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Simulado 4 Anglo-Fuvest

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TIPO B-1PROVA GERAL - P • 4 - ALFA
NÚMERONOME
ANGLO VESTIBULARES
INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DA PROVA
LEIA COM MUITA ATENÇÃO
1. Esta prova contém 105 questões, cada uma com 5 alternativas, das quais so-
mente uma é correta.
 ATENÇÃO:
 As questões 1 a 6 são relativas à Literatura – Obras Fuvest e Literatura – Alfa. Você 
deverá responder somente a um dos tipos e assinalar no cartão de respostas a 
opção escolhida.
 As questões 91 a 105 são relativas às Disciplinas Complementares. Essas ques-
tões somente deverão ser respondidas caso o material tenha sido trabalhado em 
sala de aula.
2. O cartão de respostas será entregue com o caderno de questões. Ele deve ser 
preenchido e devolvido ao examinador ao término da prova.
3. Será anulada a questão em que for assinalada mais de uma alternativa ou que 
estiver em branco.
4. Assinale a resposta preenchendo totalmente, com caneta preta, o respectivo 
alvéolo, com o cuidado de não ultrapassar o limite dele. 
5. Não assina le as respostas com “X”, pois essa sinalização não será considerada.
EXEMPLO DE PREENCHIMENTO
6. Preencha os campos “nome” e “número” cuidadosamente para não ultrapassá-los.
7. Não rasure, não dobre nem amasse a folha de respostas. 
8. Não escreva nada no cartão de respostas fora dos campos reservados.
9. É terminantemente proibido retirar-se do local da prova antes de decorridos 
90 minutos (1 h e 30 min) após o início, qualquer que seja o motivo.
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– 3 –
LITERATURA – OBRAS FUVEST
1. O narrador sou eu, o comissário político
Penso, como ele [Comandante Sem Medo], que a fronteira entre a verdade e a mentira é um caminho no deserto. Os 
homens dividem-se dos dois lados da fronteira. Quantos há que sabem onde se encontra esse caminho de areia no meio da 
areia? Existem, no entanto, e eu sou um deles.
Sem Medo também o sabia. Mas insistia em que era um caminho no deserto. Por isso se ria dos que diziam que era um 
trilho cortando, nítido, o verde do Mayombe. Hoje sei que não há trilhos amarelos no meio do verde.
Tal é o destino de Ogun, o Prometeu africano.
PEPETELA. Mayombe. Dolisie (1971). São Paulo: LeYa, 2013, p. 247-248.
A afirmação do Comissário Político leva a considerar que 
A) não existe diferença entre a verdade e a mentira.
B) a realidade é muito mais complexa do que uma ideia simplista sugere.
C) no deserto, a luta pela sobrevivência ultrapassa todos os preceitos morais.
D) o enunciador sempre se indispusera com Sem Medo, seu mentor intelectual.
E) a obra explora a apropriação parodística e irônica de referências mitológicas europeias.
2. De quando em quando um cidadão se levantava e lia uma composição literária. Em seguida uma senhora abancava ao 
piano e tocava. Depois outro declamava. Aí chegava de novo a vez do homem, assim por diante. Pelo meio da função um 
sujeito gordo assaltou a tribuna e gritou um discurso furioso e patriótico. Citou os coqueiros, as praias, o céu azul, os canais 
e outras preciosidades alagoanas, desceu e começou a bater palmas terríveis aos oradores, aos poetas e às cantoras que vie-
ram depois dele. À saída deu-me um encontrão, segurou-me um braço e impediu que me despencasse pela escada abaixo. 
Desculpou-se por me haver empurrado, agradeci ter-me agarrado o braço e saímos juntos pela Rua do Sol. Repetiu pouco 
mais ou menos o que tinha dito no discurso e afirmou que adorava o Brasil.
— Ah! Eu vi perfeitamente que o senhor é patriota.
Foi a conta.
— Quem o não é, meu amigo? Nesta hora trágica em que a sorte da nacionalidade está em jogo...
— Efetivamente, murmurei, as coisas andam pretas.
RAMOS, Graciliano. Angústia. Rio de Janeiro: Record, 2000, p. 44.
A cena apresentada por Luís da Silva permiteafirmar que
A) há clara simpatia para com o discurso patriótico proferido pelo homem em quem ele esbarra.
B) há contrariedade com o discurso ufanista, pois o narrador mostra-se alinhado com o Comunismo.
C) a expressão “assaltou a tribuna” comprova os ímpetos revolucionários do homem que proferiu o discurso.
D) o narrador se entusiasma com as belezas naturais de Alagoas, bem como se orgulha da intelectualidade local.
E) a resposta dada ao homem explora a ambiguidade, na medida em que pode revelar a insatisfação com o ambiente intelec-
tual alagoano.
3. Romance XXI ou Das ideias
A vastidão desses campos.
A alta muralha das serras.
As lavras inchadas de ouro.
Os diamantes entre as pedras.
Negros, índios e mulatos.
Almocafres e gamelas.
Os rios todos virados.
Toda revirada, a terra.
Capitães, governadores,
padres, intendentes, poetas.
Carros, liteiras douradas,
cavalos de crina aberta.
A água a transbordar das fontes.
Altares cheios de velas.
Cavalhadas. Luminárias.
Sinos. Procissões. Promessas.
Anjos e santos nascendo
em mãos de gangrena e lepra.
Finas músicas broslando
as alfaias das capelas.
Todos os sonhos barrocos
deslizando pelas pedras.
Pátios de seixos. Escadas.
Boticas. Pontes. Conversas.
Gente que chega e que passa.
E as ideias.
[...]
MEIRELES, Cecília. Romanceiro da confidência. 
São Paulo: Global, 2015, p. 72.
Considerada no contexto da obra Romanceiro da Inconfidência, a longa enumeração apresentada no poema indica uma
A) denúncia contra a imoralidade do clero.
B) crítica contra os excessos expressivos da arte barroca.
C) revolta contra as epidemias que grassavam em Minas Gerais.
D) progressiva complexidade social da região aurífera de Minas Gerais.
E) regressão temporal, que parte de elementos concretos até os abstratos.
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ANGLO VESTIBULARES ✉
– 4 –
4. Na mesma carta, encontrada entre seus pertences levados pelos Krahô para Carolina, Quain reclamava das dificuldades 
de trabalhar com os índios no Brasil: “Acredito que isso possa ser atribuído à natureza indisciplinada e invertebrada da própria 
cultura brasileira. Meus índios estão habituados a lidar com o tipo degenerado de brasileiro rural que se estabeleceu nesta 
vizinhança — é terra marginal e a escória do Brasil vive dela. Tanto os brasileiros como os índios que tenho visto são crianças 
mimadas que berram se não obtêm o que desejam e nunca mantêm as suas promessas, uma vez que você lhes dá as costas. 
O clima é anárquico e nada agradável. A sociedade parece ter se esgarçado. Minha dificuldade aqui pode ser atribuída em 
grande parte à influência brasileira. O Brasil, por sua vez, sem dúvida absorveu muitas das marcas mais desagradáveis das 
culturas indígenas com as quais teve contato inicialmente. [...]”. Quain, ao contrário, nunca pretendeu deixar ao destino a sua 
chance. Nem na hora da morte.
CARVALHO, Bernardo. Nove noites. São Paulo: Companhia das letras, 2006, p. 108.
Nove Noites aborda a obsessão de um narrador em encontrar explicações para a morte do antropólogo americano Buell 
Quain, que se suicidou no Xingu, entre os índios krahô, em 1939. O trecho permite afirmar que a apropriação contemporânea 
do indianismo, feita pelo autor Bernardo Carvalho, 
A) inverte a tradição romântica de atribuir valores positivos ao contato das culturas de matriz europeia com as indígenas.
B) mostra como a indisciplina brasileira advém do caráter pouco responsável com que os índios lidavam com as suas crenças.
C) exalta a cultura urbana do Brasil das primeiras décadas, em contraposição ao relaxamento moral da população rural.
D) mostra o caráter resoluto com que brasileiros e indígenas enfrentavam as suas adversidades, em meio a pressões impe-
rialistas.
E) incorpora o impulso romântico de detratar a cultura de origem europeia, ao mesmo tempo em que valoriza a cultura 
autóctone.
5. O cadáver desse camponês em particular — esse Jesus de Nazaré — tinha sido apeado da cruz e colocado em um ex-
travagante túmulo talhado na rocha, apropriado para o mais rico dos homens na Judeia. Ainda mais notável, os seguidores 
afirmavam que três dias depois de seu messias ter sido colocado no túmulo de homem rico, ele voltara à vida. Deus o ressus-
citara, o libertara das garras da morte. O porta-voz do grupo, um pescador de Cafarnaum chamado Simão Pedro, jurou que 
tinha testemunhado essa ressureição com os próprios olhos, assim como muitos outros entres eles.
ASLAN, Reza. Zelota – a vida e a época de Jesus de Nazaré. Rio de Janeiro: Zahar, 2013, p. 182.
A apropriação que o romance A relíquia, de Eça de Queirós, faz dos relatos de caráter religioso sobre Jesus de Nazaré sugere o(a)
A) ratificação da crença em um ser divinizado.
B) crítica sobre a construção histórica das religiões.
C) conversão sincera de Teodorico aos preceitos católicos.
D) humor cáustico dirigido contra a fé individual das pessoas.
E) embasamento histórico que comprova novos fatos a respeito da vida de Jesus.
6. Para que iria a Minas, salvo se era negócio de pouco tempo? Ou já estava aborrecido da Corte?
— Não, aborrecido não estou; ao contrário...
Ao contrário, gostava muito dela; mas a terra natal, por menos bonita que seja — um lugarejo, — dá saudades à gente, 
ainda mais quando a pessoa veio de lá homem. Queria ver Barbacena. Barbacena era a primeira terra do mundo. Durante 
alguns minutos, Rubião pôde subtrair-se à ação dos outros. Tinha a terra natal em si mesmo: ambições, vaidades da rua, pra-
zeres efêmeros, tudo cedia ao mineiro saudoso da província. Se a alma dele foi alguma vez dissimulada, e escutou a voz do 
interesse, agora era a simples alma de um homem arrependido do gozo, e mal acomodado na própria riqueza.
