Buscar

TEORIA DO PAGAMENTO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

TEORIA DO PAGAMENTO:
CONDIÇÕES SUBJETIVAS E OBJETIVAS.
1- Sentido da expressão “pagamento” e seus elementos fundamentais:
Extinção da obrigação – cumprimento voluntário- solução= pagamento
Pagamento= ADIMPLEMENTO= cumprimento voluntário de qualquer obrigação. (NÃO SÓ EM DINHEIRO- DAR FAZER E NÃO FAZER
2- Sujeitos.
Sujeito ativo do pagamento= devedor (solvens)= sujeito passivo da obrigação
Sujeito passivo do pagamento= credor (accipiens)= sujeito ativo da obrigação. 
3- Formas especiais de extinção da obrigação.
Além do pagamento, são formas especiais de extinção da obrigação:
- consignação em pagamento; pagamento com sub-rogação;imputação do pagamento; dação em pagamento; novação; compensação-transação; compromisso (arbitragem); confusão; remissão.
4- Natureza jurídica do pagamento:
O pagamento é um FATO JURÍDICO, porque produz efeitos jurídicos, na medida em que tem o condão de resolver a relação obrigacional. 
Dentro desta realidade, surgem três teorias:
a) O pagamento é um ato jurídico em sentido estrito- simples comportamento do devedor, cujo principal efeito é a extinção da obrigação.
b) O pagamento é um negócio jurídico- declaração de vontade acompanhada de “animus solvendi”. Dentro desta teoria, alguns defendem a natureza contratual, que consistiria no acordo liberatório entre as partes.
c) O pagamento é um negócio jurídico unilateral- pois prescinde da anuência da parte credora (accipiens).
Para Caio Mario, seguido por Pablo Stolze:
“Genericamente considerado, o pagamento pode, portanto, ser ou não um negócio jurídico; será unilateral ou bilateral, dependendo esta classificação da natureza da prestação, conforme para a solutio contente-se o direito com a emissão volitiva tão somente do devedor, ou para ela tenha de concorrer a participação do accipiens. 
Flavio Tartucci- divisão didática:
I- Pagamento direto.
Elementos subjetivos- Quem paga e quem recebe?
Elementos objetivos- O que se paga e como se paga?
Lugar do pagamento- Onde se paga?
Tempo do pagamento- quando se paga?
II- Regras especiais de pagamento- atos unilaterais:
-Pagamento em consignação
-Imputação do pagamento
-Sub-rogação legal.
III- Formas de pagamento indireto:- atos bilaterais ou negócios jurídicos:
_ Sub-rogação convencional
- dação em pagamento
- novação
-compensação
- confusão
-remissão 
CONDIÇÕES SUBJETIVAS DO PAGAMENTO.
1- DE QUEM DEVE PAGAR:
-Em primeiro plano, sujeito passivo da relação obrigacional é o devedor, ou seja, a pessoa que contraiu a obrigação de pagar.
-Entretanto, a lei civil admite o pagamento efetuado por terceiro, esteja ou não juridicamente interessado no cumprimento da obrigação.
- Art. 304 do CCB/02
· Duas espécies de terceiro- 
· interessado- pessoa que, sem integrar o pólo passivo da relação obrigacional-base, encontra-se juridicamente adstrita ao pagamento da dívida. Ex. fiador, sublocatário
· Não interessado- pessoa que não guarda vinculação jurídica com a elação obrigacional-base, por nutrir interesse meramente moral. Agem por solidariedade social ou familiar. Ex. pai, que paga dívida do filho maior; amigo, que paga a dívida do compradre. 
· Duas situações podem ocorrer:
a) O terceiro não interessado paga a dívida em nome e à conta do devedor (art. 304)- não tem o direito de cobrar o valor que desembolsou para solver a dívida.
b) O terceiro não interessado paga a dívida em seu próprio nome (art. 305) – tem o direito de reaver o que pagou, embora não se sub-rogue nos direitos do credor. 
Observação: 
1- Art. 306- Em caso de desconhecimento ou oposição do devedor, este não fica obrigado a reembolsar aquele que pagou, desde que o devedor tenha meios de solver a obrigação. (exemplo dos comerciantes)
2- Art. 307- pagamento que importe em transferência de domínio- o pagamento só poderá ser feito pelo titular do objeto cuja propriedade se pretenda transferir (para evitar alienação por quem não é dono)
Se for dado em pagamento coisa fungível e o credor de boa fé a recebeu e consumiu, o proprietário deverá exigir do próprio devedor primitivo as perdas e danos devidas por força da alienação indevida. 
