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HUMANIZAÇÃO ESTRATÉGIAS DE ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO-ACCR CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE ESCOLA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM M A N A U S - 2 0 2 1 . 1 Enfª: CAROLINA OLDEMBURG BARROSO OBJETIVOS Entender a Humanização da Assistências de Enfermagem; Conhecer o Programa Nacional de Humanização. Relembrar a Politica Nacional de Atenção hospitalar; Compreender o que é Acolhimento e Classificação de Risco. INTRODUÇÃO Nos últimos tempos, falar em atendimento humanizado se tornou, para algumas pessoas, uma espécie de clichê na área da saúde. Porém, ao contrário do que parece, muito se fala e pouco se pratica. Nesse sentido, reconhecer se o serviço da instituição tem sido feito de acordo com tais valores depende, antes de tudo, de entender: o que significa humanização? PARECE ATÉ ESTRANHO FALARMOS DE HUMANIZAÇÃO COM SERES HUMANOS, JÁ QUE HUMANIZAR DEVERIA FAZER PARTE DA NATUREZA HUMANA. • Parar e ouvir o paciente é um exemplo de atividade que coopera para a humanização dos processos dentro de clínicas e hospitais. A tarefa pode parecer fácil, mas a sobrecarga da rotina hospitalar dificulta a aproximação entre os sujeitos e acaba endurecendo o olhar diante das angústias do outro. Sua importância vem justamente daí. SER HUMANO X TECNOLOGIA A ciência tem muito a oferecer, mas as pessoas não oferecem mais nada além da técnica; O conceito de humanização na saúde diz respeito a práticas e recursos voltados para a ampliação do relacionamento entre profissionais e cidadãos. Entender o sofrimento de quem está sendo atendido, bem como contar com suas opiniões, é um dos postos-chave de um trabalho que leva em conta a totalidade do indivíduo para além da enfermidade. A humanização é um atendimento das necessidade biológicas, psicológicas, sociais e espirituais de um individuo. Consiste em práticas que visem o bem-estar da humanidade, tanto individual quanto coletivo. A humanização visa justamente trazer o máximo de conforto e cuidado para o paciente como pessoa. HUMANIZAR • É a inclusão das diferenças nos processos de gestão e de cuidado. Tais mudanças são construídas não por uma pessoa ou grupo isolado, mas de forma coletiva e compartilhada. . CADERNO HUMANIZA-SUS ,2013 • É imprescindível destacar que a humanização na saúde dentro de clínicas e hospitais nem sempre depende apenas dos profissionais. Detalhes como a infraestrutura do ambiente e a qualidade dos serviços prestados também podem pesar quando se fala no tema, já que prejudicam não só a experiência do paciente, mas a dos próprios funcionários. Na saúde a humanização se dá por meio da relação interpessoal entre profissional e cliente, através de serviços que sejam resolutivo e de qualidade e que atenda de forma integral e individual as necessidades do paciente, promovendo conforto físico, psíquico e espiritual do cliente, familiares e equipe. • A humanização na saúde implica uma mudança na gestão dos sistemas de saúde e seus serviços. COMO HUMANIZAR O CUIDADO? ética profissional; tratamento individualizado; escuta atenta e diferenciada, com olhar sensível para as questões humanas; respeito à intimidade e às diferenças; infraestrutura adequada. confiança, segurança e apoio; comunicação eficiente que permite a troca de informações; Em 2003, o Ministério da Saúde institui a Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS (Humaniza.SUS). HUMANIZAÇÃO NO SUS A Política Nacional de Humanização (PNH): • Busca pôr em prática os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) no cotidiano dos serviços de saúde; • Objetivando mudanças nos modos de agir, gerir e cuidar, e incentivando trocas solidárias entre gestores, trabalhadores e usuários Propósitos da PNH Contagiar trabalhadores, gestores e usuários do SUS com os princípios e as diretrizes da humanização; Fortalecer iniciativas de humanização existentes; Desenvolver tecnologias relacionais e de compartilhamento