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Infecção Hospitalar

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0 
 
 
IRAS- Infecções 
Relacionadas à 
Assistência à Saúde 
 
 
Prof. Natale Souza 
 
 
1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Infecção relacionada à 
assistência à saúde - IRAS 
 
 
2 
 
Sumário 
 
1. Introdução ...................................................................................................................... 4 
2. Infecção Hospitalar ou Infecção Relacionada à Assistência à Saúde - IRAS ........................ 5 
2.1 Relevância do tema Infecção Relacionada à assistência à saúde na atualidade ................................. 5 
2.2 Programa de controle de Infecção Hospitalar - PCIH .................................................................................... 6 
2.3 Comissão de Controle de infecção hospitalar ........................................................................................... 7 
3. CCIH em hospitais com paciente crítico ......................................................................... 11 
4. Consórcios de CCIH .................................................................................................... 12 
5. Competências da CCIH ............................................................................................... 13 
6. Infecção Comunitária ................................................................................................ 18 
7. Infecção Hospitalar (IH) ............................................................................................. 19 
7.1 Diagnóstico das infecções hospitalares ............................................................................................................ 25 
8. Classificação das Cirurgias ............................................................................................. 25 
7.2 Causas da Infecção Hospitalar .............................................................................................................................. 31 
9. Cadeia Epidemiológica .............................................................................................. 31 
10. Aspectos fisiológicos de proteção contra infecção ....................................................... 37 
11. Infecções relacionada á saúde mais comuns ................................................................ 39 
11.1 Principais fatores de risco de infecções hospitalares .............................................................................. 40 
12. Resistência a antibióticos ............................................................................................ 43 
12.1 Mecanismo de ação dos antibióticos ............................................................................................................... 43 
12.2 Bactérias multirresistentes ................................................................................................................................. 43 
13. Nota técnica da ANVISA 01/2013 medidas de prevenção e controle de infecções por 
enterobactérias multirresistentes ..................................................................................... 48 
13.1 Medidas específicas de prevenção e controle ............................................................................................. 49 
13.2 Tratamento de Infecção por Enterobactérias Multirresistentes ......................................................... 50 
13.3 Coleta e Transporte Swab Retal ........................................................................................................................ 50 
13.4 Transporte da amostra ao laboratório ........................................................................................................... 51 
14. Breve histórico sobre bactérias e antibióticos .............................................................. 54 
14.1 Estrutura Geral das Bactérias ............................................................................................................................ 56 
14.2 Desenvolvimento de resistência pelas bactérias ....................................................................................... 56 
15.Conceituo de Vigilância Epidemiológica das infecções hospitalares ............................... 59 
15. 1 Indicadores de uso de antimicrobianos ........................................................................................................ 61 
16. Relatórios e Notificações ............................................................................................. 61 
15.2 Indicadores Epidemiológicos ............................................................................................................................. 63 
17. Investigação Epidemiológica ....................................................................................... 64 
18. Higienização das Mãos ................................................................................................ 65 
18.1 Lavagem das Mãos X Segurança do Paciente ............................................................................................... 66 
18.2 Higiene das Mãos com Álcool 70% .................................................................................................................. 67 
 
3 
 
QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS ........................................................................................ 76 
GABARITO ........................................................................................................................ 94 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1. Introdução 
Olá Pessoal, 
Como estão os estudos? Continue firme rumo a sua aprovação. 
Hoje nosso tema será Controle de Infecção Hospitalar. Atualmente esse termo mudou 
para INFECÇÃO RELACIONADA À ASSISTÊNCIA À SAÚDE (IRAS), que reflete melhor o risco de 
aquisição dessas infecções. 
 Nessa aula vamos entender essa temática por meio de estudos dos aspectos legais, 
formas de prevenção e controle das IRAS. Vamos nessa? 
 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA 
1. Lei Federal nº 9.431 de 1997 
Instituiu a obrigatoriedade da existência da CCIH e de um Programa de 
Controle de Infecções Hospitalares (PCIH) 
 
2. Portaria nº 2.616, de 12 de maio de 1998 
Institui as diretrizes e normas para a prevenção e o controle das 
infecções hospitalares e o Programa de Controle de Infecção 
Hospitalar 
 
3. Manual de Critérios Diagnósticos de Infecções Relacionadas à 
Assistência à Saúde- (IRAS) ANVISA 2013. 
 
4. Caderno Básico de Controle de Infecção Hospitalar – ANVISA 2000. 
 
5. Cartilha Higienização das Mãos – ANVISA. 
 
6. Nota técnica ANVISA 01/2013 (KPC). 
 
 
5 
 
7. Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à 
Saúde. ANVISA 2017 
 
2. Infecção Hospitalar ou Infecção Relacionada à Assistência à Saúde 
- IRAS 
 
É a infecção adquirida durante a hospitalização e que NÃO estava presente ou em 
período de incubação por ocasião da admissão do paciente. 
 
Importância das IRAS: 
 
I. São responsáveis por aumento de custos, do tempo de internação e da 
morbimortalidade; 
II. Indicadores de IRAS podem ser utilizados como medida de qualidade da assistência; 
III. Segurança do paciente. 
 
Para estudarmos a Comissão de Controle de Infecção hospitalar- CCIH, analisaremos a 
Portaria GM/MS 2616/1998, que ainda usa a terminologia “infecção Hospitalar”. 
 
2.1 Relevância do tema Infecção Relacionada à assistência à saúde na atualidade 
 
Em 1998 o Ministério da Saúde emitiu a Portaria 2.616, que institui as diretrizes e 
normas para a prevenção e o controle das infecções hospitalares e o Programa de Controle de 
Infecção Hospitalar. Essa portaria é bastante cobrada em provas e nessa aula vamos detalhar 
essa portaria. 
 
 
6 
 
 
1. (AOCP2015) Qual é a Portaria do Ministério da Saúde que dispõe 
sobre a normatização do Programa de Controle de Infecção Hospitalar 
(PCIH)? 
a) Portaria nº 2.616, de12 de maio de 1998. 
b) Portaria nº 2.615, de 01 de maio de 1998. 
c) Portaria nº 2.616, de 12 de maio de 2000. 
d) Portaria nº 3.088, de 23 de janeiro de 2011. 
Gabarito: Letra A 
 
 
 
No ano de 2012, foi instituída a Comissão Nacional de Prevenção e Controle de 
Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (CNCIRAS) por meio da Portaria 158 (Anvisa, 
2012), com a finalidade de assessorar a Diretoria Colegiada da ANVISA na elaboração de 
diretrizes, normas e medidas para prevenção e controle de Infecções Relacionadas a 
Assistência à Saúde (IRAS). 
Em abril de 2013 foi publicada a Portaria MS/GM nº 529 que institui o Programa 
Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) o qual contempla no seu escopo as IRAS (Brasil, 
2013). Posteriormente, em julho do mesmo ano foi publicada a RDC /Anvisa nº 36 que institui 
ações para a segurança do paciente em serviços de saúde dentre as quais aquelas voltadas 
para a prevenção e controle das IRAS (Anvisa, 2013). 
Em 2017 a ANVISA lançou o Manual Medidas de prevenção de Infecção Relacionada à 
Assistência à Saúde (IRAS). 
 
2.2 Programa de controle de Infecção Hospitalar - PCIH 
 
Foi instituído pela Portaria 2616/1998. Esse Programa de controle de Infecção 
Hospitalar é um conjunto de ações que objetivam a redução da incidência e da gravidade das 
infecções hospitalares. 
 
7 
 
 
 
Para a adequada execução do PCIH, os hospitais deverão constituir CCIH, órgão de 
assessoria à autoridade máxima da instituição e de execução das ações de controle de IH. 
 
 
 
Atenção! 
Essa comissão é ligada a direção do hospital. 
 
Deverá ser composta por profissionais da área de saúde, de nível superior, 
formalmente designados. 
 
Todos os membros da CCIH serão de nível superior. 
 
 
2.3 Comissão de Controle de infecção hospitalar 
 
Os membros são consultores e executores. 
 
membros 
consultores
membros 
executores
CCIH
 
8 
 
 
a) Membros Consultores 
Os membros consultores serão representantes, dos seguintes serviços: 
• Serviço médico; 
• Serviço de enfermagem; 
• Serviço de farmácia; 
• Laboratório de microbiologia; 
• Administração. 
 
b) Os membros executores 
Composição: 
No mínimo, 2 técnicos de nível superior para 200 leitos. 
Carga horaria: 6 horas para enfermeiro e 4 horas para os demais profissionais. 
Obs.: Um dos membros executores deve ser preferencialmente enfermeiro. 
 
A CH diária dos membros executores é calculada com base do número de leitos. 
Nos hospitais com leitos para pacientes críticos, a CCIH deverá ser acrescida de outros 
profissionais de nível superior da área de saúde. 
 
 
 
São pacientes críticos: 
I. Pacientes de terapia intensiva; 
II. Pacientes de berçário de alto risco; 
III. Pacientes queimados; 
IV. Pacientes submetidos a transplantes de órgãos; 
V. Pacientes hemato-oncológicos; 
VI. Pacientes com síndrome da imunodeficiência adquirida. 
 
 
Veja como caiu na prova! 
 
9 
 
2. (AOCP EBSERH 2015) Para a adequada execução do Programa de Controle de Infecções 
Hospitalares (PCIH), os hospitais deverão constituir Comissão de Controle de Infecção 
Hospitalar (CCIH), órgão de assessoria à autoridade máxima da instituição e de execução das 
ações de controle de infecção hospitalar. Em relação à sua composição, é correto afirmar que: 
a) a CCIH deverá ser composta por profissionais da área de saúde, de nível médio ou 
superior, formalmente designados. 
b) o presidente ou coordenador da CCIH será qualquer um de seus membros, indicado pela 
direção do hospital. 
c) os membros consultores serão representantes dos seguintes serviços: serviço médico, 
serviço de enfermagem, serviço de limpeza e serviço de farmácia. 
d) os membros executores serão, no mínimo, 2 (dois) técnicos de nível superior da área de 
saúde para cada 100 (cem) leitos ou fração deste número. 
e) nessa condição, a carga horária diária mínima é de 8 (oito) horas para o enfermeiro e 4 
(quatro) horas para os demais profissionais. 
 
