Buscar

COMPONENTES DO SISTEMA IMUNE, SISTEMA COMPLEMENTO E TIPOS DE RESPOSTA IMUNE - RESUMO IMUNOLOGIA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

N I C O L E M A L H E I R O S - M E D I C I N A 
N I C O L E M A L H E I R O S - M E D I C I N A 
 
5 NICOLE MALHEIROS – MEDICINA FUNORTE XXXI 
PROBLEMA 01 – FECHAMENTO 01 
1. Descrever o sistema complemento e sua regulação 
2. Analisar os componentes do sistema imune (órgãos, células 
e citocinas). 
3. Explicar os tipos de resposta imune. 
 
SISTEMA COMPLEMENTO (SC) 
 
Conjunto de proteínas séricas e de superfície celular que 
interagem umas com as outras e com outras moléculas do 
sistema imune de maneira altamente regulada, para gerar 
produtos que atuam na eliminação dos microrganismos. 
É uma cascata de proteínas presentes no plasma, que quando 
ativadas provocam a morte de células infectadas e dos 
próprios patógenos, também desencadeia uma resposta 
inflamatória (potencializa a resposta imunológica 
principalmente da Imunidade Inata). Além disso, facilita a 
fagocitose de um patógeno através do processo de 
opsonização (marcar a célula para que ela seja fagocitada), 
quando uma molécula faz uma opsonização ela é chamada de 
opsonina. 
A lise é feita nas células através da necrose, fazendo com que 
as células liberem seu conteúdo propiciando uma resposta 
inflamatória. 
 
O C3b inicia as últimas etapas da ativação do complemento, 
culminando na formação de um complexo multiproteico 
chamado de complexo do ataque à membrana (MAC), que 
inclui C5b, C6, C7, C8 e C9, e causa lise dos microrganismos de 
parede fina, morrem por desequilíbrio osmótico. 
O C5a também é um indutor de inflamação. 
• O sistema complemento é ativado por microrganismos e por 
anticorpos que estão ligados aos microrganismos e outros 
antígenos. Ele direciona a resposta imune aos microrganismos 
e outros antígenos. 
• A ativação do complemento envolve a proteólise sequencial 
de proteínas para gerar complexos enzimáticos com atividade 
proteolítica (zimógenos). 
• A ativação completa e, consequentemente, as funções 
biológicas do sistema complemento, são limitadas às 
superfícies celulares microbianas ou a sítios dos anticorpos 
ligados aos antígenos, mas não ocorrem no sangue (em fase 
fluida). 
• Os subprodutos da ativação do complemento estimulam 
reações inflamatórias. O recrutamento de neutrófilos e 
monócitos estabelece um ambiente inflamatório ao redor dos 
microrganismos que ajuda a eliminar os patógenos. 
• A ativação do complemento é inibida por proteínas 
reguladoras que estão presentes em células normais do 
hospedeiro e ausentes nos microrganismos. As proteínas 
reguladoras são uma adaptação das células normais que 
minimizam os danos mediados pelo complemento às células 
hospedeiras. 
O evento central na ativação do complemento é a proteólise 
da proteína C3 do complemento, que gera produtos 
biologicamente ativos, e a subsequente ligação covalente de 
um produto de C3, denominado C3b, às superfícies celulares 
microbianas ou ao anticorpo ligado ao antígeno. 
Esse sistema pode ser ativado de 3 formas (todas vão 
convergir para a clivagem da molécula C3, que vira C3A – ativa 
processos inflamatórios potencializando a resposta e C3B-
opsonina que facilita a fagocitose): 
 
1. Via Clássica: Se inicia pela ligação da proteína C1 ao 
complexo antígeno-anticorpo. 
O C1 se liga a um microrganismo já ligado a um 
anticorpo recrutando a proteína C4, que será clivada 
em C4a e C4b, o C4 recruta a proteína C2 que também 
é clivada em C2a e C2b, a junção desses dois (C4b e 
C2a) forma o complexo C3 convertase, que catalisa a 
proteína C3. Então, forma-se o complexo C5 
convertase (C4b+C2a+C3b), que cliva o C5 em C5a e 
C5b. 
Devido as condições da via, para que ela funcione é 
necessário que o organismo á tenha tido a ativação de 
 
