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Trombose Venosa Profunda

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Trombose Venosa Profunda 
 
 Consiste em uma parte do espectro da doença tromboembólica venosa, 
consistindo na TVP em si junto do tromboembolismo pulmonar (TEP). 
 Os principais fatores de risco para a ocorrência de TVP são aqueles que estão 
sujeitos a provocar um ou mais componentes da tríade de Virchow, sendo esses: 
 Imobilização acima de 3 dias, pois provoca estase sanguínea; 
 Trombofilia; 
 Politrauma; 
 Hormônios (contraceptivos e anabolizantes); 
 Fratura de extremidades; 
 Idade avançada; 
 Episódio anterior de TEP ou TVP; 
 Viagens longas (com duração maior do que quatro horas); 
 Câncer; 
 Cirurgia longa nas últimas quatro semanas; 
 Gestação e puerpério. 
 
 No caso da TVP de membros superiores, temos que existem fatores de risco 
específicos para a sua ocorrência, que são adicionais aos já citados anteriormente. 
Dentre esses, temos que o principal consiste na presença de cateter venoso central, 
sendo seguido por doenças como a Síndrome de Paget von Schroetter, que se 
caracteriza pela compressão venosa por alteração musculoesquelética na região 
costoclavicular. 
 
 
 
Epidemiologia: A TVP consiste em um evento frequente, ocorrendo cerca de 80 casos 
para cada 100.000 habitantes anualmente, sendo que pessoas idosas tem um maior 
risco, sendo esse aumentado em cerca de quatro vezes. Junto a isso, pacientes 
internados têm risco entre 20 e 70% de chance de desenvolver TVP, sendo que 
homens têm 20% a mais de chances de serem acometidos pela doença do que 
mulheres. 
 
Quadro Clínico: A suspeita de um quadro de TVP é dada mediante uma história 
clínica compatível com a doença, aliada aos fatores de risco e exposição já 
mencionados. Em geral, os pacientes se apresentarão com dor e edema assimétrico, 
juntamente com paresia ipsilateral ao membro acometido. 
 A maioria dos trombos na panturrilha é assintomática, a não ser que haja 
propagação proximal. Justamente por isso, pode haver pacientes que são 
assintomáticos em relação ao quadro agudo. Uma grande TVP (sistema venoso 
iliofemoral) gerará edema com cacifo no membro acometido, dor e palidez 
(phlegmasia alba dolens) gerado por espasmo arterial. Caso haja progressão 
do evento, a circulação arterial pode ser acometida pelo edema, resultando 
em cianose dolorida (phlegmasia cerulea dolens), podendo gerar gangrena 
venosa, a não ser que o fluxo seja restabelecido. 
 
 Os pacientes podem se queixar ainda de calor e hiperemia na topografia do 
trombo, ou ainda com sintomatologia compatível com TEP, sem indícios de TVP 
evidentes (apenas 10% dos casos). 
 
Diagnóstico de TVP: Uma vez que se tenha o diagnóstico de TVP, uma das primeiras 
coisas a se fazer é avaliar a probabilidade de um paciente com o quadro e a 
situação apresentada para nós ter de fato uma TVP. Para isso, estratificamos os 
pacientes por meio dos critérios de Wells, que avaliam a exposição do paciente a 
fatores de risco para desenvolver TVP, sendo utilizado também para verificar a 
probabilidade pré-teste de o paciente desenvolver TEP. 
 
 
 Uma vez calculado o score, temos quE se esse for maior ou igual a 2, a trombose 
venosa profunda é provável, havendo probabilidade de cerca de 28% da presença 
da doença. Caso o valor calculado seja menor do que 2, classifica-se como TVP 
improvável, dado que a probabilidade de haver TVP é de cerca de 6%. 
 
 A partir disso, seguimos um fluxograma de tratamento. Para os casos de TVP 
IMPROVÁVEL, solicitamos a realização do teste D-dímero. Caso esse seja negativo, 
descarta-se a hipótese de TVP, pois já se reduziu muito as chances de a doença 
estar instalada. Caso seja positivo, realiza-se o USG Doppler venoso para a 
avaliação de uma possível TVP. Na ausência da identificação da doença, a TVP é 
descartada, mas se for confirmada, inicia-se a terapia com anticoagulantes. 
 
 A USG Doppler consiste no atual teste de escolha para o diagnóstico de TVP, 
combinando o Doppler e a imagem colorida de refluxo. Possui a vantagem de 
não ser invasivo, sendo abrangente e sem riscos para o paciente. O exame se 
baseia no impedimento do sinal de fluxo acelerado pela presença de trombo 
intraluminal. Uma boa investigação deve começar pela 
panturrilha, obtendo imagens das veias tibiais e, proximal, das veias poplítea e 
femoral. 
 
 A venografia ou flebografia consiste em um exame no qual é injetado contraste 
no sistema venoso a fim de confirmar a TVP e a sua localização. Oclui-se o 
sistema venoso superficial com o uso de torniquete, injetando-se o contraste nas 
veias do pé, a fim de possibilitar a visualização do sistema venoso profundo. É 
um exame bom para evidenciar trombos (oclusivos ou não), mas é 
demasiadamente invasivo e traz consigo os riscos inerentes à administração de 
contraste, apesar de ser o padrão-ouro. 
 
As complicações decorrentes de uma TVP são: 
 Tromboembolismo pulmonar (a mais grave e temida, que consiste em uma 
continuação patológica da TVP). Existe uma aula inteira só sobre TEP na 
plataforma, além de um super material inteiro a ele destinado; 
 Síndrome pós-trombótica: ocorre após meses ou anos passada a TVP, havendo 
edema crônico na região onde ocorreu a trombose, com risco de ulceração, 
sendo que quanto maior a centralidade da TVP, pior será o quadro. O 
tratamento é feito por meio da compressão e elevação do membro. 
 
 
 
 
Eduarda Faganello

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