Palha e Camacho olharam um para o outro... Oh! esse olhar foi como um bilhete de visita trocado entre as duas consci-
ências. Nenhuma disse o seu segredo, mas viram os nomes no cartão, e cumprimentaram-se. Sim, era preciso impedir que o 
Rubião saísse: Minas podia retê-lo. Concordaram que lá fosse; mas depois, — alguns meses depois — e talvez o Palha fosse 
também. Nunca vira Minas; seria excelente ocasião.
ASSIS, Machado de. Quincas Borba. São Paulo: Moderna, 2016, p. 109.
A cumplicidade verificada entre Palha e Camacho, considerada no contexto do romance de Machado de Assis, indica
A) a aversão a qualquer tipo de provincianismo.
B) ciúmes em relação às preferências de Rubião.
C) o fortalecimento de laços das amizades recém-criadas.
D) impulso de conhecer melhor as diversas regiões do país.
E) interesses pessoais colocados acima de quaisquer escrúpulos.
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LITERATURA ALFA
1. Era um fuzilamento em massa...
Os batalhões surpreendidos fizeram-se multidão 
atônita, assombrada e inquieta: centenares de homens 
esbarrando-se desorientadamente, tropeçando nos com-
panheiros que baqueavam, atordoados pelos estampi-
dos, deslumbrados pelos clarões dos tiros, e tolhidos, 
sem poderem arriscar um passo na região ignota sobre 
que descera a noite.
A réplica alvejando as encostas era inútil. Os jagun-
ços atiravam sem riscos, de cócaras ou deitados nos fun-
dos dos fossos, em cujas bordas estendiam os canos das 
espingardas.
CUNHA, Euclides da. Os sertões. 
São Paulo: Ateliê/Imprensa Oficial do Estado, 2001.
O trecho mostra uma cena da quarta expedição do Exér-
cito brasileiro contra o arraial de Canudos. Com base na 
sua leitura, e considerando o contexto histórico e literá-
rio da obra Os sertões, é correto afirmar que
A) a linguagem do trecho aproxima-se de um relatório 
científico, sem manifestar preocupação estética.
B) o trecho mostra uma cena da grandeza heroica dos sol-
dados do Exército brasileiro nas batalhas de Canudos.
C) o autor se posiciona claramente contra os jagunços 
de Antônio Conselheiro, devido à covardia deles em 
atacar o inimigo de surpresa.
D) de caráter eminentemente dissertativo, o excerto atri-
bui caráter de genocídio às ações do Exército brasilei-
ro contra Canudos.
E) o trechonarra uma vitória dos conselheiristas contra 
as forças do Exército brasileiro em linguagem ao mes-
mo tempo precisa e de forte dimensão estética.
2. Toda arte rudimentar deriva ou para a observação 
fiel da natureza ou, em razão das suas poucas forças, 
para a idealização do que não pôde reproduzir; todo gê-
nio inculto tende para o realismo ou para a estilização. O 
artista das cavernas pré-históricas foi assim. O Aleijadi-
nho, em última análise, também assim foi: apenas a sua 
potência criadora, se tantas vezes produziu obras de um 
realismo incorreto, pôs uma alma dentro de cada pedra 
que desbastou.
ANDRADE, Mário de. A arte religiosa no Brasil. 
São Paulo: Experimento-Giordano, 1993, p. 85.
Em qual das obras a seguir identifica-se o que Mário de 
Andrade chamou de “realismo incorreto” na obra de 
Aleijadinho?
A) 
Leão de essa
B) 
Cristo em oração no horto das oliveiras
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C) 
Cristo carregando a cruz (detalhe)
D) 
Profeta Ezequiel
E) 
Profeta Abdias
3. Mas, ao abrir do sol, bandos de macacos grandes e 
de guaribas assaltaram os castanheiros, pulando de ga-
lho em galho em gritos de porfia. Uma infinidade de pás-
saros de todas as cores cruzaram o ar, atravessando o rio 
num canto alegre de liberdade e de vida. Veados vieram 
beber confiadamente a água do rio, levantando a tímida 
cabeça para escutar o urro da onça que se fazia ouvir no 
mato, de vez em quando, dominando os ruídos da flores-
ta, e pondo em sobressalto as capivaras vermelhas que 
se banhavam em numerosa vara à beira da corrente.
O movimento da fauna amazonense arrancara padre 
Antônio à meditação a que se queria entregar, sujeitando-
-o todo à encantadora contemplação das maravilhas da 
natureza selvagem, naquela esplêndida manhã de agos-
to, em meio do largo rio que se desdobrava, a perder de 
vista, numa luzente toalha em que se refletia, como em 
puríssimo cristal, o azul dum céu sem nuvens, sombre-
ado pelas ramagens de árvores seculares, e riscado em 
diagonal pela linha de voo de pássaros desconhecidos.
SOUZA, Inglês de. O missionário. Disponível em: 
www.dominiopublico.org.br. Acesso em: 22 fev. 2020.
Publicado em 1888, o romance O missionário é um dos 
exemplos mais destacados da prosa naturalista brasilei-
ra. Pode-se perceber que o excerto desenvolve temas 
caros ao Romantismo (apesar da oposição entre os dois 
movimentos), na medida em que
A) caracteriza espaços remotos do país.
B) cria espaços utópicos, distanciados da realidade.
C) explora a subjetividade do narrador em primeira 
pessoa.
D) critica a exploração desmesurada de riquezas naturais.
E) estabelece clara oposição entre campo/cidade.
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4. Siderações
Para as Estrelas de cristais gelados
As ânsias e os desejos vão subindo,
Galgando azuis e siderais noivados
De nuvens brancas a amplidão vestindo...
Num cortejo de cânticos alados
Os arcanjos, as cítaras ferindo,
Passam, das vestes nos troféus prateados,
As asas de ouro finamente abrindo...
Dos etéreos turíbulos de neve
Claro incenso aromal, límpido e leve,
Ondas nevoentas de Visões levanta...
E as ânsias e os desejos infinitos
Vão com os arcanjos formulando ritos
Da Eternidade que nos Astros canta...
Cruz e Sousa. Broqueis. Disponível em: www.dominiopublico.org.br. Acesso em: 22 fev. 2020.
Cruz e Sousa é um dos maiores nomes do Simbolismo no Brasil. O soneto Siderações é exemplar das características desse 
movimento estético, na medida em que
A) descreve com precisão científica o movimento de ascensão rumo aos astros.
B) denuncia a alienação promovida pelo discurso religioso no final do século XIX.
C) expõe as condições de miséria de parte da população brasileira.
D) explora a vagueza das imagens e a musicalidade do plano sonoro.
E) ironiza os procedimentos astrológicos de previsão do futuro.
5. Profissão de Fé
Odeio as virgens pálidas, cloróticas,
Beleza de missal que o romantismo
Hidrófobo apregoa em peças góticas,
Escritas nuns acessos de histerismo.
Sofismas de mulher, ilusões óticas,
Raquíticos abortos de lirismo,
Sonhos de carne, compleições exóticas,
Desfazem-se perante ao realismo.
Não servem-me esses vagos ideais
Da fina transparência dos cristais,
Almas de santa e corpo de alfenim.
Prefiro a exuberância dos contornos,
As belezas da forma, seus adornos,
A saúde, a matéria, a vida enfim.
JÚNIOR, Carvalho. “Profissão de fé”. In: BANDEIRA, Manuel (Org.) Poesia da fase parnasiana. 
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1996, p. 59.
O soneto de Carvalho Júnior posiciona-se criticamente em relação aos procedimentos românticos de
A) engajamento social.
B) animalização dos seres humanos.
C) idealização das mulheres.
D) representação irônica das personagens femininas.
E) exaltação da sociedade burguesa.
6. Ia encontrar Basílio no Paraíso pela primeira vez. [...] Ia, enfim, ter ela própria aquela aventura que lera tantas vezes nos 
romances amorosos! Era uma forma nova do amor que ia experimentar, sensações excepcionais! [...]
Imaginava Basílio esperando-a estendido num divã de seda; e quase receava que a sua simplicidade burguesa, pouco 
experiente, não achasse palavras bastante finas ou carícias bastante exaltadas. Ele devia ter conhecido mulheres tão belas, 
tão ricas, tão educadas no amor! Desejava chegar num cupê seu, com rendas de centos de mil réis, e ditos tão espirituosos 
como um livro... 
A carruagem parou ao pé de uma casa amarelada, com uma portinha pequena. Logo à entrada um cheiro mole e salo-
bro enojou-a. A escada, de degraus gastos, subia ingrememente, apertada entre paredes onde a cal caía, e a umidade fizera 
nódoas. No patamar da sobreloja, uma janela com um gradeadozinho de arame, parda do pó acumulado, coberta de teias de 
aranha, coava a luz suja do saguão. E por trás de uma portinha, ao lado, sentia-se o ranger de um berço, o chorar doloroso de 
uma criança.
QUEIRÓS, Eça de. O primo Basílio. Disponível em: www.dominiopublico.org.br. Acesso em: 22 fev. 2020.
O posicionamento contundente sobre a sociedade é comum na obra de Eça de Queirós. No fragmento, o narrador enfatiza o(a)
A) realização plena dos devaneios amorosos da personagem.
B) contraste entre a realidade e o caráter sonhador da personagem.
C) correção do comportamento moral da personagem.
D) condição social miserável das classes trabalhadoras de Portugal.
E) contraste entre a sofisticação social da personagem e a realidade das periferias.
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DISCIPLINAS DE NÚCLEO COMUM
 Texto para as questões 7 e 8 
DAHMER, André. “Malvados”. Folha de S.Paulo.
7. Na tira, o advérbio “afinal” desempenha o papel de
A) indicar o tempo exato em que ocorre a pergunta pro-
ferida ao terráqueo.
B) expressar a grosseria de um enunciador que já prevê 
respostas evasivas.
C) correlacionar o enunciado introduzido a uma fala an-
terior, implícita no contexto.
D) demarcar a relação temporal de que dependem as 
duas interrogações enunciadas.
E) surpreender o enunciatário com uma questão direta, 
da qual ele busca esquivar-se.
8. Analisando os elementos visuais do segundo quadrinho e 
os verbais do terceiro, a resposta da personagem indica
A) uma avaliação negativa da humanidade, após uma 
hesitação.
B) que os extraterrestres já conhecem bem os seres hu-
manos.
