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Do Adimplemento e Extinção das Obrigações

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Do Adimplemento e Extinção das Obrigações
● Transitoriedade do vínculo obrigacional: não existe obrigação perpétua e o pagamento
(cumprimento da prestação) é o principal meio de extinguir uma obrigação, mas não é o único.
Mod�� extintiv�� da� obrigaçõe�:
● Pagamento direto: é quando a prestação é executada na forma originária, sem alteração.
● Pagamento indireto: é quando a prestação é executada de forma diversa da originária.
(Pagamento em consignação, pagamento com sub-rogação, dação em pagamento e imputação do
pagamento)
● Sucedâneos do pagamento: modos extintivos das obrigações sem pagamento (novação,
compensação, confusão e remissão)
● Execução forçada: o credor irá satisfazer seu crédito através dos meios coercitivos (ex:
penhora e busca e apreensão).
Pagament�
● Cumprimento da prestação (ex: entrega da coisa e realização de serviço)
● Espécies: direto e o indireto
● Princípios:
1. boa-fé objetiva= análise do comportamento, conduta das partes que devem cooperar uma com a
outra para o adimplementos de forma menos onerosa para o devedor;
2. Pontualidade= aquele que irá cumprir a prestação deverá observar o tempo, lugar e forma do
pagamento. Mora não é sinônimo de atraso e sim de inadimplemento.
● Requisitos objetivos de eficácia do pagamento: extinguir uma obrigação
I. Existência de uma relação obrigacional= é necessário que exista uma rel. obrig. prévia para
justificar o acréscimo patrimonial. Do contrário, configura enriquecimento ilícito.
II. Animus solvendi= intenção daquele que paga de satisfazer uma obrigação, do contrário
configura uma doação (liberalidade).
I. Cumprimento da prestação
Que� pag� (solven�): A�� 304, 305 � 307 d� CC
● Requisitos subjetivos para ter legitimidade de pagar
1. Devedor: é aquele que assume pessoalmente a prestação
2. Terceiro interessado: interesse jurídico no pagamento = se o devedor não cumprir a prestação,
o terceiro irá sofrer as consequências patrimoniais do inadimplemento. Efeito: o terceiro
interessado se sub-roga automaticamente em todos os direitos, garantias e privilégios do credor.
Ex: fiador, herdeiro, sublocatário
➔ Se o credor se opuser ao pagamento da dívida, o interessado poderá usar todos os meios
necessários para a exoneração do devedor (exceto se for personalíssima)
➔ O credor não é obrigado a aceitar o pagamento de um terceiro quando a obrigação do
Devedor primitivo for personalíssima, a obrigação tem que ser paga pelo próprio Devedor
➔ Art. 306. O pagamento feito por terceiro, com desconhecimento ou oposição do devedor, não
obriga a reembolsar aquele que pagou, se o devedor tinha meios para ilidir a ação (se o
devedor provar que tinha como extinguir a ação)
3. Terceiro não interessado: interesse moral (amizade, do parentesco e relações afetivas), se o
devedor não cumprir a prestação, o terceiro NÃO irá sofrer as consequências patrimoniais. Formas
de intervenção:
★ Pagamento em nome próprio= direito apenas ao reembolso do que pagou
★ Pagamento em nome do devedor= ele fez uma liberalidade (doação)
★ O pagamento feito por terceiro, com desconhecimento ou oposição do devedor, não obriga a
reembolsar aquele que pagou, se o devedor tinha meios para ilidir a ação
★ Se o não interessado pagar antes de vencida a dívida, só terá direito ao reembolso no
vencimento da dívida (Se Maria pagar a dívida do filho um mês antes do vencimento, só
poderá exigir o reembolso na data que venceria a dívida)
● Pagamento mediante transferência da propriedade: se o devedor (ou terceiro) pagar a dívida
com um objeto (bem móvel ou imóvel), esse pagamento só terá eficácia se a pessoa que deu o objeto
era proprietária do bem ou tinha legitimidade para dar o bem em pagamento
★ Convalidação: o devedor adquiriu a propriedade do bem após a sua entrega, após o
pagamento.
★ Bens fungíveis (móvel que pode ser substituído por outro da mesma espécie, quantidade e
qualidade): se o devedor (ou terceiro) pagar a dívida com um bem fungível e essa já tiver
sido consumido pelo Credor o pagamento terá eficácio se o Credor estiver de boa-fé
★ Requisitos para que o pagamento tenha eficácia, mesmo que o devedor tenha dado um
objeto que não lhe pertence: que o bem seja fungível, que o credor tenha agido de boa fé
ao receber o bem em pagamento e que o bem já tenha sido consumido pelo credor
ex: Ana, a devedora, tem que entregar vidros de palmito a Romário (bem fungível), o credor. Ana entregou os
palmitos para Romário e este deu um recibo de quitação da dívida para Ana. Depois de alguns meses Romário
recebe a visita de Mônica, irmã de Ana, que disse que os vidros de palmito lhe pertenciam. Monica pediu os
palmitos, e Romário disse que não poderia devolver pois já havia consumido. O pagamento tem eficácia, pois
Romário estava de boa-fé, mesmo que Ana não fosse a proprietária. Romário não terá obrigação de devolver
os vidros de palmito para Mônica, por ser um bem fungível já consumido
Que� receb� (accipien�): A��. 308, 309, 310, 311
● Requisitos subjetivos para ter legitimidade de receber o pagamento: é importante saber para
quem pagar a dívida, pq quem paga mal paga duas vezes
1. Credor ou seu representante: a regra é o pagamento ser realizado ao credor ou quem lhe
representa.
