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Diabetes Gestacional DMG 1 Diabetes Gestacional DMG Tags Diabetes Gestacional (DMG) Alterações fisiológicas Resistência à insulina Secreção placentária de hormônios diabetogênicos Hormônio do crescimento Hormônio liberador de corticotropina Lactogênio placentário Prolactina Progesterona Amplo suprimento de nutrientes para o feto Epidemiologia Patologia comum na gravidez : 1,1 a 14,3% No Brasil, acomete cerca de 2,4 a 7,2% dependendo dos critérios utilizados para o diagnóstico. O que é? Intolerância aos carboidratos , hiperglicemia, iniciada na gestação. Sem história prévia de DM. Fatores de risco Idade materna avançada Sobrepeso, obesidade ou ganho excessivo de peso na gravidez atual Deposição central excessiva de gordura corporal História familiar de diabetes em parentes de 1º grau Diabetes Gestacional DMG 2 SOP Baixa estatura (<1,5m) Crescimento fetal excessivo, polidrâmnio, hipertensão ou pré-eclâmpsia na gravidez atual. Antecedentes obstétricos Abortamento de repetição Malformações Morte fetal ou neonatal Macrossomia DMG Fisiopatologia Durante a gravidez a mulher experimenta um aumento da resistência periférica à insulina. Na 2ª metade da gestação, a placenta secreta hormônios contrainsulínicos (ex: lactogênio placentário), tais hormônios provocam o aumento à resistência periférica à insulina, para fazer com que a glicose circule mais tempo e consiga chegar no feto, atravessando a placenta por meio de difusão facilitada. Diabetes Gestacional DMG 3 Algumas mulheres possuem pâncreas que está trabalhando no limite de liberação de insulina e com isso não tolera grandes aumentos de resistência à insulina, por isso, essas mulheres desenvolvem DMG. Depois que passar essa gestação, mulher precisa cuidar do estilo de vida, pois ela está propensa a desenvolver Diabetes no futuro. Diagnóstico 1º CONSULTA (1º trimestre) Glicemia em jejum < 92 → Aguarda 24 a 28 semanas (que é quando a placenta produz níveis elevados de hormônios diabetogênicos) e faz TOTG 75g. Ao repetir entre 24 a 28 semanas, qualquer 1 valor alterado confirma o DMG, então ao fazer TOTG 75g, se vier qualquer um dos valores a seguir, confirma o DMG: Glicemia em jejum > ou = 92 Após 1 hora do TOTG > ou = 180 Após 2 horas do TOTG> ou = 153 Glicemia em jejum 92 a 125 → Diabetes Gestacional. Glicemia em jejum > ou = a 126 → Significa diabetes prévio Glicemia sem jejum > ou = 200 → Significa DM prévio Hb glicada > ou = 6,5 → Significa DM prévio DE ACORDO COM O MINISTÉRIO DA SAÚDE: 1ª Consulta < 20 semanas Glicemia em jejum < 92 → Aguarda 24 a 28 semanas e faz TOTG 75g. Ao repetir entre 24 a 28 semanas, qualquer 1 valor alterado confirma o DMG, então ao fazer TOTG 75g, se vier qualquer um dos valores a seguir, confirma o DMG: Glicemia em jejum de 92 a 125, repete o exame, se na nova dosagem vier 92 a 125→ DMG Diabetes Gestacional DMG 4 Após 1 hora do TOTG > ou = 180 → DMG Após 2 horas do TOTG de 153 a 199 → DMG Glicemia em jejum 92 a 125 → DMG Glicemia de jejum > ou = 126 → DM prévio TOTG 75g após 2hrs > ou = 200 → DM prévio CONDUTA DM GESTACIONAL 1º Dieta fracionada e equilibrada + atividade física. Ambas as medidas costumam abaixar a resistência periférica à insulina. O objetivo com a dieta é: controle glicêmico, prevenir cetoacidose, ganho de peso adequado, contribuir para o bem estar fetal. Diabetes Gestacional DMG 5 INSULINA Diabetes Gestacional DMG 6 Se não der certo as medidas não medicamentosas, deve-se passar insulina. A insulina é a primeira droga de escolha Iniciar após 1 semana de adoção de dieta e exercícios físicos sem atingir as metas de valores glicêmicos e com mais de 30% dos valores alterados. As insulinas mais utilizadas e de melhor disponibilidade são insulinas humanas NPH (ação intermediária) e a Regular (ação rápida). Iniciar insulina NPH calculada na dose de : 1º trimestre: 0,3 - 0,5 UI/kg/dia 2º trimestre: 0,7 UI/kg/dia 3º trimestre : 0,9 UI/kg/dia OBS: Em pacientes obesas pode-se