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Hab.Médicas VI – TBL 10 – GO – DIABETES GESTACIONAL DEFINIÇÃO Diabetes é um distúrbio metabólico ocasionado por deficiência insulínica, seja na produção, secreção ou na ação (RI) desse hormônio, resultando em hiperglicemia. A diabetes mellitus gestacional (DMG) é o distúrbio metabólico com início ou diagnóstico durante a gestação. · Classificação · DM tipo 1 = de origem autoimune, idiopática e juvenil destruição as céls. B-pancreáticas · DM tipo 2 = aumento da resistência insulínica e defeito progressivo da secreção de insulina (75-80% dos casos DM) · DMG = diagnosticado durante a gestação e que não atende aos critérios de diabetes pré-gestacional não diagnosticado previamente EPIDEMIOLOGIA · Nas mulheres, o principal fator de risco para DM2 é ter tido DMG · Conforme o aumento da obesidade, aumenta-se a prevalência de DM · No Brasil, de 18-25% das gestantes vão apresentar diabetes, sendo que 85-90% dos casos são DMG · Hiperglicemia na gestação é fator de risco para obesidade, sd. metabólica e DM em seus descendentes · Fatores de risco DMG anterior; Idade ≥ 35 anos; Obesidade; Sedentarismo; Feto GIG (>p90); Antecedente familiar; Malformação fetal; Óbito fetal anterior; Polidrâmnio; Síndrome hipertensiva; História clínica. FISIOPATOLOGIA A gravidez é caracterizada por inúmeras alterações hormonais que visam permitir o desenvolvimento fetal, dentre elas, o aumento da produção de insulina pelo pâncreas, na tentativa de reduzir a resistência à insulina devido a ação da placenta que contém hormônios que reduzem a ação da insulina. Quando esse mecanismo de contrarregulação do pâncreas não funciona adequadamente, a mulher desenvolve DMG, expondo o feto a grandes quantidades de glicose*. • Fase anabólica (até 20s): há inibição da alanina (precursor do glicogênio), maior sensibilidade dos tecidos à insulina, levando à redução dos níveis glicêmicos de jejum. • Fase catabólica (> 20s): a placenta aumenta a produção de hormônios hiperglicemiantes (lactogênio placentário HLP, cortisol, prolactina, GH) → resistência insulínica → hiperinsulinismo (↓reserva de glicogênio e gordura) → gliconeogênese (↑glicose). OBS: a DMG pode ou não ser dependente de insulina e persistir após a gestação. Implicações fetais*: O feto é exposto a grande quantidade de glicose e, como o seu pâncreas é “saudável”, há maior produção de insulina. Por ser um hormônio anabólico, o aumento da insulina fetal pode levar à macrossomia (feto > 4kg), hipoglicemina neonatal (após o nascimento, o feto continua produzindo grande quantidade de insulina, que pode levar à hipoglicemia) e desconforto respiratório (o excesso de insulina age sobre os pneumócitos tipo 2 e dificulta a produção de surfactante) e maior risco de obesidade e diabetes na vida adulta. DIAGNÓSTICO Um ponto chave para diferenciar se a hiperglicemia detectada durante a gestação é decorrente de um quadro de diabetes pré-gestacional não diagnosticado ou se é DMG seria, idealmente, a realização de exames pré-concepcionais. - Como o DM tipo 2 tem um curso mais indolente, é muito comum que o diagnóstico só seja feito durante a gestação. · Classificação da hiperglicemia na gestação • DM diagnosticado na gestação (“Overt Diabetes”) hiperglicemia detectada na gestação segundo os critérios da OMS para DM em não-gestantes (Glicemia de jejum > 126mg/dl ou glicemia ocasional > 200mg/dl + sintomas ou TOTG ≥ 200 após 2h). • DMG: hiperglicemia detectada pela primeira vez durante a gravidez, com níveis glicêmicos sanguíneos que não atingem os critérios diagnósticos para DM. · Exames complementares a) Mobilograma: avalia movimentação fetal. Considerado normal 7 movimentos/hora. Após a 28 semana, deve ser realizado 3x/dia, em decúbito lateral, após refeições b) USG morfológico: realizar entre 21-23 semanas c) USG obstétrico: realizar mensalmente após 28 semanas para avaliar peso e maior bolsão de líquido amniótico · Manejo terapêutico Após o diagnóstico, deve-se fazer o controle glicêmico através de 4 perfis (jejum, 1h após café, 1h após almoço e 1h após jantar). Caos necessite introduzir insulina, deve-se fazer o controle glicêmico de 7 perfis (jejum, após café, antes almoço, após almoço, antes jantar, após jantar e as 3h madrugada) por 7-14 dias. Quando houver um equilíbrio, pode suspender a aferição da madrugada O objetivo é manter a glicemia de jejum entre 75-95 mg/dL; pré-prandial ≤100 mg/dL; pós-prandial após 1h ≤140 mg/dL e após 2h ≤120 mg/dL e uma hemoglobina glicada ≤6% TRATAMENTO · Não-medicamentoso •Dieta: 1800 a 2200 Kcal/dia, constituída de aproximadamente 45-50% de carboidratos (pp integral), 30-35% de gordura e 15- 20% de proteínas, em 6 refeições (café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia). - 70 a 80% das mulheres com DMG atingem o controle glicêmico com a terapia nutricional. •Exercício físico: 30min de caminhada, 3x/semana, hidroginástica ou prática de exercícios assistidos → aumentam a sensibilidade à insulina e o consumo de glicose. • Monitoramento glicêmico: 4x ao dia por 7-14 dias (jejum, 1h pós-café, 1h pós-almoço, 1h pós-jantar). Se após 2 semanas não houver melhora da glicemia, deve-se iniciar o uso de insulina. O controle glicêmico é atingido quando pelo menos 70% dos valores encontram-se dentro da normalidade. · Medicamentoso Insulinoterapia · DMG Feito o diagnostico, após 1-2 semanas, se as medidas não-farmacológicas não estiverem fazendo efeito, deve-se iniciar a terapêutica. Insulina NPH (ação intermediária), na dose inicial de 0,5 UI/kg de peso administrada 3x/dia, sendo: ½ antes do café da manhã, ¼ antes do almoço e ¼ às 22h. - Obs.1: se não for atingido o controle glicêmico, aumentar a dose da insulina NPH. - Obs.2: se a glicemia pré-prandial estiver dentro da normalidade, mas com hiperglicemia pós-prandial, prescrever Insulina de ação rápida (regular) ou ultrarrápida (Lispro, Aspart) apenas para o horário da refeição em que o controle está insatisfatório. Realizar monitoramento glicêmico durante insulinoterapia 7x/dia (jejum, 1h pós-café, 1h pré e pós-almoço, 1h pré e pós-jantar e 3h da madrugada) por 7-14 dias. Após verificação da eficácia do tratamento, retirar o dextro da madrugada e passar a realizar 6 medições ao dia. · DM pré-existente Insulina NPH (2/3 da dose) + insulina rápida (1/3 da dose) na dose de 0,5 – 0,6UI/kg/dia no 1º trimestre, 0,7 – 0,8 UI/kg/dia no 2º trimestre e 0,9 – 1,0 UI/kg/dia no 3º trimestre. OBS: não está indicado na gestação o uso de hipoglicemiantes orais Outros pontos importantes: - Avaliação de possíveis LOA e malformações fetais (USG morfológica e ECO fetal) - Monitoramento da vitalidade fetal com Dopplervelocimetria e perfil biofísico fetal no caso de vasculopatia materna. - Urocultura a cada 2 meses (maior risco de ITU