Buscar

POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - SIMULADO DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA CARGOS DE INSPETOR E INVESTIGADOR

Prévia do material em texto

POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
 
SIMULADO DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA OS 
CARGOS DE INSPETOR E INVESTIGADOR 
PÓS-EDITAL 
 
CONHECIMENTOS GERAIS 
Língua Portuguesa 
 
Texto 1 – A armadilha iliberal 
 
Haveria mesmo um “iliberalismo” de esquerda? 
Ou “progressista”? É a pergunta que a revista The Economist fez dias 
atrás, com direito a chamada de capa. Por óbvio, a discussão não 
dizia respeito à esquerda hardcore, que gosta do modelo cubano. A 
questão é mais sofisticada. Ela diz respeito à corrosão de certos 
valores liberais que nos acostumamos a ver andando junto com as 
democracias e que historicamente foram defendidos pelo 
progressismo democrático. A liberdade de expressão era um deles. 
Outro era a recusa dos rituais de “purificação” da cultura. Coisas 
como a imensa fogueira com livros do Asterix e da Pocahontas, no 
Canadá, de que tivemos notícia por estes dias. 
O tema é interessante por muitas razões. Nos acostumamos, nos 
últimos anos, a associar o iliberalismo à “nova direita”, ligada a tipos 
como Trump e o primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán. Eram eles 
que andavam “corroendo a democracia por dentro”. Impondo “valores 
cristãos”, combatendo a “sexualização das crianças”, exalando um 
nacionalismo cafona, desafiando ritos institucionais e regras 
eleitorais. 
O conceito do iliberalismo apareceu em grande estilo nos anos 90. 
Fareed Zakaria sintetizou o tema em um artigo na revista Foreign 
Affairs, em 1997, dizendo que “a democracia está florescendo, o 
liberalismo constitucional não”. Estaríamos diante de um divórcio: 
fazem-se eleições, há partidos funcionando, mas um pouco abaixo 
da superfície vão se relativizando pilares essenciais das democracias 
liberais modernas: os freios e contrapesos, as garantias 
constitucionais, liberdade de pensamento, de reunião e de 
propriedade. 
Vale aqui uma distinção. A democracia diz respeito basicamente a 
“quem governa” e às relações de poder na sociedade. A estrutura 
política, partidos e a alternância dos governos. O liberalismo supõe 
um programa muito mais amplo. Tem a ver com a limitação 
do poder, indo mesmo muito além das garantias 
constitucionais. Ele supõe uma agenda não escrita de valores 
envolvendo o respeito à pluralidade de visões de mundo, a tolerância 
cultural e uma interferência apenas muito moderada do Estado na 
liberdade das pessoas, inclusive no terreno econômico. É 
precisamente nessas regras não escritas, da “civilidade liberal”, na 
boa definição que li, que estaria o calcanhar de Aquiles do 
iliberalismo progressista. Seus pecados são conhecidos. Aceita-se 
prender um jornalista “do outro lado”, sem perguntar muito o porquê; 
topa-se queimar livros e vetar trabalhos acadêmicos “incorretos”, 
banir divergentes da internet, desmonetizar canais que não dizem a 
“verdade”, trocar o nome de escolas e derrubar monumentos de 
quem não atende aos (atuais) padrões morais. A lista é longa; 
promover “cancelamentos”, humilhando pessoas das quais se 
discorda, impor padrões de fala, exigir reservas de mercado para 
certos grupos, alegar um direito vago a não sofrer “microagressões” 
em universidade e ambientes de trabalho. 
O traço mais característico do novo iliberalismo é sua aversão ao 
pluralismo de ideias, na política e na cultura. A própria dificuldade de 
aceitar a legitimidade dos novos conservadores tem muito disso. Ou 
a tendência a reduzir a complexidade social a algumas categorias 
simples associadas a grupos de identidade, seja de gênero, raça ou 
orientação sexual. Tempos atrás participei de um debate sobre 
“diversidade”. Achei bacana o sentido de inclusão que todos queriam 
fazer avançar. Lá pelas tantas perguntei se a diversidade de ideias 
também estava incluída, e na hora senti o mal-estar. O que 
significaria “gente que pensa diferente”? “O que estaria incluído aí?”. 
A conversa terminou por ali mesmo. O iliberalismo é ecumênico. Ele 
pode vir da direita ou da esquerda. 
Veja – Coluna Fernando Schüler – 22.09.2021 
 
1 
O texto, em sua organização, deve ser caracterizado como: 
 
(A) narrativo, porquanto conta um trecho da história do movimento 
chamado iliberalismo. 
(B) argumentativo, pois apresenta opiniões pessoais a respeito de 
um determinado tema. 
(C) expositivo, visto que se limita a informar acerca de fatos. 
(D) descritivo, pois traz as características do iliberalismo. 
(E) injuntivo, porquanto tem a intenção de instruir o leitor acerca do 
proceder a respeito da democracia. 
 
