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Fake News 6

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O IMPACTO DA FAKE NEWS SOBRE A VACINAÇÃO DO COVID-19
THE IMPACT OF FAKE NEWS ON THE COVID-19 VACCINATION
EL IMPACTO DE LAS FALSAS NOTICIAS SOBRE LA VACUNA COVID-19
MELO, Joice Maiara[footnoteRef:1] [1: Graduanda em Enfermagem pela Universidade de Itaúna, e-mail: joicemaiara2301@gmail.com
1 Graduanda em Enfermagem pela Universidade de Itaúna, e-mail: barbaraborocha@gmail.com
1 Graduanda em Enfermagem pela Universidade de Itaúna, e-mail: ingridssoares01@gmail.com] 
ROCHA, Bárbara Bruna de Oliveira1
SOARES, Ingrid Alessandra de Souza1
PENA, Heber Paulino [footnoteRef:2] [2: Orientador e Doutor em PPGPSI pela Universidade Federal de Juiz de Fora, e-mail: heberppena@yahoo.com.br] 
MACIEL, Erika Augusta Faria[footnoteRef:3] [3: C0-Orientadora e Doutoranda em PPGPSI pela Universidade Federal de Juiz de Fora, e-mail: reginasantos72@outlook.com] 
RESUMO
A disseminação de noticias falsas, as chamadas Fake News, tem prejudicado a vida de milhões de pessoas no mundo, sendo que a pandemia da Covid-19 tornou isso cada vez mais corriqueiro na vida das pessoas, por causa, que muitos tiveram que ficar em casa, o que fez com que muitos usassem esse tempo vago para poder espalhar mentiras para as pessoas, fato que colaborou para que o vírus se estendesse por mais tempo e prejudicasse mais as pessoas. Objetivo: Constatar como as fake news tem prejudicado a vacinação contra essa Covid-19 Método: Foi feita uma revisão integrativa da literatura na base de dados da Scielo, Pubmed e Lilacs, de artigos publicados entre os anos de 2011 a 2021, nos idiomas português e inglês, usando os descritores: doenças, surto de doenças, vacinação e mídias sociais. Resultados e discussão: Foram analisados 13 artigos. Considerações finais: Apesar de se ter um longo histórico de que as vacinas salvam vidas e erradicam doenças atualmente muitas pessoas têm desconsiderado esse meio de prevenção, devido à hesitação a carca da eficácia e segurança dos imunobiológicos. Observa-se o que a disseminação de noticiais falsas ocasiona impacto _______________________ 
PALAVRAS-CHAVE: Noticias falsas; Vacinação; Covid-19; Mídias Sociais; Salvam vidas. 
ABSTRACT
The dissemination of false news, the so-called Fake News, has harmed the lives of millions of people around the world, and the Covid-19 pandemic has made this increasingly commonplace in people's lives, because many had to stay in home, which made many use this free time to be able to spread lies to people, a fact that contributed to the virus to extend for longer and harm people more. Objective: To find out how the fake news disseminated to all corners of the country has harmed vaccination against this disease, thus increasing the fragility of the population. Method: An integrative literature review was carried out in the scielo, pubmed and lilacs database, of articles published between the years 2011 to 2021, in Portuguese and English, using the descriptors: diseases, disease outbreak, vaccination and media social. After combining the descriptors, a qualitative and quantitative analysis of the articles that best fit the work proposal was performed. Results and discussion: 521 articles on the subject were found, of which 41 articles were selected for initial analysis. After that, after reading the abstracts and analyzing them, another 28 articles were excluded, as they did not demonstrate the assertive analysis. of what was proposed. Thus, after this analysis, 13 articles remained for analysis. Final considerations: Despite having a long history that vaccines save lives and eradicate diseases, many people today have disregarded this means of prevention, as they believe that they do not have the necessary efficacy to be able to contain the outbreak of this virus. a lot happens because of the dissemination of false news that is the central point of this research. 
KEYWORDS: False news; Vaccination; Covid-19; Social media; save lives
ABSTRACTO
La difusión de noticias falsas, las llamadas Fake News, ha perjudicado la vida de millones de personas en todo el mundo, y la pandemia de Covid-19 ha hecho que esto sea cada vez más común en la vida de las personas, porque muchos tuvieron que quedarse en casa, lo que hizo que muchos utilizan este tiempo libre para poder difundir mentiras a la gente, hecho que contribuyó a que el virus se extendiera por más tiempo y dañara más a las personas. Objetivo: Conocer cómo la fakw difundida por todos los rincones del país ha perjudicado la vacunación contra esta enfermedad, aumentando así la fragilidad de la población. Método: Se realizó una revisión integradora de la literatura en la base de datos scielo, pubmed y lilacs, de los artículos publicados entre los años 2011 a 2021, en portugués e inglés, utilizando los descriptores: enfermedades, brote de enfermedad, vacunación y medios sociales. Luego de combinar los descriptores, se realizó un análisis cualitativo y cuantitativo de los artículos que mejor se ajustan a la propuesta de trabajo. Resultados y discusión: se encontraron 521 artículos sobre el tema, de los cuales se seleccionaron 41 artículos para su análisis inicial. Posteriormente, luego de leer los resúmenes y analizarlos, se excluyeron otros 28 artículos, por no demostrar el análisis asertivo. fue propuesto. Así, luego de este análisis, quedaron 13 artículos para el análisis. Consideraciones finales: A pesar de tener una larga historia de que las vacunas salvan vidas y erradican enfermedades, muchas personas hoy en día han desatendido este medio de prevención, por considerar que no tienen la eficacia necesaria para poder contener el brote de este virus. ocurre debido a la difusión de noticias falsas que es el punto central de esta investigación
