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LINDB 1. Aspectos Introdutórios Abrangência Envolve todo o ordenamento jurídico, ou seja, atinge todas as normas e leis positivadas em nosso sistema Fontes Formais Formas ou modos pelos quais o direito se manifesta. O objeto da LINDB e a principal fonte de direito é a lei. A lei de introdução destaca os costumes e os princípios gerais de direito como fontes formais (art. 4° da LINDB) Lei Preceito jurídico estrito Proveniente de autoridade estatal competente Criada por meio de um processo previamente definido Caráter Geral e Obrigatório Costume Norma aceita por todos como obrigatória, sem ser estabelecida pelo Poder Público Prática reiterada de um comportamento - Requisito Objetivo (Uso Continuado) Convicção de sua obrigatoriedade (Requisito Subjetivo - Crença na Obrigatoriedade) Princípios Gerais do Direito Proposições de caráter geral e amplo Englobam implícita ou explícitamente um conjunto de normas que determinam a produção de efeitos no sistema jurídico Fontes Indiretas (ou mediatas) Doutrina Conjunto organizado das pesquisas e indagações dos estudiosos do direito Jurisprudência Conjunto de descisões do Poder Judiciário, reiteradas, constantes e pacíficas, que resultam da aplicação de normas a casos semelhantes 2. A lei Classificação 5. Costumes Também chamado de “usos e costumes” ou “direito consuetudinário”, é a norma aceita por todos como obrigatória, sem que o Poder Público a tenha estabelecido. São três espécies de costumes: 4. Analogia Expressão máxima do direito e a principal fonte do direito; Conjunto ordenado de regras que se apresenta como um texto escrito Características Generalidade Lei destinada a todos de forma indistinta, tendo em vista a natureza abstrata de seu comando Imperatividade Lei é um comando, uma ordem que impõe um dever de conduta Autorizamento Lei autoriza que o lesado pela violação exija o seu cumprimento ou a reparação; O autorizamento permite e legitima o uso da faculdade de coagir Permanência A lei permanece até ser revogada por outra lei. No entanto, algumas leis são temporárias (art. 2° da LINDB) Criação por autoridade competente A lei é um ato do estado. Sua existência depende da emanação pelo poder competente com o preenchimento das formalidades necessárias. Quanto à imperatividade Quanto à natureza Cogentes Não cogentes Substantivas Adjetivas De ordem pública, expressam um mandamento ou uma proibição, não podem ser alteradas pela vontade das partes Permitem que os particulares disponham como lhes convier e funcionam no silêncio dos contratantes Defendem direitos e deveres (leis materiais) Definem os meios de realização dos direitos ( leis processuais) Vigência da Lei As leis nascem, são aplicadas e permanecem em vigor até serem revogadas Início da Vigência Vacatio Legis Vigência é o nome que se dá ao prazo com que se delimita esse período de validade da lei Qualidade temporal da norma Uma vez sancionada pela autoridade competente, a lei deve ser publicada no diário oficial Com a publicação, haverá um prazo para o início da vigência, que poderá estar especificado na própria lei sancionada ou não No silêncio, a lei começa a vigorar: No Brasil Nos Estados Estrangeiros 45 dias depois de oficialmente publicada - art. 1°, caput da LINDB 3 meses depois de oficialmente publicada - art. 1°, §1° da LINDB Período entre a publicação e o efetivo início dos efeitos da lei Durante a Vacatio Legis, a lei nova nada obriga porque ainda não entrou em vigor Nova Publicação A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam período de vacância far-se-á com a inclusão da data da publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia subsequente à sua consumação integral - art. 8o, § 1o, da LC n. 95/98 Correção durante a Vacatio Legis Correção depois da Vacatio Legis Caso, antes de entrar a lei em vigor, ocorra nova publicação de seu texto, destinada à correção, o prazo começará a correr da nova publicação da lei (art. 1°, § 3°, da LINDB) A correção após o período da vacatio legis, ou seja, quando a lei já for vigente, deve ser feita por uma nova lei (art. 1°, § 4°, da LINDB) Revogação Perda da eficácia da lei, a lei deixa de vigorar no sistema normativo Não se destinando à vigência temporária, terá vigor até que