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Marcadores Pancreá,cos Bioquímica Clínica Pâncreas • Glândula retroperitoneal • Dividida anatomicamente em diferentes estruturas: a cabeça, corpo e cauda. • Pesa entre 60 e 170g e mede de 12 a 25cm. • Localização: abdômen • Função: endócrina e exócrina Pâncreas ‣ Função endócrina: secreta 4 hormônios através de diferentes células das Ilhotas de Langerhans ‣ Células β: insulina ‣ Células α: glucagon ‣ Células Δ: somatostatina ‣ Células PP: polipeptídeo pancreático Pâncreas • Enzimas: • 1.Amilolíticas – amilase • 2.Lipolíticas – lipase, colesterol esterase • 3.Proteolíticas – tripsina, quimiotripsina, aminopeptidase. • Autoproteção pancreática: • 1.Compactação das proteases na forma de precursores – zimogênios • 2.Síntese de inibidores da protease → psti – inibidor da secreção da tripsina pancreática e anti-proteases inespecíficas como α-1 antitripsina. Pâncreas Regulação da secreção pancreá4ca • 1-↓ph pela ação do suco gástrico → liberação de secretina pelo duodeno e jejuno → estímulo para liberação do suco pancreático rico em água e eletrólitos (bicarbonato) • 2- Aminoácidos, ácidos graxos e suco gástrico → estimulam a liberação de colecistoquinina pelo duodeno e jejuno → cck estimula a liberação do suco pancreático rico em enzimas. Pancreatite aguda Inflamação pancreá/ca aguda caracterizada por dor abdominal súbita e elevação das enzimas pancreá/cas. Fatores de risco • Alcoolismo (acomete 10% dos e/listas); • Litíase biliar (7% dos portadores). • Outros – idade, trauma, fármacos, hipercalcemia, genética, infecção, hipertrigliceridemia, fibrose cística. Pancrea'te aguda - patogênese Potencialização do CCK Ativação prematura dos zimogênios Produção de metabólitos tóxicos endógenos Refluxo de bile pelos ductos pancreá@cos – liBase biliar. A@vação da lipase nos capilares pancreá@cos – hipertrigliceridemia. Pancreatite aguda - patogênese • Ativação da tripsina e de outras enzimas como elastase e fosfolipase, além da cascata de coagulação, complemento e fibrinólise. • Vasoconstricção e estase sanguínea na microcirculação com aumento da permeabilidade, causando a pancreatite edematosa – motivo para reposição volêmica no tratamento. • Infiltrado de macrófagos e polimorfonucleares no tecido lesado, com liberação de citocinas e substâncias oxidativas que causam hemorragia e necrose. Quadro clínico da pancrea4te aguda • Dor abdominal intensa em faixa ou “barra” nos quadrantes superiores, que irradia para o dorso • Se mantém por dias e possui rápida progressão, atingindo intensidade máxima dentro de 10 a 20 minutos. • Posição antálgica: atitude em prece maometana, que é posição de flexão anterior do tórax (genupeitoral). • Náuseas e vômitos incoercíveis e, em geral, não aliviam a dor e que podem levar à síndrome de Mallory-Weiss e hemorragia digestiva alta. https://www.sanarflix.com.br/portal/hemorragia-digestiva-alta-do-diagnostico-ao-tratamento/ Exame Físico • Alteração dos sinais vitais - febre, taquicardia, hipotensão, dispnéia (derrame pleural e irritação diafragmáRca). • Distensão abdominal • Icterícia - colecodoliSase e edema do esTncter de oddi. Raros: • Paniculite – nódulos avermelhados de membros distais. • Tromboflebite nas pernas • Artrite • Outros sinais associados: • Hepatomegalia – esteatose hepáRca • Xantomas - hipertrigliceridemia Exame Físico O diagnós*co de pancrea*te aguda é definido pela presença de pelo menos duas das três caracterís2cas primárias: Clínica Laboratorial Exames de images • Sintomas compatíveis com a doença • Amilase ou lipase séricas aumentadas > 3x que o limite da normalidade possuem sensibilidade e especificidade de 95% • Ultrassonografia