C) uma frase feita, que não encontra sustentação na rea-
lidade.
D) a percepção de que os erros podem ajudar os apren-
dizados.
E) uma autocrítica exagerada e injusta expressa ironica-
mente.
 Texto para as questões 9 a 11
A transformação da sociedade
Em 1964, o regimefranquista comemorou os “25 
anos de paz”, ainda que tivesse sido mais apropriado 
falar de “25 anos de vitória”. Nesses cinco lustros, a so-
ciedade espanhola 1 tinha mudado muito. E com ela a 
ditadura, porém mais devagar e em menor intensidade. 
Se em 1939 a ditadura buscava justificativas 2 no plano 
ideológico, em 1964 o principal argumento 3 usado pelo 
regime 4 para justificar sua permanência no poder era o 
bem-estar de um povo que desfrutava de plena ocupa-
ção e que percebia que sua renda e sua capacidade de 
consumo aumentavam ano após ano. A essa altura, a 
oposição abandonara a crença de que Franco 5 pudesse 
ser derrubado e esperava que chegasse a hora da morte 
do ditador para que as liberdades democráticas pudes-
sem ser recuperadas. O governo republicano no exílio 
teve um papel puramente de testemunho, e sua relevân-
cia internacional era quase nula.
BUADES, Josep M. Os espanhóis. 
São Paulo: Contexto, 2018, p. 194.
9. O pronome destacado em “justificar sua permanência no 
poder” (4o período) se refere ao termo:
A) “a sociedade espanhola” (ref. 1).
B) “justificativas” (ref. 2).
C) “o principal argumento” (ref. 3).
D) “regime” (ref. 4).
E) “Franco” (ref. 5).
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10. As formas verbais destacadas contribuem para a pro-
gressão temporal no fragmento. Sobre isso, pode-se 
afirmar que:
A) a forma “comemorou” indica que o evento expresso 
ocorreu ao longo de um período.
B) as formas “buscava” e “era” se referem a eventos du-
rativos que ocorreram simultaneamente entre si.
C) “desfrutava” e “percebia” expressam eventos contem-
porâneos que aconteceram repetidas vezes no passado.
D) a forma verbal “abandonara” se refere a um evento 
anterior à celebração dos chamados “25 anos de paz”.
E) a forma verbal “esperava” expressa evento durativo e 
anterior ao expresso por “abandonara”.
11. A leitura global do texto permite concluir que princípios 
democráticos 
A) são importantes somente em situação de pleno em-
prego e crescimento do PIB.
B) podem ser menos relevantes do que índices macroe-
conômicos animadores.
C) diluem-se quando os defensores da República optam 
por viver no exílio.
D) são uma ideologia incapaz de ameaçar governos ide-
ologicamente fortes.
E) produzem menos o bem-estar da população do que 
as ditaduras ibéricas.
 Texto para as questões 12 a 14
Entre os poucos fatos desta quinzena um houve al-
tamente importante: foi a supressão da procissão de Cin-
zas. Em 1862, logo ao começar a quinzena, publicou uma 
das folhas diárias desta Corte um artigo pequeno, mas 
substancial, no qual uma voz generosa pedia mais uma 
vez a supressão das procissões, como nocivas ao verda-
deiro culto e filhas genuínas dos cultos pagãos. Nem o 
autor, nem o mais crédulo dos seus leitores, acreditaram 
que essa usança fosse suprimida; e a mesma grosseria, 
o mesmo fausto, o mesmo vão e ridículo aparato passou 
aos olhos do povo sob pretexto de celebrar os sucessos 
gloriosos da Igreja.
Em um jornal político, publicado então, e cujo 2o 
número acertou de sair na sexta-feira da Paixão, veio 
inserta uma carta ao nosso prelado 1, menos eloquente 
e erudita, mas tão indignada como o artigo a que me re-
feri. Assinavam essa carta umas três estrelas, ocultando 
o verdadeiro nome do autor, que era eu. O desgosto que 
me comunicara o primeiro articulista, aumentando o que 
eu já tinha, deu nascimento a essas linhas, em que eu 
fazia notar como prejudiciais ao espírito religioso essas 
grosserias práticas, mais que próprias para produzir o 
materialismo e a tibieza da fé. Era simplesmente um pro-
testo, sem pretensão de sucedimento.
[...] Neste desânimo, foi uma verdadeira e agradável 
surpresa a resolução tomada pela respectiva ordem, de 
suprimir a procissão de Cinzas, principalmente pelas ra-
zões em que se fundou a resolução e que concluem do 
mesmo modo que as censuras dos verdadeiros católicos.
ASSIS, Machado de. O futuro. Disponível em: 
http://machado.mec.gov.br/obra-completa-lista/itemlist/
category/26-cronica. Acesso em: 16 jan. 2020.
1prelado: termo designativo de altas autoridades eclesiásticas. 
12. Na passagem “eu fazia notar como prejudiciais ao espí-
rito religioso essas grosserias práticas” (2o parágrafo), o 
termo destacado está desempenhando a função de:
A) adjunto adverbial.
B) adjunto adnominal.
C) predicativo.
D) complemento nominal.
E) vocativo.
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13. Identifique a função sintática do termo em destaque: “Em 1862, logo ao começar a quinzena, publicou uma das folhas diárias 
desta Corte um artigo pequeno” (1o parágrafo). A mesma função sintática está sendo desempenhada pelo termo sublinhado em:
A) “uma voz generosa pedia mais uma vez a supressão das procissões” (1o parágrafo).
B) “o mesmo vão e ridículo aparato passou aos olhos do povo” (1o parágrafo).
C) “Em um jornal político, publicado então, e cujo 2o número acertou de sair na sexta-feira da Paixão” (2o parágrafo).
D) “veio inserta uma carta ao nosso prelado” (2o parágrafo).
E) “Assinavam essa carta umas três estrelas, ocultando o verdadeiro nome do autor” (2o parágrafo).
14. A crônica de Machado mistura elementos dissertativos e narrativos. Sabendo disso, o uso da primeira pessoa do singular
A) causa espanto, pois aumenta o efeito de subjetividade e prejudica a argumentatividade do texto.
B) aproxima o cronista dos eventos narrados e, ao mesmo tempo, garante neutralidade ideológica.
C) é mais compreensível nas passagens dissertativas, como argumento de autoridade, do que nas narrativas.
D) contribui para a credibilidade do que é contado, pois o cronista estava envolvido com os acontecimentos.
E) é esperada, uma vez que crônicas jornalísticas precisam colocar a função emotiva em primeiro plano.
 Texto para as questões 15 e 16
Os estudos sobre a linguagem debruçam-se sobre dois aspectos distintos, complementares, e os dois são igualmente im-
portantes: um é a língua e o outro é o discurso. O discurso é o resultado de um ato de enunciação, e eu posso estudar a língua, 
estudando morfologia e sintaxe. Nesse momento, não tenho, ainda, nenhuma preocupação com o uso social que se faz da 
linguagem. No entanto, quando estudo o discurso, que é o resultado de um ato enunciativo, estudo as diferentes concepções 
que existem na sociedade. Uma coisa interessante: durante muito tempo falava-se em estudar ideologia, mas a ideo logia só 
existe no discurso, não existe fora do discurso. Portanto, é na linguagem que estudo as diferentes concepções ideológicas que 
existem numa dada formação social. Um analista de discurso, evidentemente, não está interessado, como alguns que não 
fazem bem análise de discurso, em fazer paráfrase, porque para fazer paráfrase não precisa de analista de discurso, um falante 
comum, quando entende um texto, parafraseia-o, para dizer que entendeu o texto. Um analista de discurso vai além: tem que 
mostrar como os mecanismos linguísticos são usados para criar determinadas concepções.
(Sobre linguagem e a “liberdade das almas”, entrevista com José Luiz Fiorin). 
Disponível em: http://www.fecilcam.br/revista/index.php/educacaoelinguagens/article/viewFile/1541/1093. Acesso em: 16 jan. 2020.
15. A ideia de que “a ideologia só existe no discurso” mostra que a linguagem é uma forma de
A) evitar contradições.
B) negar as ideias.
C) dialogar com a verdade.
D) garantir a comunicação.
E) compreender a realidade.
16. Para o entrevistado, a paráfrase
A) ocorre a partir do trabalho dos estudiosos da linguagem.
B) pode ser feita por quem não compreendeu o texto.
C) não deve ser prioridade para um analista do discurso
D) jamais é realizada por falantes comuns de um idioma.
E) depende do conhecimento das intenções de quem escreve.
17. A flavona e o flavonol pertencem à classe dos compostos denominados flavonoides, que são encontrados em verduras, 
frutas, flores e cereais. Essas substâncias são responsáveis pela coloração dos mesmos e ainda apresenta propriedadesanti-
-inflamatória e antioxidante.
Suas estruturas podem ser representadas por:
A respeito dessas substâncias são feitas as afirmações:
 I. Ambos são heterocíclicos.
 II. As funções orgânicas presentes na flavona são: éter e cetona; e no flavonol são: éter e fenol.
 III. Ambos apresentam a mesma fórmula molecular.
 IV. A percentagem, em massa, de oxigênio no flavonol é maior do que na flavona.
São corretas as afirmações:
A) I e II.
B) II e III.
C) I e IV.
D) II e IV.
E) III e IV.
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Flavona Flavonol
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18. A ureia [OC(NH2)2] foi o primeiro composto orgânico sintetizado em laboratório.
A partir da síntese da ureia, a obtenção de novos compostos orgânicos cresceu exponencialmente, e atualmente a Química or-
gânica é o ramo da Química mais estudado. Na tabela a seguir, pode-se ter uma ideia de quão rápido foi esse desenvolvimento:
Ano 1880 1910 1940 1960 1970 1980 2009
No de compostos 
orgânicos conhecidos
12 000 150 000 500 000 1 000 000 2 000 000 5 500 000 16 000 000
Para efeito comparativo, é interessante saber que o número de compostos inorgânicos conhecidos atualmente é inferior a 
200 000.
A propriedade mais importante dos compostos de carbono é a formação de cadeias.
Com relação às cadeias carbônicas são feitas as afirmações:
 I. Butano e But-1-eno são hidrocarbonetos com cadeias abertas, acíclicas e homogêneas. 
 II. A trimetilamina e o éter dietílico apresentam cadeia heterogênea.
 III. Todos os ácidos carboxílicos apresentam cadeia heterogênea.
 IV. Qualquer álcool é solúvel na água.
São corretas as afirmações:
A) I e II.