2 
O título dado ao texto refere-se ao fato de que: 
(A) as pessoas que se declaram, abertamente, de direita ou de 
esquerda, correm perigo por serem eminentemente iliberais. 
(B) o Estado brasileiro caminha de forma convergente ao chamado 
iliberalismo. 
(C) a autodeclaração iliberalista faz os indivíduos correrem riscos, 
como cancelamentos, humilhações, imposições nos padrões de fala, 
entre outros. 
(D) há perigo em se pressupor que as ideias iliberais só partam de 
um lado da bipolaridade política esquerda-direita. 
(E) os indivíduos correm riscos ao praticarem condutas iliberalistas. 
 
3 
Leia o trecho a seguir. 
 
“O traço mais característico do novo iliberalismo é sua aversão ao 
pluralismo de ideias, na política e na cultura.” 
Assinale a alternativa que apresenta um fragmento que NÃO 
caracterize ou exemplifique a afirmação acima. 
 
 
(A) “A democracia diz respeito basicamente a ‘quem governa’ e às 
relações de poder na sociedade. A estrutura política, partidos e a 
alternância dos governos.” 
(B) “O conceito do iliberalismo apareceu em grande estilo nos anos 
90. Fareed Zakaria sintetizou o tema em um artigo na revista Foreign 
Affairs, em 1997, dizendo que ‘a democracia está florescendo, o 
liberalismo constitucional não’.” 
(C) “Lá pelas tantas perguntei se a diversidade de ideias também 
estava incluída, e na hora senti o mal-estar. O que significaria ‘gente 
que pensa diferente’? ‘O que estaria incluído aí?’. A conversa 
terminou por ali mesmo.” 
(D) “A própria dificuldade de aceitar a legitimidade dos novos 
conservadores tem muito disso. Ou a tendência a reduzir a 
complexidade social a algumas categorias simples associadas a 
grupos de identidade, seja de gênero, raça ou orientação sexual.” 
(E) “Estaríamos diante de um divórcio: fazem-se eleições, há partidos 
funcionando, mas um pouco abaixo da superfície vão se relativizando 
pilares essenciais das democracias liberais modernas: os freios e 
contrapesos, as garantias constitucionais, liberdade de pensamento, 
de reunião e de propriedade”. 
 
4 
Leia o excerto a seguir. 
 
“Nos acostumamos, nos últimos anos, a associar o iliberalismo à 
“nova direita”, ligada a tipos como Trump e o primeiro-ministro 
húngaro Viktor Orbán. Eram eles que andavam ‘corroendo a 
democracia por dentro’. Impondo ‘valores cristãos’, combatendo a 
‘sexualização das crianças’, exalando um nacionalismo cafona, 
desafiando ritos institucionais e regras eleitorais.” 
 
Do trecho, é possível inferir que o autor considera que: 
 
(A) o iliberalismo não deve ser associado somente à “nova direita”. 
(B) figuras como Trump e o primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán 
não combatiam, de fato, condutas como a “sexualização das 
crianças”. 
(C) eram pessoas como Trump e o primeiro-ministro húngaro Viktor 
Orbán que corroíam, com efeito, a democracia “por dentro”. 
(D) as figuras políticas Trump e o primeiro-ministro húngaro Viktor 
Orbán promovem um nacionalismo brega e quebram regras 
eleitorais. 
(E) a imposição de valores cristãos se equipara à sexualização de 
crianças. 
 
5 
Assinale a opção em que NÃO há a possibilidade de se trocar o ponto 
final, entre os períodos, pelo sinal de dois-pontos. 
 
