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Prova_501_AR

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Prévia do material em texto

QUESTÕES OBJETIVAS 
O parágrafo abaixo, extraído de um artigo de revista, demonstra a intenção de persuadir o leitor a
perder o medo de viajar de avião. Para isso, a redatora argumenta com base em dados estatísticos.
“Andar de avião é mais seguro do que tomar banho. No ano passado, 200 americanos morreram em
desastres aéreos. No mesmo ano, 800 perderam a vida por causa de objetos que caíram em suas cabeças
e 300 porque escorregaram na banheira. Isso sem contar os 42 mil que morreram em desastres de carro.”
(MONTEIRO, Bettina. Em Viagem e Turismo, n. 11, set. 1996. São Paulo, Abril.)
Suponha três profissionais de áreas diferentes, manifestando, cada um com a própria linguagem,
sua opinião a respeito do argumento utilizado pela redatora.
I. Um matemático
Os dados estatísticos apresentados não são prova irrefutável de que “Andar de avião é mais
seguro do que tomar banho”. O maior ou menor grau de segurança não pode ser medido em
números absolutos, mas apenas em números relativos.
II. Um cidadão de escolaridade média
Esses números apresentados não me convencem muito: eles precisariam dizer quantos ameri-
canos viajaram de avião no ano em que foi feita a estatística; quantos andaram de carro;
quantos tomaram banho. 
III. Uma pessoa dedicada a atividade de natureza prática 
Esse texto é que nem aquelas mutreta de propaganda do governo: diz que abriu mais de 100
vaga na escola, mas não diz que tinha 500 mãe na fila. 
Sob o ponto de vista argumentativo, sem levar em conta a forma da linguagem, podemos dizer
que tem (ou têm) cabimento: 
A) apenas I e II. D) apenas II.
B) I, II e III. E) apenas III.
C) apenas I.
O importante nessa questão é levar em conta que o argumento apresentado pela redatora é
falacioso: para comprovar que “Andar de avião é mais seguro do que tomar banho”, o texto deveria
apresentar dados relativos, e não absolutos, já que se trata de uma comparação.
Em termos percentuais, 200 mortes entre os usuários de avião, sem dúvida, é proporcional-
mente muito mais do que 300 mortes entre os americanos que tomam banho. É preciso fornecer ter-
mos de comparação: 200 para 1000, por exemplo, é um percentual muito maior do que 300 para
toda a população do país.
Em sua edição de 5 de abril de 2000, a revista Veja apresentou um artigo sobre o homem de
Neandertal, uma espécie de hominídeo que se acreditava ter um parentesco muito próximo com
o homem moderno. Considere o seguinte trecho (adaptado):
Cientistas russos e suecos demonstraram de forma definitiva, com o auxílio de análises genéticas, que
os neandertais não têm nenhum laço de parentesco próximo com os seres humanos. A análise revelou que
o DNA dos neandertais é 7% diferente da seqüência genética de qualquer humano moderno. Considerando
o ritmo com que o DNA de uma espécie se transforma ao longo das gerações, calcula-se que a separação
entre as duas espécies tenha acontecido há cerca de 600 000 anos.
Analisando-se as informações contidas no texto, pode-se deduzir que, se duas espécies aparenta-
das apresentam 5% de diferença entre suas seqüências genéticas, elas devem ter se separado há apro-
ximadamente:
A) 860 000 anos. D) 170 000 anos.
B) 430 000 anos. E) 85 700 anos.
C) 215 000 anos.
Segundo o texto, considerando-se o ritmo com que o DNA das espécies se transforma, a dife-
rença de 7% entre os DNAs dos neandertais e do homem moderno revelaria o fato de que as duas
espécies se separaram há cerca de 600000 anos. Em outras palavras, e utilizando-se esses dados,
cada 1% de diferença entre os DNAs de duas espécies indicaria que elas teriam se separado há
mais ou menos 85 700 anos (600000 : 7).
Dessa forma, respondendo ao problema proposto pelo enunciado, uma diferença de 5% entre o
DNA de duas espécies aparentadas revelaria que elas se separaram há, aproximadamente, 430000
anos (85700 × 5).
11ENEM/2000 (SIMULADO) – ANGLO VESTIBULARES
QUESTÃO 01
Habilidade: 4
Resposta: B
RESOLUÇÃO:
QUESTÃO 02
Habilidade: 11
Resposta: B
RESOLUÇÃO:
Ainda no mesmo artigo, encontramos os seguintes dados:
Os neandertais ainda são uma peça misteriosa na evolução dos hominídeos. Eles ocuparam a Euro-
pa há cerca de 300000 anos e chegaram até o Oriente Médio. Seu corpo peludo e atarracado tinha ossos du-
ros e pesados e grande massa muscular. Com isso possuíam uma força descomunal e, supõe-se, eram bem
adaptados ao frio da era glacial. Os neandertais moravam em cavernas, mas também construíam abrigos
temporários e fabricavam ferramentas rudimentares.
Do ponto de vista da teoria da evolução proposta por Darwin, pode-se afirmar que:
A) o intenso frio da era glacial obrigou os neandertais a desenvolverem uma espessa cobertura de
pêlos, para se protegerem da perda de calor.
B) como havia escassez de alimento na era glacial, os neandertais desenvolveram uma força des-
comunal para caçar animais de grande porte.
C) para poderem manejar suas ferramentas, os neandertais foram pouco a pouco ficando mais
fortes e ganharam maior massa muscular; isso, por sua vez, levou ao desenvolvimento de ossos
mais duros e pesados.
D) por possuírem corpo peludo e atarracado, os neandertais podiam suportar o frio da era glacial:
a cobertura de pêlos evitava a perda de calor, e o corpo atarracado representava uma menor
superfície exposta ao ambiente.
E) embora morassem em cavernas, os neandertais ainda tinham o corpo muito peludo; com o pas-
sar do tempo, começaram a viver em abrigos temporários e foram perdendo os pêlos excessivos.
De acordo com a teoria da seleção natural, proposta por Darwin, a existência de variabilidade
entre os indivíduos de uma população poderia dar a alguns deles, portadores de certas característi-
cas vantajosas, maior chance de sobreviver, transmitindo essas características a seus descendentes.
Assim, hominídeos que, como os neandertais, apresentassem um corpo peludo e atarracado
estariam, efetivamente, mais bem adaptados para suportar o frio da era glacial; essas características
“favoráveis” seriam selecionadas e se fixariam na população ao longo do tempo, através das gerações.
As demais alternativas da questão apresentam conceitos muito semelhantes às idéias de Lamarck
sobre a evolução biológica.
Motoristas que dirigem com prudência sabem da necessidade de manter seu veículo a certa distân-
cia do que está à frente para evitar colisões. Sabem também que a distância adequada depende prin-
cipalmente da velocidade do veículo, das condições dos pneus, do tipo e do estado do pavimento.
Preocupado com esse problema, um motorista resolve realizar algumas medidas em uma pista
retilínea e horizontal. Descobre que precisa de 10m para parar o seu carro quando este se movi-
menta a 36km/h (10m/s). Supondo que a causa de retardamento do veículo seja exclusivamente
o atrito, ele pode concluir que:
A) o resultado encontrado vale para qualquer pista.
B) seriam necessários 20m para parar o mesmo veículo na mesma pista, se ele se movimentasse
a 72km/h (20m/s).
C) seriam necessários 40m para parar o mesmo veículo na mesma pista, se ele se movimentasse
a 72km/h (20m/s).
D) se ele repetisse a experiência, com o veículo na velocidade 36km/h, mas em outra pista, que apre-
sentasse maior coeficiente de atrito com os pneus, precisaria de mais de 10m para parar o veículo.
E) a distância necessária para parar um veículo em determinada pista é diretamente proporcional
à sua velocidade.
Aplicando a equação de Torricelli, determinamos a aceleração:
v2 = v
0
2 + 2a∆s
0 = 100 + 2a ⋅ 10
a = –5m/s2
Substituindo-se v e a em v2 = v
0
2 + 2a∆s, resulta:
02 = 400 + 2 ⋅ (–5) ⋅ ∆s
∆s = 40m
Estudando os primeiros anos do regime republicano brasileiro, durante os quais se destacou o
problema da Guerra de Canudos no sertão baiano, você encontra o seguinte texto:
“... Como construir uma democracia, se a nação é escravocrata e imperial? Ao nível das idéias, vamos
por isso encontrar uma curiosa identificação, não autorizada pelo tempo nem pelos feitos, entre o adven-
to da República brasileira e a Revolução Francesa. Tudo se passa como se o Império brasileiro fosseigual
ao Ancien Régime francês, sendo a proclamação da República... igual à Revolução Francesa.
12 ENEM/2000 (SIMULADO) – ANGLO VESTIBULARES
QUESTÃO 03
Habilidade: 13
Resposta: D
RESOLUÇÃO:
QUESTÃO 04
Habilidade: 1
Resposta: C
RESOLUÇÃO:
QUESTÃO 05
Habilidade: 20
Resposta: B
(...)
Nesse pano-de-fundo, não nos deve espantar que... o levante de Canudos tenha sido apresentado
como uma frente de restauração monarquista.
(...)
Assim, não nos deve surpreender quando... [no cerco de Canudos] uma ‘data nacional’ é saudada por
uma salva oficial de 21 tiros... o dia vem a ser o da tomada da Bastilha, o 14 de julho. O Exército Bra-
sileiro, que se postulava como o baluarte das classes oprimidas pelo Ancien Régime, inocentemente sal-
vava a data-marco da Revolução Francesa, enquanto massacrava a plebe entrincheirada em Canudos. O
equívoco não poderia ser mais trágico. Afinal, o povo estava do lado de lá, e não do lado de cá; do lado de
cá estava o aparelho de Estado.”
(NOGUEIRA GALVÃO, Walnice. “Introdução”. Em CUNHA, Euclides da. Os Sertões.
35. ed. Rio de Janeiro, Francisco Alves, 1991.)
Da leitura do texto, pode-se concluir que:
A) a autora concorda com a idéia de que a Revolução Francesa e a proclamação da República
brasileira fazem parte do mesmo contexto histórico.
B) os militares, em Canudos, julgavam defender uma causa, quando na realidade defendiam outra.
C) o movimento de Canudos foi uma tentativa dos monarquistas para retornarem ao poder.
D) os militares brasileiros tinham uma posição antipopular, por isso massacraram o povo cerca-
do em Canudos.
E) a Guerra de Canudos ocorreu devido a um trágico engano dos grupos sociais que controlavam
o Estado brasileiro.
Segundo a autora, os republicanos, inclusive o Exército, identificavam a proclamação da Re-
pública com a Revolução Francesa, e o Império brasileiro com o Ancien Régime francês.
No entanto, durante a Guerra de Canudos, o Exército Brasileiro, que se julgava o grande
defensor das classes oprimidas pelo Ancien Régime — ou seja, do povo oprimido pelo Império —,
massacrava esse mesmo povo, entrincheirado no arraial.