6 NICOLE MALHEIROS – MEDICINA FUNORTE XXXI 
um linf. B, que pode acontecer por uma infecção 
prévia. 
 
2. Via Alternativa: inicia com a clivagem espontânea do 
c3 no plasma, que só terá continuidade se houver um 
patógeno para o C3b se ligar, se não houver, o C3b será 
hidrolisado e inativado. 
Ao encontrar o microrganismo há a continuidade da 
cascata da via alternativa, onde ele se liga a superfície 
do patógeno e recruta o Fator B (proteína), com a 
ajuda de um catalizador, o Fator D, o Fator B será 
clivado em Ba (não tem função e é degradado) e Bb. 
A junção do C3b e Bb é chamada de C3 convertase, 
que serve como enzima e catalisa várias moléculas de 
C3 em C3b e C3a de maneira mais rápida e eficiente. 
Nisso, um desses C3b clivado vai se juntar a um novo 
complexo, chamado de C5 convertase, que vai 
catalisar a conversão da molécula de C5 em C5b e 
C5a. 
 
3. Via das Lectinas: parecida com clássica. Mas, se inicia 
com a ligação da proteína lectina diretamente à um 
resíduo de manose na superfície do patógeno. O 
restante do processo é igual à via clássica. 
 
 
 
 
Etapa Final das Vias: As C5 convertases geradas pelas vias 
alternativa, clássica ou das lectinas iniciam a ativação dos 
componentes da via terminal do sistema complemento, que 
culmina na formação do complexo de ataque à membrana 
(MAC). 
O C5b recruta outras proteínas com (C6, C7, C8) que formam 
um complexo na membrana, recrutando o C9 que vai formar 
um poro na membrana, que é o complexo de ataque à 
membrana (MAC), esse complexo vai fazer vários buracos na 
superfície da célula, desestabilizando-a e iniciando a lise 
através do desequilíbrio osmótico. 
Além da lise, o SC induz a fagocitose através da opsonização, 
os fagócitos têm na sua superfície receptores que reconhecem 
as opsoninas do SC facilitando o complexo de fagocitose. O SC 
também ativa o processo inflamatório. 
 
 
Funções do Sistema Complemento: 
O sistema complemento desempenha um papel importante na 
eliminação de microrganismos durante as respostas imunes 
inatas e adaptativas. 
Além de suas funções efetoras antimicrobianas, o sistema 
complemento fornece estímulos para o desenvolvimento de 
respostas imunes humorais. Quando C3 é ativado por um 
microrganismo pela via alternativa, um de seus produtos de 
 
7 NICOLE MALHEIROS – MEDICINA FUNORTE XXXI 
ruptura, o C3d, é identificado pelo receptor do complemento 
tipo 2 (CR2) nos linfócitos B. Os sinais enviados por esse 
receptor estimulam as respostas das células B contra os 
microrganismos. 
 
As deficiências hereditárias das proteínas do complemento 
são causas de doenças em seres humanos. A deficiência de C3 
resulta em uma profunda suscetibilidade a infecções e, 
geralmente, é fatal no início da vida. 
As deficiências das proteínas iniciais da via clássica, C2 e C4, 
podem não apresentar nenhuma consequência clínica, ou 
podem resultar na suscetibilidade a infecções, ou são 
associadas a uma incidência elevada de lúpus eritematoso 
sistêmico, uma doença do complexo imune. A incidência 
elevada de lúpus pode ocorrer em virtude de a via clássica 
funcionar para eliminar os complexos imunes da circulação, 
e esse processo é comprometido nos indivíduos que não 
possuem C2 nem C4. 
 
