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TCC 2

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UNIVERSIDADE PAULISTA 
 
 
 
 
 
PAPEL DO ENFERMEIRO NA ABORDAGEM AO CÂNCER DE 
MAMA 
 
 
 
 
Aline De Brito Santos 
Andrezza Priscila Galdino Santos Da Conceição 
Catiane De Farias Bispo 
Cíntia Maria Silva Oliveira 
Elisângela Barbosa Bodnachuk 
 
 
 
 
 
 
Aracaju – SE 
2021
Aline De Brito Santos 
Andrezza Priscila Galdino Santos Da Conceição 
Catiane De Farias Bispo 
Cíntia Maria Silva Oliveira 
Elisângela Barbosa Bodnachuk 
 
 
 
 
PAPEL DO ENFERMEIRO NA ABORDAGEM AO CÂNCER DE 
MAMA 
 
 
 
 
Pré-projeto de Trabalho de conclusão 
de curso apresentado para a obtenção 
do título de Graduação em Enfermagem 
à Universidade Paulista – UNIP. 
Orientadora: Prof.(a) Enf.ª Especialista 
Gabrielle Viana Cravo 
 
 
 
 
 
 
 
Aracaju – SE 
2021
3 
 
FICHA CATALOGRÁFICA 
 
Santos, Aline De Brito; Conceição, Andrezza Priscila Galdino Santos Da; Bispo, 
Catiane De Farias; Oliveira, Cíntia Maria Silva; Bodnachuk, Elisângela Barbosa. 
. 
PAPEL DO ENFERMEIRO NA ABORDAGEM AO CÂNCER DE MAMA / 
Aracaju- SE, 2021 
22f 
 
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação de Enfermagem) – 
Universidade Paulista, 2021. 
 
Orientador(a): Prof.(a) Enf.ª Especialista Gabrielle Viana Cravo 
 
1. Câncer de mama 2. Assistência do enfermeiro na câncer de mama 3. 
Fatores de risco do câncer de mama. 
I. Cravo; Gabrielle Viana. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
Aline De Brito Santos 
Andrezza Priscila Galdino Santos Da Conceição 
Catiane De Farias Bispo 
Cíntia Maria Silva Oliveira 
Elisângela Barbosa Bodnachuk 
 
 
 
 
 
 
PAPEL DO ENFERMEIRO NA ABORDAGEM AO CÂNCER DE 
MAMA 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso 
apresentado a banca examinadora 
da Universidade Paulista, como parte 
dos requisitos necessários à 
obtenção do título de bacharel em 
enfermagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aprovado em: 24 de Maio de 2021. 
 
________________________________________ 
Prof.(a) Enf.ª Especialista Gabrielle Viana Cravo 
UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP 
 
5 
 
RESUMO 
O Câncer de Mama (CM) é a multiplicação desordenada de células mamárias 
em células malignas, não existe uma origem específica, podendo ser 
desenvolvido em decorrência multifatorial, como a idade, pois a longevidade do 
organismo apresenta maior susceptibilidade às mudanças celulares devido ao 
tempo de exposição no transcorrer da vida, hereditariedade, nuliparidade, 
menarca precoce, protelação gestacional, uso prolongado de anticoncepcionais 
orais, bebida alcoólica, tabagismo e sedentarismo são citados como fatores de 
risco. Esse trabalho tem como objetivo verificar o papel do enfermeiro na 
assistência ao câncer de mama. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, 
considerando estudos publicado, utilizando combinações de descritores. As 
bases de dados virtuais utilizadas foram: Google Acadêmico, SciELO e revistas 
eletrônicas. Esta revisão justifica-se a medida que aponta aos profissionais de 
saúde vinculados ao tratamento e prevenção do câncer de mama, possibilitando 
a melhora dos diagnósticos precoces e no acometimento de menor número de 
mortes. Conclui-se que que no âmbito oncológico torna-se cada vez mais 
necessária a atuação de uma equipe multiprofissional que consiga alcançar uma 
abordagem multidisciplinar, através de um acompanhamento especializado na 
área médica, uma comunicação entre os diversos profissionais da saúde e 
principalmente a presença constante de uma assistência de enfermagem 
sistematizada e humanizada. Cabe ao enfermeiro, a peça chave da equipe 
multiprofissional, a responsabilidade de estabelecer com o paciente acometido 
pelo câncer, uma interação, por meio de uma comunicação terapêutica, 
proporcionando assim uma assistência de enfermagem que atenda as 
expectativas e necessidades desse paciente, assegurando conforto físico, 
emocional e espiritual. 
Palavras-chave: Câncer de mama; Assistência do enfermeiro na câncer de 
mama; Fatores de risco do câncer de mama. 
 