das práticas de gestão e de atenção; Implementar processos de acompanhamento e avaliação, ressaltando saberes gerados no SUS e experiências coletivas bem-sucedidas. Aprimorar, ofertar e divulgar estratégias e metodologias de apoio a mudanças sustentáveis dos modelos de atenção e de gestão;* • Com a PNH, o acolhimento passou a ser considerado como uma das diretrizes de maior relevância ética/estética/política: • Ética no que se refere ao compromisso com o reconhecimento do outro, na atitude de acolhê-lo em suas diferenças, suas dores, suas alegrias, seus modos de viver, sentir e estar na vida; • Estética porque traz para as relações e os encontros do dia a dia a invenção de estratégias que contribuem para a dignificação da vida e do viver e, assim, para a construção da própria humanidade; • E política porque implica o compromisso coletivo de envolver-se neste 'estar com', potencializando protagonismos e vida nos diferentes encontros POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO HOSPITALAR • Instituída pelo MS, na Portaria GM/MS n0 3390 de dezembro de 2013. • Art. 5º considera-se: • II - acolhimento: a escuta ética e adequada das necessidades de saúde do usuário no momento de procura ao serviço de saúde e na prestação de cuidados com a finalidade de atender à demanda com resolutividade e responsabilidade; • V - classificação de risco: protocolo pré-estabelecido, com a finalidade de dar agilidade ao atendimento a partir da análise do grau de necessidade do usuário, proporcionando atenção centrada no nível de complexidade e não na ordem de chegada; • O acolhimento como uma proposta para inversão da lógica de organização e funcionamento dos serviços de saúde, tendo como base o atendimento de todas as pessoas que buscam os serviços de saúde, garantindo acesso universal, reorganização do processo de trabalho com deslocamento das ações do médico para a equipe multiprofissional e qualificação da relação trabalhador-usuário, a partir de parâmetros humanitários que envolvem solidariedade e cidadania. O acolhimento apresenta-se como uma estratégia fundamental para a qualificação em uma perspectiva de promoção da 'mudança' no processo de trabalho, na reestruturação dos serviços de saúde voltados para a integralidade, a humanização, a equidade e a resolutividade da atenção e como modo de operar os processos de trabalho em saúde de forma a dar atenção a todos que procuram os serviços de saúde O QUE É ACOLHIMENTO? • O Acolhimento : que não tem local nem hora para acontecer; nem tem um profissional específico para fazê-lo. Acolher é receber bem, ouvir a demanda, buscar formas de compreende-las e solidarizar-se com ela. Desenvolver maneiras adequadas e solidárias de receber a clientela que busca ajuda nos serviços de saúde, respeitando o momento existencial de cada um, sem abrir mão de colocar os limites necessário. • Em linhas gerais, pode se dizer que o acolhimento está presente em todas as relações e encontros que são feitos na vida, mesmo quando se está pouco implicado e envolvido com as relações e com os encontros. Acolher, nos serviços de saúde, significa admitir antes de tudo uma maneira diferente de viver, ou seja, a atitude dos profissionais pode ser a porta de entrada ou de saída dos serviços de saúde. Como valor das práticas de saúde, o acolhimento é construído de forma coletiva, a partir da análise dos processos de trabalho, e tem como objetivo a construção de relações de confiança, compromisso e vínculo entre as equipes/serviços, trabalhador/equipes e usuário com sua rede socioafetiva. De acordo com a política, a partir da escuta qualificada oferecida pelos trabalhadores às necessidades do usuário, é possível garantir o acesso oportuno desses usuários às tecnologias adequadas às suas necessidades, ampliando a efetividade das práticas de saúde. O acolhimento é visto como uma das formas de concretizar a humanização das práticas de saúde, não devendorestringir-se somente à escuta, mas avançar para além da fala/expressão