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Há dois possíveis desfechos para a obrigação: ou elas são cumpridas (adimplemento) ou elas são descumpridas (inadimplemento).
TEORIA DO ADIMPEMENTO:
modalidades de pagamento e modalidades de extinção das obrigações sem o pagamento
Uma obrigação é cumprida com o nosso pagamento, forma clássica de adimplemento/forma clássica das extinções. O adimplemento é o fim desejado, a solução ideal para a obrigação.
Adimplemento e pagamento → O Adimplemento é algo mais amplo relacionado ao pleno cumprimento da obrigação, com a satisfação do credor. Inclui os deveres anexos, a boa-fé, a lealdade,.. Já o pagamento é o oferecimento da prestação principal.
Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado
Animus solvendi→ o proposito/a intenção de pagar
Natureza jurídica do pagamento→ há quem entenda que é fato jurídico e há quem entenda ser ato jurídico (costuma ser a regra), porem pode variar de acordo com a situação concreta.
CONCEITO- PAGAMENTO: cumprimento voluntário das obrigações independentemente de sua natureza. Pode envolver um fazer, não fazer, dar, pagar, transferência de uma propriedade etc. é a principal forma de se adimplir uma obrigação, sendo a regra geral, mais comum, o que mais ocorre. É o cumprimento voluntário de uma obrigação independentemente de sua natureza, gerando a extinção da obrigação principal
EFEITOS DO PAGAMENTO: gera a extinção da obrigação originária, da obrigação principal, pois os deveres anexos decorrentes da boa-fé objetiva se mantêm após o pagamento, o que aumenta as hipóteses de responsabilidade civil na fase pós contratual. Pagamento extingue obrigação principal, mas há vários deveres anexos que decorrem do princípio da boa-fé objetiva que se mantém após o pagamento, reforçando as hipóteses de responsabilidade civil na fase pós contratual. 
MODALIDADES: há várias formas de pagar.
Há 5 formas de pagar, 5 modalidades de pagamento que geram extinção da obrigação principal, os deveres anexos se mantêm... Art 304 ao 359
· Pagamento direito
· Em consignação
· Sub-rogação
· Imputação do pagamento
· Dação em pagamento
O pagamento é a única forma de extinção das obrigações? Não. Há formas de extinção das obrigações sem o pagamento (art 360 ao 388). Sendo elas: 
· Novação
· Compensação
· Confusão
· Remissão
· Transação: contratos em espécie, disciplinados nos artigos 840/855
· Compromisso: contratos em espécie, disciplinados nos artigos 840/855
QUEM DEVE PAGAR?
Em regra, quem paga é o solvens (direito romano) ou seja, o devedor. Se for obrigação personalíssima somente a pessoa (intuitu personae debitoris). Ex: contratação de famosa sertaneja para cantar em casamento. Outra pessoa não vale como cumprimento da obrigação.
· Terceiros → Por haver um interesse social no cumprimento das obrigações, é comum que se admita que terceiro cumpra a obrigação. Pode até mesmo forçar-se o cumprimento de uma obrigação quando o credor se negar a receber por exemplo consignação em pagamento.
· Terceiro interessado→ Art. 304 CC. Qualquer interessado pode pagar a dívida. Ex: fiador.
· Terceiro não interessado→ É aquele cuja esfera jurídica não é afetada pela relação jurídica obrigacional que vincula credor e devedor, mas mesmo assim paga. O devedor pode opor-se. Na prática não é comum. 
· Terceiro interessado pagando em seu próprio nome→ Uma pessoa paga a dívida de outrem passando a ser o novo credor do devedor.
· Pagamento com oposição de terceiro (art. 306 cc) → O efeito desse pagamento por terceiros é a liberação do devedor em reembolsa-lo. O terceiro pagou porque quis, mesmo o devedor estando contra o pagamento.
· Pagamento defeituoso (art. 307cc) → Ninguém pode pagar mais do que tem. Se uma pessoa não é dona da coisa ela não pode transferir. O pagamento logo não terá eficácia. A obrigação pode resolver-se em perdas e danos. O verdadeiro proprietário pode perseguir a coisa aonde quer que ela esteja. O parágrafo único do referido artigo trata da consumação do bem. Ex: bolo. Sujeito comera um bolo de outrem. Depende se houve ma fé ou boa-fé. Se ma fé, tem direito a indenização.
Art. 304. Qualquer interessado na extinção da dívida pode pagá-la, usando, se o credor se opuser, dos meios conducentes à exoneração do devedor. 
Parágrafo único. Igual direito cabe ao terceiro não interessado, se o fizer em nome e à conta do devedor, salvo oposição deste. 
Art. 305. O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio nome, tem direito a reembolsar-se do que pagar; mas não se sub-roga nos direitos do credor. 
Parágrafo único. Se pagar antes de vencida a dívida, só terá direito ao reembolso no vencimento. 
Art. 306. O pagamento feito por terceiro, com desconhecimento ou oposição do devedor, não obriga a reembolsar aquele que pagou, se o devedor tinha meios para ilidir a ação. 
Art. 307. Só terá eficácia o pagamento que importar transmissão da propriedade, quando feito por quem possa alienar o objeto em que ele consistiu. 
Parágrafo único. Se se der em pagamento coisa fungível, não se poderá mais reclamar do credor que, de boa-fé, a recebeu e consumiu, ainda que o solvente não tivesse o direito de aliená-la.
A QUEM SE DEVE PAGAR?
· Credor→ Como regra o devedor paga a divida ao credor que recebe a prestação ,objeto da obrigação. Credor é o titular do direto subjetivo ativo contido na relação obrigacional, é aquele que detém o credito. A obrigação pode nascer com o credor mas pode migrar para outrem. O credor portanto será aquele que no momento do pagamento, for o titular do credito.
