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1 O ENFERMEIRO E AS MEDIDAS DE PREVENÇÃO DO CÂNCER DE MAMA Autor/Aluno :Zaine Silva Souza Alves Professor: Denise S. D Bernini 1 INTRODUÇÃO A neoplasia da mama se desenvolve a partir do crescimento desordenado de células, gerando enormes impactos não só na vida dos pacientes acometidos por essa patologia, mas acomete também seus familiares, amigos e sociedade. Se trata de um tema que para muitos ainda é atual por apresentar inúmeras descobertas científicas, porém o mesmo já vem sendo discutido a muitos anos e se tornou um dos principais assuntos de saúde pública da atualidade. Estratégias que visam a redução da neoplasia de mama vem sendo discutidas há muitos anos, sobretudo após a criação do programa de Estratégia de Saúde da Família e Saúde da Mulher, como um exemplo dessa preocupação do ministério da saúde em estabelecer políticas de enfrentamento da neoplasia da mama podemos citar a instituição do programa Viva Mulher, campanhas de conscientização como o outubro rosa, entre ouros. Essa patologia causa um grande impacto nos pacientes que são acometidos pois a sua autoimagem e autoestima são afetadas desde o momento do diagnóstico, tratamento onde muitas vezes as mulheres perdem seus cabelos, sentem alguns efeitos colaterais, ás vezes são abandonadas por seus companheiros no momento do tratamento, até o momento do desfecho da doença, sobretudo mulheres que realizam o procedimento de mastectomia, por este motivo esse tema deve ser cada vez mais discutido para que os profissionais saibam orientar esses pacientes acerca de cada passo do tratamento, desenvolva estratégias que auxiliem o mesmo no enfrentamento da patologia, e sobretudo desenvolva atividades com foco nos fatores de risco para que ocorra a diminuição da incidência das neoplasias maligna das mamas. . 2 1.1 JUSTIFICATIVA DO TEMA Debates cujo tema está centrado no tema câncer de mama são grandemente importantes no ambiente da saúde, tendo em vista a crescente taxa de incidência dessa neoplasia, isto gera impactos diretos aos pacientes, também gera altos custos desde a atenção primária até a terciária, custos esses que seriam reduzidos significativamente se o fossem trabalhados desde a infância aspectos relacionados aos fatores de risco dessa patologia e nas suas formas de prevenção e também mostrasse a esse paciente a importância do desenvolvimento dessas atividades de prevenção. Estimativas do INCA indicam que a incidência deste câncer. Tendo essa estimativa em vista é importante que o profissional de saúde busque cada vez mais meios de se atualizar sobre esse assunto de total relevância na saúde pública e os seus meios de prevenção, sabemos que atualmente o ministério da saúde estipula datas para realizações de mobilizações cujo enfoque é centrado principalmente no tema neoplasia da mama, porém as mesmas tem seu maior foco no encaminhamento de pacientes para realização de exames de mamografia e raramente aborda o tema fatores de risco para a neoplasia da mama e meios de prevenção que podem ser adotadas pelos pacientes. 1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA Pretende-se com este estudo avaliar as principais causas para desenvolvimento de um quadro de câncer de mama, avaliar os pontos positivos das realizações de trabalhos focados nos fatores de risco estudados e auxiliar para que os futuros profissionais passem a ter seu foco principal de trabalho no desenvolvimento de medidas preventivas, tendo em vista que atualmente desde o período de graduação as atividades realizadas são focadas na atenção terciária, então o objetivo desse estudo é trazer o foco dos profissionais para atividades de prevenção e foco na atenção primária. 3 1.3 PROBLEMA DA PESQUISA Como vimos no texto acima há anos o Ministério da Saúde com parceria com os governos vem trabalhando no desenvolvimento de diversas políticas públicas e programas que visam o controle e a redução da incidência de casos de neoplasma maligno da mama, porém apesar do desenvolvimento dessas ações as taxas de mulheres e homens acometidos por câncer de mama vêm aumentando a cada ano. Além disso, mediante a dados inseridos no Registro de Câncer de Base Populacional (RCBP) grande parte dos tumores malignos da mama foram diagnosticados em estadiamentos avançados (III e IV), isso ocorre devido a dois principais fatores: a história natural da doença e a dificuldade dos profissionais