DAQUELES A QUEM SE DEVE PAGAR (QUEM RECEBE):
O pagamento poderá ser feito:- art. 308.
- ao credor (accipiens)
- ao representante do credor =- pai que representa o filho menor- procurador – administrador da falência (VER ART. 118)
- a terceiro. ( na hipotese em que a lei autoriza) – art. 311
PAGAMENTO FEITO A TERCEIRO:
“QUEM PAGA MAL, PAGA DUAS VEZES.”
POSSIBILIDADE DE RATIFICAÇÃO DO CREDOR OU PROVA DE QUE O PAGAMENTO REVERTEU EM PROVEITO DO CREDOR- ART. 310.
CREDOR APARENTE OU PUTATIVO- ART. 309- VALIDADE DO PAGAMENTO- EXONERAÇÃO DO DEVEDOR.
Credor putativo é aquele que, em razão de seu comportamento, parece ser o próprio credor. 
Teoria da aparência - Ex. funcionário de fato 
O credor putativo se comporta de modo a fazer com que o devedor acredite ser ele o próprio credor, ou seu representante. 
Ex. pagamento feito pontualmente por condômino a empresa que administrava o condomínio, mas teve o contrato rescindido por decisão da assembléia, sem conhecimento do devedor, que recebeu os boletos em sua residência, remetidos após a rescisão do contrato.
O pagamento será válido e o condomínio terá que se ressarcir com a empresa. 
REQUISITOS DE VALIDADE DO PAGAMENTO A CREDOR PUTATIVO:
- BOA FÉ DO DEVEDOR;
- ESCUSABILIDADE DE SEU ERRO.
PAGAMENTO FEITO AO CREDOR DO CREDOR- ART. 312.
Invalidade do pagamento se o devedor paga ao credor, mesmo sabendo que o crédito está penhorado- quem paga mal paga duas vezes.
CONDIÇÕES OBJETIVAS DO PAGAMENTO:
1- DO OBJETO DO PAGAMENTO E SUA PROVA. 
Alguns princípios visam a PRESERVAR A SEGURANÇA JURÍDICA DOS NEGÓCIOS, uma vez que, se não forem respeitados, as partes nunca saberão como efetuar corretamente o pagamento.
Vale lembrar:
_ o credor não está obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa, e, também, não está obrigado a receber por partes, nem o devedor a pagar-lhe fracionadamente, se assim não se convencionou( ars. 313 e 314).
_ As dívidas em dinheiro devem ser pagas no vencimento, em moeda corrente nacional, pelo seu valor nominal (art. 315)
_ Valem as cláusulas de atualização monetária da soma devida, segundo critérios escolhidos pelas próprias partes.
_ O CCB/2002 permite que prestações sucessivas possam aumentar progressivamente (art. 316), ressalvados os casos de cláusula abusiva nas relações de consumo, que acarretem desproporção entre as prestações pactuadas. 
PROVA DO PAGAMENTO:
A QUITAÇÃO é primordialmente a prova do pagamento. 
- deverá conter a especificação do valor, espécie de dívida quitada, nome do devedor ou de quem por este pagou, o tempo e o lugar do pagamento.
- o devedor tem direito subjetivo ao pagamento e, caso lhe seja negado, poderá reter a coisa, podendo inclusive depositá-la em juízo através da consignação em pagamento – art. 319 CCB.
REQUISITOS DA QUITAÇÃO:- art. 320
- o valor e a espécie da dívida quitada;
- o nome do devedor ou de quem por este pagou (representante, sucessor ou terceiro)
- tempo do pagamento (dia, mês, ano e, se quiser, a hora)
- lugar do pagamento
- assinatura do credor ou de representante seu
O art. 320, parágrafo único, prevê a possibilidade de se admitir provado o pagamento, se “de seus termos ou das circunstâncias resultar haver sido paga a dívida.”
- Havendo débitos representados por título, a devolução deste ao devedor faz presumir o pagamento e, em caso de extravio do documento, pode ser substituído pela quitação- art. 321.