· Representação e presentação. → Na representação o pagamento é feito a uma pessoa e o ato é eficaz porque o representante recebe em nome do credor. Deve-se ater ao fato se a pessoa de fato representa o credor. Se não o representar, o pagamento não terá efeito de extinguir a relação obrigacional. E quem paga mal, paga duas vezes
· Portador da quitação→ Art 311 cc. É aquele que ao receber o pagamento, entrega a quitação ao devedor. Deve-se ter a certeza de quem dá a quitação tem poderes para tanto. O pagamento também pode ser feito a terceiro porem tal especificidade deve estar presente no título da obrigação.
· Sucessão→ O credor pode em regra pode transferir o crédito. Em caso de falecimento, o credito passar a ser direito dos sucessores.
· Credor putativo → Aparenta ser o credor mas não é. Erro que um homem médio poderia cometer. Nesse caso se o devedor pagou de boa-fé, achando o credor era o verdadeiro a obrigação está adimplida. Ex: durante 2 anos o inquilino paga aluguel a empregada do proprietário. Porem ela foi demitida e mesmo assim passara para cobrar o aluguel. Não sabendo da situação o inquilino paga a ela. Há proteção porque houve boa fé. Aplica-se a TEORIA DA APARENCIA que como regra protege o terceiro de boa fé uma vez que o devedor tem motivos de achar que oferece o pagamento a pessoa certa
· Credor incapaz de quitar→ art 310cc. O pagamento feito ao credor incapaz de quitar de regra não terá eficácia. Há porem exceções.
Art. 308. O pagamento deve ser feito ao credor ou a quem de direito o represente, sob pena de só valer depois de por ele ratificado, ou tanto quanto reverter em seu proveito. 
Art.309.O pagamento feito de boa-fé ao credor putativo é válido, ainda provado depois que não era credor. 
Art.310. Não vale o pagamento cientemente feito ao credor incapaz de quitar, se o devedor não provar que em benefício dele efetivamente reverteu. 
Art.311. Considera-se autorizado a receber o pagamento o portador da quitação, salvo se as circunstâncias contrariarem a presunção daí resultante. 
Art. 312. Se o devedor pagar ao credor, apesar de intimado da penhora feita sobre o crédito, ou da impugnação a ele oposta por terceiros, o pagamento não valerá contra estes, que poderão constranger o devedor a pagar de novo, ficando-lhe ressalvado o regresso contra o credor.
O OBJETO DO PAGAMENTO E SUA PROVA
Em primeiro lugar, a obrigação deve existir. Sem objeto não há obrigação. O objetoserá sempre um ato humano de dar fazer ou não fazer. Será a entrega de uma coisa, o desempenho de uma atividade ou uma abstenção.
· Coisas futuras→ As coisas futuras podem ser objeto de uma obrigação. Ex: safra, ninhada de filhotes
· Coisa de terceiro→ Ninguém pode transferir mais direitos do que tem. Ninguém pode por exemplo vender uma propriedade que não é sua. Porem há exceções por ex uma pessoa contrata alguém para entregar certa obra de arte que não é sua, mas será encomendada a terceiro. Ate o dia pactuado da entrega , o negocio é valido . Porem se não conseguir entregar fica inadimplente.
· Principio da identidade das prestações→ O objeto da prestação deve ser licito e não pode violar os bons costumes. O art 313 cc traz o conceito de identidade da prestação também chamado do principio da exatidão. O credor não está obrigado a receber nem pode requerer algo diverso da prestação. Em regra, a obrigação é indivisível e deve ser oferecida ao credor de uma única vez. A regra é que a prestação seja entregue no tempo no lugar e na forma identificada na obrigação.
· Adimplemento substancial→ Considera as situações nos quais quase a totalidade da prestação foi cumprida, ficando uma pequena parcela apenas, ou seja , a falha do devedor é mínima. A obrigação foi substancialmente cumprida. Dessa forma o credor não poderá reclamar a resolução da obrigação mas apenas uma indenização do devedor referente a parcela mínima que não foi entregue. A única medida que tem o credor é cobrar o que falta. O problema é chegar ao consenso o que é substancial. Não existe uma regra, mas quem paga por exemplo 90% da prestação pode dizer que ela foi substancialmente adimplida. Muito utilizada em financiamentos da casa própria, de carro, seguros,. Etc
· Obrigações pecuniárias→ As dividas em dinheiro em regra devem ser pagas na data do vencimento. É licito pactuar aumento progressivo das prestações. Ex aluguel com clausula anual de reajuste conforme inflação.
· Curso forçado da moeda→ Os negócios devem ser feitos em moeda nacional, o real. Quando não , devem ser convertidos em real. Mesmo reajuste do contrato deve ser em moeda nacional o objetivo é controlar e proteger a economia. Há de se ater que o próprio artigo 318 cc traz exceções que são trazidas em leis especiais como importação e exportação.
· Pagamento em mercadoria → Não há restrição ao pagamento em mercadoria. Ex cabeças de gado . As dividas tambem além de ser em dinheiro em espécie podem ser de valores a serem apuradas no futuro. Exemplo pagamento em dólar (100 mil dólares) que no dia do cumprimento da obrigação deve ser convertido em real e será descoberto o verdadeiro valor do montante, a depender da taxa do banco central.
· Pagamento antecipado → Pode ser compactuado para o pagamento ser adiantado, comumente abatendo-se juros que ainda não venceram. Ha no caso uma redução proporcional da dívida. Muito utilizado em antecipação de pagamento de contratos de financiamento de imóveis.