Os militares, portanto, acreditavam defender a plebe, mas na realidade defendiam os grupos
sociais que controlavam o aparelho de Estado.
Você já deve ter notado que ao se “limpar” um ferimento com água oxigenada há uma forte efer-
vescência; a água oxigenada parece estar fervendo. Isso é causado pela liberação do gás oxigênio
proveniente da reação de decomposição do H2O2:
2H2O2(aq) → 2H2O(l) + O2(g)
Essa reação, que é lenta nas condições comuns, tor-
na-se muito rápida na presença de uma enzima
denominada catalase, que existe no sangue do feri-
mento. A catalase é um catalisador dessa reação.
Existem substâncias inorgânicas que também são
catalisadores dessa reação, tais como MnO2(s),
OH–(aq), etc.
Um químico interessado na medida da velocidade da
reação de decomposição do H2O2(aq) em H2O(l) e
O2(g) mediu o volume de O2(g) liberado a cada 10
segundos a partir do início da reação, na presença e
na ausência do catalisador MnO2(s). O gráfico obtido
está representado ao lado.
Qual a velocidade média de formação do O2(g) expressa em mL de O2/segundo no intervalo de
tempo entre zero e 10 segundos, na presença e na ausência do catalisador?
A)
B)
C)
D)
E)
13ENEM/2000 (SIMULADO) – ANGLO VESTIBULARES
RESOLUÇÃO:
QUESTÃO 06
Habilidade: 3
Resposta: A
vo
lu
m
e 
d
e 
O
2(
g
) 
em
 m
L
I
II
80
60
40
20
0 10 20 30 40
tempo em segundos
Com catalisador Sem catalisador
6mL/s 4mL/s
4mL/s 6mL/s
60mL/s 40mL/s
40mL/s 60mL/s
4mL/s 4mL/s
O gráfico mostra que num mesmo tempo o volume de O2 formado na reação correspondente
à curva I é maior que na reação correspondente à curva II. Portanto, a reação correspondente à
curva I tem maior velocidade que a correspondente à curva II, ou seja, a curva I representa a
reação com catalisador, e a curva II, a reação sem catalisador.
O gráfico mostra que:
VO2 quando t = 10s
Velocidade média
no intervalo 0 – 10s
Reação com catalisador (curva I) 60mL = 6mL/s
Reação sem catalisador (curva II) 40mL = 4mL/s
O gráfico acima indica o imposto a pagar I (em reais) sobre uma renda líquida R (em reais).
Com base nesse gráfico, uma pessoa que teve renda líquida de R$1500,00 pagará imposto no valor
de:
A) R$60,00
B) R$70,00
C) R$80,00
D) R$90,00
E) R$100,00
No segmento de R$900,00 a R$1800,00 de renda líquida, o imposto vai de R$0,00 a
R$135,00.
A renda líquida de R$1500,00 situa-se nesse segmento. Temos, então, que:
= ∴ x = 90
Entre as numerosas áreas espalhadas pela superfície terrestre em que há formações vulcânicas, uma tem
despertado a atenção de especialistas, por seu potencial destrutivo, caso entre em erupção: é a do Parque
de Yellowstone, nos Estados Unidos. Segundo um pesquisador dessa área, o vulcão está adormecido, mas
poderá voltar a entrar em atividade a qualquer momento, com uma capacidade de destruição jamais vista.
Esse retorno à ação, no entanto, pode ocorrer daqui a um ano, dez mil anos, cem mil anos, ou nem ocor-
rer. Sabe-se apenas que, nessa área, houve megaerupções em ciclos de aproximadamente 600 mil anos —
intervalo de tempo que se completa agora.
A partir das informações do texto e do que você sabe sobre o assunto, assinale a alternativa correta.
A) A região citada formou-se geologicamente no Pré-Cambriano, apresentando extensas áreas de
granito (exemplo clássico de rocha vulcânica), o que permite afirmar que haverá, com certeza,
uma nova erupção dentro de um certo tempo.
B) Em vista de seu vulcanismo intenso, concluímos que o Parque de Yellowstone deve estar situado na
porção mais oriental do território dos Estados Unidos, fazendo parte da paisagem geomor-
fológica dos Montes Apalaches.
135
900
x
600
∆R ∆I
900 135
1500 – 900 x
I (R$)
190
135
900 1800 2000
R (R$)
40mL
10s 
60mL
10s
14 ENEM/2000 (SIMULADO) – ANGLO VESTIBULARES
RESOLUÇÃO:
QUESTÃO 07
Habilidade: 2
Resposta: D
RESOLUÇÃO:
QUESTÃO 08
Habilidade: 10
Resposta: D
C) A ocorrência de atividade vulcânica verifica-se sempre em um ciclo de 600 mil anos, indepen-
dentemente da localização geográfica e do processo de formação geológica dos terrenos.
D) O Parque de Yellowstone, na porção mais ocidental dos Estados Unidos, faz parte da paisagem
geomorfológica das Montanhas Rochosas, área com uma geologia de formação relativamente
recente e, por isso, de grande instabilidade.
E) A presença de rochas vulcânicas no Parque de Yellowstone, no sul do país, não é suficiente para
que se afirme a possibilidade de ocorrência de um novo vulcanismo na região, tendo em vista
a formação geológica muito antiga que se observa no local.
Ao utilizarmos diferentes escalas de tempo na análise das transformações da litosfera, obser-
vamos que o Parque Nacional de Yellowstone, localizado na Califórnia, na porção ocidental dos
Estados Unidos, é uma região de formação geológica recente: data do período Terciário da era
Cenozóica. Foi nessa época que se formaram os dobramentos modernos, como as Montanhas
Rochosas, caracterizados por grande instabilidade geológica, com ocorrência freqüente de terre-
motos e maremotos e intensa atividade vulcânica.
Leia com atenção:
“Nas duas últimas décadas, as organizações criminosas vêm estabelecendo, cada vez mais, suas opera-
ções de uma forma transnacional, aproveitando-se da globalização econômica e das novas tecnologias de
comunicações e transportes. A estratégia utilizada consiste em instalar suas funções de gerenciamento e
produção em áreas de baixo risco, nas quais detêm relativo controle do meio institucional (…).”
(CASTELLS, Manuel. Fim do Milênio. São Paulo, Paz e Terra, p. 205.)
Desse fragmento de texto, podemos entender que:
A) as atividades criminosas internacionais, além de estarem se utilizando de alta tecnologia, estão sendo
favorecidas nos países pouco desenvolvidos cujas instituições são frágeis e passíveis de corrupção.
B) as atividades criminais não se alteraram com a globalização e não interferem nos países pouco
desenvolvidos.
C) nãohá relação entre a economia globalizada e as atividades criminosas internacionais.
D) com o desenvolvimento do capitalismo, a criminalidade internacional desaparece.
E) não há relação entre criminalidade internacional e corrupção das instituições dos países em
desenvolvimento.
O crime organizado foi favorecido pelo processo de globalização, que intensificou o intercâmbio
internacional, e tornou-se um empreendimento bem estruturado, graças ao emprego de alta tecnolo-
gia. Atua principalmente nos países da região dos Andes e no Sudeste asiático, onde, graças à cor-
rupção, consegue exercer relativo controle sobre as instituições governamentais e policiais. Valendo-se
sobretudo da impunidade, opera os centros de produção e distribuição de entorpecentes, domina a
prostituição, o contrabando de materiais radioativos, de armamentos e de órgãos humanos e lava o
dinheiro dessas atividades nos denominados “paraísos fiscais”. Segundo a ONU, calcula-se que a
economia do crime internacional movimenta bilhões de dólares anualmente.
Uma composição metroviária movimenta-se entre duas estações com velocidade variável, de
maneira a proporcionar o mínimo incômodo possível aos passageiros. Entre os gráficos apresen-
tados, qual é o mais adequado à situação proposta?
A)
B) v
t
v
t
15ENEM/2000 (SIMULADO) – ANGLO VESTIBULARES
RESOLUÇÃO:
QUESTÃO 09
Habilidade: 21
Resposta: A
RESOLUÇÃO:
QUESTÃO 10
Habilidade: 4
Resposta: D
C)
D)
E)
O trem deve:
• partir do repouso (parado na primeira estação);
• acelerar rapidamente até atingir a velocidade de cruzeiro;
• manter a velocidade de cruzeiro para executar a viagem;
• retardar rapidamente até o repouso;
• manter esse estado por algum tempo, na estação seguinte.
A partir daí, o ciclo deve ser reiniciado.
Leia atentamente o poema a seguir, de Manuel Bandeira, e assinale a alternativa incorreta a seu
respeito.
Cunhantã
Vinha do Pará.
Chamava Siquê.
Quatro anos. Escurinha. O riso gutural da raça.
Piá branca nenhuma corria mais do que ela.
Tinha uma cicatriz no meio da testa:
— Que foi isto, Siquê?
Com voz de detrás da garganta, a boquinha tuíra:
— Minha mãe (a madrasta) estava costurando
Disse vai ver se tem fogo
Eu soprei eu soprei eu soprei não vi fogo
Aí ela se levantou e esfregou com minha cabeça na brasa.
Riu, riu, riu
Uêrêquitáua.
O ventilador era a coisa que roda.
Quando se machucava, dizia: Ai Zizus!
(Em Libertinagem, 1930.)
A) O poema revela a busca de incorporar ao português literário do Brasil a língua indígena, por meio
do uso de termos originários do tupi, como “cunhantã”, “piá”, “tuíra” e “uêrêquitáua”. 
B) De acordo com a norma culta da língua portuguesa, o poema apresenta diversos erros. Nas fa-
las de Siquê, observa-se a ausência de pontuação (“Eu soprei eu soprei eu soprei”) e a corrup-
tela no nome de Jesus (“Zizus”); no discurso do eu lírico, encontra-se “Chamava Siquê”, forma
popular que substitui o padrão “chamava-se”.
v
t
v
t
v
t
16 ENEM/2000 (SIMULADO) – ANGLO VESTIBULARES
RESOLUÇÃO:
QUESTÃO 11
Habilidade: 6
Resposta: E
C) Das características mais evidentes do Modernismo, encontram-se, nesse poema, o uso do verso
livre, a linguagem coloquial, o elogio do popular e a ironia.
D) O significado do poema constrói-se por meio da contraposição da alegria e da ingenuidade de
Siquê à maldade revelada por sua madrasta.
E) O poema revela certo preconceito racial, pois Siquê, “escurinha”, é vista como sendo inferior
às meninas brancas, devido a sua ingenuidade e dificuldade de expressão.
O poema “Cunhantã” foi publicado no livro Libertinagem (1930), que marcou a adesão defi-
nitiva de Manuel Bandeira ao movimento modernista. O uso do verso livre, a linguagem coloquial,
o elogio do popular e a ironia são algumas de suas características que o comprovam. A linguagem
contém, de fato, diversas transgressões à norma culta e incorpora ao português literário termos
originários da língua tupi. O poema faz um elogio da alegria e ingenuidade de Siquê, represen-
tando a camada humilde do povo brasileiro, em oposição à vileza torpe de sua madrasta. Não se
pode afirmar, de forma alguma, que seja um texto preconceituoso, já que Siquê não é apresentada
como sendo inferior às meninas brancas — ao contrário, o eu lírico afirma que “Piá branca ne-
nhuma corria mais do que ela.”