2. Terceiro: desde que o credor ratifique (confirme) o pagamento, ou que se prove que o
pagamento foi revertido ainda que indiretamente para o proveito do credor. Mas em regra
quem paga errado paga duas vezes
3. Credor Putativo: é aquele credor imaginário, a pessoa que aparentemente é o credor. O
pagamento tem eficácia liberatória se o devedor estava de boa-fé ao pagar a dívida e se o
credor realmente parecesse o verdadeiro credor
4. Credor Incapaz: a regra é que o pagamento deve ser feito à pessoa capaz.
a) Sabia que o credor é incapaz: o pagamento somente será válido se provar que o pagamento foi
revertido ainda que indiretamente para o credor incapaz
b) Não sabia nem tinha como saber que o credor era incapaz: o pagamento é válido
5. Portador da quitação: presunção é relativa, ou seja, admite prova em contrário.
considera-se autorizado a receber o pagamento o portador da quitação (recibo de
pagamento, declaração de quitação, cheque que foi devolvido sem fundo), salvo se as
circunstâncias contrariarem a presunção de que o portador está autorizado a receber o
pagamento
ex: João fez um tratamento na clínica e mesmo sabendo que Maria havia sido demitida do emprego, pagou os
RS 10.000 para Maria por ela portar o recibo de quitação da Clínica. Nesse caso é evidente que as
circunstâncias do caso contrariem a presunção de que maria (mesmo tendo o recibo em mãos) estava
autorizada a receber o pagamento da dívida, por ela não trabalhar mais na clínica
Objet� d� Pagament�
● Objeto da prestação = a coisa ou o serviço que recai a prestação
● Princípio da identidade (313,C.C): o credor não é obrigado a receber prestação diversa da que
lhe é devida, ainda que mais valiosa, uma vez que a entrega de objeto diverso não resolve a
obrigação. Para que se e a quitação do débito com objeto diverso é necessário um acordo
convencionado entre credor e devedor, onde o credor pode consentir em receber prestação diversa
da que lhe é devida. (Dação em pagamento)
● Princípio da indivisibilidade (314,C.C): ainda que a obrigação tenha por objeto prestação
divisível, não pode o credor ser obrigado a receber, nem o devedor a pagar, por partes, se não
houver convenção em contrário das partes
● A moeda tem 3 valores diversos:
1. valor intrínseco: aquele que corresponde ao valor do material de que é produzida
2. valor nominal: valor que é imposto pelo estado
3. valor comercial: se traduz na estimativa da moeda como uma mercadoria e que, portanto,
está sujeito a oscilações do mercado
● Obrigação pecuniária (pagamento em dinheiro) o pagamento consiste na entrega de dinheiro.
➔ Dívida em dinheiro: o dinheiro é o próprio objeto da prestação. Quando ela for paga ela tem
que retratar o seu valor nominal (princípio do nominalismo)
➔ Dívida de valor: é aquela que o dinheiro“valora” o objeto da prestação, a moeda é apenas
um meio para retratar uma dívida, mas não é a própria dívida. É um tipo de débito relativo a
um investimento, um bem ou patrimônio, no qual é possível obter-se um valor monetário
sobre, mas não necessariamente é o seu intuito (exemplo, um imóvel financiado tem seu início
como uma dívida de R$151 mil reais, mas é algo que sofrerá variações de acordo com o local e
o mercado)
➔ Moeda de curso forçado: a única moeda cujo recebimento/pagamento é obrigatório no país
➔ Moeda de curso legal: são todas aquelas admitidas em lei como pagamento (315,C.C)
➔ Cláusula de escala móvel (316,C.C): exceção ao princípio do nominalismo. É lícito
convencionar o aumento progressivo de prestações sucessivas, mesmo alterando o próprio
valor nominal. Em razão da obrigação de que se pague pelo valor nominal (Art. 315) - o que às
vezes conduziria ao pagamento de prestação de valor menor em tempos e inflação- o
legislador permitiu às partes que convencionarem as cláusulas monetárias ou de escala móvel
➔ A dívida de dinheiro é mutável, uma vez que a atualização monetária não viola o
nominalismo, pois não gera acréscimos, apenas atualiza o próprio valor nominal (a correção
monetária não é uma exceção ao princípio do nominalismo pq ela não altera o valor nominal,
ela apenas ajusta o valor monetário)
➔ Não é Teoria da Imprevisão, pois tem requisitos próprios indo além das dívidas de dinheiro,
retratando a teoria da revisão judicial (317,C,C): Quando, por motivos imprevisíveis,
sobrevier desproporção manifesta entre o valor da prestação devida e o do momento de sua
execução(quando a prestação comparada com ela mesma em momentos diferentes evidencia
um desequilíbrio totalmente desproporcional), poderá o juiz corrigi-lo, a pedido da parte
lesada, de modo que assegure, quanto possível, o valor real da prestação (haverá uma
mudança do valor nominal, pq este já n é mais real, sendo assim uma exceção ao nominalismo)
➔ Moeda estrangeira e em ouro (318,C,C): são nulas as convenções de pagamento em ouro ou
em moeda estrangeira, bem como para compensar a diferença entre o valor desta e o da
moeda nacional, excetuados os casos previstos na legislação especial (Ex: contratos
internacionais
Prov� d� Pagament�
● Quitação ou recibo (319, C.C): o devedor que paga tem direito a quitação regular, e pode reter o
pagamento, enquanto não lhe seja dado (a recusa do credor em dar a quitação, deixa-o em mora),
podendo o devedor consignar o pagamento
➔ Requisitos da quitação regular (320, C.C): A quitação, que sempre poderá ser dada por
instrumento particular, designará o valor e a espécie da dívida quitada, o nome do devedor,
ou quem por este pagou, o tempo e o lugar do pagamento, com a assinatura do credor, ou do
seu representante.