PALABRAS CLAVE: Noticias falsas; Vacunación; COVID-19; Redes sociales; salva vidas. 
1-INTRODUÇÃO
 Há séculos as vacinas vêm sendo utilizadas como importantes meios de prevenção e combate a agentes infecciosos. Há registros chineses, do século XI, relatando a técnica de variolização, utilização de crostas secas de pacientes com varíola, que eram moídas e inaladas por outras pessoas, a fim de evitar a forma mais grave da doença1. 
 A partir dos estudos de Louis Pasteur, para atenuação de microrganismos por alta temperatura, oxigênio e produtos químicos, houve grandes avanços na produção de vacinas1. Atualmente, a soma de conhecimentos aprimorados sobre funcionamento dos sistemas de proteção imunológica, e sobre os microrganismos permitem a criação de expressão de proteínas de vacina em vetores vivos, síntese de antígenos microbianos e indução de uma variedade de respostas imunes através da manipulação de DNA, RNA, proteínas e polissacarídeos2.
 Nesse sentido, com os avanços tecnológicos aplicados ao desenvolvimento de vacinas e os esforços das campanhas de vacinação, estima-se que anualmente sejam evitadas entre 2 a 3 milhões de mortes provenientes de agentes causadores de doenças infecciosas1. O que por si só demonstra a importância dessa forma de proteção. 
Mais recentemente a imunização voltou a ganhar destaque, devido ao novo coronavírus, SARS-Cov-2. Desse modo, cientistas em todo o mundo trabalham arduamente para o desenvolvimento de novas vacinas contra esse patógeno, a fim de mitigar os riscos de mortes, bem como evitar colapsos nos sistemas de saúde, devido a procura por atendimento superior à capacidade. Segundo a OMS, atualmente, o número de vacinas, contra o Covid-19, que se encontram em desenvolvimento clínico ou pré-clínico, já chega a 299, em todo o mundo4, o que demonstra a urgência em atender a demanda mundial3. 
Para a imunização contra o COVID-19 ser efetiva é necessária uma alta cobertura vacinal. Desse modo, alguns autores estimam que para atingir a imunidade de rebanho, necessária para proteção das populações mais vulneráveis, seria necessário vacinar entre 55% e 82% da população, a depender das variáveis presentes, apesar de não haver consenso sobre esse limiar5.	 
Após o início das campanhas de vacinação, espalhadas em todo o mundo, até dia 07 de Setembrode 2021, segundo a OMS, já haviam sido administradas mais de 5 bilhões e 300 milhões de doses de imunizantes contra novo Coronavírus em todo o globo, no entanto apenas cerca 25% da população foi vacinadas com pelo menos uma dose e 15% da população estava completamente imunizada6
Observa-se que o ritmo de imunização se encontra lento. Além da disponibilidade das vacinas, diversos fatores logísticos atrasam o processo de imunização em grande escala. Um dos elementos que prejudicam a cobertura vacinal é a circulação, em grande escala, de informações falsas sobre os imunizantes, pois geram desinformação e acarretam queda na taxa de vacinação7.
Oserva-se campanhas deliberadamente criadas por grupos antivacinação, que colocam em debate a importância e a credibilidade das vacinas. Em consequência a hesitação vacinal gera impacto na cobertura do imunobiológico, culminando no prolongamento da pandemia e elevação do número de mortes evitáveis além de inúmeros, e já conhecidos, outros transtornos. Essa questão foi listada pela OMS como uma das dez principais ameaças à saúde mundial7,8,9.
As fake news criaram em todo mundo a chamada infodemia, um excesso de informações propagado por diversos meios de comunicação alternativos, sobre os mais diversos assuntos, como a pandemia da Covid-196. Acrescenta-se que essa propagação de notícias falsas se dá muitas das vezes por meio das redes sociais e da internet, pelos quais qualquer pessoa pode emitir um juízo sobre qualquer tipo de informação, sem se preocupar com a veracidade dos fatos7. 
	Uma pesquisa realizada em 2018 por um conjunto de especialistas demonstrou que cerca de 40% das notícias espalhadas através das redes sociais são falsas, sendo que a frequência com as quais as mesmas são disseminadas é assustadora8. Apesar dos benefícios associados à utilização de redes sociais, a disseminação de mentiras torna-se preocupante. No Brasil há um projeto de Lei (n°2.630/2020), que pretende estabelecer normas diretrizes e mecanismo de transparência nas redes sociais, assim como determinar medidas contra a desinformação9,