PRESUNÇÃO DE PAGAMENTO:
Ainda sem a quitação, presume-se o pagamento:
a) No pagamento realizado em quotas periódicas, a quitação da última estabelece, até prova em contrário, a presunção de estarem solvidas as anteriores (art. 322)
b) Sendo a quitação de capital sem reserva de juros, estes presumem-se pagos (art. 323)
c) Nas dívidas literais, a entrega do título ao devedor firma presunção de pagamento (art. 324)- prazo decadencial de 60 dias para que o credor prove a inocorrência do pagamento- parágrafo único.
DESPESASCOM O PAGAMENTO:
- Regra geral correm por conta do devedor, ressalvada a hipótese de o aumento da despesa decorrer de fato atribuído ao credor, que deverá, nesse caso, responder pelo acréscimo. (art. 325) 
PAGAMENTO FEITO SOB MEDIDA- art. 326
Prevalece o costume do lugar do pagamento. Ex. alqueire mineiro, paulista,
Alqueire- MG, = 4,84 hectares
Alqueire SP= 2,42 hectares
LUGAR DO PAGAMENTO: Art. 327.
Dívidas quesíveis ou querables= são aquelas que devem ser pagas no domicílio do devedor.
É a regra, se de outra forma não se tiver estipulado.
Dívidas portáveis ou portables= são aquelas que devem ser pagas no domicílio do credor.
- se forem designados dois ou mais lugares para o pagamento, a escolha caberá ao credor- art. 327
- pagamento consistente na tradição de imóvel- o lugar onde se situa o bem- art. 328
- pagamento pode ser feito em lugar diverso do estipulado, havendo motivo grave- art. 329. Ex. inundação.
- pagamento feito reiteradamente em local diverso do pactuado, presume renuncia do credor ao lugar previsto no contrato.- art. 330.
DO TEMPO DO PAGAMENTO:
- PAGAMENTO DEVE SER FEITO NO VENCIMENTO DA DÍVIDA, REGRA GERAL.
-Não havendo ajuste, nem lei dispondo ao contrário, o credor poderá exigir imediatamente- art. 331.
- nas obrigações condicionais, não pode ser exigido enquanto pendente a condição
- Pagamento antecipado: - art. 333, hipóteses “numerus clausus”
a) no caso de falência do devedor ou concurso de credores
b) se os bens, hipotecados ou empenhados, forem penhorados em execução de outro credor
c) se cessarem, ou se tornarem insuficientes, as garantias do débito, fidejussórias ou reais, e o devedor, intimado, se negar a reforçá-las.
FORMAS ESPECIAIS DE PAGAMENTO: = PAGAMENTOS ESPECIAIS OU INDIRETOS.
1) CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO: Art. 334 a 345 CCB
Tem lugar quando o devedor quer satisfazer a obrigação e o credor se nega a recebê-la ou surge um outro fato qualquer obstativo desse pagamento.
Nesse caso, o devedor fará o depósito judicial ou bancário da prestação devida.
PARTES:
Consignante- aquele que quer efetuar o pagamento
Consignatário- aquele a quem se quer pagar.
Consignado- bem objeto do depósito judicial ou extrajudicial.
NATUREZA JURÍDICA:
_ É uma forma de extinção das obrigações, constituindo-se em pagamento INDIRETO da prestação pactuada. 
HIPÓTESES DE OCORRÊNCIA: ART. 335
A) Recusa, sem justa causa, do credor em dar o pagamento e fornecer a quitação- ex. locatário deposita em juízo valor do aluguel diante da recusa do locador em receber, por querer majoração indevida- dividas portables.
B) Se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos- dividas quesiveis
C) Se o credor for incapaz de receber, desconhecido, declarado ausente ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil
D) Se pender litígio sobre o objeto do pagamento- Ex. disputa sobre a propriedade de imóvel locado- ver art. 344
REQUISITOS DE VALIDADE:- art. 336 –pessoas, objeto, modo e tempo.
POSSIBILIDADE DE LEVANTEMANTO DO DEPÓSITO PELO DEVEDOR- 
a) Antes da aceitação ou impugnação do depósito- art. 338- devedor pode levantar, arcando com as despesas necessárias para o levantamento.
b) Depois da aceitação ou impugnação do depósito pelo credor- dependerá de aquiescência do credor- art. 340
c) Julgado procedente o depósito- devedor não pode mais levantá-lo- art. 339
CONSIGNAÇÃO DE COISA CERTA E DE COISA INCERTA.
- se for imóvel ou corpo certo, deverá ser entregue no lugar onde está- art. 341
- se for incerta- será necessária a concentração de débito ou concentração de prestação devida- art. 342.