B) I e III.
C) II e IV.
D) II e III.
E) III e IV.
19. Observe as fotografias e as estruturas a seguir.
Palmeira (Elaeis guineensis)
O ácido palmítico é um componente do óleo de palma, também conhecido por azeite de dendê.
Orquídea Vanilla planifólia 
A vanilina é o principal componente da essência de baunilha, muito utilizada nas indústrias alimentícias.
Alimentos ricos em feniletilamina
Com base nas informações, assinale a alternativa correta: 
A) Das substâncias mencionadas, a vanilina apresenta o menor teor de oxigênio.
B) Das três estruturas apresentadas, o ácido palmítico é o mais hidrofílico.
C) Na valinila, encontram-se as funções orgânicas: éter, aldeído e álcool.
D) Os três compostos apresentados podem ser classificados como aromáticos.
E) Para a neutralização total de um mol de ácido palmítico, é necessário 1 mol de NaOH.
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20. A gasolina é um combustível obtido por meio da destila-
ção fracionada do petróleo, processo no qual essa maté-
ria-prima é submetida a altas temperaturas, até evaporar 
diferentes compostos. A gasolina extraída é queimada 
para a geração de energia, como por exemplo, nos mo-
tores de automóveis. A reação simplificada e desbalan-
ceada que representa a queima da gasolina é:
C8H18 1 O2 → CO2 1 H2O
Disponível em: https://educacao.uol.com.br/disciplinas/ 
quimica/quimica-do-automovel-1-combustao-da- 
gasolina-e-do-alcool.htm. Acesso em: 26 mar. 2020.
Considerando esse processo, selecione a alternativa que 
apresenta a equação química corretamente balanceada e 
o tipo de transformação dos termos destacados no texto, 
respectivamente.
A) C8H18 1 3 O2 → 8 CO2 1 6 H2O, transformação quími-
ca e transformação física.
B) C8H18 1 5 O2 → 8 CO2 1 3 H2O, transformação física 
e transformação química.
C) C8H18 1 12,5 O2 → 8 CO2 1 9 H2O, transformação 
física e transformação química.
D) C8H18 1 20 O2 → 8 CO2 1 3 H2O, transformação quí-
mica e transformação física.
E) C8H18 1 25 O2 → 8 CO2 1 9 H2O, transformação física 
e transformação química.
21. A primeira etapa do processo de reciclagem de metais 
é a separação dos resíduos metálicos em dois grandes 
grupos: ferrosos e não ferrosos. Depois de separados os 
metais são prensados, classificados e encaminhados pa-
ra estações de reciclagem especificas.
A técnica de separação de misturas mais eficiente para o 
primeiro passo descrito é a
A) filtração.
B) levigação.
C) destilação.
D) decantação.
E) separação magnética.
22. Atualmente, no setor automotivo, a bateria de chumbo-
-ácido é uma das mais utilizadas no mundo. Por esse mo-
tivo, o seu processo químico para a geração de energia é 
um dos mais conhecidos no ramo industrial. Sabe-se que 
a reação química que acontece no eletrodo negativo des-
sa bateria pode ser representada pela seguinte equação:
PbO(s) 1 2 H1(aq) 1 2 e2 → Pb(s) 1 H2O(l)
Disponível em: http://www.pipe.ufpr.br/portal/defesas/ 
dissertacao/152.pdf. Acesso em: 23 mar. 2020.
Com base na equação química acima, é possível afirmar 
que, para a formação de 103,5 g de chumbo (Pb) no ele-
trodo negativo da bateria, o número de elétrons neces-
sário é de:
Dados:
• Massa molar – Pb 5 207 g/mol
• NAv 5 6 ? 10
23 mol21
A) 3 ? 1023
B) 6 ? 1024
C) 6 ? 1023
D) 1,2 ? 1023
E) 1,2 ? 1024
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23. Embora o nitrogênio seja um componente majoritário da atmosfera, ele está presente apenas na forma gasosa (N2), inca-
paz de ser aproveitada diretamente pela maioria dos seres vivos.
Há cem anos, o químico Fritz Haber (1868-1934) deu um grande passo para solucionar o problema da fixação do N2 at-
mosférico em amônia (NH3). Posteriormente, Carl Bosch (1874-1940), continuou o trabalho de Haber e conseguiu implementar 
a síntese de amônia em escala industrial.
Graças à síntese da amônia, o advento dos fertilizantes nitrogenados levou a um aumento da produção agrícola. Os be-
nefícios dessa reação, no entanto, têm como contrapartida uma série de efeitos nocivos ao meio ambiente, pois o nitrogênio 
que é desperdiçado por práticas agrícolas incorretas acaba por alterar o balanço dos gases do efeito estufa, acidifica o solo e 
estimula a formação de material particulado na atmosfera.
Disponível em: http://cienciahoje.org.br/coluna/uma-descoberta-que-mudou-o-mundo/. Acesso em: 24 mar. 2020. (Adaptado).
A síntese de Haber-Bosch é representada pela seguinte equação não balanceada:
N2 1 H2 → NH3
Em um processo industrial, no qual obtêm-se 500 kg de amônia a partir de 1 tonelada de nitrogênio, é possível afirmar que o 
rendimento dessa reação é de aproximadamente:
A) 30%
B) 40%
C) 50%
D) 60%
E) 75%
24. Uma disciplina clássica dos cursos de formação técnica em química é a Química Analítica Qualitativa. Um dos experimentos 
propostos nessa disciplina consiste em identificar a presença de alguns íons numa amostra desconhecida que contém diver-
sos sais misturados. 
Em um desses experimentos, o professor apenas informou que alguns dos possíveis íons presentes na amostra são: 
Na1, K1, NH4
1, Ca21, Cu21, Al31, Cl2, NO3
2, CO3
22, SO4
22
Dois testes foram realizados com essa amostra e os resultados são apresentados na tabela a seguir:
Teste realizado Resultado observado
Adição de NaOH(aq) concentrado
Ausência de precipitação 
e detecção de odor forte vindo do sistema
Adição de HCl(aq) concentrado Ausência de precipitação e efervescência do sistema
Considerando os resultados obtidos, pode-se afirmar corretamente que a amostra recebida
A) não contém Cu21, Al31, NH4
1, mas contém CO3
22.
B) não contém NH4
1, mas contém Al31, Cu21 e CO3
22.
C) não contém Cu21 e Al31, mas contém NH4
1 e CO3
22.
D) não contém Al31, mas contém Cu21.
E) contém apenas CO3
22.
25. A figura a seguir indica a variação da solubilidade de três sais em função da temperatura. A solubilidade é expressa em gramas 
de soluto em cada 100 g de água. 
Em frascos sem rótulo, uma estudante recebeu dois desses três sais e realizou alguns testes.
O primeiro sal, ao ser dissolvido em água, produziu um leveresfriamento na temperatura do sistema, enquanto o segundo 
aumentou a temperatura na água em sua dissolução. A seguir, 40 gramas do sal, cuja dissolução é endotérmica, foram acres-
centadas a 50 gramas de água a 20 ºC. Após forte agitação, ainda restavam 3 gramas de corpo de fundo. Ao se resfriar esse 
sistema até 10 ºC, a massa de corpo de fundo passou a ser igual a y gramas.
Com base no experimento realizado e no gráfico fornecido, pode-se afirmar que o primeiro e o segundo sal recebidos, bem 
como os valores de x e y são, respectivamente:
A) KNO3, Ce2(SO4)3, 35 g e 33 g.
B) KNO3, Ce2(SO4)3, 25 g e 30 g.
C) Ce2(SO4)3, KNO3, 25 g e 30 g.
D) Ce2(SO4)3, KNO3, 35 g e 33 g.
E) Ce2(SO4)3, NaCl, 10 g e 20 g.
50
40
30
20
10
0 10 20 30
NaC�
KNO3
Ce2(SO4)3
Temperatura (ºC)
S
o
lu
b
ili
d
ad
e
40
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26. O quadro a seguir é o trecho de uma tabela que mostra os valores orientados para concentração de alguns metais nos solos e 
nas águas subterrâneas no estado de São Paulo.
Substância
Solo (mg ? kg21 peso seco)
Águas Subterrâneas
(µg ? L21)
Valor 
Referência 
Qualidade
Valor 
Prevenção
Valor de Intervenção
(VI)
(VRQ) (VP) agrícola residencial industrial
Antimônio < 0,5 2 5 10 25 5
Arsênio 3,5 15 35 55 150 10
Cádmio < 0,5 1,3 3,6 14 160 5
Chumbo 17 72 150 240 4 400 10
Trecho do anexo único do artigo 1o da Decisão de Diretoria no 256/2016 de 22/11/2016 – CETESB.
De acordo com essa tabela, o valor de prevenção (VP) para a concentração do antimônio no solo expresso em ppm e a con-
centração do chumbo nas águas subterrâneas expressas em ppb são, respectivamente:
A) 0,5 e 5.
B) 0,5 e 10.
C) 2 e 0,5.
D) 2 e 10.
E) 4 e 0,5.
27. Em um laboratório de Química, um aluno encontra dois frascos contendo soluções aquosas ácidas e deseja neutralizá-las uti-
lizando o hidróxido de sódio. Em um primeiro momento, ele mistura as soluções ácidas e, posteriormente, adiciona o NaOH 
sólido à essa mistura. 
As soluções ácidas encontradas são mostradas a seguir:
Nesse experimento, as concentrações dos íons H1 e Cl2 logo após a mistura das soluções ácidas e a massa de base que deve 
ser utilizada para produzir um sistema de pH igual a 7 são, respectivamente:
A) 0,5 mol/L; 0,3 mol/L e 10 g.
B) 0,5 mol/L; 0,3 mol/L e 8 g.
C) 0,4 mol/L; 0,3 mol/L e 4 g.
D) 0,4 mol/L; 0,3 mol/L e 10 g.
E) 0,4 mol/L; 0,5 mol/L e 8 g.
28. Um sitiante tem 200 galinhas, sendo que cada uma delas bota pelo menos 4 ovos por semana. No entanto, como ele quer 
parar com essa atividade, a cada semana ele vende exatamente 10 galinhas, cada uma delas após ter botado seus 4 ovos se-
manais. Assim, ele se livrou de todas as galinhas em 20 semanas.