COMPONENTES DO SISTEMA IMUNE 
CÉLULAS DO SISTEMA IMUNOLÓGICO 
 
LINFÓCITOS: são as únicas células que possuem receptores 
específicos para antígenos diversos, sendo os principais 
mediadores da imunidade adquirida. Sua linhagem, função e 
fenótipo são heterogêneos e são diferenciadas pelas proteínas 
de superfície que podem ser identificadas por painéis de 
anticorpos monoclonais. Se originam de células tronco da 
medula óssea. 
LINFÓCITOS B: únicas células capazes de produzir anticorpos 
por isso são responsáveis pela imunidade humoral. Expressam 
anticorpos nas suas membranas, que servem de receptores 
para reconhecer antígenos, que ao se ligarem a esses 
receptores iniciam o processo de ativação das células. 
Amadurecem na medula. 
LINFÓCITOS T: responsáveis pela imunidade celular, 
reconhecem apenas fragmentos peptídicos de proteínas 
antigênicas que são ligados a moléculas de apresentação 
especializadas. Amadureceme são selecionados no Timo. 
. Células T CD4 + são chamadas de células T auxiliares, porque 
ajudam os linfócitos B a produzir anticorpos e as células 
fagocitárias a ingerir os microrganismos. 
. Linfócitos T CD8 + são chamados de linfócitos T citotóxicos, 
porque destroem as células infectadas por microrganismos 
intracelulares. 
. Linfócitos T reguladores previnem ou limitam a resposta 
imune 
NATURAL KILLER (NK): matam células do infectadas do 
hospedeiro, mas não expressam receptores de antígenos 
distribuídos clonalmente. São componentes da imunidade 
inata, capazes de atacar rapidamente células infectadas. 
 
Quando os linfócitos virgens reconhecem os antígenos 
microbianos e recebem sinais adicionais desencadeados pelos 
patógenos, a diferenciação em células efetoras e células de 
memória é iniciada pelo reconhecimento do antígeno. 
Os linfócitos virgens expressam receptores para antígenos, 
mas não desempenham as funções necessárias para eliminá-
los. Essas células circulam entre os órgãos linfoides periféricos 
e morrem pelo processo de apoptose se não forem ativados 
pelo antígeno. 
CÉLULAS EFETORAS: são da progênie diferenciada de células 
virgens que têm a habilidade de produzir moléculas cuja 
função é eliminar antígenos. 
As células efetoras da linhagem dos linfócitos B são células que 
secretam anticorpos e circulam nos órgãos periféricos, 
conhecidas como plasmócitos. Os plasmoblastos possuem a 
mesma função e circulam no sangue. 
. Células efetoras T CD4 + (células T auxiliares) produzem 
proteínas, chamadas citocinas, que ativam as células B, os 
macrófagos e outros tipos de células 
 
8 NICOLE MALHEIROS – MEDICINA FUNORTE XXXI 
. Células efetoras T CD8 + (CTL) possuem as engrenagens para 
destruir as células do hospedeiro que estão infectadas. 
CÉLULAS DE MEMÓRIA: geradas da progênie de linfócitos 
estimulados pelo antígeno, sobrevivem por muito tempo na 
ausência do antígeno. Sua frequência aumenta com a idade. 
São funcionalmente silenciosas e só funcionam após 
estimulação, ao encontrarem o antígeno iniciam respostas 
imunológicas secundárias. 
CÉLULAS APRESENTADORAS DE ANTÍGENOS: As portas 
entrada dos microrganismos (a pele, o trato gastrointestinal e 
o trato respiratório) contêm células apresentadoras de 
antígenos (APC) especializadas, localizadas no epitélio que 
capturam os antígenos, transportam-nos para os tecidos 
linfoides periféricos e os apresentam aos linfócitos. 
CÉLULAS DENDRÍDICAS: capturam os antígenos proteicos dos 
patógenos que entram pelo epitélio nos órgãos linfóides, 
transportando-os para os linfonodos regionais e os 
apresentam aos linfócitos T. As células dendríticas são as APC 
mais eficazes para iniciar respostas de células T. Células 
especializadas (APC profissionais) produzem proteínas 
essenciais para ativar o linf T. 
MACRÓFAGOS: 
LINFÓCITOS B: 
CÉLULAS EFETORAS: eliminam os microrganismos, 
consistindo em linfócitos e outros leucócitos. Macrófagos e 
granulócitos atuam na eliminação desses patógenos. 
FAGÓCITOS: função primária é ingerir e destruir 
microrganismos e remover tecidos danificados. 
 