DESPESAS PROCESSUAIS:- ART. 343
Se julgado procedente= credor paga
Se improcedente= devedor.
PRESTAÇÕES PERIÓDICAS- PODEM SER REALIZADAS NO MESMO PROCESSO, NOS TERMOS DA LEI PROCESSUAL.
2) PAGAMENTO COM SUB-ROGAÇÃO>
Sub-rogação é o ato pelo qual se substitui uma pessoa (subrogação pessoal) ou coisa (sub-rogação real) em lugar de outra.
Pagamento com sub-rogação pessoal é aquele pagamento com substituição de sujeitos no pólo ativo da relação obrigacional. A dívida será considerada extinta em face do antigo credor, remanescendo, todavia, o direito transferido ao novo titular do crédito.
EFEITOS: LIBERATÓRIO (pela extinção do débito em relação ao credor original) E TRANSLATIVO ( pela transferência da relação obrigacional para o novo credor).
OBS. NÃO SE CONFUNDE COM A CESSÃO DE CRÉDITO, UMA VEZ QUE NESTA A TRANSFERÊNCIA DO CREDOR OCORRE SEM QUE TENHA HAVIDO PAGAMENTO DA DÍVIDA. 
ESPÉCIES: SUB-ROGAÇÃO LEGAL E SUB-ROGAÇÃO CONVENCIONAL.
SUB-ROGAÇÃO LEGAL- 346- ocorre de pleno direito.
a) Em favor do credor que paga a dívida do devedor comum – inciso I
C1-João- 100,00
	pg						Dev.-Antonio-
C2-Pedro- 100,00
C3-Paulo- 100,00
b) Em favor do adquirente de imóvel hipotecado, que paga ao credor hipotecário, bem como do terceiro que efetiva o pagamento para não ser privado do direito sobre o imóvel (inciso II)- (comprador de imóvel ou locatário).
c) Em favor do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte (inciso III)- fiador
Pagamento com sub-rogação convencional:
Esta forma de sub-rogação decorre da vontade das próprias partes e é disciplinada pelo art. 347 do CC-02, que a admite em duas hipóteses:
a) Quando o credor recebe o pagamento de terceiro e expressamente lhe transmite todos os seus direitos (inciso I)
b) Quando terceira pessoa empresta ao devedor a quantia precisa para solver a dívida, sob a condição expressa de ficar o mutuante sub-rogado nos direitos do credor satisfeito (inciso II)
EFEITOS JURÍDICOS DA SUB-ROGAÇÃO:
O principal efeito da sub-rogação é transferir ao novo credor “todos os direitos, ações, privilégios e garantias do primitivo, em relação à dívida, contra o devedor principal e seus fiadores”- art. 349
As garantias pessoais e reais passam do credor originário para o sucessivo
Na sub-rogação convencional, as partes poderão convencionar a diminuição de privilégios ou garantias concedidas ao credor originário. 
Na sub-rogação legal o sub-rogado não poderá exercer os direitos e as ações do credor, senão até a soma que tiver desembolsado para desobrigar o devedor. 
Ex. dívida de R$1.000,00 e o terceiro juridicamente interessado paga R$800,00, obtendo desconto de R$200,00. Ele só poderá cobrar os R$800,00 que pagou. 
Na sub-rogação convencional não incide esta restrição.
Art. 350- se houver concorrência entre o credor originário e o sub-rogado, o primeiro terá preferência na satisfação do crédito- (se o devedor não tem bens suficientes para garantir os dois créditos).
3) IMPUTAÇÃO DO PAGAMENTO:
Entende-se a imputação do pagamento como a “determinação feita pelo devedor, dentre dois ou mais débitos da mesma natureza, positivos e vencidos, devidos a um só credor, indicativa de qual dessas dívidas quer solver”
É um modo de indicar o pagamento.
REQUISITOS:- ART. 352:
A) IGUALDADE DE SUJEITOS (CREDOR E DEVEDOR)
B) LIQUIDEZ E VENCIMENTO DE DÍVIDAS DA MESMA NATUREZA.
IMPUTAÇÃO DO CREDOR E IMPUTAÇÃO LEGAL:
	Na ausência de manifestação de vontade das partes, e ocorrendo silêncio do devedor sobre qual das dívidas líquidas e vencidas quer imputar o pagamento, prevalece, nos termos do art. 353:
- caberá a imputação ao credor
- não manifestando nem devedor, nem credor, faz-se a imputação legal, na forma dos arts. 354 e 355:
A) prioridade para os juros vencidos, em detrimento do capital;
B) prioridade para as líquidas e vencidas anteriormente, em detrimento das mais recentes;
c) prioridade para as mais onerosas, em detrimento das menos vultosas, se vencidas e líquidas ao mesmo tempo. 