Comentário: Letra B 
Letra A. errada. A CCIH deverá ser composta por profissionais da área de saúde, de nível 
superior, formalmente designados. 
Letra C. Errada. Os membros consultores serão representados pelos serviços: médicos, 
enfermagem, farmácia, microbiologia e da administração. 
Letra D. Errada. Os membros executores serão, no mínimo, 2 (dois) técnicos da área da saúde 
ou de nível superior para cada 200 (duzentos) leitos ou fração deste número. Sendo que um 
dos membros executores deve ser, preferencialmente, um enfermeiro. 
Letra E. Errada. Carga horária diária, mínima, de 6 (seis) horas para o enfermeiro e 4 (quatro) 
horas para os demais profissionais. 
 
3. (CESPE TCEPA 2016) Acerca do controle de infecção hospitalar, julgue o item a seguir. 
 
10 
 
A comissão de controle de infecção hospitalar deve ser integrada por diferentes profissionais 
da área de saúde, incluindo enfermeiros e técnicos de enfermagem de nível médio de 
escolaridade. 
 
Comentário: Errada. 2.1 A CCIH deverá ser composta por profissionais da área de saúde, de 
nível superior, formalmente designados. 
2.2 Os membros da CCIH serão de dois tipos: consultores e executores. 
2.3 Os membros consultores serão representantes, dos seguintes serviços: 
2.3.1 - serviço médico; 
2.3 2 - serviço de enfermagem; 
2.3.3 - serviço de farmácia; 
2.3.4 - laboratório de microbiologia; 
2.3.5 - administração. 
4. (IBFC 2016) O Programa de Controle de Infecções Hospitalares (PCIH) é um conjunto de 
ações desenvolvidas deliberada e sistematicamente, com vistas à redução máxima possível da 
incidência e da gravidade das infecções hospitalares. Sobre este assunto, analise as 
afirmativas abaixo, dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F) e assinale a alternativa que 
apresenta a sequência correta de cima para baixo. 
( ) Para a adequada execução do PCIH os hospitais deverão constituir Comissão de Controle 
de Infecção Hospitalar (CCIH), órgão de assessoria à autoridade máxima da instituição e de 
execução das ações de controle de infecção hospitalar. 
( ) Os membros executores da CCIH representam o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar 
e, portanto, são encarregados da execução das ações programadas de controle de infecção 
hospitalar. 
( ) Os membros executores serão, no mínimo, 4 (quatro) técnicos de nível superior da área de 
saúde para cada 200 (duzentos) leitos ou fração deste número com carga horária diária, 
mínima, de 6 (seis) horas para o técnico de enfermagem e 4 (quatro) horas para médicos e 
enfermeiros. 
( ) Um dos membros executores deve ser, preferencialmente, um técnico de enfermagem. 
 a) V,F,V,F 
 
11 
 
 b) V,V,V,V 
 c) F,F,V,V 
 d) V,V,F,F 
 e) F,V,F,V 
 
Comentário: Letra D. 
Item III. Errada. Os membros executores serão, no mínimo, 2 (dois) técnicos de nível superior 
da área de saúde para cada 200 (duzentos) leitos ou fração deste número com carga horária 
diária, mínima de 6 (seis) horas para o enfermeiro e 4 (quatro) horas para os demais 
profissionais. 
Item IV. Errada. Um dos membros executores deve ser, preferencialmente, um enfermeiro. 
 
3. CCIH em hospitais com paciente crítico 
Nos hospitais com leitos destinados a pacientes críticos, a CCIH deverá ser acrescida 
de outros profissionais de nível superior da área de saúde. Os membros executores terão 
acrescidas 2 (duas) horas semanais de trabalho para cada 10 (dez) leitos ou fração; 
 
Para fins desta Portaria, consideram-se pacientes críticos: 
• Pacientes de terapia intensiva (adulto, pediátrico e neonatal); 
• Pacientes de berçário de alto risco; 
• Pacientes queimados; 
• Pacientes submetidos a transplantes de órgãos; 
• Pacientes hemato-oncológicos; 
• Pacientes com síndrome da imunodeficiênica adquirida. 
 
Veja como isso está o prova: 
 
12 
 
5. (UNIRIO 2012 Enfermeiro) Para cumprimento da portaria 2616 da ANVISA sobre o controle 
de infecções hospitalares, nos hospitais comleitos destinados a paciente críticos, a CCIH 
deverá ser acrescida de outros profissionais de nível superior da área de saúde. Os membros 
executores terão acrescidas 2 (duas) horas semanais de trabalho para cada 10 (dez) leitos ou 
fração. 
Para fins desta Portaria, o conceito INADEQUADO para pacientes críticos é 
 a) queimados. 
 b) recém-natos em alojamento conjunto. 
 c) de terapia intensiva (adulto, pediátrico e neonatal). 
 d) submetidos a transplantes de órgãos. 
 e) hemato-oncológicos. 
 
Comentário: letra B. Vamos revisar e relembrar esse conceito de paciente crítico? 
 
Para fins desta Portaria, consideram-se pacientes críticos: 
Pacientes de terapia intensiva (adulto, pediátrico e neonatal); 
Pacientes de berçário de alto risco; 
Pacientes queimados; 
Pacientes submetidos a transplantes de órgãos; 
Pacientes hemato-oncológicos; 
Pacientes com síndrome da imunodeficiênica adquirida. 
 
4. Consórcios de CCIH 
Os hospitais poderão consorciar-se no sentido da utilização recíproca de recursos 
técnicos, materiais e humanos, com vistas à implantação e manutenção do PCIH. 
Os membros executores, no consórcio, devem atender aos números mínimos. 
 
 
13 
 
5. Competências da CCIH 
 A CCIH do hospital deverá: 
1. elaborar, implementar, manter e avaliar programa de controle de infecção hospitalar, 
adequado às características e necessidades da instituição, contemplando, no mínimo, ações 
relativas a: 
1.1. implantação de um Sistema de Vigilância Epidemiológica das Infecções 
Hospitalares, de acordo com o Anexo III; 
1.2. adequação, implementação e supervisão das normas e rotinas técnicooperacionais, 
visando à prevenção e controle das infecções hospitalares; 
3.1.3. capacitação do quadro de funcionário e profissionais da instituição, no que diz 
respeito à prevenção e controle das infecções hospitalares; 
1.4. uso racional de antimicrobianos, germicidas e materiais médico-hospitalares; 
2. avaliar, periódica e sistematicamente, as informações providas pelo Sistema de 
Vigilância Epidemiológica das infecções hospitalares e aprovar as medidas de controle 
propostas pelos membros executores da CCIH; 
3. realizar investigação epidemiológica de casos e surtos, sempre que indicado, e implantar 
medidas imediatas de controle; 
4. elaborar e divulgar, regularmente, relatórios e comunicar, periodicamente, à autoridade 
máxima de instituição e às chefias de todos os setores do hospital, a situação do controle das 
infecções hospitalares, promovendo seu amplo debate na comunidade hospitalar; 
5. elaborar, implementar e supervisionar a aplicação de normas e rotinas 
técnicooperacionais, visando limitar a disseminação de agentes presentes nas infecções em 
curso no hospital, por meio de medidas de precaução e de isolamento; 
6. adequar, implementar e supervisionar a aplicação de normas e rotinas técnicooperacionais, 
visando à prevenção e ao tratamento das infecções hospitalares; 
7. definir, em cooperação com a Comissão de Farmácia e Terapêutica, política de utilização de 
antimicrobianos, germicidas e materiais médico-hospitalares para a 
instituição; 
 
14 
 
8. cooperar com o setor de treinamento ou responsabilizar-se pelo treinamento, com vistas a 
obter capacitação adequada do quadro de funcionários e profissionais, no que diz respeito ao 
controle das infecções hospitalares; 
9. elaborar regimento interno para a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar; 
10. cooperar com a ação do órgão de gestão do SUS, bem como fornecer, prontamente, as 
informações epidemiológicas solicitadas pelas autoridades competentes; 
11. notificar, na ausência de um núcleo de epidemiologia, ao organismo de gestão do 
SUS, os casos diagnosticados ou suspeitos de outras doenças sob vigilância epidemiológica 
(notificação compulsória), atendidos em qualquer dos serviços ou unidades do hospital, e 
atuar cooperativamente com os serviços de saúde coletiva; 
12. notificar ao Serviço de Vigilância Epidemiológica e Sanitária do organismo de 
gestão do SUS, os casos e surtos diagnosticados ou suspeitos de infecções associadas à 
utilização e/ou produtos industrializados. 
 
Resumo das competências da CCIH 
1. Elaborar programa de controle de IH adequado à instituição; 
2. Implantação sistema de VE das IH; 
3. Prevenção e controle das IH; 
4. Capacitação dos profissionais da instituição para prevenção e controle das IH; 
5. Uso racional de antimicrobianos e materiais médico-hospitalares; 
6. Avaliar as informações providas pelo Sistema de VE das IH; 
7. Investigar casos, surtos e implantar medidas imediatas de controle; 
8. Definir, em cooperação com a Comissão de Farmácia, política de uso de antimicrobianos e 
germicidas; 
10. Notificar a gestão do SUS, os casos diagnosticados ou suspeitos de outras doenças sob VE 
e VS. 
 
Vamos praticar? 
6. (VUNESP HCFMUSP 2015) É competência da Comissão de Controle de Infecções 
Hospitalares (CCIH): 
 
15 
 
 a) ampliar o uso antimicrobiano em todas as áreas do hospital, inclusive nas áreas 
administrativas. 
 b) utilizar métodos de imersão na esterilização líquida de artigos médico-hospitalares 
usados em cirurgias invasivas. 
 c) responsabilizar-se pelo treinamento, com vistas a obter capacitação adequada do quadro 
de funcionários e profissionais da saúde. 
 d) adequar, implementar e supervisionar as normas e rotinas técnico-operacionais da 
equipe da saúde, sobre infecção hospitalar. 
 e) implantar o Sistema de atuação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). 
Comentário: Letra D. 
Letra A. O uso de antimicrobiano deve ser restringido para evitar multiressistência. 
Letra B. Não é a CCIH que processa artigos hospitalares e sim a Central de Material 
Esterilização- CME. A Portaria 2616/1998 delega ao Ministério da Saúde por meio da SVS 
determinar normas sobre antissépticos, desinfetantes e esterilizantes. Sabemos que em 1999 
a ANVISA foi criada e essa competência hoje é atribuída à ANVISA que emitiu em 2012 a RDC 
15 com essas recomendações. 
Letra C. A CCIH vai cooperar com o setor de treinamento ou responsabilizar-se pelo 
treinamento, com vistas a obter capacitação adequada do quadro de funcionários e 
profissionais, no que diz respeito ao controle das infecções hospitalares; 
Dessa forma a CCIH vai colaborar ou fazer o treinamento mas apenas com relação ao controle 
de infecção hospitalar. 
Letra E. Quem criou a ANVISA foi uma Lei Federal 9.782/1999 para regulamentar o setor 
saúde com objetivo de redução de riscos à saúde da população. 
 