de saúde em estabelecer um diagnóstico precoce. Isso faz com que progressão da doença aumente significativamente, fazendo assim com que haja uma limitação das medidas de tratamento e, portanto, diminui também as possibilidades de cura da enfermidade. Mediante o crescimento gradativo dos casos de neoplasia mamária verificamos um problema que deve ser investigado pelos profissionais de saúde, se este tema extremamente discutido e já foram desenvolvidas diversas políticas públicas focadas no desenvolvimento de atividades para controle do mesmo por que ocorre um aumento número de casos? Por que os pacientes acometidos por essa patologia chegam às unidades de atenção terciárias em estadiamentos tão avançados nas unidades de atenção primária? 1.4 OBJETIVOS 1.4.1 GERAL Identificar os fatores de risco predisponentes para o desenvolvimento da neoplasia da mama. Orientar a população e os profissionais de enfermagem sobre as formas de prevenção dessa patologia. Auxiliar para que os profissionais de saúde tenham domínio em estabelecer um diagnóstico correto e precoce da neoplasia maligna de mama. Descrever as ações de enfermagem na prevenção do câncer de mama. 4 1.4.2 ESPECÍFICOS Identificar os papéis atribuídos ao enfermeiro na prevenção do câncer de mama. 1.5 HIPÓTESE A ferramenta mais eficaz no que se diz respeito a prevenção da neoplasia da mama tem seu enfoque em prevenção de riscos; O exame clínico da mama é uma importante ferramenta de detecção precoce da neoplasia maligna da mama; Como lidar com o aumento da incidência dessa neoplasia? Adoções de hábitos saudáveis na vida diária são ferramentas importantes para prevenir a neoplasia de mama; 2 METODOLOGIA 2.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA Trata-se de um estudo descritivo, pois procura conhecer as características, problemas e realidades do problema estudado, analisando os principais fatores de risco da neoplasia maligna da mama, a atuação do enfermeiro de uma unidade básica de saúde na prevenção e rastreio dos mesmos e quais principais ações que podem ser desenvolvidas para redução e rastreio precoce dos casos, além de avaliação de ações da equipe de enfermagem quanto ao exame clínico da mama, quais são as principais dificuldades enfrentadas para realização de estratégias preventivas, quais dificuldades enfrenta. Segundo Mattar (1955), o presente estudo trata-se de um estudo de campo, pois permite ao pesquisador realizar análises de profundidade aceitável. Trata-se também de uma pesquisa de qualitativa e quantitativa (Zanella - 2007), pois nele há uma representatividade numérica, através da medição e quantificação de resultados característica de um estudo quantitativo, que objetiva analisar os dados acerca de uma população, analisando apenas parte dela. 5 Serão utilizados dados primários e secundários nesta pesquisa, onde os dados secundários servirão como base para estruturação do questionário que será aplicado. Através de questionários que objetivam reunir uma quantidade considerável de informações, e com isso medir a frequência de determinadas características analisando assim suas relações. Apresenta duas modalidades: aplicadas pelo entrevistador, como por exemplo entrevistas diretas e auto- administradas como a realizada via computadores.2.2 TÉCNICAS PARA COLETA DE DADOS Será utilizado à aplicação de questionários com perguntas altamente estruturadas aos usuários das Unidades Básica de Saúde onde nele serão realizadas perguntas acerca das atividades desenvolvidas pela equipe de enfermagem, fatores de risco a qual a população-alvo está exposta, hábitos da vida diária, entre outros. Este questionário será direcionado tanto para os usuários das Unidades Básica de Saúde, tanto aos funcionários que nela atuam. O questionário dos profissionais de saúde terá como base um questionário elaborado pela secretaria de saúde, enquanto o questionário dos usuários será elaborado com base nas leituras de literaturas. 2.3 FONTES PARA COLETA DE DADOS As fontes utilizadas para o respectivo trabalho têm base na análise de artigos coletados no portal da Scielo, além de artigos publicados pelo Instituto do câncer (INCA), leitura de literaturas com foco no câncer de mama, além de livros publicados em parceria do Ministério da Saúde e INCA, nesses livros são trazidos dados como estimativas de câncer, fatores de risco para o mesmo, quadros que fazem uma análise comparativa entre Estados, Regiões, Brasil e Mundo, além de portarias, etc. Outra fonte que será utilizada para coleta de dados se estabelecerá com base em aplicação de questionários, como já foi dito acima e análise de banco de dados do Registro Hospitalar de Câncer que se dará através da obtenção de dados do banco IRHC, além de análise de dados que serão realizados 6 através de dados obtidos pelo Basepop, além de outros sistemas de informação do ministério da saúde como Sismama. 