Art. 313. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa. 
Art. 314. Ainda que a obrigação tenha por objeto prestação divisível, não pode o credor ser obrigado a receber, nem o devedor a pagar, por partes, se assim não se ajustou. 
Art. 315. As dívidas em dinheiro deverão ser pagas no vencimento, em moeda corrente e pelo valor nominal, salvo o disposto nos artigos subseqüentes. 
Art. 316. É lícito convencionar o aumento progressivo de prestações sucessivas.
Art. 317. Quando, por motivos imprevisíveis, sobrevier desproporção manifesta entre o valor da prestação devida e o do momento de sua execução, poderá o juiz corrigi-lo, a pedido da parte, de modo que assegure, quanto possível, o valor real da prestação. ,
Art. 318. São nulas as convenções de pagamento em ouro ou em moeda estrangeira, bem como para compensar a diferença entre o valor desta e o da moeda nacional, excetuados os casos previstos na legislação especial. 
Art. 319. O devedor que paga tem direito a quitação regular, e pode reter o pagamento, enquanto não lhe seja dada. 
Art. 320. A quitação, que sempre poderá ser dada por instrumento particular, designará o valor e a espécie da dívida quitada, o nome do devedor, ou quem por este pagou, o tempo e o lugar do pagamento, com a assinatura do credor, ou do seu representante. 
Parágrafo único. Ainda sem os requisitos estabelecidos neste artigo valerá a quitação, se de seus termos ou das circunstâncias resultar haver sido paga a dívida. 
Art. 321. Nos débitos, cuja quitação consista na devolução do título, perdido este, poderá o devedor exigir, retendo o pagamento, declaração do credor que inutilize o título desaparecido. 
Art. 322. Quando o pagamento for em quotas periódicas, a quitação da última estabelece, até prova em contrário, a presunção de estarem solvidas as anteriores.
Art. 323. Sendo a quitação do capital sem reserva dos juros, estes presumem-se pagos.
Art. 324. A entrega do título ao devedor firma a presunção do pagamento. 
Parágrafo único. Ficará sem efeito a quitação assim operada se o credor provar, em sessenta dias, a falta do pagamento. 
Art. 325. Presumem-se a cargo do devedor as despesas com o pagamento e a quitação; se ocorrer aumento por fato do credor, suportará este a despesa acrescida. 
Art. 326. Se o pagamento se houver de fazer por medida, ou peso, entender-se-á, no silêncio das partes, que aceitaram os do lugar da execução.
DO LUGAR DO PAGAMENTO
Art. 327. Efetuar-se-á o pagamento no domicílio do devedor, salvo se as partes convencionarem diversamente, ou se o contrário resultar da lei, da natureza da obrigação ou das circunstâncias. 
Parágrafo único. Designados dois ou mais lugares, cabe ao credor escolher entre eles. 
Art. 328. Se o pagamento consistir na tradição de um imóvel, ou em prestações relativas a imóvel, far-se-á no lugar onde situado o bem. 
Art. 329. Ocorrendo motivo grave para que se não efetue o pagamento no lugar determinado, poderá o devedor fazê-lo em outro, sem prejuízo para o credor. 
Art. 330. O pagamento reiteradamente feito em outro local faz presumir renúncia do credor relativamente ao previsto no contrato. 
DO TEMPO DO PAGAMENTO
Art. 331. Salvo disposição legal em contrário, não tendo sido ajustada época para o pagamento, pode o credor exigi-lo imediatamente. 
Art. 332. As obrigações condicionais cumprem-se na data do implemento da condição, cabendo ao credor a prova de que deste teve ciência o devedor. 
Art. 333. Ao credor assistirá o direito de cobrar a dívida antes de vencido o prazo estipulado no contrato ou marcado neste Código: 
· I - no caso de falência do devedor, ou de concurso de credores; 
· II - se os bens, hipotecados ou empenhados, forem penhorados em execução por outro credor; 
· III - se cessarem, ou se se tornarem insuficientes, as garantias do débito, fidejussórias, ou reais, e o devedor, intimado, se negar a reforçá- las. 
Parágrafo único. Nos casos deste artigo, se houver, no débito, solidariedade passiva, não se reputará vencido quanto aos outros devedores solventes.
CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
· Pagamento feito pelo devedor ou pelo terceiro interessado ou ainda, pelo terceiro não interessado.
· Objetivo: Fazer com que o devedor exerça seu direito e se livre da obrigação, libertando/extinguindo o vinculo obrigacional.
· Funciona no interesse do devedor, devedor quer pagar e se livra do vínculo obrigacional.
· A ação de consignação em pagamento é uma ação proposta pelo devedor contra o credor, quando este recusar-se a receber o valor de dívida ou exigir ao devedor valor superior ao entendido devido por este, além de outras hipóteses admitidas na legislação.
· Considera-se pagamento, e extingue a obrigação, o depósito judicial ou em estabelecimento bancário da coisa devida, nos casos e forma legais.
· O efeito jurídico da consignação é o de libertar o devedor da relação obrigacional
· Autorizar uma consignação
· Mora do credor: credor também pode ficar em mora, sempre que por uma conduta própria não seja possível efetuar o pagamento (credor não quer receber semjusta causa)
· A mora do credor, academicamente falando, afasta a mora do devedor. 
· Devedor que não paga: credor pode entrar com uma ação de conhecimento ou execução. 