 
 
 
 
6 
 
ABSTRACT 
Breast Cancer (CM) is the disordered multiplication of breast cells into malignant 
cells, there is no specific origin, and it can be developed as a multifactorial result, 
such as age, as the organism's longevity is more susceptible to cellular changes 
due to the time of exposure throughout life, heredity, nulliparity, early menarche, 
gestational delay, prolonged use of oral contraceptives, alcohol, smoking and 
physical inactivity are cited as risk factors. This work aims to verify the role of 
nurses in assisting breast cancer. This is a bibliographic search, considering 
published studies, using combinations of descriptors. The virtual databases used 
were: Google Scholar, SciELO and electronic journals. This review is justified by 
the measure that points to health professionals linked to the treatment and 
prevention of breast cancer, enabling the improvement of early diagnoses and 
the involvement of fewer deaths. It is concluded that in the oncological sphere it 
becomes more and more necessary the performance of a multidisciplinary team 
that can achieve a multidisciplinary approach, through specialized monitoring in 
the medical field, communication between the various health professionals and 
especially the constant presence systematized and humanized nursing care. It is 
up to the nurse, the key part of the multiprofessional team, the responsibility to 
establish an interaction with the patient affected by cancer, through therapeutic 
communication, thus providing nursing care that meets the expectations and 
needs of this patient, ensuring physical comfort , emotional and spiritual. 
Keywords: Breast cancer; Nurse's assistance in breast cancer; Risk factors for 
breast cancer. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
SUMÁRIO 
1.INTRODUÇÃO--------------------------------------------------------------------------------- 8 
2.JUSTIFICATIVA----------------------------------------------------------------------------- 10 
3. OBJETIVOS---------------------------------------------------------------------------------- 11 
3.1 OBJETIVO GERAL-------------------------------------------------------------- 11 
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS-------------------------------------------------- 11 
4. METODOLOGIA DE PESQUISA------------------------------------------------------- 12 
5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA--------------------------------------------------------- 13 
 5.1 CÂNCER DE MAMA------------------------------------------------------------ 13 
5.2 FATORES DE RISCO PARA O CÂNCER DE MAMA------------------ 14 
5.3 PREVENÇÃO PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA------------------------------ 15 
5.4 DETECÇÃO PRECOCE DO CÂNCER DE MAMA----------------------17 
5.5 CÂNCER DE MAMA E O PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM----18 
6. RESULTADOS E DISCUSSÕES------------------------------------------------------- 21 
6.1 DIFICULDADE DA MASTECTOMIA -------------------------------------- 23 
6.2 DIAGNÓSTICO------------------------------------------------------------------- 23 
6.3 SOFRIMENTO CAUSADO PELOS EFEITOS COLATERAIS------- 23 
 6.4 FADIGA---------------------------------------------------------------------------- 23 
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS-------------------------------------------------------------- 25 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ----------------------------------------------------- 26 
ANEXO: CRONOGRAMA------------------------------------------------------------------- 29 
 
 
 
 
8 
 
1. INTRODUÇÃO 
O Câncer de Mama (CM) é a multiplicação desordenada de células 
mamárias em células malignas, não existe uma origem específica, podendo ser 
desenvolvido em decorrência multifatorial, como a idade, pois a longevidade do 
organismo apresenta maior susceptibilidade às mudanças celulares devido ao 
tempo de exposição no transcorrer da vida, hereditariedade, nuliparidade, 
menarca precoce, protelação gestacional, uso prolongado de anticoncepcionaisorais, bebida alcoólica, tabagismo e sedentarismo são citados como fatores de 
risco. (INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER, 2017). 
O câncer de mama tem grande incidência mundial e está cada vez mais 
presente em nosso cotidiano. De acordo com dados do Instituto Nacional do 
Câncer (INCA), esse tipo de câncer perfaz cerca de 28% da ocorrência dos 
novos casos de câncer a cada ano, sendo o mais comum entre as mulheres no 
Brasil. Apesar de infrequente na população masculina, o câncer de mama 
também poderá acometer 1% dos homens. Sob outra ótica, o déficit de 
conhecimento relacionado ao câncer dificulta a busca pela assistência à saúde, 
mesmo com a manifestação de sinais e sintomas importantes como nódulo, 
eritema da mama, retração, alterações no mamilo e edema. A pouca importância 
dada às alterações, seja pela própria mulher ou seus pares, como família e 
amigos pode dificultar a detecção precoce, piorando a gravidade do problema. 
Segundo os dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) (2017), foram 
estimados em 57.960 novos casos de câncer de mama para o ano de 2018. O 
número de óbitos no ano de 2015 colhidos no Departamento de Informática do 
Sistema Único de Saúde (DATASUS) por 162 Revista Humano Ser - UNIFACEX, 
Natal-RN, v.3, n.1, p. 160-173, 2017/2018. ISSN: 2359-6589 meio do Sistema de 
Informações sobre Mortalidade (SIM) chegou ao total de 15.593, sendo 187 
homens, 15.403 mulheres e três de sexo ignorado. No ano de 2012 sucederam 
13.746 óbitos, no ano 2013 foram 14.388 óbitos e no de 2014 sumarizou em 
14.786 óbitos. 
Como forma de melhorar o processo de cuidado, conta-se com um 
método privativo do enfermeiro que é a Sistematização da Assistência de 
Enfermagem (SAE). Ela é utilizada em busca de um melhor plano e processo de 
9 
 