2.4 CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA PESQUISADA Visando o objetivo da pesquisa, foram definidas como parte da amostra a ser pesquisada: indivíduos do sexo femininos usuários das UBS dos bairros jardim Carapina e bairro da Penha. Esta etapa consistirá em dois passos: onde será previamente definido um tamanho da amostra e seus elementos, para que sejam medidas da forma mais precisa possível as características da população estudada. Na escolha da população serão considerados os seguintes fatores: a) Pacientes do sexo feminino; b) Residentes dos Bairros Jardim Carapina e Bairro da Penha c) Profissionais de saúde que realizam atendimento em geral (consultas, preventivo, planejamento familiar, puerpério); d) Mulheres com vida sexual ativa, que realizam a coleta do preventivo anualmente; e) Proximidade e facilidade de acesso da entrevistadora com os locais, evitando assim custos elevados para realização dos mesmos; 2.5 INSTRUMENTO PARA A COLETA DE DADOS A coleta de dados ocorrerá a partir de um questionário estruturado altamente recomendado para pesquisas de campo, instrumento será elaborado a partir dos objetivos gerais e específicos. Além disso, a coleta desses dados se dará a partir da obtenção de dois dados: primeiramente serão utilizados dados secundários, que será obtido através de levantamento bibliográfico que se deu através de leitura de artigos, livros, monografias, consulta a bancos de dados. A partir daí a coleta de dados se dará por base de dados primários, onde serão utilizadas aplicações de questionários estruturados. As perguntas realizadas abordarão os fatores predisponentes para o câncer de mama que os usuários estão expostos diariamente, seguindo para questionamentos sobre a realização de exame clínico da mama, realização de autoexame da mama, hábitos de vida diária da população estudada, alimentação, entre outros. 7 2.6 POSSIBILIDADE DE TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS A análise dos dados primários e secundários objetiva o cruzamento de dados e contribui assim para análises e conclusões descritivas dos mesmos. A partir da coleta de dados com base em questionários e leitura de artigos, além de análise de banco de dados do Integrador Registro de Câncer Hospitalar (IRHC) E Registro de Câncer de Base Populacional (Basepop) e de outros materiais que auxilie a adquirir um maior embasamento teórico podem- se analisar os fatores influenciadores para o aumento dos casos de neoplasia da mama, as possíveis medidas preventivas, as ações desenvolvidas atualmente pelos profissionais de saúde para a redução do número de casos dessa patologia e os impactos que essas ações vêm trazendo atualmente, sejam eles positivos ou negativos, será possível a avaliação da linha de tendência do carcinoma maligno da mama, avaliando assim se até um ano estipulado previamente os casos de neoplasia da mama diminuirão ou aumentarão ao longo dos anos, nos possibilitando assim uma análise mais sucinta e o estabelecimento de um diagnóstico situacional completo a respeito da neoplasia de mama nos respectivos locais escolhidos, será possível também realizar um estudo comparativo entre ambas as unidades possibilitando assim uma melhor avaliação do tema. 3 REFERENCIAL TEÓRICO 3.1 FATORES DE RISCO DO CÂNCER DE MAMA Diversos estudos indicam a existência de diversos fatores de risco que contribuem para o desenvolvimento de um carcinoma maligno da mama, bem como suas medidas de prevenção, é importante que o enfermeiro esteja apto a avaliar esses fatores de risco que o paciente está exposto e busque então intervenções a esse paciente, vale salientar que ao planejar essas intervenções o profissional de enfermagem avalie formas de envolver diretamente o cliente nesses cuidados. Dentre os mesmos podemos destacar: exposição a radiações ionizantes que se estabelece nos serviços de saúde onde pacientes e profissionais ficam expostos a aparelhos de raios-X, tomografia computadorizada e radioterapia. Quando expostos por longos períodos essas radiações causam a mutação e destruição das células, ocasionando assim o desenvolvimento de um câncer. 