alginato, silicone e poliétes 
• Lavar em água corrente, remover excesso de água 
• Colocar em cuba de vidro ou plástico contendo desinfetante 
• Deixar imerso por 10 minutos 
• Lavar em água corrente abundantemente 
• Secar 
Para o alginato e poliéter que absorvem água, o hipoclorito deve ser borrifado sobre a 
superfície do molde, coberto com papel toalha umedecido e mantido em recipiente 
plástico 
 
5. Vazagem de gesso: 
Modelo de trabalho: é uma cópia fiel dos dentes preparados e tecidos vizinhos. Deve 
permitir acesso à área cervical dos dentes preparados para execução correta dos 
procedimentos laboratoriais de enceramento e selamento marginal, mantendo o 
relacionamento espacial vertical e horizontal dos dentes preparados em relação aos 
dentes vizinhos e antagonistas 
Por isso os troqueis devem ser individualizados e articulados, podendo ser removidos e 
recolocados no modelo de trabalho, mantendo assim suas relações oclusais e de 
contato com os dentes adjacentes. 
Os troqueis devem apresentar as características: 
o Feitos de material duro, resistente e estável 
o Permitir reprodução precisa do preparo, incluindo as suas margens 
o Devem ser facilmente removidos e reinseridos no modelo de trabalho 
o Devem permitir que as margens do preparo sejam recortadas 
o Devem permitir que as margens sejam demarcadas com lápis crayon 
O gesso deve estar cremoso, quanto mais mole mais água tem e menos gesso terá, 
portando, a chance de dar bolha e quebrar é muito maior 
• Fidelidade de detalhes 
• Isento de bolhas 
 27 
• Expansão de presa mínima 
• Resistência 
Técnicas de obtenção de troqueis individualizados: 
1. Com pinos metálicos: 
» Colocação de alfinetes: 
Sobre o molde de cada dente preparado colocamos dois alfinetes de cabeça, 
trespassando o material de moldagem de vestibular para lingual ou palatino, distantes 
cerca de 3mm um do outro 
» Colocação dos pinos para troquel 
Ospinos plásticos devem ser evitados devido à sua pouca resistência, pois deformam 
e fraturam quando a separação dos troqueis exige maior força 
os pinos metálicos são os mais indicados 
Podem ser encontrados em três tamanhos: 
 Pequenos: finos e indicados para os incisivos anteriores inferiores 
 Médios: caninos, pré-molares e incisivos centrais superiores 
 Grandes: mais resistentes e volumosos, indicados para dentes de diâmetros maiores 
como os molares 
O pino metálico é fixado entre os alfinetes com cera pegajosa ou superbond, de modo 
que sua extremidade retentiva permaneça cerca de 2mm das bordas do preparo 
Quando o molde apresentar vários dentes preparados, os pinos devem ser posicionados 
mantendo uma relação de paralelismo entre eles, para facilitar a remoção dos troqueis 
sem desgastar as faces proximais dos dentes vizinhos, o que comprometeria a 
reprodução dos pontos de contato e inclusive a forma anatômica do retentor 
» Vazamento do gesso especial: 
O gesso indicado é o tipo IV porque possui características superiores aos demais 
gessos 
Inicia o vazamento do molde pelo lado mais próximo aos dentes preparados, fazendo 
que o gesso escoe de distal para mesial em um único sentido, prestando atenção para 
que não ocorra formação de bolhas de ar 
Acrescenta-se gesso apenas na região correspondente aos dentes e até cobrir as 
extremidades retentivas dos pinos metálicos sem atingir os alfinetes 
O gesso deve ter textura lisa e uniforme e deve estar limitado a região dos dentes, não 
se estendendo a região do palato ou lingual 
Quando iniciar a presa inicial, retenções feitas no próprio gesso ou de metal (fio de orto) 
são fixados no gesso para permitir a união com gesso pedra que será vazado em 
seguida. As retenções devem ser colocadas a distal e mesial dos pinos metálicos, assim 
como entre eles 
» Vazamento do gesso pedra 
Removem-se os alfinetes, e caso o gesso tenha coberto os alfinetes, as irregularidades 
deixadas após a sua remoção devem ser uniformizadas. 
Após isolar com vaselina o gesso tipo IV, na região dos dentes preparados espatula-se 
uma quantidade suficiente de gesso pedra que será vazado sobre o primeiro. 
As extremidades dos pinos metálicos não devem ser cobertas pelo gesso para facilitar 
a remoção dos troqueis do modelo 
 
