Buscar

Curativos - Resumo


Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Continue navegando


Prévia do material em texto

Conteúdo: 
1. Etiologia das lesões 
2. Características das lesões 
3. Processo cicatricial 
4. Estadiamento de lesão por pressão 
5. Localizações anatômicas de maior ocorrências de feridas 
6. Dimensionamento 
7. Tecidos presentes no leito da ferida 
8. Exsudato 
9. Tipos de borda 
10. Coberturas 
11. Procedimentos 
 
ETIOLOGIA DAS LESÕES 
Lesões por pressão 
Queimaduras 
Feridas cirúrgicas 
Úlceras venosas 
Feridas nos pés dos diabéticos 
Feridas oncológicas 
CARACTERÍSTICAS DAS LESÕES 
 
 
PROCESSO CICATRICIAL 
Fase inflamatória: É a primeira etapa do processo cicatricial, 
em que, inicialmente, o organismo responde ao trauma e há uma 
reação vascular e inflamatória, seguida de hemostasia, de 
remoção de restos celulares e de microorganismos. É a fase em 
que aparecem os sinais clínicos da inflamação (edema, eritema, 
calor e dor) e as células de defesa leucocitárias, com destaque 
para os neutrófilos de destruir bactérias por meio da fagocitose, 
da liberação de enzimas e dos radicais livres. Há, ainda, a ação 
dos macrófagos, que destroem as bactérias, limpam o local da ferida dos resíduos 
celulares e estimulam o crescimento de um novo tecido. 
Fase proliferativa ou de granulação: Segunda etapa do 
processo cicatricial, a fase de granulação compreende a 
formação de um tecido novo (angiogênese), com coloração 
vermelha, brilhante e de aspecto granuloso, em que se 
proliferam e migram os fibroblastos responsáveis pela síntese 
de colágeno, seguida da epitelização, que consiste no 
fechamento da superfície da úlcera pela multiplicação das 
células epiteliais da borda, diminuição da capilarização, 
redução do tamanho da ferida, através de sua contração, e da 
ação especializada dos fibroblastos. 
 
Fase de maturação ou remodelagem: Terceira e última etapa do processo cicatricial, 
a fase de maturação, ou remodelagem, caracteriza-se pela diminuição da 
vascularização e pela reorganização das fibras de colágeno, que leva a uma cicatriz 
com aspecto plano, devido à diminuição da migração celular, e com alteração da 
coloração de vermelha para róseo/branco pálido. Destaca-se também pelo aumento 
da força tênsil que, no início, é muito fina e vai se intensificando até ficar espessa. 
Depois de três semanas de fechamento da ferida, a força tênsil se aproxima de 20% 
do tecido original. Quando completa cinco semanas, essa força fica por volta de 40% 
e, no final de oito semanas, atinge 70% da força original. Ressalta-se que essa força 
tênsil nunca será igual à do tecido sadio. 
 
ESTADIAMENTO DE LESÃO POR PRESSÃO 
Estágio 1: Pele íntegra com área localizada de eritema que não embranquece e que 
pode parecer diferente em pele de cor escura. Presença de eritema que embranquece 
ou mudanças na sensibilidade, temperatura ou consistência (endurecimento) podem 
preceder as mudanças visuais. Mudanças na cor não incluem descoloração púrpura ou 
castanha; essas podem indicar dano tissular profundo. 
 
Estágio 2: O leito da ferida é viável, de coloração rosa ou vermelha, úmido e pode 
também apresentar-se como uma bolha intacta (preenchida com exsudato seroso) ou 
rompida. O tecido adiposo e tecidos profundos não são visíveis. Tecido de granulação, 
esfacelo e escara não estão presentes. Essas lesões geralmente resultam de 
microclima inadequado e cisalhamento da pele na região da pélvis e no calcâneo. Esse 
estágio não deve ser usado para descrever as lesões de pele associadas à umidade. 
 
Estágio 3: Perda da pele em sua espessura total na qual a gordura é visível e, 
frequentemente, tecido de granulação e epíbole (lesão com bordas enroladas) estão 
presentes. Esfacelo e/ou escara pode estar visível. A profundidade do dano tissular 
varia conforme a localização anatômica; áreas com adiposidade significativa podem 
desenvolver lesões profundas. Podem ocorrer descolamento e túneis. Não há 
exposição de fáscia, músculo, tendão, ligamento, cartilagem e/ou osso. Quando o 
esfacelo ou escara prejudica a identificação da extensão da perda tissular, deve-se 
classificá-la como Lesão por Pressão Não Classificável. 
 