8 Por isso é importante orientar profissionais de saúde, pacientes que necessitam realizar os procedimentos citados acima sobre os equipamentos de proteção que devem ser utilizados na realização desses procedimentos, os cuidados que devem ser tomados, entre outros. Sedentarismo: é um importante fator que deve ser trabalhado na prevenção da neoplasia de mama, pois ele é um dos fatores de maior impacto no que se diz respeito ao desenvolvimento desse quadro, é importante orientar ao cliente que a atividade física promove o equilíbrio nos níveis hormonais, auxilia no fortalecimento dos mecanismos de defesa do corpo e auxilia para a manutenção do peso adequado e além de contribuir para prevenção dos cânceres de o câncer de intestino, endométrio e mama. Consumo de bebidas alcoólicas: estudos demonstram que o consumo de bebidas alcoólicas aumenta significativamente os riscos de câncer, isso se deve, pois o álcool apresenta componentes químicos considerados cancerígenos, é o caso do acetaldeído e outras substâncias que facilitam a entrada de agentes cancerígenos para o interior da célula. Diretrizes para a vigilância do câncer relacionado ao trabalho, Ministério da Saúde, INCA, Rio de Janeiro, 2012. Peso corporal: sabe-se que o peso corporal é um importante fator a ser trabalhado quando se refere ao câncer, sobrepeso, obesidade e ganho de peso na fase adulta contribuem significativamente para o desenvolvimento não só dessa neoplasia, mas também de outras como, por exemplo, esôfago, estômago, rins, fígado, entre outros; Isso se deve, pois o excesso de gordura corporal atua na promoção se um processo inflamatório no organismo, provocando maior produção de hormônios e consequentemente danos celulares e o surgimento da doença. De acordo com artigos publicados pela FIOCRUZ e pela Agência Internacional de Pesquisa do Câncer (Iarc), alguns agrotóxicos como, por exemplo, o DDT que são agrotóxicos com substâncias lipossolúveis que se acumulam no tecido adiposo em níveis elevados e por issosão considerados altamente carcinógenos, atuando como promotores tumorais podem levar o indivíduo a desenvolver um quadro de neoplasia no fígado, mama, etc. Além disso estudos realizados atualmente estabelecem a relação do uso de agrotóxicos com o desenvolvimento de quadros de depressão e suicídios, isso nos mostra que o uso dessas substâncias contribui não apenas para o 9 aumento no índice de neoplasias, como também de outras patologias. Exposição aos agrotóxicos e câncer ambiental (Sergio Koifman, Ana Hatagima). Por isso é importante que o enfermeiro desenvolva ações estratégicas focadas em todos esses fatores de risco e estimule o paciente à adoção de práticas integrativas de saúde, é importante ressaltar que ao trabalhar fatores de risco o profissional de saúde não deve adotar uma postura de dizer ao paciente que o mesmo deve parar totalmente com a prática adotada por ele, mas sim o estimule primeiramente na redução, mostrando os benefícios, indicando que no início da redução ele pode ter alguns efeitos colaterais como ansiedade, por exemplo, mas que com essa redução ele ao longo do tempo perceberá os benefícios a saúde que o mesmo terá, o oriente para que o paciente se sinta seguro e estimulado a reduzir maus hábitos. E o mais importante, esse profissional de saúde deve envolver também a família nos cuidados a esse paciente, pois a família além de servir como um alicerce nas mudanças de hábitos dos pacientes é uma ferramenta fundamental nos serviços de saúde, pois dependemos do apoio familiar para obtenção de êxito nas intervenções realizadas. 3.2 PROFISSIONAIS DA SAÚDE E A NEOPLASIA DA MAMA Estudos sobre o carcinoma maligno da mama indicam que o mesmo é um dos cânceres que representam uma maior taxa de incidência e der morbimortalidade da população feminina e geram tabus, sobretudo na população feminina pelo fato de que sua ocorrência causa impactos psicológicos (pois causam alterações na autoimagem feminina, sobretudo quando as pacientes acometidas por essa patologia são submetidas ao procedimento de mastectomia), sociais, funcionais, entre outros. É uma doença causada devido à multiplicação anormal e desordenada das células mamárias que resultam na formação de um tumor que quando não tratado tem potencial para