Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
GLICONEOGÊNESE Síntese de glicose a partir de compostos que não são carboidratos. ↳ glicerol ↳ lactato ↳ aminoácidos Ocorre citosol das células do fígado e, em menor proporção, do córtex renal. Importância: manutenção da taxa de glicose sanguínea durante o jejum prolongado pelo fígado a partir de hormônios. Hormônios que controlam a gliconeogênese: ↳ Adrenalina/epinefrina (produzida nas suprarrenais); ↳ Insulina e glucagon (produzidos no pâncreas). Pós-prandial: + insulina (estimula a entrada de glicose nas células e o uso da glicose por glicólise, glicogênese e lipogênese). ↳ A glicose que sobra será armazenada na forma de glicogênio e de lipídios. Jejum: + glucagon e adrenalina/epinefrina (estimulam a gliconeogênese e a glicólise). Precursores para a gliconeogênese » Glicerol O glicerol é liberado durante a hidrólise dos triacilgliceróis, no tecido adiposo, e levado ao fígado pelo sangue. Gliconeogênese a partir do glicerol » Lactato O lactato é liberado no sangue pelo músculo esquelético em exercício e pelas células que não possuem mitocôndrias, como os eritrócitos. No ciclo de Cori, a glicose oriunda do sangue é convertida pelo músculo em exercício em lactato, que difunde para o sangue. Esse lactato é captado pelo fígado e reconvertido em glicose, que é liberada de volta para a circulação. Gliconeogênese a partir do lactato » Aminoácidos Os αα-cetoácidos, como o αα-cetoglutarato, são produzidos pelo metabolismo de aminoácidos glicogênicos. Os αα-cetoácidos podem entrar no ciclo do ácido cítrico e produzir oxalacetato (OAA) - precursor direto do fosfoenolpiruvato (PEP). Gliconeogênese a partir de aminoácidos Reações exclusivas da gliconeogênese Sete reações glicolíticas são reversíveis. Três delas são irreversíveis e devem ser contornadas pela utilização de quatro reações alternativas, que favorecem energeticamente a síntese de glicose. » Carboxilação do piruvato » O transporte de OAA para o citosol » Descarboxilação do oxalacetato citosólico » Desfosforilação da frutose-1,6-bifosfato » Desfosfiralação da glicose-6-fosfato Das 11 reações necessárias para converter piruvato em glicose livre, sete são reversíveis, catalisadas por enzimas glicolíticas. As reações irreversíveis da glicólise, catalisadas pela hexocinase, pela fosfofrutocinase-1 e pela piruvato-cinase são contornadas pela ação das enzimas glicose-6-fosfatase, frutose-1, 6-bisfosfatase e piruvato-carboxilase/ PEP-carboxicinase. Na gliconeogênese, o equilíbrio das sete reações reversíveis da glicólise é deslocado para favorecer a síntese de glicose como resultado da formação essencialmente irreversível de PEP, frutose-6-fosfato e glicose, catalisada pelas enzimas gliconeogênicas. Regulação da gliconeogênese » Glucagon Produzido pelas células α das ilhotas pancreáticas. Estimula a gliconeogênese por três mecanismos: 1- Alterações em efetores alostéricos: o glucagon diminui os níveis de frutose-2,6-bisfosfato, resultando na ativação da frutose-1,6-bisfosfatase e na inibição da fosfofrutocinase-1, favorecendo a gliconeogênese em detrimento da glicólise. 2- Modificação da atividade enzimática por ligação covalente: estimula a conversão da piruvato-quinase hepática em sua forma inativa (fosforilada). Isso diminui a conversão do PEP em piruvato, tendo o efeito de redirecioná-lo para a síntese de glicose. 3- Indução da síntese de enzimas: o glucagon aumenta a transcrição do gene da PEP-carboxiquinase, aumentando, assim, a disponibilidade dessa atividade enzimática à medida que os níveis de seu substrato aumentam com o jejum. (A insulina causa uma diminuição na transcrição do RNAm para essa enzima). » Disponibilidade de substrato Disponibiliddade de precursore gloconeogênicos, principalmente aminoácidos, influencia na velocidade da gliconeogênese. Baixos níveis de insulina faz com que aminoácidos oriundos das proteínas musculares forneçam esqueletos carbonados para a gliconeogênese. ATP, NADH e coenzimas são fornecidos pelo catabolismo de aminoácidos. » Ativação alostérica pela acetil co-A Durante o jejum, ocorre a ativação alostérica da piruvato-carboxilase hepática pela acetil-CoA. » Inibição alostérica pelo AMP A frutose-1,6-bisfosfatase é inibida por AMP - um composto que ativa a fosfofrutocinase-1. Isso resulta na regulação recíproca da glicólise e da gliconeogênese. Resumo do capitulo Os precursores gliconeogênicos incluem os intermediários da glicólise e do ciclo do ácido cítrico, o glicerol liberado pela hidrólise de triacilgliceróis no tecido adiposo, o lactato liberado no sangue pelas células que não possuem mitocôndrias e pelo músculo esquelético em exercício e os a-cetoácidos originários do metabolismo dos aminoácidos glicogênicos. Sete das reações da glicólise são reversíveis e são utilizadas pela gliconeogênese no fígado e nos rins. Três reações são fisiologicamente irreversíveis e devem ser contornadas. Essas reações são catalisadas pelas enzimas glicolíticas piruvato-cinase, fosfofrutocinase e hexocinase. O piruvato é convertido em oxalacetato (OAA) e a seguir em fosfoenolpiruvato (PEP) pelas enzimas piruvato- carboxilase e PEP-carboxicinase. A PEP-carboxicinase requer GTP. A transcrição de seu RNAm é aumentada pelo glucagon e diminuída pela insulina. A frutose-1,6-bisfosfato é convertida em frutose-6-fosfato pela frutose-1,6-bisfosfatase. A glicose-6-fosfato é convertida em glicose pela glicose-6-fosfatase. Essa atividade enzimática do RE é necessária para o último passo na gliconeogênese, assim como para a degradação hepática e renal do glicogênio. Uma deficiência dessa enzima resulta em grave hipoglicemia de jejum.
Compartilhar