O jornal inglês The Guardian, em 23 de março de 1883, publicou estas opiniões:
“Considerados em seu conjunto, são a parte baixa da sociedade. Ocupam uma posição intermediária entre
o trabalhador e o aristocrata: ao empregar o primeiro e ao ser empregados do segundo, insensivelmente
contraem os vícios do tirano e do escravo. São os tiranos dos que estão abaixo deles, são os aduladores
dos que estão acima deles: usurários por necessidade e hábito, aproveitam a debilidade do trabalhador e
exploram tudo o que podem da vaidade do aristocrata. Desde logo, esta camada tornou-se a destruidora
da liberdade e da felicidade em todos os países.”
A que camada social o jornal se referia?
A) À aristocracia, sempre perfeitamente adequada a todas as transformações conseqüentes da
industrialização.
B) À classe média alta surgida das transformações sociais decorrentes do processo da industria-
lização.
C) Aos assalariados, que, por formarem uma nova camada social, imitam valores da aristocracia.
D) À classe média, sempre defensora da extinção de todas as discriminações e preconceitos na
sociedade.
E) Aos aristocratas perfeitamente identificados com todas as classes sociais.
As considerações publicadas no jornal inglês The Guardian referem-se à classe média, camada
social então recente, que nasceu com a industrialização. As grandes transformações urbanas da
segunda metade do século XIX fizeram que surgisse essa camada intermediária entre os traba-
lhadores e a tradicional aristocracia inglesa. Como proprietários enriquecidos ou profissionais li-
berais bem-sucedidos, tornaram-se eles os “novos ricos” do capitalismo. Eram, como observa o
jornal, movidos pelos interesses mais imediatos, desprovidos de qualquer ética, a ponto de o jor-
nal considerá-los “destruidores da liberdade e da felicidade em todos os países”.
O dispositivo “air bag”, bastante freqüente nos carros modernos, contém um microprocessador
que, no momento de uma colisão, desencadeia uma série de reações químicas entre reagentes sóli-
dos, produzindo grande liberação de um gás que infla instantaneamente um balão plástico situa-
do à frente do motorista e dos passageiros.
A equação da reação global não balanceada do processo é:
NaN3(s) + KNO3(s) + SiO2(s) Na2SiO3(s) + K2SiO3(s) + X(g)
O gás X liberado, que enche o balão plástico, é inerte e não provoca impacto ambiental.
Esse gás X é:
A) o NO.
B) o NO2.
C) o N2O.
D) uma mistura de óxidos de nitrogênio (NOx).
E) o N2.
Dos gases citados nas alternativas, o único que é inerte e não causa impacto ambiental é o N2.
impacto da colisão
17ENEM/2000 (SIMULADO) – ANGLO VESTIBULARES
RESOLUÇÃO:
QUESTÃO 12
Habilidade: 20
Resposta: B
RESOLUÇÃO:
QUESTÃO 13
Habilidade: 8
Resposta: E
RESOLUÇÃO:
O NO e o NO2 são muito tóxicos e produzem chuva ácida contendo HNO3; o N2O não é tóxico,
não produz chuva ácida, mas é um dos responsáveis pelo efeito estufa.
A equação balanceada da reação global que ocorre com o impacto da colisão é:
10NaN3 + 2KNO3 + 6SiO2 → 5Na2SiO3 + 1K2SiO3 + 16N2
Em oceanos, mares e lagos, a região eufótica é a camada da água na qual a intensidade da luz
solar incidente possibilita a fotossíntese, importante para manter o teor de oxigênio na atmosfera.
A intensidade luminosa I é uma função da profundidade x (em metros), dada por I(x) = I0 ⋅ bx,
onde b é uma constante positiva que depende de vários fatores, entre eles o grau de poluição da
água. Em águas claras, ao redor do arquipélago Fernando de Noronha, a intensidade luminosa, a
uma profundidade de 12 metros, é igual à metade da intensidade luminosa na superfície, isto é,
I(12) = . Sendo assim, podemos concluir que, nessas águas, a uma profundidade de 36 metros,
a intensidade luminosa é igual a:A) D)
B) E)
C)
De I(12) = I0 ⋅ b12 e I(12) = , podemos concluir que b12 = .
Temos que I(36) = I0 ⋅ b36
I(36) = I0 ⋅ (b12)
3
I(36) = I
0
⋅
3
∴ I(36) = I
0
⋅ ∴ I(36) = 
No início do ano 2000, houve um grande vazamento de óleo de um duto da Petrobrás que se rom-
peu, poluindo a Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, com mais de 1,3 milhões de litros de um
material viscoso e escuro. Veja no quadro o tempo necessário para a recuperação de algumas das
espécies do ecossistema local, afetado pelo vazamento:
Fonte: revista Superinteressante, mar. 2000, p. 51 a 53.
Segundo as informações divulgadas pela própria Petrobrás, a causa do vazamento foi a ferrugem
que havia tomado conta da tubulação do oleoduto, o que retrata os sérios problemas de negligên-
cia na manutenção.
Considerando-se as informações constantes do quadro e as explicações da Petrobrás, é correto
afirmar-se que:
A) o problema ambiental decorreu de um acidente, portanto foi imprevisível, não sendo correto
responsabilizar-se a empresa; espera-se apenas que ela ajude a recuperar o ambiente.
B) a Baía de Guanabara, a bem da verdade, já não apresentava um ecossistema, pois a descarga
de esgotos domésticos em suas águas havia eliminado qualquer forma de vida em seu interior.
Espécies
Tempo de recuperação
(em anos)
Árvores do “mangue-vermelho” 20
Caranguejos 20
Biguás (aves) 5
Peixes 3
Garças (aves) 2
I0
8)18()12(
1
2 
I0
2
I0
4
I0
2
I0
6
I0
3
I0
8
I0
2
18 ENEM/2000 (SIMULADO) – ANGLO VESTIBULARES
RESOLUÇÃO:
QUESTÃO 14
Habilidade: 2
Resposta: A
QUESTÃO 15
Habilidade: 16
Resposta: E
C) apesar de os caranguejos demorarem cerca de 20 anos para se reproduzirem, o único proble-
ma ambiental grave decorrente desse vazamento foi o desaparecimento dos peixes, pois muitos
pescadores locais dependiam da pesca para o seu sustento.
D) as espécies de aves — biguás e garças — só foram afetadas pela falta de peixes, pois o óleo vaza-
do não poderia atingi-las, já que elas não têm contato com a água.
E) o problema ambiental verificado na Baía de Guanabara poderá se repetir em outros trechos do
litoral brasileiro, pois há numerosas instalações da Petrobrás em diferentes pontos da costa,
como na Baixada Santista (SP), em São Sebastião (SP) ou no Recôncavo Baiano (BA).
Analisando-se a situação de perturbação ambiental específica da hidrosfera provocada pelo
vazamento de óleo na Baía de Guanabara, identificamos que o problema foi resultado da ferru-
gem que atacou a tubulação do oleoduto. Considerando-se que a Petrobrás reconheceu ter havido
negligência na manutenção, é possível que venham a ocorrer novos “acidentes” do mesmo tipo,
afetando o ambiente de outras áreas de mangues, em diferentes trechos do litoral em que existam
instalações da Petrobrás. Pelo menos enquanto a empresa não modificar a sua política de inves-
timentos em manutenção e em qualificação de pessoal.
Leia os excertos abaixo, compare-os e assinale a alternativa que contém a asserção correta sobre eles.
Excerto I
“Esta [língua tupi] é mui branda, a qualquer nação fácil de tomar (...): carece de três letras, convém
saber, não se acha nela F, nem L, nem R, coisa digna de espanto porque assim não têm Fé, nem Lei, nem
Rei e desta maneira vivem desordenadamente sem terem além disto conta nem peso, nem medida.”
(Pero de Magalhães Gandavo – cronista português do séc. XVI. História da Província de Santa Cruz a que
Vulgarmente Chamamos Brasil.) 
Excerto II
“Ora sabereis que a sua riqueza de expressão intelectual é tão prodigiosa, que falam numa língua e
escrevem noutra. (...) Nas conversas utilizam-se os paulistanos dum linguajar bárbaro e multifário, cras-
so de feição e impuro no vernáculo, mas não deixa de ter o seu sabor e força nas apóstrofes, e também
nas vozes do brincar. (...) Mas se de tal desprezível língua se utilizam na conversação os naturais desta
terra, logo que tomam da pena, se despojam de tanta asperidade, e surge o Homem Latino, de Lineu expri-
mindo-se numa outra linguagem (...), que, com imperecível galhardia, se intitula: língua de Camões!”
(Mário de Andrade. Macunaíma, cap. IX — “Carta pras Icamiabas”, 1928).
A) O comentário do cronista sobre a língua e a cultura indígena contém uma ironia carregada de
preconceito. Ao contrário disso, não há ironia cultural, só lingüística, no que Macunaíma diz
da língua portuguesa.
B) O cronista colonial observa a ausência de três letras na língua indígena, F, L e R, para concluir
daí, sem nenhuma ironia, o estado de desordem em que viviam os aborígines. Também não há
ironia no que Macunaíma diz da língua portuguesa.
C) A visão do colonizador português, contida no excerto I, é idêntica à do colonizado, expressa no
excerto II. Ambos se igualam na compreensão que revelam das diferenças lingüísticas e culturais.
D) A ironia do colonizador (excerto I) desmerece a língua e a cultura indígena. A ironia do índio
Macunaíma (excerto II) ridiculariza a colonização cultural dos brasileiros, quando escrevem
numa suposta “língua de Camões”, latinizada e pomposa, que o próprio Macunaíma parodia
em sua carta.
E) O texto de Gandavo mostra uma compreensão da cultura indígena incomum para a sua época,
ao tratá-la com respeito e seriedade, sem nenhum traço de ironia. O mesmo não se pode dizer
do texto de Macunaíma: carregada de humor e de deboche, sua carta não permite nenhum co-
nhecimento acerca da cultura brasileira.
O texto de Pero de Magalhães Gandavo expressa a visão do colonizador português acerca da lín-
gua e da cultura dos índios do Brasil no século XVI, uma visão limitada por preconceitos eurocên-
tricos; no fragmento de Macunaíma, Mário de Andrade, através da opinião de um índio sobre a lín-
gua e a cultura dos brasileiros do início do século XX, mostra que incorporaram, na escrita, a visão
dos colonizadores portugueses. Há ironia em ambos os casos, mas os objetos ironizados são inver-
tidos, de modo que a aproximação dos dois fragmentos revela “a condição humana como fenômeno
diverso e complexo”, tal como propõe a habilidade 18 formulada pelo ENEM. 