Portanto, considerando que para atingir uma alta cobertura vacinal é necessário que haja adesão da população às vacinas disponíveis, faz-se necessário conhecer mecanismos de combate às fake news. O objetivo desde estudo é constatar como as fake news tem prejudicado a vacinação contra essa Covid-19	
Observa-se que esse tema é de extrema importância para a sociedade, podendo comprometer a imunização de rebanho e o combate a essa doença que já matou milhões de pessoas em todo mundo.	 
2- METODOLOGIA
O presente estudo refere-se a uma revisão integrativa da literatura, na qual mostra-se a capacidade de levantamento de dados e informações, através de referências bibliográficas em artigos científicos, tendo como objetivo o conhecimento sobre o tema em discussão, podendo ter acesso a mais detalhes e resultados mais concretos10. 
A revisão integrativa de literatura é uma das metodologias mais usadas para fundamentar um trabalho acadêmico, pois a mesma é capaz de dar sentido ao objetivo do estudo e fazer com que o mesmo seja claro e bem elaborado. 
Para sua construção foram seguidas as seis etapas propostas: 1 – identificação do tema e seleção da hipótese ou questão de pesquisa; 2 – definição dos critérios para inclusão e exclusão de estudos; 3 – definição das informações a serem extraídas dos estudos selecionados; 4 – avaliação dos estudos incluídos; 5 – interpretação dos resultados; e 6 – apresentação da revisão10,
A busca de dados foi realizada no período de agosto a setembro do ano de 2021, através de pesquisas por meios eletrônicos em artigos científicos de produções nacionais e internacionais. 
	Os critérios de inclusão foram pesquisas que respondem ao objetivo do trabalho com clareza e boa fundamentação, sendo que foram pesquisados trabalhos entre os anos de 2011 a 2021, sendo que essa linha de tempo foi escolhida pelo fato de ter muitas pesquisas sobre este assunto. Os critérios de exclusão foram trabalhos que não respondem o objetivo com clareza e que possuem pouca fundamentação teórica. 
Foram utilizados Descritores em Ciências da Saúde (DECs), assim como Medical Subject Headings (MeSH), com os operadores booleanos AND e OR. Os descritores utilizados foram: “Fake News”; “Vacinação”; “Vacinação contra Covid”; “Recusa de se vacinar”; “Medo da vacina”; Vacina salva vidas”; "Noticias falsas"; "Vaccination"; “Vaccination against Covid”; “Refusal to get vaccinated”; “Fear of the vaccine”; Vaccine saves lives”; "False News". 
Utilizou-se as bases de dados a Scielo, Pubmed e Lilacs, tendo como resultados da pesquisa o encontro de 521 artigos. Após a leitura de títulos e resumos, foram identificados 41 estudos. Após uma segunda análise, foram retirados 13 trabalhos pelas autoras. Desses 13 artigos 7 deles fazem parte da base de dados da Scielo que inicialmente contribui com 251 artigos. Da Pubmed foram selecionados 4 artigos, sendo que inicialmente havia se achado 180 artigos. Da Lilacs foram selecionados 2 artigos dos 80 iniciais
Para a seleção dos artigos foi realizada a leitura do resumo e das palavras chave das obras achadas e buscou-se selecionar aquelas que são mais relevantes para a temática e não possuíam caráter ideológico, de análises rasas, de ideias políticas e compreensões equivocadas sobre o tema. Para identificação e seleção dos artigos que seriam estudados, as três pesquisadoras de forma independente, procederam à leitura dos estudos pelos títulos e resumos. Após seleção e avaliação dos estudos, foi realizada uma nova análise, mais criteriosa de todas as publicações selecionadas anteriormente de forma conjunta. Foram determinados os estudos a serem incluídos totalizando 41 trabalhos, sendo que após uma nova análise foram levados a discussão 13 artigos que tratam diretamente da temática.
3-RESULTADOS
Foram selecionados treze (13) estudos relacionados às fake news e vacinação contra a Covid-19conforme, conforme o objetivo proposto. A seleção dos estudos foi demonstrada no fluxograma descrito na figura 1. 
 OS estudos elegidos foram agrupados na Tabela 2, a seguir, com a listagem dos artigos para a amostra conforme a numeração da ordem de citação, autor, título e o ano de publicação e objetivos. 
Os estudos foram retirados dos idiomas português e inglês, sendo que os trabalhos são de suma maioria brasileiros ou americanos, pois são países que convivem com este problema de fake news de forma mais direta. 
Identificação
Inclusão
Registros identificados no
Bancos de dados pela busca: 
PubMed (n = 180)
Lilacs (n= 80)
Scielo (n= 231)
Registros removidos antes da triagem: (n= 480)
Registros Duplicados removidos: (n= 54)
Registros incompletos: (n= 256)
Registros removidos por outros motivos: (n= 170)
Registros selecionados
(n =41)
Relatórios avaliados para elegibilidade
(n =25)
Relatórios excluídos: (n=12)
Estudos Incluídos (n=13) 
Triagem
Figura 1- Fluxograma do número de artigos encontrados e selecionados após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão. (Autoria Própria)
	 