trabalho, objetivando melhoria da assistência e a obtenção de resultados 
satisfatórios. A SAE é um instrumento constituído por cinco etapas. São elas: 
levantamento de dados, diagnósticos de enfermagem, planejamento, 
implementação e avaliação. Ela direciona e viabiliza o trabalho da equipe de 
enfermagem, auxilia os pacientes de acordo com as necessidades 
biopsicossociais e espirituais, através de suas habilidades, julgamento e 
raciocínio, melhorando a qualidade dos serviços prestados (PEREIRA; 
OLIVEIRA; COSTA,2018). 
Os métodos para a detecção precoce do câncer de mama como o 
diagnóstico e rastreamento favorecem para a redução da apresentação do 
câncer destacando a relevância da conscientização das mulheres e dos 
profissionais da saúde para o reconhecimento dos sinais e sintomas da doença, 
viabilizando o acesso momentâneo dos serviços de saúde (INCA, 2018). 
A equipe de enfermagem tem papel fundamental na prevenção pois são 
eles que orientam os pacientes na prevenção primária relacionado aos melhores 
hábitos de vida. O enfermeiro tem dever de educador, principalmente no cenário 
da atenção primária onde possui capacitação e autonomia para realizar 
campanhas, palestras e solicitar exames e medicar devido o respaldo dos 
protocolos institucionais existentes (COREN, 2018). 
 Em um estudo realizado sobre o câncer de mama, mostra a importância 
da prática do profissional de enfermagem relacionado a orientação e educação 
para um cuidado preventivo. O papel do enfermeiro torna-se imprescindível para 
colocar em prática as estratégias para diagnosticar a doença precocemente, 
diminuindo assim casos de câncer que são descobertos de forma tardia 
(RODRIGUES FB, et al., 2012). 
 
 
 
 
 
2. JUSTIFICATIVA 
10 
 
Justifica-se que este tema seja de grande relevância para a área da 
enfermagem, tendo em vista a importância de atuar na prevenção do câncer de 
mama através de estratégias de educação e promover uma melhor assistência 
aos pacientes com essa patologia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. OBJETIVOS 
11 
 
3.1 OBJETIVO GERAL 
• Verificar o papel do enfermeiro na assistência ao câncer de mamas. 
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
• Compreender os cuidados de enfermagem ao paciente com câncer de 
mama; 
 • Incentivar o autoexame para início do tratamento precoce; 
• Buscar a melhora dos diagnósticos e no acometimento de menor número 
de mortes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. METODOLOGIA 
12 
 
O presente estudo consiste em um estudo descritivo, do tipo pesquisa 
bibliográfica, onde foi realizada uma revisão de literatura, segundo Gil (2007) é 
desenvolvido com base em material já elaborado, constituída principalmente de 
livros e artigos científicos de outros autores. Tem como objetivo verificar o papel 
do enfermeiro na assistência ao câncer de mamas. 
 Na primeira etapa se deu da seguinte forma: buscou-se em bancos dados 
eletrônicos por meio de leituras de materiais, livros e artigos científicos, com as 
palavras chaves: Assistência do enfermeiro X Câncer de mama; Fatores de risco 
X Câncer de mama. 
O levantamento das fontes de publicações foi do período de Fevereiro a 
Dezembro de 2021, sendo utilizados os seguintes critérios de inclusão para 
revisão de literatura: artigos Ministério da Saúde, Revistas de Enfermagem, 
monografias, dissertações, teses disponíveis na íntegra, coerentes com o tema 
da pesquisa, sendo excluídos os materiais que não abordavam a temática 
proposta e/ou não atendiam aos critérios de inclusão descritos anteriormente. 
A segunda etapa consiste na leitura e organização dos materiais 
selecionados para elaboração deste trabalho. Foram pesquisados 37 artigos, 
foram eliminados 5, restando o total de 32 referências bibliográficas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
13 
 