ou bacteriúria assintomática) - Programar avaliação de vitalidade fetal a partir da viabilidade fetal e USG obstétrica mensal p/ mensurar crescimento COMPLICAÇÕES · Maternas = pré-eclâmpsia, infecções, ITU, aumento do ganho ponderal e da mortalidade materna · Fetais e neonatais = macrossomia, polidrâmio (hiperglicemia, por osmose, aumenta a quantidade de líquido amniótico), organomegalia, cardiopatia obstétrica, *alterações da maturidade pulmonar, síndromes respiratórias, asfixia, hipoglicemia, traumas, abortamento (descontrole glicêmico causa acidose metabólica, a qual pela liberação de ácidos graxos, gera o abortamento) e partos prematuros *Síndrome da Angústia Respiratória: tem 6x mais chance de ocorrer em gestantes diabéticas devido a hiperinsulinemia no feto, o que retarda a maturação do mecanismo de amadurecimento pulmonar. PARTO · Peso fetal estimado < 4kg + controle glicêmico adequado → acompanhar até 39-40 semanas. Controle glicêmico insatisfatório → resolução da gestação entre 37 e 40 semanas. OBS: se em uso de insulinoterapia, antecipar para 38-39 semanas · Peso > 4kg ou anormalidades da vitalidade fetal → resolução da gestação, independente da IG. OBS: cesária é indicada apenas em casos de péssimo controle glicêmico,macrossomia, cardiopatia fetal e história de natimorto. Cuidados periparto: - Se cesárea eletiva: aplicar 1/3 da dose de insulina NPH da manhã; - Manter soro glicosado a 5% em 60mL/h, se a paciente estiver em jejum >8h (se hiperglicemia, diminuir infusão e aplicar insulina rápida). - Controle glicêmico a cada 3h em pacientes com DMG e a cada 1h em pacientes com DM tipo 2. PUERPÉRIO - DMG: suspensão da prescrição de insulina e dieta para diabético. - DM tipo 2 pré-gestacional: manter insulina na dose habitual antes da gestação ou metade da dose utilizada no 3º trimestre. - Reavaliação e reclassificação 6 semanas após o parto → glicemia em jejum (DM se ≥126mg/dl) ou TOTG 75g (DM se ≥200). CAMILA MATARAZZO QUESTÕES · PROVA INDIVIDUAL 1- Para pacientes com diabetes gestacional, o alvo de controle glicêmico 1 hora após a refeição corresponde à glicemia: Escolha uma: a) ≤ 190 mg/dl. b) ≤ 140 mg/dl. c) ≤ 180 mg/dl. d) ≤ 120 mg/dl 2- Gestante de 42 anos, idade gestacional de 27 semanas, G4P2A1, um natimorto, IMC 28, realizando consulta de pré-natal a cada 04 semanas. Qual exame está indicado para diagnóstico de diabetes gestacional? Quais valores são CORRETOS para o diagnóstico? a) Glicemia pós-prandial. Glicemia pós-prandial maior que 111 mg/dl. b) Glicemia ocasional. Glicemia ocasional ≥ 300 mg/dl. c) TOTG 50 g. Glicemia de segunda hora maior que 300 mg/dl. d) Glicemia de jejum. Glicemia de jejum maior que 82 mg/dl. e) TOTG 75 g. Glicemia de segunda hora ≥ 153 mg/dl. 3- Paciente, 21 anos de idade, com diagnóstico de diabetes há três anos medicada com insulina. Foi verificada hemoglobina glicada de 10% no mesmo dia em que foi diagnosticada a gestação por atraso menstrual de três semanas, ocasião que procurou assistência. Em relação ao risco fetal e ao controle da glicemia, é CORRETO afirmar que: a) Se a glicemia média se mantiver em 126 a partir deste momento, o risco de macrossomia será menor. b) Se a glicemia 2 horas após a refeição for menor que 100 até o nascimento, o risco de hipoglicemia neonatal será maior. c) Há maior risco de malformações do concepto mesmo com controle glicêmico a partir deste momento. d) Há maior risco de polidrâmnia mesmo com controle glicêmico a partir deste momento. 