O correto armazenamento dos alimentos que consumimos é medida fundamental para mantê-los
livres de fungos, bactérias, insetos e outros agentes de contaminação. Com freqüência, pacotes
contendo farinha de trigo são invadidos por pequenos besouros que dela se alimentam, tornando-a
imprestável para o consumo humano.
19ENEM/2000 (SIMULADO) – ANGLO VESTIBULARES
RESOLUÇÃO:
QUESTÃO 16
Habilidade: 18
Resposta: D
RESOLUÇÃO:
QUESTÃO 17
Habilidade: 13
Resposta: B
Tentando avaliar o potencial de crescimento e um possível mecanismo de controle biológico de
duas espécies de besouros que se alimentam de farinha de trigo, Tribolium castaneum e Tribolium
confusum, um pesquisador efetuou experimentos com a utilização de um microrganismo parasita
desses insetos. Os gráficos abaixo mostram os resultados de um desses experimentos, realizado em
recipientes de mesma dimensão, contendo iguais quantidades de farinha de trigo, sob tempera-
tura e umidade constantes. Faça a leitura dos gráficos e, baseando-se apenas nas informações neles
contidas, escolha a alternativa que interpreta adequadamente os resultados.
A) O crescimento populacional das duas espécies de besouros é igualmente afetado pelo parasita.
B) O crescimento populacional da espécie T. confusum é menos afetado pelo parasita que o da es-
pécie T. castaneum.
C) O crescimento populacional da espécie T. castaneum é menos afetado pelo parasita que o da es-
pécie T. confusum.
D) Os besouros da espécie T. confusum desenvolveram resistência ao parasita, ao longo do experimento.
E) O parasita utilizado é um eficiente controlador do crescimento populacional de besouros que
se alimentam de cereais.
Recorrendo-se, apenas, à leitura dos gráficos, percebe-se que o crescimento da população de
Tribolium confusum não é afetado pelo parasita, uma vez que, tanto na ausência como na presença do
microrganismo, o crescimento dessa espécie de besouro segue o mesmo padrão. Já no caso do cresci-
mento da população de Tribolium castaneum,nota-se que, na presença do parasita, o crescimento popu-
lacional é comprometido, ocorrendo sempre em níveis baixos, quando comparado ao crescimento
observado na ausência do parasita. Ou seja, o crescimento de Tribolium confusum não é afetado pelo
parasita, ao contrário do que acontece com o crescimento da outra espécie.
Observe o quadro a seguir, onde se representa o crescimento da população mundial em diferentes
momentos. Indique qual das alternativas seguintes não contém uma referência correta ao que
mostram os dados.
(valores arredondados)
Ano
População Tempo para
(em milhões) aumentar
350 a.C. 250 –
1650 500 2.000 anos
1850 1.200 200 anos
1950 2.400 100 anos
1980 4.500 30 anos
2000 6.000 20 anos
Sem parasita
Com parasita
Tribolium confusum30
20
10
0
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900
N
º 
m
éd
io
 d
e 
b
es
o
u
ro
s/
g
Tempo (dias)(a)
Sem parasita
Com parasita
Tribolium castaneum60
40
20
0
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900
N
º 
m
éd
io
 d
e 
b
es
o
u
ro
s/
g
Tempo (dias)
(b)
20 ENEM/2000 (SIMULADO) – ANGLO VESTIBULARES
RESOLUÇÃO:
QUESTÃO 18
Habilidade: 10
Resposta: E
A) No século IV antes da Era Cristã, a população mundial conhecida era relativamente pequena,
com um contingente cerca de 24 vezes menor que a população atual.
B) No período que se estende da Antigüidade Clássica até a fase da Revolução Comercial, a população
mundial apresentava crescimento muito lento, demorando cerca de 20 séculos para duplicar.
C) A fase que se estende da Revolução Comercial até a chamada Primeira Revolução Industrial apre-
sentou uma grande aceleração nas taxas de crescimento, com um aumento do contingente que
superou a marca de 100% em apenas dois séculos.
D) No período que se estende da metade do século XIX até a metade do século XX, o crescimento
da população mundial sofreu uma aceleração maior ainda, dobrando o total de habitantes em
apenas um século.
E) Nos últimos 20 anos (período entre 1980 e 2000), a taxa de crescimento da população mundial
foi bem mais elevada que a do período anterior (entre 1950 e 1980); se ela se mantiver inaltera-
da, a população mundial atingirá 10 bilhões de habitantes até o ano 2010.
A análise da evolução da população mundial em diferentes momentos é de grande importância
para se entender a realidade demográfica, pois permite definir relações entre crescimento popu-
lacional e atividades econômicas e suas transformações no tempo. Diversamente do que se afirma na
alternativa E, o crescimento demográfico mundial não foi tão mais acelerado nos últimos 20 anos:
nesse período, a população aumentou apenas 33% (de 4,5 para 6 bilhões), tendo um aumento anual
médio de +75 milhões. Se essa taxa for mantida, no ano 2010 haverá 6 bilhões e 750 milhões de pes-
soas no mundo, e não 10 bilhões.
Numa escola é adotado o seguinte critério para avaliação anual: a nota do primeiro bimestre é multi-
plicada por 1; a do segundo por 2; a do terceiro por 3; e a do quarto por 4. Os resultados são somados
e divididos por 10. Se a média assim obtida for maior ou igual a 7,0, o aluno está dispensado do exame.
Suponha que um aluno tenha tirado 9,5 no primeiro bimestre; 6,5 no segundo; e 8,5 no terceiro. Qual
é a menor nota que ele poderá tirar no quarto bimestre para ser dispensado do exame?
A) 4,0 D) 5,5
B) 4,5 E) 6,0
C) 5,0
Seja x a nota do quarto bimestre.
Devemos ter:
� 7,0
48 + 4x � 70
4x � 22
x � 5,5
Logo, a menor nota que ele poderá tirar é 5,5.
Há temas universais que percorrem épocas distintas, tratados segundo o espírito de escolas lite-
rárias diferentes. Assinale a alternativa que reconhece o tema universal comum aos três fragmentos
poéticos a seguir e as escolas literárias a que pertencem.
Fragmento 1
Goza, goza da flor da mocidade,
Que o tempo trota a toda ligeireza,
E imprime em toda flor sua pisada.
Oh! não aguardes que a madura idade
Te converta essa flor, essa beleza,
Em terra, em cinza, em pó, em sombra, em nada.
Fragmento 2
Com os anos, Marília, o gosto falta,
E se entorpece o corpo já cansado;
Triste o velho cordeiro está deitado,
E o leve filho sempre alegre salta.
A mesma formosura
É dote que só goza a mocidade:
Rugam-se as faces, o cabelo alveja,
Mal chega a longa idade.
1 ⋅ 9,5 + 2 ⋅ 6,5 + 3 ⋅ 8,5 + 4 ⋅ x
10
21ENEM/2000 (SIMULADO) – ANGLO VESTIBULARES
RESOLUÇÃO:
QUESTÃO 19
Habilidade: 3
Resposta: D
RESOLUÇÃO:
QUESTÃO 20
Habilidade: 5
Resposta: A
Que havemos de esperar, Marília bela?
Que vão passando os florescentes dias?
As glórias que vêm tarde, já vêm frias;
E pode, enfim, mudar-se a nossa estrela.
Ah! não, minha Marília,
Aproveite-se o tempo, antes que faça
O estrago de roubar ao corpo as forças,
E ao semblante a graça!
Fragmento 3
Quero que todos os dias do ano
Todos os dias da vida
De meia em meia hora
De 5 em 5 minutos
Me digas: Eu te amo.
(...)
Quero que me repitas até a exaustão
Que me amas que me amas que me amas.
Do contrário evapora-se a amação
Pois ao dizer: Eu te amo,
Desmentes
Apagas
Teu amor por mim.
A) Os três fragmentos poéticos focalizam o tema universal conhecido pela expressão latina “carpe
diem”. O primeiro é tipicamente Barroco, o segundo pertence ao Arcadismo, e o terceiro representa
o Modernismo.
B) O tema universal presente nos três fragmentos é o da morte. O primeiro pertence ao Arca-
dismo, o segundo é do Barroco e o terceiro é típico do Parnasianismo.
C) Os temas universais contidos nos três fragmentos são o do amor platônico e o da morte. Enquanto
o primeiro fragmento é típico do Parnasianismo, o segundo é nitidamente representante do
Barroco, mas o terceiro, embora pertença à segunda geração do Modernismo, mais parece um texto
neoclássico do século XVIII.
D) O único tema universal presente nos três fragmentos é o da inevitabilidade do fim do amor, que
se esgota e desaparece com a passagem do tempo. O fragmento 1 pertence ao Romantismo, en-
quanto o 2 e o 3 apresentam características que os identificam com o Arcadismo.
E) Os temas universais comuns aos três textos são o da fugacidade da vida e do “carpe diem”. O
primeiro fragmento pertence ao Classicismo; o segundo, ao Barroco; o terceiro, ao Simbolismo.
Os três fragmentos poéticos exploram o mesmo tema, que é freqüente em toda a literatura oci-
dental: o “carpe diem” (= colhe o dia), uma exortação ao gozo da vida. No entanto, cada um deles o
desenvolve de acordo com os princípios estéticos e os valores culturais de sua respectiva época. No
fragmento 1, de Gregório de Matos, o tema vem associado ao pessimismo típico do Barroco, marcado
pela Contra-Reforma; no fragmento 2, de Tomás Antônio Gonzaga, é desenvolvido de modo menos
emocional e mais racional, o que pode ser visto como influência do Iluminismo, como geralmente se
verifica na literatura do Arcadismo; no texto 3, de Carlos Drummond de Andrade, desenvolve-se segun-
do o espírito irônico e a linguagem prosaica típicos do Modernismo.
Depois do ar, a água é a substância que nos é mais familiar e talvez seja a mais peculiar encontrada
na Terra. Além de ser o único composto mineral do planeta que é encontrado no estado líquido, apre-
senta outras características surpreendentes. Uma delas é o seu comportamento durante a solidi-
ficação, pois é uma das únicas substâncias em que, na ocorrência desse fenômeno, o sólido formado
(gelo) flutua sobre o líquido — enquanto, para a grande maioria das substâncias, o sólido formado
precipita e fica recoberto pelo líquido ainda não solidificado.
Quando numa dada região a temperatura do ar atinge valores muito abaixo de 0°C (por exemplo,
–20°C, –30°C, …), esse comportamento peculiar da água durante a solidificação, pelo menos indire-
tamente, é responsável pelo(a):
A) manutenção do pH da água dos mares, rios e lagos da região.
B) manutenção da concentração de NaCl na água dos mares, rios e lagos da região.
C) aumento da capacidade térmica da água dos mares, rios e lagos da região.
D) precipitação de cátions de metais pesados que contaminam a água dos mares, rios e lagos da
região.
E) manutenção da vida dos seres aquáticosdos mares, rios e lagos da região.