CAPÍTULO II
Do Pagamento em Consignação
Art. 334. Considera-se pagamento, e extingue a obrigação, o depósito judicial ou em estabelecimento bancário da coisa devida, nos casos e forma legais. (deposito da coisa devida, tanto bem móvel como bem imóvel)
Art. 335. A consignação tem lugar: (a consignação cabe nas seguintes hipóteses)
I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma;
II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos;
III - se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil; (credor desconhecido ou incapaz de receber, devedor tem interesse de pagar a quem seja capaz)
IV - se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento; 
V - se pender litígio sobre o objeto do pagamento. (objeto se pende litigiosos, duas pessoas alegam de proprietárias)
Art. 336. Para que a consignação tenha força de pagamento, será mister concorram, em relação às pessoas, ao objeto, modo e tempo, todos os requisitos sem os quais não é válido o pagamento.
Art. 337. O depósito requerer-se-á no lugar do pagamento, cessando, tanto que se efetue, para o depositante, os juros da dívida e os riscos, salvo se for julgado improcedente.
Art. 338. Enquanto o credor não declarar que aceita o depósito, ou não o impugnar, poderá o devedor requerer o levantamento, pagando as respectivas despesas, e subsistindo a obrigação para todas as conseqüências de direito.
Art. 339. Julgado procedente o depósito, o devedor já não poderá levantá-lo, embora o credor consinta, senão de acordo com os outros devedores e fiadores.
Art. 340. O credor que, depois de contestar a lide ou aceitar o depósito, aquiescer no levantamento, perderá a preferência e a garantia que lhe competiam com respeito à coisa consignada, ficando para logo desobrigados os co-devedores e fiadores que não tenham anuído.
Art. 341. Se a coisa devida for imóvel ou corpo certo que deva ser entregue no mesmo lugar onde está, poderá o devedor citar o credor para vir ou mandar recebê-la, sob pena de ser depositada. (quando não for dinheiro, ou seja, se a coisa devida for incerta, a obrigação precisa se transformar em obrigação de coisa certa – fenômeno da concentração. 
Art. 342. Se a escolha da coisa indeterminada competir ao credor, será ele citado para esse fim, sob cominação de perder o direito e de ser depositada a coisa que o devedor escolher; feita a escolha pelo devedor, proceder-se-á como no artigo antecedente.
Art. 343. As despesas com o depósito, quando julgado procedente, correrão à conta do credor, e, no caso contrário, à conta do devedor.
Art. 344. O devedor de obrigação litigiosa exonerar-se-á mediante consignação, mas, se pagar a qualquer dos pretendidos credores, tendo conhecimento do litígio, assumirá o risco do pagamento.
Art. 345. Se a dívida se vencer, pendendo litígio entre credores que se pretendem mutuamente excluir, poderá qualquer deles requerer a consignação
PAGAMENTO COM SUB-ROGAÇÃO
· Sub-rogação é o fenômeno jurídico de substituição do sujeito ou do objeto em determinada relação jurídica obrigacional. 
· A sub-rogação poderá ser legal e convencional.
Sub-Rogação Legal
· Do credor que paga a dívida do devedor comum;
· Do adquirente de imóvel hipotecado, que paga ao credor hipotecário - como do terceiro que efetiva o pagamento para não ser privado de direito sobre imóvel;
· Do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte.
Sub-Rogação Convencional 
· Quando o credor recebe o pagamento de terceiro e expressamente lhe transfere todos os seus direitos;
· Quando a terceira pessoa empresta ao devedor a quantia precisa para solver a dívida, sob a condição expressa de ficar o mutuante sub-rogado nos direitos do credor satisfeito.
Efeitos
· A sub-rogação transfere ao novo credor todos os direitos, ações, privilégios e garantias do primitivo, em relação à dívida, contra o devedor principal e os fiadores.
· Aplica-se as duas modalidades de sub-rogação.
Extensão de seus efeitos
· Na sub-rogação legal o sub-rogado não poderá exercer os direitos e as ações do credor, senão até à soma que tiver desembolsado para desobrigar o devedor.
· Reembolso parcial credor originário
· O credor originário, só em parte reembolsado, terá preferência ao sub-rogado, na cobrança da dívida restante, se os bens do devedor não chegarem para saldar inteiramente o que a um e outro dever
CAPÍTULO III
Do Pagamento com Sub-Rogação
Art. 346. A sub-rogação opera-se, de pleno direito, em favor:
· I - do credor que paga a dívida do devedor comum;
· II - do adquirente do imóvel hipotecado, que paga a credor hipotecário, bem como do terceiro que efetiva o pagamento para não ser privado de direito sobre imóvel;
· III - do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte.
Art. 347. A sub-rogação é convencional:
· I - quando o credor recebe o pagamento de terceiro e expressamente lhe transfere todos os seus direitos;
· II - quando terceira pessoa empresta ao devedor a quantia precisa para solver a dívida, sob a condição expressa de ficar o mutuante sub-rogado nos direitos do credor satisfeito.
Art. 348. Na hipótese do inciso I do artigo antecedente, vigorará o disposto quanto à cessão do crédito.
Art. 349. A sub-rogação transfere ao novo credor todos os direitos, ações, privilégios e garantias do primitivo, em relação à dívida, contra o devedor principal e os fiadores
Art. 350. Na sub-rogação legal o sub-rogado não poderá exercer os direitos e as ações do credor, senão até à soma que tiver desembolsado para desobrigar o devedor.
Art. 351. O credor originário, só em parte reembolsado, terá preferência ao sub-rogado, na cobrança da dívida restante, se os bens do devedor não chegarem para saldar inteiramente o que a um e outro dever.
IMPUTAÇÃO DO PAGAMENTO
· A imputação do pagamento ocorre quando o pagamento é insuficiente para saldar todas as dívidas junto ao credor.
· A pessoa obrigada por dois ou mais débitos da mesma natureza, a um só credor, tem o direito de indicar a qual deles oferece pagamento, se todos forem líquidos e vencidos.
