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METALOGRAFIA ENSAIO MACROGRÁFICO EM JUNTAS SOLDADAS Por que estudar a solda? 2 Consequência drástica da trinca a frio é a fratura frágil e total da estrutura Os navios tipo Liberty, da época da 2ª Guerra, que literalmente quebraram ao meio. Foram construídos 4694 navios da Classe Liberty. 1289 sofreram fratura frágil Materiais dúcteis podem se tornar frágeis a temperaturas mais baixas O primeiro fraturou em 16 de janeiro de 1943, atracado no píer de acabamento do estaleiro Escolha das amostras e da seção a ser estudada A escolha das amostras e da seção pode levar a conclusões distintas, daí a importância de entender o processo de fabricação ou de estudar várias seções. Macroestrutura de junta soldada Escolha da SEÇÃO LONGITUDINAL quando se quer verificar: • Se uma peça é fundida, forjada ou laminada; • Se a forma de uma peça foi obtida por usinagem ou conformação; • A presença de solda no comprimento de arames, fios, barras, vergalhões; • Avaliação de soldas por fricção, de topo; • Eventuais defeitos nas proximidades de fraturas; • A extensão de tratamentos térmicos superficiais Isométrico da solda subaquática molhada feita 60 metros de profundidade. A seta sinaliza a face onde a trinca por fadiga deve passar. Escolha da SEÇÃO TRANSVERSAL da amostra • Natureza do material; • Homogeneidade da secção; • Intensidade da segregação; • Forma de disposição das bolhas; • Existência de restos de vazios; • Profundidade e uniformidade da carbonetação; • Profundidade de descarbonetação; • Profundidade de têmpera; • Inclusões. Ensaio macrográfico em juntas soldadas TERMINOLOGIA Zona Afetada pelo Calor (ZAC) TERMINOLOGIA DE SOLDAGEM Através da macrografia de soldas pode-se calcular a DILUIÇÃO Penetração Reforço: é o material depositado em excesso, além do necessário para preencher a junta (NBR 10474) • o objetivo é garantir o preenchimento completo da espessura • pode ser na face do enchimento (sobre o cordão) ou na face da raiz (sob o cordão). • Através do ensaios de metalografia pode identificar descontinuidades e/ou defeitos Trincas 26 Falta de penetração 27 • Através do ensaios de metalografia pode registrar descontinuidades e/ou defeitos Distorção; 29 • São alterações de forma e dimensões nos componentes provocadas pela soldagem. Dimensões incorretas da solda 30 mordedura ENADE - 2005 Nos processos de soldagem por fusão, a região da solda é composta por três zonas bem distintas. Descreva cada uma das zonas que compõem a região da solda. Resposta •A zona de fusão corresponde à região onde efetivamente houve a fusão e, em seguida, a solidificação do metal. •A zona termicamente afetada é a região do metal de base adjacente à zona de fusão, caracterizando-se por apresentar um ciclo térmico de aquecimento, seguido de resfriamento. •A zona não afetada pelo calor é a região do metal de base que não sofreu qualquer transformação térmica durante a soldagem. Encontre o erro Regiões da ZAC de uma aço carbono comum e respectivas temperaturas • Ensaio macrográfico em juntas soldadas AULA: METALOGRAFIA Profª Ariana Lobato Peixoto Metalografia A Metalografia é a ciência que estuda a constituição de fases dos metais e suas ligas, podendo ser dividida em: macrografia (ampliação - até 10x) e a micrografia (ampliação acima de 10x). DEFINIÇÃO: As propriedades físicas dos metais e ligas metálicas está relacionada com a composição microestrutura. A microestrutura está associada a composição química e processamento termo- mecânico FASES PROPRIEDADES MECÂNICAS Para evitar confusões geralmente é colocado uma escala nas imagens ou é descrita a ampliação na qual a foto foi tirada. Geralmente utiliza-se uma ampliação de 100x ENSAIO DE METALOGRÁFICO Referência dimensional escala FONTE: LIMA ,2014. EQUIPAMENTO Politriz MicroscópioEmbutidora Cortadeira • 1ª Corte • 2ª Embutimento • 3ª Lixamento • 4ª Polimento • 5ª Ataque ENSAIO DE METALOGRÁFICO - Etapas Seccionamento •A seção a ser retirada para a metalografia deve ser representativa da peça e é função dos dados e fenômenos a serem analisados. O corte poderá ser longitudinal, transversal ou oblíquo. Discos abrasivos para corte de amostras Os principais métodos usados para