ORGÃOS LINFÓIDES 
Podem ser divididos em primários e secundários. 
ORGÃOS LINFÓIDES PERIFÉRICOS: São organizados para 
otimizar as interações entre antígenos, APC e linfócitos de 
modo a estimular o desenvolvimento da imunidade adquirida. 
LINFONODOS: agregados nodulares encapsulados de tecido 
linfoide, localizados ao longo dos canais linfáticos no corpo. A 
LINFA, liquido que circula pelos tecidos, é drenada pelos vasos 
linfáticos até os linfonodos, ela contém uma mistura de 
substâncias absorvidas dos epitélios e dos tecidos. As APC 
localizadas nos linfonodos identificam antígenos dos 
patógenos que entram nos tecidos. As células dendrídicas 
também atuam capturando antígenos dos tecidos e os enviam 
para os linfonodos. Assim, os antígenos ficam concentrados 
nos linfonodos que drenam a região. 
As células B se concentram em estruturas chamadas de 
folículos, localizadas na periferia ou córtex. Se as células B 
responderam a um antígeno, o folículo apresenta uma área 
central corada chamada de centro germinativo. 
Os linfócitos T são concentrados no paracórtex que também 
contêm células dendrídicas. 
 
 
BAÇO: órgão abdominal altamente vascularizado, combates 
antígenos presentes na corrente sanguínea. Os antígenos 
presentes no sangue são aprisionados e concentrados pelas 
células dendrídicas e macrófagos no baço. O qual contém 
muitas células fagocitárias que ingerem e destroem os 
patógenos presentes no sangue. 
Os linfócitos T estão concentrados na bainha linfoide 
periarteriolar, enquanto as células B residem nos folículos. 
 
SISTEMA IIMUNOLÓGICO CUTÂNEO E MUCOSO: coleções 
especializadas de tecidos linfoides, APC e moléculas efetoras 
localizadas nas mucosas, no interior e sob o epitélio da pele, 
tratos gastrointestinal e respiratório. Amígdalas, na faringe, e 
as placas de Peyer, no intestino, são exemplos de tecido 
linfoide associado às mucosas. 
Os tecidos linfoides cutâneo e mucoso são locais em que 41 
ocorrem respostas imunológicas aos antígenos que penetram 
nos epitélios. Mecanismos reguladores (células T reguladoras 
e células dendrídicas) controlam as ações desses sistemas para 
que eles não reajam de forma indevida aos microrganismos, já 
que os mesmos têm contato com inúmeros deles, dos quais a 
maioria são inofensivos. 
 
9 NICOLE MALHEIROS – MEDICINA FUNORTE XXXI 
 
 
RECIRCULAÇÃO DOS LINFÓCITOS E MIGRAÇÃO PARA OS 
TECIDOS: 
Os linfócitos virgens recirculam constantemente entre o 
sangue e os órgãos linfoides periféricos, onde podem ser 
ativados por antígenos para tornarem-se células efetoras, e os 
linfócitos efetores migram dos tecidos linfoides para os locais 
de infecção, onde os patógenos são eliminados. Os linf. 
migram para várias regiões ao longo de sua vida. 
 