22 ENEM/2000 (SIMULADO) – ANGLO VESTIBULARES
RESOLUÇÃO:
QUESTÃO 21
Habilidade: 9
Resposta: E
Como a temperatura do ar está abaixo de 0°C, há solidificação da água dos mares, rios e
lagos, porém o gelo formado irá flutuar, constituindo uma camada na superfície dos mesmos. Isso
impede que a temperatura da água abaixo da camada de gelo atinja valores muito baixos, que
provocariam a morte dos peixes e demais seres aquáticos da região.
Mancha de óleo invade 4km de área protegida
A APA (Área de Proteção Ambiental) de Guapimirim, na baía de Guanabara, foi atingida ontem pelo
óleo que vazou, na madrugada de terça, de um duto da Petrobrás. Cerca de 500 toneladas de óleo espa-
lharam-se por uma faixa de 200km2. A mancha penetrou 4km no rio Suruí, o mais importante da área
de proteção. Foram imediatos os reflexos da poluição na área, que, pela riqueza ambiental, é conhecida
como o “pantanal fluminense”. Pela manhã, caranguejos, siris e aves cobertos de óleo agonizavam ao lon-
go do Suruí e no manguezal da APA. A APA de Guapimirim preserva, em 14 mil hectares, a fauna e a flora
originais da baía. O fato de a região ter sido atingida pela mancha de óleo agrava as conseqüências de um
dos maiores desastres ecológicos dessa natureza ocorridos em nosso país.
(Adaptado do jornal Folha de S. Paulo, 21 jan. 2000, caderno 3, p. 3.)
Os meios de comunicação, como exemplifica o texto acima, destacaram os efeitos macroscópicos
do episódio no meio ambiente. No entanto, uma outra conseqüência, talvez mais dramática, foi o
escurecimento da água, que afetou toda a teia alimentar aquática no ecossistema daquela região.
Essa conseqüência é relacionada à:
A) dificuldade de locomoção dos peixes, que, impossibilitados de enxergar, tornam-se presas
fáceis dos seus predadores e dos pescadores.
B) possibilidade de reação do óleo com o oxigênio dissolvido na água, o que provoca a redução do
teor desse gás e a morte dos seres aeróbios.
C) dificuldade de penetração da luz na água, o que prejudica a atividade fotossintetizante do fito-
plâncton e reduz o teor de oxigênio dissolvido.
D) proliferação excessiva de certas espécies de algas que, livres da competição com outras espé-
cies, provocam o escurecimento da água.
E) proliferação excessiva de bactérias decompositoras, que consomem todo o oxigênio dissolvido
e provocam a morte dos seres aeróbios.
A luz é fundamental para a realização da fotossíntese, e o fitoplâncton — conjunto das microscópi-
cas algas que vivem nos ecossistemas aquáticos — constitui a base das teias alimentares desses ecos-
sistemas. Da atividade do fitoplâncton resultam o alimento orgânico e o oxigênio, necessários para a
sobrevivência dos diversos componentes das cadeias alimentares. O escurecimento da água, ao difi-
cultar a penetração da luz, prejudica a realização da fotossíntese pelo fitoplâncton e compromete a
sobrevivência dos componentes das teias alimentares aquáticas.
O jornal Folha de S. Paulo, em 3 de abril de 2000, publicou na página 9 do primeiro caderno uma
matéria com o título “Cortes no social sustentam ajuste fiscal” seguido pelo seguinte gráfico:
Seguridade × Superávit no Orçamento 2000
Em R$ bilhões
53,17%
Participação da
Seguridade Social
no superávit
primário da União
137,112
121,531
15,581
29,30
Total de receitas
da Seguridade
Social
Total de
despesas
da
 Seguridade
Social
Superávit
da
 Seguridade
Social
Superávit
primário
embutido
no Orçamento
2000
23ENEM/2000 (SIMULADO) – ANGLO VESTIBULARES
RESOLUÇÃO:
QUESTÃO 22
Habilidade: 16
Resposta: C
RESOLUÇÃO:
QUESTÃO 23
Habilidade: 3
Resposta: E
A partir do título da matéria e das informações do gráfico, é possível concluir que:
A) o aumento das receitas da Seguridade Social permitirá que o setor apresente um significativo
superávit.
B) o superávit previsto no orçamento da União para o ano 2000 se deve ao crescimento das receitas
da Seguridade Social.
C) ao contrário do que geralmente se pensa, a Seguridade Social no Brasil tem sempre receitas
maiores do que as despesas.
D) o corte de despesas em outros setores do orçamento da União permitiu que se deslocassem recur-
sos para a Seguridade Social.
E) o corte de despesas na Seguridade Social é o principal fator responsável pelo superávit primário
no orçamento da União.
O título da matéria afirma que o ajuste fiscal foi conseguido graças ao corte de despesas na
área social (“Cortes no social sustentam ajuste fiscal”).
Essa afirmação permite concluir que o superávit da Seguridade Social, mostrado no gráfico,
não foi obtido com o aumento das receitas da Seguridade, mas sim com o corte das despesas.
O gráfico mostra, ainda, que mais da metade do superávit previsto no orçamento de 2000 são
devidos ao superávit da Seguridade Social, o que confirma o acerto da alternativa E.
O princípio da conservação da energia é um dos mais importantes da Física clássica. Sua aplicação
na análise e nos cálculos das quantidades necessárias de certos combustíveis tem possibilitado a
obtenção de melhor rendimento de máquinas, a um custo cada vez menor. Um combustível A
fornece 2000 unidades de energia por grama de sua massa e um combustível B fornece 3000
unidades de energia por grama de sua massa. Dispõe-se de 20g do combustível A e 10g do com-
bustível B. O total de energia disponível nesse conjunto, supondo-se uma perda de 10% durante o
processo de transformação, é:
A) 54000 unidades de energia 
B) 63000 unidades de energia 
C) 72000 unidades de energia 
D) 81000 unidades de energia 
E) 90000 unidades de energia 
Combustível A 2000 × 20 = 40000 u.e.
B 3000 × 10 = 30000 u.e.
Total 70000 u.e.
Perda 10% 7000 u.e.
Disponível 63000 u.e.
Analise as duas afirmações abaixo e as tabelas:
I. A realidade geográfica está impressa no espaço natural. O homem, no entanto, ao interpretar e men-
surar essa realidade, conta com diferentes graus de conhecimentos e diferentes instrumentos, fru-
tos da época em que vive. Por isso, muitas vezes, suas interpretações ocasionam graves problemas.
II. Pesquisas recentes indicam que as cartas aerográficas da Serra da Mantiqueira têm medidas
até 350 metros inferiores à altura real dos picos, o que talvez explique a elevada concentração
de acidentes com aviões na região, que mantém um dos mais intensos tráfegos aéreos do país.
Fonte: Anuário Estatístico do Brasil 1991. Rio de Janeiro, FIBGE, 1991, p. 102.
Topônimo
Altitude Localização
(em m) (Unidade da Federação)
1º Pico da Neblina 3.014 Serra do Imeri (AM)
2º Pico 31 de Março 2.992 Serra do Imeri (AM)
3º Pico da Bandeira 2.890 Serra do Caparaó (MG/ES)
4º Pico do Cristal 2.798 Serra do Caparaó (MG)
5º Pico das Agulhas Negras 2.787 Serra do Itatiaia (MG/RJ)
6º Pedra da Mina 2.770 Serra da Mantiqueira (MG/SP)
7º Pico do Calçado 2.766 Serra do Caparaó (ES/MG)
8º Monte Roraima 2.727 Serra do Pacaraima (RR)
24 ENEM/2000 (SIMULADO) – ANGLO VESTIBULARES
RESOLUÇÃO:
QUESTÃO 24
Habilidade: 7
Resposta: B
RESOLUÇÃO:
QUESTÃO 25
Habilidade: 19
Resposta: C
(*) Dados da equipe da USP
Fonte: “USP confirma novas medidas de Agulhas Negras e Pedra da Mina”, jornal O Estado de S. Paulo,
12 abr. 2000.
Podemos concluir que:
A) as diferenças entre as altitudes registradas nas duas tabelas são explicadas pelas afirmativas I
e II, onde se confirma que a interpretação da realidade geográfica depende, fundamental-
mente, da interpretação que o homem faz dos dados.
B) as diferenças de altitude encontradas nas duas tabelas são muito pequenas, não justificando o
alarmismo e a interpretação apressada contida na afirmação II.
C) algumas medições do IBGE são muito antigas e utilizaram técnicas consideradas rudimenta-
res, quando comparadas a aferições de elevado grau de precisão, como as do GPS usado pela
USP — fato que confirma as conclusões das afirmativas I e II.
D) a afirmativa I não tem fundamento e sua aceitação leva a erros como o que está indicado na
afirmativa II. Isso é comprovado através das pequenas diferenças encontradasentre os dados
das duas tabelas.
E) a realidade geográfica existe independentemente do homem, sendo impossível para ele interpretá-
-la corretamente, o que se comprova pelas diferentes medidas encontradas nas duas tabelas.
As recentes medições realizadas pela USP utilizaram tecnologia de GPS — Global Positioning
System, a mais moderna e precisa forma de determinação da posição e da altitude de um ponto
na superfície terrestre. A interpretação dos dados obtidos mostrou uma realidade geográfica dife-
rente daquela que o IBGE divulgava, indicando que o desenvolvimento da tecnologia permite uma
observação e uma mensuração mais precisas da realidade geográfica.
A figura mostra os trechos retilíneos AB
—-
, BC
—-
e DE
—-
de três estradas cujos sentidos de percurso estão
indicados. Os trechos AB
—-
e BC
—-
cruzam-se perpendicularmente, enquanto o trecho DE
—-
cruza o tre-
cho BC
—-
a 9,4km do ponto B e formando 60° com BC
—-
.
Se o trecho curvo MNP que liga AB
—-
com BC
—-
e DE
—-
é um arco de circunferência, então o raio desse
trecho mede:
A) 4,6km
B) 5,8km
C) 6,0km
D) 6,4km
E) 7,0km
C
D
B
M
A
P
60º
E
N
Nome
Altitude Localização
(metros) (Serra)
1º Pico da Neblina 3.014 Imeri (AM)
2º Pico 31 de Março 2.992 Imeri (AM)
3º Pico da Bandeira 2.890 Caparaó (MG/ES)
4º Pedra da Mina 2.797 (*) Mantiqueira (SP/MG)
5º Pico das Agulhas Negras 2.789 (*) Mantiqueira (MG/RJ)
6º Pico do Cristal 2.780 Caparaó (MG)
7º Pico do Calçado 2.766 Caparaó (MG/ES)
8º Monte Roraima 2.727 Pacaraima (RR)
25ENEM/2000 (SIMULADO) – ANGLO VESTIBULARES
RESOLUÇÃO:
QUESTÃO 26
Habilidade: 14
Resposta: C
(Adotar = 1,7) 3
Os trechos AB
—-
e BC
—-
formam um sistema carte-
siano em que B é o ponto (0; 0). Ainda segundo o
enunciado, o ponto F tem coordenadas (0; 9,4). O
centro R do trecho curvo é eqüidistante dos três tre-
chos e, portanto, está nas bissetrizes BR e FR dos
ângulos de 90° e 120°.
