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Feridas e LPP

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Principios no tratamento de pacientes com feridas 
• PRINCIPAL META - “restaurar a função e a integridade física com 
o mínimo de deformidade e sem infecção.” (Westaby, 1985). 
Identificar quaisquer fatores que possam afetar a cicatrização: 
→ risco para infecção; 
→ dor aguda no pós-operatório; 
→ volume de líquidos deficientes → hipotensão; 
→ nutrição desequilibrada ou risco; 
→ risco de desequilíbrio na temperatura corporal; 
→ risco de sangramento; 
→ medo; 
→ padrão de sono prejudicado; 
→ comorbidades mal controladas; 
→ mobilidade física prejudicada. 
Lesoes 
1. CICATRIZAÇÃO POR PRIMEIRA INTENÇÃO 
→ As bordas da pele se mantém juntas por meio de suturas, 
clipes, grampos ou fitas. Em 48 horas a ferida deve estar 
totalmente fechada. (Hipócrates, 460- 377 a.C.) 
2. FECHAMENTO PRIMÁRIO RETARDADO 
→ Tipo de fechamento quando houve considerável 
contaminação bacteriana. De início a cavidade corporal é 
fechada e as camadas dos tecidos remanescentes são deixadas 
abertas para permitir livre drenagem de exsudato. Após cerca 
de 5 dias - 1 semana essas camadas são fechadas e a ferida 
cicatrizará como qualquer ferida de primeira intenção. 
3. CICATRIZAÇÃO POR SEGUNDA INTENÇÃO 
→ Ferida que cicatriza por granulação, contração e epitelização. 
Cicatrizacao por primeira intencao 
• Monitorização diária da ferida em 
busca de qualquer indício de 
complicação. 
• Bordas fecham fibrina → 
epitelização. 
Fechamento primario retardado 
• Drenos, cateter ou sonda - “dispositivos 
que, colocados no interior de uma cavidade 
ou ferida, tem como finalidade possibilitar a 
remoção de fluídos ou ar, que se encontrem 
presentes ou podem se formar 
posteriormente, além de orientar trajetos 
fistulosos”. 
Meta do tratamento - permitir a livre 
drenagem. 
→ Como a ferida será suturada após a retirada do dreno, o 
tecido de granulação não é meta principal. 
→ Uma vez suturada a ferida → tratar como uma ferida que está 
cicatrizando por primeira intenção. 
→ Manter a inserção com cobertura absorvente. 
Cicatrizacao por segunda intencao 
“Quando há perda considerável de tecido; houve infecção; 
incisão cirúrgica foi superficial, mas cobre uma área extensa”. 
Processo de cicatrização – estágios 
→ Inflamatório - Papel da Histamina + Mediadores inflamatórios 
→ Proliferação - 1. Formação de novos vasos; 2. Síntese de 
colágeno e angiogênese. 
→ Epitelização - 1. Migração de células epiteliais; 2. Síntese do 
colágeno. 
→ Maturação - 1. Alteração na pigmentação; 2. Diminuição da 
força tênsil. 
Tecnica Limpa X tecnica esteril 
• Para a limpeza de feridas crônicas, técnica limpa e coberturas 
limpas, sendo necessário para tal prática o uso individualizado 
de materiais e que os mesmos depois de abertos, sejam 
adequadamente armazenados. 
• Estudo com deiscência cirúrgica em ambiente hospitalar, 
comparando as técnicas, não obtiveram diferença na 
cicatrização → conclui que curativo e técnica limpa estão 
adequados e o custo é mais baixo. (Bates-Jansen e cols, 1997) 
>> Exceto - invasão de corrente sanguínea e em 
imunodeprimidos 
SOLUÇÕES INDICADAS PARA A LIMPEZA 
Solução salina: 
• FERIDAS COM TECIDO DE GRANULAÇÃO - Soro fisiológico estéril 
pré-aquecido + seringa de 20mL + agulha de calibre 18 (40X12) 
ou frascos de soros de 125 ou 250mL perfurados → pressão de 
9,5 e 12,5 psi (Martins, 2001). 
>> Ideal - seringa de 35mL e agulha de calibre 19 → pressão 8 
psi. 
>> Bolsa Baxter de 250mL com tampinha de irrigação → 4 psi. 
>> Sibbald e cols. (2000) recomendam a distância de 10 a 13cm 
para seringa de 30mL e agulhas de calibre 18. 
• FERIDAS EXTREMAMENTE SUJAS - Gaze umedecida e suavemente 
pressionada ou friccionada. 
• FERIDAS PROFUNDAS, ESTREITAS E COM ESPAÇO MORTO - 
Irrigação com solução salina ou papaína. 
 >> Utiliza-se cateter uretral ou acoplado a seringa de 20mL, o 
qual deve ser introduzido cuidadosamente para evitar traumas. 
Polihexametil biguanidanida – PHMB 
• Antisséptico ativo contra grande número de microrganismos 
(bactérias gram-positivas, bactérias gram-negativas e Candida 
spp). 
• Características - mantém sua atividade em ambiente úmido 
por até 72 horas; não é tóxico sobre tecidos vivos; não interfere 
na reepitelização tecidual. 
Avaliacao de feridas – exsudato: 
A. SEROSO - líquido claro com baixo teor protéico (amarelado e 
sem odor). 
B. SANGUINOLENTO / HEMÁTICO - presença de sangue pela 
ruptura de vasos (avermelhado, com presença de “raias”, 
normalmente sem odor). 
C. PURULENTO - decorrente de céls degradadas devido a 
processo séptico (com coloração esverdeada, acinzentada, com 
presença de odor fétido) 
Avaliacao de feridas - tecido desvitalizado 
• Necrose - morte celular decorrente de estímulos exógenos → 
ação de enzimas sobre células mortas (envolvimento micro e 
macro). 
A. Seca - necrose ou escara. 
B. Úmida - esfacelo. 
 