7. (AOCP EBSERH 2015) Duas enfermeiras recém-formadas são contratadas por uma 
instituição hospitalar para atuar junto ao controle de infecção. Como membros da CCIH, 
deverão cumprir várias funções relacionadas à minimização dos riscos de infecção. Referente 
a essas funções, assinale a alternativa correta. 
a) Implantação de um Sistema de Vigilância Epidemiológica das Infecções Hospitalares e 
Comunitárias. 
 
16 
 
b) Adequação, implementação e supervisão das normas e rotinas técnico-operacionais, 
visando à prevenção e controle das infecções hospitalares. 
c) Realização de investigação epidemiológica de casos e surtos, sempre que indicado ou 
rotineiramente a cada seis meses e implantação de medidas imediatas de controle. 
d) Definição de política de utilização de antimicrobianos, germicidas e materiais médico-
hospitalares para a instituição e, posteriormente, comunicação à Comissão de Farmácia e 
Terapêutica. 
e) Aprovação e imposição de respeito ao regimento interno da CCIH. 
Comentário: letra B. 
 
Letra A. Errada. Apenas da IH, observe: 
3.1.1. implantação de um Sistema de Vigilância Epidemiológica das Infecções Hospitalares. 
Letra C. Errada. 3.3. realizar investigação epidemiológica de casos e surtos, sempre que 
indicado, e implantar medidas imediatas de controle; 
Letra D. Errada. Essa competência é feita em cooperação com a Comissão de Farmáciae não 
comunicado posteriormente. 
3.7. definir, em cooperação com a Comissão de Farmácia e Terapêutica, política de 
utilização de antimicrobianos, germicidas e materiais médico-hospitalares para a 
instituição; 
Letra E. Errada. 3.9. elaborar regimento interno para a Comissão de Controle de Infecção 
Hospitalar; 
 
De quem é a competência de criar a CCIH? Vamos aprender? 
 
Caberá à autoridade máxima de instituição: 
 
1. constituir formalmente a CCIH; 
2. nomear os componentes da CCIH por meio de ato próprio; 
3. propiciar a infraestrutura necessária à correta operacionalização da CCIH; 
 
17 
 
4. aprovar e fazer respeitar o regimento interno da CCIH; 
5. garantir a participação do Presidente da CCIH nos órgãos colegiados deliberativos e 
formuladores de política da instituição, como, por exemplo, os conselhos técnicos, 
independente da natureza da entidade mantenedora da instituição de saúde; 
6. garantir o cumprimento das recomendações formuladas pela Coordenação Municipal, 
Estadual/Distrital de Controle de Infecção Hospitalar; 
7. Informar o órgão oficial municipal ou estadual quanto à composição da CCIH, e às 
alterações que venham a ocorrer; 
8. fomentar a educação e o treinamento de todo o pessoal hospitalar. 
 
Obrigatoriedade de criar a CCIH 
 
A Lei Federal n° 6.431, de 06 de janeiro de 1997, instituiu a obrigatoriedade da 
existência da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) e de um Programa de 
Controle de Infecções Hospitalares (PCIH), sendo esse um conjunto de ações a serem 
desenvolvidas com o objetivo de reduzir ao máximo a incidência e a gravidade das infecções. 
Em 12 de maio de 1998, o Ministério da Saúde publicou a Portaria n° 2.616, regulamentando 
a criação das CCIH. Essa Portaria define critérios para organização das CCIH, bem como para o 
diagnóstico das infecções hospitalares, orientações sobre a vigilância das infecções 
hospitalares, recomendações sobre a higiene das mãos e outros temas como: o uso de 
germicidas, microbiologia, lavanderia e farmácia. Ainda, segundo o Artigo 6° dessa mesma 
portaria, o regulamento deve ser adotado em todo o território nacional pelas pessoas 
jurídicas e físicas, de direito público e privado, envolvidas nas atividades hospitalares de 
assistência à saúde. 
 
Obrigatoriedade de criar a CCIH: 
Lei Federal n° 6.431/ 1997 + Portaria 2616/1998. 
 
 
18 
 
Agora vamos abordar o anexo II da referida portaria com relação aos conceitos em 
infecções hospitalares e infecção comunitária, fique ligado nessa diferença que é bastante 
cobrada em provas. 
 
6. Infecção Comunitária 
Constatada ou em incubação no ato de admissão do paciente, NÃO relacionada com 
internação anterior no mesmo hospital. 
• Infecção que está associada com complicação ou extensão da infecção já presente na 
admissão, exceto se troca de microrganismos; 
• A infecção em recém-nascido, cuja aquisição por via transplacentária é conhecida ou foi 
comprovada (ex: herpes simples, toxoplasmose, rubéola, citomegalovirose, sífilis e AIDS); 
• As infecções de recém-nascidos associadas com bolsa rota superior e 24h. 
 
 
8. (Prefeitura do RJ 2016) A infecção constatada ou em incubação no ato da admissão, desde 
que não relacionada com internação anterior no mesmo hospital, é denominada: 
 a) hospitalar 
 b) cruzada 
é aquela constatada ou em incubação no 
ato de admissão do paciente, desde que 
não relacionada com internação anterior 
no mesmo hospital.
associada com complicação ou extensão 
da infecção já presente na admissão, a 
menos que haja troca de 
microorganismos com sinais ou
sintomas fortemente sugestivos da 
aquisição de nova infecção;
a infecção em recém-nascido, cuja 
aquisição por via transplacentária
As infecções de recém-nascidos 
associadas com bolsa rota superior a 24
Infecção comunitária
 
19 
 
 c) reversa 
 d) comunitária 
 
Comentário: Letra D. Esse é o conceito de infecção comunitária usado pela nossa Portaria 
2616/2016: 
 
1.1. Infecção comunitária (IC): 1.1.1. é aquela constatada ou em incubação no ato de 
admissão do paciente, desde que não relacionada com internação anterior no mesmo 
hospital. 
 
9. (CESPE DEPEN 2013) Julgue os itens seguintes, acerca do controle da infecção hospitalar. 
A infecção comunitária é aquela constatada ou encubada no ato da admissão, desde que não 
esteja relacionada com internação anterior no mesmo hospital. 
 
Comentário: Certo, esse é simplesmente o conceito da infecção comunitária. 
 
7. Infecção Hospitalar (IH) 
É aquela adquirida APÓS a admissão do paciente e que se manifeste durante a internação ou 
após a alta, quando puder ser relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares. 
 
Outros critérios para diagnóstico de infecção hospitalar 
 
1. Quando, na mesma topografia em foi diagnosticada infecção comunitária, for 
isolado um germe diferente, seguido do agravamento das condições clínicas do 
paciente, o caso deverá ser considerado como infecção hospitalar; 
 
 
20 
 
2. Quando se desconhecer o período de incubação do microorganismo e não houver 
evidência clínica e/ou dado laboratorial de infecção no momento da internação, 
convenciona-se infecção hospitalar toda manifestação clínica de infecção que se 
apresentar a partir de 72 (setenta e duas) horas após a admissão; 
Lembre-se de que o Período de incubação: é o intervalo de tempo que transcorre entre a 
exposição a um agente infeccioso e o surgimento do primeiro sinal ou sintoma da doença. 
 
 
3. São também convencionadas infecções hospitalares aquelas manifestadas antes 
de 72 (setenta e duas) horas da internação, quando associadas a procedimentos 
diagnósticos e ou terapêuticos, realizados durante este período; 
 
4. As infecções no recém-nascido são hospitalares, com exceção das transmitidas de 
forma transplacentária e aquelas associadas a bolsa rota superior a 24 (vinte e 
quatro) horas; 
 
 
 
adquirida após a admissão do paciente e 
que se manifeste durante a
internação ou após a alta, quando 
relacionada com a internação ou
procedimentos
Na mesma topografia com IC → isolar 
um germe diferente + agravamento das 
condições clínicas; 
As infecções de recém-nascidos exceto 
se associadas com bolsa rota superior a 
24 ou infecção transplacentária.
Manifestação clínica > 72h após 
admissão → Desconhecer o período de 
incubação do microrganismo e não 
houver evidência clínica de infecção no 
momento da internação; 
Infecção Hospitalar
 
21 
 
10. (IDECAN2014) Infecção Hospitalar (IH) é aquela adquirida após a admissão do paciente e 
que se manifesta durante a internação ou após a alta, quando puder ser relacionada com a 
internação ou procedimentos hospitalares. Convenciona-se IH toda manifestação clínica de 
infecção que se apresentar: 
a) 2 dias após a admissão. 
b) logo após a internação. 
c) 12 horas após a admissão. 
d) 24 horas após a admissão. 
e) 72 horas após a admissão. 
 
Comentário: Letra E. De acordo com a Portaria nº 2.616/98 do MS, quando se desconhecer o 
período de incubação do microrganismo e não houver evidência clínica e/ou dado laboratorial 
de infecção no momento da internação, convenciona-se infecção hospitalar toda 
manifestação clínica de infecção que se apresentar a partir de 72 horas após a admissão. 
 
Os pacientes provenientes de outro hospital que se internam com infecção, são 
considerados portadores de IH do hospital de origem. 
 
11. (CESPE UNIPAMPA 2013) Com relação aos conceitos e critérios diagnósticos das infecções 
hospitalares, julgue os itens abaixo. 
 
Paciente proveniente de um hospital que se interna com infecção em outro hospital é 
considerado portador de infecção comunitária de ambos os hospitais. 
 
