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Prática Laboratorial - Mural, Jornal, Revista e Livro

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PRÁTICA LABORATORIAL: 
MURAL, JORNAL, 
REVISTA E LIVRO
PROF.º ME. JOSÉ ROGERIO SILVA
“ A Faculdade Católica Paulista tem por missão exercer uma ação integrada de suas atividades educacionais, visando à geração, sistematização e disseminação do conhecimento, para formar profissionais empreendedores que promovam a transformação e o desenvolvimento social, 
econômico e cultural da comunidade em que está inserida.
Missão da Faculdade Católica Paulista
 Av. Cristo Rei, 305 - Banzato, CEP 17515-200 Marília - São Paulo.
 www.uca.edu.br
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem autorização. Todos os gráficos, tabelas e ele-
mentos são creditados à autoria, salvo quando indicada a referência, sendo de inteira responsabilidade da autoria a emissão de conceitos.
Diretor Geral | Valdir Carrenho Junior
PRÁTICA LABORAL: MURAL, JORNAL, REVISTA E LIVRO
PROF.º ME. JOSÉ ROGERIO SILVA
SUMÁRIO
AULA 01
AULA 02
AULA 03
AULA 04
AULA 05
AULA 06
AULA 07
AULA 08
 MURAL DIGITAL
CONTEÚDO PARA O MURAL
JORNAL IMPRESSO
DO IMPRESSO AO DIGITAL
REVISTA
REVISTA: PAUTAS E TEMAS
LIVRO
FORMATOS LITERÁRIOS
06
10
15
19
24
29
34
42
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 4
PRÁTICA LABORAL: MURAL, JORNAL, REVISTA E LIVRO
PROF.º ME. JOSÉ ROGERIO SILVA
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 4
INTRODUÇÃO
Sejam todos muito bem-vindos a nossa disciplina de Prática 
Laboratorial. Durante as próximas aulas estaremos colocando em 
prática os ensinamentos adquiridos buscando apresentar a vocês 
alunos e alunas algumas áreas de atuação dos profissionais de 
jornalismo.
As áreas escolhidas são em segmentos voltados à produção gráfica 
e visual com ênfase nos formatos: Mural Digital, Jornal Impresso e 
Jornal Digital, Revista e Livro, áreas específicas para a atuação de 
jornalistas.
Preparamos este livro no formato e-book, uma tendência na 
comunicação contemporânea, oferecendo conteúdos mais interativos, 
objetivos e modernos.
Complementando os conteúdos oferecidos no e-book teremos as 
vídeoaulas com novos ensinamentos e práticas para serem aplicadas.
No conteúdo Mural Digital conheceremos a nova tendência em 
comunicação corporativa, empresarial, educacional e que pode ser 
adaptada a igrejas, entidades, órgãos públicos e demais segmentos.
Fonte: https://static8.depositphotos.com/1006899/1016/i/950/depositphotos_10160146-stock-photo-3d-person-read-newspaper.jpg
https://static8.depositphotos.com/1006899/1016/i/950/depositphotos_10160146-stock-photo-3d-person-read-newspaper.jpg
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 5
PRÁTICA LABORAL: MURAL, JORNAL, REVISTA E LIVRO
PROF.º ME. JOSÉ ROGERIO SILVA
Sobre jornal mostraremos como o impresso continua sendo 
importante para a sociedade e como o formato pode ser modernizado 
para continuar atual. Falaremos, ainda, sobre o impresso levado aos 
meios digitais.
Revista é um segmento que passa por mudanças e adequações, 
mas continua despertando o interesse dos leitores. Um jornalista 
bem preparado e informado pode encontrar na revista um grande 
filão comercial.
Falaremos também sobre livro, um segmento que tem muito 
espaço para o trabalho de jornalistas, mas que esbarra na mística 
de que apenas nos grandes centros podem ser escritos. Mostraremos 
exemplos de livros produzidos em pequenas e médias cidades, com 
grande sucesso entre os leitores. E você futuro jornalista pode ser 
o autor.
Gostou da novidade? Então, vamos lá. Bons estudos!
Fonte: https://bsscom.com.br/wp-content/uploads/2016/06/14660962021472461.jpg
https://bsscom.com.br/wp-content/uploads/2016/06/14660962021472461.jpg
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PRÁTICA LABORAL: MURAL, JORNAL, REVISTA E LIVRO
PROF.º ME. JOSÉ ROGERIO SILVA
AULA 1
MURAL DIGITAL
Sai o quadro verde na parede, papéis, recortes e avisos e em seu 
lugar entram o monitor de LCD e imagens em movimento, como 
ferramentas de informação e interação.
Mural digital ou eletrônico nada mais é do que o uso das novas 
tecnologias para oferecer de maneira rápida, visível, direta e objetiva, 
informações a determinados grupos. O mural digital é a evolução 
dos conhecidos murais de informações e avisos, tão utilizados em 
empresas e instituições.
Criado para comunicação interna ou externa tornou-se atrativo, 
eficaz e dinâmico, exibindo avisos, comunicados, datas, horários e 
uma série de informações essenciais. 
Não importa o tamanho da instituição ou o número de pessoas 
que trabalham ou frequentam o local. É sempre muito importante 
comunicar todos sobre as novidades, datas importantes, programas 
e projetos em andamento e atividades que serão realizadas.
Outra vantagem é a facilidade de atualização das informações 
que pode ser feita a qualquer momento, além da possibilidade de 
trabalhar em camadas, modelos e formatos, de acordo com a intenção 
de quem pretende informar.
Também é possível ter murais instalados em vários pontos para 
uma comunicação mais abrangente.
Fonte: https://pro2-bar-s3-cdn-cf.myportfolio.com/181fb05ae5b455f6004e9cdbd7dbcb8c/bfe13392-5301-4dc5-8b9d-4815d2bb9ed8_
rw_1920.JPG?h=f9b5bbbef84df0380a8ab14eec8d687e
https://pro2-bar-s3-cdn-cf.myportfolio.com/181fb05ae5b455f6004e9cdbd7dbcb8c/bfe13392-5301-4dc5-8b9d-4815d2bb9ed8_rw_1920.JPG?h=f9b5bbbef84df0380a8ab14eec8d687e
https://pro2-bar-s3-cdn-cf.myportfolio.com/181fb05ae5b455f6004e9cdbd7dbcb8c/bfe13392-5301-4dc5-8b9d-4815d2bb9ed8_rw_1920.JPG?h=f9b5bbbef84df0380a8ab14eec8d687e
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PRÁTICA LABORAL: MURAL, JORNAL, REVISTA E LIVRO
PROF.º ME. JOSÉ ROGERIO SILVA
1.1 O que é Mural Digital
É mais do que a evolução dos antigos murais pregados na parede 
com informações estáticas e que permaneciam por dias e semanas 
passando a mesma notícia. Hoje a tecnologia possibilita informar de 
maneira rápida, eficaz e atraente.
Com a utilização de telas (aparelhos televisores) que vão de 20 a 
mais de 60 polegadas é possível instalar os murais em vários pontos 
onde o colaborador, cliente, usuário ou frequentador tenha que passar 
ou estar por um determinado tempo, tornando inevitável o contato 
com as informações.
Locais como salas de espera, saguão de entrada, corredores, 
espaços de convivência, lazer, refeitórios, áreas de livre circulação são 
alguns dos possíveis lugares onde os murais devem ser instalados e 
expostos de forma contínua, enquanto pessoas estiverem passando 
por estes locais.
Outra vantagem dos murais é a possibilidade do interessado parar 
para ler as notícias, pois estará em um ambiente onde permanece 
por um determinado tempo e a repetição da informação como 
estratégia de convencimento fará com que a pessoa se lembre do 
que foi apresentado.
O mural digital proporciona variadas formas de interação e 
estratégias comunicativas. Avisos gerais, informações específicas, 
lembrança sobre datas e prazos e como estratégia para fixar uma 
ideia e atrair as pessoas para participar e compartilhar juntos da 
mesma ideia ou iniciativa.
FONTE: https://troudigital.com/wp-content/uploads/2017/07/digital_signage_social_facebook-1.jpg
1.2 Antes de implantar o Mural Digital
É preciso basicamente de dois elementos para colocar em 
funcionamento um mural digital/eletrônico. O equipamento que servirá 
de mural e o conteúdo a ser divulgado. 
https://troudigital.com/wp-content/uploads/2017/07/digital_signage_social_facebook-1.jpg
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PRÁTICA LABORAL: MURAL, JORNAL, REVISTA E LIVRO
PROF.º ME. JOSÉ ROGERIO SILVA
Mas antes é preciso definir também sua estratégia de comunicação, 
para saber quantidade, tamanho e possíveis locais de instalação. 
Para decidir sobre isso, pense:
• Quantas pessoas pretende impactar com o conteúdo do mural.
• Qual a área de circulação destas pessoas: um único local, vários 
locais, uma ou várias entradas e saídas.
• As mesmas pessoas estarão nestes locais: todos os dias, uma 
ou algumas vezes por semana, o público irá mudar sempre.
• Qual o tempo de permanência destas pessoas no local: várias 
horas, algumas horas,todos os dias, esporadicamente.
Todas estas informações são importantes e essenciais na definição 
da estratégia.
FONTE: https://cdn03.regiaodeleiria.pt/wp-content/uploads/2019/10/Encontro-trabalhadores-Maceira-4-1024x1024.jpg?x19352
De posse destas informações e outras que poderão surgir, você 
terá dados mais precisos para definir:
• Quantos murais devo instalar.
• Qual o tamanho ideal
• Colocarei em suportes fixos nas paredes ou suportes móveis 
que posso trocar de lugar.
Também será importante decidir sobre o conteúdo a ser veiculado 
nos murais:
• Será um conteúdo específico para cada setor.
• Conteúdo idêntico em todos os murais para conseguir abrangência 
de pessoas e fortalecer a mensagem.
• Irei produzir pequenas notas, lembretes, notícias, foto legenda, 
calendário.
• Por quanto tempo as informações devem permanecer até serem 
atualizadas ou substituídas.
 https://cdn03.regiaodeleiria.pt/wp-content/uploads/2019/10/Encontro-trabalhadores-Maceira-4-1024x1024.jpg?x19352
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Fonte: https://endomarketing.tv/wp-content/uploads/2016/02/TV-corporativa-acate.jpg
1.3 Vantagens do Mural Digital
Uma das grandes vantagens do mural frente a outras formas de 
comunicação é a sua interação com o leitor. O olho humano sente-se 
atraído por imagens em movimento, que mudam com frequência e 
não permanecem sempre estáticas.
Também é possível a atualização e troca de informações publicadas, 
além da personalização das notícias. Um mural digital permanece 
sempre moderno e atualizado.
Trabalhar com mural digital não é apenas um quadro de informações 
próximo a relógios de ponto ou bebedouros. É uma importante 
ferramenta de marketing e geração de conteúdo. 
Pode ainda ser ampliado se atrelado a outros itens como prestação 
de serviços e interação digital, com auxílio da internet e das redes 
sociais.
A operacionalização dos murais digitais também é uma excelente 
oportunidade de trabalho para profissionais de comunicação que 
dominam e conhecem técnicas adequadas de produzir informação.
O mural também pode reforçar a marca ou a cultura de uma 
instituição frente aos usuários e os colaboradores, aqueles que atuam 
internamente mas precisam de estímulos para sentirem-se sempre 
integrantes da organização.
https://endomarketing.tv/wp-content/uploads/2016/02/TV-corporativa-acate.jpg
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PRÁTICA LABORAL: MURAL, JORNAL, REVISTA E LIVRO
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Fonte: https://www.racecomunicacao.com.br/wp-content/uploads/2015/06/tv-corporativa-Race.jpg
AULA 2
CONTEUDO PARA O 
MURAL 
Após definir as estratégias para utilização do mural digital é 
importante também definir o conteúdo que será veiculado. Para cada 
público é possível e necessário a criação de conteúdos específicos 
e personalizados.
Este trabalho de identificação das demandas e criação de conteúdo 
deve ser feito por um profissional de comunicação que tem capacidade 
para identificar quais setores precisam ser impactados pela mensagem 
e qual a maneira correta de atingir estes objetivos.
Listamos 3 blocos de interesses, separados por setores que podem 
ser beneficiados pela comunicação feita por meio do mural: 
PARTICIPATIVOS: informações gerais – atrativos e entretenimento 
– visitantes, clientes e usuários.
VALORES: cultura e comportamento – reconhecimento interno – 
integração de setores – segurança e prevenção.
https://www.racecomunicacao.com.br/wp-content/uploads/2015/06/tv-corporativa-Race.jpg
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PRÁTICA LABORAL: MURAL, JORNAL, REVISTA E LIVRO
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INTERNOS: empresa / funcionários – recursos humanos –
marketing interno para os funcionários – informações estratégicas 
para a empresa e da empresa.
 
