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Unidade 4 -fundamentos de controladoria 1 Níveis de controle estratégicos; táticos; operacionais e internos e gerenciamento do risco Existem três níveis de planejamento: estratégico, tático e operacional. Aqui iremos tratar dos níveis de controles necessários para cada tipo de planejamento. Além disso, iremos abordar o gerenciamento de riscos, seu comportamento, características e aplicação dentro das empresas. 1.1 Controle estratégico, tático e operacional Segundo Chiavenato (2010) toda empresa requer um sistema básico de controle para monitorar seus recursos financeiros, desenvolver relações de trabalho, analisar seu desempenho e avaliar sua produtividade. Controle estratégico ou organizacional refere-se a aspectos globais que analisam a empresa como um todo. É um controle mais demorado, se comparado aos demais, e, na maioria das vezes, genérico. Possui três características especificas: O controle tático é aquele que está em um nível intermediário dentro das empresas e é conhecido por controle departamental ou controle gerencial. Este controle aborda os aspectos menos globais das empresas dedicando-se a departamentalização. Sua dimensão de tempo é de médio prazo. Após a definição dos objetivos no nível estratégico, são elaborados os planos de ação no nível tático, reunidos os recursos necessários e baixadas as instruções e procedimentos, o executivo precisa assegurar que o desempenho da execução corresponda ao que foi planejado. Neste sentido, os gestores precisam desenvolver um processo de controle que envolve as quatro fases seguintes: estabelecimento de padrões: tem por objetivo a definição de critérios para medir o desempenho e avaliar os resultados. avaliação de resultados: tem por objetivo avaliar o desempenho ou os resultados dentro dos limites pré-estabelecidos, a fim de garantir o alcance dos objetivos traçados. comparação dos resultados com os padrões: tem por objetivo gerar informação sobre a quantidade, qualidade, tempo e custo das atividades de cada departamento, permitindo sua avaliação e comparação com os objetivos e metas pré-estabelecidos. ação corretiva quando ocorrem desvios ou variâncias: tem por objetivo fazer os ajustes necessários para que o objetivo seja atingido. Já o controle Operacional é aquele que controla diretamente as tarefas e operações e o desempenho dos colaboradores de nível operacional da empresa. O controle operacional trata de aspectos específicos da empresa, como a execução de tarefas e por isso é considerado um controle de curto prazo, uma vez que suas ações são imediatas. Podemos dizer que o controle operacional possui quatro fases, são elas: estabelecimento de padrões; avaliação do desempenho; controle do desempenho e; ação corretiva. Os controles internos podem ser definidos como o conjunto de normas e procedimentos existentes dentro da empresa e que envolvem recursos financeiros, físicos e humanos. O controle interno é uma ferramenta essencial no alcance dos objetivos da empresa, pois de nada adianta planejar e dirigir uma empresa sem que exista um controle eficaz e eficiente de todos os seus processos internos. Segundo o IBRACON (2020), controle interno compreende o plano de organização e todos os métodos e medidas coordenadas, aplicados em uma empresa, a fim de proteger seus bens, conferir a exatidão e a fidelidade de seus dados contábeis, promover a eficiência operacional e estimular a obediência às normas preestabelecidas. 1.2 Gerenciamento de Risco Uma das principais características de qualquer planejamento é o risco. Todos os projetos têm seu nível de incerteza devido às suposições associadas a eles e ao ambiente em que são executados. Essas incertezas podem ser chamadas de riscos. Embora os riscos não possam ser eliminados completamente, muitos podem ser antecipados e controlados pró- ativamente. Incertezas representam riscos e oportunidades, podendo ter consequências boas e ruins. O gerenciamento de riscos possibilita que os gestores tratem de maneira eficaz as incertezas, bem como os riscos e as oportunidades a elas associadas, a fim de melhorar a capacidade de gerar valor da empresa. 2 Coordenação do sistema de gestão de pessoas O sistema de gestão de pessoas tem por objetivo auxiliar o setor de Recursos Humanos – RH, no gerenciamento e controle das tarefas e informações operacionais do setor. Atualmente, as pessoas deixaram de serem vistas como simples engrenagens ou números, que poderiam ser facilmente substituídas dentro da empresa e passaram a ser encardas como fatores de risco para o sucesso. Nesse contexto, a gestão de pessoas e dos recursos humanos acabou ganhando relevância nos últimos anos. Nos dias atuais, gerenciar os recursos humanos e potencializar o desempenho de quem faz parte de uma empresa virou um grande diferencial competitivo dentro das organizações. A gestão de pessoas é constituída por cinco pilares essenciais