Elementos ou requisitos
São elementos da imputação ao pagamento:
· Pluralidade de débitos;
· Identidade entre credor e devedor; 
· Natureza dos débitos;
· Débitos líquidos e vencidos;
· Pagamento deve ser suficiente para cobrir alguma divida.
Imputação do devedor: Ocorre quando o devedor indica qual dívida que está sendo quitada com o pagamento.
Imputação do credor: Não tendo o devedor declarado em qual das dívidas liquidas e vencidas quer imputar o pagamento, se aceitar a quitação de uma delas, não terá direito a reclamar contra a imputação feita pelo credor, salvo provando haver ele cometido violência ou dolo.
Imputação feita pela lei: Se o devedor não indicar a qual débito oferece pagamento, e a quitação for omissa quanto à imputação, esta se fará nas dívidas líquidas e vencidas em primeiro lugar. Se as dividas forem todas líquidas e vencidas ao mesmo tempo, a imputação far-se-á na mais onerosa.
Preferência da imputação nos juros: Havendo capital e juros, o pagamento imputar-se-á primeiro nos juros vencidos, e depois no capital, salvo estipulação em contrário, ou se o credor passar a quitação por conta do capital.
CAPÍTULO IV
Da Imputação do Pagamento
Art. 352. A pessoa obrigada por dois ou mais débitos da mesma natureza, a um só credor, tem o direito de indicar a qual deles oferece pagamento, se todos forem líquidos e vencidos.
Art. 353. Não tendo o devedor declarado em qual das dívidas líquidas e vencidas quer imputar o pagamento, se aceitar a quitação de uma delas, não terá direito a reclamar contra a imputação feita pelo credor, salvo provando haver ele cometido violência ou dolo.
Art. 354. Havendocapital e juros, o pagamento imputar-se-á primeiro nos juros vencidos, e depois no capital, salvo estipulação em contrário, ou se o credor passar a quitação por conta do capital.
Art. 355. Se o devedor não fizer a indicação do art. 352, e a quitação for omissa quanto à imputação, esta se fará nas dívidas líquidas e vencidas em primeiro lugar. Se as dívidas forem todas líquidas e vencidas ao mesmo tempo, a imputação far-se-á na mais onerosa.
DAÇÃO EM PAGAMENTO
· Dação em pagamento é um acordo convencionado entre credor e devedor, onde o credor pode consentir em receber prestação diversa da que lhe é devida.
· O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, mesmo que esta seja mais valiosa.
· Aplicação das Normas de Contrato
· Determinado o preço da coisa dada em pagamento, as relações entre as partes regular-se-ão pelas normas do contrato de compra e venda.
· Pelo contrato de compra e venda, um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro.
· Veja perâmbulo de modelo de contrato de Dação em Pagamento.
· Dação em Títulos de Crédito
· Se for título de crédito a coisa dada em pagamento, a transferência importará em cessão.
· O credor pode ceder seu crédito, se a isso não se opuser a natureza da obrigação, a lei, ou a convenção com o devedor; a cláusula proibitiva da cessão não poderá ser oposta ao cessionário de boa-fé, se não constar do instrumento da obrigação.
· Efeitos da Evicção da Coisa Recebida
· A evicção ocorre quando o adquirente de um bem perde a propriedade, a posse ou o uso em razão de uma decisão judicial ou de um ato administrativo, que reconheça tal direito à terceiro, por uma situação preexistente (anterior) à compra.
· Terá então o adquirente o direito de recobrar de quem lhe transferiu esse domínio, ou que pagou pela coisa, também no caso do bem ter sido adquirido por contrato de dação em pagamento.
CAPÍTULO V
Da Dação em Pagamento
Art. 356. O credor pode consentir em receber prestação diversa da que lhe é devida.
Art. 357. Determinado o preço da coisa dada em pagamento, as relações entre as partes regular-se-ão pelas normas do contrato de compra e venda.
Art. 358. Se for título de crédito a coisa dada em pagamento, a transferência importará em cessão.
Art. 359. Se o credor for evicto da coisa recebida em pagamento, restabelecer-se-á a obrigação primitiva, ficando sem efeito a quitação dada, ressalvados os direitos de terceiros.
NOVAÇÃO (cria-se uma nova relação jurídica)
· “Animus Novand” – sentido de inovar, criar para extinguir. 
· Criação de obrigação nova paea extinguir uma obrigação anterior, dívida que se cria e substitui a outra.
· Novação é a transformação de uma dívida em outra, com extinção da antiga. Desta forma surge uma nova dívida do devedor em relação ao credor, com o desaparecimento da original.
· Diferente de assunção de dívida onde a mesma dívida está sendo posta, não cria-se uma nova.
Requisitos da novação
São requisitos para que ocorra  novação:
1. Existência de um vínculo jurídico anterior (existência de uma obrigação anterior)
2. Conversão da obrigação anterior em uma nova obrigação (precisa construir uma nova obrigação)
3. A segunda obrigação confirma (repetição) a primeira, tem-se o “animus novandi” (intenção de inovar)
Espécies
Objetiva ou novação real
· Devedor contrai com o credor uma nova dívida para extinguir com a anterior (nova obrigação com a finalidade de extinguir a anterior). 
· Obs: dação em pagamento: entrega algo diferente, já satisfaz na hora.
Subjetiva ou novação pessoal:
· Troca de sujeitos, novo devedor que substitui o antigo, de modo que o antigo fica quite com o credor. 
· Novação pessoal passiva: substituição de devedores, devedor não precisa participar, é apenas substituído, credor que aceita uma nova obrigação com um novo devedor. 
· Novação ativa: substituição de credores. 