Abdominal • TC compatível demonstrando a presença de edema/necrose do parênquima pancreático. Pancreatite Crônica Processo inflamatório crônico com lesão estrutural pancreá5ca e alterações na função endócrina e exócrina. Histologicamente apresenta infiltrado de mononucleares com fibrose. Pancrea4te Crônica Inflamação pancreática aguda caracterizada por dor abdominal súbita e elevação das enzimas pancreáticas. Fatores de risco • Alcoolismo (acomete 10% dos e/listas); • Litíase biliar (7% dos portadores). • Outros – idade, trauma, fármacos, hipercalcemia, genética, infecção, hipertrigliceridemia, fibrose cística. Pancrea3te Crônica Álcool : • Responsável por 70 % dos casos. • 5 % dos eHlistas desenvolvem pancreaHte crônica • (dieta rica em gordura? genéHca? Tabagismo?) • Etanol altera o zimogênio aHvador. Pancrea6te idiopá6ca : • Mutação genéHca? • Hipersensibilidade a ingestão alcoólica? Pancrea3te Crônica Pancreatite hereditátia: • Autossômico dominante. • Sintomas antes dos 20 anos • Aumenta risco de hepatocarcinoma • Ativação prematura da tripsina Pancreatite tropical: • Acomete crianças que morrem na fase adulta. • Etiologia desconhecida. Pancreatite Crônica - patogênese • ↑secreção protéica sem alteração na secreção de bicarbonato intraductal • Rolhas de proteína que se calcificam e ocluem os ductos → hipertensão ductal causa isquemia tecidual • Outras = redução de selênio ↓ da ação anRoxidaRva / desordem autoimune Quadro clínico da pancreatite crônica • Dor Epigástrica, irradiada para dorso, com início 15 – 30 min após alimentação, com aumento progressivo da frequência e intensidade. • Associada a náuseas e vômitos • Não está presente em 20 % dos casos Insuficiência pancreática: • Esteatorréia ↓ atividade lipolítica • Sintomas associados a síndrome disabsortiva. • Diabetes pancreática – fase tardia da doença, Geralmente insulinodependente Dignós4co • Tríade= esteatorreia + calcificação pancreáHca + diabetes – incomum e presente nos casos mais avançados. • • Tc ou rx com calcificação Dignós4co Testes laboratoriais • Amilase/lipase – normalmente normal mas podem estar elevadas. • Se houver elevação das bilirribinas e fosfatase alcalina pensar em obstrução ductal. Maior sensibilidade e especificidade : • Secretina-colecistoquinina: o suco pancreático é coletado por um cateter duodenal após a infusão venosa de secretina e colecistoquinina, sendo possível analisar a secreção de enzimas pancreáticas e de bicarbonato. Indiretos da função exócrina : • Determinação da gordura fecal • Determinação da elastase fecal pancreática (que deve estar diminuída) • Ingestão de bentiromida e do dilaurato de fluoresceína - avaliar a metabolização das substâncias e dosar seus metabólitos na urina após clivagem pelas enzimas pancreática. Fibrose cística ‣ Doença autossômica recessiva. Incidência de 1/1.600 nascimentos de caucasianos e 1:17.000 nascimentos de afro-americanos nos EUA. ‣ Sintomas: perda de peso, tosse crônica, suor excessivo,... ‣ Caracterizada pela atividade secretória anormal de várias glândulas (pâncreas, glândulas salivares, sudoríparas,...). Pode afetar pulmões, pâncreas, sistema digestivo,... ‣ Diagnóstico: dosagem de cloretos no suor pode ser realizada, além da tripsina em sangue total. Fibrose cística ‣ Valores de cloro acima de 60 mEq/l firmam o diagnóstico, valores entre 40 e 60 mEq/l são duvidosos, estando indicada a repetição do exame. Valores inferiores a 40 mEq/l são considerados normais. ‣ A dosagem de elastase-1 pancreática nas fezes é um bom teste para avaliar a função pancreática exócrina em pacientes com fibrose cística. ‣ O diagnóstico se dá pela realização da triagem neonatal, recomendada pelo