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Apg Objetivos: 1- Compreender a fisiopatologia da hanseníase enfatizando sua correlação com o SN 2- Entender as manifestações clinicas e diagnóstico 3- Analisar a questão social da patologia Hanseníase Introdução A hanseníase trata-se de uma doença infectocontagiosa do tipo crônica, sendo esta causada pelo mycobacterium leprae os quais apresentam tropismo por células nervosas, especificamente as células de schwann (células responsáveis por produzir a bainha de mielina no sistema nervoso periférico) A doença acomete principalmente os nervos superficiais e troncos de nervos periféricos localizados na: · Face · Pescoço · Terço médio do braço · Abaixo do cotovelo e joelho · Olhos · Testículos · Baço · Fígado Transmissão Cerca de 10% das pessoas infectadas cursam com a apresentação dos sintomas, enquanto que em 90% dos casos os pacientes acometidos permanecem sem apresentar sintomas. Muitos se infectam, porém poucos desenvolvem sintomatologias por se tratar de um bacilo de baixa toxicidade. Etiopatogenia Agente etiológico O M. leprae é um bacilo álcool-ácido resistente (BAAR), fracamente gram-positivo e que se cora em vermelho pelo método Ziehlneelsen. Esta bactéria tem predileção em atacar macrófagos e células de schwann do sistema nervoso periférico, necessitando de temperaturas entre 27 a 30°c para se reproduzir, por isso os locais mais acometidos na pele são os de menor temperatura. Quadro clínico Sinais e sintomas: · Surgimento de manchas homocrômicas na pele de cor castanha ou avermelhada e com perda da sensibilidade ao calor, tato e dolorosa; · Formigamentos, choques e câimbras nos braços e pernas que evolui para a dormência · Pápulas, tubérculos e nódulos assintomáticos · Diminuição ou queda dos pelos, especialmente na sobrancelha (madrose) · Diminuição ou ausência de suor; · Dor e choque nos nervos periféricos · Diminuição ou perda de sensibilidade dos nervos acometidos em especial nos olhos, mãos e pés. · Diminuição ou perda da força muscular dos músculos inervados pelo nervo acometido · Edema de mãos e pés seguido de ressecamento e cianose · Febre e artralgia · Entupimento, feridas e ressecamento do nariz · Ressecamento e sensação de areia nos olhos. Ao exame físico: Após um bom exame clínico, o exame físico deve ser realizado dando destaque a palpação dos nervos periféricos afim de analisar as seguintes característica: · Visíveis · Assimétricos · Endurecidos · Dolorosos ou com sensação de choque Deve-se ainda analisar se há a presença de manchas pela pele e demarca-las. Diagnóstico O diagnóstico da hanseníase é inteiramente clinico, devendo-se realizar uma perfeita anamnese e exames físicos dermatoneurológico a fim de identificar perdas ou redução de sensibilidades nas áreas afetadas. Os seguintes achados conseguem enquadrar o paciente como suspeito de portador de hanseníase: 1- Manchas homocrômicas ou avermelhadas com perda de sensibilidade 2- Sensação de parestesia ou formigamento em mãos e pés 3- Fraqueza em mãos, pés ou pálpebras 4- Dor ou sensibilidade nos nervos 5- Aumento do volume da face ou lóbulos da orelha (fácies leonina) 6- Feridas indolores ou queimaduras nem pés ou mãos.
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