QUADRO 1- Referências incluídas na Revisão Integrativa de acordo com a numeração, autor, título e ano de publicação
	N° DA REFERÊNCIA
	AUTOR
	TÍTULO
	OBJETIVOS
	ANO
	
01
	MIZUTA, AH et al
	Percepções acerca da importância das vacinas e da recusa vacinal numa escola de medicina
	Identificar a percepção da importância das vacinas e os riscos da recusa vacinal entre alunos de Medicina e médicos
	
2018
	
02
	
FALÇÃO; BATISTA
	Pandemia da desinformação: as fake news no contexto da Covid-19 no Brasil
	Identificar como a desinformação fez com muitas pessoas não soubesse como se comportar perante a pandemia da Covid-19.
	
2021
	
03
	
BARCELOS, TN et al.
	Análise de fake news veiculadas durante a pandemia de COVID-19 no Brasil.
	Caracterizar as fake news sobre COVID-19 que circularam no Brasil de janeiro a junho de 2020
	
2021
	
04
	CRISTO, HS et al
	Implicações da desinformação e da infodemia no contexto da pandemia da Covid-19
	Refletir sobre asimplicações das notícias falsas para a
saúde das populações. Trata-se de um trabalho de abordagem qualitativa e exploratória de revisão bibliográfica, que
analisa fake news veiculadas nas mídias sociais entre março e maio de 2020.
	
2021
	
05
	Cardoso T.
	Campanha de desinformação sobre vacina contra covid avança com testes no Brasil.
	Analisar como a desinformação atrapalha as pessoas a tratar a Covid da maneira correta.
	
2020
	
06
	Pierro, B. de. (2020).
	Epidemia de fake news.
	Analisar como as fake news prejudicam o avanço do tratamento contra a Covid-19.
	2020
	
07
	FERREIRA, Davi A; SILVA, Alison P; MONTENEGRO, Camila A.
	O impacto das fake news na vacinação e nos surtos de doenças erradicadas
	Constatar o impacto das FN na vacinação e os surtos de doenças, destacando as erradicadas na população.
	