 
Fonte: http://www.racecomunicacao.com.br/wp-content/uploads/2016/01/tvcorporativa1.jpg
2.1 Conteúdos Participativos
Neste bloco apresentamos conteúdos que incluam a participação 
dos colaboradores, como uma maneira de fazer com que todos 
sintam-se participantes e integrados.
Por meio de conteúdos informativos é possível tornar o mural uma 
referência diária para que todos o procurem. Dicas de entretenimento, 
culturais, campanhas externas e serviços.
Tornar o mural um portal de boas-vindas, recepcionando novos 
membros, convidados, informando sobre programação, produtos à 
venda, senhas, localização. Abaixo, algumas dicas do que pode ser 
criado.
http://www.racecomunicacao.com.br/wp-content/uploads/2016/01/tvcorporativa1.jpg
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PRÁTICA LABORAL: MURAL, JORNAL, REVISTA E LIVRO
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Fonte: www.farolsign.com.br/site/images/img_tv_corporativa.jpg
 
Fonte: https://londonmidia.com.br/wp-content/uploads/2019/07/Corporate-Lunchroom-w-PEOPLE-BG-SCREEN-1.jpg
2.2 Conteúdos de Valores
Neste bloco apresentamos dicas que ajudam a reforçar valores 
empresarias, familiares, religiosos, crenças, hábitos e costumes. 
Busca-se aqui promover a integração, colaobração e reforçar 
comportamentos.
Destacar as conquistas da instituição, da empresa e também dos 
membros e participantes. Reconhecer o trabalho em grupo e as ações 
individuais aproxima todos.
Outro fator importante é integrar os setores e departamentos, 
mostrando que todos são importantes e fazendo com que cada grupo 
saiba, acompanhe e valorize o trabalho dos demais.
http://www.farolsign.com.br/site/images/img_tv_corporativa.jpg
https://londonmidia.com.br/wp-content/uploads/2019/07/Corporate-Lunchroom-w-PEOPLE-BG-SCREEN-1.jpg
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PRÁTICA LABORAL: MURAL, JORNAL, REVISTA E LIVRO
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2.3 Conteúdos Internos
Usados de forma estratégica, os conteúdos internos ajudam a 
organizar o trabalho, mostrar a responsabilidade de cada pessoa 
ou setor, melhorar a comunicação e divulgar o que se faz de bom.
Quando um membro, integrante, funcionário ou sócio recebe 
informações internas valorizando e reforçando a imagem da entidade, 
ele leva estas informações para fora.
Por ser um tipo de comunicação voltada ao público interno, escolha 
bem os locais de instalação do mural para evitar que se torne público 
algo que só interessa aos membros. 
 
Fonte: https://www.4yousee.com.br/wp-content/uploads/2014/10/corporativa1.png
Conclusão
A implantação de um mural digital para informações e comunicação 
certamente irá melhorar a relação das organizações interna, com seus 
funcionários, sócios, participantes e colaboradores, como também 
externamente, com os usuários, clientes, frequentadores e todos que 
irão consumir o material produzido por esta importante ferramenta 
de comunicação.
https://www.4yousee.com.br/wp-content/uploads/2014/10/corporativa1.png
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PRÁTICA LABORAL: MURAL, JORNAL, REVISTA E LIVRO
PROF.º ME. JOSÉ ROGERIO SILVA
No mundo atual, as pessoas são abastecidas por informação o 
tempo todo. No trajeto de casa ao trabalho, por exemplo, dentro de 
um ônibus, quantas informações não são passadas, seja nas ruas, 
pelo rádio, jornal impresso, revistas, ou pelo uso dos smartphones. 
Quando se chega ao local de trabalho ou reunião, a pessoa já recebeu 
centenas de informações, que ainda nem teve a capacidade de 
absorver e processar.
Bem um ambiente diferenciado, onde também exista uma 
comunicação diferenciada, as chances de que se atinja o leitor ou 
expectador são muito maiores, pois a pessoa está naquele local apta 
a receber informação, sem os filtros que constantemente utilizamos 
quando estamos em um ambiente externo.
Este é, portanto, o momento certo!
 
Fonte:https://blog.screencorp.com.br/wp-content/uploads/2014/05/5211f4e5-d1a1-4d8f-b1c9-a821ce6f14d6-original.jpeg
https://blog.screencorp.com.br/wp-content/uploads/2014/05/5211f4e5-d1a1-4d8f-b1c9-a821ce6f14d6-original.jpeg
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PRÁTICA LABORAL: MURAL, JORNAL, REVISTA E LIVRO
PROF.º ME. JOSÉ ROGERIO SILVAAULA 3
JORNAL IMPRESSO 
Com o uso das novas tecnologias de comunicação e a internet, o 
jornal impresso precisou buscar novas formas de continuar sendo 
importante para a sociedade.
Presente na vida das famílias brasileiras há décadas, das maiores 
as menores cidades do Brasil, o jornal impresso sempre foi a voz da 
população para informar e denunciar.
O jornal impresso continua ocupando lugar de destaque, respeito 
e credibilidade. Além disso, é por meio do jornal impresso que grande 
parte das notícias continua chegando a população.
Uma das funções mais importantes do jornal impresso é mostrar 
aos seus leitores todos os fatos da cidade, levando informação 
sobre assuntos variados, da política ao esporte, da falta de água ao 
buraco nas ruas, da lâmpada queimada à pesquisa de preços em 
supermercados.
São temas e pautas importantes como estas, aliadas à credibilidade 
das notícias impressas em um jornal que garante sua importância 
junto à sociedade e o seu espaço para continuar sendo a voz da 
sociedade contra as desigualdades.
Vamos mostrar nesta aula de que maneira se produz um jornal 
impresso de forma criativa, atraente e que continue sendo importante 
para a sua comunidade. Vamos lá!
 