Nesse período, qual foi o número mínimo de ovos que as galinhas produziram?
A) 7 800
B) 8 000
C) 8 200
D) 8 400
E) 8 800
HC� 0,5 mol/L
300 mL
H2SO4 0,25 mol/L
200 mL
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29. Uma máquina está cravando uma estaca no solo, con-
forme a figura. Um peso é solto de uma certa altura e na 
queda bate na estaca. Após o impacto, o peso é levan-
tado até sua posição inicial para, novamente, ser solto. 
Cada impacto causa um deslocamento vertical da esta-
ca; com o primeiro, a estaca alcança uma profundidade 
de 0,5 m, restando ainda 3,7 m dela acima da superfície. 
Depois, cada deslocamento é 12,5% menor que o deslo-
camento anterior.
Qual é o limite da profundidade, em metros, que a estaca 
poderá alcançar?
A) 3,8
B) 4,0
C) 4,2
D) 4,7
E) 5,0
30. Uma pequena fábrica tem 3 máquinas (X, Y e Z) para 
produzir copos. Normalmente, funcionam apenas duas 
dessas máquinas ao mesmo tempo e a produção delas é 
dada pela tabela a seguir.
Máquinas
Horas de 
funcionamento
Canetas 
produzidas
X e Y 5 225
X e Z 6 252
Y e Z 9 243
Funcionando sozinha, quantos copos a máquina Z pro-
duz em 1 hora?
A) 12
B) 15
C) 16
D) 20
E) 22
3,7 m
0,5 m
estaca
solo
peso
cabo
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31. Na tabela a seguir, são representados alguns termos da 
sequência de Fibonacci.
n 1 2 3 4 5 6 7 8
fn 1 1 2 3 5 8 13 21
Nessa sequência, cada termo, a partir do terceiro, é 
igual à soma dos últimos dois termos que o precedem: 
fn 5 fn 2 1 1 fn 2 2, para todo natural n, n ⩾ 3.
Considerando agora a matriz dada por A 5 1
1 
1
0
, tem-se 
que A5 é igual a
A) f5
f5 
f5
0
B) f5
f3 
f5
f2
C) f5
f7 
f6
f4
D) f4
f5 
f5
f3
E) f6
f5 
f5
f4
32. Na figura a seguir, ABCD é um quadrilátero tal que 
m(AB̂C) 5 m(AD̂C) 5 90º, AD 5 DC e AB 1 BC 5 20. 
Qual é a área desse quadrilátero?
A) 50
B) 20
C) 400
D) 200
E) 100
33. Seja SELA um quadrado cujo lado mede 60. Sobre o seg-
mento AS marcam-se os pontos distintos H e T, tais que 
AH 5 HT 5 TS. Considere P o ponto de interseção entre 
ET e SL, e Q o ponto de interseção entre EH e SL.
Qual a área do quadrilátero PTHQ? 
A) 330
B) 365
C) 400
D) 435
E) 470
D C
B
A
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34. Um triângulo equilátero ABC está inscrito em uma cir-
cunferência λ1. Uma segunda circunferência, λ2, tangen-
cia internamente λ1 no ponto T e tangencia os lados AB e 
AC nos pontos P e Q, conforme ilustra a figura a seguir.
Se BC 5 12, qual é a medida de PQ?
A 6
B) 6 √3
C) 8
D) 8 √3
E) 9
35. Na figura a seguir, ABCDEF e FBGHIJ são hexágonos 
regulares.
Sendo K a intersecção entre GI e BC, qual é a medida do 
ângulo θ 5 CK̂I?
A) 100º
B) 120º
C) 145º
D) 150º
E) 165º
36. Uma antena emite uma onda eletromagnética que se 
propaga em todas as direções. Dessa forma, em qual-
quer ponto que esteja a uma distância r (r em metros, 
r > 0) da antena existe um campo elétrico que, em um 
instante específico, é dado por: E 5 10 ? sen (2π3 ? r), com 
E expresso em newtons por coulomb (N/C).
Em dois desses pontos, o campo elétrico é máximo e 
igual a 10 N/C. Se esses pontos não estão a uma mes-
ma distância da antena, a menor distância possível entre 
eles é:
A) 0,75 m
B) 1,5 m
C) 3 m
D) 6 m
E) 12 m
A
T
B
P
λ1
λ2
Q
C
A
F
E
D
K
θ
H
IJ
B
C
G
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37. Seja f : ® → ® uma função cujo gráfico, ao ser translada-
do em K unidades para baixo (K ∈®, K > 0), é o mesmo 
que seria obtido por uma translação do gráfico de f de K 
unidades para a direita. Uma possível lei para a função f é
A) f(x) 5 (x 1 7)2
B) f(x) 5 
1
x 1 7
C) f(x) 5 √x 1 7
D) f(x) 5 x 1 7
E) f(x) 5 2x 1 7
38. Em uma faculdade, os dados dos alunos são organizados 
da seguinte forma:
• O conjunto A contém o CPF de cada um dos alunos.
• O conjunto B contém o número de matrícula de cada 
um dos alunos.
• O conjunto C contém o ano de ingresso de cada um 
dos alunos.
Considere as seguintes funções:
• f : A → B: atribui a cada CPF um número de matrícula.
• g : B → C: atribui a cada número de matrícula um ano 
de ingresso.
• g 8 f : A → C: atribui a cada CPF um ano de ingresso.
Sabendo-se que o número de matrícula, assim como 
o CPF, é único para cada aluno, e que diversos alunos 
ingressam a cada ano, pode-se concluir que é(são) 
inversível(is), apenas, a(s) função(ões):
A) f
B) g
C) f e g 8 f
D) g e g 8 f
E) g 8 f
39. Resolvendo em ® a equação:
sen2 x 1 tg2 x 5 sec2 x 2 cos2 x,
obtém-se o conjunto solução:
A) ®
B) 
1
2
3
x ∈® | x Þ π
2
 1 h ? π, h ∈Ω
1
2
3
C) 
1
2
3
x ∈® | x 5 π 1 h ? π
2
, h ∈Ω
1
2
3
D) {x ∈® | x 5 h ? 2π, h ∈Ω}
E) ∅
40. Song et al. (2010) realizaram trabalhos com tomate, 
onde infectaram plantas micorrizadas com patógenos 
e isolaram as partes aéreas, possibilitando apenas que 
as plantas pudessem ter contato por intermédio do so-
lo. Neste trabalho, se observou que as plantas atacadas 
produziram sinais de defesa e os transmitiam pelas redes 
micorrízicas, às plantas sadias que também induziram 
suas defesas. Após 18 horas do contato da inoculação 
do patógeno, as plantas sadiasapresentaram indução de 
três genes, dentre estes os de síntese de ácido jasmônico 
e salicílico em suas folhas [...].
Disponível em: https://eventos.uceff.edu.br/eventosfai_dados/
artigos/agrotec2017/666.pdf. Acesso em: 18 jan. 2020.
Como se pode deduzir a partir do texto, a associação mi-
corriza favorece as plantas de tomate, devido à comuni-
cação química que ocorre entre elas, além disso, hoje se 
sabe que nessa associação
A) fungos parasitam as raízes dos tomateiros, dos quais 
obtêm nutrientes orgânicos.
B) compostos orgânicos produzidos e transportados pe-
los fungos ajudam na nutrição das plantas.
C) paredes celulares de plantas e fungos se fundem pois 
apresentam a mesma composição química.
D) fungos fixam nitrogênio e produzem amônia, utilizada 
na síntese de aminoácidos.
E) fungos ampliam a obtenção de fósforo nas plantas.
41. 
No ciclo de vida de uma briófita, representado pela ilus-
tração, o(a)
A) organismo A realiza meiose para originar a célula 3.
B) célula 2 pode originar um organismo se germinar no 
solo úmido.
C) organismo C vive fixo sobre o solo.
D) célula 1 é dotada de flagelo.
E) célula 1 tem menos DNA do que a célula 4.
42. O gráfico a seguir mostra a taxa de crescimento de dois 
grupos distintos de plantas, um com a presença de mi-
corrizas e um sem.
Com base no gráfico e em seus conhecimentos, assinale 
a alternativa correta.
A) A ausência de micorrizas impede o crescimento e o de-
senvolvimento da planta, enquanto as bactérias cres-
cem e se multiplicam normalmente sem as plantas.
B) Micorrizas são associações classificadas como co-
mensalismo, uma vez que a planta é beneficiada, en-
quanto o fungo não apresenta nenhum benefício ou 
prejuízo.
C) Plantas com micorrizas apresentam maior crescimen-
to, devido à maior absorção de minerais proporciona-
da pelos fungos na raiz.
D) Micorrizas são associações entre as raízes de determi-
nadas plantas e alguns grupos de bactérias, trazendo 
benefícios para ambas.
E) Apesar do maior crescimento de plantas com micorri-
zas, a relação entre elas e os fungos é de parasitismo, 
já que os fungos se alimentam de matéria orgânica 
produzida pela planta.
Organismo
A
Organismo
B
Organismo
C
Célula 1
Célula 2 Célula 3
Célula 4
com micorriza
sem micorriza
tempo de crescimento (semanas)
16
12
8
4
0
3 5 10
al
tu
ra
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la
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43. Leia atentamente o texto a seguir.
As águas do Rio Paraopeba, que corta Brumadinho, apresentam riscos à saúde humana e animal. É o que aponta um 
comunicado conjunto das Secretarias de Estado de Saúde, do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Pecuária e 
Abastecimento de Minas Gerais divulgado na noite desta quarta-feira, 30.
As análises foram feitas com mostras coletadas entre os dias 25 (quando o acidente ocorreu) e 29. Foram encontrados va-
lores até 21 vezes acima do aceitável de chumbo total e mercúrio total. Também foi constatada a presença de níquel, chumbo, 
cádmio e zinco no dia 26 em um dos pontos de monitoramento.
Disponível em: https://veja.abril.com.br/brasil/rio-paraopeba-esta-contaminado- 
com-metais-pesados-e-traz-risco-a-saude/. Acesso em: 11 dez. 2019.
