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portifolio saude e enfermagem

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Desafio 3
Vale ressaltar que é melhor prevenir do que remediar, especialmente se os remédios disponíveis são tão poucos. Desse modo, a melhor forma de conter a disseminação de ERC é o zelo pelos padrões de biossegurança. A simples lavagem das mãos pode evitar a contaminação cruzada entre pacientes e o uso adequado dos equipamentos de proteção individual impede a transferência desses patógenos para o ambiente extra-hospitalar. Além disso, lembre-se sempre de contatar a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) de seu hospital para notificar o caso e receber as devidas orientações. 
Quando houver suspeita de que um paciente é portador de KPC ou de outras bactérias multirresistentes a antibióticos, devem ser tomadas as seguintes providências de isolamento: constar aviso no leito da suspeita de ser portador de bactéria KPC ou outra multirresistente, indicando o isolamento de contato; disponibilizar EPI (avental, luvas e máscara cirúrgica) para profissionais de saúde e acompanhantes; exclusividade no uso de equipamentos para exame clínico ( termômetro, estetoscópio etc.), só utilizando-os em outros pacientes após desinfecção e/ou esterilização; higienização das mãos principalmente antes e após contato com o paciente. Esses recursos devem ser utilizados, tanto pelos profissionais de saúde que lidam com os doentes.
A prevenção é fundamental no controle da infecção hospitalar. Por isso, todos os pacientes portadores da bactéria KPC, mesmo que assintomáticos, devem ser mantidos em isolamento.
O controle da KPC é importante, possibilitando a limitação de sua disseminação e auxiliando na redução dos índices de morbidade e mortalidade associados a diferentes doenças infecciosas. A prevenção é essencial, já que o tratamento é difícil, por conta de sua alta resistência a antibióticos.
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Recomendações no manejo de pacientes internados que estejam colonizado
• Profissionais de saúde não correm risco adicional ao atender pacientes colonizados ou infectados com KPC;
 • Pacientes provenientes de outras unidades hospitalares, em terapia dialítica em clínicas satélites, com história de internação recente nos últimos 6 meses deverão ser mantidos em precaução de contato e submetidos a rastreamento por meio de swab retal, somente sendo liberados da precaução se resultado negativo; 
• Pacientes previamente colonizados/ infectados deverão ser mantidos em precaução de contato em qualquer reinternação; 
• Pacientes com resultados de swab retal ou amostras clínicas positivas para KPC, deverão ser mantidos em precaução de contato, preferencialmente em quarto privativo. Caso sejam mantidos em quarto coletivo, deverão ocupar os últimos leitos do mesmo e deverá ser feita coorte de profissionais na assistência ao(s) colonizado(s); 
• Pacientes em precaução de contato devem ser orientados a manterem-se em seus leitos, e informados que a deambulação pelos corredores e dependências do hospital deve ser limitada à estritamente necessária em função de seu tratamento, em virtude do risco de contaminação do ambiente e de outros pacientes. Pacientes colonizados deverão ser aconselhados a manterem o mínimo de objetos pessoais e utensílios em sua internação, medida que visa facilitar a limpeza ambiental; 
• Em unidades onde existam pacientes colonizados ou infectados por KPC, as bancadas e mesas de cabeceira devem ser mantidas com o menor número de objetos possível, para facilitar a limpeza ambiental. Profissionais de saúde fazendo assistência nestes locais devem ser orientados a portar o mínimo possível de objetos pessoais (ex. celular, pastas e etc.) a fim de diminuir a possibilidade de contaminação dos mesmos e disseminação do microrganismo no ambiente;
 • Mobilizações hospitalares dos pacientes colonizados/ infectados, para fins de realização de exames, intervenções terapêuticas ou cirúrgicas, bem como transferências entre setores, deverão ser previamente informadas ao setor de destino, para que medidas de precaução de contato adequadas sejam adotadas durante o transporte e pelos profissionais na assistência no setor de destino e, por fim, para que medidas de desinfecção e limpeza ambiental sejam executadas no equipamento utilizado e setor visitado pelo paciente;
 • Exames de imagem como radiografia, tomografia e ultrassonografia, assim como outros (ex: ecocardiograma) em pacientes colonizados/ infectados devem preferencialmente ser realizados ao final do dia e, após os mesmos, deverá ser realizada a desinfecção dos equipamentos (álcool 70% - 3 fricções com secagem espontânea) e do ambiente visitado pelo paciente; 
• Desinfetar com álcool a 70% as superfícies após o contato do paciente, inclusive macas e cadeiras de transporte; 
• Caso o paciente seja transferido para outra unidade hospitalar, esta deverá ser devidamente informada da situação de colonização/ infecção do paciente, para que medidas de precaução pertinentes sejam adotadas na unidade de destino; 