➔ Já que as práticas comerciais têm que ser respeitadas, e sendo incomum um recibo na vida
cotidiana conter todos os elementos do art. 320 o parágrafo único do mesmo diz que ainda
sem os requisitos estabelecidos neste artigo valerá a quitação, se de seus termos ou das
circunstâncias resultar haver sido paga a dívida (320, C.C)
● Presunções de quitação: todas são relativas (admitem provas em contrário)
I. Art. 321. Nos débitos, cuja quitação consista na devolução do título, perdido este, poderá
o devedor exigir, retendo o pagamento, declaração do credor que inutilize o título
desaparecido (sendo uma presunção relativa, se for um título de crédito, esse título pode
estar na mão de um portador de boa-fé e essa declaração não terá efeito nenhum contra ele,
uma opção melhor seria fazer consignação, pq vc tem dúvida de quem é o credor, uma vez que
não sabe com que está o título)
II. Prestações sucessivas (322, C.C): quando o pagamento for em quotas periódicas, a quitação
da última estabelece, até prova em contrário, a presunção de estarem solvidas as anteriores.
Relativa pois basta o credor demonstrar que as anteriores não estão pagas
III. Capital e juros (323, C.C): sendo a quitação do capital sem reserva dos juros, estes
presumem-se pagos. ex: quando o credor dá a quitação de que o capital foi pago, sem falar
dos juros, presume-se que estes tb foram pagos (pq o juros é o acessório do capital)
IV. Entrega do título (324,C.C): a entrega do título ao devedor firma a presunção do pagamento,
ficando sem efeito a quitação assim operada se o credor provar, em sessenta dias, a falta do
pagamento
V. Despesas (325,C.C): o devedor deve pagar as despesas com o pagamento e a quitação; se
ocorrer aumento por fato do credor, suportará este a despesa acrescida.
VI. Pagamento por medida ou peso (326, C.C): Se o pagamento se houver de fazer por medida,
ou peso, entender-se-á, no silêncio das partes, que aceitaram os do lugar da execução
Luga� d� pagament�
● Efetuar-se-á o pagamento no domicílio do devedor, salvo se as partes convencionarem
diversamente, ou se o contrário resultar da lei (328.C.C, se o pagamento consistir na tradição de um
imóvel, ou em prestações relativas a imóvel, far-se-á no lugar onde está situado o bem), da natureza
da obrigação ou das circunstâncias (um contrato de trabalho que o pagamento tem que ser feito no
local de trabalho).
● Designados dois ou mais lugares, cabe ao credor escolher entre eles.(327, C.C)
● Caso fortuito ou força maior (329,C.C): ocorrendo motivo grave para que se não efetue o
pagamento no lugar determinado, poderá o devedor fazê-lo em outro, sem prejuízo para o credor.
● Alteração tácita do lugar do pagamento (330,C.C): o pagamento reiteradamente feito em outro
local faz presumir renúncia do credor relativamente ao previsto no contrato
★ ex: estava expresso no contrato de locação que o pagamento seria feito na casa do locador
(credor), mas durante 1 ano tem sido feito na casa do locatário(devedor), que recebe a
quitação do credor a cada pagamento, nesse caso presume-se que o credor renunciou a
escolha do local. Havendo recusa do credor em receber o pagamento na casa do credor este
estará inadimplente e o devedor pode fazer consignação em pagamento)
Temp� d� pagament�
● Obrigação sem termo (331 C.C): não tendo sido ajustada época para o pagamento, pode o credor
exigi-lo imediatamente. O fato de o credor pode exigir imediatamente, não significa que o devedor
já está submetido aos efeitos da mora. O devedor tem que ser notificado, se depois de notificado
ele não pagar, aí está em mora.