· Mista: Criação doutrinária e aceita, pessoal e real ao mesmo tempo; modificação do objeto e do sujeito. 
Efeitos
O principal efeito é a extinção da divida primitiva
CAPÍTULO VI
DA NOVAÇÃO
Art. 360. Dá-se a novação:
· I - quando o devedor contrai com o credor nova dívida para extinguir e substituir a anterior;
· II - quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor;
· III - quando, em virtude de obrigação nova, outro credor é substituído ao antigo, ficando o devedor quite com este.
Art. 361. Não havendo ânimo de novar, expresso ou tácito mas inequívoco, a segunda obrigação confirma simplesmente a primeira.
Art. 362. A novação por substituição do devedor pode ser efetuada independentemente de consentimento deste.
Art. 363. Se o novo devedor for insolvente, não tem o credor, que o aceitou, ação regressiva contra o primeiro, salvo se este obteve por má-fé a substituição.
Art. 364. A novação extingue os acessórios e garantias da dívida, sempre que não houver estipulação em contrário. Não aproveitará, contudo, ao credor ressalvar o penhor, a hipoteca ou a anticrese, se os bens dados em garantia pertencerem a terceiro que não foi parte na novação.
Art. 365. Operada a novação entre o credor e um dos devedores solidários, somente sobre os bens do que contrair a nova obrigação subsistem as preferências e garantias do crédito novado. Os outros devedores solidários ficam por esse fato exonerados.
Art. 366. Importa exoneração do fiador a novação feita sem seu consenso com o devedor principal.
Art. 367. Salvo as obrigações simplesmente anuláveis, não podem ser objeto de novação obrigações nulas ou extintas.
COMPENSAÇÃO
· Compensação é a extinção de duas obrigações, cujos credores são ao mesmo tempo devedores um do outro.
· Meio indireto de extinção das obrigações entre pessoas que são ao mesmo tempo credoras e devedoras, uma da outra.
· Extinção de obrigações recíprocas que se pagam uma poir outra até a concorrência dos seus respectivos valores.
· EX: Devo 10.000 para uma pessoa e a mesma pessoa me deve 2.000, paga-se 8.000 (compensação de parte de dívida)
Função: evitar circulação inútil de moeda, evitar duplo pagamento, visto que não existe razão para haver duplo pagamento.
Espécies de compensação
A compensação subdivide-se em três espécies:
· Compensação legal: opera em pleno direito e sem a interferência das partes (resulta da lei). Opera-se independentemente da vontade das partes (caráter automático) – não há direito da outra parte não aceitar, a lei que instaura. 
· Compensação convencional: tem origem na autonomia privada e na vontade das partes. (nasce da convenção, de um acordo de vontade das partes, se dá quando não se preenche todos os requisitos da compensação legal.
· Compensação judicial: por meio de reconvenção, quando a ação do autor propõe o réu uma outra ação ao encontro da que lhe é intentada. (determinada por decisão judicial)
Requisitos
1. Necessário que haja reciprocidade dos créditos (reciprocamente credora e devedora de uma outra)
a. O devedor somente pode compensar com o credor o que este lhe dever; mas o fiador pode compensar sua dívida com a de seu credor afiançado. Fiador pode inovar a compensação.
2. As dívidas precisam ser líquidas (é liquida a dívida certa quanto a sua existência e determinada quanto ao seu objeto)
3. É necessário que as dividas sejam exigíveis (ambas as dívidas)
4. Haja fungibilidade entre os débitos (bens que podem ser substituídos por outro da mesma espécie, qualidade ou quantidade)
5. Haja homogeneidade entre as dívidas, ao menos que haja acordos pré-estabelecidos. 
6. A compensação efetua-se entre dívidas líquidas, vencidas e de coisas fungíveis.
Exclusão da compensação: não haverá compensação quando as partes, por mútuo acordo, a excluírem, ou no caso de renúncia prévia de uma delas. (ART.375)
Também não se fala em compensação:
Art. 373 A diferença de causas nas dívidas não impede a compensação, exceto:
· Se provier de esbulho, furto ou roubo;
· Se uma se originar de comodato, depósito ou alimentos;
· Se uma for de coisa não suscetível de penhora.
CONFUSÃO EM PAGAMENTO
· Trata-se de modo de extinção da obrigaçãoquando na mesma pessoa se confundam as qualidades de credor e devedor. A confusão não acarreta a extinção da dívida agindo sobre a obrigação, e sim sobre o sujeito ativo e passivo, na impossibilidade do exercício simultâneo da ação creditória e da prestação. A confusão pode ser total ou própria (caso se verifique a respeito de toda a dívida) e parcial ou imprópria (se efetivar apenas em relação a uma parte do débito ou crédito).
· Como sabemos, no direito das obrigações são necessários dois polos: Credor e Devedor. Se as qualidades de credor e devedor encontrarem-se em uma só pessoa, dá-se a “confusão”, que é, no direito das obrigações, uma forma de extinção de obrigação.
· Mesmo sujeito que reúne a condição de devedor credor (ao mesmo tempo) 
· EX: Devo a uma pesso 50.000, me caso em comunhão universal dos bens (mesmo patrimônio)
· A, B, C são devedora de X, cada uma delas deve 30.000, juntas devem 90.000; X incorpora C, passam a ser a mesma pessoa juridicamente, aplica-se a confusão parcial, X continua credora de A e B (60.000)
CAPÍTULO VIII
Da Confusão
Art. 381. Extingue-se a obrigação, desde que na mesma pessoa se confundam as qualidades de credor e devedor.
Art. 382. A confusão pode verificar-se a respeito de toda a dívida, ou só de parte dela.