Fonte: http://www.diariotupa.com.br/images/edicoesJornal/pdf/2020-10-29.pdf
http://www.diariotupa.com.br/images/edicoesJornal/pdf/2020-10-29.pdf
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PRÁTICA LABORAL: MURAL, JORNAL, REVISTA E LIVRO
PROF.º ME. JOSÉ ROGERIO SILVA
3.1 Formato do jornal
Quando você pensar em criar um jornal impresso é preciso pensar 
no formato da sua publicação. Existem basicamente dois formatos, 
o “standard” e o tabloide, com medidas diferentes de altura e largura.
Você pode optar pelo formato “standard” o mais tradicional, se sua 
publicação tiver ao menos oito páginas, pois com apenas quatro o 
manuseio torna-se difícil e a disposição das editorias fica confusa 
e prejudicada.
O “standard” é o formato de impressão preferido por jornais 
tradicionais como Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo que 
possuem sempre mais de 50 páginas. 
O tabloide é um formato menor, metade da altura do “standard” e 
vem ganhando adeptos nas últimas décadas devido a sua praticidade 
de manuseio, que pode ser lido no ônibus, na mesa de café e na rua, 
como na imagem ao lado.
Editorialmente o formato tabloide também proporciona uma 
distribuição das editorias e das matérias mais organizadas, pois 
mesmo com 4 páginas é possível distribuir melhor o conteúdo pelo 
espaço. E quando se abrem novas páginas, a publicação fica mais 
“robusta”.
Pense também nos anunciantes. Se você comercializar uma página 
inteira de tabloide será metade do standard e o anúncio ficará mais 
visível, melhor elaborado e irá agradar seu cliente.
 
Fonte:https://cdn.brasildefato.com.br/media/8b51194478fa5ff3195927a9b8819ccc.jpg
 
https://cdn.brasildefato.com.br/media/8b51194478fa5ff3195927a9b8819ccc.jpg
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Fonte: http://www.blogdomamede.com.br/wp-content/uploads/2014/05/pessoas-ler-jornal.jpg
3.2 Circulação do jornal
É preciso definir qual será o período de circulação do jornal impresso. 
Pode ser diário, pode ser de segunda a sexta-feira, pode ser publicado 
somente aos domingos, ou ainda quinzenal. Publicações superiores a 
quinze dias prejudicam a pauta e não surtem efeito junto aos leitores 
e anunciantes.
O que define a periodicidade são várias questões, por exemplo, 
a pauta a ser cumprida. Quanto mais dias o jornal circular, mais 
reportagens serão necessárias para fechar a edição.
Outro fator são os anunciantes. Você pode ter anúncios apenas 
semanais ou quinzenais, o que inviabiliza a publicação diária, por 
exemplo.
O tamanho da cidade ou do bairro e a quantidade de leitores 
para o impresso também é importante. Pense em quantas pessoas 
podem ser impactadas pela publicação e se existirão fatos novos e 
interessantes todos os dias.
Após refletir sobre estas questões e ainda tiver dúvidas, lembre-
se que ser conservador nestes casos pode ser melhor. Começar um 
jornal quinzenal depois passar a semanal e posteriormente diário é 
altamente positivo. Já ao contrário pode trazer descrédito junto aos 
leitores e anunciantes.
http://www.blogdomamede.com.br/wp-content/uploads/2014/05/pessoas-ler-jornal.jpg
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3.3 Linha Editorial
Somente após definir qual será a periodicidade de circulação do 
jornal é possível pensar na linha editorial, ou seja, quais os assuntos 
que serão tratados em sua publicação.
Se for uma publicação diária, os fatos do dia serão importantes, 
o chamado “hard News”, pois são assuntos atuais que interessam à 
população.
Caso opte por uma publicação semanal ou em dias intercalados, 
produza textos mais enxutos, utilize fotos e destaque os assuntos 
mais importantes, não deixando de falar dos demais temas de forma 
resumida.
Se a publicação for quinzenal é preciso pensar muito bem no que é 
importante ser publicado. Procure trazer fatos novos aos assuntos já 
divulgados. Faça também um resumo das notícias por tema, trânsito, 
polícia, política, esporte, trazendo tudo que aconteceu durante os 
últimos 15 dias.
Entrevistas são boas opções. Traga uma fala do delegado sobre 
as ocorrências da quinzena, um resumo em fotos dos destaques 
públicos, Prefeitura e Câmara Municipal, balanço de campanhas. 
Procure valorizar tudo que já foi divulgado de uma maneira nova, 
diferente do que já saiu.
Seja criativo, faça com que os leitores esperem para ler o jornal, 
pois terá notícias novas sobre os fatos da cidade, informações que 
ninguém divulgou. 
 
Fonte: https://st2.depositphotos.com/1000764/10052/i/450/depositphotos_100523280-stock-photo-person-reading-newspaper-on-
white.jpg
https://st2.depositphotos.com/1000764/10052/i/450/depositphotos_100523280-stock-photo-person-reading-newspaper-on-white.jpg
https://st2.depositphotos.com/1000764/10052/i/450/depositphotos_100523280-stock-photo-person-reading-newspaper-on-white.jpg
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AULA 4
DO IMPRESSO AO 
DIGITAL
Você criou um jornal impresso e as coisas estão indo muito bem. 
Tem anunciantes, as notícias repercutem e os leitores elogiam. O jornal 
tem credibilidade e você consegue divulgar os fatos mais importantes.
Seu jornal é respeitado no bairro, na cidade, na sua comunidade 
religiosa, mas as pessoas dizem que também gostariam de ler as 
mesmas notícias nos meios digitais.
 Gostariam de reler o que foi publicado no seu jornal nas telas 
do smartphone ou do computador, mas de forma organizada, bem 
escrita, como é feito no jornal impresso.
Diante disso, uma pergunta deve ser feita. - É possível levar o 
jornal impresso para a Internet, divulgando com a mesma qualidade 
e credibilidade, criando assim um novo canal de divulgação para 
atender os leitores e potencializar a divulgação junto aos anunciantes?
Se a resposta for afirmativa, o momento é de criar novas estratégias 
para que o jornal seja disponibilizado por meio digital aos leitores, 
valorize ainda mais o espaço dos anunciantes e mantenha a 
credibilidade e o respeito conquistados ao longo do tempo.
Vamos mostrar a seguir algumas estratégias para alcançar o 
mesmo sucesso da edição impressa no formato digital, ampliando sua 
participação na sociedade e não sendo apenas mais uma publicação 
por meio digital.
Vamos lá !
 
Fonte: https://img.freepik.com/fotos-gratis/pessoas-brancas-3d-lendo-um-jornal-sentado-em-uma-poltrona_58466-859.
jpg?size=626&ext=jpg
https://img.freepik.com/fotos-gratis/pessoas-brancas-3d-lendo-um-jornal-sentado-em-uma-poltrona_58466-859.jpg?size=626&ext=jpg
https://img.freepik.com/fotos-gratis/pessoas-brancas-3d-lendo-um-jornal-sentado-em-uma-poltrona_58466-859.jpg?size=626&ext=jpg
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4.1 Transição
Para levar o conteúdo do jornal impresso para o digital não é apenas 
publicar e disponibilizar o que saiu no impresso aos seus leitores ou 
todas as pessoas. Alguns procedimentos são necessários:
1. Informe aos seus leitores, com uma nota no próprio jornal, que 
as edições também serão digitais e deverão ir para a internet, mas 
o impresso continua.
2. Decida se irá criar uma edição digital e enviar aos assinantes 
e endereços de uma mala direta ou irá disponibilizar na internet, por 
meio de um endereço eletrônico, um site do jornal.
3. Comunique seus clientes e confira se a publicidade que está no 
jornal será a mesma no digital e na Internet. Talvez o cliente queira 
modificar alguma coisa.
4. Se o jornal impresso sai aos finais de semana, envie a versão 
digital e coloque na internet um dia depois. Continue priorizando o 
impresso, lembre-se que tem leitores mais antigos.
5. Não produza conteúdo exclusivo ou divulgue notícias e fotos 
apenas na internet. No início mantenha o mesmo conteúdo nas duas 
plataformas e no futuro, com calma, refaça o planejamento. 
 