2021
	
08
	Mac Donald NE
	Notícias falsas e ataques de negação da ciência às vacinas. O que você pode fazer?
	Compreender como as notícias falsas prejudica o avanço da vacinação e o que deve ser feito para combater essas mentiras
	
2020
	
09
	Schaffer DeRoo S, Pudalov NJ, Fu LY.
	Planejando um Programa de Vacinação COVID-19
	Planejar como deve ser feita a vacinação de maneira eficiente.
	
2020
	
10
	Wilson SL, Wiysonge C.
	Mídia social e hesitação da vacina.
	Entender como as mídias sociais estão sendo usadas como meio de provocação a não vacinação.
	
2020
	
11
	OH, S.H; LEE, S; HAN, C
	The Effects of Social Media Use on Preventive Behaviors during Infectious Disease Outbreaks: The Mediating Role of Self-relevant Emotions and Public Risk Perception.
	Analisar como as fake news são usadas para atrapalhar a vacinação.
	
2020
	
12
	FRUGOLI, Alice Gomes et
	Fake News sobre vacinas: Uma análise sob o modelo 3 Cs da Organização Mundial da Saúde. 
	Analisar as fake news sobre imunobiológicos tomando como referência a hesitação vacinal no modelo dos 3Cs (confiança, complacência e conveniência) da Organização Mundial da Saúde.
	
2021
	
13
	Neto M, Gomes TO, Porto FR, Rafael RMR, Fonseca MHS, Nascimento J.
	Fake news no cenário da pandemia de COVID-19.
	Discutir as Fake News no cenário brasileiro de
COVID-19.
	