 
 
TIPOS DE RESPOSTA IMUNE 
 
A função fisiológica do sistema imune (SI) é a defesa contra 
microrganismos infecciosos; entretanto, mesmo substâncias 
estranhas não infecciosas e produtos de células danificadas 
podem elicitar respostas imunes, ou seja, é a RESPOSTA A 
MICROORGANISMOS. 
A defesa contra microrganismos é mediada por respostas 
sequenciais e coordenadas que são denominadas imunidade 
inata e adaptativa. 
 
IMUNIDADE INATA: também chamada de natural ou ativa. 
Imunidade que já está pronta/presente no nosso organismo, 
antes de sermos expostos a um corpo estranho, por isso é uma 
imunidade rápida, já que a mesma já está presente antes da 
exposição a microrganismo invasores. 
Ela também pode montar uma resposta a células próprias, 
evitando que esse conteúdo extravase e cause problemas 
 
. É COMPOSTA POR 4 COMPONENTES: 
1- Barreiras Físicas e químicas , como o epitélio, muco e 
mucosas, lágrima e suor, pH do organismo, etc. 
2- Células Fagocíticas (neutrófilos, macrófagos-
especializadas em fagocitose, provocam a lise do 
organismo, apresentam o antígeno, fazem reparo 
tecidual, células dendídricas), mastócitos, células 
natural killer e outras células linfoides inatas. 
3- Proteínas Sanguíneas , que formam o sistema 
complemento 
4- Citocinas: hormônios sintetizados pelas células do 
sistema imune. Em resposta aos patógenos, as células 
dendríticas, os macrófagos e outras células secretam citocinas, 
que são intermediárias em muitas reações. Ajudam a recrutar 
e potencializar os efeitos dos anticorpos do SI. 
Desempenham várias funções na defesa do hospedeiro. O 
fator de necrose tumoral (TNF), a interleucina-1 (IL-1) e as 
quimiocinas (citocinas quimioatrativas) são as principais 
citocinas envolvidas no recrutamento de neutrófilos no 
sangue e monócitos aos locais de infecção. 
Responsáveis pela comunicação entre leucócitos e entre os 
leucócitos e outras células, a maioria das citocinas é chamada 
de interleucina. Na imunidade inata, as principais fontesde 
citocinas são as células dendríticas e os macrófagos, mas as 
células dos tecidos epiteliais e outras tbm secretam. 
 
10 NICOLE MALHEIROS – MEDICINA FUNORTE XXXI 
As citocinas são produzidas em pequenas quantidades em 
resposta a um estímulo externo e se ligam a receptores de 
alta afinidade nas células-alvo, a maioria age nas células que 
as produzem ou nas adjacentes. 
 
. A resposta inata combate microrganismos através de 
2 processos: inflamação, onde há o recrutamento das 
células atuantes que destroem os microorganismos e 
pelo bloqueio da replicação viral ou killing das células 
infectadas por vírus. 
Gera uma resposta inespecífica pois não diferencia 
corpos estranhos. Porém, reconhece padrões desses 
corpos (PAMPS – Padrões Moleculares Associados a 
Patógeno), através de receptores de padrões, como os 
Receptores Toll, de Manose, N-formilmetionil, 
Scavenger. 
- RECEPTORES TOLL (TLR): presente em macrófagos, 
células dendrídicas, neutrófilos, células epiteliais, etc. 
Ativam fatores de transcrição que estimulam a produção de 
genes que codificam citocinas, enzimas e outras proteínas 
envolvidas nas funções antimicrobianas dos fagócitos ativados 
e das outras células. A NF-kB (nf capa beta), que é um 
fator de transcrição que quando ativado, migra para o 
núcleo celular ativando a transcrição de genes nesse 
núcleo, os quais comandam a produção de citocinas, 
ocitocinas, etc (começo da montagem de resposta a um 
patógeno). 
 
É bastante inteligente pois usa de diversos artifícios 
para amplificar sua resposta. 
Muitas vezes os microrganismos são imunes às enzimas 
dos lisossomos, assim as células têm que usar outros 
artifícios para destruir aquele patógeno, como as 
espécies reativas de oxigênio e hidrogênio, óxido 
nítrico, por ex., é um potente destruidor de 
microrganismos. 
 