Fonte: https://st3.depositphotos.com/3591429/19003/i/1600/depositphotos_190035026-stock-photo-people-browsing-mobile-phones-
reading.jpg
 
Fonte: https://image.freepik.com/fotos-gratis/vista-frontal-do-homem-lendo-um-jornal_23-2148427165.jpg
https://st3.depositphotos.com/3591429/19003/i/1600/depositphotos_190035026-stock-photo-people-browsing-mobile-phones-reading.jpg
https://st3.depositphotos.com/3591429/19003/i/1600/depositphotos_190035026-stock-photo-people-browsing-mobile-phones-reading.jpg
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4.2 Estratégias
Após preparar o jornal para ser disponibilizado aos leitores em 
formato digital é importante criar algumas estratégias para divulgar 
a novidade, atrair novos leitores e anunciantes:
1. Crie contas nas redes sociais com o nome do seu jornal e faça 
amigos virtuais, conquiste seguidores. Lembre-se que cada rede social 
tem um público específico e maneiras diferentes de interação. Explore 
e conheça cada uma.
2. Coloque tanto na versão impressa quanto na digital os endereços 
de contatos nas redes sociais.
3. Crie canais de interação e “feedback” com os usuários das redes 
sociais.
4. As mudanças que fizer no digital devem ser levadas também 
para o impresso. Estimule o leitor digital a também consumir a edição 
impressa, ser assinante.
5. Informe aos seus anunciantes os resultados alcançados, criem 
juntos novas estratégias de publicidade usando as ferramentas da 
web.
6. Publique os comentários é importante para a credibilidade do 
jornal e os leitores sentem-se valorizados.
7. Crie lista de e-mails e cadastre interessados em receber sempre 
as edições.
4.3 Metro Jornal, “case” de sucesso
Criado pelo Grupo Bandeirantes de Comunicação que tem emissoras 
de TV e Rádio por todo Brasil, o Metro Jornal é um exemplo de sucesso 
na transição do jornal em edição impressa para o digital, mantendo 
suas principais características.
Inicialmente o jornal era distribuído aos motoristas nos semáforos 
e ruas da cidade de São Paulo. Após firmar a marca e ganhar 
reconhecimento passou a ter suas edições em formato digital, mas 
mantendo as características da versão impressa, entregue aos 
motoristas.
Hoje os leitores que não têm acesso à edição impressa podem 
cadastrar um email que receberá todos os dias a mesma edição, 
em formato PDF, envidada em uma plataforma que permite ao leitor 
manusear as páginas.
Outra importante novidade é que existem em várias notícias, links 
que dão acesso a sites da internet para que o leitor obtenha mais 
informações sobre o assunto. 
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O Metro Jornal é diário e trás informações atualizadas sobre 
política, esportes, música, além das suas páginas publicitárias. 
O jornal tem um site tem participação nas mídias e redes sociais 
e mantém diariamente sua edição em formato jornal impresso 
disponibilizada na internet para todas as pessoas. 
Um “case” de sucesso que serve de inspiração.
 
Fonte: https://www.readmetro.com/pt/brazil/metro-sao-paulo/20201030/1/
Isto está na rede
Quem recebe o Metro Jornal por email ao abrir se depara 
com o formato abaixo, onde pode virar as páginas, aumentar 
ou diminuir os textos e interagir com endereções eletrônicos.
 
 
https ://www.readmetro.com/pt/brazi l/metro-sao-
paulo/20201030/1/#book/3
https://www.readmetro.com/pt/brazil/metro-sao-paulo/20201030/1/
https://www.readmetro.com/pt/brazil/metro-sao-paulo/20201030/1/#book/3
https://www.readmetro.com/pt/brazil/metro-sao-paulo/20201030/1/#book/3
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Isto está na rede
O Metro Jornal mantém um site específico para o jornal onde 
o leitor pode acompanhar a edição impressa no formato que 
é entregue nas ruas de São Paulo. Basta acessar:
www.readmetro.com/pt/brazil/metro-sao-paulo/
 
https ://www.readmetro.com/pt/brazi l/metro-sao-
paulo/20201030/1/#book/3
 
Fonte:https://st.depositphotos.com/1003377/1235/i/950/depositphotos_12359734-stock-photo-family-reading-a-newspaper.jpg
Conclusão 
Criar ou manter um jornal impresso nos dias atuais de internet, 
celular e plataformas digitais, continua sendo uma boa iniciativa por 
vários motivos.
O impresso conquistou um espaço na sociedade, seja nas 
grandes ou pequenas cidades, tornando-se referência não apenas 
http://www.readmetro.com/pt/brazil/metro-sao-paulo/
https://www.readmetro.com/pt/brazil/metro-sao-paulo/20201030/1/#book/3
https://www.readmetro.com/pt/brazil/metro-sao-paulo/20201030/1/#book/3
https://st.depositphotos.com/1003377/1235/i/950/depositphotos_12359734-stock-photo-family-reading-a-newspaper.jpg
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de informação, mas informação correta e completa. Você confia e 
acredita no que está lendo.
O jornal impresso reúne numa mesma edição os mais variados 
temas, produzidos de forma organizada, por editoriais, hierarquia na 
informação e abordando assuntos que realmente importam ao leitor.
O jornal pode trazer novos pontos de vista sobre assuntos que já 
foram abordados, muitos tratados de forma superficial na internet, 
deixando dúvidas para o leitor.
O jornal pode ter entrevistas com especialistas, aprofundar os 
temas e organizar as notícias para o leitor, o que é muito difícil no 
digital, onde as notícias chegam e somem rapidamente, misturando 
assuntos e confundido.
E o jornal impresso é muito bom para os anunciantes, pois ocupa 
uma página única, exclusiva, não fica perdido ou no meio de dezenas 
de outros anúncios, passando quase despercebido pelos olhos rápidos 
do leitor de internet.
Por isso, vale a pena investir no jornal impresso!
AULA 5
REVISTA
Revista é uma publicação editorial destinada a tratar de temas 
que dificilmente encontram espaço em jornais diários ou semanais. 
Editorias específicas, temas variados e aprofundamento das notícias 
fazem parte do conteúdo de uma revista.
A revista apresenta também um tratamento visual e estético 
diferenciado, valorizando o trabalho gráfico, além da fotografia. 
Uma revista pode ser de publicação semanal, quinzenal ou mensal. 
Para cada proposta de assuntos a serem tratados se define de quanto 
em quanto tempo é veiculada cada edição.
Temos as revistas que não tratam de temas atuais ou factuais 
que são as de variedades e as revistas temáticas. E temos aquelas 
revistas que tratam sobre temas do momento que podem ser política, 
cultura, comportamento ou serviços.
Vamos conhecer um pouco sobre cada formato e editoria e sabertambém que podemos criar publicações em formato revista para 
nossa cidade, bairro, nossa empresa, igreja ou comunidade. 
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Fonte:https://tse1.mm.bing.net/th?id=OIP.X8H_yRJZWe4n3M5XIFpCbAHaJ9&pid=Api&P=0&w=300&h=300
5.1 Características
A revista tem algumas características específicas que a tornam 
única no segmento editorial. Pode abranger um grande número de 
pessoas, como pode ser destinada a um nicho da sociedade. Vejamos 
algumas destas características:
1. Textos mais longos, aprofundados, tratando de assuntos que 
podem ou não serem atuais.
2. Suporte da fotografia como elemento complementar e valorativo. 
Dificilmente reportagens de revistas são publicadas sem fotos.
3. Diagramação mais refinada, papel de qualidade superior, apelo 
visual e gráfico diferenciado e impressão colorida.
4. Pode ser de variedades, tratando desde resumo de novelas, 
passando por dicas de saúde, culinária, social, até horóscopo e temas 
menos explorados em jornais.
5. Pode abordar temas específicos, como saúde, educação, religião, 
profissões, esportes, hobbies como pesca, camping e moda. 
6. Quando trata sobre assuntos atuais, como política, setor público, 
elabora os temas já abordados de maneira aprofundada.
7. Pode ser produzida em edições especiais, comemorativas ou 
temáticas. 
https://tse1.mm.bing.net/th?id=OIP.X8H_yRJZWe4n3M5XIFpCbAHaJ9&pid=Api&P=0&w=300&h=300
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Fonte: https://s3-us-west-2.amazonaws.com/wpimprensa/wp-content/uploads/2016/04/0413-Revista-Voce-S-A1.jpg e https://
capasjornais.pt/img/FrontPages/201908/revista_ana_19082019.jpg
5.2 Revista de variedades
Vão desde aquelas revistas que se compram em postos de gasolina, 
rodoviárias, até revistas produzidas na própria localidade.
O trabalho jornalístico consiste em levantar os temas mais 
interessantes daquele segmento, elaborar as pautas e produzir as 
reportagens não esquecendo das fotos.
Em uma cidade pequena ou média é possível criar uma revista 
de temas como sociedade, onde se registram as festas em clubes e 
casas noturnas, os eventos como, exposições, feiras agropecuárias, 
festas temáticas e eventos públicos.
É possível incluir na revista agenda de eventos do mês, aniversariantes 
ilustres, prestação de serviços sociais, além de entrevistas e perfis de 
pessoas famosas e conhecidas na localidade que sempre desperta 
atenção dos leitores.
Pode ser feita também uma revista específica sobre Aniversário da 
cidade, festa do Padroeiro, ou temas que proporcionem boas pautas 
locais e seja possível explorar comercialmente o assunto. 
Seja criativo faça uma revista sobre sua cidade, abordando temas 
de interesse geral, certamente as pessoas irão adorar ler sobre os 
acontecimentos sociais de onde moram.
5.3 Revista de temas específicos
Outro segmento que desperta grande interesse são as revistas 
que abordam temas específicos. Além de aprofundar o trabalho 
sobre determinado assunto é um grande filão comercial, pois os 
profissionais daquele segmento não gostariam de ficar de fora e 
https://s3-us-west-2.amazonaws.com/wpimprensa/wp-content/uploads/2016/04/0413-Revista-Voce-S-A1.jpg
https://capasjornais.pt/img/FrontPages/201908/revista_ana_19082019.jpg
https://capasjornais.pt/img/FrontPages/201908/revista_ana_19082019.jpg
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acabam investindo para que sua especialidade, sua empresa e sua 
marca apareça.
Assuntos como saúde, por exemplo. Um guia regional de saúde 
pode tratar sobre todas as especialidades médicas que existem 
na região, trazer entrevistas com médicos e especialistas, além de 
divulgar clínicas, consultórios e os atendimentos prestados.
Outro tema que recebe grande atenção de leitores e anunciantes 
são as revistas sobre indústria e comércio que tratam sobre vendas, 
expectativas, destaque empresarial, palavra de entidades como 
Associações e Sindicatos. Em datas especiais como Dia das Mães, dos 
Pais, Namorados, Crianças, Natal, são bons investimentos jornalísticos 
na certa.
Se na sua cidade não existe uma revista que circule falando sobre 
comércio não perca tempo, seja você o jornalista que vai escrever e 
faturar falando sobre o comércio.
 
