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Questionário Antimicrobianos 2: A melhora do espectro na comparação das quinolonas de 3a geração com aquelas de 2a geração grupo B ocorre pela maior ação bactericida contra qual microorganismo? • a. Pneumococo – Quando eu caminho da Quinolona de 2ª para a de 3ª geração a gente melhora o espectro para o pneumococo, tanto que as Quinolonas de 3ª e 4ª geração são chamadas Quinolonas Respiratórias. b. Meningococo c. Clostridium d. Gonococo e. Estafilococo MRSA • • • • Em uma endocardite subaguda por Estreptococos viridans o aminoglicosídeo deve ser mantido por quanto tempo? • • • • • a. 5 semanas b. 6 semanas c. 4 semanas d. 3 semanas e. 2 semanas – O tratamento total da endocardite leva mais ou menos 6 semanas, só que o aminoglicosídeo é muito tóxico e por isso devemos mantê-lo pelo menor tempo possível. Como é uma Endocardite por Estrepto, a gente deve manter o aminoglicosídeo apenas nas semanas iniciais de tratamento, na 1º e 2ª semanas. Se fosse Enterococo no lugar do Estreptococo viridans, para ele teríamos que manter durante todo o período do tratamento o aminoglicosídeo, mas como Estrepto é só nas semanas iniciais de tratamento. Qual das características abaixo faz parte da ototoxicidade por aminoglicosídeos? • a. É reduzida quando associada a furosemida – FUROSEMIDA POR SI SÓ JÁ É OTOTÓXICA. • • • b. É reversível – NÃO, A OTOTOXICIDADE É IRREVERSÍVEL. c. É unilateral – NORMALMENTE É BILATERAL. d. Ocorre devido a aumento da viscosidade da endolinfa – ELA AUMENTA POR ALTERAÇÃO DO EQUILÍBRIO IÔNICO DA ENDOLINFA. e. Aumenta com o tempo de uso • Revisão Antimicrobianos: Qual o aminoglicosídeo de maior potência bactericida? • • • a. Gentamicina b. Neomicina c. Amicacina – É o mais potente,sendo aminoglicosídeo semi sintético, os outros são naturais. • • d. Estreptomicina e. Tobramicina Qual infecção ocasionada por qual dos microorganismo abaixo não pode ser tratada pela vancomicina, pois esta não atinge seu sítio de ação nesta espécie bacteriana? • • • • • a. Clostridium difficile b. Streptococos pneumoniae c. Enterococos faecium d. Stafilococos aureus e. Eschericcia coli – a Vanco não consegue atingir o seu sítio de ação, que é o petptídeoglicano, nos gram negativos, ela não consegue atravessar a membrana lipopolissacarídea externa de gram negativo, ela só atua em gram positivo, e desses cinco o único gram negativo é a Eschericcia coli. Caso Clínico 1 • Paciente 72 anos, feminina, com quadro de tosse produtiva, febre alta, e dispneia aos esforços há cerca de 5 dias. Já é portadora de HAS com cardiopatia hipertensiva com insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada e insuficiência renal crônica em tratamento conservador. Ao exame físico: Lúcida e orientada. Corada, hidratada, acianótica, anictérica. PA 120x80 mmHg, FC 66 bpm, FR 30 irpm, TAX 38°C. ACV RCR 2T, BNF, sem sopros. Ap Resp MVUA com estertores crepitantes em base e 1/3 médio do hemitórax direito. Abd e MMII sem alterações. Na unidade de emergência realiza hemograma que apresenta 14.000 leucócitos com desvio à esquerda. RX de tórax abaixo. Observamos uma consolidação pegando a base, todo terço inferior até a base do terço médio do pulmão direito da nossa paciente. Se apresenta na unidade com uma pneumonia bacteriana adquirida na comunidade. Dentre as condutas abaixo, qual delas deverá ser prescrita para a paciente? • • a) Internação hospitalar e prescrição de Moxifloxacino – fazer Quinolona de 4ª geração por via venosa para a paciente. b) Internação hospitalar e prescrição de Ceftriaxone + Gentamicina - Na letra B o que está errado é a Gentamicina (que é um aminoglicosideo) onde era pra estar um macrolideo, azitromicina ou claritromicina. Por que a gente faz essa associação ceftriaxone + azitromicina ou claritromicina? Ceftriaxona pega o microorganismo típico, o pneumococo, e a azitromicina ou claritromicina pega o atípico, o microplasma, clamídia... Outro motivo de não fazer gentamicina é