➔ termo tácito: pode não ter termo convencionado entre as partes, mas pode ter um termo
decorrente da natureza e da finalidade da relação obrigacional (ex: Jorge emprestou um
trator para José, sem prazo, para este colher a sua safra, como não tem termo Jorge pede o
trator de volta sendo que José ainda nem começou, como a finalidade do uso não foi
concretizada, então mesmo não tendo prazo Jorge n pode exigir a restituição do trator)
➔ termo legal: a própria lei estabelece um prazo
● Obrigação a termo: as partes já sabem previamente a data do pagamento.
➔ Pagamento antecipado (133, C.C): de regra o prazo para pagamento é a favor do devedor,
então ele pode renunciar a pagar antes da data
➔ Antecipação do vencimento (333, C.C); exclusivamente judicial
Art. 333. Ao credor assistirá o direito de cobrar a dívida antes de vencido o prazo estipulado no contrato
ou marcado neste Código:
I - no caso de falência do devedor, ou de concurso de credores;
II - se os bens, hipotecados ou empenhados, forem penhorados em execução por outro credor;
III - se cessarem, ou se se tornarem insuficientes, as garantias do débito, fidejussórias, ou reais, e o
devedor, intimado, se negar a reforçá-las.
Parágrafo único. Nos casos deste artigo, se houver, no débito, solidariedade passiva, não se reputará
vencido quanto aos outros devedores solventes
● Obrigação condicionada (322, C.C): esta obrigação somente pode ser exigida quando ocorrer o
evento futuro e incerto, cabendo ao credor provar que o evento aconteceu e que mesmo o devedor
tendo ciência, n compriu a obrigação; ja sendo possível a exigibilidade do comprimento
Consignaçã�e� pagament�(334 A 345, C .C)
● É um pagamento Indireto: quando a prestação for executada de forma diversa da originária
● CONSIGNAR = DEPOSITAR
● Direito do solvens (aquele que paga): o solvens além de ter a obrigação de pagar, tem o direito
de pagar. A consignação é um instrumento que irá viabilizar o exercício deste direito, sempre que
um motivo alheio à vontade do solvens impedir o pagamento.
● Partes: consignante (é aquele faz o depósito) e consignatário (é aquele em favor de quem se faz
o depósito)
● Modalidades: extrajudicial (bancos) ou judicial (ação judicial). Quando o objeto consignador for
dinheiro, o consignante pode escolher entre as 02 modalidades.
● Pressup�st�� Subjetiv��:
1. Legitimidade ativa: consignante
a) devedor
b) Terceiro interessado
c) Terceiro não interessado desde que faça em nome do devedor e sem oposição do deste
2. Legitimidade passiva: consignatário.
a) Credor ou seu representante
● Pressup�st�� Objetiv��: objet�, luga� � temp�
a) Objeto: é uma coisa móvel ou imóvel. Não cabe consignação nas obrig. de não fazer e de fazer
pura (prestação de serviço)
b) Lugar da consignação é o mesmo lugar do pagamento, cessando para o depositante, os juros da
dívida e os riscos, salvo se for julgado improcedente.
c) Tempo: não tem prazo mínimo nem máximo para a consignação, no entanto, o depósito ainda deve
ser útil ao credor (principal + juros + multa + encargos)
● Efeit�� d� dep�sit�
➔ Sentença procedente: o consignatário é o inadimplente e irá arcar com as despesas
processuais e com os riscos de conservação da coisa depositada
➔ Sentença improcedente o consignante é o inadimplente ‘’’’
● Levantament� d� dep�sit�
➔ Antes da manifestação da aceitação do depósito pelo credor ou da contestação:
hipótese de quando o devedor se arrepende do depósito, ele pode pode fazer o levantamento
desde de que o credor não tenha exteriorizado uma aceitação do depósito e ou não teve
impugnação, pagando as respectivas despesas, e subsistindo a obrigação para todas as
consequências de direito.
➔ Após a contestação e antes da sentença: o credor que, depois de contestar a lide ou
aceitar o depósito, aquiescer no levantamento (só não pode concordar depois da decisão de
legitimidade do depósito), e como toda percussão negativo tem efeitos pessoais, o credor
perde a preferência e a garantia que tinha com à coisa consignada, e aqueles devedores,
co-devedores e fiadores que não concordaram/anuíram com o levantamento ficam liberados/
desobrigados
➔ Após julgado procedente o depósito: o devedor já não poderá levantá-lo, embora o credor
consinta, senão de acordo com os outros devedores e fiadores.
● Hipótese� autorizadora� : � ro� � exemplificativ�
Art. 335. A consignação tem lugar:
I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar
quitação na devida forma; dívida quesível (dívida portável – domicílio do credor)
II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição
devidos; (dívida quesível – domicílio do devedor)
III - se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou
residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil;
IV - se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do
pagamento;
V - se pender litígio sobre o objeto do pagamento.