Considerando a teia alimentar da região onde ocorreu a tragédia ecológica citada, representada na figura a seguir, em que ser 
vivo você espera encontrar a maior concentração de chumbo e mercúrio?
A) Plantas.
B) Gafanhoto.
C) Cobra caninana.
D) Águia-serrana.
E) Seriema.
44. O esquema a seguir mostra processos bioenergéticos fundamentais para a manutenção da atividade metabólica.
Em relação a esses processos, é correto afirmar que:
A) 1 ocorre na mitocôndria e fornece a maior parte do ATP utilizado por uma célula eucariótica.
B) 5 produz oxigênio, utilizado no consumo da água obtida nas reações de transporte do hidrogênio.
C) 4 é uma reação necessária para possibilitar a manutenção do processo 1 em via anaeróbica.
D) 3 transforma hidrogênio em ATP pelo transporte de oxigênio por proteínas carreadoras.
E) 2 é realizado no citosol de todas as células e produz a maior parte do gás carbônico.
Preá
Caninana
Gafanhoto
Águia-serrana
Seriema
Calango
Planta
G
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Glicose Piruvato Acetil-CoA Hidrogênios
ATP ATPCO2
CO2
CO2
H2O
O2
ATP
Lactato ou etanol
1
4
2
3
5
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45. A tabela a seguir pertence ao trabalho publicado em 1950 por Erwin Chargaff, pesquisador austríaco pioneiro nos estudos 
sobre a estrutura molecular do DNA.
Quantidades de matéria* (em mol) das bases em DNA de diferentes fontes.
Organismo Tecido Adenina Timina Guanina Citosina
E. coli (K12) — 26,0 23,9 24,9 25,2
D. pneumoniae — 29,8 31,6 20,5 18,0
M. tuberculosis — 15,1 14,6 34,9 35,4
Levedura — 31,3 32,9 18,7 17,1
P. lividus (ouriço do mar) esperma 32,8 32,1 17,7 18,4
Arenque esperma 27,8 27,5 22,2 22,6
Rato tutano de osso 28,6 28,4 21,4 21,5
Humano timo 30,9 29,4 19,9 19,8
Humano fígado 30,3 30,3 19,5 19,9
Humano esperma 30,7 31,2 19,3 18,8
*Por 100 mols de fosfato na forma hidrolisada do DNA.
Considerando a análise da tabela e seus conhecimentos sobre a estrutura do DNA, é possível afirmar que:
A) A quantidade relativa de cada nucleotídeo é sempre igual em todas as espécies, porque A 5 T e C 5 G.
B) Há uma relação 1 : 1 entre bases púricas e pirimídicas nas espécies, de modo que A 1 G é sempre igual a T 1 C.
C) A razão A 1 T / C 1 G é igual para todas as espécies consideradas, devido ao pareamento dos nucleotídeos.
D) Dentro de uma mesma espécie, a razão de nucleotídeos varia significantemente entre os tecidos.
E) Os dados da tabela provam que a estrutura molecular do DNA é formada por uma dupla hélice de nucleotídeos.
46. 
A fotomicrografia mostra uma organela membranosa exclusiva de organismos autótrofos eucariontes e responsável pelo 
principal processo de conversão energética dos seres vivos. Em relação às regiões indicadas por 1 e 2, nota-se que:
A) 1 é o local da conversão de energia luminosa em química, na presença de oxigênio.
B) 2 contém uma enzima responsável pela captação e fixação do CO2 atmosférico.
C) 1 é a matriz mitocondrial, região responsável pela realização do ciclo de Krebs.
D) 2 é uma região de produção de ATP, que será utilizado nas reações que ocorrem em 1.
E) 1 possui grande quantidade de um pigmento fotossensível, responsável pela captação de luz.
47. Após perceber alguns desconfortos fisiológicos, Juca resolveu realizar um exame parasitológico. Após alguns dias, ao abrir 
o envelope com o resultado de seu exame parasitológico de fezes, Juca leu “positivo para ovos de Ascaris lumbricoides”. 
Qual das medidas preventivas de doenças parasitárias relacionadas a seguir não deve ter sido observada por Juca em sua 
vida diária?
A) Andar calçado para que a larva não penetre pelos pés.
B) Lavar bem as mãos e os alimentos antes das refeições.
C) Colocar telas nas janelas para impedir a entrada do mosquito Culex.
D) Não nadar em lagoas que tenham o caramujo Biomphalaria.
E) Comer carne de porco ou de boi inspecionada e bem cozida.
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48. Dentre as diversas curvas apresentadas nos gráficos abai-
xo, selecione qual delas representa o crescimento de um in-
seto ametábolo, desde o seu nascimento até a fase adulta.
A) 
B) 
C) 
D) 
E) 
49. Em relação às baleias, é correto afirmar que:
A) apresentam ovos oligolécitos com segmentaçãome-
roblástica discoidal.
B) seus embriões estão ligados ao corpo da mãe por 
meio da placenta.
Tempo (dias)
adulto
T
am
an
h
o
 d
o
 c
o
rp
o
 (
m
m
)
Tempo (dias)
adulto
T
am
an
h
o
 d
o
 c
o
rp
o
 (
m
m
)
Tempo (dias)
adulto
T
am
an
h
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 d
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o
rp
o
 (
m
m
)
Tempo (dias)
adulto
T
am
an
h
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 d
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 c
o
rp
o
 (
m
m
)
Tempo (dias)
adulto
T
am
an
h
o
 d
o
 c
o
rp
o
 (
m
m
)
C) sua pele se origina tanto da endoderme quanto da 
epiderme.
D) na fase embrionária, o blastóporo originará o ânus 
durante a blástula.
E) o celoma, formado na nêurula, desaparecerá nos ani-
mais aquáticos.
50. Um grupo de estudantes saiu de férias e no caminho pas-
saram por uma cidade com altos índices de infestação 
por platelmintos comuns no Brasil. Sobre o assunto, eles 
fizeram algumas observações:
• Clarice disse que uma dessas doenças poderia ser evi-
tada eliminando caramujos dos reservatórios de água 
doce.
• Rafael discordou e disse que a melhor forma de pre-
venir novos contágios era evitar as transfusões de 
sangue.
• Daniel disse que uma dessas doenças poderia ser gra-
ve quando ocorresse o crescimento da larva do parasi-
ta nos tecidos humanos.
• Marcela concordou com Daniel e completou dizendo 
que o mesmo parasita, na fase adulta, poderia viver no 
intestino humano.
Estão corretos em suas afirmações apenas:
A) Clarice e Daniel.
B) Clarice e Marcela.
C) Rafael e Daniel.
D) Clarice, Daniel e Marcela.
E) Rafael, Daniel e Marcela.
51. A figura seguinte ilustra um funcionário de uma empre-
sa de mudanças empurrando uma caixa de madeira por 
uma rampa, desde a rua até a casa. A trajetória da caixa 
é a reta de maior inclinação do plano.
Nesse esquema, F é a força aplicada pelo funcionário na 
caixa. Ela possui a mesma direção que a superfície da 
rampa. Suponha que a caixa esteja se movimentando 
com velocidade constante. Qual é coeficiente de atrito 
cinético entre a caixa e a rampa? 
Note e adote:
• A massa da caixa é m.
• A inclinação da rampa é dada pelo ângulo α.
• A aceleração gravitacional local é g. 
• Despreze a ação da resistência do ar.
A) F 2 m ? g ? cos α
m ? g ? sen α
B) F 2 m ? g ? sen α
m ? g ? cos α
C) m ? g ? sen α 2 F
m ? g ? cos α
D) F 2 sen α
cos α
E) F 2 m ? g ? tg α
α
Casa
Rua
F
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52. Um automóvel acelera em linha reta, partindo do repou-
so (t 5 0) em uma longa avenida horizontal. O gráfico 
seguinte mostra como o valor algébrico R da resultante 
das forças aplicadas nesse automóvel, cuja massa é 1 to-
nelada, varia em função do tempo t.
Assinale a alternativa que indica quais foram, respecti-
vamente, a maior aceleração adquirida por esse automó-
vel, em módulo, e o instante de tempo em que o módulo 
de sua velocidade foi máximo.
A) 1,5 m/s2 e 5 s.
B) 1,5 m/s2 e 15 s.
C) 2,0 m/s2 e 5 s.
D) 2,0 m/s2 e 15 s.
E) 2,0 m/s2 e 16,5 s.
53. A franquia Star Wars, criada pelo cineasta norte-ameri-
cano George Lucas (1944), é, há algumas décadas, um 
fenômeno da cultura popular. Um grupo de persona-
gens bastante interessante desse universo fictício são os 
ewoks, seres semelhantes a pequenos ursos que vivem 
em cabanas nas copas das árvores. Para facilitar a sua 
movimentação entre o solo da floresta e as suas caba-
nas, os ewoks contam com o auxílio de elevadores muni-
dos com contrapesos, conforme esquematizado a seguir.
Qual é a intensidade da normal aplicada pelo elevador no 
ewok, supondo que o elevador esteja subindo acelerado?
Note e adote:
• As massas do ewok, do elevador e do contrapeso são, 
respectivamente, iguais a 30 kg, 70 kg e 150 kg.
• A aceleração gravitacional local é 10 m/s2.
A) 240 N
B) 300 N
C) 360 N
D) 700 N
E) 1 200 N
R (N)
1500
50
22000
10 15
18,5
t (s)
Galho de uma árvore
Polia (ideal)
Corda (ideal)
Contrapeso
Ewok
Elevador
Rascunho
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54. Em fevereiro de 2018, uma equipe internacional de astrônomos anunciou a descoberta de quase cem novos planetas extra-
-solares, ou seja, planetas que orbitam estrelas que não são o nosso Sol. Esses astros foram identificados por intermédio de 
dados da missão espacial Kepler, da Nasa.
Suponha que dois desses planetas, A e B, orbitem a mesma estrela e que o raio médio da órbita rB do planeta B seja quatro vezes 
maior que o raio médio rA da órbita do planeta A. Qual será a relação entre os períodos TA e TB das órbitas dos planetas A e B?
A) 
TA
TB
 5 
1
8
B) 
TA
TB
 5 
8
1
C) 
TA
TB
 5 
1
4
D) 
TA
TB
 5 
4
1
E) 
TA
TB
 5 16
55. Em uma brinquedoteca, uma criança abandona, a partir do repouso, uma bola de gude de massa m no topo de uma casinha 
semiesférica de raio 90 cm. Após sucessivas vezes, a criança percebe que a bola perde o contato com a superfície no ponto A, 
como ilustrado a seguir.