que esse fármaco é nefrotóxico e a paciente é renal crônica. • • c) Tratamento ambulatorial com Amoxicilina + Clavulanato - Na letra C está errado o tratamento ambulatorial, o certo é internação hospitalar pois ela tem ao menos dois pontos na escala de CURB-65, tendo que considerar o tratamento internado,se fosse uma pneumonia leve com apenas um ponto ou zero pontos nessa escala estaria certo tratar ambulatorialmente e a amoxilina + clavulanato seria uma boa opção para o tratamento farmacológico ambulatorial. d) Tratamento ambulatorial com Ciprofloxacino + Claritromicina - Na letra D está errado o tratamento ambulatorial, o certo é internação hospitalar pois ela tem ao menos dois pontos na escala de CURB-65 e está errado o Ciprofloxacino pois ele é uma quinolona de 2ª geração, não tem espectro para o pneumococo, logo não serve para infecções no trato respiratório. Ao avaliá-la pelo critério de CURB-65: - ela já tem 1 ponto no critério de gravidade por ter mais de 65 anos - C: zero pontos pois está lúcida e orienta - U: não temos dados porém a dela provavelmente é elevada porque ela tem insuficiência renal crônica em tratamento conservador. - R: 1 ponto, pois a frequência respiratória dela ta em 30 irpm e o critério é maior ou igual a 30irpm. - B: zero pois a pressão está normal. A paciente tem pelo menos dois pontos, a FR de 30 irpm e a idade maior de 65 anos,segundo o fluxograma acima devemos considerar tratamento hospitalar, então devemos optar por interná-la. Sobre o tratamento: como ela é uma internada não-grave,opta ou pela associação de beta- lactâmico + macrolídeo. Nesse caso, o beta-lactâmico seria uma cefalosporina de 3ª geração, Ceftriaxona com Azitromicina ou Claritromicina (Macrolídeo),ou então uma quinolona teria que ser uma que pega trato respiratório de 3ª ou 4ª geração, Levofloxacino ou Moxifloxacino. No esquema anti-hipertensivo desta paciente está prescrito a associação de Anlodipina + Atenolol. Durante o exame físico da paciente, apesar de febril, está mantendo a frequência cardíaca em 66 bpm (o que não é o habitual , a febre é o aumento da FC).Sobre o efeito da anlodipina sobre o cronotropismo negativo do Atenolol, marque a correta: a) A anlodipina potencializa o efeito cronotrópico negativo do atenolol b) A anlodipina diminui o efeito cronotrópico negativo do atenolol c) A anlodipina não altera o efeito cronotrópico negativo do atenolol - Pois a anlodipina é um bloqueador de canal de cálcio diidropiridínico (Anlodipina, Nifedipina e Nimodipino). Os bloqueadores de canal de cálcio que tem efeito cronotrópico negativo, que potencializariam o efeito cronotrópico negativo do atenolol, são os não-diidro, o Verapamil e o Diltiazem. A anlodipina é um bloqueador de canal de cálcio diidropiridinico de liberação lenta, ela não faz taquicardia reflexa. Só a nifedipina de liberação rápida teria efeito de taquicardia reflexa. d) A anlodipina só altera o efeito cronotrópico do atenolol em pacientes com disfunção sistólica do ventrículo esquerdo A paciente evoluiu com piora do quadro febril e realizou novo RX de tórax, abaixo, que demonstra surgimento de abscesso pulmonar, qual antibiótico a ser associado ao esquema inicial? a) Amicacina - Aminoglicosídeo b) Clindamicina - A paciente tinha uma consolidação, infiltrado alveolar, na base do terço médio direito que evoluiu, ela fez uma piora no quadro febril e conforme o raio-x abaixo tem a formação de um abscesso pulmonar, uma cavidade que tem ar em nível hidroaéreo e líquido na parte de baixo. Está usando Avalox, está usando Moxifloxacino,mas pela formação do abscesso tem que adicionar outro ATB ao tratamento. Quando a gente forma abscesso, coleção hídrica como está no RX, provavelmente há uma infecção polibacteriana com uma infecção conjunta por microorganismo anaeróbios. A Clindamicina está envolvida na escolha para esse tipo de situação pois ela tem uma excelente capacidade anaerobicida. Além disso, ela acumula bem em abscessos e age muito bem em secreção