(A) “O tema é interessante por muitas razões. Nos acostumamos, nos 
últimos anos, a associar o iliberalismo à ‘nova direita’” 
(B) “Vale aqui uma distinção. A democracia diz respeito basicamente 
a‘quem governa’ e às relações de poder na sociedade.” 
(C) “A própria dificuldade de aceitar a legitimidade dos novos 
conservadores tem muito disso. Ou a tendência a reduzir a 
complexidade social a algumas categorias simples associadas a 
grupos de identidade, seja de gênero, raça ou orientação sexual.” 
(D) “O iliberalismo é ecumênico. Ele pode vir da direita ou da 
esquerda.” 
(E) “Seus pecados são conhecidos. Aceita-se prender um jornalista 
“do outro lado”, sem perguntar muito o porquê; topa-se queimar livros 
e vetar trabalhos acadêmicos ‘incorretos’...” 
 
6 
Os vocábulos retirados do texto cuja acentuação gráfica pode ser 
justificada simultaneamente por duas regras são: 
 
(A) Canadá/porquê. 
(B) gênero/política. 
(C) aí/incluído. 
(D) lá/é. 
(E) óbvio/divórcio. 
 
7 
No trecho “Tempos atrás participei de um debate sobre ‘diversidade’, 
as aspas foram utilizadas, na palavra em destaque, para: 
 
 
(A) enfatizar o tipo de debate de que o autor participara. 
(B) marcar um discurso alheio. 
(C) apresentar um neologismo. 
(D) introduzir uma ironia. 
(E) marcar um arcaísmo. 
 
8 
“A democracia diz respeito basicamente a ‘quem governa’ e às 
relações de poder na sociedade.” 
 
Nesse texto, o autor emprega corretamente o acento grave indicativo 
da crase; a frase abaixo em que esse mesmo acento está empregado 
de forma adequada é: 
 
 
(A) Digo à todo indivíduo com o qual me deparo: você é incrível! 
(B) O inspetor da PCERJ foi à Niterói iniciar seu plantão. 
(C) A polícia é vital à segurança pública e à paz social. 
(D) O candidato, irresponsável, deixou uma questão à 
fazer. 
(E) Devemos nossa tranquilidade à instituições como a 
PCERJ. 
9 
“Ninguém faz bem o que faz contra a vontade, mesmo que seja bom 
o que faz.” 
Santo Agostinho 
 
Assinale a alternativa que NÃO reescreve, mantendo-se o sentido 
original, o pensamento de Santo Agostinho. 
 
(A) “Ninguém faz bem o que faz contra a vontade, ainda que seja 
bom o que faz.” 
(B) “Ninguém faz bem o que faz contra a vontade, muito embora seja 
bom o que faz.” 
(C) “Ninguém faz bem o que faz contra a vontade, posto que seja 
bom o que faz.” 
(D) “Ninguém faz bem o que faz contra a vontade, conquanto seja 
bom o que faz.” 
(E) “Ninguém faz bem o que faz contra a vontade, porquanto seja 
bom o que faz.” 
 
10 
“Ninguém faz bem o que faz contra a vontade, mesmo que seja bom 
o que faz.” Santo Agostinho 
 
 
Ao externar esse pensamento, Santo Agostinho quis dizer que as 
pessoas devem: 
 
 
(A) Fazer bem aquilo que desejam. 
(B) Fazer as coisas com vontade de fazê-las. 
(C) Fazer aquilo que bem desejam. 
(D) Fazer o bem a todas as pessoas. 
(E) Fazer bem aquilo que se faz de bom. 
 