 
Fonte: https://http2.mlstatic.com/revista-faca-facil-D_NQ_NP_13887-MLB203127559_980-F.jpg
https://http2.mlstatic.com/revista-faca-facil-D_NQ_NP_13887-MLB203127559_980-F.jpg
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Fonte: https://image.isu.pub/160304132917-6859d83a1e927d204d27c982111e40fd/jpg/page_1.jpg
5.4 Revista sobre temas atuais
 
Este também é um segmento que pode ser muito bem explorado 
jornalística e comercialmente. As pessoas gostam de ler sobre os 
assuntos mais importantes da sua cidade ou região de forma mais 
detalhada, o que um jornal diário muitas vezes não faz por falta de 
tempo e espaço.
Uma revista de atualidades pode te colocar a par daqueles assuntos 
de política, economia e polícia que o jornal tratou de maneira não 
tão aprofundada.
Além disso, a revista trará fotos, boxes informativos e atualização 
sobre todos os assuntos que envolvam aquele tema.
Pesquise se na região onde mora existe alguma revista que trate 
sobre assuntos cotidianos ou semanais. Caso não encontre é uma 
boa dica. 
A pauta pode ser feita por meio de pesquisa em jornais e sites 
informativos confiáveis, mostrando ao jornalista um panorama de 
quais notícias devem ser abordadas.
Comercialmente também desperta atenção porque irá circular em 
algumas cidades da região, onde o empresário ou comerciante tenha 
interesse em atrair novos clientes.
 Mais uma ótima dica para nossos jornalistas!
https://image.isu.pub/160304132917-6859d83a1e927d204d27c982111e40fd/jpg/page_1.jpg
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AULA 6
REVISTA – TEMAS / 
PAUTAS
Uma dúvida que surge quando se pensa em produzir uma revista 
não é a escassez de temas ou assuntos a serem abordados. É o 
excesso que muitas vezes cria uma certa insegurança no jornalista.
Esta dúvida de saber exatamente o que publicar, que assuntos 
pautar é muito comum entre os profissionais, sejam eles jovens, 
experientes ou especialistas. Os temas mudam, os leitores mudam, 
o interesse por determinados assuntos também muda. Para evitar 
surpresas e dificuldades com temas, algumas dicas:
1. Pesquise em jornais, sites, converse com profissionais, leia sobre 
os temas. Faça o dever de casa de um jornalista, estar bem informado.
2. Se for um tema específico já escolhido, pesquise o setor, saiba 
das mudanças, quem saiu, quem entrou no mercado, quais são as 
novidades.
3. Procure fontes profissionais variadas para entrevistar. Aquele 
profissional que sempre concede entrevista para jornais e rádios da 
sua região, não será surpresa para os leitores de uma revista que 
buscam novidade.
4. Quando tratar de temas atuais, envolvendo lideranças políticas, 
administrativas, procure ouvir sempre várias pessoas. Pluralidade de 
opiniões trás credibilidade. 
 
Fonte: https://unaperlaenlared.files.wordpress.com/2014/03/crear-revistas-digitales.jpg
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Fonte: https://i.ytimg.com/vi/xbpsvyp-OmE/maxresdefault.jpg
6.1 Temas 
Para pensar sobre os temas que irá tratar na edição, algumas 
informações são importantes. Pense quantas páginas terá sua 
revista e a partir daí poderá definir os temas, quantidade de notícias, 
reportagens e a pauta.
Divida o espaço da revista de maneira equilibrada para que cada 
edição contenhanotas, notícias, reportagens, entrevistas, dicas, 
novidades e o espaço destinado aos leitores e anunciantes. Pense 
a partir da seguinte estrutura:
1. Notas, comentários, bastidores, dicas, agenda chamam atenção. 
Podem estar no início ou final.
2. Uma reportagem interessante, que marque a edição. Valorize 
com um bom trabalho fotográfico. Pode abrir a edição ou estar no 
meio. Nunca ao final.
3. De acordo com o tema, faça uma ou duas páginas de serviços 
mostrando novidades, eventos importantes, mudanças de endereço, 
equipamentos. Atualize seu leitor sobre o segmento.
4. Crie o espaço do leitor, que pode mandar fotos da sua empresa, 
casa, animal. Promova esta interação que sempre trás ótimos 
resultados.
5. Crie junto aos anunciantes descontos nos produtos ou serviços 
para quem levar a revista. Agrada os dois lados.
6. Faça uma página dedicada à próxima edição levantando alguns 
possíveis temas e pedindo opinião dos leitores. Este feedback é muito 
importante.
https://unaperlaenlared.files.wordpress.com/2014/03/crear-revistas-digitales.jpg
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6.2 Pauta 
 
Fonte: https://meuredator.com.br/wp-content/uploads/2019/04/vagas-redator-freelancer.jpg
A pauta é sem dúvida um dos elementos mais importantes na 
criação de uma publicação. Por meio da pauta direcionamos o enfoque 
que a revista terá e como cada editoria ou conteúdo irá abordar os 
temas.
Uma pauta bem elaborada pode definir o sucesso da sua entrevista, 
reportagem e o interesse que o leitor terá em ler a revista. Mas lembre-
se! Pauta para revista é um pouco diferente da pauta diária do jornal.
Na pauta do jornal se busca sempre a objetividade, a economia de 
palavras, o fato em si. Para revista a pauta pode “viajar” um pouco 
mais, mostrando outros elementos que também são importantes, 
mas que não cabem em uma notícia de jornal.
Opte por entrevistas no local de trabalho do seu entrevistado, na 
casa dele ou locais neutros como praças, parques, restaurantes. 
Rendem boas fotos, o clima da entrevista será descontraído e você 
pode abrir sua entrevista descrevendo os detalhes do local e do 
entrevistado.
Notícias e reportagens também podem ter um tom mais leve. Não 
inicie sempre pelo “lide” tradicional. Dialogue com o leitor, instigue, 
faça perguntas, coloque o leitor na conversa.
Lembre-se: se a pauta já é importante no jornal ela é imprescindível 
em uma revista.
 