Ministério da Saúde (MS), empregando-se dosagem da tripsina, que está elevada nos pacientes e permanece elevada até 30 dias de idade. ‣ Na presença de alterações no exame, deve-se realizar um segundo, preferencialmente no primeiro mês de vida. Se o segundo também estiver alterado, o diagnóstico é confirmado ou excluído pelo teste do cloreto no suor, que está alterado em 98%-99% dos pacientes20. Câncer pancreá2co ‣ Raro antes dos 30 anos. Mais comum a partir dos 60 anos. ‣ No Brasil, representa em torno de 2% dos tipos de câncer. ‣ Fatores derisco: cigarro, consumo excessivo de gorduras, carnes e álcool,... ‣ Sintomas: perda de apetite e de peso, fraqueza, diarreia, tontura,... ‣ Achados laboratoriais: tomografia, biópsia e marcadores tumorais (CA 19-9, CA-50, CA-242,...). Peptídeo vasointestinal ativo pode ser útil. Principais marcadores de dano pancreático • Amilase • Lipase • Tripsina • Quimiotripsina • Elastase-1 • Peptídeo vasointestinal ativo (VIP) • * Transferrina deficiente de carboidrato Amilase ‣ Enzima da classe das hidrolases. Cliva amido e glicogênio ingeridos na dieta. ‣ Amilase é secretada pelas glândulas salivares e pelas células do pâncreas (duto pancreático➝intestino). Também pode estar presente nos ovários, testículos, pulmões, amígdala. Sofre excreção urinária. ‣ Análise confirmatória bastante utilizada em casos de pancreatite aguda (75 - 80% dos pacientes com pancreatite aguda apresentam níveis elevados). ‣ No dano no pâncreas, a amilase fluirá para o sistema linfático intra-pancreático e peritônio até atingir os vasos sanguíneos em concentração elevada. Pancreatite aguda: elevação da amilase pancreática ‣ Aumenta: 5 a 8 h após o início do quadro – atinge valores 4-6 vezes o VR – Pico: 12 a 72 h – Normaliza 3-4 dias. ‣ Sensibilidade: 75-80%. ‣ Níveis séricos não se correlacionam com a gravidade da lesão; Quanto maior for o aumento: maior probabilidade de pancreatite aguda. ‣ Casos de pancreatite podem se apresentar com amilasemia normal (20% dos casos). * Outras patologias pancreáticas: obstrução dos ductos pancreáticos, abscesso pancreático, lesões traumáticas do pâncreas,... Hiperamilasemia Hiperamilasemia ‣ Inflamação da glândula salivar (amilase S). ‣ Insuficiência renal (reduz depuração). ‣ Neoplasias de pulmão, ovário, mama e cólon. ‣ Cetoacidose diabética (mais frequente quando a glicemia for superior a 500 mg/dL). ‣ Obstrução intestinal, gastrite e úlcera. ‣ Choque séptico. ‣ Obstrução do trato biliar. Outras causas de hiperamilasemia: Macroamilasemia (hiperamilasemia aparente) - Complexo de elevado PM formado entre amilase e alguma macromolécula (imunoglobulina). Ocorre aumento no tempo de meia vida da enzima. - Encontrada mais frequentemente em homens. A idade em que é descoberta, na maioria dos pacientes, está entre os 50 e os 70 anos. - Há elevação na atividade da amilase sérica (2 – 8 vezes o VR), sem a manifestação dos sintomas de um dano pancreático. Obs: se aumentar no soro e na urina for normal ou baixa Determinação da amilase no soro / plasma • Métodos espectrofotométricos: - Colorimetria Metodologia: Caraway Modificado - Cinética de tempo fixo A amostra é incubada com um substrato de Amido. Pela adição do Iodo, o Amido ainda não hidrolisado adquire coloração azul que diminui proporcionalmente à atividade enzimática, sendo comparado com um controle. - Amostra: soro ou plasma heparinizado, sem jejum. Outros anticoagulantes inibem a enzima (quelam cálcio). Acondicionamento: 2 semanas a - 4⁰C. - VR: 31 – 107 U/L. • Métodos usando anticorpos monoclonais (inibição seletiva da amilase S). Macroamilase impede esta inibição. - VR: 13 – 53 U/L Amilase na urina *Ocorre elevação na