 
TEXTO 2 – O futuro da medicina 
 
O avanço da tecnologia afetou as bases de boa parte das profissões. 
As vítimas se contam às dezenas e incluem músicos, jornalistas, 
carteiros etc. Um ofício relativamente poupado até aqui é o de 
médico. Até aqui. A crer no médico e "geek" Eric Topol, autor de "The 
Patient Will See You Now" (o paciente vai vê-lo agora), está no forno 
uma revolução da qual os médicos não escaparão, mas que terá 
impactos positivos para os pacientes. 
Para Topol, o futuro está nos smartphones. O autor nos coloca a par 
de incríveis tecnologias, já disponíveis ou muito próximas disso, que 
terão grande impacto sobre a medicina. Já é possível, por exemplo, 
fotografar pintas suspeitas e enviar as imagens a um algoritmo que 
as analisa e diz com mais precisão do que um dermatologista se a 
mancha é inofensiva ou se pode ser um câncer, o que exige medidas 
adicionais. Está para chegar ao mercado um apetrecho que 
transforma o celular num verdadeiro laboratório de análises clínicas, 
realizando mais de 50 exames a uma fração do custo atual. Também 
é possível, adquirindo lentes que custam centavos, transformar o 
smartphone num supermicroscópio que permite fazer diagnósticos 
ainda mais sofisticados. 
Tudo isso aliado à democratização do conhecimento, diz Topol, fará 
com que as pessoas administrem mais sua própria saúde, recorrendo 
ao médico em menor número de ocasiões e de preferência por via 
eletrônica. É o momento, assegura o autor, de ampliar a autonomia 
do paciente e abandonar o paternalismo que desde Hipócrates 
assombra a medicina. 
Concordando com as linhas gerais do pensamento de Topol, mas 
acho que, como todo entusiasta da tecnologia, ele provavelmente 
exagera. 
Acho improvável, por exemplo, que os hospitais caminhem para uma 
rápida extinção. Dando algum desconto para as previsões, "The 
Patient..." é uma 
excelente leitura para os interessados nas transformações da 
medicina. 
Folha de São Paulo online – Coluna Hélio Schwartsman – 
17/01/2016. 
 
11 
Segundo o autor citado no texto 2, o futuro da medicina: 
 
(A) encontra-se ameaçado pela alta tecnologia. 
(B) deverá contar com o apoio positivo da tecnologia. 
(C) levará à extinção da profissão de médico. 
(D) independerá completamente dos médicos. 
 
(E) estará limitado aos meios eletrônicos. 
 
 
12 
“O avanço da tecnologia afetou as bases de boa parte das profissões. 
As vítimas se contam às dezenas e incluem músicos, jornalistas, 
carteiros etc.”. 
Sobre os componentes desse segmento do texto 2, a afirmativa 
adequada é: 
 
(A) muitas profissões já foram perturbadas pelos avanços 
tecnológicos. 
(B) o emprego do vocábulo “vítimas” mostra que algumas profissões 
já foram extintas. 
(C) as profissões mais afetadas foram as que oferecem serviços ao 
público. 
(D) o segundo período enumera as dezenas de profissões afetadas. 
(E) a forma “etc” mostra a desvalorização das profissões citadas. 
 
13 
“Um ofício relativamente poupado até aqui é o de médico. Até aqui.” 
 
Sobre esse segmento do texto 2, é correto afirmar que: 
 
(A) o advérbio “relativamente” mostra que a profissão de médico 
ainda não foi atingida pela revolução; 
(B) a expressão “até aqui” tem valor semântico de lugar; 
(C) a expressão “até aqui” é repetida a fim de destacar-se um 
elemento importante no texto; 
(D) o pronome “o” refere-se a “médico”; 
(E) o vocábulo “um” em “um ofício” tem noção de quantidade. 
 
 
14 
O segundo, o terceiro e o quarto parágrafos do texto 2 têm a função 
de: 
 
(A) demonstrar que a revolução já é uma realidade; 
(B) criticar os exageros do livro indicado; 
(C) resumir a obra de Topol; 
(D) justificar o título do livro referido; 
(E) explicitar o conteúdo do livro citado. 
 
 
15 
“As vítimas se contam às dezenas e incluem músicos, jornalistas, 
carteiros etc”. 
Nesse segmento do texto 2, o vocábulo SE apresenta a função de 
partícula apassivadora; a frase abaixo em que as duas ocorrências 
desse vocábulo exercem essa mesma função é: 
 
(A) “Para o homem só há três acontecimentos: nascer, viver e morrer. 
Ele não se sente nascer, sofre morrendo e se esquece de viver” (La 
Bruyère); 
(B) “O açúcar seria caro demais se não se fizesse cultivar a planta 
que o produz por escravos” (Montesquieu); 
(C) “E se Adão não tivesse resistido àquela operação nas costelas a 
que tão prematuramente se submeteu?” (Eno T. Wanke); 
(D) “O amor é uma arte que nunca se aprende e sempre se sabe” 
(Galdós); 
(E) “Não ensines a teu aluno toda a tua ciência. Quem sabe se ele 
amanhã não se tornará o teu inimigo”? (Saadi). 
 