purulenta onde tem pH baixo. c) Polimixina d) Teicoplamina – Glicopepitídeo da mesma classe da Vancomicina Lincosamidas• • Clindamicina – a classe chama Lincosamida e o ATB chama Clindamicina. Derivado de aminoácido ácido trans-L-4-n-propiligrínico – ATB sintético Mecanismo de Ação Lincosamidas: • • Bacteriostático - É um inibidor de síntese proteica. Liga-se à unidade 50S do Ribossomo suprimindo a síntese proteica. Quando se liga a subunidade 50S impede que o peptídeo em formação receba o aminoácido seguinte e impede a proteína de ser formada, porque a mudança de local do sítio aceptor do aminoácido, chega o RNA transportador trazendo o polipeptídeo e o aminoácido seguinte não é incorporado ao polipeptídeo e não vai ser formada a proteína. • Mecanismo de ação semelhante aos macrolídeos – Claritromicina e a Azitromicina. O cloranfenicol foi um ATB muito usado no passado e não é mais usado sistemicamente e indiscriminadamente pois ele tem risco de causar aplasia medular. Resistência : • Modificação dos Ribossomos (metilases) - Modifica o dos Ribossomos através da mutação de enzimas chamadas metilases, mudando a conformação do ribossomo impedindo o ATB de se ligar ao sitio de ação. É o principal mecanismo de resistência. • São menos susceptíveis a bombas de efluxo do que os macrolídeos - Apesar de serem antibióticos que precisam agir dentro da célula, dentro do ribossomo, eles ficam susceptíveis mas pouco susceptíveis a bomba de efluxo, menos que o macrolídeo que age no mesmo local. Espectro de Ação : • • Gram + O espectro de ação é estreito, basicamente ela só serve para gram + e muito bem. Estreptococos (pneumoniae, viridans e pyogenes que é de pele como piodermite e de via aérea alta como amigdalite) – todos os tipos, até mesmo o pneumococo. Estáfilo, até mesmo alguns MRSA, alguns sensível a meticilina Muito ativos contra anaeróbios incluindo B. fragilis - (infecção intra-abdominal) Enterococos é um Gram + mas que não são sensíveis - É de difícil tratamento que normalmente requer associação ATB de glicopeptideo (vanco) com aminoglicosideo (genta). • • • • Segunda linha para pneumocistose e toxoplasmose - A primeira linha é sulfonamida. Para pneumocistose é Sulfametoxazol + trimetoprima (Bactrin), e para Toxoplasmose é Sulfadiazina + Pirimetamina. A clindamicina é usado quando o pct tem alergia a sulfa ou tem deficiência de G6PD e quando faz sulfa faz hemólise. • Não serve muito para Gram – Farmacocinética: • • Absorção oral quase completa VO, IM e IV e tópica - o que causa acne? As infecções da acne normalmente tem envolvimento, infecção secundária por Staphylo e Strepto da pele, cuja clindamicina pega muito bem. Por isso existe muita clindamicina em gel para passar na pele para o tratamento da acne. • • Não atinge boa concentração no LCS. Acumula bem em abscessos - Age muito bem onde tem secreção purulenta, no pH baixo. Ao contrário dos aminoglicosideos que precisam de um pH neutro pra agir. É metabolizada no fígado. • • Excretada apenas 10% inalterada na urina - Logo, não serve para o trato urinário, além de não ter espectro pra gram-negativo, que são as que geralmente causam infecção no trato urinário, como as enterobactérias. Indicações: • • Infecções cutâneas e de tecidos moles - (Streptococcus pyogenes, staphylococcus aureus e s. epidermidis, cujo espectro da clindamicina é muito bom por todas as vias) Abscesso pulmonar e Abscessos - muito bom pra abcessos em geral, abcesso pulmonar tem anaeróbio envolvido,vamos usar clinda normalmente em associação com um tto poliantibiotico para infecções polibacterianas incluindo anaeróbios. • • PNM e Infecções pleurais Alternativa a beta-lactâmicos – pra paciente que tem alergia a penicilina, cefalosporina e a beta-lactâmicos, infecção de pele, infecção de via aérea alta, profilaxia de endocardite, pode ser usada Clindamicina como alternativa terapêutica. • • • Pneumocistose e Toxoplasmose – é a segunda opção, a primeira é o uso de Sulfas. Anaeróbios (Em combinação) Babesioses – é uma doença de cachorro, Babesia canis, que a Clindamicina é a primeira opção terapêutica. Efeitos adversos: Quase não tem efeito adverso, normalmente é bem tolerado. • • Diarréia Colite pseudomembranosa - Ela causa seleção dos anaeróbios do cólon, já que ela não tem efeito sobre o anaeróbio causador da colite pseudomembranosa que é o Clostridium difficile, para ele o tratamento é a associação de Vancomicina + Metronidazol. A Clinda apesar de ser um anaerobicida, ela não é capaz de tratar adequadamente o Clostridium difficile, podendo selecioná-lo e assim causar a colite pseudomembranosa, que é aquela diarréia profusa em grande quantidade durante ou após o uso do ATB, diarréia disabsortiva que formam pseudomembrana no cólon. Exantema – Quando dá alergia pode causar exantema cutâneo, mas a maioria dos fármacos quando dão reação alérgica o sítio principal de manifestação é a pele, que é chamado de farmacodermia. • • Potencializa bloqueadores neuromusculares - Por exemplo, pct está em ventilação mecânica usando rocurônio, cis-atracúrio, bloqueado, se está usando clindamicina vai ser mais difícil esse desmame ventilatorio, vai ser pior fazer esse paciente retomar a ventilação espontânea já que a Clindamicina potencializa a ação dessas drogas. Referências: • • Goodman: Capítulo 55 Walter Tavares: Capítulo 18 Carbapenêmicos e Monobactâmicos: Após 7 dias de tratamento das condições clínicas anteriores, evoluiu com piora, com choque séptico, foi internada em UTI com suporte ventilatório e hemodinâmico e recebeu antibioticoterapia venosa. Apresentou durante o uso crise convulsiva. Qual foi provavelmente o antibiótico prescrito? Ela evoluiu o esquema antibiótico, ela vinha com Moxi e Clinda, piorou, passou um esquema acima e convulsionou. a) Tetraciclina b) Vancomicina – a vanco n o causa convuls o. c) Meropenem - Diminui o limiar convulsivante, pode dar crise convulsiva. É uma classe de antibiótico chamada carbapenêmicos. d) Cloranfenicol Carbapenêmico S o a classe de antibióticos que tem de maior espectro, ou seja, capaz de pegar o maior número de bactérias. Quase o último degrau para tratamento de infec es graves de origem hospitalar. É um beta-lactamico muito potente, tem aquele anel em comum com a Penicilina, Cefalosporina, Monobactâmico, é muito potente, feito sinteticamente para ter o anel beta-lactamico altamente resistente a hidrólise por betalactamases e ligar com alta afinidade a PBP, se liga qualquer tipo de PBP mesmo que ela tenha modificado o peso molecular. Ele resiste às betalactamases, ele vence os principais mecanismos de resistência bacterianos aos beta-lactamicos, e se torna um antibiótico muito potente. São antibióticos relativamente novos. • • Descobertos no Jap o em 1972 por Hata e Col. Na Universidade de Kitasato Pesquisas destinadas à identifica o de substâncias inibidoras de beta- lactamases, ou seja, substâncias que resistissem as beta-lactamases e deixasse o antibiótico agir. Os inibidores de beta-lactamases que conhecemos s o Amoxilina com inibidor de beta-lactamase Clavulanato, Ácido Clavulônico, Ampicilina com Sulbactan Tazobactama. e Piperacilina com • • Culturas de Streptomyces continham substâncias com essa propriedade – grande capacidade antibiótica e resistência as beta-lactamases. 1976, pesquisadores do Laboratório Merck Sharp & Dohme, e da Companhia Espanhola da Penicilina e Antibióticos, anunciaram a descoberta de um novo antibiótico, denominado tienamicina, obtido de culturas do Streptomyces cattleya. • • O isolamento do agente ativo mostrou-se inicialmente difícil, devido à sua instabilidade química; mas, em 1978, Albers-Schomberg e col. Puderam estabelecer que a estrutura da tienamicina era a de uma carbapenema. Produzidas por via sintética, em laboratório. • A presen a do anel carbapeêmico, ligado ao anel beta-lactâmico, que dá a essas substâncias a propriedade de agir com elevada potência contra microrganismos gram-positivos e gram-negativos. • • Grande estabilidade na presen