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SISTEMA DE ENSINO
AFO E ORÇAMENTO 
PÚBLICO
Programação e Execução Orçamentária 
e Financeira
Livro Eletrônico
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Manuel Piñon
Programação e Execução Orçamentária e Financeira
AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO
Apresentação .................................................................................................................3
Programação e Execução Orçamentária e Financeira .....................................................4
1. Planejamento e Programação Orçamentária e Financeira ...........................................4
1.1. Planejamento ............................................................................................................4
1.2. Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal ..................................................5
1.3. Programação Orçamentária e Financeira ............................................................... 10
2. Execução Orçamentária e Financeira .........................................................................17
3. Sistema de Informações .......................................................................................... 28
3.1. Siafi ...................................................................................................................... 30
3.2. CPR – Contas a Pagar e a Receber .........................................................................42
3.3. Siop .......................................................................................................................46
4. Convênios .................................................................................................................49
Resumo ........................................................................................................................53
Mapa Mental .................................................................................................................59
Questões Comentadas em Aula ................................................................................... 60
Questões de Concurso .................................................................................................. 61
Gabarito .......................................................................................................................76
Gabarito Comentado ..................................................................................................... 77
Referências ................................................................................................................ 106
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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Manuel Piñon
Programação e Execução Orçamentária e Financeira
AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO
ApresentAção
Olá, amigo(a) concurseiro(a)!
O nosso objetivo com esta aula é conhecer um pouco mais acerca do planejamento e da 
programação e execução orçamentária e financeira do orçamento público, passando pelo co-
nhecimento dos principais sistemas de informações relacionados e dos convênios.
Contábil
Prestação de 
Contas do TCE
Programação 
Financeira
Arrecadação
Reserva de 
Dotação
Empenhamento
RH e Folha de 
Pagamento
Receitas 
Municipais
PatrimônioCompras e 
Licitações
Controle 
de Frotas
Administração 
de Material
Integração
Cronograma de 
Desembolso
Ordens de 
Pagamento
Liquidação
Execução Orçamentária
PPA
Orçamento
LDO
Pl
an
ej
am
en
to
Eventos
Geração
Como disse Thomas Edison: ”Gênio é 1% inspiração e 99% transpiração”.
Então, vamos TRANSPIRAR, entendendo a teoria e depois resolvendo juntos muitas ques-
tões para fixarmos o que aprendemos!
Boa aula!
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Programação e Execução Orçamentária e Financeira
AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO
PROGRAMAÇÃO E EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E 
FINANCEIRA
1. plAnejAmento e progrAmAção orçAmentáriA e FinAnceirA
1.1. plAnejAmento
A etapa do planejamento, que ocorre antes da execução, compreende a fixação da despe-
sa orçamentária, a descentralização/movimentação de créditos, a programação orçamentá-
ria e financeira, bem como o processo de licitação e contratação.
Hoje vamos conhecer a programação orçamentária e financeira e a descentralização/mo-
vimentação de créditos e recursos.
Obs.: � interessante não confundir a execução do orçamento com a execução da despesa!
A descentralização do crédito orçamentário não é execução da despesa, mas o seu pla-
nejamento, que integra no ciclo orçamentário a fase de execução orçamentária. Quando es-
tudarmos as fases da despesa, isso ficará claro.
A LOA é organizada na forma de créditos orçamentários e suas respectivas dotações or-
çamentárias. Assim, o crédito orçamentário é composto pelo conjunto de categorias clas-
sificatórias e contas que especificam as ações e operações autorizadas na LOA, enquanto 
a dotação é o montante de recursos financeiros com que conta o crédito orçamentário. Em 
outras palavras, podemos dizer que, para um crédito orçamentário, temos uma dotação, que 
é o limite de recurso financeiro autorizado para aquele crédito.
A ideia básica é que as dotações são confiadas diretamente a um Órgão qualquer, cujo di-
rigente é o titular da responsabilidade pela execução e que, por sua vez, é subdividido em 
Unidades Orçamentárias, às quais caberá a execução das despesas. Já a fiscalização fica a 
cargo de um órgão específico normalmente denominado órgão setorial de controle interno.
Importante ter em mente que os recursos orçamentários seguem o ciclo orçamentário em 
sentido amplo, que abrange as etapas do planejamento ao controle, passando pela elabora-
ção e a própria execução da lei orçamentária anual.
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Programação e Execução Orçamentária e Financeira
AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO
Em verdade, o ciclo orçamentário, também chamado de processo orçamentário, pode ser 
definido como um processo contínuo, dinâmico e flexível, por meio do qual se elaboram, apro-
vam, executam, controlam e avaliam os programas do setor público nos aspectos físico e 
financeiro. É o período de tempo em que se processam as atividades típicas do orçamento 
público.
Graficamente, o ciclo orçamentário tem a seguinte forma:
Planejamento
Execução
Controle Elaboração
Em apertada síntese, o planejamento reflete a tentativa do administrador público de rece-
ber e compreender corretamente as demandas da sociedade, estimar a capacidade de reco-
lhimento de recursos financeiros e alocar os recursos limitados às ações prioritárias. Numa 
última etapa, o Poder Público fiscalizaria e controlaria os gastos efetuados a fim de verificar 
a acuidade da programação.
A própria Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) destaca a importância da integração entre 
o planejamento e a execução orçamentário-financeira ao estabelecer, no artigo 5º, que o pro-
jeto de lei orçamentária anual deve ser elaborado de forma compatível com o plano plurianual, 
com a lei de diretrizes orçamentárias e com a própria LRF, e deverá conter, em anexo próprio, 
demonstrativo da compatibilidadeda programação dos orçamentos com os objetivos e me-
tas constantes do Anexo de Metas Fiscais.
1.2. sistemA de plAnejAmento e de orçAmento FederAl
O Sistema de planejamento e de orçamento federal, assim como os sistemas de admi-
nistração financeira federal, de contabilidade federal e de controle interno do Poder Executivo 
Federal são regulados e organizados pela Lei 10.180/2001.
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AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO
Sistema de 
Planejamento e de 
Orçamento Federal – 
Lei n. 10.180/2001
Formular o planejamento estratégico 
nacional
Formular planos de desenvolvimento 
econômico e social
Formular
Gerenciar o processo de planejamento e 
orçamento federal
Promover articulação para 
compatibilização de normas e tarefas 
afins, entre:
Nacional
Setorial (Poderes)
RegionaisPPA
Orçamento anual
Diretrizes orçamentárias
Estado
Municípios
DF
FINALIDADE
Planos, programas e orçamentos
Estudos e pesquisa socioeconômica
Elaboração
Acompanhamento
AvaliaçãoATIVIDADES
MPOG - Órgão Central
Órgãos Setoriais Unidades de planejamento e orçamento
Órgãos Específicos Vinculados ou subordinados ao Órgão Central
Ministérios
AGU
Vice-Presidência
Casa Civil
INTEGRANTES
Do ponto de vista administrativo, o planejamento representaria a tentativa do adminis-
trador público de receber e compreender corretamente as demandas da sociedade, estimar a 
capacidade de recolhimento de recursos financeiros e alocar os recursos limitados às ações 
prioritárias.
Importante registrar que o Sistema de Planejamento e Orçamento Federal, que tinha o 
MPOG - Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (que foi absorvido pelo Ministério 
da Economia) - como órgão central, compreende as atividades de elaboração, acompanha-
mento e avaliação de planos, programas e orçamentos, e de realização de estudos e pesqui-
sas socioeconômicas.
Além do órgão central, integram o sistema os órgãos setoriais, que são as unidades de 
planejamento e orçamento dos Ministérios, da Advocacia-Geral da União, da Vice-Presidência e 
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da Casa Civil da Presidência da República, e os órgão específicos vinculados ao órgão central 
do sistema.