Comentário: Errado. Os pacientes provenientes de outro hospital que se internam com 
infecção, são considerados portadores de infecção hospitalar do hospital de origem. Nestes 
casos, a Coordenação Estadual/Distrital/Municipale/ou o hospital de origem deverão ser 
informados para computar o episódio como infecção hospitalar naquele hospital. 
 
 
22 
 
12. (CESPE TRT 10ª região2013) Julgue os itens subsecutivos, referentes a infecções 
hospitalares. 
A infecção adquirida por via transplacentária e que se torna evidente no recém-nascido logo 
após o nascimento é considerada infecção comunitária. 
 
Comentário: Certo. Infecção em recém-nascido, cuja aquisição por via transplacentária é 
conhecida ou foi comprovada e que tornou-se evidente logo após o nascimento (ex: Herpes 
simples, toxoplasmose, rubéola, citomegalovirose, sífilis e AIDS). Adicionalmente, são 
também consideradas comunitárias todas as infecções de recém-nascidos associadas com 
bolsa rota superior a 24 horas. 
 
13. (DEPEN CESPE 2013) Julgue o item seguinte, acerca do controle da infecção hospitalar. 
 
A infecção hospitalar é aquela adquirida após a admissão do paciente no hospital, 
manifestando-se apenas durante a internação. 
Comentário: Errado. Pois pode se manifestar após a alta, inclusive quando há colocação de 
próteses será considerado infecção hospitalar até 1 ano após a cirurgia. 
 
Segue um fluxograma bem interessante para classificação de infecção hospitalar e infecção 
comunitária: 
 
 
23 
 
 
 
 
 
14. (AOCP IBC 2013) É considerada Infecção Hospitalar 
 a) aquela constatada ou em incubação no ato de admissão do paciente e não relacionada 
com internação anterior no mesmo hospital 
 b) a infecção em recém-nascido, cuja aquisição por via transplacentária é conhecida ou foi 
comprovada e que tornou-se evidente logo após o nascimento 
 c) as infecções de recém-nascidos associadas com bolsa rota superior a 24 (vinte e quatro) 
horas. 
 
24 
 
 d) associada com complicação ou extensão da infecção já presente na admissão a menos 
que haja troca de microorganismos com sinais fortemente sugestivos da aquisição de nova 
infecção. 
 e) adquirida após a admissão do paciente e que se manifeste durante a internação ou após a 
alta, quando puder ser relacionada com internação/procedimentos hospitalares. 
 
Comentário: letra E. Todas as demais são infecções comunitárias. 
 
15. (VUNESP 2015) Conforme a Portaria n° 2.616/1998, é correto afirmar, sobre infecção 
hospitalar, que 
a) quando, na mesma topografia em que foi diagnosticada uma infecção comunitária, for 
isolado um micro-organismo diferente, seguido do agravamento das condições clínicas do 
paciente, o caso não deverá ser considerado como infecção hospitalar. 
b) as infecções no recém-nascido são hospitalares, com exceção das transmitidas de forma 
transplacentária e daquelas associadas à bolsa rota superior a 24 horas. 
c) os pacientes provenientes de outro hospital que se internam com infecção, são 
considerados portadores de infecção hospitalar do hospital atual. 
d) não são convencionadas infecções hospitalares aquelas manifestadas antes de 72 horas da 
internação, quando associadas a procedimentos diagnósticos e ou terapêuticos realizados 
durante este período. 
e) as infecções no recém-nascido são hospitalares, com exceção das transmitidas de forma 
transplacentária e daquelas associadas à bolsa rota inferior a 24 horas. 
 
Comentário: Letra B. 
Letra A Errada, quando isolado microrganismos diferente e agravamento do quadro é 
considerado Infecção hospitalar. 
Letra C. Errado. É considerado infecção do hospital anterior. 
Letra D. Errada, se estiver relacionada com procedimentos, mesmo antes das 72h de 
admissão, será considerado infecção hospitalar. 
Letra E. Errada. A infecção em RN será hospitalar quando a bolsa rota for superior a 24h. 
 
25 
 
 
7.1 Diagnóstico das infecções hospitalares 
 
O diagnóstico das infecções hospitalares deverá valorizar informações oriundas de: 
 
1. Evidência clínica, derivada da observação direta do paciente ou da análise de seu 
prontuário; 
2. Resultados de exames de laboratório, ressaltando-se os exames microbiológicos, a 
pesquisa de antígenos, anticorpos e métodos de visualização realizados. 
3. Evidências de estudos com métodos de imagem; 
4. Endoscopia; 
5. Biópsia e outros. 
A Portaria 2616/1998 também nos mostra o conceito da classificação das cirurgias por 
potencial de contaminação, vamos conhecer? 
 
8. Classificação das Cirurgias 
a) Cirurgias limpas 
 
 
 
 
 
 
 
São aquelas realizadas em TECIDOS ESTÉREIS OU PASSÍVEIS DE DESCONTAMINAÇÃO, 
na ausência de processo infeccioso e inflamatório local ou falhas técnicas grosseiras, 
cirurgias eletivas com cicatrização de primeira intenção e sem drenagem aberta. Cirurgias 
em que não ocorre penetração nos tratos digestivos, respiratório ou urinário. 
 
26 
 
 
b) Cirurgias potencialmente contaminadas 
 
 
São aquelas realizadas em tecidos colonizados por flora microbiana POUCO 
NUMEROSA ou em tecidos de difícil descontaminação, na ausência de processo infeccioso e 
inflamatório e com falhas técnicas discretas no transoperatório. Cirurgias com drenagem 
aberta enquadram-se nesta categoria. Ocorre penetração nos tratos digestivos, respiratório 
ou urinário sem contaminação significativa. 
 
c) Cirurgias potencialmente contaminadas 
 
 
São aquelas realizadas em tecidos recentemente traumatizados e abertos, 
colonizados por flora bacteriana ABUNDANTE, cuja descontaminação seja difícil ou 
impossível, bem como todas aquelas em que tenham ocorrido falhas técnicas grosseiras, na 
ausência de supuração local. Na presença de inflamação aguda na incisão e cicatrização de 
 
27 
 
segunda intenção, ou grande contaminação a partir do tubo digestivo. Obstrução biliar ou 
urinária também se incluem nesta categoria. 
 
d) Cirurgias Infectadas 
 
 
 
São todas as intervenções cirúrgicas realizadas em qualquer tecido ou órgão, em 
presença de processo infeccioso (supuração local) e/ou tecido necrótico. 
 
Essa classificação é bastante cobrada nas provas, vamos praticar? 
 
16.(CESPE 2015 TJDFT) Acerca do controle de infecção hospitalar, julgue o item seguinte. 
Cirurgias infectadas são aquelas realizadas em tecidos colonizados por flora bacteriana 
abundante — cuja descontaminação seja difícil ou impossível de ser realizada — e também as 
marcadas por falhas técnicas grosseiras. 
 
Comentário: Errado. Essa é a classificação de cirurgia contaminada 
 
17. (AOCP EBSERH 2016) Assinale a alternativa que contemple a caracterização de 
gastrosplastia, segundo a classificação de feridas e quanto ao conteúdo microbiano. 
 a) Contaminada 
 b) Potencialmente contaminada 
 
28 
 
 c) Infectada 
 d) Limpa 
 e) Asséptica 
 
Comentário: Letra B 
Pelo fato de ser uma cirurgia no trato gastrointestinal ela já é considerada potencialmente 
contaminada. 
 
Revisando o conceito! 
Potencialmente contaminadas: realizadas em tecidos de difícil descontaminação, na ausência 
de supuração local, com penetração nos tratos digestório, respiratório ou urinário sem 
contaminação significativa. Exemplo: redução de fratura exposta; 
 
18. (CESGRANRIO UNIRIO 2016) As cirurgias são classificadas segundo o seu potencial de risco 
de contaminação. Associe o potencial de contaminação das cirurgias com as respectivas 
características. 
I - Cirurgia contaminada 
II - Cirurgia potencialmente contaminada 
III - Cirurgia infectada 
P - Realizada em tecidos estéreis ou passíveis de descontaminação, na ausência de processo 
infecioso e inflamatório local. 
Q - Realizada em qualquer tecido ou órgão, em presença de processo infeccioso (supuração 
total), tecido necrótico, corpos estranhos e feridas de origem suja. 
R - Realizada em tecidos abertos e recentemente traumatizados, colonizados por flora 
bacteriana abundante, de descontaminação difícil ou impossível. 
S - Realizada em tecidos colonizados por flora microbiana pouco numerosa ou de tecido de 
difícil descontaminação. 
As associações corretas são: 
 a) I - P ; II - Q ; III - R 
 b)I - P ; II - R ; III - S 
 
29 
 
 c) I - Q ; II - P ; III - S 
 d) I - R ; II - S ; III - Q 
 e) I - S ; II - Q ; III – R 
 
Comentário: Letra D. 
 
Vamos às palavras chave: 
Contaminada: tecidos abertos e recentemente traumatizados, colonizados por flora 
bacteriana abundante. 
Potencialmente contaminada: por flora microbiana pouco numerosa ou de tecido de difícil 
descontaminação. 
Cirurgia infectada: supuração e tecido necrótico. 
 
19. (AOCP 2015) Quanto ao seu potencial de contaminação, as cirurgias podem ser 
classificada em 
 a) contaminadas, parcialmente contaminadas e infectadas. 
 b) limpas, contaminadas, potencialmente contaminadas e infectadas. 
 c) possivelmente contaminadas, limpas e infectadas. 
 d) limpas, contaminadas e infectadas. 
 e) limpas, infectadas e provavelmente contaminadas. 
 
Comentário: Letra B 
Não existe a classificação possivelmente e nem provavelmente contaminada, o termo é 
potencialmente contaminada. 
 
20. (IBFC 2015) Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna. 
_________________ é realizada em quaisquer tecidos ou órgãos quando há a presença de 
secreção purulenta, área necrótica ou corpo estranho, perfuração de víscera ou 
contaminação fecal. 
 a) Cirurgia contaminada . 
 
30 
 
 b) Cirurgia infectada. 
 c) Cirurgia limpa. 
 d) Cirurgia de emergência. 
 
Comentário: Letra B, observe as palavras chaves para cirurgia infectada: secreção purulenta e 
necrose. 
 