Equações das retas BR e FR:
B(0; 0)
mBR = tg 45º = 1
y – 0 = 1 ⋅ (x – 0)
F (0; 9,4)
mFR = tg 150º = –
Temos o sistema:
y = x
y – 9,4 = – x
Resolvendo esse sistema, com = 1,7, obtemos x = 6 e y = 6.
Assim, o centro é R(6, 6) e, portanto, o raio mede 6km.
O que vem a seguir é um texto publicitário premiado, criado pela agência MPN-Casablanca para
anunciar o trator linha 200 da Massey-Ferguson. Leia-o com atenção:
(Em Anuário de Criação de São Paulo 1975-1976. São Paulo, CCSP, 1976, p. 146.)
��3
��3
3
��3
3
26 ENEM/2000 (SIMULADO) – ANGLO VESTIBULARES
1
2
1
2
1
2
3
1
2
3
1
2
3
y – 9,4 = – (x – 0)
��3
3
150º
C
E
D
B A
60º
60º
60º
45º
45º
R
9,4
F
150º
C
E
D
B A
60º
60º
60º
45º
45º
R
9,4
F
RESOLUÇÃO:
QUESTÃO 27
Habilidade: 6
Resposta: C
Pescaria.
Pescador:
É. Aí eu joguei a linhada no rio. Um baita dum
pexão pegô a isca e começô a me puxá e eu num aguen-
tava com ele cumpadre.
Compadre:
Êpa...
Pescador:
Aí, eu amarrei a linhada no meu trator Massey-
Ferguson...
Compadre:
Êpa...
Pescador:
Aquele da nova linha Massey-Ferguson 200.
Compadre:
Sei, sei.
Pescador:
Com aquele baita motorzão, com nova direção,
com cambio de oito velocidades e o peixe me puxava e
eu grudado no trator e o peixe puxava nóis dois.
Compadre:
Um momentinho, um momentinho. Ocêis tiraro ou
num tiraro esse pexe do rio?
Pescador:
É, tirá num tiramo mai qui intortamo o rio intor-
tamo, viu?
Locutor:
Nova linha Massey-Ferguson 200.
Fator de vanguarda.
Considere estes três comentários sobre o texto reproduzido:
I. Há, no texto, marcas evidentes de uma variante lingüística do interior de certos estados brasilei-
ros, principalmente São Paulo e Minas Gerais, conhecida pelo nome genérico de variante caipira.
II. São muitas as marcas da chamada variante caipira no texto, tais como: palavras típicas como
baita (= enorme), grudado (= agarrado); pronúncias características como pexão, pegô, puxá.
Mas há algumas contradições: o falante que diz pexão deveria dizer pexe e não peixe.
III. O emprego dessa variante ampliou muito o efeito expressivo do texto, pois ela é perfeitamente ade-
quada ao tema pescaria (remetendo-nos às lendárias mentiras de pescador do meio rural
brasileiro), aos personagens e ao produto anunciado, um trator.
Podemos dizer que é(são) correto(s):
A) apenas I. D) I e III.
B) II e III. E) apenas II.
C) I, II e III.
Todos os comentários são corretos.
I. Não é preciso conhecimento especializado para um brasileiro identificar esse modo de falar
como típico da variante caipira, situada sobretudo no interior de São Paulo e de Minas Gerais,
com ramificações pelos estados de Mato Grosso e Goiás. A escolha lexical (das palavras) e as
pronúncias não deixam dúvida a esse respeito.
II. Todos os usos apontados são característicos da variante caipira, além de outros como tiraro,
mai qui... Mas há ao menos uma incoerência: o mesmo falante (o pescador), no mesmo con-
texto, pronuncia pexão e depois peixe.
III. A escolha da variante não poderia ser mais feliz, pois ajusta-se com perfeição ao tema, de
natureza rural, ao produto (usado no preparo da terra para agricultura) e aos personagens,
ambos homens do campo.
No início deste novo século, fala-se de novas ideologias. Tem-se concluído que tanto a social-demo-
cracia como o liberalismo estão à procura de novos caminhos, exigidos pela realidade. Dessa
maneira, acredita-se que o século XXI será marcado pelo binômio: democracia e livre mercado.
Aponte a afirmação correta sobre esse binômio:
A) Democracia e livre mercado traduzem os mesmos ideais, que convergem na prioridade deno-
minada justiça social.
B) Livre mercado e democracia podem ser ideais conflitantes. Isso porque, enquanto o primeiro
tem como base a liberdade econômica, que estimula o individualismo, o segundo baseia-se nos
ideais de liberdade política, estimulando o coletivismo.
C) Esse binômio foi incorporado pelos governos ditatoriais, que eliminaram a liberdade política
para preservarem o bem-estar social.
D) O livre mercado e a democracia são ideais conflitantes porque o primeiro produz a especulação,
e a segunda, a anarquia.
E) Os dois ideais não são conflitantes, porque condenam a propriedade privada.
Associa-se uma economia de livre mercado com a democratização; portanto as atividades neoli-
berais amparam-se, tanto política como economicamente, na menor intervenção do Estado e na elimi-
nação da sua burocracia. Contudo, muitas vezes, um país atinge excelência econômica sem possuir
estabilidade social. Isso porque uma reestruturação neoliberal pode provocar altos índices de desem-
prego, mesmo nos países desenvolvidos, ampliando a exclusão social e, com isso, a criminalidade e a
violência urbana. No início deste novo século, surge a necessidade de conciliar a eficiência produtiva
das leis de livre mercado com o bem-estar social, para, no final, tornar possível a democracia.
Alguns anos após o término da Segunda Guerra Mundial, nos Estados Unidos começaram a ser
construídas as primeiras usinas nucleares para a produção de energia elétrica. Atualmente exis-
tem aproximadamente 560 dessas usinas no mundo, sendo 128 naquele país.
Numa usina nuclear de produção de energia elétrica, um reator nuclear permite a fissão nuclear
controlada do 235U ou 239Pu (combustíveis do reator), e a energia liberada nessa fissão é utiliza-
da para ferver a água cujo vapor, passando por uma turbina, vai gerar a eletricidade.
energia
H2O(l) H2O(g) eletricidade
Fissão
nuclear
235U ou 239Pu
27ENEM/2000 (SIMULADO) – ANGLO VESTIBULARES
energia turbina
gerador
RESOLUÇÃO:
QUESTÃO 28
Habilidade: 21
Resposta: B
RESOLUÇÃO:
QUESTÃO 29
Habilidade: 16
Resposta: A
Nas usinas termoelétricas, a energia necessária à transformação da água líquida em vapor de água
é fornecida pela queima de combustíveis fósseis (carvão e derivados do petróleo).
As usinas nucleares utilizam enormes quantidades de água no resfriamento do reator nuclear. A
água necessária ao resfriamento provém diretamente dos mares e rios, para onde volta depois de
circular no interior do reatornuclear, porém aquecida.
Com isso, há uma elevação da temperatura da água dos mares e rios, provocando a mortandade
dos peixes e de outros seres aquáticos. Essa é a chamada poluição térmica.
Com base nesses dados, analise as afirmações seguintes.
I. A mortandade de peixes e outros seres aquáticos citada no texto é devida à diminuição da
quantidade de oxigênio (O2) dissolvido na água, provocado pela elevação da temperatura.
II. A substituição dos combustíveis fósseis por combustíveis nucleares (235U ou 239Pu) minimiza
o problema ambiental causado pelas chuvas ácidas.
III. No reator nuclear, os núcleos dos átomos de 235U e de 239Pu são fragmentados, dando núcleos
menores.
Está(ão) correta(s) a(s) afirmação(ões):
A) I, II e III. D) I e III, somente.
B) I e II, somente. E) I, somente.
C) II e III, somente.
I. Certa
A solubilidade dos gases em líquidos diminui com a elevação da temperatura; portanto, com
o aquecimento da água dos mares e rios, a quantidade de O2 dissolvido na água diminui, poden-
do chegar a níveis que produzem a morte dos peixes e outros seres aquáticos.
II. Certa
A queima de carvão e derivados do petróleo polui o ar com SO2, que irá produzir chuva ácida,
contendo H2SO4 nela dissolvido. Isso não acontece na fissão nuclear do 
235U nem do 239Pu.
III. Certa
O próprio nome fissão nuclear indica que os núcleos dos respectivos átomos são fragmenta-
dos em núcleos menores. Exemplo:
235
92
U + 10n 
fissão A
Z
X + 
(92 – Z)
A1Y + (2 a 3) nêutrons + energia
Observe os dois trechos que seguem:
I. Nada pior para uma boa causa do que maus defensores: é o que se dá com a ecologia.
II. Há muitas reivindicações sociais inteiramente justas que, apesar disso, têm como os piores inimigos
os seus próprios defensores, que, por não serem competentes, acabam prejudicando-as. É o que se dá
com a ecologia, que, por incrível que pareça, vê-se mais prejudicada exatamente pelos seus defensores,
por causa da inépcia deles.
Assinale a alternativa correta sobre os dois trechos.
A) Trata-se de duas maneiras distintas de formular uma mesma opinião, e ambas desfrutam do
mesmo prestígio social.
B) A maneira de estruturar o texto prejudica muito o trecho II, sobretudo por causa de graves erros
gramaticais.
C) Não há dúvida de que o trecho I, por ser mais conciso e claro, inspira mais respeito que o II, con-
firmando a afirmação de que “o modo de dizer qualifica a coisa dita”.
D) O trecho I é típico de uma variante culta do português; o II, de uma variante típica de falantes des-
providos de escolaridade.
E) Por uma questão de preconceito social, valoriza-se menos o texto I do que o texto II, porque este
mostra uma forma de linguagem muito pretensiosa e cheia de imprecisões por causa do excesso de
palavras eruditas.
Para justificar a correção da alternativa C, basta levar em conta o fato de que a grande dife-
rença entre os dois trechos não se inscreve no âmbito da correção gramatical: ambos seguem
padrões preceituados como corretos.
Não se trata também de textos produzidos por falantes de estratos sociais distintos. É até pos-
sível que o texto II tenha sido o rascunho do texto I, produzido pela mesma pessoa.
A grande diferença está no modo de formular o mesmo pensamento: em I, encontrou-se a
solução mais precisa, mais concisa, mais inteligível até.
28 ENEM/2000 (SIMULADO) – ANGLO VESTIBULARES
RESOLUÇÃO:
QUESTÃO 30
Habilidade: 4
Resposta: C
RESOLUÇÃO:
nuclear
Equipes de pesquisadores têm percorrido as escolas, nas capitais dos estados, para fazer um diag-
nóstico da saúde bucal das crianças. O método consiste em verificar, em alunos de 12 anos, o
número de dentes definitivos comprometidos, isto é, que estão cariados no momento da avaliação
e que foram obturados ou arrancados por causa de cárie, no passado.