Ministério do Planejamento, 
Orçamento e Gestão – MP
Órgão Vinculados ou 
Subordinados ao MP
Sistema de Planejamento e Orçamentário Federal
ESTRUTURA DE FUNCIONAMENTO
Órgão Central
Órgão Setorial Órgãos Específicos
Unidades Orçamentárias
Unidades de Planejamento e 
Orçamentário nos Municípios, 
AGU, VPR e CCPR
Unidades com conjunto de 
serviços atribuídos ao Órgão 
que tenha dotação própria
No artigo 2º da Lei 10.180/2001, são dispostas as finalidades do Sistema de Planejamen-
to e de Orçamento Federal:
• Formular o planejamento estratégico nacional.
• Formular planos nacionais, setoriais e regionais de desenvolvimento econômico e so-
cial.
• Formular o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais.
• Gerenciar o processo de planejamento e orçamento federal.
• Promover a articulação com os estados, o Distrito Federal e os municípios, visando à 
compatibilização de normas e tarefas afins aos diversos Sistemas, nos planos federal, 
estadual, distrital e municipal.
No âmbito do artigo 5º da Lei 10.180/2001, ganha força a autonomia administrativa e fi-
nanceira presente no artigo 99 da CF/88, mas essa autonomia não é ilimitada. Confira:
Art. 5º Sem prejuízo das competências constitucionais e legais de outros Poderes, as unidades 
responsáveis pelos seus orçamentos ficam sujeitas à orientação normativa do órgão central do 
Sistema.
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Já o artigo 7º da Lei 10.180/2001 dispõe acerca das competências do Sistema de Plane-
jamento e de Orçamento Federal no âmbito do PLANEJAMENTO:
• Elaborar e supervisionar a execução de planos e programas nacionais e setoriais de 
desenvolvimento econômico e social;
• Coordenar a elaboração dos projetos de lei do plano plurianual e o item metas e prio-
ridades da Administração Pública Federal, integrante do projeto de lei de diretrizes or-
çamentárias, bem como de suas alterações, compatibilizando as propostas de todos 
os Poderes, órgãos e entidades integrantes da Administração Pública Federal com os 
objetivos governamentais e os recursos disponíveis;
• Acompanhar física e financeiramente os planos e programas referidos nos itens acima, 
bem como avaliá-los, quanto à eficácia e efetividade, com vistas a subsidiar o processo 
de alocação de recursos públicos, a política de gastos e a coordenação das ações do 
Governo;
• Assegurar que as unidades administrativas responsáveis pela execução dos progra-
mas, projetos e atividades da Administração Pública Federal mantenham rotinas de 
acompanhamento e avaliação da sua programação;
• Manter sistema de informações relacionado a indicadores econômicos e sociais, assim 
como mecanismos para desenvolver previsões e informação estratégica sobre tendên-
cias e mudanças no âmbito nacional e internacional;
• Analisar e avaliar os investimentos estratégicos do Governo, suas fontes de financia-
mento e sua articulação com os investimentos privados, bem como prestar o apoio 
gerencial e institucional à sua implementação;
• Realizar estudos e pesquisas socioeconômicas e análises de políticas públicas;
• Estabelecer políticas e diretrizes gerais para a atuação das empresas estatais, as quais 
são consideradas, para efeito deste item, as sociedades de economia mista, suas sub-
sidiárias e controladas e demais empresas em que a União, direta ou indiretamente, 
detenha a maioria do capital social com direito a voto.
Por seu turno, o artigo 8º da Lei 10.180/2001 dispõe acerca das competências do Sistema 
de Planejamento e de Orçamento Federal no âmbito do ORÇAMENTO:
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Programação e Execução Orçamentária e Financeira
AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO
• Coordenar, consolidar e supervisionar a elaboração dos projetos da lei de diretrizes or-
çamentárias e da lei orçamentária da União, compreendendo os orçamentos fiscal, da 
seguridade social e de investimento das empresas estatais;
• Estabelecer normas e procedimentos necessários à elaboração e à implementação dos 
orçamentos federais, harmonizando-os com o plano plurianual;
• Realizar estudos e pesquisas concernentes ao desenvolvimento e ao aperfeiçoamento 
do processo orçamentário federal;
• Acompanhare avaliar a execução orçamentária e financeira, sem prejuízo da compe-
tência atribuída a outros órgãos;
• Estabelecer classificações orçamentárias, tendo em vista as necessidades de sua har-
monização com o planejamento e o controle;
• Propor medidas que objetivem a consolidação das informações orçamentárias das di-
versas esferas de governo.
Assim, a execução orçamentária deve estar atrelada a um processo eficaz de planejamen-
to e não deixa de ser um instrumento de políticas públicas.
Nesse sentido, em um contexto de recursos escassos e necessidades humanas ilimita-
das, ou seja, em ambiente de restrições, é fundamental otimizar o uso dos recursos por meio 
de boas práticas de planejamento integradas ao acompanhamento e controle da execução 
financeiro-fiscal.
Nessa toada, a integração do planejamento à execução orçamentário-financeira, em es-
pecial por meio da programação financeira de gastos e arrecadações, ganha enorme impor-
tância, de modo a atender à necessidade de se controlar a execução financeira por meio de 
sistema de informações como forma de incrementar a transparência pública.
As informações obtidas pela fiscalização e controle dos gastos públicos, nas quais esta-
rão destacadas as falhas e os méritos do planejamento vigente, irão orientar no planejamento 
para o exercício subsequente.
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Programação e Execução Orçamentária e Financeira
AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO
1.3. progrAmAção orçAmentáriA e FinAnceirA
Tenha em mente que a programação orçamentária e financeira nada mais é do que a 
adaptação do fluxo dos pagamentos ao fluxo dos recebimentos, de modo que a despesa fixa-
da seja “adaptada” ao resultado da arrecadação do ente.
Nessa linha de raciocínio, a mencionada programação visa customizar a velocidade de 
execução do orçamento ao fluxo de recursos financeiros, de modo a garantir a execução dos 
programas anuais de trabalho, realizados por meio do Sistema Integrado de Administração 
Financeira do Governo Federal – Siafi -, com base nas diretrizes e regras estabelecidas pela 
legislação vigente.
O Siafi é o principal instrumento de registro, acompanhamento e controle da execução 
orçamentária, financeira e patrimonial do Governo Federal. Guarde que as diretrizes gerais da 
programação financeira da despesa autorizada na LOA são fixadas em Decreto.
Nesse contexto, merece menção destacada a previsão no artigo 47 da Lei 4.320/1964, de 
que, logo depois de promulgada a LOA, baseada nos limites nela fixados, o Poder Executivo 
deve aprovar um quadro de cotas trimestrais da despesa que cada unidade orçamentária pode 
usar, sendo que essas cotas trimestrais podem ser modificadas durante o ano em função, por 
exemplo, das oscilações na receita pública.
Quem aprova a LOA é o Poder Legislativo, mas é o Poder Executivo quem aprova o quadro 
de cotas trimestrais logo após a promulgação da LOA e com base nos limites nela fixados. 
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Programação e Execução Orçamentária e Financeira
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Assim, cabe ao Poder Executivo aprovar um quadro de cotas trimestrais da despesa que cada 
unidade orçamentária fica autorizada a gastar.
O objetivo de se fixar essas cotas trimestrais é assegurar às unidades orçamentárias, 
tempestivamente, recursos necessários e suficientes a melhor execução do seu programa 
anual de trabalho, equilibrando receita arrecadada e a despesa realizada, para evitar eventu-
ais insuficiências de caixa.
Além disso, tenha mente que as cotas trimestrais podem ser alteradas durante o exercício, 
mas, claro, respeitando limite da dotação orçamentária.
Guarde ainda que, além dos créditos orçamentários previstos na LOA, a programação da 
despesa orçamentária abarca ainda os créditos adicionais e as operações extraorçamentárias.
A LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal - melhorou ainda mais essa ferramenta orçamentária 
ao determinar que a elaboração da programação financeira e do cronograma mensal de de-
sembolso ocorra no prazo de 30 dias após a publicação da LOA. Veja o seu artigo 8º da LRF 
com grifos nossos:
Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de di-
retrizes orçamentárias e observado o disposto na alínea c do inciso I do art. 4º, o Poder Executivo 
estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso.
Ainda nesse artigo, a LRF ordena que os recursos legalmente vinculados à finalidade es-
pecífica devem ser usados somente para atender ao objeto de sua vinculação, mesmo que 
em exercício diferente daquele em que ocorrer o ingresso. Mentalize recurso vinculado como 
sendo aquele que possui destinação obrigatória a determinada despesa e, assim, a LRF dis-
põe que, se é recurso vinculado, continuará vinculado, mesmo que em exercício financeiro 
diverso daquele em que tenha ocorrido o ingresso.
Nessa pegada, após a LOA ter sido aprovada e sancionada, o Quadro de Detalhamento da 
Despesa (QDD) será definido como sendo um instrumento que detalha, em nível operacional, 
os subprojetos e subatividades constantes da lei orçamentária anual, especificando as Unidades 
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Programação e Execução Orçamentária e Financeira
AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO
Orçamentárias de cada órgão, fundo ou entidades dos orçamentos fiscal e da seguridade so-
cial, especificando, para cada categoria, a fonte de recursos, a categoria econômica, o grupo 
de despesa e a modalidade de aplicação.
Obs.: � é o ponto de partida para a execução orçamentária.
Importante guardar que Executar o Orçamento é, em verdade, arrecadar receitas e realizar 
as despesas públicas nele previstas, seguindo aqueles três estágios da execução das despe-
sas previstos na Lei n. 4320/64: empenho, liquidação e pagamento.
Aqui entra em cena aquela ferramenta usada para limitação dos gastos do Governo Fede-
ral, o famoso “Decreto de contingenciamento dos gastos”, que na mais é do que o Decreto de 
Programação Orçamentária e Financeira juntamente com a Portaria Interministerial que de-
talha os valores autorizados para movimentação e empenho e para pagamentos no decorrer 
do exercício, tendo como suporte legal, além da Lei 4.320/64 e da LRF, as LDOs de cada ano.
Programação Financeira: a Programação Financeira, para que seja bem elaborada, exige 
profundo conhecimento técnico de finanças e do comportamento da arrecadação dos tribu-
tos que compõem a receita, além, é claro, da própria estrutura do Estado.
A programação financeira é aprovada até 30 dias após a publicação dos orçamentos:
• metas bimestrais de arrecadação;
• programação financeira e o cronograma da execução mensal de desembolso (LRF, arts. 
8 e 13, caput).
Importante registrar ainda que, como a entrada das receitas arrecadadas dos contribuin-
tes nem sempre coincide, temporalmente, com as necessidades de realização de despesas 
públicas, existe um conjunto deatividades que têm o objetivo de ajustar o ritmo da execução 
do orçamento ao fluxo provável de entrada de recursos financeiros que vão assegurar a rea-
lização dos programas anuais de trabalho e, consequentemente, impedir eventuais insufici-
ências de tesouraria. A esse conjunto de atividades chamamos de Programação Financeira.
Um resumo sistematizado da programação financeira.
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Programação e Execução Orçamentária e Financeira
AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO
Programação Financeira
MF
STN
Órgão central
Disposição dos recursos $ aos 
órgãos setoriais em suas contas-
correntes do BB (S\A)
Órgão setorial
Secretaria de Administração 
Geral dos Ministérios Civis e 
órgãos equivalentes da PR e dos 
Comandos Militares
*Transferência de recursos 
$ entre órgão de estruturas 
administrativas diferentes
UG: UC ou UA
Movimentação interna de 
recursos $ realizada pela 
OSPF
MIN. “A”
Órgão
Setorial
MIN. “A”
UG
MIN. “B”
Órgão
Setorial
MIN. “B”
UG
COTA(OB)COTA(OB)
SUB-REPASSE
(OB)
SUB-REPASSE
(OB)
REPASSE (OB)
Importante destacar que a programação financeira se realiza em três níveis distintos, 
existindo uma hierarquia entre eles:
• Secretaria do Tesouro Nacional – STN -, o órgão central;
• Subsecretarias de Planejamento, Orçamento e Administração – SPOAs (ou equivalen-
tes, os chamados órgãos setoriais de programação financeira – OSPF);
• Unidades Gestoras Executoras (UG).
Nessa toada, podemos ver que quem realmente recebe a descentralização do órgão cen-
tral é o órgão setorial que pode descentralizar ainda para a UG, ou seja, quem realiza as des-
centralizações são o órgão central e o órgão setorial.
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Programação e Execução Orçamentária e Financeira
AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO
A UG – Unidade Gestora - é uma UO - Unidade Orçamentária - ou uma UA - Unidade Ad-
ministrativa - investida do poder de gerir recursos orçamentários e financeiros, próprios ou 
descentralizados.
UO - Unidade Orçamentária - tem dotação consignada diretamente na LOA.
UA - Unidade Administrativa - não tem dotação diretamente na LOA, sendo dependente, por-
tanto, de uma UO, que descentraliza o crédito para ela.
Após a LRF e seu foco nas metas fiscais e do maior controle sobre os gastos públicos, 
tanto para equilibrar os orçamentos, como para indicar transparência dos compromissos go-
vernamentais com a dívida pública, de modo a fomentar e manter expectativas claras e ob-
jetivas, a administração pública buscou melhor programar financeiramente a execução das 
suas despesas.
Esse processo atende a dispositivos legais que exigem o pronto conhecimento e correção 
das discrepâncias entre receita e despesas primárias, bem como monitora o cumprimento 
das metas de resultado estabelecidas para determinado exercício, projetando ainda seu com-
portamento para os dois subsequentes.
Questão 1 (CESPE/TRE-PI/ANALISTA/2016) Julgue a assertiva abaixo:
A programação financeira é um instrumento que foi introduzido pela LRF.
Errado.
Na verdade, já existia essa previsão no artigo 47 da Lei 4.320/1964.
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A LRF APENAS melhorou ainda mais essa ferramenta orçamentária ao determinar que a ela-
boração da programação financeira e do cronograma mensal de desembolso ocorram no pra-
zo de 30 dias após a publicação da LOA.
Infelizmente, a programação financeira é usualmente submetida à vontade política do go-
verno, já que o orçamento é uma lei autorizativa (não obriga, apenas autoriza a execução dos 
programas de trabalho nela contidos).
Na prática, a execução do orçamento deve estar atrelada ao real ingresso de recursos, ou 
seja, à medida que os recursos financeiros vão ingressando nos cofres do governo, eles são 
liberados para os órgãos setoriais das secretarias, baseados na programação financeira des-
tes para a execução dos seus programas de trabalho.
Nessa pegada, acaba ficando a critério do Governo executar este ou aquele projeto, sem 
obedecer a qualquer hierarquia orçamentária.
Questão 2 (CESPE/MPU/ANALISTA/2015) Julgue o item que se segue, a respeito do plano 
plurianual (PPA).
A programação financeira tem o objetivo de ajustar o ritmo de execução do PPA ao fluxo pro-
vável de recursos financeiros, de modo a executar os programas de trabalho.
Errado.
Na verdade, a Programação Financeira compreende um conjunto de atividades com o objetivo 
de ajustar o ritmo de execução do orçamento ao fluxo provável de recursos financeiros.
Assim, por meio da programação financeira, garante-se a execução dos programas anuais 
de trabalho, realizados por meio do Siafi, com base nas diretrizes e regras estabelecidas pela 
legislação vigente.
Não custa lembrar que, depois da sanção presidencial à LOA, o Poder Executivo, mediante de-
creto, estabelece em até trinta dias a programação financeira e o cronograma de desembolso 
mensal por órgãos, observadas as metas de resultados fiscais dispostas na LDO.