5.1 CANCÊR DE MAMA 
As mamas são estruturas complexas constituídas por três principais tipos 
de tecidos diferentes: o tecido glandular, onde estão localizados as estruturas 
responsáveis pela produção de leite durante a lactação; em volta deste existe o 
tecido adiposo, gordura cuja proporção em relação às glândulas no período 
normal é maior do que quando a mulher está amamentando, enquanto durante 
a lactação o número de glândulas mamárias aumenta relativamente às gorduras 
para suprir as necessidades da criança. E o terceiro tipo de tecido encontrado 
na mama da mulher consiste em tecidos conectivos, ou conjuntivo, constituído 
por colágeno e elastina. A unidade fundamental de tecido glandular é conhecida 
como alvéolo, cuja principal função é a produção do leite. Está envolvido por 
tecidos mioepiteliais, pequenos músculos, que ao sofrerem um estímulo liberam 
o líquido para fora do organismo. No centro da mama existe o mamilo, composto 
por uma pele modificada, mais escura, com pequenos orifícios justificados pelas 
terminações dos ductos transportadores do leite. Dessa forma, a mama é 
geralmente dividida em seções conhecidas como lobos, que são compostos de 
lóbulos, pequenas unidades constituídas dos grupos glandulares já 
mencionados (ÓRFÃO; GOUVEIA, 2009; SCHNEIDER et al., 2007). 
Uma patologia grave da mama é o câncer, que está presente na mulher 
quando as células componentes do órgão se encontram em constante e 
desordenada multiplicação, justificada pelas características genéticas 
localizadas no núcleo de cada célula anormal. Este pode acometer qualquer tipo 
de tecido descrito anteriormente. Na maioria dos casos computados, acomete as 
células dos ductos mamários, e por esse fato, recebe a denominação de 
Carcinoma Ductal, que pode se desenvolver de duas maneiras, in situ, quando 
este é restrito a primeira camada de células dos ductos, ou mesmo invasor, nas 
situações em que ocorre a infiltração das células cancerígenas para os tecidos 
vizinhos aos ductos. Ou ainda, o câncer de mama pode acometer inicialmente 
os lóbulos da mama, verdadeiras estruturas funcionais, formando o Carcinoma 
Lobular, um tipo de tumor não muito comum. E por último, é possível encontrar 
uma forma mais agressiva do câncer,o Carcinoma inflamatório que acomete a 
mama de forma geral, apresentando características de processos de inflamação, 
como calor e rubor, em todo o órgão. Este é um dos mais raros e difíceis de 
14 
 
serem encontrados (MARTINS et al., 2009; NUNES, 2008; PORTUGAL, 2005). 
Para Paulinelli et al. (2002, p.170) 
O câncer de mama hoje é considerado um grande problema de saúde 
pública em todo o mundo, é o segundo tipo de neoplasia mais afetado nas 
mulheres perdendo apenas para o melanoma. É considerada uma doença 
temida entre as mulheres por acometer um órgão que identifica a feminilidade e 
a sexualidade. Apresenta uma incidência considerável a partir dos 40 anos e um 
aumento de até 10 vezes acima de 60 anos. Os homens também podem ser 
acometidos com uma proporção de 1% do total de casos da doença 
(INCA,2020). 
A cura depende muito do tipo de tumor e do estágio em que se encontra 
a doença pois aqueles que são diagnosticados precocemente tem um resultado 
satisfatório ou proporciona melhores condições de sobrevida, por este motivo 
existe a necessidade de um controle para realizar exames sempre que 
necessário ou anualmente para identificar essas alterações iniciais 
proporcionando chances maiores de cura (VEIT MT, CARVALHO VA, 2010). 
 
5.2 FATORES DE RISCO PARA O CÂNCER DE MAMA 
Os fatores de risco que estão relacionados ao desenvolvimento do câncer 
de mama podem ser fatores endócrinos, genéticos e comportamentais. Alguns 
exemplos desses são: nuliparidade, menarca precoce, uso de anticoncepcionais 
orais, gestação a termo com mais de 30 anos, reposição hormonal e menopausa 
tardia para fatores endócrinos; obesidade após a menopausa, ingestão de 
bebidas alcoólicas e exposição à radiação ionizante para fatores relacionados 
ao comportamento; históricos de câncer de mama em familiares para os fatores 
genéticos (BRASIL,2009). 
O câncer de mama é uma doença que se torna cada vez mais comum. O 
número de mulheres vítimas desse tipo de enfermidade aumenta 
significativamente com o passar do tempo. A elevação na incidência do tumor 
mamário é, entre outros fatores, decorrente do acompanhamento clínico 
adequado, cuja importância está associada ao diagnóstico precoce do câncer. 
Essa tradição não existia antigamente, quando a cultura das pessoas ignorava 
a importância da visita rotineira ao profissional da saúde especializado. Outra 
15 
 