a da maioria das beta-lactamases produzidas por microrganismos bacterianos. Tienamicina é um antibiótico muito instável quimicamente, tanto em solu es concentradascomo no estado sólido, o que impede sua utiliza o clínica. Pesquisas para estabiliza o da substância chegaram a um composto sintético – Imipenem. • A estrutura química essencial do Carbapenêmico é o anel A, que é o anel beta- lactâmico, comum a Penicilina, Cefalospirina e Monobactâmicos (astreonan). O anel carbapenêmico é pentacíclico, ligado ao anel beta-lactâmico, que dá ao anel beta- lactâmico uma grande capacidade de resistir as beta-lactamases. Anel betalactâmico e Anel Carbapenêmico pentacíclico, dando estabilidade e resistência a ação de betalactamases,dando estabilidade ao composto antibiótico e uma grande potencia de ação aos carbapenêmicos. As cadeias R laterais são modificadas, dando origem aos diversos compostos – Meropenem, Mipenem, Tienamicina que era o inicial instável quimicamente por isso não é utilizado. Basicamente os três carbapenêmicos utilizados, que são o Meropenem, o Imipenem que é o primeiro a ser utilizado e o Ertapenem. Mecanismo de Ação: • • • Semelhante aos outros betalactâmicos S o bactericidas Ligam-se às PBPs/PLPs – Depois que ele se liga a Proteína Ligadora da Penicilina ele vai inibir as transpeptidases, sem elas agirem, n o vai haver a liga o de um peptideoglicano ao peptideoglicano seguinte, levando a ruptura da parede celular bacteriana. Levam a lise da parede celular bacteriana pela inibi o da forma o dos peptidoglicanos. Resistência à inativa o por beta-lactamases, inclusive as beta-lactamases de espéctro de a o ampliado (ESBL) • • • • Atravessa com facilidade a parede celular de gram – Liga-se a todas as PBPs, mesmo as que foram modificadas na bactéria normalmente por aumento do peso molecular. Ele é um antibiótico muito potente pois a maioria das betalactamases não conseguem inativá-lo, ele atravessa com facilidade a membrana externa do Gram -, ele precisa ter o canal de porina, mas ele passa com mais facilidade nesse canal de porina, e s, dando ao antibiótico uma grande potência bactericida. Carbapenêmico é pouco tóxico, não tem toxicidade alta!! Porém são caros, restrito a ambiente hospitalar. Nefrotoxicidade e Inativação Renal do Imipenem: Só dele!!!!! • • Imipeném sofre hidrólise enzimática por uma deidropeptidase (DHP-1) renal ao circular no organismo e sofrer filtra o glomerular. DHP I, produzida no túbulo contornado renal proximal, n o tem a o sobre penicilinas e cefalosporinas. Provoca inativa o do imipeném, ela quebra o Imipenem em metabólitos inativos, além disso, foi observado que a administra o isolada do imipeném provoca nefrotoxicidade, com necrose do túbulo contornado proximal – eu administro um antibiótico, quando ele é filtrado pelo rim, ele é quebrado uma enzima renal, fica inativo e além de ficar inativo, esses metabólitos formados causam insuficiência renal aguda. Essa a o tóxica está relacionada à forma o de metabólitos resultantes da hidrólise enzimática do imipeném pela DHP-1. Quando administra Imipenem sozinho, ele rapidamente se torna inativo e nefrotóxico. Inibidores da DHP-1 → Cilastatina. A solu o foi administrá-lo junto com uma substância capaz de inibir a deidropeptidase do tipo 1. Essa substância é a Cilastatina. O imipenem já vem fixo em apresenta o farmacológica associado a Cilastatina, n o existe Imipenem puro. • • • A cilastatina sódica tem estrutura química similar à do imipeném, e age como um inibidor competitivo eletivo e reversível da deidropeptidase I. Sua potência inibitória sobre essa enzima é 30.000 vezes maior que a afinidade do imipeném pela enzima. Ent o quando é administrado a Cilastatina com Imipenem, quem se liga a enzima deidropeptidase vai ser a Cilastatina e a molécula inteira do Imipenem vai conseguir continuar agindo. A droga n o tem a o antimicrobiana, nem antagoniza ou sinergiza a a o do imipeném contra as bactérias. A combina o da cilastatina com o imipeném, na