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AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO
Guarde que a Programação Financeira se realiza em três níveis distintos, sendo a STN o seu 
órgão central, contando ainda com a participação das Subsecretárias de Planejamento, Orça-
mento e Administração (ou equivalentes os órgãos setoriais - OSPF) e as Unidades Gestoras 
Executoras (UGE).
Guarde ainda que é de competência da STN estabelecer as diretrizes para a elaboração e for-
mulação da programação financeira mensal e anual, bem como a adoção dos procedimentos 
necessários à sua execução. Aos órgãos setoriais competem a consolidação das propostas 
de programação financeira dos órgãos vinculados – UGE - e a descentralização dos recursos 
financeiros recebidos do órgão central. Às Unidades Gestoras Executoras cabem a realização 
da despesa pública nas suas três etapas, ou seja: o empenho, a liquidação e o pagamento.
Diante do exposto, podemos concluir que a questão está falsa ao afirmar que é para ajustar 
o fluxo do PPA.
Importante informar ainda que, como cada secretaria ou órgão tem um prazo determinado 
para a elaboração de seu próprio cronograma de desembolsos, que reflete as saídas de re-
cursos financeiros, a Secretaria de Tesouro, ou correspondente Estadual, Distrital ou Munici-
pal, deve consolidar e aprovar toda a programação financeira de desembolso para o governo, 
procurando ajustar as necessidades da execução do orçamento ao fluxo de caixa do Tesouro 
(despesas e receitas), a fim de obter um fluxo decaixa mais de acordo com a política fiscal e 
monetária do governo.
Todo esse processo, em realidade, ocorre dentro de sistema informatizado, sendo tarefa 
de cada Unidade Gestora (UG) elaborar sua programação financeira e submetê-la ao seu ór-
gão setorial de programação.
O órgão, por sua vez, deve consolidá-la e submetê-la ao órgão central de programação 
financeira. Dessa forma, o sistema permite um acompanhamento preciso do cronograma de 
desembolso dos recursos financeiros de cada UG e sua execução.
O cronograma de desembolso é parte da programação financeira de desembolso, já que 
representa somente as despesas decorrentes da execução física dos projetos e atividades a 
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cargo dos ministérios ou órgãos, ou seja, espelha a necessidade de recursos financeiros para 
pagamento dessas despesas.
Assim, podemos dizer que a programação financeira é mais abrangente do que o cronograma 
de desembolso, pois ela engloba não só as despesas, mas também os ingressos de receitas 
no caixa do Tesouro.
2. execução orçAmentáriA e FinAnceirA
A execução orçamentária completa-se com a execução financeira. Aquela passa pela pro-
gramação dos recursos financeiros de forma a garantir o atendimento à demanda de recursos 
aos órgãos e entidades da Administração Pública direta e indireta.
Sinteticamente falando, a execução orçamentária é a utilização das dotações dos créditos 
consignados na LOA, enquanto a execução financeira é a utilização de recursos financeiros.
A correta gestão pública, pautada em uma execução orçamentária e financeira eficiente, 
advém da integração coerente entre o que foi planejado e o que será realmente realizado. 
Sendo assim, não há de se falar na alocação de recurso sem ter o entendimento dos conceitos 
de Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei Orçamentária Anual.
A fim de se evitar o comprometimento de recursos orçamentários que poderiam ficar sem 
o correspondente financeiro em virtude de frustração na arrecadação da receita, anualmente 
o Presidente da República tem publicado um decreto de contingenciamento, bloqueando re-
cursos, que passam a não estar disponíveis para empenho até segunda ordem.
Na prática, a execução orçamentária e a execução financeira ocorrem, concomitantemen-
te, por estarem atreladas uma a outra. Se existir orçamento e não houver o financeiro, não 
poderá ocorrer a despesa. De outra parte, pode haver recurso financeiro, mas não se poderá 
gastá-lo, caso não exista disponibilidade orçamentária.
Visando estabelecer, de forma objetiva, inter-relacionamento entre a execução orçamen-
tária e a execução financeira, existe forte integração entre as etapas que compõem os fluxos 
e processos pertinentes.
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Desc.
Externa
RepasseDesc. Externa
Desc. interna
Desc. Interna
Sub-repasse
Repasse Sub-repasse
Cota
STNSOF
UG UGUG UGUG UG
Ministério A Ministério AMinistério B Ministério B Ministério C
Entidade 
Supervisionada
Entidade 
Supervisionada
 Ministério C
ORÇAMENTÁRIO
Descentralização de Crédito
FINANCEIRO
Movimentação de Recurso
Do lado orçamentário, temos a descentralização de crédito; do financeiro, a movimentação de 
recursos. Guarde: crédito para o lado orçamentário e recurso para o lado financeiro. O crédito 
é orçamentário, é uma dotação ou autorização de gasto e recurso é financeiro, dinheiro ou 
saldo de disponibilidade bancária.
Dessa forma, em nível federal, o Ministério do Planejamento (incorporado pelo Ministério 
da Economia), via Secretaria de Orçamento Federal – SOF - é o órgão central responsável pelo 
orçamento, enquanto que o Ministério da Fazenda, via Secretaria do tesouro Nacional – STN 
- é o órgão central responsável pelo financeiro. Registre-se que tanto os créditos orçamentá-
rios quanto os recursos financeiros podem ser movimentados entre unidade gestoras.
Vale destacar que a movimentação de créditos do órgão central de orçamento para os 
órgãos setoriais chama-se dotação, enquanto que a movimentação de recursos do órgão 
central de programação financeira para os órgãos setoriais é chamada cota. A movimentação 
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de crédito entre órgãos distintos denomina-se descentralização externa ou destaque, já a 
movimentação de recursos é conhecida como repasse.
A movimentação de crédito de um órgão para as unidades a ele vinculadas, bem como 
entre elas, denomina-se descentralização interna ou provisão, ao passo que a movimentação 
de recursos é chamada de sub-repasse.
Nível de Órgão Central
Dotação
Provisão
Destaque
Destaque
Provisão
Dotação
Ministério do Planejamento/ 
Secretaria de Orçamento Federal
Unidade 
Orçamentária (UO)
Unidade Gestora 
(UG)
UO
UG
Nível de Órgão Setorial
Nível de Unidade 
Executora
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Questão 3 (CESPE/MPU/ANALISTA/2015) Com relação às classificações e técnicas de 
execução do orçamento público, julgue o item que se segue.
A transferência de créditos orçamentários de um órgão público a outro órgão que esteja em 
ministério ou estrutura administrativa diferente deve ser feita por meio de repasse.
Errado.
Guarde que, quando a descentralização de créditos orçamentários envolver unidades gesto-
ras de um mesmo órgão, ou seja, quando tivermos uma descentralização interna, temos uma 
provisão.
Por outro lado, quando a descentralização de créditos orçamentários é realizada entre unida-
des gestoras de órgãos ou entidades de estrutura diferente, temos um destaque.
Lembre-se de que, nas descentralizações de créditos orçamentários, devem ser mantidas 
as classificações institucional, funcional, programática e econômica, para que outras unida-
des administrativas executem a despesa orçamentária. Registre-se ainda que essas movi-
mentações ocorrem em tempo real no âmbito do Siafi.
Guarde, portanto, que a execução orçamentária pode ser definida simplesmente como a 
utilização dos créditos consignados na Lei Orçamentária Anual – LOA -, ou seja, a execução 
orçamentária é a utilização dos CRÉDITOS consignados no orçamento.
Por seu turno, a execução financeira, de modo distinto, representa a utilização de recursos 
financeiros, visando atender à realização dos projetos e/ou atividades atribuídas às Unidades 
Orçamentáriaspelo Orçamento.
Lembre-se de que todo o processo orçamentário tem seu rito precípuo estabelecido no 
artigo 165 da CF/88, que determina a necessidade do planejamento das ações de governo por 
meio do:
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AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO
• Plano Plurianual de Investimentos - PPA;
• Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO;
• Lei Orçamentária Anual - LOA.