pancreatite aguda, geralmente de forma concomitante ao aumento da atividade sérica. Normal ou reduzida na macroamilasemia. - Urina de 24 horas: VR: 1500 – 1800 U/dia. - Pode ser realizada em urina de 2-24 hs (U/h). VR: 50-140 U/h. - Pode ser avaliada a depuração renal da amilase. Normal: 1 – 4%; pancreatite agua: geralmente maior do que 4% (pode atingir valores de 7 a 15%). T. De depuração (%) = (atividade da amilase-U) (concentração de CRE-S) (a@vidade da amilase-S) (concentração de CRE-U) X 1000 x tempo de coleta (h) Amilase Urinária (U/h) = Amilase (U/L) x vol. urina (mL) Líquido ascítico e pleural: elevação em tumores ou pancreatite. X 100 Lipase X ‣ Sintetizada no pâncreas. Mucosa gástrica e mucosa intestinal também podem produzir. Concentração é 5.000 vezes maior no pâncreas. ‣ Secretada pelo pâncreas para o duodeno (ducto pancreático). ‣ Hidrolisa os triglicerídeos. ‣ Normalmente não é encontrada na urina (sofre filtração glomerular, mas é totalmente reabsorvida pelos túbulos proximais). ‣ Na pancreatite aguda, sensibilidade e especificidade são de 80 – 100%. ‣ Geralmente utilizada de forma conjunta com a amilase. Possui vantagens como marcador de pancreatite aguda. Hiperlipasemia • Aumenta: 4 a 8 h após o início do quadro; Pico: 24 h; Normaliza 7-14 dias; Elevações reportadas: 2 – 50 vezes o VR. • Níveis séricos não se correlacionam com a gravidade da lesão; • Na pancreatite por hipertrigliceridemia, os pacientes geralmente apresentam elevação na lipase sanguínea. • Mais associada com a pancreatite alcoólica (PA): ‣ relação lipase/amilase > 3: preditiva de PA ‣ relação lipase/amilase > 5: diagnóstica de PA Pancreatite aguda: Hiperlipasemia ‣ Insuficiência renal ‣ Ulcera duodenal ‣ Doenças estomacais ‣ Inflamação da vesícula biliar ‣ Obesidade ‣ Consumo excessivo de álcool. Outras causas: Determinação da lipase sérica • Métodos espectrofotométricos: • Turbidimetria (icterícia, lipemia e hemólise não interferem); • Métodos imunológicos. - Amostra: soro, sem jejum. Acondicionamento: 3 semanas na geladeira. - VR: até 38 U/L. Metodologia: Colorimétrica A Lipase atua hidrolisando os ésteres de Glicerol de Ácidos Graxos de cadeias longas (Triacilgliceróis) em Diglicerídeos, Monoglicerídeos e Ácidos Graxos livres. Durante a reação o substrato, em meio tamponado e estabilizado, adquire uma forma emulsificada (micelas) formando interfaces (lípídes-água) necessárias a ação da Lipase que em presença do Ácido DiLonitrobenzóico (DTNB) forma um cromógeno de cor amarela sendo proporcional à aLvidade da Lipase no soro. Tripsina ‣ O tripsinogênio (1 e 2) é sintetizado no pâncreas. ‣ Sofre secreção para o intestino, onde gera tripsina (1 e 2), enzima que hidrolisa ligações peptídicas. ‣ Em situações normais, a tripsina é ativada no intestino (no pâncreas existe um inibidor desta ativação). ‣ Situações como a pancreatite aguda, obstrução do ducto pancreático ou biliar, isquemia e fibrose cística podem causar distúrbios na função das células pancreáticas, induzindo a ativação da tripsina intracelular. Dosagem de tripsina Valor de referência: de 2 a 14 dias: Inferior a 90 ng/mL Após 14 dias : Inferior a 70 ng/mL Valores acima de 140,0 ng/mL são sugestivos de Fibrose Cística ‣ Amostra: soro; ‣ Valor Normal: 10,0 a 57,0 ng/mL; ‣ Método: radioimunoensaio. ‣ * Pancreatite Aguda: ocorre elevação em 5 – 10 vezes o VR. ‣ * Na pancreatite crônica (atrofia das células pancreáticas) pode haver redução da tripsina. ‣ Amostra: sangue total (lançeta – calcanhar do RN); Método: imunofluorimétrico. Quimiotripsina ‣ Hidrolisa ligações peptídicas no intestino delgado. ‣ 2 quimiotripsinas diferentes (1 e 2) são produzidas no instestino delgado a partir