verbal; é compreendido como um conjunto de medidas, posturas e atitudes dos profissionais de saúde que garanta credibilidade e consideração e pressupõe respeito e solidariedade O QUE É CLASSIFICAÇÃO DE RISCO? • É uma ferramenta de manejo clínico, empregada nos serviços de saúde de urgência; • Efetua a construção dos fluxos de paciente quando a necessidade clínica excede a oferta. • Pretende assegurar a atenção médica de acordo com o tempo de resposta, e isso depende da necessidade do paciente. • Deve ser realizado: Por profissional de saúde; De nível superior; Treinamento específico Utilizar protocolos pré-estabelecidos • Processo dinâmico de identificação dos pacientes que necessitam de tratamento imediato, de acordo com o potencial de risco, agravos à saúde ou grau de sofrimento, corresponde a priorização do atendimento em serviços e situações de urgência/emergência como um processo complexo. Vale ressaltar que não se trata de fazer diagnóstico prévio nem de excluir pessoas sem que tenham sido atendidas pelo médico. Competência para execução? • A Resolução COFEN 423/2012 Normatiza, no Âmbito do Sistema Cofen /Conselhos Regionais de Enfermagem, a Participação do Enfermeiro na Atividade de Classificação de Riscos Art. 1º No âmbito da equipe de Enfermagem, a classificação de risco e priorização da assistência em Serviços de Urgência é privativa do Enfermeiro, observadas as disposições legais da profissão Parágrafo único o Enfermeiro deverá estar dotado dos conhecimentos, competências e habilidades que garantam rigor técnico-científico ao procedimento. SISTEMA MANCHESTER DE CLASSIFICAÇÃO DE RISCO Foi criado na Inglaterra na cidade de Manchester em 1994, Grupo português de triagem no ano de 2002 teve sua edição traduzida para o português; A Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais no ano de 2006 iniciou um debate a respeito dos modelos de Classificação de Risco, usados no Brasil e em todo o mundo nas Unidades de Urgência; Em 2007 e 2008 começaram os processos de implantação nos serviços de Urgência e Emergência do estado de Minas Gerais. Para cada prioridade foram atribuídos : - um NÚMERO; - uma COR; - um NOME - definido o TEMPO-RESPOSTA ideal até a primeira avaliação médica. • O método foi desenvolvido com o propósito de estabelecer um acordo entre enfermeiros médicos para padronizar os atendimentos de Urgência e Emergência na Classificação de Risco. • O método de Manchester segue um protocolo: QUEIXA DO USUÁRIO FLUXOGRAMA DISCRIMINADORES AFIRMAÇÕES OU NEGAÇÕES O PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO PARA ACCR • A tomada de decisão é parte importante da prática médica e de enfermagem, a avaliação clínica sólida de um paciente requer : Raciocínio Reconhecimento de padrões Formulação repetitiva de hipóteses Representação mental Intuição AS DECISÕES NA CLASSIFICAÇÃO DE RISCO SEGUEM 5 PASSOS: 1.IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA 2.COLETA E ANÁLISE DAS INFORMAÇÕES 3.AVALIAÇÃO DE TODAS AS ALTERNATIVAS E ESCOLHA DE UMA PARA IMPLANTAÇÃO 4.IMPLEMENTAÇÃO DA ALTERNATIVA ESCOLHIDA 5.MONITORAMENTO DA IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DO RESULTADO 1.IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA • A prática clínica gira em torno do conceito da queixa inicial ou principal sinal e sintoma que motiva o paciente a procurar o serviço de urgência. • É feita pela obtenção de informações: Paciente Acompanhante Profissional pré- hospitalar agressão alergia Alteração de comportamento asma autoagressão Bebê chorando cefaléia convulsões Corpo estranho Criança abusada Criança irritadiça Criança mancando desmaio diabetes Diarreia e ou vômitos Dispneia em adulto Dispneia em criança Doença mental dst Dor abdominal em adulto Dos abdominal em criança Dor cervical Dor de garganta Dor lombar Dor testicular Dor torácica embriaguez Erupção cutânea Exposição a agentes químicos feridas gravidez Hemorragia digestiva Infecções locais Mal-estar em adulto Mal-estar em bebê Mal-estar em