21. (FCC TRT 3ª 2015) De acordo com a classificação dos tipos de cirurgia, segundo o potencial 
de contaminação, é correto afirmar que as cirurgias 
 a) contaminadas são realizadas em tecidos quando há presença de secreção purulenta, área 
necrótica ou corpo estranho, perfuração de víscera ou contaminação fecal. 
 b) limpas são realizadas em tecidos estéreis ou passíveis de descontaminação, na ausência de 
processo infeccioso, sem penetração nos tratos respiratório, digestório e geniturinário. 
 c) potencialmente contaminadas são realizadas em tecidos colonizados por flora bacteriana 
abundante de difícil descontaminação, decorrente trauma penetrante há menos de quatro 
horas e feridas crônicas abertas. 
d) infectadas são as realizadas em tecidos colonizados por flora microbiana residente pouco 
numerosa ou em tecido de difícil descontaminação. 
e) limpas são aquelas realizadas em tecidos colonizados por flora residente, em local com 
objeto encravado. 
 
Comentário: Letra B. 
Letra A. É o conceito de cirurgia infectada. 
Letra C. Flora abundante e difícil descontaminação é a classificação de cirurgia contaminada. 
Letra D. Esse conceito é de potencialmente contaminada, palavra chave: Potencialmente 
contaminadas: realizadas em tecidos de difícil descontaminação, na ausência de supuração 
local, com penetração nos tratos digestório, respiratório ou urinário sem contaminação 
significativa. Exemplo: redução de fratura exposta; Limpas são realizadas em tecido estéril. 
 
 
 
31 
 
7.2 Causas da Infecção Hospitalar 
 
A IH ocorre quando há desequilíbrio da relação entre a microbiota humana normal e 
os mecanismos de defesa do hospedeiro. Isto pode ocorrer devido à: 
 
1. Própria patologia de base do paciente; 
2. Procedimentos invasivos e 
3. Alterações da população microbiana (induzida pelo uso de antibióticos). 
 
9. Cadeia Epidemiológica 
Para entender as relações entre os diferentes elementos que levam ao aparecimento de 
uma doença transmissível, o esquema tradicional é a denominada cadeia epidemiológica, 
também conhecida como cadeia de infecção. O esquema procura organizar os chamados elos 
que identificam os pontos principais da sequência contínua da interação entre o agente, o 
hospedeiro e o meio. Observe a imagem: 
Própria patologia de 
base do paciente;
Procedimentos 
invasivos 
Alterações da 
população microbiana 
(induzida pelo uso de 
antibióticos). 
 
32 
 
 
 
 
Vamos praticar? 
22. (BIO RIO IF-RJ 2015) NÃO faz parte da cadeia epidemiológica de uma doença: 
 a) fonte de infecção. 
 b) via de eliminação. 
 c) foco infeccioso. 
 d) porta de entrada. 
 e) indivíduo susceptível. 
Comentário: Letra C, observe a nossa cadeia de transmissão de doenças na figura acima, ela 
inclui: agente causal, reservatório, porta de saída (via de eliminação), modo de transmissão, 
porta de entrada e a susceptibilidade do hospedeiro 
 
Vamos entender uns conceitos importantes? 
 
Infecção: é a entrada, desenvolvimento ou multiplicação de um agente infeccioso no 
organismo de uma pessoa ou animal. 
 
 
 
 
33 
 
Veja como esse conceito foi cobrado: 
 
23. (FAFIPA 2014) Proliferação de micro-organismos patogênicos em um determinado 
hospedeiro, podendo causar um processo patológico, é a definição de: 
a) Infecção. 
b) Desinfecção. 
c) Contaminação. 
d) Transmissão 
Comentário: Letra A. Memorize o conceito: 
 
Infecção: é a entrada, desenvolvimento ou multiplicação de um agente infeccioso no 
organismo de uma pessoa ou animal. 
 
Agente causal: Um agente é um fator que está presente para a ocorrência de uma 
doença; de modo geral, um agente é considerado uma causa necessária, porém não 
suficiente para a produção da doença. 
Somente a presença de agentes infecciosos vivos nas superfícies do corpo ou em 
peças de roupas de vestir, brinquedos, ou outros objetos inanimados ou substâncias como 
água, leite ou alimentos, não constituem infecção senão contaminação dessas superfícies. O 
desenvolvimento sobre o corpo de agentes patogênicos (ex: piolhos) chama-se infestação. 
 
Vamos diferenciar Colonização X Infecção 
 
Colonização – A presença de um microrganismo sobre a superfície epitelial sem invasão 
tecidual, sem clínica e reação imunológica. 
Ex.: a microbiota humana em situações de equilíbrio. 
Infecção – Implica em parasitismo (interação metabólica) e reação do hospedeiro (inflamação 
e imunidade) e quando manifestada clinicamente é chamada de doença infecciosa. 
 
 
 
34 
 
Vamos conhecer outros conceitos? 
• Infectividade: é a capacidade do agente infeccioso de poder alojar-se e multiplicar-se 
dentro de um hospedeiro. 
A medida básica de infectividade é o número mínimo de partículas infecciosas que são 
necessárias para produzir uma infecção (dose infectante mínima). Para um agente microbiano 
determinado, esse número pode variar muito de um hospedeiro para outro e dentro de uma 
mesma espécie, de acordo com a porta de entrada, a idade e outras características do 
hospedeiro. 
 
• Patogenicidade: é a capacidade de um agente infeccioso de produzir doença em 
pessoas infectadas. 
A capacidade de produzir doenças depende de uma variedade de fatores, tais como a 
rapidez e o grau do dano tissular causado pela multiplicação do agente e o fato de que esse 
possa produzir uma toxina específica, como fazem os bacilos da febre tifóide e do tétano. No 
entanto, qualquer que seja o mecanismo para a produção da doença, a medida da 
patogenicidade é simplesmente a proporção de sujeitos infectados que desenvolvem a 
doença. Similar à infectividade, também se pode estabelecer graus de patogenicidade. Os 
agentes da raiva, AIDS e varicela são altamente patogênicos, no sentido de que praticamente 
cada infecção em um indivíduo suscetível resulta em doença. 
 
• Reservatório: local onde o micro-organismo habita, metaboliza e se reproduz. 
 
Reservatório de agentes infecciosos: é qualquer ser humano, animal, artrópode, planta, 
solo ou matéria inanimada, onde normalmente vive e se multiplica um agente infeccioso e do 
qual depende para sua sobrevivência, reproduzindo-se de forma que possa ser transmitido a 
um hospedeiro suscetível. 
 
 
35 
 
• Fonte: entendemos como o objeto inanimado ou animado que transporta o agente 
infeccioso, podendo contaminar um hospedeiro susceptível. 
Ex: Mãos ou objetos (fômites). 
 
• Portador: é um indivíduo (ou animal) infectado, que abriga um agente infecciosoespecífico de uma doença, sem apresentar sintomas ou sinais clínicos desta e constitui 
uma fonte potencial de infecção para o ser humano. 
 
• Via de Eliminação: É a porta de saída do microrganismo. Refere-se à topografia ou 
material pelo qual o agente é capaz de deixar seu hospedeiro, com potencial de 
transmissão para um susceptível. 
 
Vamos conhecer algumas portas de saída ou eliminação? 
 
Respiratórias: as doenças que utilizam esta porta de saída são as de maior difusão e as 
mais difíceis de controlar (tuberculose, influenza, sarampo, etc). 
Genitourinárias: leptospirose, sífilis, AIDS, gonorréia e outras doenças de transmissão 
sexual. 
Digestivas: próprias da febre tifoide, hepatite A e E, cólera e amebíase. 
Pele: através de contato direto com lesões superficiais, como na varicela, herpes 
zoster e sífilis. Por picadas, mordidas, perfuração por agulha ou outro mecanismo que tenha 
contato com sangue infectado, como na sífilis, doença de Chagas, malária, leishmaniose, 
febre amarela, hepatite B, etc. 
Placentária: em geral, a placenta é uma barreira efetiva de proteção do feto contra 
infecções da mãe; no entanto, não é totalmente efetiva para alguns agentes infecciosos como 
os da sífilis, rubéola, toxoplasmose, AIDS e doença de Chagas. 
Via de Transmissão: é o movimento pelo qual um agente pode disseminar-se para um 
novo hospedeiro. O modo de transmissão é a forma em que o agente infeccioso se 
transporta do reservatório ao hospedeiro. 
 
 
36 
 
Pode ser direta ou indireta: 
 
1. Direta - é a transferência direta do agente infeccioso por uma porta de entrada para que se 
possa efetuar a infecção. É denominada também transmissão de pessoa a pessoa. Isso pode 
acontecer através da dispersão de gotículas (gotas de flugge ou perdigotos) nas conjuntivas 
ou nas membranas mucosas do nariz ou da boca ao espirrar, tossir, cuspir, falar ou cantar, e 
pelo contato direto como tocar, beijar, ou ter relações sexuais. gotículas eliminadas, artigos 
médicos contaminados e as mãos. 
 
2. Transmissão indireta - vetores, água, alimentos, objetos e medicamentos. 
 
Vamos esquematizar? 
 
 
 
Lembre-se! 
Vetor: um inseto ou qualquer portador vivo que transporta um agente infeccioso desde um 
indivíduo ou seus excrementos até um indivíduo suscetível, sua comida ou seu ambiente 
imediato. O agente pode ou não se desenvolver, propagar ou multiplicar dentro do vetor. 
 
Portas de entrada no hospedeiro: As portas de entrada de um germe no novo 
hospedeiro são basicamente as mesmas usadas para a saída do hospedeiro prévio. Por 
Transmissão de 
doenças
Indireta
Objetos, água, 
alimentos 
contaminados
Vetor
Direta
pessoa a pessoa, 
respiratória, 
sexual
 
37 
 
exemplo, nas doenças respiratórias, a via aérea é utilizada como porta de saída e porta de 
entrada entre as pessoas. Em outras doenças, as portas de saída e de entrada podem ser 
diferentes. Como exemplo, nas intoxicações alimentares por estafilococos, o agente é 
eliminado através de uma lesão aberta da pele e entra no novo hospedeiro através de 
alimentos contaminados com secreção da lesão. 
Hospedeiro suscetível: O hospedeiro foi definido como um indivíduo ou animal vivo, 
que em circunstâncias naturais permite a subsistência e o alojamento de um agente 
infeccioso. Para produzir uma doença infecciosa no indivíduo, deve ser reunida uma série de 
aspectos estruturais e funcionais do próprio indivíduo. 
Alguns fatores relacionados às condições de imunidade do paciente vão influenciar na 
infecção como os pacientes com HI, imunodeprimidos, pós uso de quimioterapia, feridas 
profundas, paciente em uso de terapia dialítica, transplantados, queimados dentre outras 
situações. 
 