2020
Fonte: As autoras.
4- DISCUSSÃO
A pandemia da Covid-19 foi promulgada no dia 11 de março de 2020, pelo Diretor- Geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus. Para essa organização a Covid-19 havia alcançado uma vastidão que não poderia ser deixada de lado, sendo essencial que fossem tomadas diversas medidas para conter o avanço desse vírus3. 
A Covid-19 demonstrou ao mundo a fragilidade do seu sistema de saúde e fez com que as pessoas entrassem em desespero, o que contribuiu bastante para a disseminação de notícias falsas, as chamadas fake news. Calúnias espalhadas sobre a vacinação fazem parte da vida do ser humano desde o século XIX, quando surgiu na Europa movimentos anti-vacinas, mas essas ganharam força com as redes sociais11. 
O estado de pandemia anunciado acirrou os ânimos da população, gerou medo e incertezas, colaborando para as notícias falsas se espalhassem rapidamente. Um dos principais alvos dessas notícias são as vacinas e sua eficácia. Há questionamentos sobre a velocidade em que as mesmas foram produzidas, assim como quais seriam o seu efeito no corpo. 
A seguir apresentam-se discussões sobre esse tema. De acordo com a análise dos estudos, dividiu-se o texto em duas partes, inicialmente são apresentadas as repercussões das notícias falsas e posteriormente os benefícios do uso das redes sociais. 
FAKE NEWS E SUAS CONSEQUÊNCIAS
A vacinação reduziu drasticamente a prevalência de doenças infecciosas que assolavam as populações. As vacinas são consideradas a melhor abordagem perante as doenças infecciosas, por serem seguras, eficazes, econômicas e gerarem redução na morbidade e mortalidade populacional 11,12,13. Porém, doenças que haviam sido erradicadas estão reaparecendo em diversos lugares do mundo, devido a resistência das pessoas em se vacinarem 18. 
Esse fenômeno também é observado atualmente em relação às vacinas contra o Covid-19. Apesar dos benefícios, já comprovados historicamente, há hesitação em relação à vacinação, assim como a disseminação de falsas informações sobre as novas vacinas implementadas 13,14. 
Notícias falsas sobre a vacinação tem sido frequentes nas mídias sociais, um exemplo desse tipo de informação propõe que organismo receberá uma carga viral, forçará o indivíduo a adoecer e prejudicará o seu sistema imunológico14,15. Pensamento oposto ao mecanismo de ação das vacinas que atua estimulando o sistema imunológico, potencializando sua defesa.
Nota-se que durante surtos infecciosos emergentes, é comum recorrer às mídias sociais para buscar informações, e conhecer formas de proteção contra doenças e problemas adjuntos7,8,14. 
Uma pesquisa realizada no Brasil durante a pandemia da Covid-19 demonstrou que existe uma correlação entre o comportamento das pessoas nas redes sociais e a disseminação de notícias falsas sobre a vacinação. Foram vinculados a alguns perfis um alto número de fake news, criadas para confundir a população e reduzir a vacinação 5,14. Esse trabalho demonstrou que as pessoas contrárias às vacinas acabam espalhando informações falsas para indivíduos desprotegidos e mal informados14.
Em uma pesquisa realizada em 2017 nos Estados Unidos sobre o sentimento da população sobre vacinas, nas redes sociais, foi constatado que cerca de 30% da população era resistente a tomar qualquer tipo de vacina, diminuindo com isso a cobertura vacinal e aumentando o risco de surtos de doenças. A partir desse achado, realizou-se uma campanha nas mídias sociais incentivando a vacinação17.
	Em uma pesquisa realizada em 2018 na Dinamarca foi detectado que as redes sociais têm influenciado as pessoas sobre a vacinação. O autor dessa pesquisa relata que houve um aumento epidemiológico do papilomavírus humano (HPV) após boatos que essa vacina prejudicava a reprodução da criança19. 
Em São Paulo, após um surto de sarampo em 2019, foi provado que boa parte das mães que não vacinaram seus filhos haviam recebido notícias falsas, sobre a vacina, em suas redes sociais14. 
Ao buscar analisar essas pesquisas é possível dizer que a desinformação causada pelos grupos antivacinação acaba colaborando para que as pessoas tenham medo de se vacinar aumentando a prevalência de doenças e prejudicando o bem-estar das pessoas. Em relação ao Covid-19, nas redes sociais circulam diversas informações errôneas sobre a vacina, o que ocasiona medo e queda na cobertura vacinal14. 
As redes sociais possuem a capacidade de combinar a credibilidade da persuasão interpessoal com os meios de comunicação de massa, resultando em uma atitude ou comportamento desejado entre um grande grupo de pessoas14,16,17. Dessa forma, existem pessoas no Brasil que são a favor da criação de uma entidade governamental própria para fiscalizar as notícias falsas nas redes sociais, sendo que as pessoas que foram pegas propagando as mesmas podem sofrer duras consequências3, 7,14. 
Como pôde ser analisado, a resistência a vacinação não é algo que surgiu com a vacina contra o novo coronavírus, mas como essa doença está em evidência a mesma demonstra como as mídias sociais têm ocasionado desinformação à população14. 
As mídias sociais muitas das vezes são mal utilizadas e podem atrapalhar a população a se vacinar, diminuindo com isso a capacidade de conter o avanço das doenças14, 16.
Percebe-se que este canal de comunicação gera impacto na população e tem um papel importante em ajudar as pessoas a obterem informações sobre os mais diferentes assuntos, mas para que isso aconteça de uma maneira eficaz e positiva é essencial que se elimine as notícias falsas 3,14,15,17. 
BENEFÍCIOS DO USO DAS REDES SOCIAIS