Fonte: https://thumbs.dreamstime.com/b/envelope-do-conceito-com-letra-rejeitada-o-unsubscribe-faculdade-rejeitou-admiss%C3%A3o-
ou-emprego-para-web-bandeira-apresenta%C3%A7%C3%A3o-151503722.jpg
https://meuredator.com.br/wp-content/uploads/2019/04/vagas-redator-freelancer.jpg
https://thumbs.dreamstime.com/b/envelope-do-conceito-com-letra-rejeitada-o-unsubscribe-faculdade-rejeitou-admiss%C3%A3o-ou-emprego-para-web-bandeira-apresenta%C3%A7%C3%A3o-151503722.jpg
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6.3 Capa
A capa da revista é a embalagem do produto. Pessoas compram 
produtos pela embalagem, leitores compram revistas pela capa.
A capa deve refletir o espírito da sua revista, o espírito da sua 
publicação e a edição que você preparou para o seu leitor. Pense em 
uma capa que reflita tudo isso.
Em uma revista regional procure utilizar elementos que remetam 
a região que façam o leitor se identificar com a revista. Fotografe em 
locais de fácil reconhecimento.
Você pode usar uma pessoa quando falar sobre temas mais sérios, 
ligados à saúde, questões éticas ou alguém que será destaque na 
edição. Mas tenha cuidado com rótulos e visões estereotipadas ou 
preconceituosas.
Quando escolher temas mais leves pode produzir uma capa com 
várias pessoas de cidades e locais diferentes, mostrando a diversidade 
e a integração regional, ou que um aspecto a ser valorizado está 
presente em várias cidades.
Capas com famílias, crianças, animais, pessoas com histórias de 
vida vencedoras ou de superação sempre chamam atenção. Evite 
capas com lugares, máquinas ou equipamentos apenas. Desumaniza 
sua publicação.
Na capa você também pode ocupar os espaços para apresentar 
ao leitor os assuntos que serão tratados. Nunca use a capa para 
publicidade. Faça isso na contracapa. 
 
Fonte: https://cucasconteudo.com.br/novo-site-2016/wp-content/uploads/2013/12/nova-escola-3.png
https://cucasconteudo.com.br/novo-site-2016/wp-content/uploads/2013/12/nova-escola-3.png
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Fonte: https://www.pexels.com/pt-br/foto/alegre-animado-bem-disposto-refrigeracao-4881619/
Conclusão
Falamos sobre as principais características que deve ter uma 
revista para ser atrativa, para agradar aos leitores, oferecer bons 
temas e ganhar espaço editorial e comercial.
Pense no projeto de uma revista também por meio de parcerias. 
Se for elaborar uma revista regional procure parceiros comerciais, 
jornalistas e fotógrafos de outras cidades que queiram participar. Você 
conseguirá diminuir os custos da produção e terá inserção na região.
A revista é um produto editorial atraente e tem a simpatia de 
empresários e comerciantes, pois não se torna descartável como 
o jornal diário. Seu consumo dura meses e até ajuda a divulgar 
empresas, produtos e pessoas, além de satisfazer a necessidade 
humana de visibilidade e prestígio.
Independente do segmento escolhido, uma revista atrai os olhares 
e atenção de todos quando é bem diagramada, visualmente atrativa 
e possui uma linguagem de fácil entendimento. 
Mesmo quem não é ligado ao tema se interessa por boas 
reportagens, pessoas vitoriosas, boas histórias de vida e de sucesso. 
Por isso, vá em frente, mostre seu potencial e a força da sua região.
https://www.pexels.com/pt-br/foto/alegre-animado-bem-disposto-refrigeracao-4881619/
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AULA 7
LIVRO
Quando falamos em livro, nos vem a mente os best-sellers, escritores 
famosos, grandes editoras e um aparato gráfico e tecnológico que 
nos afasta da ideia de pensarmos em escrever um livro.
Pensamos também que os livros tratam somente sobre grandes 
temas nacionais, pessoas conhecidas e assuntos que somente viram 
livros após décadas de estudos e milhares de horas dedicadas à 
gramática.
E os escritores devem ser homens e mulheres de grande formação 
intelectual, moram em castelos e passam os dias trancados pensando 
apenas em livros.
Pois saiba que grande parte desta visão não é verdadeira. Livros 
podem ser escritos em cadernos até tomarem forma, os temas mais 
simples, da vida e do pensar humano são os mais interessantes. 
E os escritores não são extraterrestes presos em bolhas que 
nasceram com um cérebro privilegiado. São, em sua grande maioria, 
pessoas como eu e você, com família, vários empregos e que lutam 
diariamente contra as dificuldades.
Mas uma coisa os escritores possuem em comum – a vontade 
de contar histórias, o olhar diferenciado para as pessoas e para o 
mundo e a perseverança de acordar a cada dia, superar todas as 
adversidades e continuar escrevendo. 
O escritor não desistirá nunca de mostrar ao mundo como o vê, 
como enfrentaa tudo e a todos para que aquela história presa dentro 
do seu peito ganhe forma, ganhe linhas, letras e contornos. 
Nomes como do escritor e jornalista Lima Barreto, negro em um 
Brasil recém-saído da escravidão, enfrentando problemas de saúde e 
alcoolismo e vivendo por anos internado em hospícios foram capazes 
de impedir que se tornasse um dos maiores escritores do Brasil.
 A poetisa Cora Corallina publicou seu primeiro livro quando tinha 
76 anos de idade, mas escreveu por toda vida e nunca desistiu.
E uma das histórias mais emocionantes da literatura brasileira é 
da escritora mineira Carolina Maria de Jesus que veio para são Paulo, 
passou a viver em favelas e trabalhar como catadora de rua. Escrevia 
a luz de velas, suas obras foram descobertas por um jornalista. Seus 
livros tornaram-se internacionais e temas de vestibular.
Quarto de despejo é o seu livro mais conhecido, estudado em 
universidades e teses de doutorado. Fala sobre a vida, as dificuldades, 
as pessoas humildes e seus sonhos.
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Por isso, se você quer mesmo ser escritor ou escritora, ninguém 
irá te deter. 
Comece agora! 
 
 
 
Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/webstories/cultura/2020/07/quem-foi-carolina-de-jesus/
7.1 Persistência
Escrever um livro pode ser um projeto de vida, um sonho, um 
objetivo a ser buscado. Mas para que este objetivo seja de fato 
alcançado é preciso o estabelecimento de metas, o percurso até 
este sonho ser concretizado.
Talvez você tenha em mente uma ideia que acredita ser um bom 
tema para um livro. Saiba que qualquer assunto, qualquer mesmo 
sempre será um ótimo tema se a obra for bem escrita. Mais do que 
a história, a maneira como se contam as histórias faz toda diferença.
Uma boa dica: enquanto ainda não deu início a escrita do seu livro, 
mas já sabe do que pretende falar, quais serão seus personagens, os 
cenários, as histórias, comece a anotar tudo, coloque no papel cada 
detalhe, cada coisa que considera importante que te chamou atenção.
Anote desde roupas até gestos corporais, maneiras de falar, formas 
de olhar. Observe lugares e anote detalhes de casas, praças, igrejas, 
bares, as pessoas nas ruas, os carros, tudo que irá compor o cenário 
para suas histórias.
Guimarães Rosa ao escrever Grande Sertão Veredas, passou 
meses entre peões que transportavam gado pelo Brasil, anotando 
tudo, conversando com pessoas e registrando cada pequeno detalhe. 
https://www1.folha.uol.com.br/webstories/cultura/2020/07/quem-foi-carolina-de-jesus/
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Escreveu uma das obras mais importantes e reverenciadas da 
literatura brasileira. 
7.2 Disciplina
O poeta maranhense Ferreira Gular é um dos nomes mais 
importantes da literatura brasileira e durante sua vida enfrentou 
diversos problemas profissionais, pessoais e familiares que nunca 
o impediram de continuar trabalhando.
Com muita disciplina continuou seu trabalho até sua morte, em 
2016. Dizia que “A arte existe porque a vida não basta”. 
Foi pai de dois filhos diagnosticados com esquizofrenia que o 
obrigavam a dividir seu tempo entre a escrita e hospitais, clínicas 
e consultórios. Gular nunca parou de escrever e deixou uma obra 
maravilhosa.
Isto está na rede
Fazia da crítica social um de seus temas. O poema a seguir 
mostra um pouco do seu trabalho, nunca abandonado e 
sempre feito com muita disciplina: 
Não há vagas – Ferreira Gullar
O preço do feijão
não cabe no poema. O preço
do arroz
não cabe no poema.
Não cabem no poema o gás
a luz o telefone
a sonegação
do leite
da carne
do açúcar
do pão
O funcionário público
não cabe no poema
com seu salário de fome
sua vida fechada
em arquivos.
Como não cabe no poema
o operário
que esmerila seu dia de aço
e carvão
nas oficinas escuras
– porque o poema, senhores,
está fechado:
“não há vagas”
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Só cabe no poema
o homem sem estômago
a mulher de nuvens
a fruta sem preço
O poema, senhores,
não fede
nem cheira.
Fonte: https://escolaeducacao.com.br/melhores-poemas-de-
ferreira-gullar/
7.3 Inspiração
Com apoio da tecnologia hoje é possível ter acesso à leitura de 
livros pela internet sem custos. Desta forma, o contato com autores 
do passado e atuais torna-se mais fácil.
Ler, por exemplo, Iracema, de José de Alencar, que trata por meio de 
uma visão do século XIX a origem do Brasil, ou Machado de Assis com 
Memórias Póstumas de Brás Cubas que faz uma crítica à sociedade 
burguesa do início do século XX e ao mesmo tempo ter contanto 
com um e-livro escrito por um jovem escritor do início deste século 
XXI são grandes oportunidades.
O contato com obras e autores nos coloca diante de questionamentos 
existenciais e estilos de escrita diferenciados. Podemos ser apenas 
expectadores ou podemos fazer parte de uma trama. Podemos saber 
de antemão o que irá acontecer ou já aconteceu para somente depois 
acompanhar o desenrolar da história ao lado dos personagens.
São exercícios como estes que nos moldam, preparam para o 
exercício da escrita e trazem a criatividade tão importante e necessária 
aos escritores.
Enquanto busca mais elementos para escrever seu livro, procura 
por temas que possam atrair a atenção dos leitores e situações que 
merecem ser contadas mantenha contato com autores, antigos, 
novos, eruditos, populares.
Leia de tudo, pois te transformará em um leitor melhor, ao mesmo 
tempo que também irá contribuir para que escreva de maneira mais 
criativa e inspiradora.
https://escolaeducacao.com.br/melhores-poemas-de-ferreira-gullar/
https://escolaeducacao.com.br/melhores-poemas-de-ferreira-gullar/
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Anote isso
Existem sites onde é possível ler e baixar livros em vários 
formatos e até imprimir centenas e centenas de títulos, de 
autores brasileiros ou estrangeiros. Faça uma pesquisa e 
monte sua biblioteca virtual. Deixo aqui algumas dicas de 
sites:
h t t p : / / w w w. d o m i n i o p u b l i c o . g o v . b r / p e s q u i s a /
PesquisaObraForm.jsp - (Portal Domínio Público);
http://machado.mec.gov.br/ (Portal Machado de Assis)
http://ebooksbrasil.org/ (livros brasileiros vários formatos)
http://www.gutenberg.org/ (Projeto com 60 mil livros)
https://www.amazon.com.br/b?node=6311441011 (livraria 
virtual, com livros grátis para baixar)
7.4 Livros Históricos
Em pequenas e médias cidades é muito comum existirem ótimas 
histórias a serem contadas, mas pouca gente preparada e disposta 
a registrar estas histórias, transformando-as em livros.
Primeiro porque é um trabalho demorado de pesquisa, entrevistas, 
busca de documentos, revisão e tudo que envolve a produção de um 
livro sobre temas da realidade.
Para contar a história de uma cidade, por exemplo, o jornalista deve 
buscar o apoio de historiadores locais, pesquisadores, professores 
e os mais antigos, chamados pioneiros que tem muito o que dizer.
Também é possível buscar arquivos de jornais, bibliotecas, museus 
e órgãos públicos como Câmara Municipal e Prefeitura.
Outro ponto é que nem sempre as pessoas querem contar todos 
os fatos, devido à proximidade dos envolvidos e temas que podem 
criar constrangimentos.
Para um jornalista que se propõe a realizar este trabalho existe 
grandes possibilidades, além da possibilidade de ganhos financeiros 
ou ainda financiamento de órgãos governamentais e culturais para 
a produção gráfica.
É preciso procurar junto às secretarias municipais de cultura se 
existem projetos específicos para produção editorial e conseguir o 
financiamento para iniciar.
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.jsp
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.jsp
http://machado.mec.gov.br/
http://ebooksbrasil.org/http://www.gutenberg.org/
https://www.amazon.com.br/b?node=6311441011
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Fonte: arquivo pessoal 
Livro histórico da cidade de Bastos/SP (20 mil habitantes), escrito 
à partir de depoimentos de imigrantes.
 
Fonte: arquivo pessoal
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Livro histórico da cidade de Araçatuba/SP, (198 mil habitantes) 
sobre os carnavais da cidade. 
 
Fonte: arquivo pessoal
7.5 Biografias 
 
Fonte: https://tse3.mm.bing.net/th?id=OIP.oU2HC5fN_43I6aagXmGO2wAAAA&pid=Api&P=0&w=300&h=300 
https://tse3.mm.bing.net/th?id=OIP.oU2HC5fN_43I6aagXmGO2wAAAA&pid=Api&P=0&w=300&h=300
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O Brasil tem tradição em produzir obras biográficas. A partir de 
nomes consagrados da política, música, literatura, esporte e outros 
segmentos, jornalistas e biógrafos especializados se debruçam a 
contar estas histórias.
Biografar personalidades com histórias de vida interessantes 
é um trabalho que exige muita pesquisa, dedicação, disciplina e 
envolvimento profissional.
Jornalistas e escritores como Fernando Morais, Ruy Castro, 
Geneton Moraes Neto, especializaram-se em biografias e hoje são 
referências no segmento.
É possível biografar figuras importantes, por exemplo, em cidades 
e regiões onde este trabalho nunca foi desenvolvido. 
Se não uma biografia única, específica de determinada pessoa, 
biografias conjuntas, por segmentos, que também atraem a atenção 
e ajudam o trabalho do repórter/pesquisador.
Pesquise em sua cidade ou região esportistas, profissionais 
renomados, empresários, professores, lideranças públicas que nunca 
foram retratados para as novas gerações.
Biografar ajuda contar histórias de uma localidade e rendem bons 
resultados profissionais aos jornalistas.
Fonte:https://tse3.mm.bing.net/th?id=OIP.UAuU25PGB6lbIJS3HjMtkAHaKn&pid=Api&P=0&w=300&h=300
https://tse3.mm.bing.net/th?id=OIP.UAuU25PGB6lbIJS3HjMtkAHaKn&pid=Api&P=0&w=300&h=300
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AULA 8
FORMATOS LITERÁRIOS
Uma dúvida que acompanha quem pensa em escrever um livro 
é – “como começar”, como será o primeiro parágrafo, a primeira 
página, o primeiro capítulo. São perguntas que por não apresentar 
a resposta de imediato acabam por represar as ideias seguintes, 
desestimulando e adiando o sonho de escrever.
Outras dúvidas também surgem. Em um romance, por exemplo, 
quando entram os personagens, qual ordem, quem será o protagonista, 
como desenvolvo o enredo da história e como vou terminar. Mas 
você só irá buscar respostas para estas perguntas, após responder 
a primeira e iniciar de fato seu livro.
Lembre-se que falamos na aula anterior sobre anotar, registrar, 
buscar e preparar informações para seu livro. Agora é o momento de 
começar a usá-las. Definido o tema do seu livro, a história, o assunto 
principal é hora de organizar tudo isso na cabeça e no papel para 
dar forma ao seu livro.
Alguns elementos precisam estar presentes no seu livro para que 
ele tenha lógica, consiga contar uma história com início, meio e fim, 
construa personagens verdadeiros e coerentes. Mesmo em uma 
ficção, os elementos desta ficção precisam ser verdadeiros dentro 
do mundo relatado, precisam ser críveis para o leitor.
 