propor o de 1:1 (o frasco vem com 500mg de Imipenem e 500mg de Cilastatina), resulta no bloqueio do metabolismo renal do antibiótico, o qual passa a atingir elevada concentra o na urina. Além disso, a co-administra o do Imipeném com a cilastatina resulta na elimina o da nefrotoxicidade do antibiótico porque deixam de ser formados os metabólitos nefrotóxicos do Imipenem. • Somente Imipenem apresenta nefrotoxicidade e inativa o quando administrado isolado. N o ocorre com Meropenem ou Ertapenem, esses dois s o administrados isolados, só a droga, n o precisa associar nada e eles n o s o nefrotóxicos e nem inativados pela DHP I. N o existe diferen a no desfecho clínico entre nenhum dos três, é mais escolha da unidade hospitalar. Farmacocinética: • • • N o s o absorvidos por via oral Elimina o Renal por filtra o glomerular Meia vida curta 1 hora – Efeito terapêutico 4 a 6 horas (Efeito pós antibiótico) – aumenta a a o infundindo normalmente o carbapenêmico em infus o de 2 horas, faz 500 mg de 8 em 8 horas, mais 500 de 8 em 8 em infus o por 3 horas. A infus o é contínua por um período maior para aumentar esse tempo da meia vida plasmática do antibiótico. O Imipenem liga-se pouco às proteínas séricas, entre 13% e 25% Distribui-se pelos líquidos e tecidos orgânicos, atingindo concentra es terapêuticas nos pulmões, músculos, pele, vesícula biliar, rins, humor aquoso, secre o gastroduodenal, líquido peritoneal e secre o brônquica. • • • Atravessa a barreira hematoencefálica em pacientes com meningoencefalites, alcan ando concentra o no líquor correspondente a cerca de 20% da sérica. Isso é bom. Utilizamos por exemplo Penicilina Cristalina para tratar meningite e a penicilida cristalina a concentra o liquórica é de 5% da concetra o sérica. Ent o quando eu atinjo 20% da concentra o liquórica da sérica, isso é muito bom, dá pra usar antibiótico para tratar meningoencefalites por exemplo. • Atravessa a barreira placentária, dando concentra o terapêutica no feto e no líquido amniótico. Tem menor passagem pelo leite materno. Espectro de Ação: Mais de 90% das infecções humanas poderiam ser tratadas e curadas com o uso de carbapenêmicos. • S o os ATB com maior espectro de a o: é ativo contra estreptococos, pneumococos, estafilococos oxacilina-sensíveis, hemófilos, gonococo, meningococo, Escherichia coli, Klebsiella, Proteus, Morganella, Salmonella, Shigella e outras enterobactérias, Pseudomonas aeruginosa e bactérias anaeróbias, incluindo o B. fragilis. • • • • Gram +, Gram – e Anaeróbios S. pneumoniae resistente às penicilinas Enterococos Estafilococos -alguns s o resistentes a meticilina que também s o resistentes a carbapenêmicos, por isso a gente vê muito no paciente grave, paciente em UTI, a associa o de meropenem com vanco para pegar o Estafilo que fica fora do espéctro do Meropenem. Listeria Enterobacteriaceae Algumas Pseudomonas e Acinetobacter s o resistentes - Tem acontecido um aumento da resistência nos Gram – de origem hospitalar, nas pseudomonas e acinetobacter, tanto que teve que ressuscitar uma classe de antibiótico chamada Polimixinas. Resistência crescente em Klebsiella - tanto que criaram o termo KPC, que é Klebsiella Pneumonae produtora de Carbapenemase, ou seja, é uma Klebsiella capaz de produzir uma betalactamase que destrói carbapenêmicos. • • • • Resistência: • • Carbapenemazes (KPC) S o indutores de beta-lactamases, estas betalactamases destroem penicilinas cefalosporinas, muitas vezem n o destroem os carbapenêmicos. e Mais de 90% das infecções humanas poderiam ser tratadas e curadas com carbapenêmicos, mas porque então a gente não usa pra tudo? Quando eu uso carbapenêmico, eu torno a bactéia resistente aos atb que vem antes dele, ele induz a produção de betalactamases – muitas vezes elas não destroem o carbapenêmicos porém destroem penicilinas e cefalosporinas, logo, induzo a resistência a penicilina e cefalosporinas. • Resistência nas Pseudomonas por incapacidade de penetra o nas porinas. Nesse caso