como podemos ver na figura 2. A motivação pode ser considerada como o ponto de partida e combustível para os outros quatro pilares da gestão de pessoas, pois qualquer empresa depende do comprometimento e engajamento de seus colaborados para o aumento da produtividade e sucesso da empresa. Manter seus colaboradores motivados não é tarefa fácil, mas é necessário para a saúde do ambiente organizacional e para que haja produtividade nas empresas, visto que pesquisas demonstram que a baixa produtividade está diretamente relacionada com a desmotivação por parte dos colaboradores, ou seja, profissionais desmotivados rendem menos. É importante que a empresa saiba o que motiva seus colaboradores a fazerem parte dela. O motivo pode ser: pela parte financeira (altos salários e benefícios), pelo propósito da empresa (o que a empresa prega e qual seu objetivo), pelo desafio que ela proporciona (individual e/ou coletivo), ou por um plano de carreira consistente (desenvolvimento e valorização de funcionários). São inúmeros motivos que fazem uma pessoa se candidatar a uma vaga em uma instituição e saber identificar esses motivos facilitara na hora de implantar melhorias para aumentar o engajamento e consequentemente a motivação dos colaboradores. 2.1 Processos de comunicação Ter uma boa comunicação dentro da empresa é essencial. Não só entre gestores e colaboradores ou entre os integrantes do mesmo setor, mas uma comunicação integrada, que faça com que a informação sempre esteja disponível para todos quando for necessária. Os gestores devem incentivar o diálogo, quebrando as barreiras hierárquicas e trabalhando em conjunto a equipe, a fim de atingir um objetivo comum. Para que se tenha uma comunicação clara dentro da empresa é preciso pensar em alguns pontos importantes. Vejamos a seguir. Implantação de software de comunicação: hoje a tecnologia está ai para nos ajudar nos controles e consequentemente para facilitar a comunicação entre os setores. Buscar um bom software de comunicação que atenda as demandas da empresa se faz essencial para o aumento da produtividade; Comunicação imediata: trocar a comunicação através de email por um diálogo entre pessoal aproxima os colaboradores. Não faz sentido pessoas que sentam lado a lado se falarem por email. O gestor deve estar atendo a esses detalhes para melhorar a comunicação entre seus colaboradores; Respostas ágeis: colocar prazo máximo para as respostas auxilia no relacionamento entre os colaboradores, pois quem pergunta quer resposta e como manter um ambiente saudável se as pessoas não tem o mínimo de sensibilidade para dar uma resposta a um colega que tem dúvida ou precisa de ajuda. Evite gargalos: não faz sentido ter intermediários entre os colaboradores, isso só atrapalha o andamento do serviço, sem falar que problemas simples já poderiam estar resolvidos evitando descontentamentos e atraso nas entregas. Saber delegar decisões é primordial. 2.2 Trabalho em equipe Podemosdefinir trabalho em equipe como um grupo de pessoas trabalhando juntas em prol de um mesmo objetivo. O trabalho em equipe tem como principal característica a colaboração mutua e integrada. De acordo com Katzenbach e Smith (1993) o desempenho de um grupo de colaboradores é resultado da soma de desempenhos individuais. Ou seja, o desempenho é resultado da soma de esforços e competências individuais. Toda equipe necessita de um líder, alguém que coordene as tarefas, que estabeleça metas, que oriente e incentive seus liderados. O líder deve proporcionar a sua equipe recursos e condições necessárias para a execução das tarefas e consequentemente condições para que o objetivo seja alcançado. Para se ter um trabalho em equipe eficiente é preciso que os colaboradores saibam lidar com conflitos e divergências, que saibam dialogar para resolvê-las. Neste sentido, é preciso que o colaborador possua algumas habilidades e competências para trabalhar em equipe. Vejamos a seguir. De nada adianta ter colaboradores proativos, motivados, ter um bom processo de comunicação se os colaboradores não possuírem o conhecimento e as competências necessários para desempenharem suas tarefas. 2.3 Conhecimento e competência É importante que o gestor tenha a sensibilidade de identificar em seus colaboradores as habilidades necessárias para o bom desempenho das tarefas. O ideal é manter as práticas de gestão por competências, através da identificando dos pontos fracos e fortes e as oportunidades de melhoria dos profissionais. Dar feedbacks constantes também auxilia na melhoria do desenvolvimento das competências. Para que a empresa minimize o risco de contratar profissionais fora do perfil desejado e sem o conhecimento e a competência necessária para o bom desenvolvimento das tarefas é preciso que a empresa invista em processos seletivos rigorosos e transparentes e também em avaliações de desempenho baseada em competências. 