 
 
Avaliacao de feridas - estruturas identificadas 
Terapias topicas - Produtos 
ALGINATO DE CÁLCIO 
• Derivados principalmente de algas. Em contato com a ferida e 
o exsudato que é rico em sódio, formam um gel. 
>> Ação - Absorção do exsudato por troca iônica. 
>> Uso - Feridas abertas ou cavitárias. 
HIDROCOLÓIDE 
• Composto de gelatina, pectina e carboximeticelulose sódica 
em sua face interna com uma base adesiva e com espuma de 
poliuretano. 
>> Ação - Manutenção de meio úmido e oclusão para 
cicatrização e proteção de pele contra atrito. 
>> Uso - Feridas de espessuras superficiais e parciais e prevenção 
de ulcera por pressão (redução de atrito). 
CARVÃO ATIVADO E PRATA 1% 
• Partículas de carvão impregnado com prata que favorece os 
princípios físicos de limpeza da ferida. - Usado em todas as 
feridas com exsudato e odor. 
>> Ação - Bacteriostática, adsorção e filtra odores. 
>> Uso - Bacteriostático, adsorção e filtra odores. 
HIDROGEL 
• Composto por água → hidratação. 
>> Ação - Feridas de espessuras superficiais e parciais e 
prevenção de ulcera por pressão (redução de atrito) 
>> Uso - Feridas de espessura parcial total ou cavitárias com 
pouco exsudato, ou ressecada. 
ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS – AGE 
>> Ação - Estimula elementos celulares da cicatrização 
>> Uso - Feridas abertas sem infecção. 
PAPAÍNA 
>> Ação / uso - Desbridante e a 2% estimula elementos celulares 
da cicatrização. 
• Apresentação - Pó que pode ser manipulado em gel pomada 
ou preparado em solução em várias concentrações 
Prevencao de Lesao por Pressao (LP) 
• LP → evento adverso da assistência: compromete a segurança 
do paciente, é de natureza multifatorial e demanda ações da 
equipe como um todo. 
• Definição - Segundo a NPUAP (2016), a Lesão por Pressão 
(LP): 
“Um dano localizado na pele e/ou nos tecidos moles 
subjacentes, geralmente sobre uma proeminência óssea ou 
relacionada ao uso de dispositivo médico ou a outro artefato. A 
lesão pode se apresentar em pele íntegra ou como úlcera 
aberta e pode ser dolorosa. A lesão ocorre como resultado da 
pressão intensa e/ou prolongada em combinação com o 
cisalhamento.” 
INTENSIDADE DE PRESSÃO 
• Pressão de fechamento capilar - colapso do capilar que leva a 
anóxia tecidual 12 a 32mmHg 
• Intensidade da pressão nas regiões corporais 
PRINCIPAIS ÁREAS DE RISCO: 
 
 
 
 
 