10. Aspectos fisiológicos de proteção contra infecção 
A pele intacta e as membranas mucosas proporcionam ao corpo uma camada 
impermeável a muitos parasitas vivos e agentes químicos. As membranas mucosas são mais 
facilmente penetráveis que a pele intacta, e servem com frequência de porta de entrada a 
vários agentes patógenos. 
Os reflexos como a tosse e o espirro, por exemplo, representam um esforço para 
limpar as vias respiratórias de substâncias nocivas. As secreções mucosas, como as lágrimas e 
a saliva têm uma ação limpante simples e podem também conter anticorpos específicos 
contra micróbios patógenos. 
Outros mecanismos de defesa são as secreções gástricas (acidez gástrica), o 
peristaltismo e os anticorpos inespecíficos. Um germe que penetra na capa protetora do 
corpo enfrenta uma variedade de mecanismos de defesa imunológica, tanto do tipo celular 
(linfócitos T, macrófagos e outras células que apresentam antígenos) como do tipo humoral 
 
38 
 
(linfócitos B, anticorpos e outras substâncias). Os micróbios extracelulares estimulam 
geralmente o desenvolvimento de inflamação no lugar da invasão. 
A presença inicial de anticorpos, gerados previamente por infecção natural ou 
vacinação, poderia prevenir ou limitar a invasão do hospedeiro (memória imunológica). 
A imunidade: A pessoa imune possui anticorpos protetores específicos e/ou 
imunidade celular, como consequência de uma infecção ou imunização anterior. Desse modo, 
ela pode estar preparada para responder eficazmente à doença, produzindo anticorpos 
suficientes. 
 
Defesa Contra a Penetração de microrganismos 
• A lisosima antibiótico natural é eliminada por várias secreções (lágrimas); 
• O muco pode bloquear a aderência de microrganismos aos receptores celulares; 
• A IgA é uma imounoglobulina que dificulta a invasão microbiana no trato intestinal e 
respiratório; O principal papel da IgA é proteger o organismo da invasão viral ou 
bacteriana através das mucosas. 
• A acidez estomacal é letal para a maioria dos micróbios; 
• O peristaltismo intestinal e o movimento ciliar das vias aéreas superiores favorecem 
a eliminação de microrganismos. 
 
Pensando na resistência natural do nosso corpo é que é definido o tipo de processamento 
dos produtos para a saúde. 
Observe na tabela abaixo: 
 
 
Tecido 
 
Resistência a Penetração de MO 
 
Processamento de Materiais 
 
Pele íntegra 
Boa resistência à infecção 
Não críticos 
Limpeza 
 
39 
 
 
Mucosas 
íntegras 
Resistência intermediária à invasão 
de microrganismos 
Semi- Críticos 
Desinfecção 
 
Tecidos 
estéreis 
Não tem microbiota própria (barreira 
de proteção, são susceptíveis à 
infecções) 
Críticos 
Esterilização 
 
24. (IBFC EBSERH 2016) A classificação de artigos hospitalares tem como objetivo auxiliar o 
grau de risco de aquisição de infecção. São considerados artigos semi críticos: 
 a) Termômetros e equipamentos respiratórios e de anestesia 
 b) Agulhas e instrumentais cirúrgicos 
 c) Cateteres vasculares e endoscópios 
 d) Cateteres urinários e instrumentais cirúrgicos 
 e) Endoscópios e equipamentos respiratórios e de anestesia 
 
Comentário: Letra E. Essa temática será aprofundada na aula sobre a CME, com relação à 
classificação de artigos hospitalares e o processamento. Mas vale a pena introduzir que essa 
classificação e processamento correto dos artigos hospitalares tem o objetivo de evitar as 
infecções relacionadas à assistência à saúde. 
Relembre que termômetro é não crítico, agulhas, instrumental cirúrgico, cateteres são 
críticos. 
 
11. Infecções relacionada á saúde mais comuns 
Os sítios mais comuns de infecção hospitalar são: 
• Corrente sanguínea (infecções relacionadas a cateteres, sepse e flebite); 
• Trato respiratório superior (rinite, otite, sinusites, faringoamidalites); 
 
40 
 
• Trato respiratório inferior (pneumonias, bronquite, traqueíte, sobretudo os entubados ou 
traqueostomizados); 
• Pele (abcessos, celulites) ferida cirúrgica; 
• Infecções urinárias relacionadas ao uso de cateter. 
Menos frequentes são gastroenterites, endocardites, artrite séptica, osteomielite, meningite. 
 
11.1 Principais fatores de risco de infecçõeshospitalares 
 
Esses fatores podem estar relacionados ao paciente ou relacionados ao hospital. 
 
 
 
A ocorrência de uma infecção dependerá principalmente da relação de desequilíbrio 
entre três fatores, os quais incluem: condição clínica do paciente, a virulência e inoculo dos 
micro-organismos e fatores relacionados à hospitalização (procedimentos invasivos, 
condições do ambiente e atuação do profissional de saúde). 
 
 
 
 
 
41 
 
Vamos organizar esses fatores? 
 
Relacionados ao paciente Relacionados ao hospital 
Doença de base Internação em UTI, emergências 
Desnutrição Superlotação 
Uso prévio de antibiótico Baixa disponibilidade de pias e álcool 
próximas aos leitos 
Uso de medicamentos: corticoide, bloqueio 
ácido com inibidor H2, quimio e radioterapia 
Baixa qualidade do controle de IH 
AIDS Grande número de circulantes 
Procedimentos invasivos Falta de janela para ventilação adequada 
Cirurgias recentes Contaminação ambiental 
Nutrição parenteral Baixo nível de motivação da equipe 
Circulação extracorpórea Qualidade da limpeza 
Queimadura Reutilização de materiais e equipamentos 
descartáveis 
Sedação profunda Destino do lixo hospitalar inadequado 
 
Vamos praticar? 
 
25.(AOCP EBSERH 2015) São medidas que, comprovadamente, diminuem o risco de infecções 
hospitalares, EXCETO 
 a) uso racional de antimicrobianos. 
 b) reavaliação diária quanto à necessidade de sondas, drenos e tubos. 
 c) treinamento de equipe de saúde quanto à lavagem das mãos. 
 d) isolar todo paciente internado em uso de antimicrobiano até resultado negativo de 
culturas de vigilâncias. 
 e) avaliação criteriosa de escaras, feridas operatórias quanto à evolução e surgimento de 
sinais flogísticos. 
 
 
42 
 
Comentário: Letra D, isolar estes pacientes em uso de antibiótico não é medida para 
prevenção das infecções hospitalares. Todas as demais são fatores que influenciam as taxas 
de infecção 
 
26. (CESPE INCA 2010) A prevenção de infecções hospitalares em unidades de terapia 
intensiva (UTI) é fundamental, pois observam-se, nesses setores, pacientes com maior 
vulnerabilidade a infecções e maior exposição a fatores de risco que favorecem o 
desenvolvimento dessas infecções. Acerca de infecções hospitalares, julgue o item 
subsequente. 
 
Infecções hospitalares em UTI constituem importante causa de morbimortalidade, podendo a 
mortalidade em UTI ser associada ao aumento desse tipo de infecção. 
 
Comentário: Certo. No ambiente da UTI normalmente o paciente já se encontra 
imunodeprimido, existem vários mecanismos de seleção de microrganismos multirresistentes 
e alto índice de procedimentos invasivos, ou seja, vários fatores que influenciam o 
aparecimento das infecções relacionadas à assistência à saúde. 
 
27. (CESPE INCA 2010) A prevenção de infecções hospitalares em unidades de terapia 
intensiva (UTI) é fundamental, pois observam-se, nesses setores, pacientes com maior 
vulnerabilidade a infecções e maior exposição a fatores de risco que favorecem o 
desenvolvimento dessas infecções. Acerca de infecções hospitalares, julgue o item 
subsequente. 
 
Dispositivos invasivos instalados para monitoramento e tratamento de pacientes em UTI não 
apresentam relação com a colonização de microrganismos nos tecidos dos pacientes. 
Comentário: Errado. Como podemos ver na tabela acima, os procedimentos invasivos 
favorecem as infecções nos pacientes. 
 
 
43 
 
12. Resistência a antibióticos 
 
Inclui habilidade à aderência, resistência a vários mecanismos de defesa do 
hospedeiro aumentando a virulência. 
Vamos detalhar mais essa temática? 
 
12.1 Mecanismo de ação dos antibióticos 
 
De forma geral podemos dividir o grupo dos antibióticos em duas classes: 
 
12.2 Bactérias multirresistentes 
 
Quando efetuamos o tratamento de uma doença causada por bactéria e não obtemos 
resposta positiva ao uso do antibiótico no que diz respeito à diminuição dos sintomas e a 
amenização do quadro clínico apresentado após a infecção causada pela bactéria, dizemos, 
 
44 
 
portanto que se trata de uma bactéria resistente ou até mesmo multirresistente, quando 
esta resiste a mais de um antibiótico. 
 
Algumas bactérias resistentes ficaram muito conhecidas por se “espalharem” 
rapidamente de forma grave em uma determinada área dos centros de saúde e hospitais. 
Como é o caso da Enterococo Resistente à Vancomicina (VRE), motivo de grande alarme e 
atenção em alguns hospitais universitários, públicos e privados do País. 
Atualmente, pesquisadores do Brasil têm se preocupado muito com a Super Bactéria 
KPC (Klebsiella pneumoniae carbapenemase), devido a condições que favorecem a sua 
proliferação, como a grande lotação dos hospitais públicos, a falta de higiene dos mesmos e 
ainda o uso excessivo e inapropriado de antibióticos que destroem algumas células próprias 
do organismo e favorecem o crescimento das células que são consideradas prejudiciais. 
 