criança Mal-estar em neonato Mordeduras e picaduras Overdose e envenenamento Pais preocupados palpitações Problemas dentários Problemas em extremidades Problemas em face Problemas em olhos Problemas em ouvidos Problemas urinários quedas queimaduras Sangramento vaginal Trauma cranioencefálico Trauma maior Trauma toracoabdominal • L is ta d e co n d iç õ es c o n si d er ad as p er ti n en te s • á cl as si fi ca çã o d e ri sc o 2.COLETA E ANALISE DE INFORMAÇÕES Profissional seleciona a situação queixa na lista Profissional é levado a um fluxograma de apresentação discriminadores o Fluxograma irá organiza o processo São colocados em forma de perguntas para facilitar o processo, apresentando em cada nível de prioridade * CRIANÇA ABUSADA OU NEGLIGENCIADA DISCRIMINADORES • São características que diferenciam pacientes entre si, para que possam se alocados em uma das cincos prioridades clínicas • Podem ser: Aplicam-se em todos os doentes, independentes da queixa de apresentação; Ex: dor aguda. GERAIS Tendem a relacionar-se com características chaves de condições particulares. Ex: dor pleurítica. ESPECÍFICOS É fundamental que sejam compreendidos para uma adequada aplicação do método de classificação de risco. • Existem 6 Discriminadores gerais recorrentes nos fluxogramas. São eles: AMEAÇA Á VIDA NÍVEL DE CONSCIÊNCIA HEMORRAGIA TEMPERATURA DOR INÍCIO E EVOLUÇÃO DA SITUAÇÃO-QUEIXA 1. AMEAÇA Á VIDA • São os discriminadores mais óbvios de todos; • Avalia qualquer ausência ou instabilidade de sinais vitais como: - A: Via aérea -B: Respiração -C: Circulação • Coloca o paciente no primeiro grupo de prioridade ( emergente-vermelho) • A ( airway )- VIAS AÉREAS Observar apneia, sinal de estridor e se as vias áreas estão pérvias ou obstruídas: MANOBRA CHIN-LIFT - Realizada para o controle de vias aéreas; - Consiste em posicionar os dedos de uma das mãos do examinador sob o mento, que é suavemente tracionado para cima e para frente, enquanto o polegar da mesma mão deprime o lábio inferior, para abrir a boca; a outra mão do examinador é posicionada na região frontal para fixar a cabeça da vítima MANOBRA JAW THRUST É a manobra de elevação da mandíbula; O procedimento consiste na utilização das duas mãos do examinador, posicionando os dedos médios e indicadores no ângulo da mandíbula, projetando-a para frente, enquanto os polegares deprimem o lábio inferior, abrindo a boca e permitindo a pesquisa de corpos estranhos. • B ( breathing )- RESPIRAÇÃO Observar respiração inadequada, aumento de esforço respiratório, sinais de ventilação ineficaz ou exaustão, sendo eles: SINAIS Como avaliar a respiração? • Ver os movimento do tórax • Ouvir os sons respiratórios junto a boca • Sentir o ar na face VOS: de 5 a 10 segundos antes de concluir a ausência de respiração • C ( circulation)- CIRCULAÇÃO Observar sinais de Choque; Observar a ausência do pulso: apenas com palpação de um pulso central. Localize a traqueia com os dedos indicadores e médio Deslize os dedos lateralmente por cerca de 2 cm para o lado Avaliar a presença de pulsação na artéria carótida durante 5 segundos Obstrução de via aérea Estridor Baba-se não Respiração ausente ou inadequada não Ausência de pulso ou choque SIM VERMELHA sim sim NÍVEL DE CONSCIÊNCIA Constitui o indicador mais sensível da função neurológica. Para verificar o nível de consciência o examinador avalia o nível de alerta do cliente e a sua capacidade de obedecer a comandos. Utiliza a Escala de Coma de Glasgow. Ocular: (4) Espontânea: abre os olhos sem a necessidade de estímulo externo. (3) Ao comando verbal: abre os olhos quando é chamado. (2) À pressão de abertura de olhos: paciente abre os olhos após pressão na extremidade com os dedos (aumentando progressivamente a intensidadepor 10 segundos). (1) Ausente: não abre os olhos, apesar de ser fisicamente capaz de abri-los. Convulsionando não Alteração do nível de consciência (resposta á voz ou á dor ou não responsivo) não Histórico de inconsciência ( perda) SIM LARANJA sim VERMELHO