2.4 Treinamento Antigamente, investir em treinamento de colaboradores era considerado uma despesa para a empresa, mas este cenário mudou. Hoje, para os gestores o investimento em treinamentos e aperfeiçoamento de seus colaboradores é um grande passo para a retenção de funcionários. Para Chiavenato (2010), desenvolver pessoas através de treinamentos é dar oportunidade para que os colaboradores aprendam novas atitudes, soluções, ideias, conceitos e que modifiquem seus hábitos e comportamentos e se tomem mais eficazes naquilo que fazem. Outro fator da implantação de um cronograma de treinamentos é o motivacional, pois ao ser convidado para participar de um treinamento, um curso, uma palestra pelo seu gestor, o colaborador se sente valorizado e consequentemente motivado. Já que ele percebe que a empresa acredita no seu potencia e por isso está investindo no seu aperfeiçoamento. Mas não basta apenas sair oferecendo treinamento para os colaboradores, antes, é preciso identificar alguns pontos importantes na escolha do treinamento e quais funcionários irão participar desta capacitação. Para isso desçamos alguns pontos a serem observados. O primeiro é: faça uma pesquisa interna sobre quais os treinamentos ou cursos seus colaboradores desejam realizar e/ou julgam importantes para a execução de suas tarefas. Já o segundo diz respeito à implementação um processo continuo de treinamentos, estabelecendo um cronograma de treinamentos, cursos, palestras e eventos para seus colaboradores. Por fim, peça feedback dos seus colaboradores a respeitos dos treinamentos, a fim de fazer melhorias nos conteúdos abordados, aplicabilidade e cronograma. 3 Princípios e estilos de gestão A figura do gestor é fundamental para o bom andamento das rotinas dentro da empresa, sendo considerada a grande referência dentro da empresa para os colaboradores. Por este motivo, a figura do gestor merece atenção, pois nem todos os modelos de gestão são benéficos ao ambiente organizacional, existem modelos que podem prejudicar os resultados da empresa. Por isso é importante saber quais os modelos existentes, para adequa-los corretamente dentro da sua empresa. Entre os principais modelos de gestão podemos destacar algumas. Vejamos a seguir. De acordo com Maximiano (1997), a liderança é um processo de conduzir as ações ou influenciar o comportamento e a mentalidade de outras pessoas. Neste sentido, o gestor deve saber liderar seus subordinados, conduzindo e administrando seus colaboradores para a obtenção de resultados. [...] O desenvolvimento da liderança é uma das novas competências pessoais exigidas pelas empresas nos novos ambientes de negócios. O novo imperativo é a identificação e o desenvolvimento de pessoas capazes de conduzir a empresa do século XXI. Em vez de programas externos de educação para executivos, as empresas estão elaborando programas personalizados de aprendizagem que assegurem a capacitação das pessoas em termos de espírito empreendedor e de liderança. Na verdade, as organizações bem-sucedidas são constituídas de liderança de lideranças (CHIAVENATO, 2016, p.191). Saber aplicar o modelo de gestão mais adequado à realidade da empresa é fundamental para um maior rendimento e produtividade por parte dos colaboradores. É preciso saber liderar para alcançar os objetivos pré-estabelecidos. 3.1 Sistema de motivação A implantação de sistemas de gestão dentro da empresa pode ser um fator de motivação por parte dos funcionários, uma vez que as informações serão mais claras e acessíveis a todos os envolvidos. Outro ponto importante a se considerar é sobre o controle das tarefas. Saber como estão sendo realizadas as tarefas e os motivos de atrasos, na entrega das mesmas auxilia na tomada de decisão e na implantação de melhorias. Quando maior for o controle dos processos internos e mais transparente for a empresa, aumenta a probabilidade de seus colaboradores se sentirem como parte integrante, aumentado seu comprometimento e motivação para executar suas tarefas. 3.2 Sistema de incentivo Sistemas de incentivos consistem na implantação de planos para realização de tarefas e cumprimentos de metas. São incentivos, através de promoções, bonificações, premiações para aqueles que atingirem suas metas. Os incentivos podem ser por produtividade, cumprimento de tarefas, entre outros. É importante que antes de implantar um sistema de incentivo é preciso analisar a empresa como um todo e seus colaboradores para verificar se o incentivo fará o impacto desejado. Saber o que os colaboradores gostam e necessitam é fundamental na hora de uma premiação. Evitando, assim, que o proposta de sistema de incentivo tenha resultados opostos do planejado. 