● Quando a coisa é imóvel: viabiliza o depósito. Se a coisa devida for imóvel ou corpo certo que
deva ser entregue no mesmo lugar onde está, poderá o devedor citar o credor para vir ou mandar
recebê-la, á que não pode transportar esse bem, caso o credor não colabore em vir receber ou não
mandar um representante receber, a coisa será considerada depositada
● Uma obrigação de coisa incerta ou pluralidade de prestações (alternativa): se a escolha da
coisa indeterminada competir ao credor, será ele citado para esse fim, sob cominação de perder o
direito e de ser depositada a coisa que o devedor escolher
● Quando tem litígio de quem é o credor: o devedor de obrigação litigiosa exonerar-se-á
mediante consignação, mas, se pagar a qualquer dos pretendidos credores, tendo conhecimento do
litígio, assumirá o risco do pagamento (quem paga mal paga duas vezes)
● Hipótese para que o credor provocar o devedor a consignar: se a dívida se vencer, pendendo
litígio entre credores que se pretendem mutuamente excluir, poderá qualquer deles requerer a
consignação (há um litígio entre credores, qualquer dos credores pode provocar o devedor a
consignar, para quando o litígio for resolvido o credor verdadeiro tenha sua prestação paga)
Su�-Rogaçã�(346 � 351,C .C)
● É um pagamento Indireto: quando a prestação for executada de forma diversa da originária
● Definição de sub-rogar: SUBSTITUIR; TRANSFERIR
● O vínculo jurídico e a prestação permanecem a mesma, o único elemento que é afetado é o
elemento subjetivo (quanto ao sujeito)
● Pode ser pessoal (de sujeitos) ou real (de coisas), no direito das obrigações vê só sobre pessoas
➔ Sub-rogação subjetiva (sujeito) ativa (credor): é a transferência do crédito para aquele que
solveu (pagou) a obrigação de outrem ou emprestou o necessário para isso.
● Espécies:
a) Sub-rogação legal: é automática, não precisa de convenção, não há ato de vontade, é de pleno
direito (as hipóteses de sub-rogação legal vão além do artigo 346, estão espalhadas pelo código)
➔ do credor que paga a dívida do devedor comum: devedor comum é o que está vinculado a
dois ou mais credores, aqui um desses devedores delibera por solver (pagar) o débito
relativo a outro credor (até por uma estratégia)
➔ do adquirente do imóvel hipotecado, que paga a credor hipotecário, bem como do
terceiro que efetiva o pagamento para não ser privado de direito sobre imóvel:
exemplifica situações do terceiros interessados
➔ do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em
parte.
➔ O sub-rogado não poderá exercer os direitos e as ações do credor, senão até a soma que tiver
desembolsado para desobrigar o devedor.(se sub-roga no que pagou, pagou 100 se sub-roga nos 100)
➔ O credor originário, só em parte reembolsado, terá preferência ao sub-rogado, na cobrança da
dívida restante, se os bens do devedor não chegarem para saldar inteiramente o que a um e
outro dever: paga 50 da dívida de 100, agora tem credor originário e credor sub-rogado, e se os
bens do devedor não for suficiente para pagar os dois, quem tem preferência é o credor originário
b) Sub-rogação convencional: desvio de perspectiva do instituto, considerado um tipo de sessão
de crédito, depende de estipulação entre as partes (diferente da cessão de crédito que o crédito
pode ser cedido sem prévio pagamento, na sub-rogação convencional, é preciso haver pagamento)
➔ quando o credor recebe o pagamento de terceiro não interessado (que paga em nome
próprio) e expressamente lhe transfere todos os seus direitos
➔ Quando terceira pessoa não interessada empresta ao devedor a quantia precisa para
solver a dívida, sob a condição expressa de ficar o mutuante (aquele que emprestou)
sub-rogado nos direitos do credor satisfeito (despreza-se o consentimento deste) B
empresta A pra pagar a dívida a C, mas põe a condição de só emprestar se ele sub-rogar no
lugar do credor (C)
● Efeitos da Sub-rogação
➔ Liberatório: o credor satisfeito (originário) é liberado do vínculo obrigacional.
➔ Translativo: transferência dos direitos, garantias e privilégios do credor que teve seu
crédito satisfeito para o credor sub-rogado.
Imputaçã� d� pagament� (352 � 355, C .C)
● É um pagamento Indireto: quando a prestação for executada de forma diversa da originária
● Imputar = indicar, ESCOLHER, atribuir, “é esse!; é aquele!”.