outra a modifique ou revogue (art. 2° da LINDB) Classificação Quanto à extensão Quanto à forma Derrogação Tácita Expressa Revogação parcial da lei anterior A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare A lei posterior revoga a anterior quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. Ab-rogação Revogação Total da lei anterior A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior (art. 2o, § 2o, da LINDB). Efeito Repristinatório A lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência (art. 2°, § 3°, da LINDB). Somente se houver expressa previsão, poderá haver a repristinação. Do conhecimento da lei Ninguém poderá se escusar de cumprir a lei, alegando que não a conhece (art. 3° da LINDB). A LINDB não abarca apenas o Direito Civil, mas todos os ramos do Direito, salvo naquilo que for regulado de forma diferente na legislação específica de cada área. Fontes Materiais São todos os fatores que condicionam a formação das normas jurídicas, ou seja, implicam no conteúdo das fontes formais São razões de ordem econômica, sociológica, política, etc. 6. Princípios Gerais do Direito São proposições de caráter geral e amplo, que englobam implícita ou explicitamente um conjunto de normas que determinam a produção de efeitos no sistema jurídico. 3. Integração da Lei Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito (art. 4° da LINDB). Distinção entre interpretação e integração da lei: a interpretação parte da existência da norma; a integração parte da lacuna. Função Regulamentar as normas em si; Conjunto de normas que versa a respeito de normas, disciplinando-lhes a: Vigência Interpretação Integração Aplicação no tempo e espaço É a aplicação a um caso não contemplado de modo direto ou específico por lei, de uma norma prevista para hipótese distinta, mas semelhante ao caso não contemplado. Trata-se de um mecanismo de integração da norma. Podem ser de duas espécies: legal ou jurídica. Legis ou Legal Ocorre com a aplicação de uma norma existente sobre hipótese não normatizada. Juris ou Jurídica Ocorre com a aplicação de um conjunto de normas existentes sobre o caso acerca do qual a lei é omissa. Pressupostos Não previsão do caso em norma jurídica Relação de semelhança entre o caso não contemplado e outro previsto Existência de identidade de razões entre os dois casos Praeter Legem Contra Legem Não previsto em lei e não contrariado por ela. Aceito pelo ordenamento. Que contraria uma determinada lei em vigor. Não aceito pelo ordenamento, pois os costumes não revogam as leis. Secundum Legem Há previsão legal; sua eficácia é reconhecida pelo direito positivo. Requisitos Objetivo Subjetivo Trata-se do uso constante e reiterado da conduta no tempo. Também chamado de opinio necessitatis, isto é, a crença na obrigatoriedade jurídica, a convicção de sua obrigatoriedade por parte daqueles que o aplicam. 7. Jurisprudência 8. Equidade É o conjunto de decisões reiteradas do Poder Judiciário, constantes e pacíficas, resultantes de aplicação de normas a casos concretos. Não confundir jurisprudência com precedente normativo. Este último possui um regime jurídico próprio, disciplinadonos arts. 1036 a 1041 do CPC. Na aplicação da lei, o juiz atenderá os fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum (art. 5° da LINDB) Não constitui meio supletivo de lacuna da lei, sendo mero recurso auxiliar. É que a própria lei cria espaços para o juiz formular a norma mais adequada ao caso, sendo utilizada somente quando a própria lei expressamente permitir. Prescreve o parágrafo único do art. 140 do novo CPC: "O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei". 9. Aplicação da Norma no Tempo A lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada (art. 6° da LINDB) A lei nova se aplica aos casos PENDENTES e FUTUROS Só se aplica aos casos pretéritos se NÃO houver ofensa ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada. Ato Jurídico Perfeito Direito Adquirido Coisa Julgada É o já consumado segundo a lei vigente ao tempo que se efetuou Aquele que se dá com o exercício imediato do titular, pois definitivamente integrado ao seu patrimônio É a decisão judicial de que já não caiba recurso Analogia não é fonte e sim regra de integração
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