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Epidemia e seus tipos

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@santana.isabelaa 
 
Gr 
 
 
 
 
 
 
Epidemia é definida como a ocorrência em uma 
região ou comunidade de um número de casos em 
excesso, em relação ao que normalmente seria 
esperado. Ao descrever uma epidemia, deve ser 
especificado o período, a região geográfica e 
outras particularidades da população em que os 
casos ocorreram. O número de casos necessários 
para definir uma epidemia varia de acordo com o 
agente, o tamanho, tipo e suscetibilidade da 
população exposta e o momento e local da 
ocorrência da doença. A identificação de uma 
epidemia também depende da frequência usual da 
doença na região, no mesmo grupo populacional, 
durante a mesma estação do ano. Um pequeno 
número de casos de uma doença que não tinha 
ocorrido previamente na região, pode ser o 
suficiente para constituir a ocorrência de uma 
epidemia. 
 
O método de Cullen e o do CDC consideram que os 
dados têm distribuição normal e que 95% dos valores 
se encontram entre a média +1,96 desvio-padrão 
(limiar endêmico superior) e a média –1,96 desvio-
padrão (limiar endêmico inferior). 
 
 
Tipos: 
Na epidemia explosiva, a manifestação da doença 
envolve em pouco tempo a quase-totalidade das 
pessoas atingidas: a incidência máxima é 
alcançada logo após se ter iniciado a egressão. 
Conclusão: epidemia explosiva é a que apresenta 
rápida progressão até atingir a incidência máxima 
em curto espaço de tempo. 
A qualificação de “lenta” refere-se à velocidade 
com que é atingida a incidência máxima: a 
velocidade é lenta, a ocorrência é gradual e 
progride durante um longo tempo. 
Na epidemia progressiva ou propagada, a doença 
é difundida de pessoa a pessoa por via 
respiratória, anal, oral, genital ou por vetores. 
Na epidemia difundida a partir de uma fonte 
comum (ou epidemia difundida por um veículo 
comum), o fator extrínseco (agente infeccioso, 
fatores físico-químicos ou produtos do 
metabolismo biológico) é veiculado por água, 
alimento ou ar, ou introduzido por inoculação. 
Na epidemia gerada por uma fonte pontual (no 
tempo), a exposição se dá durante curto intervalo 
de tempo e cessa, não tornando a se repetir. 
Na epidemia gerada por uma fonte persistente (no 
tempo), a fonte tem existência dilatada e a 
exposição da população prolonga-se por largo 
lapso de tempo. 
 