Montagem do modelo de trabalho: 
Após a obtenção do modelo de trabalho e do modelo antagonista, deve-se observar se 
os modelos apresentam estabilidade oclusal. Para isso, é necessária a presença de 
 28 
pelo menos três contatos oclusais: um em cada hemi-arco posterior e um na região 
anterior, independentemente da presença dos dentes preparados 
Em casos que não existe estabilidade, devem-se criar referências nos dentes 
preparados que auxiliem na montagem do modelo de trabalho, seja inferior ou superior, 
na dimensão vertical de oclusão e na posição de trabalho selecionada 
Para essa finalidade indica-se a confecção de casquetes de resina acrílica nos dentes 
preparados, os quais promoverão contatos com os dentes antagonista, possibilitando a 
obtenção de no mínimo três pontos para articulação do modelo 
Os casquetes são confeccionados sobre os dentes preparados no modelo de trabalho 
e não devem atinfir a região dos términos. Recomenda-se que esta etapa seja realizada 
antes do recorte dos troqueis, pois podem apresentam micromovimentos após esse 
procedimento e interferir na escultura correta da oclusão 
Após definida a posição de trabalho, os registros oclusais para montagem do modelo 
de trabalho em ASA podem ser realizados nas seguintes condições: 
• Prótese unitária 
• Prótese fixa unilateral 
• Próteses fixas bilaterais 
• Próteses fixas superior e inferior no mesmo lado da boca 
• Reabilitação oral 
1) Prótese unitária: 
Se o paciente possui a maior parte dos dentes em oclusão (estabilidade oclusal 
adequada), a MIH é a posição de escolha. 
Articulação dos modelos superior e inferior sem o registro, o que gera uma montagem 
seguramente na DVO correta, compensando a limitação do eixo de rotação. 
2) Prótese fixa unilateral: 
Quando a prótese fixa está sendo confeccionada em um quadrante e o outro lado 
apresenta-se estável, o registro intermaxilar é necessário para estabilizar os modelos. 
A MIH é a posição de trabalho desde que o paciente não apresente patologias de 
oclusão. 
O registro é feito com casquetes de resina duralay e confeccionados sobre os dentes 
preparados do modelo de trabalho, sem atingir a área cervical e com a superfície oclusal 
apresentando espaço mínimo entre o dente e o antagonista. Uma pequena quantidade 
de resina é colocada sobre o casquete e a cúspide do dente antagonista, reproduzindo 
a endentação na mesma. Uma marca mais rasa possível deve ser feita (apenas ponta 
de cúspide) entre os dentes para permitir total assentamento do gesso na montagem. 
Após a polimerização da resina, o casquete é transferido para o modelo para auxiliar na 
montagem no articulador. 
3) Próteses fixas bilaterais: 
Frequentemente a posição de RC é utilizada devido ao fato de que os dentes pilares 
estão preparados e por não ter estabilidade em MIH. Assim, é necessário ajuste oclusal 
nos dentes remanescentes para que se eliminem as interferências oclusais e obtenha-
se coincidências de posição dentária e condilar (ORC). A ORC já deve ter sido definida 
na fase de enceramento diagnóstico para avaliar nova posição e aspectos estéticos e 
funcionais durante a fase das coroas provisórias. 
A partir do momento em que se tem a posição de ORC não se tem mais contatos 
prematuros, dessa forma, a mesma técnica empregada em MIH é válida. Assim, 
removem-se as coroas provisórias de um lado e faz-se registros com casquetes de 
resina. Após a polimerização repete-se do outro lado. 
 29 
4) Próteses fixas superiores inferior no mesmo quadrante da boca: 
Se tiver estabilidade oclusal dos dentes do lado oposto opta-se também pelo registro 
em MIH. 
Como é necessário registro de dentes preparados contra dentes também preparados 
se sugere que construam cones de resina acrílica nos casquetes que serão 
posicionados nos dentes em uma das arcadas, com o objetivo de se simularem as 
pontas de cúspides que entrarão em contato com a resina fluida colocada nos casquetes 
nos dentes antagonistas. 
5) Reabilitação oral: 
Posição de trabalho utilizada é ORC. 
Utilizam mesmos princípios de registro com casquetes de resina acrílica, porém deve 
haver cuidado especial para que o registro seja realizado na DVO. 
Para que não ocorra alteração da DVO devemos manter as coroas provisórias em um 
dos lados enquanto se realiza o registro do lado oposto. Após o registro e com os 
casquetes em posição, retiram-se as provisórias do lado oposto e faz-se o registro desse 
lado. Assim, conseguimos transferir o registro de ORC e vertical em DVO para o 
articulador da maneira mais fiel possível. 
 
ESTÉTICA ORAL NATURAL 
Feito por Luara Freitas 
§ Considerações gerais 
Tanto a estética dental como a gengival atuam em conjunto para proporcionar um 
sorriso com harmonia e equilíbrio; 
Um defeito nos tecidos circundantes não pode ser compensado através da qualidade 
da restauração e vice-versa; 
Critérios fundamentais objetivos: 
1. Saúde gengival 
2. Fechamento interdental 
3. Eixo dental 
4. Limite do contorno gengival 
5. Equilíbrio do triangulo gengival 
6. Nível de contato interdental 
7. Dimensões dentais relativas 
8. Características básica da forma 
dental 
9. Caracterização dental 
10. Textura da superfície 
11. Cor 
12. Configuração da borda incisiva 
13. Linha de sorriso baixa 
14. Simetria de sorriso 
 
§ Critérios subjetivos (integração estética) 
Variações na forma dental 
Arranjo e posicionamento dentais 
Comprimento relativo da coroa 
Espaço negativo 
 30 
 
Critério 1: Saúde gengival 
Os tecidos moles saudáveis devem apresentar: 
- Gengiva livre estendendo-se da margem gengival livre (coronal) ate o sulco 
gengival (apical), com uma superfície rosa e fosca; 
- Gengiva inserida estendendo-se do sulco gengival livre