As etapas seguintes à publicação da LOA, à nível federal, devem estar em consonância 
com as normas de execução orçamentária e de programação financeira da União.
Volto a destacar que, após a LOA ter sido aprovada e sancionada, o Quadro de Detalhamento 
da Despesa (QDD) será definido como sendo um instrumento que detalha, em nível opera-
cional, os subprojetos e subatividades constantes da LOA, especificando as Unidades Orça-
mentárias de cada órgão, fundo ou entidades dos orçamentos fiscal e da seguridade social, 
especificando, para cada categoria, a fonte de recursos, a categoria econômica, o grupo de 
despesa e a modalidade de aplicação. É o ponto de partida para a execução orçamentária.
De acordo com a Portaria MPOG 42/1999, projeto é um instrumento de programação para 
alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no 
tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da 
ação de governo.
Ainda, a  mesma portaria define como atividade um instrumento de programação para 
alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam 
de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto necessário à manutenção da 
ação de governo.
Em termos de União, os valores previstos no Orçamento Público têm as informações orça-
mentárias, fornecidas pela Secretaria de Orçamento Federal, lançadas no Siafi, por intermédio 
da geração automática do documento Nota de Dotação – ND -, criando-se, assim, o crédito 
orçamentário e, a partir daí, tem-se o início da execução orçamentária propriamente dita.
Nesse sentido, existe no Siafi uma tabela que vincula cada unidade orçamentária exis-
tente no QDD com uma unidade gestora do Siafi. Essa unidade gestora será responsável pela 
descentralização e/ou pela execução desses créditos recebidos.
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http://www.tesouro.fazenda.gov.br/pt_PT/execucao-orcamentaria#this
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/pt_PT/execucao-orcamentaria#this
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O Siafem, SISTEMA INTEGRADO DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA PARA ESTADOS E MU-
NICÍPIOS, por sua vez, é um sistema desenvolvido pelo Serviço Federal de Processamento 
de Dados – Serpro -, baseado no Siafi - Sistema Integrado de Administração Financeira do 
Governo Federal -, customizado para atender aos estados e municípios.
É utilizado para otimizar e uniformizar a execução orçamentária, financeira, patrimonial 
e contábil, de forma integrada, minimizando os custos, proporcionando maior transparência, 
eficiência e eficácia na gestão dos recursos públicos, facilitando, assim, a apreciação de con-
tas do Governo pelos Órgãos de Controle Interno do Poder Executivo e de Controle Externo 
representados pela Assembleia Legislativa e Tribunal de Contas.
Seguindo adiante, a próxima etapa é a do detalhamento do crédito orçamentário. Esse 
procedimento normalmente é efetuado pela unidade gestora responsável pela supervisão 
funcional dos atos de execução orçamentária. Existem quatro tipos de detalhamento de cré-
dito no Siafi: de fonte de recursos – FR-, de natureza da despesa – ND -, de Unidade Gestora 
responsável – UGR - e de plano interno – PI -, formando em seguida a chamada “célula orça-
mentária”.
Importante guardar que Executar o Orçamento é, em verdade, realizar as despesas públi-
cas nele previstas, seguindo aqueles três estágios da execução das despesas previstos na Lei 
n. 4320/64: empenho, liquidação e pagamento.
Não é demais reforçar que as dotações orçamentárias são classificadas de forma a ex-
plicitar o montante de recursos empregados nas principais atividades do Estado sob várias 
óticas.
Caso haja necessidade de criação de dotação ou complementação de dotações existen-
tes, pode-se abrir créditos adicionais, cuja iniciativa é sempre do Presidente da República, 
ainda que para os créditos que visem a atender os Poderes Legislativo e Judiciário, bem como 
o Ministério Público da União.
As emendas aos orçamentos anuais ou aos créditos adicionais, que deverão ser compatí-
veis com a lei de diretrizes orçamentárias e com o plano plurianual, podem objetivar o acrés-
cimo de dotação orçamentária inicialmente proposta pelo Executivo ou a criação de uma nova 
despesa, bem como a redução ou supressão de dotação proposta.
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Nos casos de redução ou supressão de dotação proposta, não há, obviamente, necessida-
de de indicação de recursos para atender à emenda. Contudo, nos casos em que o parlamen-
tar deseje aumentar os recursos destinados à determinada despesa, ou criar despesa nova, 
a Constituição Federal, observando o princípio do equilíbrio, determina que devem ser indica-
dos os recursos necessários para o atendimento à emenda, admitidos apenas os provenien-
tes de anulação de outra despesa, excluídas as que incidam sobre dotações para pessoal e 
seus encargos, serviço da dívida e transferências tributárias constitucionais.
Ainda de acordo com a CF/88, em seu artigo 168:
Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditos suplementa-
res e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e 
da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues, em duodécimos, até o dia 20 de cada mês.
A fim de se evitar o comprometimento de recursos orçamentários que poderiam ficar sem 
o correspondente financeiro em virtude de frustração na arrecadação da receita, anualmente 
o Presidente da República tem publicado um decreto de contingenciamento, bloqueando re-
cursos, que passam a não estar disponíveis para empenho até segunda ordem.
Com a entrada da Emenda Constitucional – EC 86/2015 -, apelidada de “EC do orçamen-
to impositivo”, tornou-se obrigatória a execução da programação orçamentária relativas às 
emendas individuais à LOA por parte dos congressistas, sendo que tais emendas serão apro-
vadas até 1,2% da Receita Corrente Líquida – RCL - prevista no projeto de LOA encaminhado 
ao Congresso Nacional.
Registre-se que esse apelido não corresponde à realidade, uma vez que apenas uma pe-
quena fatia da LOA passou a ser de execução obrigatória, divergindo, assim, do conceito dou-
trinário de orçamento impositivo, aquele em que a aprovação da Lei obriga o Executivo a 
executara LOA de forma mais amarrada.
Nesse contexto, merece destaque também a chamada “PEC dos Gastos”, que estabelece 
o “Novo Regime Fiscal” trazendo no artigo 111 do ADCT da nossa CF/88 que:
Art. 111. A partir do exercício financeiro de 2018, até o último exercício de vigência do Novo Regime 
Fiscal, a aprovação e a execução previstas nos §§ 9º e 11 do art. 166 da Constituição Federal cor-
responderão ao montante de execução obrigatória para o exercício de 2017, corrigido na forma es-
tabelecida pelo inciso II do § 1º do art. 107 deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
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Mastigando essa informação para você, o que a “PEC dos Gastos” trouxe à baila foi que 
a partir de 2018 até o fim do Novo Regime Fiscal, a aprovação e execução das emendas indi-
viduais de execução obrigatória terão como limite o valor do exercício anterior acrescido do 
IPCA de 12 meses.
O novo Regime Fiscal também inovou ao constitucionalizar os famosos “restos a pagar”, 
uma vez que, até então, os resíduos passivos relativos às despesas empenhadas e ainda não 
pagas dentro do mesmo ano, só tinham previsão em legislação infraconstitucional, determi-
nando que os restos a pagar podem ser considerados, até o limite de 0,6% da RCL do ano an-
terior, para fins de cumprimento da execução financeira obrigatória de emendas individuais.
EXECUÇÃO FINANCEIRA: A FASE INICIAL da execução financeira ocorre por meio da pro-
gramação financeira, adiante comentada.
Tenha em mente que a execução financeira representa o fluxo de recursos financeiros 
necessários à efetiva realização dos gastos dos recursos públicos para a realização dos pro-
gramas de trabalho definidos, ou seja, a execução financeira representa a utilização dos RE-
CURSOS financeiros para atender à realização dos projetos e atividades atribuídos a cada 
unidade.
Importante destacar que, em termos de execução financeira, quando falamos em RECUR-
SO, estamos falando de dinheiro ou saldo de disponibilidade bancária (enfoque da execução 
financeira), que tem sentido diferente do termo CRÉDITO, que é dotação ou autorização de 
gasto ou sua descentralização (enfoque da execução orçamentária).