iniciar na dose de 1-1,5 UI/kg/dia METFORMINA Não é a primeira escolha As indicações para o uso de metformina são: Não acessibilidade à insulina Dificuldade para a autoadministração de insulina Diabetes Gestacional DMG 7 Estresse para a paciente em níveis exacerbados decorrentes do uso de insulina e que determina restrição alimentar, não corrigida mesmo após orientação adequada Necessidade de altas doses diárias de insulina (>100UI) sem resposta adequada no controle glicêmico e ganho de peso excessivo em uso de insulina. ACOMPHAMENTO DA GLICEMIA Curva glicêmica com 3 ou 5 valores diários: Glicemia de jejum 1 ou 2 horas após almoço 1 ou 2 horas após jantar Se possível Antes do almoço Antes do jantar ACOMPANHAMENTO COM EXAMES LABORATORIAIS EAS e urocultura mensalmente Hemoglobina glicada Colesterol (gestantes obesas com DM prévio ou macrossomia) TSH e T4 livre, se necessário DM prévio - avaliação de órgão alvo Função renal - creatinina e proteinúria 24h Fundoscopia ECG, ECO transtorácico ACOMPNHAMENTO COM CONSULTAS Consultas 15 em 15 dias até 30-34 semanas 1 vez por semana a partir de 34 semanas até o parto Diabetes Gestacional DMG 8 ACOMPANHAMENTO DO FETO USG morfológica Cardiotocografia a partir de 26-28 semanas Perfil biofísico fetal ou USG com medida do líquido amniótico semanalmente ou a cada 2 semanas a partir de 32 semanas. Contagem dos movimentos fetais 1 a 3 vezes durante o dia, por 1 hora em decúbito lateral a partir de 28 semanas. Alterado se menos de 7 movimentos/hora Doppler de artérias uterinas a partir de 26 semanas (se a gestante tiver alguma vasculopatia) DM PRÉVIO → Insulina é a droga de escolha! No 1º trimestre e no pós parto, deve-se reduzir a dose insulina 2º e 3º trimestre deve-se aumentar a dose de insulina Hipoglicemiante oral, ainda não é liberado pelo Ministério da saúde. PARTO Feto bem / mãe bem → indicação obstétrica Indução do parto a partir de 38 - 40 semanas 38-39 semanas se controle glicêmico com uso de insulina 40semanas se controlada apenas com terapia não medicamentosa Bem estar fetal comprometido: interrupção imediata (cesárea o parto vaginal, dependerá da indicação obstétrica) Cesariana se: peso fetal 4 - 4,5 kg Interrupção antes de 38-39 semanas: avaliação da maturidade pulmonar fetal COMPLICAÇÕES Macrossomia → devido à hiperglicemia materna, ocorre a hiperglicemia fetal, ocorrendo hiperinsulinemia fetal, a insulina fetal elevada que estimula hormônio do Diabetes Gestacional DMG 9 crescimento e faz o feto crescer. Distócia de espáduas → A maioria ocorre em crianças <4kg Polidramnia → A hiperglicemia materna, provoca uma hiperglicemia fetal, e faz com que ocorra uma diurese hiperosmolar, fazendo com que haja muito líquido amniótico. Lembrando que o principal componente do líquido amniótico com mais de 20 semanas é a diurese do feto. Malformação fetal (exclusivo de quando a paciente tem DM prévio) → + típica → síndrome da regressão caudal . Prevenção: engravidar com hemoglobina glicada <6% OBS: DMG não aumenta o risco de malformação, pois quando a mulher desenvolve o DMG, já passou da fase de embriogênese. RISCOS FETAL E DO RN Macrossomia Hipoglicemia Síndrome da angústia respiratória Obesidade Diabetes RISCO MATERNO Pré eclâmpsia Risco do parto ser cesariana Risco aumentado de desenvolver DM ao longo de vida PÓS PARTO A incidência de diabetes entre mulheres com história prévia de DMG varia de 3 a 65% Reclassificação em 6 semanas após o parto para todas as mulheres que tiveram DMG Deve-se fazer glicemia em jejum Deve ser solicitado TOTG 75g e avaliado a glicemia após 2h Diabetes Gestacional DMG 10 Resultados: Glicemia em jejum <100 mg/dL e TOTG após 2h < 140 mg/dL → Normal Jejum entre 100 a 125 mg/dL e TOTG após 2h < 140 mg/dL → Glicemia de jejum alterada Jejum entre < 126 mg/dL e TOTG após 2h entre 140 a 199 mg/dL → Intolerância à glicose Jejum entre > ou = 126 mg/dL e TOTG após2h > ou = 200 mg/dL → Diabete Mellitus
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