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_IMPUTAÇÃO DO PAGAMENTO

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ROTEIRO APRESENTAÇÃO SEMINÁRIO- IMPUTAÇÃO DO PAGAMENTO.
A imputação do pagamento é considerada pela doutrina como pagamento
Indireto/ especial, sendo uma das formas para a extinguir a obrigação, onde a
satisfação do credor e liberação do devedor não se efetivam em decorrência da
realização das prestações, mas em virtude da aplicação de determinados
pressupostos legais que garantem o efeito liberatório.
O art. 352 traz o direito do devedor que obrigado a mais de um débito da
mesma natureza, ele tem o direito de escolher qual das dívidas quitar primeiro, isso
visa favorecer o devedor ao lhe possibilitar a escolha do débito a ser extinguido.Mas
se o devedor não fizer a declaração como previsto no art. 353 o direito da escolha é
transferido para o credor e caso não haja manifestação do sujeito passivo e nem do
ativo, a imputação será feira pela norma jurídica, conforme as regras a imputação
legal.
Para ocorrer a imputação do pagamento é ocorre quando o devedor se
encontra obrigado a mais de um débito da mesma natureza ( deve ter por objeto
coisas fungíveis de espécie e qualidades idênticas ). A imputação vai acontecer
quando o pagamento for insuficiente para saldar todas as dívidas com o credor,
sendo assim, a imputação é uma maneira de quitar do devedor de quitar os débitos
vencidos ou líquidos com o mesmo credor.
REQUISITOS PARA A IMPUTAÇÃO:
1. Pluralidade de débitos: integra o próprio conceito da imputação, que é
a existência de mais de um débito.
2. Identidade das partes: para que seja possível a imputação do
pagamento, é preciso que os débitos estejam vinculados a um mesmo
credor e devedor, devem estar dentro da mesma relação obrigacional.
3. Natureza idênticas das dívidas:os débitos tem que ser da mesma
natureza e qualidade idêntica, por exemplo: um débito é em dinheiro e
o outro consiste na entrega de algum bem, quando o devedor fizer o
pagamento em dinheiro tem terá a necessidade da imputação, pois
obviamente a dívida que está sendo quitada é em dinheiro.
4. Possibilidade do pagamento resgatar mais de um débito:Para que se
fale em imputação, é necessário que o pagamento seja suficiente para
resgatar mais de um débito, mas não todos. Exemplo: onde há três
dívidas, sendo uma de 50, uma de 100 e outra de 200 mil reais, nada
impede que o devedor pague 50 mil reais e esse pagamento seja
imputado ao débito de 100 mil reais, se o credor aceitar recebê-lo de
maneira parcelada. A lei, contudo, determina que a imputação de
pleno direito ocorrerá apenas nas situações em que o devedor pague
200 mil, por exemplo, abrindo a possibilidade de quitar o maior débito,
ou os outros dois primeiros (todos por completo). No entanto,
reitera-se, nada impede a possibilidade de quitação parcial dos
débitos, se o credor assim concordar
ESPÉCIES DE IMPUTAÇÃO:
1. Indicação do devedor: como dito anteriormente é assegurado pelo art. 352,
que a pessoa obrigada tem o direito a escolher qual débito saldar. Contudo
apresenta algumas limitações,como:
A- O devedor não pode imputar o pagamento das dívidas ainda não vencidas
quando o prazo é em benefício do credor, se for em benefício do devedor,
pode renunciar e imputar a dívida não vencida;
B- O devedor também não pode imputar o pagamento em dívida cujo
montante seja superior ao valor ofertado, salvo acordo entre as partes, pois
pagamento parcelado do débito só é permitido quando convencionado.
Situação já descrita acima.
C- O devedor não pode pretender que o pagamento seja imputado quando a
juros vencidos, pois o credor tem o direito de receber primeiramente os juros
e depois a dívida quitada.
2. Por vontade do credor: vai ocorrer quando o devedor não declara qual das
dívidas quer pagar. Nesse sentido, como disposto no art.353 em que fica
determinado que se o devedor aceita a determinação de qual débito será
quitado, o débito escolhido pelo credor, nada mais poderá ser feito, salvo se
houver algum tipo de coação.
3. Imputação por vontade da lei: se o devedor não fizer a indicação de qual
dívida quer pagar r como disposto no art.352 ou se o credor também não se
manifestarem, o art.355 define que a imputação será feita nas dívidas
líquidas e vencidas em primeiro lugar, e se todas forem líquidas e vencidas
ao mesmo tempo a imputação far-se-á na mais onerosa, e o art. 354 dispõe
um pequeno cronograma:
O art 354, traz que o pagamento deve ser feito primeiramente dos
juros vencidos e depois no capital. A imputação se fará nas dívidas líquidas e
vencidas em primeiro lugar, em suma as mais antigas.
Em caso se todas forem líquidas e vencidas ao mesmo tempo se fará a
imputação da mais onerosa, sendo inicialmente a dívida de maior valor,
podendo ser aquela que apresentar maior taxa de juros no quesito
comparativo.
Não havendo juros, sendo as dívidas líquidas e vencidas ao mesmo tempo
iguais, a imputação será relacionada a todas as dívidas na mesma
proporção.

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