Lembrando que, nos termos da Lei 4.320/64, o exercício financeiro é o tempo compreen-
dido entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de cada ano, no qual a administração promove a 
execução orçamentária e demais fatos relacionados com as variações qualitativas e quanti-
tativas que tocam os elementos patrimoniais da entidade ou órgão público.
A movimentação de recursos financeiros é feita de três formas: cota, repasse e sub-repasse.
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Cota: é a movimentação de recursos financeiros do órgão central para os setoriais de progra-
mação financeira. Está relacionada com os créditos orçamentários e adicionais da perspec-
tiva orçamentária.
Repasse: é a movimentação de recursos financeiros dos órgãos setoriais de programação 
financeira para entidades da administração indireta e de entidades da administração indireta 
para órgãos da administração direta. Está relacionada com os destaques de crédito (movi-
mentação externa) da perspectiva orçamentária.
Sub-repasse: é a movimentação de recursos financeiros entre unidades gestoras pertencen-
tes ao mesmo ministério ou órgão. Está relacionada com a provisão de crédito (movimenta-
ção interna) da perspectiva orçamentária.
Procedidas as demais fases em que as responsabilidades são compartilhadas, encerra-
-se o último passo do estágio da despesa, que compreende o pagamento. Ele só será efetua-
do quando ordenado após sua regular liquidação.
Quando falamos em dispêndio de recursos financeiros oriundos do Orçamento Geral da 
União, importante frisar que se faz exclusivamente por meio de Ordem Bancária – OB -, via 
Conta Única do Governo Federal, e se destina ao pagamento de compromissos, bem como a 
transferência de recursos entre as Unidades Gestoras, tais como liberação de recursos para 
fins de adiantamento, suprimento de fundos, cota, repasse, sub-repasse e afins.
Guarde, portanto, que a Ordem Bancária é o único documento de transferência de recursos 
financeiros.
Em contraste, ao lado da entrada dos recursos financeiros, o seu ingresso acontece, nor-
malmente, quando o contribuinte efetua o pagamento de seus tributos por meio de DARF OU 
DAE, junto à rede bancária, que deve efetuar o recolhimento dos recursos arrecadados, ao Ba-
cen, no prazo de um dia.
Atualmente, por meio do DARF ou DAE Eletrônico e da GRPS Eletrônica, os usuários do 
sistema podem efetuar o recolhimento dos tributos federais e contribuições previdenciárias 
diretamente à Conta Única, sem trânsito pela rede bancária.
Seguindo essa linha, uma vez tendo recursos em caixa, começa a fase de saída desses 
recursos, para pagamentos diversos. O pagamento entre Unidades Gestoras ocorre mediante 
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a transferência de limite de saque, que é a disponibilidade financeira da UG on-line, existente 
na Conta Única.
Ainda no âmbito da execução financeira, merece destaque a Conta Única do Tesouro Na-
cional, mantida no Banco Central do Brasil, que acolhe todas as disponibilidades financeiras 
da União, inclusive fundos, de suas autarquias e fundações. Constitui importante instrumento 
de controle das finanças públicas, uma vez que permite a racionalização da administração 
dos recursos financeiros, reduzindo a pressão sobre a caixa do Tesouro, além de agilizar os 
processos de transferência e descentralização financeira e os pagamentos a terceiros.
O Decreto-Lei n. 200, de 25 de fevereiro de 1967, que promoveu a organização da Adminis-
tração Federal e estabeleceu as diretrizes para Reforma Administrativa, determinou ao Minis-
tério da Fazenda que implementasse a unificação dos recursos movimentados pelo Tesouro 
Nacional, por meio de sua Caixa junto ao agente financeiro da União, de forma a garantir maior 
economia operacional e a racionalização dos procedimentos relativos à execução da progra-
mação financeira de desembolso.
Tal determinação legal só foi integralmente cumprida com a promulgação da Constitui-
ção de 1988, quando todas as disponibilidades do Tesouro Nacional, existentes nos diver-
sos agentes financeiros, foram transferidas para o Banco Central do Brasil, em Conta Única 
centralizada, exercendo o Banco do Brasil a função de agente financeiro do Tesouro, sendo 
operacionalizada no Siafi.
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Programação e Execução Orçamentária e Financeira
AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO
SIAFI
CONTA ÚNICA
RECOLHIMENTOS
RECEBIMENTOS
PAGAMENTOS
PAGAMENTOS
PAGAMENTOS / RECEBIMENTOS EXTERNOS
GOVERNO
BANCO
EMPRESA
ENTIDADES 
EXTERNAS
Registre-se ainda que regras dispondo sobre a unificação dos recursos do Tesouro Nacio-
nal em Conta Única também foram estabelecidas pelo Decreto n. 93.872/86.
Ainda no âmbito da execução orçamentária e financeira, merece destaque a figura do Or-
denador de Despesas, que é aquela autoridade responsável pela emissão de empenho, auto-
rização de pagamento, suprimento ou dispêndio, conforme dispõe o § 1º do artigo n. 80 do 
Decreto-Lei n. 200/1967.
Em outras palavras, o Ordenador de Despesas tem como atribuições movimentar créditos 
orçamentários, empenhar despesa e efetuar pagamentos. Trata-se de profissional com ele-
vado nível de responsabilidade, o que exige capacitação em áreas como administração finan-
ceira e orçamentária, licitações e contratos, obras, recursos humanos, contabilidade pública, 
transparência, controle patrimoniais etc.
Pode-se dizer ainda que o Ordenador de Despesas acaba por centralizar as decisões fi-
nais sobre diversas áreas administrativas, exercendo um papel de liderança na gestão de uma 
entidade pública.
Interessante destacar que não existe o cargo “Ordenador de Despesas”, sendo esse papel 
exercido, por exemplo, por um Diretor-Financeiro, um Diretor-Executivo ou até mesmo por um 
Presidente de órgão ou entidade.
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Entretanto, em função da natureza inerente a essa função, O Ordenador de Despesa é re-
gistrado com esse título no rol de responsáveis junto aos órgãos que gerem o sistema finan-
ceiro da entidade e também junto aos Tribunais de Contas. Com entrada em vigor da LRF – Lei 
de Responsabilidade Fiscal -, a importância do Ordenador de Despesas aumentou ainda mais.
Deve-se destacar ainda que o Ordenador de Despesa necessariamente precisa ser um 
servidor público, seja ocupante de cargo público, titular de cargo de confiança com ou sem 
vínculo efetivo ou mesmo empregado público, sendo, em regra, o  responsável pelo recebi-
mento, verificação, guarda ou aplicação de dinheiros, valores e outros bens públicos, respon-
dendo, assim, pelos prejuízos que eventualmente acarretar à Fazenda pública.
Importante ressaltar que a atividade do Ordenador de Despesas guarda íntima relação 
com o Princípio da Legalidade, pois boa parte do seu tempo deve ser gasto com a verificação 
da existência ou não de norma que o autorize a proceder dessa ou daquela forma, de modo 
que todas as despesas tenham respaldo na lei.
A LRF, com o objetivo de tornar efetiva a transparência das finanças públicas, tornou obri-
gatória, nos casos especificados, a chamada “Declaração do Ordenador de Despesa”, docu-
mento em que o ordenador de despesa declara que a despesa tem adequação orçamentária 
e financeira com a LOA e compatibilidade com a LDO e com o PPA.
Uma das atividades mais importantes do Ordenador de Despesa ocorre na fase do empe-
nho da despesa, quando ele necessariamente precisa confirmar a existência de dotação or-
çamentária, necessária e suficiente. Existem situações em que existe a dotação orçamentária, 
mas ainda não estão disponíveis os recursos financeiros para cumprir a obrigação; nesses 
casos, ele precisa fazer a adequação financeira, verificando a sua compatibilidade com a pro-
gramação financeira.