invadir outros órgãos do corpo causando assim uma metástase, que apresenta diversos fatores contribuintes para o seu desenvolvimento. Desde os anos 1980 foram desenvolvidas diversas políticas públicas nessa área, impulsionadas ainda mais pelo programa “Viva Mulher”, no ano de 2005 10 o Ministério da Saúde criou a política Nacional de Atenção Oncológica, onde o controle das neoplasias de mama e colo do útero onde era o foco principal estava centrado no desenvolvimento de planos municipais e estaduais cujo foco deveria ser o desenvolvimento de ações que visassem o controle dessas patologias, além disso, nesse mesmo ano foram elaborados estratégias para o controle dos cânceres de colo e de mama (2005-2007) que apresentava seis principais diretrizes estratégicas: aumento da cobertura para a população previamente escolhida, qualidade e fortalecimento dos sistemas de informações, desenvolvimento de programas de capacitação, estratégias de mobilização social e desenvolvimento de pesquisas. Dentro dessas políticas públicas desenvolvidas o enfermeiro tem um papel fundamental no que se refere à prevenção e rastreio precoce do câncer de mama o enfermeiro tem um espaço para desenvolver atividades diárias para a prevenção dessa patologia a eles são atribuídas às respectivas ações: realização de atendimento integral as mulheres, realização de consultas de enfermagem, coleta de preventivo e exame clínico das mamas, solicitação de exames complementares, prescrição de medicações conforme protocolo do ministério da saúde, realizar atenção domiciliar quando necessário, coordenar e avaliar o trabalho dos agentes comunitários de saúde e equipe de enfermagem. Ministério da Saúde. Portaria nº 648 de 28 de março de 2006. Diversos estudos apontam que apesar de que no período acadêmico os profissionais de enfermagem sejam orientados e capacitados para realizar o exame clínico da mama, durante as práticas da profissão ocorre um desinteresse em realizar o exame clínico da mama e as medidas de prevenção, fazendo assim com que o diagnóstico da neoplasia de mama seja realizado apenas através de mamografias, além disso, esse diagnóstico ocorre em estadiamentos mais avançados fazendo com que muitas vezes essa paciente seja encaminhada as unidades de atenção terciária em estágios avançados que fazem com que o tratamento realizado não atinja seu objetivo, que é a remissão total da doença fazendo assim com que as pacientes que não foram submetidas ao procedimento de mastectomia, evoluam para uma metástase e consequentemente para o óbito. 11 3.3 EXAME CLÍNICO DA MAMA: UMA FERRAMENTA DE DETECÇÃO PRECOCE O perfil epidemiológico da população brasileira vem sofrendo uma alteração significativa ao longo dos anos, no qual o índice de internações e mortalidade passou de doenças infecto-parasitárias para doenças crônicas degenerativas, como é o caso do câncer, isso se dá, pois a população vem mudando seus hábitos de vida ao longo dos anos, ficando assim expostos a mais fatores de risco. Dentre esses fatores de risco podemos citar o consumo abusivo de álcool que vem tendo um enorme crescimento tanto na população masculina, quanto na população feminina. É importante estimular a prática do autoexame pois além de que essa prática não apresenta nenhum efeito colateral, isso faz com que o paciente conheça melhor seu corpo e além disso participe do controle de sua saúde, é importante orientar ao cliente que o autoexame deve ser realizado cerca de uma semana após a menstruação (no caso das mulheres), período esse que as mamas encontram-se menos indolores. Nos casos como menopausa ou situações em que há ausência do período menstrual, o AEM deve ser realizado mensalmente, em qualquer data escolhida e sempre no mesmo dia. Ministério da Saúde – Instituto Nacional do Câncer – Ações de enfermagem para o controle do câncer. 3ª edição, Rio de Janeiro: INCA; 2008. O exame clínico da mama faz parte de um atendimento integral e humanizado e é uma importante ferramenta no quesito orientação e envolvimento do cliente nas linhas de cuidado e deve ser realizado constantemente nos exames físicos e ginecológicos em pacientes de qualquer faixa etária, servindo de base para exames complementares, devendo ser instituído como rotina durante as consultas. A efetividade do ECM varia de acordo com a experiência e habilidade de cada profissional, é importante ressaltar, sobretudo que ante a realização do exame clínico da mama como ferramenta de detecção precoce, deve-se orientar ao paciente que nem toda alteração de mama indica a existência de uma neoplasia. Detecção Precoce do Câncer, Instituto Nacional do Câncer, INCA, Rio de Janeiro, 2018. 