Desprezando os atritos e considerando a bola de gude com dimensão desprezível, pode-se afirmar que a altura H do ponto A vale:
A) 20 cm
B) 30 cm
C) 40 cm
D) 50 cm
E) 60 cm
56. Durante uma viagem, o atrito entre a fuselagem metálica do avião e o ar pode ocasionar a eletrização da aeronave. Por es-
se motivo, são tomadas algumas medidas para evitar o acúmulo de cargas e, consequentemente, alguns acidentes. Como 
exemplo dessas medidas, algumas pontas metálicas são instaladas nas asas do avião, para permitir o escoamento de cargas 
durante a viagem, como ilustrado na figura 1.
Figura 1
Apesar das pontas metálicas minimizarem o acúmulo de cargas, após o pouso, o avião ainda pode se manter eletrizado. Desse 
modo, quando a aeronave estaciona, um fio é conectado entre a fuselagem do avião e um ponto da superfície da terra, como 
ilustrado na figura 2.
Figura 2
Considerando a série triboelétrica a seguir, pode-se concluir que, durante o processo de aterramento descrito:
Ar Vidro Lã Chumbo Seda Alumínio Aço Madeira Cobre Isopor
A) cargas positivas se deslocaram da terra para o avião.
B) cargas neutras se deslocaram do avião para a terra.
C) cargas negativas se deslocaram da terra para o avião.
D) cargas negativas se deslocaram do avião para a terra.
E) cargas neutras se deslocaram da terra para o avião.
m ponto A
90 cm H
W
E
E
D
E
Z
IG
N
/S
H
U
T
T
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K
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/S
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T
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E
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C
K
positivo
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57. Em astronomia, um binário de estrelas é conhecido por 
um sistema formado por duas estrelas, que orbitam ao 
redor do seu centro de massa. Ao se levar em conta ana-
logias dos modelos matemáticos entre interações gravi-
tacionais e elétricas, é possível considerar duas situações 
eletrostáticas similares.
Em um primeiro caso, um corpo eletrizado negativamen-
te orbita ao redor de outro de mesma massa e eletrizado 
positivamente com mesma carga em módulo, como ilus-
trado na figura 1, a seguir.
Em uma segunda situação, os mesmos corpos orbitam 
ao redor do seu centro de massa, como ilustrado na fi-
gura 2, a seguir.
Considerando r os raios das órbitas e que eles possuam a 
mesma carga q em módulo, a razão entre os períodos de 
translação entre o segundo e o primeiro caso é:
Note e adote:
Despreze a interação gravitacional entre as cargas.
A) √2
B) 2
C) 2 √2
D) 4
E) 8
58. A pasteurização utilizada na indústria de bebidas é 
um tratamento térmico que elimina os microrganismos 
termossensíveis existentes em sucos e cervejas. Ela é 
feita por meio de trocas térmicas do suco de laranja, por 
exemplo, com vapor aquecido em trocadores de calor de 
tubos, onde o vapor transfere calor latente para o suco, 
aumentando assim sua temperatura. A pasteurização 
não modifica praticamente em nada o sabor do suco e 
afeta muito pouco o valor nutricional.
Disponível em: http://www.ufrgs.br/ 
alimentus1/feira/opconser/opc_pasteur.htm. 
Acesso em: 20 jan. 2020. (Adaptado).
2q, m
1q, m
r
Figura 1
2q, m
1q, m
r
Figura 2
O esquema abaixo ilustra esquematicamente o trocador 
de calor por onde circula,em regime de fluxo constante, 
3,0 L/min de suco, que aumenta sua temperatura de 10 ºC 
para 90 ºC enquanto parte do vapor de água muda do es-
tado gasoso para o estado líquido, a pressão constante.
Durante o processo, 20% do vapor de água não se trans-
forma em água no estado líquido e apenas metade do 
calor latente é efetivamente absorvido pelo suco. Nessas 
condições, a massa de vapor que entra no dispositivo de 
trocas térmicas, em kg, no intervalo de tempo de um mi-
nuto, é de:
Note e adote:
• calor latente de vaporização da água 2 160 J/g
• massa específica do suco 1,0 kg/L
• calor específico do suco 3,6 J/(g ? ºC)
A) 4,0
B) 2,0
C) 1,0
D) 0,8
E) 0,2
59. Uma máquina térmica opera de acordo com o ciclo ter-
modinâmico ABCA, indicado pelo gráfico abaixo.
É sabido que, nesse ciclo, o gás apresenta na transfor-
mação gasosa:
• AB – um aumento na energia interna de 450 J;
• BC – nenhuma troca de calor com o meio externo;
• CA – uma transferência de calor para o ambiente de 
500 J.
Sobre esse ciclo termodinâmico, são feitas três afirma-
ções:
 I. O gás recebeu 450 J de calor do meio externo na 
transformação AB.
 II. A temperatura do gás permaneceu constante durante 
a expansão BC.
 III. A variação da energia interna do gás foi de 2300 J na 
transformação CA.
Apenas é correto o que se afirma em:
A) I
B) II
C) III
D) I e II
E) I e III
Saída
água líquida 1 vapor de água
(100 ºC)
Entrada
vapor de água
(100 ºC)
Saída suco 90 ºC
Entrada suco 10 ºC
p (105 Pa)
4,0
2,0
A
B
C
1,0 2,0 3,0 V (1023 m3)
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60. Diante de um espelho esférico gaussiano, em que foram destacadas cinco regiões numeradas de 1 a 5 e identificadas pelas 
cores vermelho, amarelo, verde, azul e violeta, estão dispostos três objetos pontuais X, Y e Z, conforme indica a figura.
Os pontos imagens conjugados pelo espelho dos pontos objetos X, Y e Z, respectivamente, encontram-se nas regiões identi-
ficadas pelos números:
A) 2, 3 e 5.
B) 3, 2 e 5.
C) 3, 5 e 2.
D) 5, 2 e 3.
E) 5, 3 e 2.
61. Em uma sala quadrada, cujas paredes têm 3 m de comprimento, representada em vista superior e em escala pelo quadrado 
ABCD na figura a seguir, um espelho plano está fixado sobre a parede CD de tal maneira que o centro do espelho coincide com 
o centro da largura da parede. 
Na figura, está representada também uma reta sobre a qual um observador pontual pode localizar-se nos pontos N, M e P 
com os olhos voltados para o espelho que está sobre a parede. A largura mínima do espelho, para que o observador possa 
visualizar por reflexão exatamente a parede que está atrás dele, desde o ponto A até o ponto B, deve ser, em metros, igual a:
A) 0,5 quando o observador estiver sobre o ponto N.
B) 1,0 quando o observador estiver sobre o ponto N.
C) 1,0 quando o observador estiver sobre o ponto M.
D) 1,5 quando o observador estiver sobre o ponto M.
E) 2,0 quando o observador estiver sobre o ponto P.
X
1
Y
C F
V
Z
2 3 4 5
P
A
0,5 m
0,5 m
D
B C
M
N
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62. A década de 1750 conheceu iniciativas importantes em muitas áreas da política de Estado, umas resultantes do planeja-
mento, outras impelidas por acontecimentos novos e imprevistos. Na política econômica e social, Pombal aventurou-se num 
plano ambicioso para restabelecer o controle nacional sobre todas as riquezas que fluíam para Lisboa, vindas dos domínios 
ultramarinos de Portugal. Para tanto ele adaptou às peculiaridades da situação portuguesa muitas das técnicas que havia co-
nhecido em outros lugares da Europa, em especial na Grã-Bretanha e na Áustria.
MAXWELL, Keneth. Marquês de Pombal, o paradoxo do iluminismo, p. 95.
O Marquês de Pombal, Ministro chefe da Corte de D. José I está, historicamente, associado à(ao):
A) eliminação das distinções sociais e políticas entre negros, brancos e indígenas, estimulando a miscigenação como forma 
de efetiva ocupação do território recém afirmado pelo Tratado de Madri. 
B) desenvolvimento de uma política de Estado referente à educação, sendo o responsável pelas primeiras instituições de 
ensino superior no Brasil, o que lhe rendeu a alcunha de “déspota esclarecido”.
C) expulsão de jesuítas de Portugal e do Brasil, o que ocasionou a prosperidade da Cia Geral de Comércio do Maranhão e 
Grão-Pará, dados os vultuosos lucros obtidos pelo controle do trabalho indígena e das drogas do sertão. 
D) implementação dos Diretórios indígenas, um aperfeiçoamento do trabalho catequético dos jesuítas, com maior ênfase na 
presença do Estado, mas mantendo o isolamento dos povos ameríndios do restante da colônia.
E) afastamento entre Igreja e Estado, influência de ideias ilustradas e, ao mesmo tempo, medidas francamente autoritárias 
tanto em Portugal quanto no Brasil.
63. No Primeiro Reinado (1822-31), o jornalista Borges da Fonseca chamava D. Pedro I de “Caríssimo”, e, ao que tudo indica, 
não por tê-lo em alta conta. 
SWCHARCZ, Lilia M. Sobre o autoritarismo brasileiro. São Paulo: Companhia das letras, 2019.
Durante o Império, o termo “corrupção” raras vezes foi utilizado, tornando-se comum a partir do período republicano. Isso 
deveu-se ao(à):
A) penúria econômica do período monárquico, resultando no fato de que a corrupção foi raramente praticada no Primeiro e 
no Segundo Reinados.
B) fato de que o conceito de corrupção era monopolizado pela Igreja, e empregado no sentido espiritual como sinônimo de 
pecado.
C) predomínio dos interesses privados na administração estatal, inviabilizando a corrupção pela ausência de funcionários a 
serem corrompidos.
D) vínculo entre o conceito de corrupção e uma concepção de Estado fundada na igualdade de direitos, que surgiu apenas com 
a República.
E) atuação da Guarda Nacional e do Exército no combate à corrupção, sobretudo após a Guerra do Paraguai.
64. 
O grande Conde dizia que para concluir-se a guerra no mais breve espaço de tempo eram necessários duas coisas: ho-
mens e dinheiro; e o Sr. José Luiz Alves, negociante de grosso trato nessa praça, compreendeu perfeitamente o Conde com-
prando e libertando um escravo, oferecendo-o para marchar para o teatro da guerra e pagou-lhe adiantado um ano de salário. 