Art. 383. A confusão operada na pessoa do credor ou devedor solidário só extingue a obrigação até a concorrência da respectiva parte no crédito, ou na dívida, subsistindo quanto ao mais a solidariedade.
Art. 384. Cessando a confusão, para logo se restabelece, com todos os seus acessórios, a obrigação anterior.
REMISSÃO DAS DÍVIDAS
· Remissão das dívidas é o perdão da dívida concedido pelo credor ao devedor.
· A remissão da dívida, aceita pelo devedor, extingue a obrigação, mas sem prejuízo de terceiros.
· Credor é aquele que pode abrir mão desse direito
· Abrir mão do pagamento por parte do devedor, ocorre a remissão da dívida
Requisitos da remissão da dívida
· São requisitos do perdão da dívida o ânimo de perdoar e a aceitação do perdão.
· Credor seja capaz de alienar, agente capaz e objeto lícito.
· Remissão não pode prejudicar terceiros, não se extingue a dívida.
· O credito é um bem qualquer, mas se eu tenho uma dívida, não se pode remitir uma dívida, prejudicando o credor.
Tipos
· Remissão total: devedor não precisa pagar mais nada 
· Remissão parcial: quando se perdoa uma parte 
· Remissão Expressa (credor manifesta que está perdoando a dívida)
· Remissão Tácita (implícita, credor não fala expressamente, mas a sua conduta nos leva a crer dessa form 
· Remissão Presumida (Art. 386) 
 CAPÍTULO IX
Da Remissão das Dívidas
Art. 385. A remissão da dívida, aceita pelo devedor, extingue a obrigação, mas sem prejuízo de terceiro.
Art. 386. A devolução voluntária do título da obrigação, quando por escrito particular, prova desoneração do devedor e seus co-obrigados, se o credor for capaz de alienar, e o devedor capaz de adquirir.
Art. 387. A restituição voluntária do objeto empenhado prova a renúncia do credor à garantia real, não a extinção da dívida.
Art. 388. A remissão concedida a um dos co-devedores extingue a dívida na parte a ele correspondente; de modo que, ainda reservando o credor a solidariedade contra os outros, já lhes não pode cobrar o débito sem dedução da parte remitida.
INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES
· Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.
· Obrigação tem diversas fontes: podem surgir de uma situação que a parte ne queria ficar obrigado, mas ficou (ato ilícito); enriquecimento sem causa (pagamento ao não credor)
· O não cumprimento nada mais é do que uma exceção no mundo, espera-se que as obrigações sejam cumpridas 
Inadimplemento pode se dar por culpa ou não do devedor 
· Pode se dar por culpa (imprudência, negligencia, dolo do devedor) ou sem culpa do devedor.
Inadimplemento absoluto 
· Ocorre uando a obrigação não foi cumprida e nem poderá ser cumprida de forma útil ao credor, inadimplemento total)
· É aquele em que se torna impossível o cumprimento da prestação total ou parcial.
Inadimplemento relativo 
· Mesma coisa que Mora (demora), cumprimento imperfeito da obrigação, desrespeito ao tempo do pagamento (atraso), forma ou lugar.
Em ambos os inadimplementos existem responsabilidade civil (Art. 389, CC)
Caso fortuito ou força maior – Excludente de responsabilidade civil
· O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado.
· O caso de fortuito ou força maior verifica-se no fato necessário, cujos efeitos não era possível evitar ou impedir.
Caso fortuito 
· O caso fortuito pode ser interno ou externo.
· Caso Fortuito Interno - se caracteriza por toda situação causada pela imprevisibilidade, e, portanto, inevitável que se encontra relacionada aos riscos da contratação estipulado, ligado à pessoa ou à coisa. Exemplo: greve de funcionários que impedem a execução das atividades normais de uma empresa, que se obrigara a entregar determinado produto.
· Caso Fortuito Externo - este se caracteriza como sendo imprevisível e inevitável, porém, não guarda ligação direta com a obrigação, como é o caso dos fenômenos da natureza, entendidos como acontecimentos naturais, tais como os raios, a inundação e o terremoto.
Força maior
· A força maior - acontecimento relacionado a fatos externos, independentes da vontade humana, que impedem o cumprimento das obrigações. Esses fatos externos podem ser: ordem de autoridades (fato do príncipe), fenômenos naturais (raios, terremotos, inundações, etc.) e ocorrências políticas (guerras, revoluções, convulsões sociais, etc.).
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.
· Inadimplemento absoluto, há presunção de culpa do devedor e portanto existe uma responsabilidade civil 
· Perdas e danos: objetivo de recompor o patrimônio da vítima, indenização do prejuízo, inclui-se os lucros cessantes (o que deixou de lucrar)
Art. 390. Nas obrigações negativas o devedor é havido por inadimplente desde o dia em que executou o ato de que se devia abster.
Art. 391. Pelo inadimplemento das obrigações respondem todos os bens do devedor.
Art. 392. Nos contratos benéficos, responde por simples culpa o contratante, a quem o contrato aproveite, e por dolo aquele a quem não favoreça. Nos contratos onerosos, responde cada uma das partes por culpa, salvo as exceções previstas em lei.
· Estabelece uma forma diferente de reponsabilidade civil quando o contrato é benéfico (gratuito, só gera benefício a uma das partes, a exemplo, a doação)
Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado.
Parágrafo único. O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, cujos efeitos não eram possível evitar ou impedir.
MORA
· Equivalente ao inadimplemento relativo
· Retardamento no cumprimento da obrigação ou seu cumprimento imperfeito
· Retardamento (atraso) e cumprimento imperfeito (não atende a forma, lugar)
· Pagamento fora da forma combinada, mas não dando prejuízo ao credor, pode não se encaixar em Mora, pois, não gerou prejuízo, dependendo da análise do caso concreto.