O gráfico abaixo mostra as médias de dentes com cárie, por criança, no Brasil como um todo e
nas diversas regiões, em 1986 e 1996. Analise-o para responder às duas questões que seguem:
Qual das afirmações abaixo não está de acordo com os dados apresentados pelo gráfico?
A) A saúde bucal das crianças brasileiras melhorou substancialmente, durante o período estudado.
B) Em 1986, a região Norte apresentava um menor índice de dentes com cárie do que a região Centro-
-Oeste.
C) A região Centro-Oeste foi uma das que conseguiu maior redução na média de dentes com cárie, no
período considerado.
D) A maior parte das regiões estudadas alcançou, em 1996, resultados mais favoráveis do que a média
nacional.
E) A melhora na saúde bucal das crianças brasileiras foi uniforme, no período considerado.
A análise do gráfico mostra que o índice de dentes com cárie caiu substancialmente no período
de 1986 e 1996 (afirmativa A). Mostra ainda que, realmente, em 1986, a região Norte apresentava uma
média de 7,49 dentes com cárie contra 8,52 da região Centro-Oeste (alternativa B). Basta olhar para
as barras da região Centro-Oeste para verificar que a queda no índice foi uma das maiores, entre 1986
e 1996 (alternativa C). A maior parte das regiões estudadas — exceto a região Norte — alcançou resul-
tados mais favoráveis (médias menores) do que a média nacional (alternativa D). A alternativa E con-
tém uma afirmação antagônica aos dados do gráfico, já que ela sustenta que houve uma melhora uni-
forme na saúde bucal das crianças.
Ainda com relação à saúde bucal das crianças pesquisadas, considere as seguintes medidas de
saúde pública:
I. Construção de redes de esgotos.
II. Construção de redes de água encanada.
III. Fluoretação da água potável.
IV. Programas de educação da população e distribuição de escovas.
V. Adição de iodo ao sal de cozinha.
VI. Distribuição de antibióticos à população.
Qual dos conjuntos de medidas abaixo pode ter contribuído para a sensível melhora observada no
período de 1986 a 1996?
A) II, III e IV D) I, II, IV e V
B) III, IV e VI E) I, III, IV e V
C) I, II, III e IV
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
6,65
3,06
7,49
4,27
6,89
2,88
5,95
2,06
6,31
2,41
8,52
2,85
Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-
-Oeste
Número médio de dentes com cárie por criança de 12 anos
Brasil e Regiões
M
éd
ia
 d
e 
d
en
te
s 
co
m
 c
ár
ie
 p
o
r 
cr
ia
n
ça
1986 1996
(Fonte dos dados: Datasus.)
29ENEM/2000 (SIMULADO) – ANGLO VESTIBULARES
QUESTÃO 31
Habilidade: 12
Resposta: E
RESOLUÇÃO:
QUESTÃO 32
Habilidade: 12
Resposta: A
A fluoretação da água potável (II) é, reconhecidamente, um dos principais fatores na me-
lhora da saúde bucal no mundo inteiro. Está claro que, para que essa medida tenha resultados efe-
tivos, precisa contemplar a maioria da população, o que depende de uma eficiente distribuição da
água através de redes de água encanada (III). Além disso, programas de educação da popu-
lação, alertando sobre o consumo exagerado de doces e sobre a necessidade de uma escovação
correta, bem como a distribuição de escovas (IV) são, sem dúvida, fatores importantes numa
estratégia global de melhora da saúde bucal. Ficam descartadas as medidas I, V e VI: o aumento
das redes de esgotos não tem relação com a saúde dos dentes; o iodo acrescido ao sal de cozinha
visa a evitar a ocorrência do bócio endêmico; antibióticos não podem ser utilizados indiscrimi-
nadamente pela população, além de não prevenirem cáries.
Desde o término da Segunda Guerra Mundial, no contexto histórico-geográfico da Guerra Fria, as
relações entre as antigas nações imperialistas e suas colônias se modificaram. Analise e interprete
os dois fragmentos de textos abaixo, que remetem a esse fato:
I. Discurso do primeiro-ministro britânico, Maurice Harold Mac Mill, ao Parlamento da África do Sul,
em 1960:
“Quero ser franco com vocês, queridos amigos: o que tem sido feito pelo governo britânico desde o fim
da guerra, concedendo independência para a Índia, Paquistão, Ceilão, Malásia e Gana, e preparando-
-se para concedê-la para a Nigéria e outros países, foi feito dentro da crença de que esse é o único cami-
nho viável para encontrar uma base sólida e saudável na qual se possa basear o futuro da Commonwealthe do mundo livre.”
(Em CARRERAS, J. L. Martinez. Historia de la descolonización. Barcelona, Istmo, 1986.)
II. Trecho da obra escrita pelo primeiro-ministro de Gana, Kwame N’Krumah, em 1966:
“(...) normalmente o controle neocolonial é exercido através de medidas econômicas ou monetárias. O
Estado neocolonial fica obrigado a comprar produtos manufaturados da potência imperialista medi-
ante a proibição de importar produtos competitivos de outros países. O controle sobre a política gover-
namental do Estado neocolonial é assegurado mediante a ajuda para a manutenção da administração
estatal; pela nomeação de funcionários civis que ocupem cargos de onde possam determinar políticas;
e mediante o controle monetário sobre o câmbio internacional através da imposição de um sistema
bancário controlado pelo poder imperialista (...).”
(N’KRUMAH, Kwame. Neocolonialismo. La última etapa del imperialismo. Madrid, Siglo XIX, 1966.)
Escolha a alternativa que interpreta corretamente os textos:
A) Apresentam posições semelhantes, já que no primeiro vemos uma sincera e correta posição do
governo britânico defendendo a independência das ex-colônias e a cooperação mútua, o que se
evidencia no segundo texto, escrito por uma autoridade africana.
B) Ambos revelam posições semelhantes e complementares, já que o primeiro-ministro britânico
defende a cooperação no âmbito da Commonwealth, e o primeiro-ministro africano acredita no
livre comércio.
C) Os textos opõem-se apenas no aspecto político, já que ambos defendem o livre comércio e a
cooperação mútua. No primeiro caso, o ministro britânico defende a manutenção dos laços
coloniais; no segundo, embora defenda a independência, o autor reconhece a necessidade dos
laços neocoloniais.
D) Eles defendem posições opostas, já que o primeiro quer criar um mercado comum, e o segun-
do defende o livre comércio.
E) Mostram ideologias opostas, pois, enquanto o líder africano denuncia a dependência política e
financeira entre as antigas colônias e suas ex-metrópoles, o primeiro-ministro britânico tenta
convencer os sul-africanos das boas intenções da metrópole e das vantagens de pertencer à Co-
munidade Britânica das Nações (Commonwealth).
Os dois textos interpretam a realidade histórico-geográfica da África no pós-guerra, com pontos
de vista diametralmente opostos. No primeiro, temos o discurso do colonizador, que durante séculos
explorou o continente e que, no contexto da Guerra Fria, procura garantir os laços de dependência das
ex-colônias. O segundo, escrito por um líder africano que lutou pela independência do seu país, denun-
cia os mecanismos de dominação que, disfarçadamente, são impostos às ex-colônias.
Numa aula prática de Química no Ensino Médio, o professor apresentou aos alunos três copos,
cada um contendo um líquido incolor diferente, que foram chamados de X, Y e Z. A seguir o pro-
fessor fez os seguintes experimentos:
1º) Em cada copo, introduziu duas esferas maciças A e B. O resultado obtido está representado
na figura a seguir.
30 ENEM/2000 (SIMULADO) – ANGLO VESTIBULARES
RESOLUÇÃO:
QUESTÃO 33
Habilidade: 21
Resposta: E
RESOLUÇÃO:
2º) O professor pesou 10g de cada líquido e transferiu-os, separadamente, para três tubos de ensaio
idênticos, obtendo-se o resultado representado na figura:
Então o professor fez aos alunos as perguntas que constituem os enunciados das questões 34 e 35,
a seguir.
Qual a ordem crescente das densidades (d) dos líquidos X, Y e Z?
A) dX � dY � dZ
B) dY � dX � dZ
C) dZ � dX � dY
D) dY � dZ � dX
E) dZ � dY � dX
A e B flutuaram em X ∴ dX � dA e dX � dB.
A e B afundaram em Y ∴ dY � dA e dY � dB.
A flutuou e B afundou em Z ∴ dZ � dA e dZ � dB.
Conclusão: o líquido mais denso é X, e o menos denso é Y. Portanto:
dY � dZ � dX
Qual o líquido contido em cada tubo?
1 2 3
A) Y Z X
B) Y X Z
C) Z Y X
D) X Z Y
E) Z X Y
densidade = 
Como a massa dos líquidos é a mesma nos três tubos, quanto menor for a densidade do líqui-
do, maior será o seu volume.
Já concluímos que:
dY � dZ � dX
Portanto:
VY � VZ � VX
massa
volume
1 2 3
A
B
X
A B
Y
A
B
Z
31ENEM/2000 (SIMULADO) – ANGLO VESTIBULARES
QUESTÃO 34
Habilidade: 1
Resposta: D
RESOLUÇÃO:
QUESTÃO 35
Habilidade: 1
Resposta: C
RESOLUÇÃO:
O experimento mostrou que
V2 � V1 � V3
Conclusão: Y está no tubo 2, Z no tubo 1 e X no tubo 3.
Um dos poemas mais populares da Literatura Portuguesa do século XIX foi “O Noivado do Sepulcro”,
de Soares de Passos. Trata-se da história de um casal de apaixonados que, depois de mortos, transfor-
mados em esqueletos, reencontram-se num cemitério. O final do poema é o seguinte:
...................................................................
E ao som dos pios do cantor funéreo,
E à luz da lua de sinistro alvor,
Junto ao cruzeiro, sepulcral mistério
Foi celebrado, d’infeliz amor.
Quando risonho despontava o dia, 
Já desse drama nada havia então,
Mais que uma tumba funeral vazia,
Quebrada a lousa por ignota* mão. *desconhecida
Porém mais tarde, quando foi volvido
Das sepulturas o gelado pó,
Dois esqueletos, um ao outro unido,
Foram achados num sepulcro só.
(Em MOISÉS, Massaud. A literatura portuguesa através dos textos.
São Paulo, Cultrix, 1997.)
Algum tempo depois, Eça de Queirós faz uma referência curiosa a “O Noivado do Sepulcro”. Por não
ter sido escolhido para ocupar o cargo de cônsul na Bahia, ele escreve uma carta ao Ministério do
Reino dizendo que os motivos pelos quais foi preterido nasceram de um preconceito literário. Lembre-
se de que, em 1871, Eça havia proferido uma das Conferências do Cassino Lisbonense, defendendo
“O Realismo como Nova Expressão da Arte”. Eis um trecho da carta:
Porque enfim — se eu não posso ser cônsul por ter feito uma conferência — se essa conferência foi a
condenação do romantismo, segue-se que eu não posso ser cônsul por ter condenado o romantismo!