razão para o aumento do número de mulheres acometidas pelo câncer de mama 
consiste na mudança brutal do estilo de vida, cujo resultado reflete a mudança 
do comportamento do ciclo menstrual e hormonal das mesmas, assim como na 
vida reprodutiva das mulheres, com episódios de maternidade até com cinquenta 
anos de idade. Dessa forma, a etiologia do câncer de mama não é restrita 
apenas a um fator, é um conjunto de fatores que atuam de maneira pertinente 
até o aparecimento do tumor na mulher. Assim, devido à ocorrência de inúmeros 
fatores, cada um fornecendo uma contribuição diferente, é difícil isolar apenas 
uma causa para a doença em questão (GUERRA; GALLO; MENDONÇA, 2005). 
 A própria definição de risco estabelecida pelo Instituto Nacional do 
Câncer (INCA) esclarece que o risco se refere apenas à possibilidade de 
ocorrência de algo indesejado com o indivíduo. Apesar da descoberta dos 
principais fatores de risco, é preciso ressaltar que a existência de um ou mais 
fator de predisposição não indica que a pessoa desenvolverá um tumor. 
Contudo, é necessário o alerta dessas pacientes, para que o acompanhamento 
médico seja próximo e esclarecedor, com a finalidade de obter um rastreamento 
para favorecer o diagnóstico precoce. Algumas mulheres, no entanto, não 
apresentam os fatores de risco, todavia, são portadoras do câncer de mama. 
Portanto, os fatores de riscos servem apenas como alertas e nunca como uma 
indicação de certeza para a presença da neoplasia no organismo (PAIVA; 
PAULINELLI, 2002) 
Entre os principais fatores que se associam ao aumento da probabilidade 
do desenvolvimento da doença, os principais são relacionados à idade do 
paciente, o sexo, o desenvolvimento hormonal incluindo aqui o momento em que 
existe a menarca na mulher, história familiar, menopausa, estilo de alimentação, 
e o consumo de álcool também, além de antecedentes de hiperplasia epitelial, 
de atipias ou macrocistos apócrinos. Sendo que estes são divididos em fatores 
inevitáveis, quando não existe a possibilidade de alterar a situação e evitar esse 
fator de risco, e modificáveis quando dependem da vontade e ação do paciente 
em modificar seus hábitos de vida (FREITAS-JÚNIOR, 2003; SCLOWITZ et al., 
2005; THULER, 2003). 
 
5.3 PREVENÇÃO PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA 
16 
 
Os métodos para a detecção precoce do câncer de mama como o 
diagnóstico e rastreamento favorecem para a redução da apresentação do 
câncer destacando a relevância da conscientização das mulheres e dos 
profissionais da saúde para o reconhecimento dos sinais e sintomas da doença, 
viabilizando o acesso momentâneo dos serviços de saúde (INCA,2018). 
O Outubro Rosa surgiu nos Estados Unidos em 1990 através de uma 
fundação que lançou o laço cor-de-rosa que foi distribuído na 1ª corrida pela cura 
do câncer de mama. Ao decorrer do século outras entidades passaram a realizar 
ações de prevenções, resultando pelo Congresso Norte Americano transformar 
oficialmente, o outubro mês de prevenção do câncer de mama (CENTRO DE 
INTEGRAÇÃO EMPRESA-ESCOLA, 2018). 
O INCA iniciou sua participação no Outubro Rosa em 2010 através de 
eventos técnicos, debates, apresentações sobre o tema além de produções de 
materiais e recursos educativos para disseminar informações sobre prevenção 
e detecção precoce (INCA,2019). 
A saúde necessita de estratégias de comunicação que consigam atingir o 
público alvo por meio de uma mensagem persuasiva, considerando que esta 
depende de abordagens e apelos diferenciados quanto aos objetivos, linguagem 
e público receptor (CARVALHO e TONANI, 2008). A atenção primária tem 
responsabilidade quanto às população sobre os fatores de risco e estratégias 
para diminuir exposição aos mesmos (ABREU et al., 2008). 
A prevenção secundária fornece o dia gnóstico precoce utilizando o 
exame clínico das mamas e mamografia. A prioridade do Sistema Único de 
Saúde (SUS) é realizar o exame de mama na prática clínica e a mamografia 
quando identificado alterações no exame clínico (LOURENÇO, 2010). 
 
A equipe de enfermagem tem papel fundamental na prevenção pois são 
eles que orientam os pacientes na prevenção primária relacionado aos melhores 
hábitos de vida. O enfermeiro tem dever de educador, principalmente no cenário 
da atenção primária onde possui capacitação e autonomia para realizar 
campanhas, palestras e solicitar exames e medicar devido o respaldo dos 
protocolos institucionais existentes (COREN,2018). 
Levando-se em conta o papel essencial do enfermeiro na prevenção e 
controle desta enfermidade, percebemos que suas condutas vão desde a 
17 
 
realização da consulta de enfermagem e orientação de seus pacientes de 
exames necessários e participação em ações educativas, exercendo assim, 
além de um papel preventivo, um aliado no diagnóstico precoce da patologia (DA 
CUNHA, et al., 2018). 
 
