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Bioquímica - carboidratos

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Dalton Willians S Arandas - Medicina 
1 
BIOQUÍMICA 
CARBOIDRATOS 
O nome carboidrato vem de carbono hidratado, e esse 
nome é autoexplicativo pois descreve a composição 
molecular que são os carbonos e hidrogênios dessa 
molécula, conferindo uma maior solubilidade em água. 
Os carboidratos são usados como molécula energética de 
primeira linha pela sua boa solubilidade em água, essas 
moléculas são metabolizadas mais rapidamente. São 
facilmente encontrados em alimentos de origem vegetal, 
dado esse motivo a alimentação é algo essencial, uma vez 
que obtenção dessas moléculas é feita por uma boa dieta. 
Então em contextos que se há uma dificuldade na 
absorção ou processamento de carboidratos que são 
geradores de ATP – a moeda de troca energética da célula 
– há um contexto de adoecimento do corpo. A glicose, um 
monossacarídeo carboidrato alimentar, forma cerca de 30 
moléculas de ATP, por isso os carboidratos são essenciais 
na dieta alimentar. Os carboidratos, principalmente os que 
tem mais de 5 carbonos em sua cadeia, em água não ficam 
em estrutura linear, geralmente estão conformados no 
formato anelar, o modelo de Fischer que é apresentado 
linearmente é apenas uma maneira didática de representar 
a molécula. 
 
(modelo de Fischer) 
A conformação de anel se dá pela ciclização oriunda pelas 
propriedades da carbonila localizada no carboidrato. 
Muitas moléculas são isômeras dentre os carboidratos, 
porém adquirem funções diferentes, existindo dois 
formatos o L (Levógero) e o D (Dextrógero), no geral os 
de D são mais comuns pois facilitam a ligação glicosídica 
do tipo alfa. Alguns polissacarídeos como a celulose tem 
uma conformação do tipo beta que dificultam sua quebra 
sendo uma molécula que não é absorvida. 
Monossacarídeos: estrutura mais simples encontrados 
nos carboidratos, são moléculas extremamente pequenas 
(Ex.: glicose, galactose (encontrado no leite), frutose). 
Existem algumas condições como a intolerância a lactose 
que não permite a digestão dessa molécula que se 
acumula e causa desconfortos no indivíduo acometido por 
essa desordem. 
 
LIGAÇÕES GLICOSÍDICAS 
Junção de moléculas simples que pode gerar 
polissacarídeos e oligossacarídeos, e dentre os 
oligossacarídeos de importância para humanos estão 
os dissacarídeos, sendo os mais importantes: 
maltose, sacarose e lactose. Polissacarídeos são 
moléculas com muitos encadeamentos de 
monossacarídeos sendo os principais na dieta humana 
o amido e o glicogênio, sendo este último importante 
como reserva energética, e o primeiro como molécula 
nutricional. Existem alguns tipos de ligações 
glicosídicas sendo as mais comuns a 1,4 e 1,6 
 
onde esses números indicam justamente onde são as 
posições dos carbonos que estão sendo ligados na 
cadeia molecular. 
 
AMIDO 
O amido é basicamente composto por glicose, por isso 
pode ser chamado de 
homoglicano/homopolissacarídeo pois é composto 
pela mesma molécula base, ou seja, pelo mesmo 
monossacarídeo, sendo essas moléculas de extrema 
importância da compreensão dos carboidratos de uso 
humano. Existem também os 
heteroglicanos/heteropolissacarídeos que seus 
monossacarídeos são diversos para conformar um 
polissacarídeo. 
O amido é um carboidrato polissacarídeos genérico, 
que representa de forma geral várias moléculas, sendo 
Dalton Willians S Arandas - Medicina 
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possível encontrar amidos simples (poucos ramificados 
e, portanto, mais fáceis de serem absorvidos pelo corpo, 
são absorvidos mais rápidos também, por exemplo 
trigo processado encontrado em pães), porém é 
possível encontrar amigos complexos (com várias 
ramificações são mais dificilmente absorvidos e 
demoram mais para serem quebrados, por exemplo o 
encontrado em tubérculos como batata doce). Sob essa 
ótica é possível afirmar que carboidratos mais 
complexos são melhores numa dieta balanceada pois 
dão uma melhor sensação de saciedade e liberam as 
glicoses mais lentamente dando um tempo para o corpo 
absorver. 
Os carboidratos são divididos em dois grandes grupos: 
aldeídos e cetonas. Para diferenciar esses carboidratos 
se dá pela localização da carbonila, pois se a carbonila 
está localizada na extremidade da molécula já se sabe 
que o carboidrato é um aldeído, já se a carbonila está 
no meio da cadeia o carboidrato é classificado em 
cetona. Por exemplo, a glicose é aldeído com 6 
carbonos (aldohexose) pela posição da carbonila e a 
frutose é uma cetona. 
 
Na formação da ciclização os aldeídos vão formar anéis 
maiores, porque quem vai interagir na formação do anel 
é a carbonila, já as cetonas formam anéis menores. As 
hexoses, que são monossacarídeos alimentares com 6 
carbonos em sua composição, em média formam anéis 
com 3 a 4 voltas. Pelo contexto de ter várias isomerias 
nos carboidratos há muitas aldoses e cetoses. 
Tipos de ligações glicosídicas: alfa e beta 
Alfa: é quando a hidroxila (OH) fica para baixo no 
plano geométrico do anel (colocar imagem); 
Beta: é quando a hidroxila (OH) fica para cima do 
plano geométrico do anel. (Colocar imagem) 
Sendo as ligações glicosídicas do tipo alfa as melhores 
ligações de serem quebradas e metabolizadas pelo 
corpo, já as ligações glicosídicas do tipo beta são mais 
difíceis de serem quebradas, principalmente as ligações 
 betas entre glicoses, sendo necessária a presença de 
uma enzima para essa quebra a celulase. Por esse 
motivo a celulose não é absorvida pelo organismo 
humano. 
Glicogênio – polissacarídeo com ligações alfa 1,4 e 
alfa 1,6 que são utilizados como reserva muito 
encontrados no fígado e nos músculos, existem 
enzimas no corpo que sintetizam e quebram o 
glicogênio no corpo. O armazenamento do glicogênio 
nesses tecidos se dá pelo motivo que o músculo gasta 
muita energia por isso deve-se ter um volume de 
reserva a disposição dado a alta demanda de 
carboidratos. O tecido hepático tem um contexto de 
funcionalidade muito bom por isso o fígado é um dos 
locais de armazenamento do glicogênio.

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