3. sistemA de inFormAções
No âmbito federal, existem alguns sistemas de informações fundamentais em nossa ges-
tão pública, conhecidos como sistemas estruturadores. Os principais são:
• Siafi - Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal –, tendo 
a STN - Secretaria do Tesouro Nacional – como responsável; é usado para registro, 
acompanhamento e controle da execução orçamentária, financeira e patrimonial da 
União;
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• Siop - Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento do Governo Federal –, tendo a 
SOF - Secretaria de Orçamento Federal - como responsável; resulta da integração dos 
sistemas SIDOR e SIGPLAN e dos processos de Planejamento e Orçamento Federais;
• Siasg - Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais –, tendo a Secretaria de 
Logística e Tecnologia da Informação como responsável; funciona como um conjun-
to informatizado de ferramentas para operacionalizar internamente o funcionamento 
sistêmico das atividades relacionadas ao Sisg - Sistema de Serviços Gerais -, como a 
gestão de materiais, edificações públicas, veículos oficiais, comunicações administra-
tivas, licitações e contratos, com destaque para o Sicaf - Subsistema de Cadastramen-
to Unificado de Fornecedores;
• Siape - Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos –, sendo Secretaria 
de Recursos Humanos a gestora deste sistema, e órgão Central do Sistema de Pesso-
al Civil da Administração Federal – Sipec -, tem mais de 30 anos de vida e surgiu da 
necessidade do Governo Federal saber o quanto era despendido com pagamento de 
pessoal;
• Siapa - Sistema Integrado de Administração Patrimonial – serve como ferramenta de 
apoio à administração do patrimônio imobiliário da União, dos seus imóveis dominiais 
e para integrar os procedimentos da SPU – Secretaria do Patrimônio da União.
Abaixo podemos ver o papel ocupado pelo Siafi e pelo Siop no âmbito orçamentário e fi-
nanceiro, que serão os que iremos nos aprofundar para o nosso certame.
COMPRA
CONTRATO
ORÇAMENTO
SIAFI
SIOP
SIASG
PAGAMENTO
LIQUIDAÇÃO
EMPENHO
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3.1. siAFi
O Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal – Siafi - é o sistema 
de informações usado para fins de registro, acompanhamento e controle da execução orça-
mentária, financeira e patrimonial do Governo Federal.
Está no ar a versão web do Siafi. A aplicação consiste no primeiro produto do projeto Novo 
Siafi, que está estruturado em fases e prevê a convivência do Siafi Operacional e do novo Siafi. 
As funcionalidades serão migradas gradualmente para a versão web do sistema, até que o 
Siafi Operacional seja totalmente descontinuado.
Podemos dizer que o Siafi operacionaliza, ou melhor, viabiliza a centralização e a unifor-
mização do processamento da execução orçamentária, em parceria com as unidades execu-
toras e setoriais, gerando integração dos procedimentos relativos à programação financeira, 
à contabilidade e à Administração Financeira e Orçamentária.
Podemos dizer ainda que o Siafi é um sistema informatizado que processa e controla,por 
meio de terminais instalados em todo o território nacional, a execução orçamentária, financei-
ra, patrimonial e contábil dos órgãos da Administração Pública Direta federal, das autarquias, 
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fundações e empresas públicas federais e das sociedades de economia mista que estiverem 
contempladas no Orçamento Fiscal e/ou no Orçamento da Seguridade Social da União.
O sistema pode ser utilizado pelas Entidades Públicas Federais, Estaduais e Municipais 
apenas para receberem, pela Conta Única do Governo Federal, suas receitas (taxas de água, 
energia elétrica, telefone etc.) e dos Órgãos que utilizam o sistema.
Muitos são as facilidades que o Siafi oferece a toda Administração Pública que dele faz 
uso, mas podemos dizer que essas facilidades foram desenvolvidas para registrar as infor-
mações pertinentes tarefas básicas da gestão pública federal dos recursos arrecadados le-
galmente da sociedade que são a Execução Orçamentária, a Execução Financeira, a Progra-
mação Financeira e o à Prestação de Contas consolidadas da União (antigo BGU).
Devemos destacar ainda que o Siafi abarca as informações pertinentes às três tarefas 
básicas da gestão pública federal dos recursos arrecadados legalmente da sociedade:
• execução orçamentária;
• execução financeira;
• elaboração das demonstrações contábeis consolidadas na prestação de contas anual 
do Presidente da República, que substituiu o antigo BGU - Balanço Geral da União.
Cabe ao Siafi, por exemplo, efetuar o controle dos saldos e a transferência de recursos 
entre as UGs - Unidades Gestoras.
A UG – Unidade Gestora - é uma UO - Unidade Orçamentária - ou uma UA - Unidade Ad-
ministrativa - investida do poder de gerir recursos orçamentários e financeiros, próprios ou 
descentralizados.
UO - Unidade Orçamentária - tem dotação consignada diretamente na LOA.
UA - Unidade Administrativa - não tem dotação diretamente na LOA, sendo dependente, 
portanto, de uma UO, que descentraliza o crédito para ela.
Uma UG pode ser uma UA, cabendo ao Siafi, nesse caso, controlar os saldos e a transferência 
de recursos entre as UGs.
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http://www.tesouro.fazenda.gov.br/web/stn/-/execucao-orcamentaria
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/web/stn/-/execucao-financeira
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/web/stn/-/programacao-financeira
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Nos primórdios, o Siafi era usado apenas pelo Poder Executivo, mas hoje em dia é um 
sistema informatizado que processa e controla, por meio de terminais instalados em todo o 
território nacional, a execução orçamentária, financeira, patrimonial e contábil dos órgãos da 
Administração Pública direta federal, das autarquias, fundações e empresas estatais depen-
dentes.
Por meio de convênio ou de termo de cooperação técnica entre interessados e a STN – Se-
cretaria do Tesouro Nacional -, entidades de caráter privado também podem utilizar o Siafi.
Questão 4 (CESPE/TCE-PR/AUDITOR/2016/ADAPTADA) Julgue a assertiva abaixo:
Como forma de garantir a segurança do sistema, as entidades de caráter privado estão impe-
didas de usar o Siafi.
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Errado.
Na verdade, por meio de convênio ou de termo de cooperação técnica entre interessados e o 
Tesouro Nacional, entidades de caráter privado também podem utilizar o Siafi.
Segundo o próprio site da STN – Secretaria do Tesouro Nacional -, os objetivos do Siafi 
são os seguintes:
a) prover mecanismos adequados ao controle diário da execução orçamentária, financeira e patri-
monial aos órgãos da Administração Pública;
b) fornecer meios para agilizar a programação financeira, otimizando a utilização dos recursos do 
Tesouro Nacional, através da unificação dos recursos de caixa do Governo Federal;
c) permitir que a contabilidade pública seja fonte segura e tempestiva de informações gerenciais 
destinadas a todos os níveis da Administração Pública Federal;
d) padronizar métodos e rotinas de trabalho relativas à gestão dos recursos públicos, sem implicar 
rigidez ou restrição a essa atividade, uma vez que ele permanece sob total controle do ordenador 
de despesa de cada unidade gestora;
e) permitir o registro contábil dos balancetes dos estados e municípios e de suas supervisionadas;
f) permitir o controle da dívida interna e externa, bem como o das transferências negociadas;
g) integrar e compatibilizar as informações no âmbito do Governo Federal;
h) permitir o acompanhamento e a avaliação do uso dos recursos públicos;
i) proporcionar a transparência dos gastos do Governo Federal.