usa-se as Polimixinas que dissolvem o lipídeo da camada externa da parede celular dos Gram - . • Chlamydia, Mycoplasma e Mycobacterium, é observada resistência intrínseca ao imipeném. Embora ativa in vitro contra Campylobacter,Yersinia, Brucella e Nocardia, essa a o é desprovida de importância clínica, devido à pequena penetra o do antibiótico nas células humanas. Não são bons para agir no microorganismo que infecta dentro do intracelular humano, onde os carbapenêmicos é ruim de concentrar. No meio de cultura, na placa de petri, no caso uma Chlamydia, in vitro, na placa, o antibiótico vai vir sensível,só que in vivo ele não vai conseguir agir, porque na infecção in vivo, a bactéria vai estar no intracelular humano onde o carbapenêmico é ruim de concentrar. O mecanismo enzimático ainda é o mais comum. A produção de betalactamases capaz de destruir o carbapenêmico, as carbapenemases; alteração da permeabilidade por não expressão de canais de porina em pseudômonas por exemplo; e a modificação da PBP, o carbapenêmico não é susceptível a esse mecanismo já que ele se liga com alta afinidade a todos os tipos de PBPs. Indicações: • A principal indica o s o as infec es graves hospitalares por microrganismos com resistência selecionada a outros medicamentos – resistência a aminoglicosídeos, a Cefalosporina, Penicilina, vai ser usado carbapenêmico. • Recomendado no tratamento de infec es pós-operatórias graves, nas sepses hospitalares, nas infec es graves em pacientes que tem imunossupress o como por exemplo, em tratamento de neoplasias e diabetes melito descompensado. Em infec es graves de neonatos e lactentes, causadas por bacilos gram-negativos. Índices de cura superiores a 90% em pacientes com infec es respiratórias, urinárias, • ginecológicas, osteoarticulares e intra-abdominais, compreendendo peritonites, colecistites, abscessos hepático, subfrênico, pancreático e perirretais, e sepse. Têm sido observados resultados favoráveis em pacientes com meningoencefalites bacterianas. Fica restrito um pouco para os microorganismos intracelulares que ele n o consegue agir. Por que ent o n o utilizo carbapenêmico indiscriminadamente? Porque quando é utilizado carbapenêmico eu induzo resistência bacteriana, principalmente a Penicilina e Cefalosporina. Guardo o carbapenêmico, quando eu n o posso usar antibióticos menos potentes que ele. Reações adversas: • • Náuseas e vômitos Convulsões – caracteristicamente diminui o limiar convulsivante, facilitando o surgimento de convulsões. • • Hipersensibilidade – raramente causa, mas pode causar com manifesta o cutânea como a maioria dos antibióticos. Ajuste renal – ele é eliminado por filtra o glomerular, ent o ele exige ajuste renal nos paciente que tem redu o de filtra o glomerular, normalmente aumenta-se o espa o, mantém em 500mg a dose, mas aumenta o intervalo entre as administra es do carbapenêmico. Referências: • • Goodman e Gilman Capítulo 53 Walter Tavares. Antibióticos e Quimioterápicos para o Clínico. Capítulo 13 Polimixina Após mais uma semana internada em unidade de terapia intensiva, em uso de Meropenem + Vancomicina, houve piora infecciosa com necessidade de aumento das doses das aminas vasoativas, febre, piora do leucograma e de marcadores inflamatórios. Foram colhidas hemoculturas e cultura de secreção traqueal com crescimento de Acinetobacter sp. resistente a carbapenêmicos. O meropenem foi então trocado por: a) Amicacina b) Ciprofloxacino c) Cefepime d) Polimixina - Quando temos resistência a carbapenêmicos nós vamos pra polimixinas. • • • Descobertos em 1947 Elaborados a partir de cepas de Bacillus polymyxa S o detergentes catiôniocos – substâncias capazes de dissolver gorduras com carga elétrica positiva. • S o peptídeos bem simples Mecanismo de Ação: • Interagem com os fosfolipídeos de membrana e desorganizam a estrutura celular da membrana celular de Gram – . Em Gram + a Polimixina n o consegue agir, pois em Gram + a parede celular, a sua por o externa é formada por