● É quando tem uma pluralidade de obrigações entre os os mesmos sujeitos, e não tendo
recursos para solver todas, pudesse escolher qual delas vai pagar, mas para que seja possível a
extinção da obrigação as obrigações precisam ser da mesma natureza, pq se entregar diferente vai
estar violando o princípio daidentidade
● OBS:
★ dação pro solvendo/ em comprimento não extingue a obrigação, por isso n é igual a dação em
pagamento
★ Na dação apenas é substituída a prestação, ao contrário da novação que é o vínculo
obrigacional que é substituído
● Requisit�� par� � devedo� indica� qua� débit� va� solve�
a) Pluralidade de débitos: é indispensável a multiplicidade de débitos, se não haveria escolha;
b) Identidade de partes: as diversas obrigações devem ser entre o mesmo devedor e credor;
c) Possibilidade do pagamento resgatar (pagar) uma ou outra dívida integralmente e não todas:
se a quantia for suficiente apenas para quitar integralmente uma das dívidas não haverá que se
falar em imputação. (X tem uma obrigação de 10, uma de 20, uma de 30 e uma de 50 com Y, mas ela
só tem o recurso de 40 reais, ela tem o direito subjetivo de escolher qual ela vai solver, podendo
escolher solver na integralidade duas ao mesmo tempo. Não podendo, pelo princípio da
indivisibilidade, fracionar aos débitos)
d) Dívidas da mesma natureza, líquidas e vencidas: da mesma natureza, isto é, reciprocamente
fungíveis: mesma espécie e qualidade (ex: todas as dívidas pecuniárias), líquidas (certas quanto a
sua existência e determinada quanto ao seu objeto) e vencidas (não há a possibilidade de fazer a
imputação de um débito que ainda não venceu, mas se o prazo/termo for a favor do devedor, ele
pode abrir mão desse prazo e imputar)
● Que� pod� imputa�
➔ Em regra a escolha é sempre do Devedor,
➔ Não tendo o devedor declarado em qual das dívidas quer imputar o pagamento, se
aceitar a quitação de uma delas, não terá direito a reclamar contra a imputação feita pelo
credor, salvo provando haver ele cometido violência ou dolo.
➔ Imputação legal: se o devedor não fizer a indicação, e a quitação for omissa quanto à
imputação(o credor não fala qual dívida está quitando, coloca só “recebido valor X”), esta se
fará nas dívidas líquidas e vencidas em primeiro lugar (as mais antigas). Se as dívidas
forem todas líquidas e vencidas ao mesmo tempo, será a mais onerosa (com maior juros)
(ex: devedor entrega os recursos, o credor recebe e tb não fala qual dívida está quitando, houve
uma omissão dos dois lados, nesse caso entra a imputação legal, é a lei quem vai supletivamente
dizer qual débito será quitado)
➔ Exceção ao requisito de pluralidade de obrigações: é quando há uma obrigação com várias
prestações, havendo capital e juros, o pagamento imputar-se-á primeiro nos juros
vencidos(pq juros é acessório, regra regra de acessoriedade), e depois no capital, salvo
estipulação em contrário (havendo capital (10 mil) e juros vencidos (8 mil): pagamento de 10
mil: imputar-se-á primeiro nos juros vencidos)
Daçã� e� pagament� (356 � 359,C .C)
● É um pagamento Indireto: quando a prestação for executada de forma diversa da originária
● Renúncia ao princípio da identidade (313, C.C): o credor não é obrigado a receber prestação
diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa.
● Requisit��
a) preexistência de um vínculo obrigacional entre as partes: caso não existe débito anterior,
haverá uma doação;
b) acordo de vontade (bilateral) entre credor e devedor: pode ser verbal ou escrita, expressa ou
tácita; NÃO EXISTE DAÇÃO EM PAGAMENTO LEGAL ou UNILATERAL
c) diversidade entre a prestação oferecida e a originária: não é necessário que o objeto
substitutivo seja do mesmo valor ou natureza do objeto substituído e esta alteração do objeto
ocorre na MESMA RELAÇÃO OBRIGACIONAL
● Regra� Especiai�:
➔ Compra e venda: se o credor receber a prestação diversa por um preço certo e
determinado, aplica-se às regras da compra e venda
➔ Cessão de crédito: se for título de crédito a coisa dada em pagamento, haverá além de
dação uma cessão de crédito, aplicando-se todas as regras deste
➔ Evicção: se essa prestação diversa que você recebeu, vc vier a perdê-la pelo legítimo
proprietária, pq o seu credor é evicto (perdeu de um bem por ordem judicial ou
administrativa, em razão de um motivo jurídico anterior à sua aquisição) haverá o
restabelecimento da obrigação originária(como se não tivesse havido dação), ficando sem
efeito a quitação dada, ressalvados os direitos de terceiros (ex: se a relação obrigacional
for garantida por um fiador, e o credor aceitar a dação, mas vier a perdê-la por evicção,
essa garantia do fiador não retorna)
Novaçã� (A��. 360 � 367)
● É um dos sucedâneos do pagamento: modos extintivos das obrigações sem pagamento (há uma
corrente doutrinária que entende que os sucedâneos são modalidades de pagamento indireto)
● É um acordo de vontades; não existe novação legal
● Duplo efeito: criação de uma nova obrigação primeiro para depois extinguir a obrigação anterior
● Modo extintivo não satisfatório: o credor não terá a satisfação imediata do seu crédito, uma
vez que deverá aguardar o cumprimento da nova obrigação.