o corte, classificados quanto ao grau de alteração da superfície são: - Maçarico Máximo - Cisalhamento - Serragem - Abrasão a seco ou a úmido Máximo Mínimo Grau de Alteração Escolha das amostras e da seção a ser estudada A escolha das amostras e da seção pode levar a conclusões completamente distintas de morfologia de precipitação, daí a importância de entender o processo de fabricação ou de estudar várias seções. Vista da seção longitudinal e transversal de uma mesma amostra: barra produzida por deformação plástica SEÇÃO TRANSVERSAL (MACROGRAFIA) • Verificação da homogeneidade do material ao longo de sua seção; • Caracterização da forma e intensidade da segregação; • Avaliação da posição, forma e dimensões de eventuais porosidades, trincas e bolhas; • Caracterização de forma e dimensões de dendritas; • Verificação de vazios ou rechupe; • Verificação de tratamento termo-químico(profundidade e regularidade); • Verificação da profundidade de têmpera; • Avaliação da extensão da Zona Fundida, Zona termicamente Afetada, etc. em juntas soldadas. Embutimento A montagem da amostra é realizada para facilitar o manuseio de peças pequenas. O embutimento consiste em circundar a amostra com um material adequado. O embutimento pode ser a frio e a quente, dependendo das circunstâncias e da amostra a ser embutida. Cuidados: Verificar se a face que estar embutindo é realmente a que se deseja observar, escolher o tipo certo de embutimento (quente, frio) dependendo do material, proteger a superfície que se deseja observar para não haver abaulamento e identificar a amostra. Aspecto das amostras embutidas e de uma embutidora. Embutimento em Resinas • É a técnica mais usada para a montagem metalográfica. Pode ser dividida em: A quente -> Resinas Termoplásticas -> Acrílicos -> Resinas Termofixas -> Baquelite A frio -> Epóxi -> Poliéster -> Metil Metacrilato LIXAMENTO Lixamento Essa preparação exige que o uso de diversas lixas, com granulométrica sucessivamente menores (100#, 220#, 320#, 400#, 600# e 1000#) e uso de lubrificante. A técnica de lixamento manual consiste em se lixar a amostra sucessivamente com lixas de granulométrica cada vez menores, mudando-se de direção (90°) em cada lixa subsequente. #: número de aberturas por polegada da peneira. Cuidados: Lubrificar a amostra para evitar aquecimento e impregnação, manter a amostra sob pressão uniforme para evitar abaulamento. Lavar entre passos para evitar contaminação. Aspecto da direção de lixamento e da superfície lixada Secagem de amostras Antes de a amostra sofrer o ataque, a mesma deve estar perfeitamente limpa e seca, por isso utilizam-se líquidos de baixo ponto de ebulição como o álcool, éter, etc. Evitar machas de secagem! Incorreto Correto Fig. 15 – Posicionamento de amostra para secagem. Ataque metalografico Para destacar e identificar características microestruturais ou fases presentes nas amostras é utilizado o ataque químico em microscopia óptica. O reagente é preparado (ácido sobre solvente) e despejado em uma pequena cuba de vidro (vidro relógio) e a amostra é imersa na solução. Deve-se tomar cuidado para não permitir o contato da amostra com o fundo da cuba. Recomenda-se que esta operação seja realizada usando-se luvas ou por meio de uma tenaz. Procedimento de ataque metalográfico. MACROGRAFIA Detalhe do boleto do trilho apresentado: Notam-se numerosas fissuras e também grande quantidades de concentrações d impurezas que favorecem a formação de trincas e facilitam seu desenvolvimento. Ataque: iodo. 2,5 x. Partes do Trilho Macrografia Examina-se a olhonu ou com pouca ampliação o aspecto de uma superfície após devidamente lixada e atacada por um reagente adequado. Por seu intermédio tem-se uma ideia do conjunto, referente à homogeneidade do material, a distribuição e natureza das falhas, impureza e ao processo de fabricação, qualidade de solda, profundidade de tratamentos térmicos e termoquímicos, entre outras características. Materiais utilizados no ensaio macrográfico • Amostras • Lixas (80-400*) • Álcool • Algodão • Reagentes *pode haver variações Atividade MACROGRA FIA 1 Seção Transversal da amostra MACROGRAFIA 2 FONTE: LIMA ,2014.
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