Ainda segundo o próprio site da STN, o Siafi trouxe as seguintes vantagens para a Admi-
nistração Financeira, Orçamentária e Patrimonial Pública:
• Contabilidade: o gestor ganha rapidez na informação, qualidade e precisão em seu tra-
balho;
• Finanças: agilização da programação financeira, otimizando a utilização dos recursos 
do Tesouro Nacional, por meio da unificação dos recursos de caixa do Governo Federal 
na Conta Única no Banco Central;
• Orçamento: a execução orçamentária passou a ser realizada dentro do prazo e com 
transparência, completamente integrada à execução patrimonial e financeira;
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• Visão clara de quantos e quais são os gestores que executam o orçamento: são mais de 
4.000 gestores cadastrados, que executam seus gastos por meio do sistema de forma 
“on-line”;
• Desconto na fonte de impostos: no momento do pagamento, já é recolhido o imposto 
devido;
• Auditoria: facilidade na apuração de irregularidades com o dinheiro público;
• Transparência: detalhamento total do emprego dos gastos públicos disponível em re-
latórios publicados no site.
• Fim da multiplicidade de contas bancárias: os números da época indicavam 3.700 con-
tas bancárias e o registro de aproximadamente 9.000 documentos por dia. Com a im-
plantação do Siafi, constatou-se que existiam em torno de 12.000 contas bancárias e 
se registravam em média 33.000 documentos diariamente. Hoje, 98% dos pagamentos 
são identificados de modo instantâneo na Conta Única e 2% deles com uma defasagem 
de, no máximo, cinco dias.
Além disso, segundo a STN, o Siafi apresenta ainda inúmeras vantagens que o distinguem 
de outros sistemasem uso no âmbito do Governo Federal:
• Sistema disponível 100% do tempo e on-line;
• Sistema centralizado, o que permite a padronização de métodos e rotinas de trabalho;
• Interligação em todo o território nacional;
• Utilização por todos os órgãos da Administração Direta (poderes Executivo, Legislativo 
e Judiciário);
• Utilização por grande parte da Administração Indireta;
• Integração periódica dos saldos contábeis das entidades que ainda não utilizam o Siafi, 
para efeito de consolidação das informações econômico-financeiras do Governo Fede-
ral - à exceção das Sociedades de Economia Mista, que têm registrada apenas a par-
ticipação acionária do Governo - e para proporcionar transparência sobre o total dos 
recursos movimentados.
Vamos conhecer agora os principais documentos do Siafi.
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Guarde que a entrada dos dados necessários à execução orçamentária, financeira e con-
tábil é efetuada usando os seguintes documentos:
• 1) DARF ou DF - Documento de Arrecadação de Receitas Federais - DARF Eletrônico: é 
o documento que permite registrar a arrecadação de receitas federais efetivadas pelos 
Órgãos e Entidades, por meio de transferências de recursos intra-Siafi entre a UG reco-
lhedora e a Conta Única do Tesouro Nacional;
• 2) GPS ou GP - Guia da Previdência Social - GPS Eletrônica: é o documento que permite 
registrar o recolhimento das contribuições para a Seguridade Social por meio de trans-
ferências de recursos intra-Siafi entre a UG recolhedora e a Conta Única do Tesouro 
Nacional;
• 3) NC - Nota de Movimentação de Crédito: é o documento que permite registrar a mo-
vimentação de créditos interna e externa e suas anulações;
• 4) ND - Nota de Dotação: é o documento que permite registrar as informações orça-
mentárias elaboradas pela SOF, ou seja, dos créditos previstos na LOA. Também permi-
te a inclusão de créditos no orçamento não previstos inicialmente e o registro do des-
dobramento do plano interno e do detalhamento da fonte de recursos. O plano interno 
é um instrumento de planejamento e de acompanhamento da ação planejada, usado 
como forma de detalhamento do projeto/atividade, de uso exclusivo de cada ministé-
rio/órgão;
• 5) NE - Nota de Empenho: é o documento que permite registrar as operações que envol-
vem despesas orçamentárias realizadas pela Administração Pública Federal, ou seja, 
o comprometimento de despesa, seu reforço ou anulação, indicando o nome do credor, 
a especificação e o valor da despesa, bem como a dedução desse valor do saldo da 
dotação própria. Emitida a NE, torna-se o crédito empenhado e indisponível para nova 
aplicação. É, portanto, a forma de comprometimento de recursos orçamentários dire-
tamente dotados no orçamento ou recebidos por meio de descentralização externa ou 
interna;
• 6) NL - Nota de Lançamento por Evento: é o documento que permite registrar eventos 
contábeis não vinculados a documentos específicos;
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• 7) NS - Nota de Lançamento de Sistema: é o documento que permite registrar eventos 
contábeis de forma automática, como acertos contábeis, extinção, incorporação, trans-
ferência e integração de saldos;
• 8) OB - Ordem Bancária: é o documento que permite registrar o pagamento de compro-
missos, bem como a transferência de recursos entre UGs, liberação de recursos para 
fins de adiantamento (suprimento de fundos) e de transferências financeiras por meio 
de cota, repasse, sub-repasse e afins. Qualquer que seja a sua modalidade, a OB deverá 
conter no campo conta corrente da UG emitente a expressão”UNICA” ou a conta bancá-
ria do agente financeiro que a acatará;
• 9) PE - Pré-Empenho: é o documento que permite registrar créditos orçamentários pré-
-compromissados, para atender a objetivos específicos, nos casos em que a despesa a 
ser realizada, por suas características, cumpre etapas com intervalos de tempo desde 
a decisão administrativa até a efetivação da emissão da Nota de Empenho.
O Siafi é um sistema de informações centralizado em Brasília, ligado por teleprocessa-
mento aos Órgãos do Governo Federal distribuídos no País e no exterior. Essa ligação, que 
é feita pela rede de telecomunicações do Serpro e também pela conexão a outras inúmeras 
redes externas, é que garante o acesso ao sistema às quase 18 mil Unidades Gestoras ativas 
no Siafi.
Para facilitar o trabalho de todas essas Unidades Gestoras, o Siafi foi concebido para se 
estruturar por exercícios: cada ano equivale a um sistema diferente, ou seja, a regra de for-
mação do nome do sistema é a sigla Siafi acrescida de quatro dígitos referentes ao ano do 
sistema que se deseja acessar: Siafi2000, Siafi2001,... Siafi2019 etc.
Por sua vez, cada sistema está organizado por subsistemas - atualmente são 21 - e estes, 
por módulos. Dentro de cada módulo, estão agregadas inúmeras transações, que guardam 
entre si características em comum. Nesse nível de transação, é que são efetivamente execu-
tadas as diversas operações do Siafi, desde entrada de dados até consultas.
Um dos subsistemas do Siafi mais importantes é o de contas a pagar e a receber – CPR 
-, que será estudado no tópico seguinte. Existe uma forte preocupação com a segurança do 
sistema. Vamos conhecer agora seus principais aspectos.
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Um dos mecanismos mais importantes de segurança é o controle da habilitação e a iden-
tificação do usuário. Assim, para utilizar o Siafi, os  usuários são habilitados formalmente, 
por meio do cadastramento de uma senha, quando são especificados os perfis e os níveis de 
acesso de cada usuário.
Perfil é o conjunto de determinadas transações atribuídas a cada Operador, para atender 
às necessidades de execução e consulta ao Sistema.
O nível de acesso determina o grau de inclusão de dados e a abrangência das consultas 
feitas pelo usuário no sistema Siafi. O usuário responde integralmente pelo uso do sistema 
sob a sua senha e obrigasse a cumprir os requisitos de segurança instituídos pela STN, sujei-
tando-se às consequências das sanções penais ou administrativas cabíveis em decorrência 
do mau uso.
Assim, quando um usuário qualquer acessa o Siafi, automaticamente são registrados o 
seu CPF, a hora e de qual terminal foi feito o acesso. Essa medida tem o objetivo de monitorar 
as ações danosas ou fraudulentas executadas utilizando-se o sistema. Da mesma forma, 
a inclusão ou modificação de dados no sistema também são registradas com a identificação 
do CPF, a hora e o nome do autor da operação.
Outro aspecto relevante em termos de segurança são os procedimentos para garantir a 
integridade e a confiabilidade do Siafi refere-se aos dados oficiais

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