@santana.isabelaa 
 
Endemia só é possível após o estabelecimento 
prévio de uma faixa endêmica com base no 
comportamento verificado no passado, 
associando-a a outros critérios discriminatórios, 
inclusive à variável lugar. Endemia à ocorrência 
coletiva de determinada doença que, no decorrer 
de um largo período histórico, acomete 
sistematicamente grupos humanos distribuídos em 
espaços delimitados e caracterizados, mantendo 
sua incidência constante, permitidas as flutuações 
de valores, tais como as variações sazonais. Note-
se que o termo endemia refere-se à doença 
habitualmente presente entre os membros de 
determinado grupo, numa determinada área, isto é, 
presente numa população definida. O termo 
holoendêmico designa uma doença de alta 
prevalência de infecção que começa precocemente 
na vida, afetando a maioria das crianças de uma 
população e levando a um estado de equilíbrio tal 
que a população adulta mostra muito menos 
evidências da doença do que as crianças (PORTA 
et al., 2008). 
Endemicidade é a intensidade de caráter 
endêmico de determinada doença, em determinado 
lugar e intervalo cronológico. Pode ser expresso 
como: hipoendêmicos, mesoendêmicos e 
hiperendêmicos. Também como: maior, igual ou 
menor endemicidade. Obs: Ultrapassado o limite 
superior da faixa endêmica, o processo passa a se 
caracterizar como EPIDÊMICO. 
LS = média +1,96 x desvio padrão 
LI = média − 1,96 x desvio padrão 
Abaixo do LI: doença erradicada 
Acima do LS: epidemia 
Faixa endêmica é característica de determinada 
doença, referente a determinada população, em 
determinada época, definida para um ciclo 
completo de variação sazonal ou atípica, faixa 
endêmica é o espaço nos limites do qual as 
medidas de incidência podem flutuar sem que 
delas se possa inferir ter havido qualquer alteração 
sistêmica na estrutura epidemiológica, 
condicionante do processo saúde-doença 
considerado. Na maioria dos estudos 
epidemiológicos, adota-se convencionalmente a 
faixa de incidência normal esperada, com 95% de 
probabilidade, para funcionar como a faixa 
endêmica da doença. Nesse caso, as linhas 
poligonais que determinam os limites da faixa 
endêmica – os limites superior e inferior da 
incidência normal – passam a ser denominados, 
respectivamente, limite superior endêmico e limite 
inferior endêmico. 
Pandemia à ocorrência epidêmica caracterizada 
por larga distribuição espacial, atingindo várias 
nações. A pandemia pode ser tratada como uma 
série de epidemias localizadas em diferentes 
regiões e que ocorrem em vários países ao mesmo 
tempo. As pandemias de influenza surgem quando 
aparece um novo vírus influenza, que infecta os 
seres humanos e se espalha rapidamente e de 
forma eficiente. 
Surto é a ocorrência epidêmica restrita a um 
espaço extremamente delimitado: escola, quartel, 
edifício, bairro, etc. 
Incidência indica o número de casos novos 
ocorridos em um certo período de tempo em uma 
população específica, enquanto prevalência 
refere-se ao número de casos (novos e velhos) 
encontrados em uma população definida em um 
determinado ponto no tempo. 
 
 
Sazonalidade (stricto sensu) a propriedade 
segundo a qual o fenômeno considerado é 
periódico e repete-se sempre na mesma estação do 
ano. O fenômeno de algumas doenças ou agravos 
se repetirem sempre, ou com maior frequência nas 
mesmas estações do ano, meses do ano, dias da 
semana ou em horas do dia, é caracterizado como 
variação sazonal ou, ainda, estacional. Essa 
variação pode fornecer informações sobre 
períodos do ano de maior risco para determinada 
doença ou agravo à saúde. Fatores como os 
períodos chuvosos e não chuvosos podem 
influenciar essa sazonalidade. A distribuição 
@santana.isabelaa 
 
sazonal de doenças transmissíveis fornece 
informações importantes sobre períodos do ano de 
maior risco para essas doenças. 
Variações Ciclicas são as flutuações na 
incidência de uma doença ocorridas em um 
período maior que um ano é denominada variação 
cíclica. Ex: em grandes populações suscetíveis, o 
sarampo tende a ter um aumento na incidênciaa 
cada 3 anos. Esse processo pode ser explicado 
pelo nascimento de crianças suscetíveis, cujo 
acúmulo vai provocarum aumento progressivo no 
numero de casos da doença. 
Variações Irregulares são as alterações 
inusitadas na incidência das doenças, diferentes do 
esperado para a mesma, configura-se como 
variações irregulares. Exemplo: processo 
epidêmico. 
Diagrama de controle é um dispositivo gráfico 
destinado ao acompanhamento, no tempo, semana 
a semana, mês a mês, da evolução dos coeficientes 
de incidência, com o objetivo de se estabelecer e 
implementar medidas profiláticas que possam 
manter a doença sob controle. O diagrama de 
controle é construído sobre um sistema de 
coordenadas cartesianas. No eixo das ordenadas 
deverão ser registradas as medidas de incidência 
(brutas ou trabalhadas) e no eixo das abscissas, a 
variável relacionada ao tempo. 
 
 
Referência 
VIEIRA, S. Elementos de Estatística. São Paulo, 
Atlas, 4 ed. 2003 
ROUQUAYROL, Maria Zelia; ALMEIDA FILHO, 
Naomar de . Epidemiologia e saúde. Rio de 
Janeiro: Medsi, 2003. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
@santana.isabelaa

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