do quimiotripsinogênio (sintetizado no pâncreas). ‣ Quimiotripsina nas fezes (boa estabilidade intestinal): Útil no diagnóstico de insuficiência pancreática exócrina (pancreatite crônica é a principal causa). ‣ Valor de referência: 12 U/g de fezes. Redução da enzima indica insuficiência pancreática crônica. Elastase-1 ‣ Catalisa a hidrólise da elastina. Produzida no pâncreas (pró-elastase). Ativação é no duodeno. ‣ Dosagem nas fezes é o procedimento mais confiável e sensível para o diagnóstico de insuficiência pancreática exócrina. Método que vem substituindo a dosagem de quimiotripsina. Vantagens deste marcador: ‣ é pâncreas-específica ‣ elevada estabilidade durante o transito intestinal ‣ baixa variação individual nas fezes,... Elastase-1 - Teste apresenta especificidade de 57 a 90%. - Sensibilidade do teste depende da severidade. - Na insuficiência severa, estima-se que a sensibilidade seja de 100%. - Na moderada: 33 – 89%. - Na branda: 0 – 65%. - Dosagem: realizada geralmente em 100 mg de fezes. A estabilidade em amostras de fezes é por até 1 semana a temperatura ambiente.Método: ELISA. - Normal: > 200 microgramas/g fezes; - Insuficiência pancreática moderada: de 100 a 200 microgramas / g fezes; - Insuficiência pancreática acentuada: <100 microgramas/g fezes VR Peptídeo vasointestinal ativo (VIP) ‣ Neuropeptídeo presente no SNC, que age principalmente no intestino causando relaxamento da musculatura lisa. ‣ Utilidade da determinação de VIP: diagnóstico de VIPomas. Tumores mais comumente de origem pancreática. Aproximadamente 60% são malignos. ‣ Sintomas: diarreia crônica, arritmias cardíacas (depleção de K+),... ‣ Achados laboratoriais comuns: hipocalemia, acidose metabólica (depleção de HCO3- nas fezes), hipercloremia,... ‣ Diagnóstico definitivo: dosagem de VIP (radioimunoensaio) em amostras de soro. VR: inferior a 170 pg/mL. Meia-vida muito curta (tratar imediatamente com aprotinina – inibidor de proteases). Transferrina deficiente de carboidrato ‣ Útil na determinação de alcoolismo. ‣ Indivíduo que consome grande quantidade de álcool apresenta elevação nesta proteína no soro. ‣ Marcador ideal em uma paciente suspeito de alcoolismo que nega ter consumido bebidas alcoólicas. ‣ Dosagem: nefelometria. Doenças pancreáticas ‣ Pancreatite aguda ‣ Pancreatite crônica ‣ Fibrose cística ‣ Câncer pancreático • M.F.S, sexo feminino, 55 anos, natural e procedente de Salvador, comparece a PA com dor abdominal há 5 dias, em região mesogástrica e de flanco direito de forte intensidade, constante, de aumento progressivo chegando ao ápice em aproximadamente 15 minutos, irradiando para dorso, com melhora apenas ao uso de analgésicos. Relata constante náusea e vários episódios de vômitos associados ao início da dor, que não melhora ao vomitar, juntamente com febre iniciada no mesmo tempo de 38oC • Há 3 dias familiares perceberam mudança da coloração da esclerótica da paciente que inicialmente estava levemente amarelada. Hoje percebeu escurecimento da urina, que refere estar amarronzada, e o aparecimento de leve escotomas. Nega tabagismo e alcoolismo. Refere que realizou colonoscopia dois dias antes do início dos sintomas. Ao exame: Inquieta, mucosas oculares e orais levemente secas, Temp: 37,9oC, FC: 112 bpm, FR: 22 icm, PA: 110x55mmHg. Dor a palpação abdominal e diminuição dos RHA. Foi solicitado exames laboratoriais, tendo-se como resultados: • Hematócrito: 47%, Leucócitos – Global: 18.500/mm3, Glicemia: 190 mg/dL, LDH: 300 UI/L, TGO: 145 UI/L, TGP: 158 UI/L, Bilirrubinas: 4,5mg/dL, Creatinina: 1,8 mg/dL, Ureia: 25mg/dL, Amilase Sérica: 440 U/L, Lipase Sérica: 470 U/L.
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