5.4 DETECÇÃO PRECOCE DO CÂNCER DE MAMA 
Um dos meios para reduzir a mortalidade por essa doença é o 
rastreamento, que tem como objetivo o diagnóstico precoce. É importante a 
realização do autoexame das mamas pela mulher, juntamente com o exame 
clínico e a mamografia que são de responsabilidade do profissional de saúde 
(BATISTA et al., 2005; ABUD et al., 2009). 
A detecção precoce do câncer de mama é a principal arma no controle e 
não disseminação da doença. Com isso, entende-se que o diagnóstico precoce 
do tumor mamário serve, principalmente, para reduzir as taxas de mortalidade 
de mulheres acometidas pela doença e, assim, melhorar a qualidade de vida e 
aumentar a sobrevida.Dessa forma, existem três metodologias de detecção 
precoce do câncer de mama, o autoexame realizado pela própria mulher, o 
exame clínico realizado por um profissional da saúde especializado e a 
mamografia de alta resolução, um exame radiológico das mamas (DUARTE; 
ANDRADE, 2003; GODINHO; KOCH, 2004; GOMES; SKABA; VIEIRA, 2002; 
MOLINA; DALBEN; DE LUCA, 2003; THULER; MENDONÇA, 2005). 
O controle do câncer de mama tem sido eficaz quando a doença é 
descoberta precocemente, possibilitando o recurso terapêutico com mais 
chances de cura. Consideramos que 80% das descobertas são através do 
autoexame das mamas, mas esta estratégia não tem sido eficiente quando 
detectada, pois geralmente apresentam em fase avançada. Os métodos mais 
seguros e eficazes são o exame clínico e mamografia (SILVA; RIUL, 2011). 
O enfermeiro traz importantes informações sobre exames preventivos e 
periódicos, que auxiliam no rastreamento e detecção precoce do câncer de 
mama a fim de evitar que estes números cresçam de forma exponencial e, acima 
de tudo, para aumentar a expectativa de vida dessa paciente após o diagnóstico 
(AZEVEDO e SILVA et al., 2014). 
18 
 
Segundo informações obtidas do INCA, a recomendação é que o 
autoexame das mamas seja feito mensalmente, entre o sétimo e o décimo dia 
após o início da menstruação, período em que as mamas não apresentam 
edema. Essa recomendação se deve ao fato de que a mama, como outras 
estruturas da mulher, modifica-se durante o ciclo menstrual pela ação do 
estrogênio e da progesterona, os hormônios sexuais femininos. A ação da 
progesterona, na segunda fase do ciclo, leva a uma retenção de líquidos no 
organismo, mais acentuadamente nas mamas, provocando nelas aumento de 
volume, endurecimento e dor. Durante esse período de sintomatologia 
exacerbada pelo edema, torna-se mais difícil o exame das mamas, quer seja 
pelo médico ou enfermeiro, quer pela mulher. A realização do exame entre o 
sétimo e o décimo dia após o início da menstruação, se dá, portanto, no período 
em que as mamas encontram-se menores, menos consistentes e indolores 
(ANDRADE et al., 2005; AGUILLAR; BAUAB, 2003; THULER, 2003). 
 
5.5 CÂNCER DE MAMA E O PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM 
A assistência de enfermagem em oncologia evoluiu muito desde seu 
aparecimento como especialidade. Inicialmente, os profissionais de enfermagem 
que trabalhavam na área oncológica desempenhavam papéis importantes no 
cuidado do paciente, através de medidas de conforto para os pacientes 
cirúrgicos e/ou em tratamento paliativo, no caso de pacientes terminais. Porém, 
hoje a atuação da enfermagem oncológica cresceu e vai além do cuidado 
técnico, pois com os novos tratamentos surgiu a necessidade de um trabalho 
multidisciplinar, voltado não só para o cuidado, mas também para a pesquisa e 
em principalmente para o psicológico do paciente e de sua família 
(MINEO,2013). 
Dentre os profissionais de saúde envolvidos no cuidado à mulher com 
câncer de mama, o enfermeiro é aquele que se destaca, por prestar cuidados 
durante todos os estágios da doença, seja no diagnóstico, durante o tratamento 
e na sua alta hospitalar. As intervenções e a prática de cuidados dos enfermeiros 
devem ser prestadas de forma que a paciente seja assistida integralmente, 
sendo necessário que o profissional tenha o conhecimento técnico-cientifico da 
sua área de cuidado. O enfermeiro é aquele que atua desde a atenção básica 
prestando orientações, como a realização do Autoexame de Mama (AEM), ECM 
19 
 