AMARELO sim HEMORRAGIA As definições dos discriminadores de hemorragia foram elaboradas para facilitar a decisão do profissional, embora, na prática, ás vezes seja difícil decidir em que categoria se enquadra um sangramento. é dita quando a morte ocorrerá rapidamente se não for estancada; Hemorragia Exsanguinante sangramento se mantém abundante apesar da compressão local direta; Hemorragia Maior incontrolável quando o sangramento for discreto ou se mantém após compressão local Hemorragia Menor incontrolável Hemorragia Exsanguinante não Hemorragia maior incontrolável não Hemorragia menor incontrolável SIM LARANJA VERMELHO AMARELO sim sim TEMPERATURA Pode ser difícil obter em determinadas situações uma aferição precisa durante uma classificação de risco na urgência, embora os termômetros digitais infravermelhos possam ajudar. Uma alternativa seria a impressão clínica da temperatura da pele, seguida de avaliação exata do valor da temperatura corporal, logo que possível. Tabela de temperatura da pele ADULTOS Muito quente ≥41,0 C Quente 38,5 – 40,9 C Febril 37,5 – 38,4 C Hipotérmico(pele fria) < 35 C Hipotermia Adulto muito quente NÃO Adulto quente NÃO Febril AMARELO SIM SIM SIM LARANJA VERDE DOR • Toda classificação de risco deve incluir uma avaliação de Dor, visto que: A maior parte dos doentes das urgências sentem dor; O grau da dor influencia a prioridade; A gestão adequada da dor é um critério-chave para satisfação do paciente; • A avaliação da dor na urgência pode ser difícil. Instrumentos para avaliação da Dor Escala Descritiva Verbal Escala Visual Analógica Instrumentos Comportamentais de Dor C INTENSA MODERADA LEVE ESCALA NUMÉRICA A Escala Numérica consiste numa régua dividida em onze partes iguais, numeradas sucessivamente de 0 a 10. Pretende-se que o doente faça a equivalência entre a intensidade da sua dor e uma classificação numérica, sendo que 0 corresponde à classificação “Sem Dor” e 10 à classificação “Dor Máxima” (dor de intensidade máxima imaginável). ESCALA QUALITATIVA Na Escala Qualitativa solicita-se ao doente que classifique a intensidade da sua dor de acordo com os seguintes adjetivos: "Sem Dor"; "Dor Ligeira"; "Dor Moderada"; "Dor Intensa"; "Dor Máxima". ESCALA VISUAL ANALÓGICA A Escala Visual Analógica consiste numa linha horizontal ou vertical, com 10 centímetros de comprimento, que tem assinalada numa extremidade a classificação "Sem Dor" e na outra a classificação "Dor Máxima". O doente terá de fazer uma cruz ou um traço perpendicular à linha no ponto que representa a intensidade da sua dor. Posteriormente, mede-se em centímetros a distância entre o início da linha (que corresponde a zero) e o local assinalado, obtendo-se uma classificação numérica ESCALA DE FACES Na Escala de Faces é solicitado ao doente que classifique a intensidade da sua dor de acordo com mímica representada em cada face desenhada, sendo que à expressão de felicidade corresponde a classificação “Sem Dor” e à expressão de máxima tristeza corresponde a classificação “Dor Máxima” Alterações fisiológicas: resposta verbal, linguagem corporal, expressões faciais, alterações comportamentais, nível de consciência e alterações fisiológicas Dor intensa (8-10) NÃO Dor Moderada (5-7) NÃO Dor leve < 7 dias (1-4) NÃO Dor leve ≥ 7 dias (1- 4) SIM SIM SIM SIM LARANJA AMARELO VERDE AZUL ÍNICIO E VOLUÇÃO DA SITUAÇÃO-QUEIXA • O uso de discriminante de tempo, não se destina a punir pacientes, nem se propõe a fazer com que aqueles que possuem lesão ou doença clínica há muito tempo, tenham seu tempo de espera prolongado. • O método de classificação de risco foi elaborado de tal forma que, se houver outros discriminantes, ou gerais ou específicos relevantes para esta condição apresentada, o paciente será classificado em prioridade superior. Início da Queixa- Agravamento REPENTINO/ABRUPTO MINUTOS/SEGUNDOS SÚBITO ≤ 12 HORAS AGUDO ≤ 24 HORAS RECENTE < 7 DIAS NÃO RECENTE ≥ 7 DIAS EVENTO RECENTE VERDE SIM N Ã O AZUL 3.AVALIAÇÃO E ESCOLHA DE UMA DAS ALTERNATIVAS • A partir das informações coletadas e do estabelecimento do fluxograma , com a apresentação de um determinado numero de discriminantes gerias e específicos , o profissional terá que decidir qual dos discriminantes presentes tem prioridade clinica. Profissional seleciona a situação queixa na lista Profissional é levado a um fluxograma de apresentação discriminadores AVALIAÇÃO 4. IMPLEMENTAÇÃO DA ALTERNATIVA SELECIONADA • Só há cinco categorias possíveis de prioridade na classificação de risco a serem selecionadas, cada uma delas possui um nome e uma definição específica. 