16 
Observe a charge a seguir: 
 
 
 
Sobre essa charge, a afirmação INADEQUADA é: 
 
(A) a posição dos dois quadrinhos não pode ser trocada. 
(B) a finalidade básica da charge é a crítica às autoridades. 
(C) o termo “o” do segundo quadrinho é explicado no primeiro. 
(D) as formas verbais dos cartazes referem-se a sujeitos diferentes. 
(E) o termo “1º de Maio” só se refere ao primeiro quadrinho. 
 
 
17 
NÃO se opõem na charge: 
 
(A) uso de sapatos X andar descalço. 
(B) chapéu X cabeleira. 
(C) trabalhador X manifestante. 
(D) rosto barbeado X rosto barbado. 
(E) sorriso X preocupação. Rodrigo Batista 
 
 
18 
Os vocábulos formadossem a ajuda de um sufixo são: 
 
(A) trabalho e imposto. 
(B) imposto e empobrecer. 
 
(C) empobrecer e enobrecer. 
(D) enobrecer e corrupção. 
(E) corrupção e inflação. 
 
19 
A frase abaixo em que a concordância do verbo sublinhado 
apresenta incorreção é: 
 
(A) 50% do grupo receberam a vacina. 
(B) Um terço dos capixabas já foi vacinado. 
(C) A maior parte dos turistas também foi vacinada. 
(D) Chegaram um milhão do total adquirido esta semana. 
(E) Mais da metade dos capixabas vai receber a segunda dose. 
 
20 
Assinale o pensamento que mostra uma estruturação paralelística. 
 
(A) “O que está indo errado é que a economia está indo melhor do 
que se esperava.” 
(B) “A cópia só é válida quando é melhor do que o original.” 
(C) “Algum dinheiro evita preocupações. Muito dinheiro as atrai.” 
(D) “Essa história de desemprego é história de quem não tem o que 
fazer.” 
(E) “Há pessoas que, para subirem, descem tanto, que a vitória se 
transforma em derrota.” 
 
Texto 3 – Notícia 
 
“Cientistas americanos apresentaram ontem resultados preliminares 
de uma vacina contra o fumo. O medicamento impede que a nicotina 
– componente do tabaco que causa dependência – chegue ao 
cérebro. Em ratos vacinados, até 64% da nicotina injetada deixou de 
atingir o sistema nervoso central.” (O Globo, 18/12/99) 
 
21 
O modelo do texto 3 mostra uma estrutura caracterizada por: 
 
(A) exposição de uma série de fatos em sequência cronológica. 
(B) apresentação de um conjunto de informações. 
(C) defesa de uma ideia apoiada em argumentos. 
(D) indicação de um fato com sua respectiva consequência. 
(E) demonstração de uma tese por meio de evidências. 
 
22 
Um dado, que está presente no texto 3, sobre a descoberta 
anunciada é: 
 
(A) a razão de a nicotina causar mal aos fumantes; 
(B) as várias consequências do uso da nicotina no organismo; 
 
(C) a indicação do tempo gasto nas pesquisas; 
(D) a certeza de a vacina ser altamente eficiente; 
(E) a demonstração da total eficiência da vacina nos ratos. 
 
 
23 
No texto 3, o segmento “componente do tabaco que causa 
dependência” tem a função de: 
 
(A) explicar o funcionamento da nicotina no organismo; 
(B) indicar o significado do vocábulo “nicotina”; 
(C) mostrar o perigo do uso da nicotina; 
(D) modificar uma informação dada anteriormente; 
(E) alertar o leitor para o risco do fumo para a saúde. 
 
24 
“Em ratos vacinados, até 64% da nicotina injetada deixou de atingir 
o sistema nervoso central.” 
A forma modificada desse segmento do texto 3 que altera o seu 
sentido original é: 
 
 
(A) Até 64% da nicotina injetada deixou de atingir o sistema nervoso 
central, em ratos vacinados; 
(B) Até 64% da nicotina injetada em ratos vacinados deixou de atingir 
o sistema nervoso central; 
(C) Até 64% da nicotina injetada deixou de atingir, em ratos 
vacinados, o sistema nervoso central; 
(D) O sistema nervoso central deixou de ser atingido por até 64% da 
nicotina injetada em ratos vacinados; 
(E) O sistema nervoso central deixou de ser atingido pela nicotina 
injetada em até 64% dos ratos vacinados. 
 