Estágio 4: Perda da pele em sua espessura total e perda tissular com exposição ou 
palpação direta da fáscia, músculo, tendão, ligamento, cartilagem ou osso. Esfacelo 
e/ou escara pode estar visível. Epíbole (lesão com bordas enroladas), descolamento 
e/ou túneis ocorrem frequentemente. A profundidade varia conforme a localização 
anatômica. Quando o esfacelo ou escara prejudica a identificação da extensão da perda 
tissular, deve-se classificá-la como Lesão por Pressão Não Classificável 
 
Lesão por pressão não classificável: Perda da pele em sua espessura total e perda 
tissular na qual a extensão do dano não pode ser confirmada porque está encoberta 
pelo esfacelo ou escara. Ao ser removido (esfacelo ou escara), Lesão por Pressão em 
Estágio 3 ou Estágio 4 ficará aparente. Escara estável (isto é, seca, aderente, sem 
eritema ou flutuação) em membro isquêmico ou no calcâneo não deve ser removida. 
 
Lesão por pressão tissular profunda: Pele intacta ou não, com área localizada e 
persistente de descoloração vermelha escura, marrom ou púrpura que não 
embranquece ou separação epidérmica que mostra lesão com leito escurecido ou bolha 
com exsudato sanguinolento. A descoloração pode apresentar-se diferente em pessoas 
com pele de tonalidade mais escura. A ferida pode evoluir rapidamente e revelar a 
extensão atual da lesão tissular ou resolver sem perda tissular. Quando tecido necrótico, 
tecido subcutâneo, tecido de granulação, fáscia, músculo ou outras estruturas 
subjacentes estão visíveis, isso indica lesão por pressão com perda total de tecido 
(Lesão por Pressão Não Classificável ou Estágio 3 ou Estágio 4). Não se deve utilizar a 
categoria Lesão por Pressão Tissular Profunda (LPTP) para descrever condições 
vasculares, traumáticas, neuropáticas ou dermatológicas 
DIMENSIONAMENTO 
PRINCIPAL: A técnica de aferição comumente utilizada para feridas planas consiste em 
registrar a largura e o comprimento da área da ferida em cm2, onde se multiplica a maior 
largura pelo maior comprimento. O comprimento é a medida no sentido vertical 
(céfalopodal), e a largura, a medida horizontal. O resultado dessa multiplicação pode 
classificá-las, quanto à dimensão, em: pequenas, quando são menores do que 50 cm²; 
médias, se maiores que 50 cm² e menores do que 150 cm²; grandes, quando forem 
maiores do que 150 cm² e menores do que 250 cm²; e se forem maiores do que 250 
cm², são extensas. 
 
 
LOCALIZAÇÕES ANATÔMICAS 
Principais: 
- Occiptal; auricular 
- Trocântérica; Maleolos 
- Sacral; Fíbular 
- Calcâneos; Tibial 
- Glúteos 
Região cefálica 
 
Lateral do tronco e anterior/posterior dos membros superiores 
 
Anterior e posterior dos membros inferiores 
 
 
TECIDOS PRESENTES NO LEITO DA FERIDA 
 
• Tecido epitelial: Tecido recém cicatrizado, na coloração rósea ou vermelha brilhante. 
 
• Tecido de granulação: Tecido viável para cicatrização que, quando saudável, 
apresenta coloração vermelho vivo, brilhante e granular. 
 
• Tecido fibrinoso: Fibra amarelada insolúvel fortemente aderida ao tecido de 
granulação. 
 
• Biofilme: Placa bacteriana fortemente aderida ao leito da ferida, que apresenta 
aspecto gelatinoso com coloração de transparente a levemente amarelada. 
 
• Necrose de coagulação ou necrose seca: Tecido desvitalizado, de consistência 
endurecida e fortemente aderida ao leito e às bordas da ferida. Sua coloração varia 
entre acinzentada, amarronzada e preta. 
 
• Necrose de liquefação, esfacelo ou necrose úmida: Tecido desvitalizado liquefativo, 
espesso, viscoso ou mucoide aderido ao leito, com coloração esverdeada, 
amarelada e/ou esbranquiçada. 
EXSUDATO 
 
 
Quantidade: Ausente, baixo, moderado, alto 
TIPOS DE BORDAS 
 
Indistinta/difusa 
• Não há possibilidade de distinguir claramente o contorno da feridaAderida 
• Plana e nivelada com o leito da ferida 
 
 
 
Não aderida 
• A falta de aderência ao leito pode propiciar a formação de 
túneis/trajetos fistulosos e de abscessos. 
 
 
Desnivelada 
• O leito da ferida é mais profundo do que a borda e a margem. Essa 
complicação pode indicar insuficiência tecidual de base para a 
migração de células epiteliais. 
 
 
Fibrótica 
• Apresenta um tecido de coloração amarela ou branca, que adere 
ao leito da ferida, e consistência endurecida, rígida, decorrente de 
áreas cicatrizadas. 
 
 
Hiperqueratosa 
• Ocorre sobreposição da camada córnea da epiderme, formando 
um tecido bem espesso, endurecido, de cor amarelada. 
 
