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@santana.isabelaa Doença infecciosa, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS, 1983), é a “doença, clinicamente manifesta, do homem ou dos animais, resultante de uma infecção” Doença transmissível pode ser sintetizada como doença cujo agente etiológico é vivo e é transmissível. São doenças transmissíveis aquelas em que o organismo parasitante pode migrar do parasitado para o sadio, havendo ou não uma fase intermediária de desenvolvimento no ambiente. De um ser vivo para outro suscetível. Doença contagiosa é reservada para as doenças infecciosas cujos agentes etiológicos atingem os sadios mediante o contato direto desses com os indivíduos infectados. Tomem-se como exemplos o sarampo, transmitido por secreções oronasais, e as doenças transmitidas por contato sexual (gonorreia, por exemplo). Toda doença contagiosa é infecciosa. O inverso não é verdadeiro. Virulência é a capacidade de um bioagente produzir casos graves ou fatais. Alta virulência indica uma grande proporção de casos fatais ou graves. Patogenicidade é a qualidade que tem o agente infeccioso de, uma vez instalado no organismo do ser humano e de outros animais, produzir sintomas em maior ou menor proporção dentre os hospedeiros infectados. * só quem teve sintoma Infectividade é o nome que se dá à capacidade de certos organismos de penetrar e se desenvolver ou se multiplicar no novo hospedeiro, ocasionando infecção. Nº de infectados/Nº indivíduos expostos x 100 = Infectividade Mortalidade refere-se ao conjunto dos indivíduos que morreram num dado intervalo do tempo. Nº óbitos/População total Letalidade das doenças varia com a idade, o sexo, as condições socioeconômicas, o estado imunitário do indivíduo, a virulência do bioagente, nos casos das doenças infecciosas, e a eficácia do tratamento. Assim, existem doenças cuja letalidade esperada era de 100%, como é o caso da raiva humana até anos recentes, quando todos os pacientes que desenvolviam sinais e sintomas da doença morriam. Nº óbitos/Nº infectados Dose infectante Consiste na quantidade do agente etiológico necessária para iniciar uma infecção. @santana.isabelaa Hospedeiro suscetível como o indivíduo, pessoa ou animal, ou a espécie humana ou outra, que, em condições naturais, penetrada por bioagentes patogênicos, concede subsistência a estes, permitindo- lhes seu desenvolvimento ou multiplicação. Espécie refratária, isto é, espécie, humana ou outra que, penetrada por bioagente patogênico específico, inviabiliza seu desenvolvimento ou multiplicação. Hospedeiro definitivo desenvolvimento larval Hospedeiro intermediário fase de reprodução Vetores são seres vivos que veiculam o agente desde o reservatório até o hospedeiro potencial. Os vetores mecânicos agem apenas como transportadores de agentes infecciosos: são insetos que caminham ou voam e que carregam o agente através de suas patas, probóscida ou asas contaminadas, ou pela passagem do microrganismo através do trato gastrointestinal. São denominados vetores biológicos aqueles nos quais os microrganismos desenvolvem obrigatoriamente uma fase de seu ciclo vital antes de serem disseminados no ambiente ou inoculados em novo hospedeiro. Reservatório e o suscetível coloca-se o conceito de fonte de infecção, definida como a pessoa, animal, objeto ou substância da qual um agente infeccioso passa diretamente para o hospedeiro. A função do reservatório é central no ciclo biológico de manutenção das doenças infecciosas. Pode ser locais imateriais o agente pode reproduzir Doenças quarentenáveis são aquelas que podem levar à restrição de atividades os comunicantes, durante o período máximo de incubação, a fim de evitar a propagação da doença. São exemplos: peste pneumônica, febre do ebola, cólera e febre amarela. Doenças de isolamento são aquelas que exigem a segregação dos indivíduos doentes durante o período de transmissibilidade da doença, em lugar e condições que evitem a transmissão direta ou indireta de agente infeccioso a pessoas ou animais suscetíveis (febre tifoide, difteria, raiva e outras). Portador é o indivíduo infectado (ou animal) que alberga um agente infeccioso de uma doença sem apresentar sintomas e constituindo fonte potencial de infecção. Período de incubação consiste no intervalo de tempo decorrente entre a exposição a um agente infeccioso e o aparecimento de sinais ou sintomas da doença. Período de transmissibilidade: Período durante o qual o agente infeccioso pode ser transferido, direta ou indiretamente, de uma pessoa infectada a outra, ou de um animal infectado ao ser humano, ou de um ser humano infectado a um animal, inclusive artrópodes. Ao sair para o ecossistema, o agente, através de uma de suas formas de sobrevivência, poderá passar por um estágio de vida livre no ecótopo (parte abiótica do ecossistema, constituída por fatores inanimados de ordem física e química), ou na superfície de um vetor mecânico ou, até mesmo, penetrar no meio interno de um hospedeiro intermediário integrante da biocenose. Cadeia de infecção é a transmissão ou difusão do agente infeccioso para o ambiente ou para outra pessoa. A transmissão pode ser direta imediata (aerosois) e Transmissão direta mediata Denomina-se transmissão direta mediata ou contágio mediato (fomites que é uma @santana.isabelaa superfície inanimada) e e ou indireta precisa de um mediador (fomites) Denomina-se transmissão indireta o mecanismo segundo o qual bioagentes patogênicos, montados ou não no substrato com o qual são eliminados, necessitam de um suporte mediatizador, veículo ou hospedeiro intermediário para percorrer toda ou parte da distância que separa o indivíduo infectado do suscetível, onde deverá desenvolver-se ou multiplicar-se, estabelecendo a infecção Ingestão, mãe para filho, lesões cutâneas, objetos, penetração ativa, perfuração, Os elos de transmissão: O módulo ou processo unitário de transmissão vem a ser o padrão que é reiterado durante todo processo de dispersão do bioagente na população afetada pela doença. São fatores vivos essenciais num módulo de transmissão: o indivíduo infectado e dotado de poder infectante, o agente infeccioso e o indivíduo suscetível ou infectável, que se transmutará no indivíduo infectado na etapa seguinte Denominam-se aerossóis primários as suspensões de micropartículas de secreções ou excreções de líquidos no ar atmosférico. Essas micropartículas são expelidas diretamente da cavidade oronasal, por isso o nome de aerossol primário, originadas como produto da atividade fisiológica: falar, cantar, tossir ou espirrar. Os aerossóis secundários são, portanto, formados por atividades que possam imprimir energia cinética a essas partículas (varredura, batimento de lençóis). Devido à pequena massa dos núcleos de Wells, bem menores do que a das gotículas de Flügge, o aerossol secundário é bem mais estável do que o aerossol primário, possibilitando à micropoeira em suspensão difundir-se a grandes distâncias. Fonte: ROUQUAYROL, Maria Zelia; ALMEIDA FILHO, Naomar de . Epidemiologia e saúde. Rio de Janeiro: Medsi, 2003. @santana.isabelaa
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