4- Gestante na 24ª semana de idade gestacional é submetida à curva glicêmica ou teste oral de tolerância à glicose de 2h, com sobrecarga oral de 75 g de glicose. Levando em consideração a orientação da American Diabetes Association (ADA), que fundamenta o diagnóstico de acordo com o estudo HAPO, publicado em 2008, os pontos de corte para o diagnóstico do diabetes mellitus gestacional são: a) 92/180/153, com um ponto da curva atingido ou ultrapassado. b) 92/185/153, com dois pontos da curva atingidos ou ultrapassados. c) 92/180/145, com dois pontos da curva atingidos ou ultrapassados. d) 95/184/153, com um ponto da curva atingido ou ultrapassado. e) 90/185/145, com um ponto da curva atingido ou ultrapassado. 5- Primigesta, 39 anos, com gestação de 22 semanas, apresenta glicemia de jejum na primeira consulta com 8 semanas de 130 mg/dl. Nesse momento, o exame que deve ser solicitado é: a) Doppleruxometria. b) Cariótipo fetal. c) Perl biofísico. d) Ultrassonografia morfológica de 2º trimestre. e) Cardiotocografia anteparto. 6- Gestante de 33 anos; AU = 36 cm; BCF = 152 bpm; com 30 semanas de gestação e diagnóstico de diabetes gestacional mal controlado com dieta e exercícios, utilizando insulina atualmente, devido à hiperglicemia materna, pode ter qual das complicações relacionadas abaixo? a) Oligoâmnia. b) Macrossomia fetal. c) Restrição de crescimento intrauterino. d) Baixo peso fetal. 7- Tercigesta, na 14ª semana de gestação, relata Diabetes Melito Gestacional (DMG) e diabetes na família. Exames laboratoriais: glicemia em jejum = 90 mg/dl; e hemoglobina glicada (HbA1c) = 5,6%. O diagnóstico e a conduta devem ser, respectivamente: a) Overt diabetes e iniciar dieta e exercício. b) DMG e iniciar dieta e exercício. c) Risco para DMG e realizar TOTG 75 g entre 24 e 28 semanas. d) Risco para DMG e realizar TOTG 75 g nesse momento. 8- Multigesta (cinco partos normais prévios), 40 anos de idade. HMA: retorno de pré-natal na UBS com idade gestacional de 10 semanas, sem doenças. Nega queixas clínicas, obstétricas e ginecológicas. ES: apresenta resultado de duas glicemias de jejum com valores de 137 mg% e 129 mg%. A conduta mais adequada neste momento é: a) Prescrição imediata de insulina em dose de acordo com peso corporal. b) Teste oral de tolerância à glicose com sobrecarga de 75 g de glicose anidra. c) Manter seguimento de pré-natal habitual e repetir glicemia de jejum entre 24 e 28 semanas. d) Orientação nutricional e controle de perfil glicêmico em uma semana. 9- Na gestante diabética de difícil controle glicêmico, as alterações fetais e neonatais como macrossomia, morte fetal, hipertrofia do septo interventricular cardíaco, membrana hialina e hipoglicemia estão relacionadas com: a) Hipoglicemia materna. b) Insulinismo fetal. c) Acidose metabólica fetal. d) Hiperinsulinismo fetal. e) Hipoglicemia fetal. 