Macerada 
▪ Torna-se intumescida e de coloração esbranquiçada devido ao 
contato com excesso de exsudato 
Classificação para a prova: 
Região da ferida 
Estadiamento: Estágio 1, 2, 3 (LPP); 1°,2° intenção (cirúrgica); 1° grau (queimadura) 
Tecidos: granulação, esfacelo, necrose, fibrótico 
Tipos de bordas: Aderida, não aderida 
Exsudato: Presença, quantidade, aspecto 
Infecção? Sim ou não --- biofilme, exsudato, dor, edema, hiperemia 
 
COBERTURAS 
Tecido de granulação e para proteção da pele 
1. Filme transparente 
2. AGE – Ácidos graxos essenciais – Loção oleosa indicado para leito de feridas sem 
tecidos desvitalizados 
3. Gase de Rayon – Compressa malha não estéril não aderente composta de acetato 
de Rayon 
4. Hidrocolóide – Curativo bioativo, oclusivo estéril – Indicações: feridas superficiais com 
baixa exsudação, grau II, queimaduras, abrasões de pele 
Tecidos necrosados 
1. Hidrogel – Desbridamento autolítico de feridas necróticas 
2.Colagenase – Desbridamento enzimático de feridas necróticas secas ou viscosas bem 
aderidas ao leito 
Tecidos com infecção 
1. Alginato de cálcio com prata – Feridas infectadas, exsudato moderado a alto 
2. Espuma com prata – Feridas infectadas ou com risco de infecção, retardo da 
cicatrização com moderado a alto exsudato 
3. Sulfadiazina de prata 1% hidrofílica – Feridas com infecções por gran-negativos e 
gran-positivos, fungos, vírus e protozoários (prioridade para queimados) 
4. Carvão ativado – Feridas com odor fétido 
Tecidos sem infecção 
1. Alginato de cálcio em fibra: curativo absorvente, flexível e bioativo (feridas com 
moderado a alto exsudato, sangrantes e que precisam de preenchimento. 
 
 
 
 
PROCEDIMENTOS 
Curativo de ferida aberta seca ou exsudativa 
Máscara descartável, bandeja (ou carro de procedimento), pacote estéril de curativo 
(contendo: uma pinça anatômica, uma pinça dente de rato e uma pinça Kelly ), gaze 
estéril; frasco de soro fisiológico 0,9% (apresentação de acordo com a disponibilidade 
da Unidade); seringa de 20 ml; agulha 40x12 (caso haja necessidade de instilação); 01 
par de luva de procedimento; adesivo hipoalergênico e/ou esparadrapo; luva estéril; 
coberturas, álcool 70% 
1. Higienizar as mãos; 
2. Obtenha informações sobre tamanho, localização e características da ferida. Reunir 
o material e levar para próximo do paciente; 
3. Explicar o procedimento ao paciente e/ou familiar; 
4. Isolar a cama com um biombo, fechar cortinas e janelas do quarto. Adequar o padrão 
de luminosidade; 
5. Posicionar o paciente confortavelmente e promover a exposição apenas da região do 
curativo. 
6. Colocar máscara, óculos de proteção e capote (caso necessássio); 
7. Higienizar as mãos (água e sabão, clorexidina degermante ou álcool 70%); 
8. Organize o material e abra o pacote de curativo sobre a mesa auxiliar; 
9. Colocar as pinças com os cabos voltados para a borda do campo estéril; 
 10. Abrir gazes e colocá-las no campo estéril do curativo; 
11. Calçar luvas de procedimento 
12. Retirar o curativo antigo com as luvas de procedimento ou com a pinça dente de 
rato (realizar o movimento no sentido do eixo longitudinal da ferida); caso o curativo 
esteja aderido (não sendo placa de curativo do tipo úmido para seco), umedeça a gaze 
antes de retirá-la; remover restos adesivos na pele; 
14. Observar a ferida quanto às características das bordas e pele ao redor, extensão, 
profundidade, presença de secreção (cor, odor, aspecto e quantidade); 
--- higienizar as mãos e calçar luva estéril 
15. Separar a pinça dente de rato; 
16. Dobrar a gaze com auxílio das pinças Kelly e anatômica (calçar luva caso 
necessário); 
17. Realizar limpeza da ferida com Soro Fisiológico 0,9% (temperatura ambiente ou 
morno leve) através de irrigação (com seringa de 20 ml e agulha 40x12, com pressa até 
15 psi e mantendo distância de segurança para evitar respingos) e/ou contato direto da 
gaze (aplicando leve pressão com o auxílio da pinça kelly, com movimento único, 
utilizando as duas faces da gaze e trocando sempre que necessário). 
18. Retirar o excesso de umidade e secar a região peri-lesional; 
19. Aplicar cobertura na ferida conforme indicação. Utilizar luva estéril para manejo da 
cobertura; 
20. Aplicar cobertura secundária utilizando gaze, compressa estéril e fita adesiva/ 
atadura crepom (conforme indicação); 
21. Identificar o curativo registrando nome, data e hora da realização; 
22. Reunir todo material e deixar o paciente confortável; 
23. Orientar o paciente quanto aos cuidados com o curativo e ferida; 
24. Desprezar o material em local apropriado, higienizar a bandeja; 
25. Retirar EPI’s 
26. Higienizar as mãos; 
27. Realizar anotações de enfermagem no prontuário (registrar características da ferida, 
cobertura utilizada, data e hora da realização e indicação de troca).