Se todas as dívidas forem exatamente iguais em vencimento, valor e ônus:
Mesmo não existindo solução legal, deverá ser abatido proporcionalmente em cada dívida. 
4) DAÇÃO EM PAGAMENTO:
CONCEITO: Regulada no CCB/02 nos arts. 356 a 359, a Dação em pagamento consiste na realização de uma prestação diferente da que é devida, com o fim de, mediante acordo do credor, extinguir imediatamente a obrigação.
REQUISITOS:
a)A existência de uma dívida vencida
b) O consentimento do credor
c) A entrega de coisa diversa da devida
d) O ânimo de solver (animus solvendi).
EVICÇÃO DA COISA DADA EM PAGAMENTO: Art. 359
Ocorre a evicção quando o adquirente de um bem vem a perder a sua propriedade ou posse em virtude de decisão judicial que reconhece direito anterior de terceiro sobre o mesmo bem.
Sujeitos da evicção: 
· o alienante, que responderá pelos riscos da evicção, ou seja, será responsabilizado pelos prejuízos causados ao adquirente;
· o evicto- o adquirente, que perde o bem para terceiro;
· o evictor- o terceiro que prova o seu direito anterior sobre a coisa.
Ressalvado o terceiro de boa fé, a invalidade da dação em pagamento importará sempre no restabelecimento da obrigação primitiva, perdendo efeito a quitação dada. 
5) NOVAÇÃO: Art. 360 a 364
CONCEITO: Dá-se a novação quando, por meio de uma estipulação negocial, as partes criam uma nova obrigação, destinada a substituir e extinguir a obrigação anterior. 
Novar significa criar uma obrigação nova para substituir e extinguir a anterior.
Ex. A deve a B a quantia de R$1.000,00. B propõe a A a substituição do objeto da prestação pelo serviço de carpintaria na residência do credor. Este aceita e por meio da convenção celebrada, considera extinta a obrigação anterior, que será substituída pela nova. 
REQUISITOS:
A) Existência de uma obrigação anterior;
B) A criação de uma nova obrigação, substancialmente diversa da primeira;
C) Ânimo de novar (animus novandi)
ESPÉCIES: Novação objetiva, subjetiva e mista.
a) Novação objetiva- ocorre quando as partes de uma relação obrigacional convencionam a criação de uma nova obrigação, para substituir e extinguir a anterior- art. 360, I .
Ex. extingue a obrigação pecuniária primitiva pela criação de uma obrigação nova, que é a prestação de serviço.
Distingue-se da dação em pagamento pelo ânimo de novar e não de solver a dívida.
b) Novação subjetiva- 
Pode se dar em três hipóteses: 
· por mudança do devedor (novação subjetiva PASSIVA)-
· por mudança do credor (novação subjetiva ATIVA)
· por mudança de credor e devedor (novação subjetiva MISTA) 
Novação Subjetiva passiva:
ocorre quando um novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor (art. 360, II).
Há substituição do sujeito passivo da obrigação, de forma que a primitiva obrigação é considerada extinta em face do antigo devedor, substituído pelo novo. 
Pode ocorrer de dois modos: Por expromissão e por delegação.
Na expromissão- a substituição do devedor se dá independentemente do seu consentimento, por simples ato de vontade do credor, que o afasta, fazendo-o substituir pelo novo devedor (art. 362) 
Ex. filho que se dirige ao credor, solicitando que, mesmo sem o consentimento do pai, admita que assuma a obrigação contraída pelo genitor. 
Assim, caso o credor consinta, poderá por meio de um ato de expromissão, substituir os sujeitos passivos da relação obrigacional;
Na delegação- o devedor participa do ato novatório, indicando terceira pessoa que assumirá o débito com a devida aquiescência do credor. 
Partes: Delegante- o antigo devedor;
 Delegado- o novo devedor;
 Delegatário- o credor. 
A novação subjetiva passiva se distingue da cessão de débito, porque nesta o novo devedor assume a dívida, permanecendo o mesmo vínculo obrigacional. Não há o ânimo de novar. Ou seja, na novação faz-se um novo título representativo de nova obrigação; na cessão de débito permanece a mesma obrigação.