- CÉLULAS APRESENTADORAS DE ANTÍGENO: 
1. Macrófagos: produzem citocinas que iniciam e regulam a 
inflamação, ingerem e destroem microrganismos, além de 
limpar tecidos mortos e iniciar o processo de reparação 
tecidual. 
Podem ser ativados pela maneira Clássica, que é induzida por 
sinais imunológicos inatos, como aqueles dos TLR, e pela 
citocina IFN-y, que pode ser produzida nas respostas imunes 
inata e adquirida. E pela maneira Alternativa, ocorre na 
ausência de sinais fortes do TLR e é induzida pelas citocinas IL-
4 e IL-13, onde os macrófagos ativados dessa maneira parecem 
ser mais importantes para a reparação tecidual e para o 
controle da inflamação. 
A abundância dessas duas formas de macrófagos pode 
influenciar o resultado das reações do hospedeiro e contribuir 
para diversos distúrbios. 
 
2. Células Dendrídicas: sua principal função é a de 
apresentar antígeno, depois que a mesma fagoci ta e 
processa esse antígeno. São mais encontradas nos 
tecidos periféricos. Quando jovem ela é especializada 
em fagocitar, depois de fagocitar, ela é ativada e se 
torna uma célula apresentadora, passa a expressar 
proteínas com a função principal de apresentar 
antígenos. 
 
11 NICOLE MALHEIROS – MEDICINA FUNORTE XXXI 
3. Linfócitos B: produzem anticorpos por isso são 
responsáveis pela imunidade humoral. 
4. Células Natural Killer (NK): lisa/mata células lesadas, 
danificadas, estressadas ou tumorais. Age induzindo a 
célula a apoptose através da liberação de perforinas e 
granzimas. 
Também age ativando macrófagos. Ou seja, o 
macrófago libera interleucinas (IL-12) que atuam como 
receptores e ativam a NK, que por sua vez potencializam 
a função do macrófago para que eles destruam os 
organismos fagocitados através da secreção do 
interferon-y (IFN-y). 
A ativação de células NK é determinante para um balanço 
entre o comprometimento da ativação e dos receptores 
inibitórios. O reconhecimento das células cobertas com o 
anticorpo (ex: NKG2D, CD16) resulta em morte dessas células, 
um fenômeno chamado de CITOTOXICIDADE CELULAR 
DEPENDENTE DE ANTICORPO (ADCC). Ao identificar esses 
anticorpos, as NK liberam grânulos citoplasmáticos no espaço 
extracelular que induzem a produção de enzimas que vão 
realizar a apoptose. Nas células doentes o sinal negativo 
não existe, por isso a NK atua. 
 
- Como a NK identifica se a célula está danificada ou 
estressada? 
Um dos motivos é a presença de receptores ligantes na 
membrana da célula alvo. 
 