4 Motivação e remuneração variável Existem diversas formas de motivar os colaboradores de uma empresa, por exemplo, o aumento de salários, feedbacks constantes, programas de incentivos e premiações e remuneração variável. Remuneração variável pode ser considerada como uma recompensa ou um bônus recebido pelos colaboradores, de acordo com os resultados obtidos. É considerado como uma “recompensa extra” paga em dinheiro como retribuição a um trabalho ou tarefa exercida com qualidade e maestria. Segundo Araújo (2006), a remuneração variável tem como foco principal as pessoas, no sentido de recompensá-las pelas suas habilidades, competências e resultados proporcionados à organização, que em contrapartida desenvolve seu critério de remuneração que pode ser por habilidades, competências e resultados. Chiavenato (2008), afirma que a remuneração constitui os elementos fundamentais para incentivar e motivar os funcionários da organização. A remuneração variável pode ser dividida em quatro principais modalidades, que são: prêmios e incentivos, participação nos lucros e resultados, comissão sobre vendas e prêmio por produtividade. 4.1 Prêmios e incentivos Prêmio e incentivos são bônus ou incentivos dados emdinheiro ou não para os colaboradores que se destacam em alguma atividade ou tarefa realizada. Além do próprio dinheiro, o reconhecimento pode ser de outras formas. Atualmente, a política de premiações nas empresas não se restringe apenas a valores extras em dinheiro. Algumas empresas preferem premiar seus colaboradores com viagens, cursos profissionalizantes, eletrodomésticos, jantares, eventos, etc. As premiações podem variar de acordo com a cultura da organização e com o perfil dos colaboradores. 4.2 Participação nos lucros e resultados A remuneração variável através da implantação do Programa de Participação nos Lucros e Resultados – PLR é uma estratégia bastante utilizada nas empresas para a retenção de funcionários. Este tipo de beneficio busca um maior comprometimento dos colaboradores com as metas e os resultados da empresa, uma vez que se as metas e resultados forem alcançados os colaboradores terão participação no resultado, ou seja, todo mundo ganha. Há uma diferença entre a participação nos lucros e a participação nos resultados. Vejamos a seguir. Participação nos lucros x participação dos resultados A periodicidade para apuração do valor a ser distribuído a titulo de PLR é normalmente semestral ou anual. 4.3 Comissão sobre vendas A comissão sobre vendas é um incentivo dado ao vendedor que, além de ajudar a alavancar as vendas, recebe uma recompensa por venda ou por meta, conforme modelo de comissões pré- estabelecido pelo gestor. Portanto, podemos dizer que comissão é um incentivo que auxilia de forma estratégica o negócio como um todo. O gestor deve analisar seu negócio, para que possa implantar um programa de comissão que esteja de acordo com seu propósito. Neste sentido é preciso analisar alguns modelos. Comissão sobre novas vendas: este modelo é bastante utilizado para empresas que estão iniciando e precisam aumentar seu numero de clientes, pois foca na prospecção e na estrada de novos clientes; Comissão sobre recorrência: este modelo é utilizado em empresas que ofertam produtos ou serviços que possam gerar uma receita recorrente; Comissão por meta: este modelo tem como objetivo recompensar o colaborador por ter alcançado a meta pré-estabelecida; Comissão por redução de churn (cliente retido): este modelo tem por objetivo recompensar o colaborador que fechar um cliente e este permanecer por um determinado período na empresa. 4.4 Prêmio por produtividade Prêmio por produtividade é um modelo de gratificação que trabalha com o alcance de metas para a para empresa de forma geral e para seus colaboradores individualmente. Neste modelo é possível definir valores fixos de premiação para os colaboradores, diferentemente da comissão que pode variar de acordo com as vendas efetuadas. 5 A arquitetura e coordenação do sistema organizacional Segundo Araújo e Garcia (2009), a arquitetura em uma organização diz respeito ao modelo que representa seu ciclo de vida, e que auxilia no processo de planejamento e análise da organização. Neste sentido, podemos dizer que a arquitetura de uma empresa tem por objetivo o entendimento dos sistemas e processos básicos que guiam o universo do mundo empresarial. Os idealizadores da arquitetura organizacional, como Nadler, Gerstein e Shaw, conceituam como um conjunto amplo de características organizacionais a ser considerado pelos gestores e executivos da alta administração empresarial. (ARAÚJO;GARCIA, 2009). 5.1 Gestão centralizada e descentralizada Gestão centralizada e descentralizada é um modelo de gestão utilizado pela alta administração para auxiliar na tomada de decisão das empresas. O modelo de gestão centralizado da ao gestor o controle sobre as demandas de um determinado departamento ou setor. Sua principal característica é a concentração de estratégias e tomada de decisão. Tem como principais aspectos a proximidade no controle das atividades, a padronização dos processos, a uniformidade da comunicação e a diminuição do desperdício ou doJá o modelo de gestão descentralizado é o modelo de gestão no qual as tarefas e tomada de decisão é passada para outras áreas, parceiros e gestores, ou seja, é o modelo onde as ações são delegadas a terceiros. Tem como principais aspectos a autonomia dos colaboradores, agilidade e assertividade na tomada de decisão, menor dependência do gestor, maior precisão na execução e redução dos erros e retrabalho. Este modelo tem como principal vantagem à possibilidade de delegar tarefas e decisões rotineiras ou não, criando um ambiente mais propício à inovação e a gestão focada no planejamento e em resultados. 