 
 
 
45 
 
Bactérias Multiresistentes mais comuns na prática clínica: 
• Staphylococcus aureus resistente a oxacilina (MARSA) 
• Klebsiella pneumoniae carbapenamase produtora (KPC) 
• Enterococo resistente à Vancomicina (VRE) 
• E coli produtora de betalactamase do espectro estendido (ESBL) 
 
28. (AOCP 2014) São considerados, pela comunidade científica internacional, bactérias 
multirresistentes causadoras de infecções ou colonizações relacionadas à assistência em 
saúde, com indicação de instituição de precauções de contato: 
a) Enterococcus spp. resistente aos glicopeptídeos e Staphylococcus spp. com sensibilidade 
intermediária a vancomicina. 
b) Staphylococcus spp. resistente a vancomicina e Candida spp resistente a triazólicos. 
c) Pseudomonas aeruginosa e Herpes zoster. 
d) Acinetobacter baumannii e Aspergillus spp. 
e) Enterobactérias resistentes a carbapenêmicos e Influenza A (H1N1) pdm 2009. 
 
Comentário: Letra A. Não são multirresistentes: multirresistentes: Candida, Herpes zoster, 
Aspergillus spp e Influenza A (H1N1) pdm 2009. 
 
Observe os patógenos multirresistentes causadores de infecções/colonizações 
relacionadas à assistência em saúde: 
 
1. Enterococcus spp resistente aos glicopeptídeos, 
2. Staphylococcus spp resistente ou com sensibilidade intermediária a vancomicina, 
3. Enterobacteriacea produtoras de betalactamase de espectro expandido, 
4. Streptococcus pneumoniae resistente às penicilinas, 
5. Pseudomonas aeruginosa, Acinetobacter baumanii, Klebisiella pneumoniae 
resistentes aos carbapenêmicos. 
 
 
46 
 
29. (CONSULPLAN HOB 2015) O Staphylococcus aureus está frequentemente em infecções 
adquiridas no ambiente hospitalar sendo um patógeno oportunista. Em relação à virulência e 
à resistência bacteriana tem demonstrado altos índices de mortalidade, quando pertencente 
a cepas com resistência a determinado antibiótico. As cepas classificadas como MRSA são 
sensíveis a 
 a) antibióticos β-lactâmicos. 
 b) antibióticos glicopeptídeos. 
 c) todas as cefalosporinas, inclusive as de quarta geração. 
 d) carbapenêmicos, independentemente do resultado obtido no antibiograma. 
 
Comentário: Letra B. MARSA é a infecção causada pelo Staphylococcus aureus resistente a 
meticilina, ou aos agentes farmacêuticos simulares, penicilina, cefalosporinas, 
aminoglicosídeos, incluindo o imipenem. 
Dentre os antibióticos glicopeptídeos está a vancomicina que não está no rol dos antibióticos 
dos quais o MARSA é resistente. 
 
Reservatórios do MRSA: 
• Pacientes colonizados e infectados, internados em UTIs, berçários, unidades de queimados; 
• Profissionais de saúde colonizados e infectados; 
• Grupos especiais: hemodialisados, pacientes com eczemas extensos, usuários de drogas, 
DMI; 
• Artigos hospitalares contaminados (estetoscópio, termômetro, torniquetes etc). 
 
30. (TJDFT CESPE 2015) Julgue o próximo item: 
 
MARSA refere-se ao Staphylococcus aureus quando há resistência intrínsecaaos 
betalactâmicos como meticilina, oxacilina, nafcilina, cefaloporina e imipenem. No entanto, a 
referida bactéria apresenta sensibilidade frente aos antibióticos do grupo dos 
aminoglicosídeos. 
 
 
47 
 
Comentário: Errado. MARSA é a infecção causada pelo Staphylococcus aureus resistente a 
meticilina, ou aos agentes farmacêuticos simulares, penicilina, cefalosporinas, 
aminoglicosídeos, incluindo o imipenem. Não é considerado a resistência aos 
Aminoglicosídeos o que inclui a Gentamicina e Amicacina. 
 
31. (AOCP 2014) A Klebsiella pneumoniae carbapenemase é uma das enterobactérias de 
interesse epidemiológico e, de acordo com a rotina do Hospital XYZ, tem- se realizado coleta 
de cultura de vigilância para sua identificação no momento da admissão de pacientes 
provenientes de outras instituições de saúde e admitidos na UTI. Dentre as medidas 
propostas na Nota Técnica ANVISA No. 1/2013, NÃO consta a seguinte: 
a) a identificação deste microrganismo é pela coleta de swab retal, cuja ponta deve ser 
umedecida com água destilada estéril, encostando-a no esfíncter anal e, ao relaxamento, 
introduzir o swab cerca de 4 cm, girá-lo obre seu próprio eixo por duas vezes, removê-lo e 
introduzi-lo no meio de transporte de Amies, Cary-Blair ou Stuart. 
b) o swab retal deve ser enviado o mais rápido possível ao laboratório, pois as 
enterobactérias apresentam estabilidade de, no máximo, 1 hora em temperatura ambiente 
no meio de transporte Amies, Cary-Blair ou Stuart. 
c) deve-se reforçar a aplicação de precauções de contato, em adição às precauções-padrão 
para profissionais de saúde, visitantes e acompanhantes até obtenção de resultado do teste 
de vigilância microbiológica negativo. 
d) deve-se estabelecer uma área de isolamento do paciente se colonizado/infectado por 
microrganismo multirresistente, com identificação da condição de isolamento no prontuário e 
portas de acesso. 
e) preferencialmente, o paciente colonizado ou infectado por agente produtor de 
carbapenemase deve ser cuidado por corpo profissional exclusivo, além de demandar 
equipamentos para uso individual, o que inclui estetoscópio, esfignomanômetro e 
termômetro 
Comentário: LETRA B. O tempo em que deve ser encaminhado o swab retal é de 4horas, 
vamos revisar a coleta do swab? 
 
48 
 
 
Vamos revisar alguns aspectos com relação à essa nota técnica da ANVISA? 
 
13. Nota técnica da ANVISA 01/2013 medidas de prevenção e 
controle de infecções por enterobactérias multirresistentes 
 
A resistência a carbapenêmicos em enterobactérias é um grave problema de saúde 
pública de âmbito mundial, particularmente pela elevada mortalidade e pelo reduzido 
número de opções terapêuticas. 
Dentre os mecanismos de resistência aos carbapenêmicos (doripenem, ertapenem, 
imipenem e meropenem) a produção de carbapenemases, seja por sua eficiência hidrolítica, 
pela sua codificação por genes localizados em elementos genéticos móveis como plasmídios e 
transposons, ou pela sua rápida disseminação em âmbito mundial, tem o impacto mais 
significativo na saúde humana. 
 As carbapenemases são usualmente capazes de hidrolizar não só carbapenêmicos, 
mas também os demais beta-lactâmicos, como cefalosporinas, penicilinas e monobactâmicos. 
Três grandes classes de carbapenemases são encontradas atualmente em enterobactérias no 
mundo inteiro: as metalobetalactamases, sendo os tipos IMP, VIM e NDM as mais 
frequentemente detectadas em enterobactérias; as OXA-carbapenemases, sendo a mais 
frequente em enterobactérias a OXA-48; e as carbapenemases do tipo KPC. 
 
 
49 
 
A detecção desses casos aponta uma oportunidade para controle da disseminação 
desse tipo de mecanismo de resistência no Brasil. Esse controle só poderá ser alcançado com 
um grande esforço multidisciplinar, que inclui, além de outras medidas, detecção precoce de 
pacientes colonizados, implementação de precauções de contato e de tratamento adequado. 
 
13.1 Medidas específicas de prevenção e controle 
 
1. Higienização das Mãos para todos os profissionais de saúde, visitantes e 
acompanhantes; 
2. Disponibilizar continuamente Equipamento de Proteção Individual (luvas e aventais) 
para o manejo do paciente e suas secreções; 
3. A dedicação ao cuidado com o paciente (colonizado ou infectado) portador de agente 
produtor de carbapenemase deve ser por um corpo profissional exclusivo; 
4. Disponibilizar equipamentos e utensílios para o uso individual do paciente 
(estetoscópio, esfignomanômetro, termômetro, talheres, copos e outros); 
5. Precaução de contato e padrão em todos até teste de vigilância microbiológica; 
6. Identificar a condição de isolamento, inclusive no prontuário e portas de acesso; 
7. Adoção de política de descolonização para pacientes portadores de enterobactérias 
produtoras de carbapenemases. 
8. Avaliar a necessidade de implantar coleta de culturas de vigilância, de acordo com o 
perfil epidemiológico da instituição; 
9. Enfatizar as medidas gerais de higiene do ambiente 
10. Comunicar, no caso de transferência intra-institucional e interinstitucional, se o 
paciente é infectado ou colonizado por microrganismos multirresistentes; 
11. Fortalecer a política institucional de uso racional de antimicrobianos. Para este fim, 
deve-se lançar mão de algumas práticas recomendadas na literatura, tais como: 
- Quando possível, implementar restrição preferencial de uso de certas classes de 
antimicrobianos potencialmente associadas à maior risco seleção de resistência, como as 
fluroquinolonas, as cefalosporinas de terceira geração e os carbapenêmicos. Essa medida 
 
50 
 
pode ser adotada, por exemplo, por meio da necessidade de preenchimento de 
formulário especial para uso desses agentes; 
- Estreitamento de espectro do tratamento antimicrobiano quando da posse dos 
resultados de antibiogramas; 
- Observação do conceito de “prazo mínimo eficaz” para definição de tempo de 
tratamento das síndromes infecciosas; 
- Promoção de uso “heterogêneo” de diferentes classes de antimicrobianos, evitando 
prescrições excessivamente “monótonas” dos mesmos agentes; 
- Promoção de prescrições de posologias mais recentes, baseadas em conceitos de PK/PD 
e enfatizando a importância das doses de ataque de antimicrobianos hidrofílicos (p.ex: b-
lactâmicos, glicopeptídeos, aminoglicosídeos e polimixinas) em pacientes criticamente 
enfermos. 
 