 
Tolerancia tecidual 
• Inúmeros fatores são responsáveis pela redução da tolerância 
tecidual à pressão: 
• FATORES INTRÍNSECOS - Alterações cutâneas pré-existentes; 
Déficit nutricional; Hipotensão / perfusão tecidual prejudicada; 
Idade avançada; Mobilidade reduzida; Sensibilidade reduzida → 
doenças que afetam o sistema neurológico; Peso corpóreo 
alterado; Diminuição do nível de consciência. 
• FATORES EXTRÍNSECOS - fricção, cisalhamento e microclima 
(umidade e temperatura). 
Classificacao 
LP CATEGORIA / ESTÁGIO 1 - ERITEMA 
NÃO BRANQUEÁVEL 
• Pele íntegra com área localizada de 
eritema que não embranquece e que 
pode parecer diferente em pele de 
cor escura. 
• Presença de eritema que embranquece ou mudanças na 
sensibilidade,temperatura ou consistência (endurecimento) 
podem preceder as mudanças visuais. 
LP CATEGORIA / ESTÁGIO 2 - PERDA 
DE PELE EM ESPESSURA PARCIAL COM 
EXPOSIÇÃO DE DERME 
• O leito da ferida é viável, de 
coloração rosa ou vermelha, úmido 
e pode também apresentar-se 
como uma bolha intacta (preenchida com exsudato seroso) ou 
rompida. 
LP CATEGORIA / ESTÁGIO 3 - PERDA DA 
PELE EM SUA ESPESSURA TOTAL 
• Perda da pele em sua espessura total 
na qual a gordura é visível e, 
frequentemente, tecido de granulação 
e epíbole (lesão com bordas enroladas) 
estão presentes. 
• Esfacelo e /ou escara pode estar visível. 
• Podem ocorrer descolamento e túneis. Não há exposição de 
fáscia, músculo, tendão, ligamento, cartilagem e/ou osso. 
LP CATEGORIA / ESTÁGIO 4 - PERDA DA PELE EM SUA ESPESSURA 
TOTAL E PERDA TISSULAR 
• Perda da pele em sua espessura total e 
perda tissular com exposição ou palpação 
direta da fáscia, músculo, tendão, ligamento, 
cartilagem ou osso. 
• Esfacelo e /ou escara pode estar visível. 
• A profundidade varia conforme a localização anatômica. 
LESÃO POR PRESSÃO NÃO CLASSIFICÁVEL 
• Perda da pele em sua espessura 
total e perda tissular na qual a 
extensão do dano não pode ser 
confirmada porque está encoberta 
pelo esfacelo ou escara. 
*Escara estável (seca, aderente, sem eritema) Em caso de 
membro isquêmico ou calcâneo → não remover! 
LESÃO POR PRESSÃO TISSULAR PROFUNDA 
• Pele intacta ou não, com área localizada e persistente de 
descoloração vermelha escura, marrom ou púrpura q não 
embranquece ou separação epidérmica q mostra lesão com 
leito escurecido ou bolha com exsudato sanguinolento. Dor e 
mudança na temperatura frequentemente precedem as 
alterações de coloração da pele. 
Definicoes adicionais 
LESÃO POR PRESSÃO RELACIONADA A DISPOSITIVO – MÉDICO 
• Resulta do uso de dispositivos criados e aplicados para fins 
diagnósticos e terapêuticos. 
• A lesão por pressão resultante geralmente apresenta o padrão 
ou forma do dispositivo. 
LESÃO POR PRESSÃO EM MEMBRANAS MUCOSAS 
• A lesão por pressão em membranas mucosas é encontrada 
quando há histórico de uso de dispositivos médicos no local do 
dano. 
• Devido à anatomia do tecido, essas lesões não podem ser 
categorizadas. 
Avaliacao do risco 
• As escalas de risco servem para pontuar justamente o risco de 
uma população e têm grande importância ao constituírem 
estratégias para diminuir a incidência de formação da úlcera por 
pressão através da priorização de pacientes e intervenções 
preventivas mais eficazes 
Prevencao 
• Inspeção da pele, na admissão ou em até oito horas depois e 
diariamente nas áreas de alto risco. 
• Observar a pele quanto à temperatura, à cor, ao edema, à 
textura/turgescência, à integridade e ao estado de umidade. 
• Avaliar se há alterações da pele e de úlceras anteriores ou 
atuais e documentar as alterações encontradas, incluindo a 
descrição das lesões 
• Individualizar a frequência do banho; higienizar a pele depois 
de cada episódio de evacuação. 
• Utilizar creme barreira ou película protetora. 
• Fazer avaliação nutricional. 
ALUNA: Iasmim Araújo Xavier Fonseca Medicina - UNINOVE

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