● Espécie�
1. Novação Objetiva: alterações secundárias e acessórias (alteração do prazo, inclusão de multa,
alteração ou inclusão de garantias) não configuram novação; o que configura é a: mudança do objeto
(a nova obrigação consiste na entrega de uma coisa e a obrigação anterior consistia na entrega de
dinheiro); mudança da natureza obrigação ( a nova é uma obrig. Infungível e a anterior fungível)
2. Novação Subjetiva Ativa: altera o credor da obrigação anterior
A (é devedor de B) → B (é credor de A e devedor de C) → C nova obrigação: A → C
3. Novação Subjetiva Passiva: altera o devedor da obrigação anterior
➔ por delegação: a nova obrigação tem a participação (manifestação de vontade) do credor
(aceitar o novo devedor), devedor antigo e novo devedor (de assumir a obrigação).
TRILATERAL. Sendo que se o novo devedor for insolvente, não tem o credor, que o aceitou,
ação regressiva contra o primeiro, salvo se este obteve por má-fé a substituição (ao
contrário do que acontece na assunção)
➔ por expromissão: a nova obrigação é celebrada diretamente entre credor e novo devedor,
uma vez que o devedor da obrigação anterior será expulso. BILATERAL
● Requisit�� Cumulativ��
➔ existência de uma obrigação anterior válida: não cabe novação de obrigação inexistente ou
que já foi extinta, bem como das nulas, no entanto, cabe novação das anuláveis (pq elas
podem ser convalidadas).
➔ constituição de uma nova obrigação: a nova obrigação deve ser substancialmente diversa
da anterior (seja no objeto e/ou no sujeito ativo ou passivo)
➔ Animus novandi: tem que estar expresso a vontade de novar, a novação não se presume; na
dúvida não tem novação e sim coexistência de 02 obrigações (ex: é comum os bancos
colocarem em contratos “isso não é uma novação
● Efeit��
Garantias: pessoais (fiança e aval) e reais (hipoteca, penhor e anticrese): como são
acessórios, de regra são extintos juntos com a obrigação. No entanto, desde que tenha
estipulação e anuências dos garantidores (ex: fiador), as garantias podem permanecer na
NOVA obrigação.
Devedor solidário: Operada a novação entre o credor e um dos devedores solidários,
somente sobre os bens do que contrair a nova obrigação subsistem as preferências e
garantias do crédito novado. Os outros devedores solidários ficam por esse fato exonerados
(4 devedores para 1 credor, o credor chama só um devedor para fazer uma novação, nesse
caso, os outros devedores ficam exonerados da obrigação por que esta foi extinta pela
novação)
Compensaçã�(A��. 368 � 380)
● É um dos sucedâneos do pagamento: modos extintivos das obrigações sem pagamento (há uma
corrente doutrinária que entende que os sucedâneos são modalidades de pagamento indireto)
● Débitos e créditos contrapostos: É o modo de extinção das obrigações entre pessoas que são,
simultaneamente, credoras e devedoras uma da outra.
● Pode ser Total ou parcial (créditos e débitos do mesmo valor ou diferentes)
● Tem por finalidade evitar:
★ a circulação inútil da moeda
★ o duplo pagamento
★ e o risco de insolvência do credor pago.
● Outros tipos de compensação:
A. Convencional: não estuda-see pois não precisaobservar os requisitos da compensação legal,
uma vez que decorre da vontade das partes
B. Judicial: é aquele declarada judicialmente quando preenchido os requisitos da compensação
legal
● Requisitos da Compensação legal
1. Reciprocidade: o devedor de uma obrigação tem que ser o credor da outra e vice-versa. O
terceiro interessado se equipara ao devedor e pode alegar a compensação(exceção ao
personalíssimo, o fiador pode alegar o crédito do afiançado com o credor e fazer a
compensação, mas o devedor não pode alegar um crédito do fiador com o credor pois ele é
mero garante), mas o representante legal ou convencional NÃO
2. Liquidez: aquela certa quanto a sua existência e determinado quanto ao seu objeto, isto é,
seu montante é apurado, determinado
3. Vencimento: exigibilidade, é necessário que as dívidas estejam vencidas, pois só assim
podem ser exigidas. Os prazos de favor (é aquele cujo prazo de pagamento foi prorrogado
pelo credor), embora consagrados pelo uso geral, não impedem a compensação
4. Fungibilidade: as prestações devem ser reciprocamente fungíveis (dívida de dinheiro só
compensa com dívida em dinheiro, café com café, açúcar com açúcar)
● Renúncia à compensação (375, C.C)
★ Não haverá compensação quando as partes, por mútuo acordo, a excluírem, ou no caso de
renúncia prévia de uma delas.