Parabéns ao honrado Fluminense. Honra a ele e a todos os que seguem um tão nobre exemplo.
A charge e o texto anterior foram publicados na Revista Semana Ilustrada, em 1866, durante a Guerra do Paraguai, no Rio de 
Janeiro, e ambos se relacionam a(ao):
A) engajamento conduzido pelo Conde D’Eu, marido da princesa Isabel, na causa abolicionista.
B) fim do trabalho escravo na capital do Império por meio do envio de cativos para o Paraguai.
C) incremento das tropas brasileiras no Paraguai utilizando cativos libertos para irem à guerra.
D) treinamento de soldados de carreira para comporem as linhas brasileiras no conflito.
E) projeto de abolição da escravidão legalista conduzido pelo Visconde de Mauá.
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65. Observe os dados das tabelas a seguir:
TABELA I – IMIGRANTES ENTRADOS NO 
ESTADO DE SÃO PAULO
Ano Total Italianos
1887 32 110 27 000
1888 92 086 80 749
1889 27 694 19 925
1890 38 291 20 991
1891 108 688 84 486
BEIGUELMAN, Paulo. A crise do escravismo e a grande 
imigração. São Paulo: Brasiliense, 1981, p. 39. (Adaptado).
TABELA II – IMPACTO DO CAFÉ NA 
ECONOMIA BRASILEIRA
Ano
Sacas de 60 quilos 
(1000 sacas)
Porcentagem do 
café na exportação 
nacional (relativa)
1860/61 3 571 64,7
1870/71 3 827 50,3
1880/81 3 660 54,6
1890 5 100 64,7
LAPA, José Roberto do Amaral. A economia cafeeira. 
São Paulo: Brasiliense, 1986, p. 14. (Adaptado).
Comparando os dados apresentados nas tabelas acima e 
considerando o contexto histórico do período, é possível 
concluir que o(a):
A) imigração europeia parao Brasil do século XIX 
destinou-se principalmente à crescente economia 
industrial.
B) fim da escravidão no Brasil, em 1888, gerou impedi-
mentos para a vinda de imigrantes e afetou negativa-
mente a economia cafeeira. 
C) crise do escravismo estimulou a imigração europeia 
para o Brasil, assegurando novas relações de trabalho 
nas zonas rurais, com destaque para o Sudeste. 
D) queda na porcentagem do café nas exportações bra-
sileiras relacionou-se com a devastação dos campos 
produtivos durante a Guerra do Paraguai.
E) economia cafeeira acompanhou a industrialização, 
com imigrantes destinando-se às lavouras e ex-escra-
vizados à mão de obra fabril.
66. República no Brasil é coisa impossível, porque será 
verdadeira desgraça. [...] Os brasileiros estão e estarão 
muito mal-educados para “republicanos”. O único sus-
tentáculo do nosso Brasil é a monarquia: se mal com ela, 
pior sem ela... Não te metas em questões “republicanas”, 
porquanto República no Brasil e desgraça completa são a 
mesma coisa. (Marechal Deodoro da Fonseca, em carta 
ao sobrinho em 1888.).
CASTRO, Celso. A Proclamação da República. 
Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2000, p. 41- 42.
Apesar das insatisfações crescentes com o governo de 
D. Pedro II, não havia consenso entre seus opositores so-
bre a forma mais adequada de resolver seus problemas 
com o Império. A esse respeito, é possível afirmar que:
A) os oficiais de alta patente do Exército combateram ir-
redutivelmente o republicanismo dentro dos quartéis 
e defenderam a monarquia mesmo após a proclama-
ção da República. 
B) mesmo com interesses conflitantes, o Exército e for-
ças civis derrubaram o Império sob a mentalidade de 
que a monarquia impedia o progresso do país.
C) a Marinha e os cafeicultores utilizaram-se da abolição 
da escravidão para mobilizar apoio popular em defesa 
do Império. 
D) apesar de divergências pontuais, abolicionistas e 
militares defendiam intensamente a proclamação da 
República como forma de reparar os males da escra-
vidão.
E) entre as Forças Armadas, o republicanismo estava 
consolidado como a única alternativa para superar o 
desgaste do Império.
67. Eles captam em seu benefício o que subsiste das es-
truturas urbanas romanas, de modo que, ao passo que 
seu prestígio cresce, a função episcopal é investida pela 
aristocracia, especialmente a senatorial. Essa aristocrati-
zação da Igreja, bastante saliente na Gália do Sul e na Es-
panha, assegura a manutenção de uma rede de cidades 
episcopais nas mãos de homens bem formados, escora-
dos por famílias poderosas e que sabem governar. O bis-
po é, então, a principal autoridade urbana, concentrando 
em si poderes religiosos e políticos: ele é juiz e concilia-
dor, encarnação da lei e da ordem, “pai” e protetor de 
sua cidade. E o bispo não pretende cumprir esse papel 
apenas com suas forças humanas; ele tem necessidades, 
nesses tempos conturbados, de uma ajuda sobrenatural, 
que ele encontra junto aos santos, cujo culto constitui 
uma extraordinária invenção desse período. 
BASCHET, Jérôme. A civilização feudal. Do ano mil à 
colonização da América. São Paulo: Globo, 2006. p. 63.
Os “tempos conturbados”, mencionados no texto, po-
dem ser associados diretamente ao(à)
A) Islamismo, que gerava tensões na sociedade cristã 
medieval.
B) processo de crescente urbanização da Europa na Alta 
Idade Média.
C) crescente influência da Igreja, em confronto com a 
burguesia urbana.
D) processo de fragmentação do poder político na for-
mação da Idade Média.
E) surgimento de uma elite senatorial que se contrapu-
nha às elites rurais. 
68. Os povos que habitavam Angola, especialmente as 
regiões centro-oeste, deixaram um arsenal de saberes 
sobre a medicina tradicional. Como todos os povos do 
mundo, os ovimbundos não esperaram a chegada da 
medicina ocidental para curar-se. Mais ainda. Chega-
ram a passar seus conhecimentos para os portugueses 
[...]: para disenteria, ruibarbo; para escorbuto, farinha 
de mandioca doce; para tétano, caldo de galinha; para 
paludismo, noz de coco cozida na água que era, depois, 
ingerida.
DEL PRIORE, Mary; VENANCIO, Renato Pinto. Ancestrais. 
São Paulo: Editora Elsevier, 2018.
De acordo com o texto, assinale a afirmação correta so-
bre as práticas médicas dos ovimbundos de Angola:
A) Eram inferiores à medicina ocidental por não serem 
resultado de pesquisa científica e experimentos metó-
dicos.
B) Refletem um amplo conhecimento da natureza, mas 
ofereciam respostas a questões que a medicina oci-
dental já havia resolvido na época.
C) Incluíam produtos extraídos da natureza e diretamen-
te consumidos, bem como remédios produzidos após 
manipulação. 
D) Diferenciavam-se da medicina tradicional de outras 
regiões da África, devido às especificidades do meio 
natural da região.
E) Foram influenciadas pela medicina ocidental por in-
termédio do contato com médicos portugueses.
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69.
São Jerônimo no deserto, Leonardo Da Vinci, 1480
Associando a análise da pintura ao contexto em que foi 
produzida, pode-se afirmar que:
A) São Jerônimo está esquálido e debilitado, exalando 
vergonha enquanto parece implorar perdão, o que de-
monstra o resgate do estoicismo clássico no Renasci-
mento.
B) o plano de fundo simples e direto é uma característica 
das obras renascentistas, e Leonardo foi o maior es-
pecialista da época em desenhar rochas e paisagens 
enevoadas.
C) as pinturas de Leonardo são psicológicas e apontam a 
busca por retratar emoções, com exceção de São Je-
rônimo no deserto, que é essencialmente um estudo 
anatômico.
D) o corpo do Santo transmite paixões, por meio das 
torções e da feição de dor, indicando a maior preo-
cupação dos artistas do período com o conceito em 
detrimento da forma.
E) a obra demonstra a dedicação de Leonardo em co-
nectar movimentos e expressões do corpo aos da 
alma, indicando a mentalidade típica do artista renas-
centista.
70. Leia a seguir dois trechos das 95 teses de Lutero, docu-
mento fundador da Reforma Protestante.
5. O papa não quer nem pode dispensar de quais-
quer penas senão daquelas que impôs por decisão pró-
pria ou dos cânones.
21. Erram, portanto, os pregadores de indulgências 
que afirmam que a pessoa é absolvida de toda pena e 
salva pelas indulgências do papa.
Considerando o texto e seus conhecimentos, assinale a 
alternativa que apresenta as principais características do 
Luteranismo.
A) Questionamento da autoridade papal, defesa da pre-
destinação absoluta, permissão da usura e submissão 
da Igreja ao Estado.
B) Crítica à venda de indulgências, questionamento da 
autoridade papal, defesa da livre leitura e interpreta-
ção das escrituras e iconoclastia.
C) Crítica à venda do perdão por meio das indulgências, 
valorização do livre arbítrio e das boas obras como 
caminho para a salvação das almas.
D) Críticas aos abusos do clero, defesa da expropriação 
das terras da Igreja e da submissão do clero à autori-
dade monárquica.
E) Critica à venda de indulgências e à autoridade papal, 
defesa da livre interpretação das escrituras e do poder 
absoluto dos reis.
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A 71. Leia o texto a seguir, sobre o papel da etiqueta no Antigo 
Regime, durante a Idade Moderna:
[...] A etiqueta foi, nos séculos do seu apogeu (do XV 
ao XVIII), minucioso cerimonial regendo a vida em socie-
dade: roupas, formas de tratamento, uso da linguagem, 
distribuição no espaço, tudo isso esteve determinado 
pela lei e pelo costume. [...] Nos diversos países da Eu-
ropa, também se regulava que roupas, enfeites e até tipo 
de comida cabiam a cada classe da sociedade: em 1533, 
por exemplo, uma lei inglesa reservava à família real a 
púrpura e os tecidos em ouro [...]. Só podiam ter seda 
em suas roupas os gentlemen de renda maior que vinte 
libras anuais, soma elevada para a época. Já o assalaria-
do que não ganhasse

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