IMUNIDADE ADQUIRIDA: 
Estimulada pela exposição a agentes infecciosos, que 
aumentam em magnitude e capacidades defensivas após cada 
exposição sucessiva. Esse sistema reconhece e reage a 
antígenos. 
- É um pouco mais lenta que a inata, pois só começa a montar 
a sua defesa depois do contato com o corpo estranho. Tem a 
capacidade de formar memória; 
- Especificidade: age de maneira diferente para cada invasor; 
- Diversidade: está apta a responder a uma grande 
quantidade de antígenos diferentes; 
- Seleção Clonal: quando o sistema 
- Expansão Clonal: ocorre quando um determinado Linf., 
selecionado por determinado antígeno, se prolifera e 
multiplica para formar uma reação imune contra aquele 
antígeno específico. 
Depois da eliminação do antígeno, esses clones morrem já que 
não são mais necessários (autolimitação do SI). Entretanto, 
nem todos vão morrer, uma quantidade maior do que existia 
antes da exposição àquele antígeno (memória do SI), dessa 
forma, se houver uma nova infecção a resposta será mais 
rápida e mais intensa (resposta secundária), evoluindo 
gradativamente. 
Ambas as respostas imune e inata trabalham juntas na 
proteção do organismo contra agentes estranhos. O sistema 
imune de cada indivíduo é capaz de reconhecer, responder e 
eliminar muitos antígenos estranhos (não próprios), 
normalmente ela não reage contra antígenos e tecidos do 
próprio indivíduo. A imunidade é sistêmica. 
As respostas imunes são reguladas por um sistema de alças de 
feedback positivo que amplificam a reação e por mecanismos 
de controle que previnem reações inapropriadas ou 
patológicas. 
Mecanismos de controle são ativados durante as respostas 
imunes e previnem a ativação excessiva dos linfócitos, 
evitando danos colaterais aos tecidos normais, além de 
prevenirem respostas contra os auto antígenos. 
Os linfócitos (B,T - auxiliares ou ‘helper’, T – citotóxicos e 
natural killer) são as principais células da imunidade 
adaptativa, pois são as únicas que reconhecem antígenos 
especificamente. Esses linfócitos também liberam produtos 
que aumentam a reatividade dessa imunidade, como citocinas 
e anticorpos. *Existem milhares de tipos de linfócitos, cada 
um deles é específico para determinado antígeno. 
Cada tipo de linfócito vai ter um conjunto de proteínas 
presente na sua membrana plasmática, são os clusters e eles 
diferenciam os tipos de linfócitos. 
 
12 NICOLE MALHEIROS – MEDICINA FUNORTE XXXI 
 
 
IMUNIDADE ADQUIRIDA HUMORAL: É o principal mecanismo 
de defesa contra patógenos externos. 
Está presente nos fluídos do nosso organismo, seu principal 
componente é o linfócito B (produz proteínas). Essas 
proteínas produzidas são os ANTICORPOS (principal 
mecanismo de defesa). Cada um deles vai ser responsável por 
reconhecer uma região do antígeno. 
O anticorpo atua reconhecendo e marcando o antígeno de 
forma que outros elementos dos SI efetuem uma resposta 
contra o antígeno. Entretanto, eles não conseguem enxergar 
dentro da célula para verificar se a mesma está infectada ou 
não e organizar a resposta imune (aí entra a imunidade 
celular). 
O anticorpo também exerce função neutralizadora, se ligando 
as toxinas e fazem com que elas sejam fagocitadas e digeridas 
pelos macrófagos. 
 
 
 
IMUNIDADE ADQUIRIDA CELULAR: Mediada pelos Linfócitos 
T, ‘helper’ e citotóxicos. Defende o organismo contra 
patógenos intracelulares. Receptores identificam o patógeno 
no interior da célula e o SI capacita a célula para que ela possa 
destruir o patógeno que está dentro dela ouse autodestruir 
caso ela não seja capaz de destruir o patógeno. 
O linfócito T Helper auxilia a célula a destruir o patógeno que 
esteja dentro dela, são grandes produtores de citocinas. 
 
O linfócito T Citotóxico, destrói a célula infectada a fim de 
destruir o patógeno dentro dela. Monta uma resposta contra 
um patógeno que está livre dentro do citoplasma celular, tal 
sinal enviado por um receptor até o linf., que induz a célula à 
morte por apoptose (implosão da célula) . 
 
- Como o SI identifica se a célula é capaz de destruir o 
patógeno dentro dela? 
Quando um microrganismo é fagocitado por um macrófago, 
ele é envolto por uma vesícula, o que gera um sinal de ação 
(expressão de um receptor na membrana do macrófago) para 
o Linf. T Helper (se liga ao receptor) que secreta uma citocina, 
 
13 NICOLE MALHEIROS – MEDICINA FUNORTE XXXI 
a qual se liga a um receptor na membrana desse magrófago, 
matando assim, o microrganismo.

Outros materiais