Ora, realmente, eu não sabia que para ser cônsul — era necessário ser romântico! Eu não via, entre
as habilitações que o programa requeria, esta: “Certidão do regedor que o concorrente recita todas as
noites, ao luar, ‘O Noivado do Sepulcro’, do chorado Soares de Passos”. Eu não sabia disto!
(GOMES, Álvaro Cardoso. “A ironia desnudando a sociedade”. 
Em Eça de Queirós. São Paulo, Ática, 1998. Série Bom Livro.)
Levando-se em conta a referência que Eça de Queirós faz ao poema de Soares de Passos, é corre-
to afirmar que:
A) a citação de “O Noivado do Sepulcro” é casual, pois, se ele tivesse escolhido um poema de outro
autor, como Camões ou Bocage, sua carta continuaria exatamente com o mesmo sentido.
B) Eça de Queirós está elogiando o poema de Soares de Passos, tomando-o como um exemplo da
boa literatura romântica, muito admirada pelo público em Portugal.
C) “O Noivado do Sepulcro” está sendo visto de maneira pejorativa, já que representa um tipo de
literatura — a romântica — que Eça de Queirós, como realista, queria superar.
D) a referência ao poema de Soares de Passos, apesar de irônica, mostra o apreço que Eça de Quei-
rós tinha pelo Romantismo, movimento literário do qual ele nunca conseguiu verdadeiramente
se desligar.
E) embora Eça de Queirós reconheça a importância de “O Noivado do Sepulcro”, ele mostra como
o Realismo se implantou, com enorme facilidade, em substituição ao Romantismo.
“O Noivado do Sepulcro” e sua história de amor entre esqueletos representam a vertente ultra-
-romântica de Portugal, que se pauta pelos exageros sentimentalistas. Muito popular, o poema tornou-
-se símbolo do idealismo amoroso próprio da época. Eça de Queirós, ao citar o texto de Soares de
Passos, tem uma intenção claramente irônica, pois procura associá-lo a um tipo de manifestação artís-
tica já fora de moda. Insatisfeito com a não nomeação para cônsul no Brasil, ele afirma que não foi
escolhido para o cargo por não ser um escritor romântico, isto é, por não admirar a literatura que
Passos representava. Com efeito, em 1871, Eça tinha participado das famosas Conferências
Democráticas do Cassino Lisbonense, ciclo de palestras que pregou uma verdadeirarevolução na
cultura portuguesa. Além do Realismo literário, defendeu-se a modernização do país em sentido
amplo. Esse impulso de modernidade das Conferências incomodava as parcelas mais conservadoras
da sociedade, que ainda se identificavam com o Romantismo. Por isso, Eça de Queirós ironiza “O
Noivado do Sepulcro”, por acreditar que o poema simboliza uma forma literária ultrapassada e que
precisaria ser superada. 
32 ENEM/2000 (SIMULADO) – ANGLO VESTIBULARES
RESOLUÇÃO:
QUESTÃO 36
Habilidade: 5
Resposta: C
Michael Faraday, em 1831, descobriu uma maneira muito simples de transformar energia mecânica
em energia elétrica: fazer uma espira condutora girar convenientemente num campo magnético.
Desde então, o uso da energia elétrica tornou mais fácil a arte de sobreviver, como atestam os apare-
lhos eletrodomésticos, incorporados ao nosso cotidiano. No Brasil, graças aos imensos recursos hídri-
cos disponíveis, as quedas d’água são as principais fontes de energia. Quando um estudante liga um
liquidificador para fazer um suco de frutas, deve saber que a energia cinética fornecida pelo aparelho
passou pelos seguintes processos de transformação:
A) potencial gravitacional - cinética - elétrica - cinética
B) cinética - térmica - elétrica - cinética
C) cinética - potencial gravitacional - elétrica - térmica cinética
D) potencial gravitacional - térmica - cinética - elétrica
E) potencial gravitacional - cinética - térmica - cinética
Leia com atenção as afirmações seguintes, relativas à atividade mineradora no Brasil do século XVIII:
I. A mineração representou uma das mais importantes etapas do período colonial. Iniciada numa
época de crise, resultante da queda no valor do açúcar exportado, a atividade mineradora
imprimiu um novo ritmo à vida econômica da Colônia, gerando nos setores administrativo,
político e cultural algumas modificações cujos efeitos se refletiram até o século XIX.
II. A riqueza gerada pela mineração do século XVIII produziu poucos benefícios permanentes à
economia luso-brasileira, pois grande parte do ouro explorado foi transferida primeiro para
Portugal e depois para a Inglaterra.
Comparando as duas afirmações e levando em consideração seus conhecimentos sobre o assunto,
assinale a alternativa correta.
A) As afirmações não são contraditórias, pois a primeira refere-se a modificações sociopolíticas, admi-
nistrativas e culturais, e a segunda restringe-se ao produto da mineração, ou seja, o ouro.
B) As afirmações são contraditórias, pois a primeira afirma que as mudanças econômicas foram
importantes, e a segunda afirma que não foram.
C) As afirmações não são passíveis de comparação, pois a primeira é correta e a segunda é errada.
D) As afirmações não são contraditórias: são complementares, na medida em que explicam por
que os efeitos econômicos positivos da mineração só apareceriam no século XIX.
E) As afirmações, embora aparentemente contraditórias, referem-se ao mesmo problema: o con-
trole da Inglaterra sobre Portugal e o Brasil, obtido a partir do Tratado de Methuen.
Das modificações introduzidas no Brasil pela atividade mineradora, algumas acabaram por desa-
parecer, devido ao colapso daquela atividade, nos anos finais do século XVIII. Outras, no entanto, man-
tiveram-se — o aumento da população, a redução relativa do número de escravos, a centralização
político-administrativa, os conflitos de interesses entre a população colonial e a Metrópole, entre ou-
tras — e influenciaram a evolução econômica e política brasileira na primeira metade do século XIX.
Por outro lado, o ouro, a principal riqueza das Gerais, não ficou no Brasil. Foi levado para
Portugal. Mas também não permaneceu na Metrópole. Foi transferido para a Inglaterra, como
pagamento das importações portuguesas.
A alternativa A é a única que aborda esses dois aspectos, diferentes porém não contraditórios,
da economia mineradora brasileira no século XVIII.
água do topo da queda:
energia potencial gravitacional
rede de transmissão
energia elétrica
energia cinética
espira gira num campo
magnético: energia cinética
água do topo da queda:
energia potencial gravitacional
rede de transmissão
energia elétrica
energia cinética
espira gira num campo
magnético: energia cinética
33ENEM/2000 (SIMULADO) – ANGLO VESTIBULARES
QUESTÃO 38
Habilidade: 19
Resposta: A
QUESTÃO 37
Habilidade: 7
Resposta: A
RESOLUÇÃO:
RESOLUÇÃO:
O Sol, emitindo energia radiante, gradativamente derrete o gelo de nossos continentes. Quanta
energia seria necessária para derreter 1000 litros de gelo, inicialmente a 0°C?
Dados: calor latente de fusão do gelo = 80cal/g
1cal = 4J
densidade do gelo = 0,9kg/L
A) 320 milhões de calorias
B) 3,2 milhões de joules
C) 32 milhões de joules
D) 72 milhões de calorias
E) 18 milhões de joules
Q = m ⋅ Lf = 900000 ⋅ 80 = 720 × 105 cal = 72 × 106 cal
m = d ⋅ V = 900 ⋅ 1000L = 900000g
No bilhar, a bola ricocheteia nas partes laterais da mesa (bordas) como se estas fossem um espe-
lho plano (sem nenhum outro efeito).
Na trajetória que deve seguir a bola amarela (L) para chocar-se com a bola verde (V), ela toca a
borda C no ponto P.
Unidade: cm
A distância d do ponto P à borda B, em centímetros, é igual a:
A) 40
B) 41
C) 42
D) 43
E) 44
D
A
B
C
P
L
V
9
d
105
84
42
α α
ca
mi
nh
o r
ea
l
caminho
aparente
g
L
34 ENEM/2000 (SIMULADO) – ANGLO VESTIBULARES
QUESTÃO 39
Habilidade: 9
Resposta: D
RESOLUÇÃO:
QUESTÃO 40
Habilidade: 14
Resposta: B
∆LMP � ∆VNP (1º caso)
=
2(d –9) = 105 – d
3d = 123
d = 41
O motor de um automóvel, transforma a
energia química do combustível (álcool,
gasolina, diesel ou gás) em energia mecânica.
Seu rendimento depende (entre outras con-
dições, que serão desprezadas aqui) da veloci-
dade do automóvel. O gráfico ao lado mostra
a relação entre a velocidade (v) e o rendimen-
to (n) do motor numa faixa de utilização em
auto-estradas.
A velocidade, em km/h, que tornaria o uso
do automóvel mais econômico seria:
A) 60
B) 80
C) 90
D) 100
E) 120
O gráfico mostra que o rendimento é máximo (90%) quando a velocidade é de 90km/h.
Para responder a questão 42, observe a representação gráfica do globo terrestre, na qual se desta-
cam o curso real e o curso planejado de uma corrente marítima na superfície da Terra:
42
84
d – 9
105 – d
C
D
A
B
NP
L
V
9 d – 9
105 – d
84
42
M αα
d
C
D
A
B
NP
L
V
9 d – 9
105 – d
84
42
M αα
d
35ENEM/2000 (SIMULADO) – ANGLO VESTIBULARES
60 80 90 100 120
v (km/h)
n (%)
Curso real
Curso planejado
Barragem do estreito de Bering
Fonte: Grande Enciclopédia Geográfica. Lisboa, Verbo, 1995.
RESOLUÇÃO:
QUESTÃO 41
Habilidade: 7
Resposta: C
RESOLUÇÃO:
1
2
No perigoso campo das previsões relacionadas ao avanço da capacidade humana de intervir na
dinâmica dos fenômenos naturais que ocorrem no planeta, destaca-se a possibilidade de alterar
o curso das correntes marítimas. Assim, o curso real da corrente marítima destacada na figura
poderia ser desviado, de modo que o curso planejado dessa corrente atingisse áreas nunca antes
banhadas por suas águas.
Com base nos seus conhecimentos sobre as características gerais da corrente marítima em ques-
tão e sobre suas implicações climáticas nas áreas banhadas por suas águas, se o seu curso real
de fato fosse modificado da forma indicada na representação cartográfica anterior, que evento
natural teria grande probabilidade de ocorrer no planeta?
A) Diminuição acentuada dos índices pluviométricos nos domínios litorâneos do Báltico e do
Mediterrâneo.
B) Diminuição acentuada das médias térmicas nos domínios da taiga siberiana e da tundra cana-
dense.
C) Elevação acentuada das amplitudes térmicas nos domínios intertropicais da América do Sul e
da África.
D) Elevação do nível das águas oceânicas, provocando inundações generalizadas em vários
domínios litorâneos do planeta.
E) Elevação das amplitudes térmicas anuais em todas as terras litorâneas da Europa Meridional.
A corrente marítima destacada na representação do globo terrestre é a do GOLFO, cujas águas,

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