· Ex: pagar em banco diverso
· Obrigação não cumprida
· Distinção de mora e inadimplemento absoluto, nem sempre é fácil identificar a situação. 
· Ainda que haja a possibilidade de cumprimento da obrigação, se o credor não estiver mais interessado, perda de interesse objetiva por parte do credor (não pode por uma ato de vingança, bobagem), será inadimplemento absoluto.  
· Ainda que haja a possibilidade de cumprimento da obrigação, se o credor estiver mais interessado, será Mora.
Semelhanças entre mora e inadimplemento 
· Consequência em certo sentido é a mesma, indenizaçãono Art. 389 (inadimplemento) e Art. 395 (Mora) 
· Em ambos os casos, a ausência de culpa do devedor, proveniente de caso fortuito ou força maior afasta-se o dever de indenização, afasta-se a Mora. (Art. 396 - Mora).
· O elemento culpa parece ser necessário para caracterização da mora do devedor. 
· A mora também pode ser do credor, não é só uma conduta do devedor. 
· Credor não fornece as informações necessárias, não vai na casa do devedor recebe
· Mora "Ex Re" (para a sua configuração não há necessidade de qualquer ação por parte do credor, devedor incidi na mora automaticamente. Se dá quando a dívida tem um termo de cumprimento, não paga na data estabelecida no termo pré fixado no contrato.  (Art. 397, Caput, CC) 
· Mora "Ex Persona" necessidade de interpelação 
Requisitos da mora do devedor ou mora "solvendi
· Inexecução na obrigação no vencimento, forma ou lugar convencionado
· Possibilidade de execução futura, de forma que interesse o credor seja objetivo, devedor ainda pode pagar depois e credor que receber
· Impossibilidade da inexecução, não precisa prova a culpa do devedor, se presume.  A sua não culpa é excludente.
Efeitos
· Responsabilização 
· Perpetuação da obrigação (Art. 399)
· EX: Beatriz empresta cavalo ao Ferriani para um competição, este cavalo está na fazenda do Ferriani, cai um raio na cabeça do cavalo, ele morre.  Ferriani não é responsabilizado, por ser caso fortuito (excludente da responsabilidade). Se o feriado tinha um prazo, 5 de setembro, não entrega no prazo, mora "ex re", ferriani está em mora, e por esse motivo, ele responderá, pois ocorre a perpetuação da obrigação (responsabilidade mesmo pelo fortuito, por estar em Mora). 
· Se eu conseguir provar que o bem teria perecido, cavalo na fazenda de Brumadinho, em atraso, se provar que se tivesse devolvido, o bem também teria perecido (exclui-se a responsabilização) 
Requisitos Mora do credor ou mora "accipiendi"
· Se configura quando ele se recusa o pagamento no tempo, forma ou lugar.
· O que o devedor está ofertando é a prestação por inteiro, é o que está acordado, inidentificará se a recusa é legítima ou não (cumpriu os requisitos necessários para cumprimento) 
Purgação da Mora (correção da Mora) 
· Art 401
· emendar, corrigir. 
· Direito subjetivo do devedor purgar a Mora. 
Pergunta: Se a culpa é elemento necessário para caracterização da Mora do devedor, isso se aplica também ao credor?  R: Não é necessário para caracterização. 
· Ex: Credor tinha que aparecer em um reunião de alinhamento de estratégia, mas por conta de um doença vai para os EUA, descaracteriza a mora do devedor. 
Devedor que não tem culpa, não está em mora e o devedor? 
Art. 394. Considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o credor que não quiser recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção estabelecer. 
Art. 395. Responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora der causa, mais juros, atualização dos valores monetários segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado. 
Parágrafo único. Se a prestação, devido à mora, se tornar inútil ao credor, este poderá enjeitá-la, e exigir a satisfação das perdas e danos.
Art. 396. Não havendo fato ou omissão imputável ao devedor, não incorre este em mora. 
Art. 397. O inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, no seu termo, constitui de pleno direito em mora o devedor. 
Parágrafo único. Não havendo termo, a mora se constitui mediante interpelação judicial ou extrajudicial. 
Art. 398. Nas obrigações provenientes de ato ilícito, considera-se o devedor em mora, desde que o praticou. 
· Quem comete o ilícito, já está em mora a partir do momento do ilícito, aplicando as consequências desde o ilícito, os valores serão retroagidos no dia do ilícito, agiu com culpa. 
· Não podia ter feito o ilícito. 
Art. 399. O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, embora essa impossibilidade resulte de caso fortuito ou de força maior, se estes ocorrerem durante o atraso; salvo se provar isenção de culpa, ou que o dano sobreviria ainda quando a obrigação fosse oportunamente desempenhada. 
Art. 400. A mora do credor subtrai o devedor isento de dolo à responsabilidade pela conservação da coisa, obriga o credor a ressarcir as despesas empregadas em conservá-la, e sujeita-o a recebê-la pela estimação mais favorável ao devedor, se o seu valor oscilar entre o dia estabelecido para o pagamento e o da sua efetivação. 
· Ex: Credor não foi buscar o cavalo, a mora do credor subtrai o devedor isente de dolo à responsabilidade. Consequências benéfica ao devedor, pois, o credor está em mora
Art. 401. Purga-se a mora: 
I - por parte do devedor, oferecendo este a prestação mais a importância dos prejuízos decorrentes do dia da oferta; 
II - por parte do credor, oferecendo-se este a receber o pagamento e sujeitando-se aos efeitos da mora até a mesma data.

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