Nota-se que nas redes sociais as notícias falsas podem se disseminar, ocasionando frustração com a ciência, a vacina e com as medidas tomadas para conter o avanço do vírus14. Nesse sentido, é essencial que as pessoas entendam que o uso das mídias sociais pode ser um aliado a saúde14.Em uma pesquisa realizada em 2019 nos Estados Unidos foi constado que as mídias sociais têm o poder de interferir positivamente na vacinação das pessoas, sobretudo das crianças. As informações verdadeiras espalhadas nas redes sociais possuem um papel muito importante para das vacinações de crianças, contribuindo para que doenças sejam erradicadas e minimizadas18. 
A necessidade do uso de mídias sociais na conscientização popular é demonstrada pelo Ministério da Saúde do Brasil, que usou diversos canais digitais para repasse de informações. Os profissionais da saúde foram habilitados para informarem a população sobre os sintomas e riscos e ainda realizaram triagem individual para recomendação de condutas clínicas15.
Além da utilização das redes sociais para repasse de informações científicas, essas plataformas também são utilizadas pelos usuários para compartilharem suas frustrações, ódios, rancores e medos, inserindo a percepção de risco ao se expor ao vírus; aumentando significativamente a prevenção, e consequentemente a vacinação14. 
Em resposta às fake news estão sendo criados no Brasil alguns grupos em defesa da verdade, diversos estudantes da área da saúde e da educação estão espalhando noticias verdadeiras sobre a vacinação contra a Covid-19 e ao mesmo tempo usando as mais diversas estratégias para denunciar os perfis falsos e notícias falsas, ajudando com isso a conscientização de pessoas5,14. 
Uma pesquisa realizada no Brasil passou a defender o controle de informações nas redes sociais, pois essas informações duvidosas acabam causando certa indagação das famílias dos doentes perante os profissionais da saúde, diminuindo com isso a certeza de que a ciência ajuda no combate a doenças3,4.
Organizações que são a favor da vacinação desenvolveram algumas estratégias de resposta a essas notícias falsas, incluindo a comunicação com abertura de maneira informada por evidências, criando espaços seguros para motivar o diálogo com o público e debate sobre o assunto, aumentando com isso o conhecimento das pessoas sobre a vacinação e combatendo a desinformação 19. 
Observa-se que a melhor forma de combater a desinformação da população é difundir para informações verdadeiras, de fontes confiáveis demonstrando os enormes benefícios da vacinação, assim como a necessidade que se tem de imunizar um grande número de pessoas contra esse mal. 
5- CONSIDERAÇÕES FINAIS
O vírus mais perigoso é a mentira	
Ao longo deste trabalho buscou-se entender como as vacinas são importantes para poder salvar a vida das pessoas, assim como foi possível refletir com dados históricos a necessidade que se tem de imunizar o rebanho, pois é esse imunizante que é o mais eficaz para poder erradicar as doenças transmissíveis e fazer com que a população fique livre de diversos problemas de saúde. 
	Além disso, foi possível notar que não é de hoje que as vacinas sofrem ataques das pessoas que espalham fake news sobre elas, mas mesmo com tanta desinformação ainda é possível perceber que muitas pessoas lutam para que a verdade seja propagada em todos os lugares. Somado a isso, a reflexão acerca da eficácia das vacinas e seu potencial imunizador fez com que fosse revelado que a melhor forma de vencer a Covid-19 é através dela, sendo que as fake news estão atrapalhando esse processo de imunizar as pessoas, pois existem cidadãos que não se preocupam com a verdade e com o bem estar das pessoas, mas sim, com a sua ideologia, disseminando com isso mentiras que muitas das vezes corrompem as pessoas e fazem com que elas abram mão do seu direito e do seu dever de vacinar.
	Nesse sentido, esse trabalho buscou refletir sobre a necessidade que se tem de combater as noticias falsas através das mais diferentes formas, sendo através da informação, de campanhas pela imunização, de artigos científicos com dados que revelam a eficácia desse imunizante, seja até mesmo restringindo o acesso de algumas pessoas mal intencionadas, que por causa da sua desonestidade acaba comprometendo o acesso das pessoas a vacina. Em si, em um mundo cada vez mais informado é essencial que se combata a desinformação, pois é ela que muitas das vezes levam as pessoas a ter medo de se vacinar, prejudicando a saúde de muitas outras pessoas, pois se vacinar é um ato de caridade e amor a si mesmo e ao próximo, pois uma simples dose ou duas doses podem salvar a vida de milhões de pessoas em todo mundo. 
	Dessa forma, pode-se dizer que o estudo busca realizar uma análise sobre os malefícios das noticias falsas e como elas prejudicam as pessoas e a vacinação. Mas, mesmo que este estudo busque realizar essa contextualização, o mesmo possui como limitações a falta de pesquisas que trazem dados concretos sobre o prejuízo que este acontecimento trás as pessoas, assim como a falta de um debate mais concreto sobre como as noticias falsas atuam na vida das pessoas. 
	Portanto, essa pesquisa buscou incentivar as pessoas a se vacinar demonstrando através de dados e pesquisas cientificas que essas é a melhor forma de combater as doenças e ajudar as pessoas a ter uma vida melhor e mais saudável que é o dever de todo profissional da área da saúde que sonha em ter um mundo melhor e mais saudável. 
6- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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