Fonte: http://www.multiplication.com/sites/default/files/images/Caycee/bigstock-Books-and-idea-48732266.jpg
http://www.multiplication.com/sites/default/files/images/Caycee/bigstock-Books-and-idea-48732266.jpg
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8.1 Abertura
Um romance pode começar descrevendo lugares, pessoas ou 
situações. Veja algumas aberturas, perceba o estilo do autor.
1. “Uma noite destas, vindo da cidade para o Engenho Novo, encontrei 
no trem da Central um rapaz aqui do bairro, que eu conheço de vista e de 
chapéu. Cumprimentou-me, sentou-se ao pé de mim, falou da lua e dos 
ministros, e acabou recitando-me versos” (Dom Casmurro – Machado 
de Assis)
2. “No fundo do mato-virgem nasceu Macunaima, herói da nossa gente. 
Era preto retinto e filho do medo da noite. Houve um momento em que 
o silêncio foi tão grande escutando o murmurejo do Uraricoera, que a 
índia tapanhumas pariu uma criança feia. Essa criança é que chamaram 
Macunaíma” (Macunaíma, o herói sem nenhum caráter – Mário de 
Andrade)
3. “Como de hábito, Policarpo Quaresma, mais conhecido por Major 
Quaresma, bateu em casa às quatro e quinze da tarde. Havia mais de 
vinte anos que isso acontecia. Saindo do Arsenal de Guerra, onde era 
subsecretário, bongava pelas confeitarias algumas frutas, comprava um 
queijo, às vezes, e sempre o pão da padaria francesa” (Triste fim de 
Policarpo Quaresma – Lima Barreto)
Para o historiador Tzvetan Todorov, na obra A Literatura em Perigo 
(2014) quando alguém escreve, cria personagens, descreve lugares, 
está conhecendo novas pessoas e criando novos pontos de vista 
sobre o mundo, sobre o lugar onde vive:
Anote isso
“...O encontro com outros indivíduos. Conhecer novas 
personagens é como encontrar novas pessoas, com a 
diferença de que podemos descobri-las interiormente de 
imediato, pois cada ação tem o ponto de vista do seu autor. 
Quanto menos essas personagens se parecem conosco, 
mais elas ampliam nosso horizonte, enriquecendo assim 
nosso universo [...] o que o romance nos dá não é um novo 
saber, mas uma nova capacidade de comunicação com seres 
diferentes de nós [...] pensar colocando-se no lugar de todos 
e qualquer ser humano. Pensar e sentir adotando o ponto de 
vista dos outros, pessoas reais ou personagens literárias, é o 
único meio de tender à universalidade e nos permite cumprir 
nossa vocação” 
Fonte: Todorov. T. A literatura em perigo. Rio de Janeiro, ed. 
Difel, 2014, p,80-82
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8.2 Elementos da narrativa literária
Para colocar em prática sua história, você precisará conhecer os 
elementos que compõe uma narrativa. Toda história terá um início, 
desenvolvimento e desfecho, mas recheada de outros importantes 
ingredientes.
 Você irá contar sua história que precisa ter os seguintes elementos 
narrativos:
Enredo: é o tema da sua história, lembrando que você poderá contar 
sua história de maneira cronológica, como se desenrolam as ações 
ou já contar o desfecho e contar como foi, sem que os personagens 
saibam, apenas o leitor.
a) Início: apresentação dos personagens (nem sempre todos), 
tempo, espaço.
b) Conflito: um fato muda a ação inicial dos personagens, exigindo 
ações e mudanças na história.
c) Desenvolvimento: narrativa mais detalhada, fala sobre 
personagens, lugares, situações para cativar o leitor.
d) Clímax: ponto de emoção, tensão entre os personagens. Neste 
ponto o leitor começa a supor desfechos, acontecimentos e situações.
e) Desfecho: aqui se chega à solução do conflito
Narrador: é quem irá contar a história aos leitores, mas não é o 
autor do livro. São três tipos de narradores:
a) Um dos personagens que faz a narrativa por seu ponto de vista.
b) Um narrador que observa a história e vai contando aos leitores 
no momento dos fatos, sem antecipar nada.
c) Um narrador que já conhece os fatos e vai te contando como se 
fosse um amigo te contando uma história, já sabendo de detalhes.
Personagens: existem os protagonistas que são os principais, os 
secundários ou coadjuvantes e também os antagonistas que rivalizam 
e apresentam outro contexto e pontos de vista na história.
Espaço: local onde acontece a história. Se for físico pode ser aberto, 
em ruas cidades e praças, ou fechado, apenas em uma casa, escola, 
penitenciária. Se for espaço psicológico dependeráde como o narrador 
ou os personagens contam esta história, o espaço estará presente 
na cabeça deles.
Tempo: pode ser um tempo cronológico onde os acontecimentos 
se desenrolam de maneira ordenada, linear, ou pode ser um tempo 
chamado psicológico que segue a ordem das ideias ou do narrador ou 
dos personagens, sem preocupação com datas e ordem cronológica.
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8.3 Contos e crônicas, um bom começo
Se você está com dificuldades para iniciar um livro seja romance, 
biografia ou histórico comece exercitando a escrita, utilizando os 
elementos de narrativa por meio de crônicas e contos. 
Estes dois estilos, com narrativas mais curtas, também oferecem 
a oportunidade se utilizar os elementos na mesma sequência de uma 
obra de fôlego, como um livro.
A crônica, de maneira leve e bem humorada, conta histórias, 
situações e acontecimentos em poucas linhas utilizando palavras 
bem escolhidas e adequadas.
Quem opta pelo conto está preparando um miniromance, pois sua 
narrativa terá todos os elementos encontrados no romance, mas tudo 
precisa ser enxuto, sem tanto detalhamento e as histórias mais curtas. 
Quem se acostuma com os limites e restrições de espaço impostos 
pelo conto, quando parte para o romance terá a sua frente enormes 
possibilidades.
Veja como exemplo um trecho do famoso conto “O Peru de Natal”, 
do escritor Mário de Andrade. No parágrafo inicial ele já apresenta 
uma série de elementos que poderia muito bem ser o início de um 
romance.
O Peru de Natal – Conto de Mário de Andrade
“O nosso primeiro Natal de família, depois da morte de meu pai 
acontecida cinco meses antes, foi de consequências decisivas para a 
felicidade familiar. Nós sempre fôramos familiarmente felizes, nesse 
sentido muito abstrato da felicidade: gente honesta, sem crimes, 
lar sem brigas internas nem graves dificuldades econômicas. Mas, 
devido principalmente à natureza cinzenta de meu pai, ser desprovido 
de qualquer lirismo, de uma exemplaridade incapaz, acolchoado no 
medíocre, sempre nos faltara aquele aproveitamento da vida, aquele 
gosto pelas felicidades materiais, um vinho bom, uma estação de 
águas, aquisição de geladeira, coisas assim. Meu pai fora de um bom 
errado, quase dramático, o puro-sangue dos desmancha-prazeres”
Fonte: https://contobrasileiro.com.br/o-peru-de-natal-conto-de-
mario-de-andrade/
Narrador: o filho
Personagens: além do filho, o pai morto e familiares
Espaço: pode ser a casa, onde a família se reuniu para o jantar 
de natal
Tempo: o narrador está no presente, mas falando sobre as ações 
do pai no passado, usando o tempo psicológico
https://contobrasileiro.com.br/o-peru-de-natal-conto-de-mario-de-andrade/
https://contobrasileiro.com.br/o-peru-de-natal-conto-de-mario-de-andrade/
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Enredo: mesmo sendo um primeiro parágrafo já tem início, conflitos, 
desenvolvimento e antevê certo clímax. 
O escritor Guimarães Rosa (de óculos) passou meses convivendo 
com vaqueiros e peões para criar os personagens e o enredo do livro 
Grande Sertão Veredas. 
 
Fonte: https://www.livrosepessoas.com/wp-content/uploads/2015/07/20150710154634487345u.jpg
Conclusão 
Chegamos ao final das aulas em que falamos sobre a produção 
textual em livros. A princípio pode parecer ousado falar em escrever 
um livro, mas à medida que entendemos o processo, percebemos 
que é viável.
Um livro pode contar a história de uma pessoa, de uma cidade e 
de feitos grandiosos. Também nos fazem sonhar, por meio da força 
de personagens criados para enfrentar e superar adversidades.
Faça do projeto de um livro um objetivo em sua vida e trace etapas 
para chegar até a concretização deste objetivo. Dê um passo por vez, 
mas não pare, não deixe de sonhar, acreditar e reunir elementos para 
escrever sua obra autoral. 
Encerro deixando para vocês o trecho inicial da obra Quarto de 
Despejo, escrito por uma mulher que enfrentou todas as adversidades 
que a vida lhe proporcionou, mas seguiu em frente, mantendo o 
principal – o desejo de colocar no papel todas as suas angustias, 
sonhos e conquistas. 
Parabéns a todos que como Carolina Maria de Jesus, acreditam! 
“15 DE JULHO DE 1955 Aniversário da minha filha Vera Eunice. 
Eu pretendia comprar um par de sapatos para ela. Mas o custo dos 
gêneros alimentícios nos impede a realização dos nossos desejos. 
Atualmente somos escravos do custo de vida. Eu achei um par de 
sapatos no lixo, lavei e remendei para ela calçar” (Quarto de despejo 
– Carolina Maria 
https://www.livrosepessoas.com/wp-content/uploads/2015/07/20150710154634487345u.jpg
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CONCLUSÃO
Caros alunos e alunas, chegamos ao final deste nosso e-book onde 
pudemos, com o complemento das vídeoaulas, dividir conhecimentos 
sobre vários temas de interesse jornalístico.
Observamos como a tecnologia auxilia o jornalista que pretende 
trabalhar a comunicação por meio do mural digital, instalando esta 
importante ferramenta de interação em empresas, comércio, escolas, 
lojas, órgãos públicos, entidades, igrejas, clubes e demais locais que 
precisem de comunicação direta, objetiva e moderna.
Sobre jornais percebemos como é importante este veículo de 
comunicação e como o jornal pode se manter atual, atrativo e 
necessário nas cidades brasileiras. Vimos também como é possível 
levar este conteúdo para o formato digital, sem perdes suas principais 
características.
A revista é outro formato de produção jornalística que pode e deve 
ser colocada à disposição da sociedade e como é possível produzir 
uma revista local e regional, destacando valores de uma cidade ou 
região. E como torna-se um produto comercial altamente interessante.
E o formato livro, que muitos acreditavam ser destinado apenas aos 
grandes centros, mostrou-se viável em qualquer localidade. Basta ter 
uma boa história para contar e um jornalista interessado em ouvi-la 
e colocar no papel. Existem projetos e financiamentos que viabilizam 
a produção de livros biográficos, históricos e literários.
Por isso, nobre jornalista, descubra sua vocação, explore seus 
conhecimentos e faça a diferença em sua cidade, em sua região. 
Obrigado por nos acompanhar até aqui.
Boa sorte a todos!

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