Também não se confunde com o pagamento feito por terceiro porque neste a dívida é extinta pelo adimplemento da obrigação e na novação, nova obrigação é contraída. 
Novação subjetiva ativa:- art. 360, III
Opera-se a mudança de credores, considerando-se extinta a relação obrigacional em face do credor primitivo que sai e dá lugar ao novo. O devedor, portanto, não deverá mais nada ao primeiro, uma vez que a sua dívida reputar-se-á liquidada perante ele. 
Ex. A tem crédito com B e deve a C.
A acerta com B para que este pague a C. Sai o credor A e entra o credor C. Para que seja considerada extinta a obrigação perante A, deverá haver prova do ânimo de novar. 
Distingue-se da cessão de crédito, porque nesta a obrigação permanece a mesma, não havendo extinção da relação jurídica primitiva. 
Novação subjetiva mista: Há alteração do sujeito e do objeto da relação obrigacional. 
Ex. pai assume dívida em dinheiro do filho, mas com la condição de pagá-la mediante a prestação de determinado serviço. 
EFEITOS DA NOVAÇÃO:
O principal efeito é liberatório, ou seja, a extinção da obrigação primitiva e criação de uma outra para substituí-la.
Em geral, extinguem-se todos os acessórios e garantias da dívida
Ocorrida a novação entre o credor e um dos devedores solidários, o ato só será eficar em face do devedor que novou, recaindo sobre o seu patrimônio as garantias do crédito novado (art. 365)
6) COMPENSAÇÃO:
É uma forma de extinção de obrigações, em que seus titulares são, reciprocamente, credores e devedores.
Tal extinção se dará até o limite da existência do crédito recíproco, remanescendo, se houver, o saldo em favor do maior credor- arr. 368.
Espécies: 
A) Compensação legal- decorrem da lei- 368-384
B) Compensação convencional- convenção entre as partes
C) Compensação judicial-( processual)- realizada em juízo- ex. compensação de sucumbência entre as partes reciprocamente vencidas
REQUISITOS DA COMPENSAÇÃO LEGAL:
a) Reciprocidade das obrigações – simultaneidade de obrigações entre as partes- exceção- art. 371.
b) Liquidez das dívidas- identificação da expressão numérica das dívidas
c) Fungibilidade dos débitos- os débitos têm que ser da mesma natureza. Ex. A deve cinco sacas de café a B, que por sua vez lhe deve 5.
Não se pode compensar,- A deve 1.000,00 a B, que lhe deve um computador.
NÃO SE ADMITE COMPENSAÇÃO: (art. 373)
A) Dívidas provenientes de esbulho, furto ou roubo-I
B) Seuma das dívidas se originar de comodato, depósito ou alimentos (pq destinados a subsistência)- II
C) Se uma das dívidas for de coisa não suscetível de penhora (III)
7) CONFUSÃO:
Dá-se quando as qualidades de credor e devedor são reunidas na mesma pessoa. 
Ex. sobrinho que deve ao tio e, com o falecimento deste, se torna herdeiro.
ESPÉCIES:- art. 382
 Total ou parcial, conforme extinta total ou parcialmente a dívida
EFEITOS e RESTABELECIMENTO DA OBRIGAÇÃO.
O principal efeito é a extinção da obrigação.
A confusão operada em face de um dos credores ou de devedores solidários não se transmite aos demais- art. 383
CESSANDO A CONFUSÃO, RESTABELECE A OBRIGAÇÃO ANTERIOR- art. 384.
Ex. sucessão provisória, por morte presumida, quando o suposto morto aparece.
8) REMISSÃO: 385-388
É o perdão da dívida, pelo devedor, que declara que não pretende mais exigi-la, ou pratica ato incompatível com a tal possibilidade (ex. devolve o título que garante a dívida)
Somente se opera entra as partes, não podendo prejudicar a terceiros
Remissão- instituto civil que se refere a forma de extinção da obrigação.
Remição- instituto de natureza processual, que quer dizer resgate, pagamento do total da dívida, extinguindo a execução
REQUISITOS:
A) Ânimo de perdoar
B) Aceitação do perdão
ESPÉCIES: TOTAL OU PARCIAL
REMISSÃO AO CODEVEDOR- abate a parte dele na dívida dos demais – art. 388.
A, B e C devem 300,00 a D.
D perdoa B- A e C ficarão devendo 200,00.
5

Outros materiais