 
25 
“Saiba identificar notícias que possam ser falsas: 
Procure sinais que te ajudem a julgar se uma informação é falsa. Por 
exemplo: mensagens encaminhadas de fonte desconhecida, falta de 
evidências ou mensagens cujo único propósito é o de irritar e incitar 
violência. Estes são sinais claros de que uma história pode não ser 
verdadeira. E lembre-se: fotos, vídeos e até áudios podem ser 
manipulados para tentar te enganar”. 
Esse texto, de uma campanha do WhatsApp contra notícias falsas, 
mostra um erro de norma culta no seguinte termo sublinhado: 
 
(A) o pronome “te” deveria ser substituído por “o”; 
(B) “fonte desconhecida” é redundância desnecessária; 
(C) “cujo único propósito é” deveria passar para o plural; 
(D) “Estes” deveria ser substituído por “Esses”; 
(E) “podem ser” deveria ser alterado para “são”. 
 
26 
“Saiba identificar notícias que possam ser falsas”. 
Sobre as formas verbais desse segmento que serve de título para o 
texto da questão anterior, é correto afirmar que: 
 
(A) a forma do imperativo “saiba” indica ordem; 
(B) a forma “saiba identificar” indica a existência de duas orações; 
(C) a forma “possam ser” indica a existência de duas orações; 
(D) as formas “identificar” e “ser” mostram modos diferentes; 
(E) a forma do subjuntivo “possam” indica um fato possível. 
 
27 
Uma das dicas, publicadas na revista Ela (outubro 2018), sobre 
manter a geladeira organizada dizia: “Potes de vidro transparentes e 
em formatos quadrado e retangular, para encaixar nos cantos da 
geladeira, são os melhores para guardar as sobras de comida. Ainda 
indico etiquetar o que tem em cada um e o dia em que foi preparado”. 
(Márcia Primo Costa) 
 
A mesma estrutura do segmento “formatos quadrado e retangular” 
aparece em: 
 
(A) alunos da primeira e segunda séries; 
(B) as bandeiras brasileira e francesa; 
(C) livros úteis e interessantes; 
(D) atores e atrizes participantes; 
(E) bons vinhos e licores. 
 
28 
Em artigo sobre dificuldades do comércio varejista, aparece o 
seguinte texto: 
 
“Numa via que corre em paralelo ao caminho das recuperações 
judiciais e extrajudiciais, pequenas e médias empresas com 
dificuldade de caixa estão 
recorrendo à sua rede de fornecedores como fonte de financiamento 
para manutenção de suas atividades. Alternativa à inadimplência 
formal ou mesmo ao fechamento do negócio, esses comerciantes 
discutem diretamente com a indústria o parcelamento ou o adiamento 
de pagamentos e débitos”. 
 
 
Tratando-se de artigo sobre o comércio, é natural que traga 
vocábulos e expressões desse campo semântico específico. A 
alternativa abaixo que NÃO confirma essa afirmação é: 
 
(A) corre em paralelo; 
(B) recuperações judiciais e extrajudiciais; 
(C) dificuldade de caixa; 
(D) inadimplência formal; 
(E) pagamentos e débitos. 
 
29 
“Por lei, as empresas não podem fazer restrições por gênero, raça, 
idade ou qualquer tópico que gere discriminação, conforme a 
Constituição. Por isso, a injustiça na seleção geralmente é velada”. 
 
Desse fragmento, retirado de um texto jornalístico sobre seleção de 
candidatos a emprego, infere-se que: 
 
(A) as empresas respeitam os princípios constitucionais; 
(B) algumas discriminações podem ser aceitas sem penalidades; 
(C) os contratantes temem as penas legais contra a discriminação; 
(D) é razoavelmente justo haver discriminação em alguns casos; 
(E) as restrições por gênero, raça e idade estão citadas em ordem de 
importância. 
 
30 
“Políticos que não conseguiram se reeleger mergulham em suas 
reflexões sobre os motivos que os levaram à derrota. Algo os une: a 
surpresa com o resultado e a crença de que os institutos de pesquisa 
falharam em medir o desejo por renovação expresso pelos eleitores 
nas urnas”. 
(O Globo, 14/10/2018). 
 
As reflexões que unem os derrotados mostram: 
 
(A) a não inclusão de razões pessoais para o fracasso; 
(B) a conscientização prévia da possibilidade de derrota; 
(C) a atribuição da derrota aos institutos de pesquisa; 
(D) a amargura diante da ingratidão dos eleitores; 
(E) o medo da onda renovadora da população.

Continue navegando