5.2 Centros de responsabilidade Centro de responsabilidades é o modelo em que a empresa é dividida em setores, cujos gestores têm seus próprios objetivos e o poder de decisão sobre os recursos que vão utilizar na execução de seus planos estratégicos. Podemos citar como exemplos de centros de responsabilidade: centro de proveitos (quando o gestor é avaliado somente pelos proveitos obtidos), centro de custos (é quando o gestor é avaliado pelo desembolso de recursos com custos e despesas), centro de resultados (é quando o gestor é avaliado pela margem de lucro) e centro de investimentos (é quando o gestor é avaliado pelos resultados). Como podemos perceber, a gestão de uma empresa depende de muitos fatores e a divisão da empresa em departamentos, e a consequente criação de centros de responsabilidade facilitam o processo de gestão, pois a empresa torna-se mais sustentável, aproveitando de maneira mais eficaz os recursos e a capacidade técnica de seus colaboradores. 5.3 Segmentação dos relatórios Segmentação de relatórios é quando a empresa e seus departamentos geram relatórios por segmentos, ou seja, por público-alvo. Esses relatórios auxiliam os gestores na implantação de melhorias dentro das empresas, pois facilita a identificação e a necessidade dos colaboradores e clientes. retrabalho. 6 Configuração da controladoria As atividades exercidas pelo setor de Controladoria devem ser gerenciadas de forma a assegurar controle eficaz e o registro contábil fidedigno, de acordo com a realidade da empresa, buscando os melhores padrões de governança corporativa, isto é, conjunto de políticas que regulam a maneira como a empresa é administrada. As responsabilidades impostas a controladoria podem variar de acordo com a configuração que a empresa adotar e principalmente em função do seu porte. 6.1 A posição e parâmetros de influência da controladoria A controladoria tem como objetivo fornecer o devido suporte para a tomada de decisão, auxiliando os gestores a atingir a eficácia empresarial e consequentemente o cumprimento da missão da empresa. Para que ocorra a otimização dos resultados, a controladoria procura desenvolver seu trabalho através da coordenação de esforços visando à sinergia das ações, da participação ativa no processo de planejamento, da interação e apoio às áreas operacionais, da indução ás melhores decisões para a empresa como um todo e da credibilidade, persuasão e motivação. O aumento da competitividade entre as empresas, fez com que surgisse à necessidade de modelar as informações. A contabilidade tradicional não possui esse enfoque, surgindo, assim, a controladoria para dar suporte à gestão empresarial. A controladoria tem por objetivo coletar os dados e transforma-los em informações uteis, auxiliando a obtenção da eficácia dentro das empresas, mantendo ou maximizando os resultados, os quais estão diretamente ligados aos custos e despesas, gerados pela contabilidade de custos. A criação do setor de controladoria vem da necessidade de um acompanhamento mais ágil e eficaz no que diz respeito ao desempenho econômico-financeiro da empresa. A interação entre o controller e os gestores cria uma política de redução de custos e despesas. Moura e Beuren (2003) apontam que a controladoria contribui na gestão dasempresas, pois, cumpre a função de auxiliar os gestores, por meio de um sistema de informações eficaz, visando o alcance dos resultados da empresa. 6.2 Exigências técnicas e pessoais do controller Para que o setor de controladoria possa atender suas demandas, é preciso que o controller (profissional responsável pelo setor) possua um conjunto de competências, seja de natureza técnica ou pessoal. Para Küpper (2005) o controller deve ter conhecimento sobre as áreas a serem coordenadas e, especialmente suas interelações. Sendo assim, é necessário um conhecimento amplo e atualizado. Por outro lado, o conhecimento teórico também tem importância fundamental. Como sua atividade é direcionada de forma especial pela vinculação com o sistema de gestão e desempenho, o conhecimento das conexões e, com isso o conhecimento das teorias econômicas ganham um significado especial. Segundo Atkinson et al. (2000) controller é representado pela figura de um executivo sênior de finanças e contabilidade que organiza e realiza as interpretações das informações financeiras para seus administradores, investidores e credores.