12 É importante ressaltar o papel extremamente importante que o enfermeiro de uma UBS tem quando se trata de um paciente que desenvolve um quadro clínico de câncer, ao desenvolver atividades que visam à prevenção dos fatores de risco que contribuem para um quadro clínico de neoplasia esse profissional reduz cerca de 30% os riscos para o desenvolvimento de um carcinoma, além disso, o enfermeiro de uma UBS ao prestar um atendimento integral a esse paciente contribui para que esse tenha vínculo maior com os profissionais de saúde que prestarão os cuidados nos casos de pacientes que desenvolverem um carcinoma de mama e auxilia para que mesmo que o cliente seja diagnosticado com um tumor o mesmo esteja capacitado a lidar com esse problema, estando ciente de que com a descoberta precoce e tratamento adequado o óbito do paciente não éocasionado, qual importância do tratamento, orientar os efeitos colaterais de alguns tratamentos do câncer, reduzindo assim os impactos emocionais, sociais que em sua grande maioria interferem no tratamento do paciente. 13 4 REFERÊNCIAS A mulher e o câncer de mama no Brasil - ministério da saúde instituto/ nacional de câncer José Alencar Gomes da silva (inca) /fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) >> Disponível: https://www.inca.gov.br >>Acessado: 01 de maio de 2019. Aspectos históricos do controle do câncer de mama no Brasil >> PORTO, Marco Antonio Teixeira et al. Aspectos históricos do controle do câncer de mama no Brasil. 2013.>>Disponível: http://www1.inca.gov.br >>Acessado: 01 de maio de 2019. A prevenção do câncer e a promoção da saúde: um desafio para o século XXI >> CESTARI, Maria Elisa Wotzasek; ZAGO, Márcia Maria Fontão. A prevenção do câncer e a promoção da saúde: um desafio para o Século XXI. Rev Bras Enferm, v. 58, n. 2, p. 218-21, 2005. >> Disponível: http://www.scielo.br >>Acessado:01 de maio de 2019. Ações do Enfermeiro no rastreamento e Diagnóstico do Câncer de Mama no Brasil >> DE GUTIÉRREZ, Rivero. Ações do Enfermeiro no rastreamento e Diagnóstico do Câncer de Mama no Brasil. Revista Brasileira de Cancerologia, v. 59, n. 3, p. 459-466, 2013. >> Disponível: http://www1.inca.gov.br >> Acessado: 01 de maio de 2019. Câncer de Mama em Mulheres Jovens: Análise de 12.689 Casos >> PINHEIRO, Aline Barros et al. Câncer de mama em mulheres jovens: análise de 12.689 casos. Rev. bras. cancerol, v. 59, n. 3, p. 351-359, 2013. >> Disponível: https://www.inca.gov.br >> Acessado: 01 de maio de 2019. Câncer de mama: fatores de risco e detecção precoce >> SILVA, Pamella Araújo da; RIUL, Sueli da Silva. Câncer de mama: fatores de risco e detecção precoce. Rev. bras. Enferm. V. 64, n. 6, p. 1016-1021, 2011.>> Disponível: >>Acessado: 01 de maio de 2019. Cartilha câncer de mama: Vamos falar sobre isso. Ministério da Saúde/ Instituto Nacional do Câncer – 2014 >> Disponível: https://www.inca.gov.br >>Acessado: 01 de maio de 2019. Estimativa de câncer no Brasil: Incidência de câncer no Brasil >> Ministério da Saúde/ Instituto Nacional do Câncer/ José de Alencar Gomes da Silva. Evolução da mortalidade por câncer de mama em mulheres jovens: desafios para uma política de atenção Oncológica >> MARTINS, Camila Albuquerque et. Al. Evolução da mortalidade por câncer de mama em mulheres jovens: desafios para uma política de atenção Oncológica. Rev. Bras. Cancerol. V. 59, N.3, p. 341-349, 2013. >> Disponível: http://www1.inca.gov.br >>Acessado: 01 de maio de 2019. Exposição aos agrotóxicos e câncer ambiental: FIOCRUZ >> Disponível: https://portal.fiocruz.br >>acessado: 01 de maio de 2019. Fatores de risco para o câncer >> Disponível: https://www.inca.gov.br>>acessado: 01 de maio de 2019. https://www.inca.gov.br/ http://www1.inca.gov.br/ http://www.scielo.br/ http://www1.inca.gov.br/ https://www.inca.gov.br/ https://www.inca.gov.br/ http://www1.inca.gov.br/ https://portal.fiocruz.br/ https://www.inca.gov.br/ 14 Referência de Pré-projeto >> plano de negócios: John and sons >> WIGGERS, André Augusto et al. Plano de negócios: John and sons. 2011.>> Disponível: https://repositorio.ufsc.br >>Acessado: 01 de maio de 2019. https://repositorio.ufsc.br/
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