e mamografia, como formas de prevenção. E é quem passa, também, a orientar 
o paciente durante o tratamento quimioterápico sobre seus efeitos adversos, 
sendo essencial para esclarecer dúvidas dos pacientes e instruí-los sobre a 
forma correta de autocuidado. As orientações realizadas pelos enfermeiros aos 
pacientes em tratamento quimioterápico podem auxiliar na promoção do 
autocuidado e são de suma importância para que eles compreendam que 
também podem assumir sua responsabilidade no tratamento (FERRARI,2018). 
A atuação do enfermeiro na atenção básica à saúde em relação ao câncer 
de mama, deve ser feita de forma interdisciplinar, e incluir informações sobre 
formas de detecção da doença precocemente, importância da atividade física, 
malefícios causados por consumo excessivo de bebida alcoólica e fumo, 
principais tratamentos das mesmas, entre outras com o objetivo de promover a 
saúde das pessoas e prevenir o câncer e outras doenças. Também, o enfermeiro 
pode ajudar as mulheres com câncer de sua área de abrangência na orientação 
de horários e formas de administração dos medicamentos e até mesmo o 
controle dos exames periódicos recomendados durante o tratamento. Com isso, 
a responsabilidade do profissional em questão abrange a promoção, prevenção 
e recuperação da saúde da população, individual, coletiva ou comunitária, sendo 
necessária sua preparação para atividades na área assistencial da saúde, 
administrativa e gerencial (ANDRADE; VIEIRA, 2005; GALVÃO; SAWADA; 
ROSSI, 2002). 
A enfermagem oncológica está presente em todas as fases pelas quais a 
paciente com câncer de mama passa ao longo de todo o processo terapêutico, 
desde o diagnóstico positivo até a reabilitação dos possíveis casos ou até 
mesmo após o óbito. O cuidado oncológico não se difere da assistência prestada 
em outras áreas, sendo aplicado desde a atenção primária, secundária, terciária 
até o pós-morte. O enfermeiro da atenção primária e secundária tem a 
responsabilidade de aplicar em sua área assistencial seus conhecimentos sobre 
fatores de risco para o câncer de mama, medidas de prevenção da doença, 
através de mamografia e autoexame das mamas. Orientar sobre os sinais e 
sintomas de alerta para o câncer, que percebidos com rapidez levam a um 
diagnóstico precoce e um prognóstico favorável a cura. Além disso, atua no pré-
operatório de pacientes que passam pela mastectomia, seja ela conservadora 
ou não. Já o enfermeiro da atenção terciária busca atenderas necessidades dos 
20 
 
pacientes que passam por tratamento complementar como a quimio prevenção, 
radioterapia e hormonioterapia (MINEO,2013). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
6. RESULTADOS E DISCUSSÕES 
Autor Ano 
de 
public
ação 
Revist
a de 
public
ação 
Título Objetivos Tipo de 
estudo 
COSTA, 
Wagner 
Barreto 
et al. 
 
2012. Mulher
es com 
câncer 
de 
mama: 
interaç
ões e 
percep
ções 
sobre 
o 
cuidad
o do 
enferm
eiro. 
Revista 
Mineira de 
Enfermage
m, v. 16, n. 
1, p. 31-37. 
Compreender a 
percepção das 
mulheres portadoras 
de câncer de mama, 
durante o 
tratamento 
quimioterápico em 
relação ao cuidado 
realizado pelo 
enfermeiro, e 
analisar o 
relacionamento 
entre eles numa 
perspectiva de 
humanização. 
Pesquisa 
qualitativa, 
descritiva. 
DA 
CUNHA, 
Aline 
Rodrigu
es et al. 
2018. O 
papel 
do 
enferm
eiro na 
orienta
ção, 
promo
ção e 
preven
ção do 
câncer 
de 
Revista 
Humano 
Ser, v. 3, n. 
1. 
Descrever a 
importância do 
enfermeiro na 
orientação, 
promoção e 
prevenção do 
câncer de mama. 
Estudo do 
tipo 
revisão 
integrativa. 
22 
 
mama.
 
RODRIG
UES, 
Josiane 
Ramos 
Garcia et 
al. 
2020. Import
ância 
do 
enferm
eiro 
para o 
control
e do 
câncer 
de 
mama: 
revisão 
narrati
va. 
 Revista 
Eletrônica 
Acervo 
Saúde, n. 
55, p. 
e3668-
e3668. 
Verificar o papel do 
enfermeiro na 
orientação do 
autoexame das 
mamas. 
Revisão 
bibliográfic
a. 
TEIXEIR
A, 
Michele 
de 
Souza et 
al. 
2017. Atuaçã
o do 
enferm
eiro da 
Atençã
o 
Primári
a no 
control
e do 
câncer 
de 
mama.
 
Acta 
Paulista de 
Enfermage
m, v. 30, n. 
1, p. 1-7. 
Analisar as ações 
realizadas por 
enfermeiros da 
Atenção Primária 
em Saúde para 
rastreamento 
oportunístico do 
câncer de mama, 
tendo como 
parâmetro aproposta do 
Ministério da Saúde. 
Estudo 
descritivo, 
transversal
. 
 