5. MONITORAMENTO DA IMPLANTAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS • É importante que a avaliação seja sistemática, e que todos os dados sejam reunidos para fornecer um quadro completo do paciente. • A prioridade clínica pode mudar e por isso a classificação deve ser dinâmica, podendo haver uma realização durante a espera do paciente para o atendimento . Imagine que você está recebendo um paciente masculino, de 22 anos, vítima de acidente de carro em sua unidade. A informação que você tem é que se trata de um caso de grande traumatismo. O paciente refere que após o acidente acordou dentro da ambulância. Apresentar queixa de dor moderada em maléolo esquerdo e um sangramento contínuo, porém de pequena intensidade. Quais serão então os passos da avaliação deste paciente? Geralmente ansioso, ECG: 15, respira espontaneamente e sem dificuldade, refere que o carro estava a 1001km/h quando da colisão frontal. Os sinais vitais na admissão são: pa: 100/76, sat:97% fc:108 fr:22 Vamos ver como isso se processa no fluxograma a seguir: VERIFICAMOS QUE NEGAMOS A MAIORIA DOS DISCRIMINADORESVERIFICAMOS QUE NEGAMOS A MAIORIA DOS DISCRIMINADORESURGENTE, COM ATENDIMENTO EM ATÉ 60 MINUTOS Ao avaliar um paciente vítima de acidente automobilístico e que está há três dias no cti, a enfermeira, aplicando a escala de coma de glasgow, observa que ele apresenta abertura dos olhos quando estimulado, dá resposta verbal com palavras desconexas e aperta sua mão quando solicitado. Diante desse quadro, assinale a alternativa que indica a pontuação obtida e o respectivo nível de consciência desse paciente. 2 3 6 ECG:11 Paciente durante o atendimento não abre os olhos em nenhum momento. Não tem qualquer resposta verbal a nenhuma pergunta. Faz movimento de extensão quando se realiza a manobra de estímulo doloroso. 1 1 2 ECG:04 Paciente durante o atendimento não apresenta abertura ocular com nenhum estímulo. Paciente não responde às perguntas feitas e não mostra nenhum barulho com a boca. Quando pedimos para levantar a mão não levanta, nem esboça qualquer movimento com a manobra de estímulo doloroso. Não apresenta fotorreagencia bilateral. 1 1 1 2 ECG:3-2=1 Paciente dá entrada a unidade de saúde com histórico de dor em Membros Inferiores, com grau 3 em escala numérica de Dor, informando que apresenta há mais ou menos 8 dias. Paciente procura unidade de saúde por apresentar-se confuso e com cefaleia, relatando história de perda de consciência a 8 dias no seu local de trabalho, sem causa aparente, e desde então observou que apresenta-se confuso. Paciente procura a unidade de saúde por estar apresentando pele muito quente ao toque e durante aferição da temperatura corpórea, verificou-se que correspondia a 41 º C. Paciente procura a unidade de saúde pois desde da manhã começou a apresentar cansaço extremo aos pequenos esforços, apresenta extremidades cianosadas, e em avaliação de aparelho respiratório apresenta-se com tiragemintercostal e retração de fúrcula. SAT: 86% Maria estava cozinhando em sua residência a 1 dias atrás, quando derrubou uma panela com agua quente em sua mão direita. Procurou unidade de pronto atendimento, pois sua mão, mesmo usando medicamentos alternativos em casa, apresentou uma piora, estando com edema, sinal de godet 2, hiperemia em dorso da mão, dor segundo escala numérica 3. S.vv.: T: 38c, FR: 20ipm FC: 90bpm
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