★ Mútua: ambas as partes
★ Unilateral: de apenas uma das partes
● Obrigações não compensáveis (a diferença de causa nas dívidas não impede a compensação,
exceto)
★ Provenientes de esbulho, furto e roubo: de uma origem ilícita
★ Se originar de comodato, depósito e alimentos: já que só pode compensar coisa fungível, o
contrato de depósito é incompatível com os requisitos da compensação
★ Se for coisa insuscetível de penhora
★ Embora sejam do mesmo gênero as coisas fungíveis, objeto das duas prestações, não se
compensarão, verificando-se que diferem na qualidade, quando especificada no contrato
(ex: vc não me deve café, me deve café arábica, a compensação só pode ocorrer se nova
coisa da compensação tiver a mesma qualidade)
★ Um terceiro não pode compensar o débito que o devedor tem com o credor, com seu
próprio crédito com o credor (ex: o locatário não pode compensar uma dívida que tem com o
credor do locador, com a dívida que o locador tem com esse credor), pq isso violaria o
personalíssimo
★ O devedor que, notificado, nada opõe à cessão que o credor faz a terceiros dos seus
direitos, não pode opor ao cessionário a compensação, que antes da cessão teria podido
opor ao cedente. Se, porém, a cessão lhe não tiver sido notificada, poderá opor ao
cessionário compensação do crédito que antes tinha contra o cedente. ex: Ô devedor vc
numa outra obrigação tem um crédito contra mim (cedente), vc quer se opor a compensação?
estou te notificando, nesse momento ele já tem que se opor a essa compensação (se não ele
perde o direito de recusar)
● OBS:
★ Quando as duas dívidas não são pagáveis no mesmo lugar, não se podem compensar sem
dedução das despesas necessárias à operação
★ Sendo a mesma pessoa obrigada por várias dívidas compensáveis, serão observadas, as
regras estabelecidas quanto à imputação do pagamento. (Eu tenho várias obrigações que
sou devedora, e vc é credor em apenas uma delas, e eu vou fazer a compensação sem dizer
qual estou compensando, vai aplicar as regras da imputação, como pagar a mais antiga, depois
a mais onerosa…)
Confusã�
● É um dos sucedâneos do pagamento: modos extintivos das obrigações sem pagamento (há uma
corrente doutrinária que entende que os sucedâneos são modalidades de pagamento indireto)
● Uma obrigação única onde a obrigação será extinta pq um sujeito estará nos dois polos, ele
será tanto o credor quanto o devedor
★ ex: vc tem um débito com seu pai, mas ele morre e vc como único herdeiro, herda esse
crédito, como vc virou credor e devedor de si mesmo a obrigação é extinta
● Dispensa manifestação de vontade, a obrigação será extinta automaticamente por força de lei
● A confusão pode verificar-se a respeito de toda a dívida, ou só de parte dela.
● A confusão operada na pessoa do credor ou devedor solidário só extingue a obrigação até a
concorrência da respectiva parte no crédito, ou na dívida.
★ ex: 1 credor e 3 devedores solidários, um dos devedores é o único herdeiro do credor, nesse
caso caso o credor morre, só haverá a extinção da obrigação desse devedor com o credor
(pois ele se torna credor dele mesmo), herdando os créditos do pai
● Cessando a confusão, para logo se restabelece, com todos os seus acessórios, a obrigação
anterior
★ Quando a confusão é cessada por algum fato superveniente (ex: o herdeiro recusa a herança,
deixando se ser devedor e credor dele mesmo; ou então alguém dado como presumidamente
morto retorna)
Remissã�
● Negócio jurídico bilateral, pois necessita da aceitação do devedor
★ Ao contrário da renúncia, que é um ato de natureza unilateral
● Não tem natureza satisfativa, uma vez que não há pagamento, e sim um perdão da dívida
● Não pode ter prejuízo de terceiro: exemplo os credores do credor que está perdoando, se um
credor perdoa a dívida de seu devedor, mas ele próprio não tem dinheiro pra pagar o seu credo, ele
não pode fazer a remissão.
● Pode ser
➔ Expressa: ocorre quando há um exteriorização de vontade que vai ser materializada em um
instrumento público ou particular, ou seja, não há uma forma especial
➔ Tácita: situação que o credor não exterioriza que quer perdoar a dívida, a remissão é feita
por um comportamento, ou seja, a obrigação está materializada em um título particular (ou
seja, a tácita é incompatível com a obrigação materializada em título público) e o credor, sem
dizer nada, restitui voluntariamente o título para o devedor
● A restituição voluntária do objeto empenhado prova a renúncia do credor à garantia real,
não a extinção da dívida: como regra, o devedor transfere a posse direta do bem empenhado para
o credor, nessa situação se o credor, que está na posse do bem, restitui voluntariamente para o
devedor isso não significa remissão da dívida obrigacional, isso implica extinção apenas da garantia
(renúncia à garantia especial de penhor, a garantia do credor vai ser o patrimônio geral do devedor)
● A remissão concedida a um dos co-devedores extingue a dívida na parte a ele
correspondente (remissão in persona); a obrigação contínua para os outros devedores
descontada a quota perdoada (ex: era 100, a quota perdoada era 25, os demais continuam
solidários em relação ao remanescente 75)

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