• O número de visitantes aos pacientes colonizados/ infectados deverá ser limitado, e estes deverão ser orientados a realizar lavagem de mãos antes e após o contato com os mesmos; 
• Profissionais médicos e de enfermagem de assistência a pacientes colonizados/ infectados, devem ser exclusivos. Caso não seja possível, deverão iniciar o atendimento dos demais pacientes e por fim assistir àqueles portadores de KPC;
 • Os demais profissionais de saúde (ex. psicólogos, assistentes sociais, equipe de nutrição, fisioterapeutas etc.) deverão organizar o atendimento priorizando os pacientes não colonizados/ infectados; 
• Durante o atendimento a pacientes colonizados/ infectados, os profissionais deverão usar luvas (de procedimento, não-estéreis) e capotes. É recomendada a lavagem das mãos com solução de clorexidina a 2 % antes e após a assistência de cada paciente colonizado/ infectado. As luvas deverão ser descartadas imediatamente após a assistência a cada paciente ainda no setor de internação do mesmo, e o capote deverá ser exclusivo à assistência de cada paciente;
 • Equipamentos médicos como tais como estetoscópios, esfigmomanômetros, termômetros, glucosímetros, etc, deverão ser individualizados para cada paciente colonizado/ infectado; 
• Caso não seja possível a individualização dos equipamentos, estes deverão ser submetidos à desinfecção por fricção com álcool a 70% por três vezes consecutivas após cada utilização; 
• Médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e outros profissionais envolvidos na assistência aos colonizados/ infectados devem proceder à limpeza e desinfecção com álcool a 70% dos materiais utilizados para assistência aos pacientes, tais como: aparelho de ECG, estetoscópio, esfigmomanômetro, martelo, oftalmoscópio, otoscópio, fita métrica, etc; 
• Não deverá ser permitida a assistência de alunos de graduação aos pacientes colonizados/ infectados sem treinamento específico da CCIH e sem supervisão direta de um preceptor; 
• Não realizar discussões ou visitas à beira do leito (quarto/ box) de colonizados/ infectados com alunos de graduação em medicina ou enfermagem e cursos técnicos;
 • Pacientes colonizados com KPC e sem infecção por este agente não necessitam receber tratamento antibiótico específico;
 • O tempo de internação de pacientes colonizados deverá ser o mais breve possível, tão logo estejam aptos à alta pela doença que originou a internação;
 • Atualmente não há recomendação que impossibilite a alta precoce do paciente em virtude da colonização com KPC. Ao contrário, tem sido fortemente orientada a alta precoce, em virtude da possibilidade de descolonização “espontânea” (natural) após a saída do hospital; 
• A coleta de swab retal de profissionais e de amostras ambientais não é recomendada de forma rotineira; 
• O uso prudente de todos os antibióticos pode ajudar a diminuir a incidência de KPC, entretanto, os cabapenêmicos (meropenem, imipenem, ertapenem), devem ser de uso estritamente necessário, visto que o uso de tais medicamentos é considerado fator de risco para o surgimento de cepas produtoras de carbapenemase; 
• Os prontuários de pacientescolonizados com KPC deverão ser sinalizados (ficha de notificação da CCIH), e os pacientes colonizados/ infectados devem receber no momento da alta hospitalar um resumo de internação em que conste a informação necessária para que medidas de precaução adequadas sejam tomadas em posterior atendimento ambulatorial, hemodiálise, reinternação, etc.
 • Substituir o sabão neutro por clorexidina degermante em todas as unidades (quartos/ box) ou setores (ex: hemodiálise) onde houver assistência a pacientes colonizados/ infectados por KPC;
 • Realizar limpeza das superfícies de contato (maçaneta, leito, grade, equipamentos, mesas de cabeceira) dos quartos dos pacientes colonizados/ infectados com álcool a 70% a cada turno;
 • Realizar limpeza terminal de todos os quartos após a alta dos pacientes;
 • Lavar e desinfetar os materiais de limpeza após a utilização em cada unidade (quarto/ box) com pacientes colonizados/ infectados; 
• Em casos de infecção por KPC a CCIH deverá ser imediatamente notificada pelo médico assistente para discussão do caso e escolha do tratamento antibiótico mais apropriado ao caso.
http://www.hgb.rj.saude.gov.br/ccih/Todo_Material_2010/ROTINA%20A%20-%20MEDIDAS%20DE%20PREVEN%C3%87%C3%83O%20E%20CONTROLE%20DAS%20INFEC%C3%87%C3%95ES%20HOSPITALARES/rotina_a24_enterobacterias_produtoras_de_carbapenemase.pdf
https://www.tuasaude.com/bacteria-kpc-klebsiella-pneumoniae-carbapenemase/
https://www.saude.sc.gov.br/index.php/documentos/informacoes-gerais/vigilancia-em-saude/ceciss/materiais-seminario-ceciss/iv-encontro-de-utis/6254-monica-f-sacchetti/file
http://www.lacen.ce.gov.br/index.php/noticias/43427-nota-tecnica-orienta-sobre-cuidados-com-a-bacteria-kpc
https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/kpc-superbacteria/
https://blog.jaleko.com.br/klebsiella-pneumoniae-resistentes-carbapenemicos-veja-como-derrotar-essa-superbacteria/

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