peptídeoglicano, e por ele ser um detergente , ele só age onde a parede celular é formada por gordura, por lipídeo, por isso só agem em Gram -, pois a parede externa deles é lipídica. • A permeabilidade da membrana celular é imediatamente modificada em contato com o fármaco, ele forma poros, modificando a permeabilidade da bactéria. A polimixina dissolve esses lipídeos de membrana, conforme a imagem, formando grandes poros, aumentando muito a permeabilidade e com isso, eletrólitos, nucleosídeos, proteínas que estão dentro saem, substâncias que estão fora acabam entrando dentro da bactéria, causando uma morte celular bacteriana rápida. Isso é um problema, estou dando um detergente, substância que dissolve gordura, da mesma forma que ele faz isso na membrana externa de Gram - , ele faz isso em algumas células do nosso corpo. Isso faz com que a Polimixina seja um antibiótico muito bom, mas também atua destruindo a membrana lipídica de muitas de nossas células. São muito susceptíveis às células tubular renal, então é extremamente nefrotóxico, até porque a Polimixina não é eliminada por filtração glomerular e sim por eliminação tubular, por secreção tubular, então pra ela ser eliminada ela tem que atravessar dentro da célula renal; ela é tóxica para o neurônio, extremamente neurotóxica e hepatotóxica, isso fez com que, quando surgiram os carbapenêmicos nos anos 80, a Polimixina foi deixada de usar, ela ficou somente tópica, basicamente só pomada para utilizar em otites, lesão de pele, úlcera de córnea., porque tópica não tinha efeito tóxico. E nos anos 80 chegou carbapenêmico para matar Gram – hospitalar, foi deixada de usar a Polimixina. Ao longo do tempo, os Gram – hospitalares, foram surgindo cepas resistentes aos carbapenêmicos, tendo que ressuscitar a Polimixina, apesar da sua toxicidade. Foi um antibiótico que ficou fora de uso do início dos anos 80 até +/- anos 2000-2010. A polimixina é igual a paciente do caso clínico, ela é o / 5º esquema antibiótico. A paciente começou com Moxifloxacino, depois foi associado Clinda, depois ela passou a Meropenem com Vanco e o quinto antibiótico vai ser a Polimixina. Normalmente a Polimixina é uma terapia de resgate, de salvamento em uma infecção grave por Gram-. Resistência: • • Rara Provavelmente gra as ao uso sistêmico mínimo Espectro de Ação: • • Gram – tem espectro para todos os tipos de bactérias Gram - Comunitárias: Enterobacter, E coli, Klebsiella, Salmonella, Pasteurella, Bordetella, Shigella • Hospitalares: Pseudomonas e Acinetobacter A polimixina é por letra A B C D E, a que é utilizada clinicamente é a Polimixina B. A diferen e a toxicidade, e a mais potente e menos tóxica é a B. A vanco só serve para Gram +, ent +Teicoplamina acaba cobrindo um espectro bacteriano total, pegando todos os tipos de microorganismos. Se o paciente está fazendo PoliB + Vanco significa uma tentativa de esquema antibiótico final. Farmacocinética: • • • • N , somente tópica e IV. Meia vida de 4 a 6 horas Elimin N atravessa a barreira meníngea – principalmente pelo fato de ter carga elétrica. Antibióticos com carga elétrica n meníngea. • Elimin e sim por secr aumenta a toxicidade. Indicações: • Uso tópico: Nunca deixou de ser utilizada. • • • • Úlceras de córnea Inf Otite externa maligna – otite por pseudomonas Irrig inf inf – em cirurgia urológica, preven -. • Uso sistêmico • Terapia de salvamento nas inf microrganismos multirresistentes - o que foi visto no caso clínico, um Acinetobacter resistente a carbapenêmico. Efeitos adversos: • • N Neurotóxicas → Interferem na tran muscular, apneia, parestesia, vertigem e fala arrastada – Imagina a bainha neuronal sofrendo • • Nefrotóxica em uso sistêmico, causa muito distúrbio eletrolítico, principalmente hipopotassemia, ela diminui o potássio sérico. É a terapia final do tratamento, n com nenhum tipo de inf Causa pigment Polimixina B. Referências: • • Goodman: Capítulo 55 Walter Tavares: Capítulo 31
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