13.2 Tratamento de Infecção por Enterobactérias Multirresistentes 
 
- Polimixina B ou Polimixina E (Colistina) em associação com um (1) ou mais dos 
antimicrobianos listados abaixo: 
- Aminoglicosídeos (gentamicina ou amicacina); 
- Carbapenêmicos (meropenem ou doripenem); 
- Tigeciclina. 
 
13.3 Coleta e Transporte Swab Retal 
 
As amostras a serem utilizadas para avaliação de colonização por enterobactérias 
produtoras de carbapenemases são: material coletado com swab retal ou fezes. 
Para coleta com swab retal utilizar swab com meio de transporte de Amies, Cary-Blair 
ou Stuart. 
Umedecer a ponta em água destilada estéril. Encostar o swab no esfíncter anal e 
aguardar alguns segundos para o relaxamento. Introduzir o swab cerca de 4 cm, girá-lo sobre 
seu próprio eixo por duas vezes, remove-lo e introduzi-lo no meio de transporte. 
 
 
51 
 
13.4 Transporte da amostra ao laboratório 
 
Amostras de fezes ou retal devem ser coletadas em swab com meio de transporte 
(Stuart, Amies ou Cary-Blair) e enviadas ao laboratório o mais rápido possível, apesar de 
enterobactérias apresentarem estabilidade mínima de 4 h em temperatura ambiente e 72 
horas sob refrigeração (2 a 8°C) nesses meios de transporte 
 
32. (AOCP 2014) A Klebsiella pneumonia, produtora de carbapenemase, popularmente 
conhecida como KPC é uma infecção hospitalar que costuma acometer pacientes 
imunodeprimidos, especialmente os que se, é correto afirmar que: 
 
a) as formas de transmissão são, basicamente, pelo contato com secreções ou excreção de 
pacientesinfectados ou colonizados pela bactéria multirresistente, sendo as mãos não 
lavadas da equipe de saúde e seus instrumentos de trabalho, como o estetoscópio por 
exemplo, os principais modos de transmitir de um paciente para outro. 
b) é altamente recomendada a higiene das mãos dos profissionais de saúde, limpeza 
adequada do ambiente e equipamentos, uso racional de antibióticos, uso da máscara N95, 
avental de manga longa e sapatos fechados. 
c) os pacientes de UTI também apresentam várias portas e entrada para infecções, tais como 
sonda vesical de demora, cateter venoso central, tubo orotraqueal, cânula de traqueostomia 
e, às vezes feridas de decúbito, facilitando o tratamento para bactérias multirresistentes. 
 
52 
 
d) a identificação precoce do paciente com infecção, mediante a realização de culturas de 
vigilância, incluindo a cultura do swab anal, é um importante aliado na proliferação do 
microorganismo. 
e) a Klebsiella pneumoniae produtora de KPC apresenta sinais e sintomas como febre ou 
hipotermia, taquicardia, melhora do quadro respiratório e, nos casos mais graves hipotensão, 
inchaço e até falência de múltiplos órgãos. 
 
Comentário: Letra A 
Letra B. Errada. A máscara N95 não é necessária, visto que a transmissão é contato e não 
respiratória. É necessário uso de luva e avental. 
 
Vamos revisar as medidas preventivas recomendadas para combater as KPC: 
• Lavagem das mãos antes e depois de manipular um paciente (SEMPRE). 
• Precauções de contato nos pacientes com infecção ou colonizados por bactéria 
multirresistente. 
• Precauções de contato nos pacientes com forte suspeita clínica de infecção por bactéria 
multirresistente. 
• Identificação precoce do paciente com infecção, mediante a realização de culturas de 
vigilância, incluindo a cultura do swab anal. 
• Educação permanente da equipe de saúde a respeito da lavagem das mãos, precauções de 
contato e o perigo das bactérias multirresistentes. 
• Implementar a adesão dos profissionais de saúde à higienização das mãos; 
• Reforçar os cuidados com limpeza e desinfecção de superfícies, mobiliários e artigos que 
entram em contato com o paciente; 
• Restringir visitas (caso ocorram, os visitantes devem ser orientados à utilização das 
precauções de contato para evitar a disseminação do microrganismo). 
• Enfatizar o uso racional de antimicrobiano pelos médicos. 
 
Letra C. Errada. Os procedimentos invasivos dificultam o tratamento e não facilitam como 
afirma a questão. 
 
53 
 
Letra D. Errada. É um aliado no combate ao microrganismo. 
Letra E. Errada. O paciente com infecção pela Klebsiella pneumoniae produtora de 
KPC apresenta sinais e sintomas como febre ou hipotermia, taquicardia, piora do quadro 
respiratório, e nos casos mais graves hipotensão, inchaço e até falência de múltiplos órgãos. 
Em relação ao sítio de infecção, a bactéria produtora de KPC pode causar Pneumonia 
Associada à Ventilação Mecânica, Infecção do Trato Urinário, Infecção de Corrente Sanguínea, 
Infecção de partes moles e outros tipos de infecção. 
 
33. (AOCP 2014) Cada instituição, por meio da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, 
deve avaliar a necessidade de implantar coleta de culturas de vigilância, de acordo com o 
perfil epidemiológico da instituição. Desse modo, sobre as culturas de vigilância para 
detecção de enterobactérias produtoras de carbapenemases, quando epidemiologicamente 
indicadas, é correto afirmar que 
 
a) a amostra é obtida por aspirado traqueal e o meio de transporte é o próprio frasco coletor 
tipo “bronquinho”. 
b) a amostra é obtida por swab retal ou fezes e o meio de transporte a ser utilizado é Cary-
Blair ou Amies. 
c) a amostra é obtida por swab peri-anal ou fezes e o meio de transporte a ser utilizado é 
Cary-Blair ou Stuart. 
d) a amostra é obtida por swab nasal e o meio de transporte é Stuart ou Cary-Blair. 
e) a amostra é obtida por swab nasal e o meio de transporte a ser utilizado é Amies. 
Comentário: Letra B. 
 
Tipo de amostra clínica e coleta 
As amostras a serem utilizadas para avaliação de colonização por enterobactérias produtoras 
de carbapenemases são: material coletado com swab retal ou fezes. 
Para coleta com swab retal utilizar swab com meio de transporte de Amies, Cary-Blair 
ou Stuart. Umedecer a ponta em água destilada estéril. Encostar o swab no esfíncter 
 
54 
 
anal e aguardar alguns segundos para o relaxamento. Introduzir o swab cerca de 4 cm, girá-lo 
sobre seu próprio eixo por duas vezes, remove-lo e introduzi-lo no meio de transporte. 
 
14. Breve histórico sobre bactérias e antibióticos 
Nem toda bactéria é responsável por algum tipo de doença danosa ao ser vivo em 
geral, existem pelo contrário aquelas em que a obtenção de alguns nutrientes só se é possível 
por ação de bactérias conhecidas por comensais (comuns à nossa flora bacteriana). 
Sendo assim, quando uma bactéria “desconhecida” por nosso organismo o invade, há 
uma resposta de defesa própria, para tentar reconhecer e destruir o invasor. Porém, nem 
sempre isso é possível, algumas vezes não conseguimos nos defender. Por esta razão, 
estudiosos vieram por longos anos estudando uma maneira de auxiliar o nosso organismo a 
combater microorganismos que antes não conseguíamos destruir sozinhos. 
 
 
Após anos de estudo, Alexander Fleming, aproximadamente no ano de 1928, 
descobriu uma substância capaz de neutralizar a ação das bactérias, chamada de Penicilina, 
obtida a partir do fungo Penicillium notatum. Como a substância foi criada para agir contra 
 
55 
 
bactérias, chamou-se portanto a classe desses (medicamentos) de antibióticos, sendo a 
Penicilina considerada a mãe dos antibióticos. 
Vamos revisar as principais classes dos antibióticos e seus exemplos? 
Principais classes de Antibióticos Exemplos 
Penicilinas Procaína, benzatina 
Penicilinas de Espectro estendido Amoxicilina 
Penicilinas resistentes a Beta 
lactamase 
oxacilina 
Cefalosporina 1ª geração Cefalotina, cefalexina, cefazolina 
Cefalosporina 2ª geração Cefaclor 
Cefalosporina 3ª geração Ceftriaxona 
Cefalosporina 4ª geração Cefepime 
Carbapenêmicos Imipenem, Meropenem 
Inibidores beta lactâmicos Ácido clavulânico 
Monobactâmico aztreonam 
Glicopeptídeo Vancomicina 
Lincosaminas Clindamicina 
Aminoglicosídeo Gentamicina, Amicacina 
Fluorquinolona Cipro, Norfloxacino 
Polipeptídicos Polimixina, bacitracina 
 
 
56 
 
14.1 Estrutura Geral das Bactérias 
 
A maior parte das bactérias é dotada de cápsula, fímbrias, flagelos, parede celular, 
membrana celular, citoplasma (organelas) e o núcleóide (DNA). 
 
 
 
Atualmente se conhece diversas espécies de bactérias, algumas com alto potencial 
patogênico, ou seja, capaz de desencadear doenças, e outras tão inofensivas, utilizadas 
inclusive na culinária. 
 
14.2 Desenvolvimento de resistência pelas bactérias 
 
De acordo com as teorias já propostas, as bactérias são seres capazes de sofrer 
evoluções grandiosas para que possam habitar quaisquer locais hoje existentes, seja sob 
condições amenas ou até mesmo extremas, como é o caso das psicrófilas (seu crescimento 
ideal se dá em temperaturas abaixo de 15ºC) e as termófilas (seu crescimento ideal se dá 
entre temperatura de 50 a 60ºC, algumas resistindo até 110ºC). 
Consequentemente, com os antibióticos não poderia ser diferente, haja vista o grande 
potencial de sobrevivência das espécies de bactérias. A causa primária da resistência 
bacteriana, é o alto poder de mutação espontânea e a recombinação dos genes, possíveis de 
serem transmitidos posteriormente durante a reprodução bacteriana, de uma bactéria 
mutável a outra não mutável, favorecendo desta forma o surgimento e o aumento do número 
 
57 
 
dos tipos de bactérias geneticamente modificadas, ou seja, com uma estrutura genômica 
variável no que diz respeito à variabilidade genética. 
Outra causa já conhecida da resistência bacteriana, é o uso

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