De acordo com o a leitura exploratória, podemos analisar 4 tópicos 
associados aos principais obstáculos. 
23 
 
6.1 DIFICULDADE DA MASTECTOMIA 
A mastectomia é uma das formas de tratamento cirúrgico mais temidas 
pela mulher, levando a sentimento de tristeza, vergonha e muitas vezes 
depressão. A cirurgia altera a imagem corporal e traz repercussões sexuais, 
podendo repercutir no seu cotidiano, desencadeando sintomas como depressão 
e ansiedade, pois a cirurgia traz em si um caráter agressivo e traumatizante para 
a vida da mulher, levando a uma desfiguração e, consequentemente, a uma 
modificação da autoimagem. 
6.2 DIAGNÓSTICO 
Após o diagnóstico do câncer de mama, a mulher enfrenta diversas 
situações, primeiramente o impacto do diagnóstico o que a leva a inúmeros 
pensamentos negativos, tendo em vista que a maioria das vezes o câncer tem 
mal prognóstico dependendo da fase que foi detectado. Muitas vezes precisa 
passar pelo tratamento cirúrgico o que leva a possibilidade da alteração da 
imagem corporal, possíveis limitações e consequências do tratamento adjuvante 
à cirurgia. 
6.3 SOFRIMENTO CAUSADO PELOS EFEITOS COLATERAIS 
A perda de cabelo ou alopecia varia de intensidade segundo a droga 
usada e de acordo com a pessoa que está em tratamento. Pode ocorrer em todo 
o corpo, mas é mais comum na cabeça, em algumas pessoas não há perda de 
cabelo, porém, ele pode mudar de cor e textura (GPPO). 
É um dos efeitos colaterais do tratamento quimioterápico, que pode trazer 
maior sofrimento mais do que a própria cirurgia pois, no contexto social, a perda 
do cabelo mostra o diferente, o não belo, a pessoa inquestionavelmente 
adoecida, 12 reforçando o sentimento de compaixão sentido pelos outros e pela 
própria paciente e culturalmente é normal que o gênero feminino exiba cabelos 
longos e bonitos, fato este que dificulta a aceitação da alopecia tanto pela mulher 
quanto pela sociedade. 
6.4 FADIGA 
24 
 
Outro efeito colateral do tratamento quimioterápico é a fadiga 
impossibilitando o paciente a realizar as atividades diárias. A tensão causada 
pela doença, às visitas frequentes ao centro de tratamento para receber os 
medicamentos e os efeitos do tratamento são fatores que contribuem para o 
cansaço levando-a fadiga. 
A fadiga é um sintoma comum e tratável que interfere profundamente em 
diversos aspectos da qualidade de vida (QV) de pacientes com câncer. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A pesquisa bibliográfica mostrou que o aumento do número de casos 
confirmados da doença contribuiu positivamente para o planejamento das ações 
em saúde e também para que mudasse o olhar dos profissionais da saúde e 
usuários em relação ao câncer de mama no sentido de sensibilizar a todos para 
o seu enfrentamento. Portanto, podemos perceber que o objetivo do trabalho foi 
atingido, pois ficou claro a importância do auto exame, o descobrimento precoce 
e o papel da assistência de enfermagem. 
As práticas educativas devem ser um instrumento de trabalho do 
enfermeiro. Ao abordar a mulher almeja-se uma visão crítica e libertadora das 
condições de vida e a adoção de estratégias de mudança em benefício do sujeito 
e da comunidade. Por meio das informações torna-se possível disseminar o 
cuidado humanizado na sociedade e ser capaz, em longo prazo, de mudar os 
paradigmas do cuidado (TELES, 2015). 
Conclui-se que no âmbito oncológico torna-se cada vez mais necessária 
a atuação de uma equipe multiprofissional que consiga alcançar uma abordagem 
multidisciplinar, através de um acompanhamento especializado na área médica, 
uma comunicação entre os diversos profissionais da saúde e principalmente a 
presença constante de uma assistência de enfermagem sistematizada e 
humanizada. Cabe ao enfermeiro, a peça chave da equipe multiprofissional, a 
responsabilidade de estabelecer com o paciente acometido pelo câncer, uma 
interação, por meio de uma comunicação terapêutica, proporcionando assim 
uma assistência de enfermagem que atenda as expectativas e necessidades 
desse paciente, assegurando conforto físico, emocional e espiritual 
(MINEO,2013). 
 
 
 
 
 
 
26 
 
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VEIT MT, CARVALHO VA. Psico-oncologia: um novo olhar para o câncer. O 
Mundo da Saúde, 2010; 34(4): 526-530. 
29 
 
ANEXO: CRONOGRAMA 
2021 
Atividades Fev Mar Abr Mai Jun Ago Set Out Nov Dez 
Pesquisa 
bibliográfica 
 X 
Elaboração da 
introdução 
 X 
Objetivos X 
Justificativa X 
Metodologia de 
pesquisa 
 X 
Apresentação 
do pré-projeto 
 X 
Pesquisas na 
base de dados 
Scielo, BVS e 
lilacs 
 
 X 
 
Análise dos 
artigos 
pesquisados 
 X 
Fundamentação 
teórica 
 X 
Análise dos 
resultados e 
discussões 
 X 
Considerações 
finais 
 X 
Entrega do 
trabalho final 
 X

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