10- O diabetes mellitus gestacional é definido como qualquer grau de intolerância a carboidrato diagnosticado pela primeira vez na gestação. São fatores de risco para diabetes na gestação, EXCETO: a) Nenhuma das alternativas acima está correta. b) Natimorto anterior. c) Filho anterior com macrossomia. d) Obesidade. e) Tabagismo · QUESTÕES AULA 1- Qual a conduta que deverá ser tomada com uma paciente na 9° semana de gestação, que apresenta uma glicemia de jejum de 96mg/dL? a) Solicitar TIGO de 75g com 3 coletas: jejum, 1 hora e 2 horas. b) Solicitar glicemia eventual eHbA1C. Caso um dos dois alterados, encaminhar para pré-natal de alto risco. c) Solicitar nova glicemia de jejum. Conforme resultado, manter paciente no pré-natal de baixo risco e solicitar TIGO 75g com 3 coletas por volta de 24 a 28 semanas de gestação. d) Instituir dieta com baixa quantidade de carboidrato, programa de exercício físico e controle de dextro 4 vezes ao dia. 2- Gestante com 11 semanas de gestação, nega passado para diabetes e apresenta um resultado recente de glicemia de jejum iguala 130mg/dL. Qual o diagnóstico mais provável? a) Diabetes prévio à gravidez. b) Diabetes Mellitus gestacional. c) Intolerância à glicose. d) Para conclusão diagnóstica precisamos fazer um TIGO de 75g. 3- Pacientes em fatores de risco para diabetes e rastreamento no primeiro trimestre da gestação negativo para diabetes. Devo continuar rastreando? a) Não, pois até ocorrer uma alteração glicêmica não haverá tempo hábil para a correção dos índices glicêmicos e das alterações fetais. b) Sim, mensalmente. c) Não, qualquer rastreamento deverá estar baseado em fatores de risco, d) Sim, deve-se fazer novo rastreamento no final do segundo trimestre. 4- No diabetes, a macrossomia fetal atinge todos os órgãos a seguir, exceto: a) Coração. b) Rins. c) Fígado. d) Cérebro. 5- A explicação fisiopatológica para o atraso da maturação pulmonar do filho de gestante diabética associa-se a: a) Aumento da insulinemia fetal. b) Diminuição da hemoglobina glicosada fetal. c) Aumento da fração livre do colesterol fetal. d) Diminuição da insulinemia fetal. 6- Ação do hormônio lactogênio placentário é: a) Antilipolitica. b) Anilinsulínica. c) Estimulante da testosterona fetal. d) Estimulante do hormônio do crescimento. 7- Uma mulher de 20 anos tem diagnóstico de diabetes desde 7 anos e faz uso de insulina. Foi verificado resultado de hemoglobina glicada de 12% no mesmo dia em que foi diagnosticada gestação, por atraso menstrual de 3 semanas. Com relação ao risco fetal e ao controle da glicemia, é correto afirmar que: a) Há maior risco de polidrâmnio, mesmo com controle glicêmico a partir desse momento. b) O feto será macrossômico, mesmo com controle glicêmico a partir desse momento. c) Há maior risco de malformações do concepto, mesmo com controle glicêmico a partir desse momento. d) Se a glicemia de jejum estiver entre70 e 90 mgno 1° trimestre, haverá maior risco de óbito fetal. e) Se a glicemia for controlada no último mês antes do nascimento, o concepto não será macrossômico. 8- Quais são os alvos glicêmicos (valores máximos) para considerar como adequado o tratamento de gestantes com diabetes mellitus, 1 e 2 horas pós-prandial, segundo a Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia? a) 120mg/dLe100mg/dL. b) 130mg/dLe110mg/dL. c) 140mg/dLe110mg/dL. d) 130mg/dLe100mg/dL. e) 140mg/dLe120mg/dL. 9- Uma paciente de 37 anos, primigesta, com 28 semanas de idade gestacional, retorna à consulta de pré-natal após 1 semana de diagnóstico de DMG e estabelecimento de conduta com orientação nutricional e realização de atividade física. Apresenta os seguintes valores de curva glicêmica domiciliar (valores em mg%). A conduta mais adequada para o caso é: a) Prescrever antidiabéticos orais em associação às orientações nutricionais e de atividade física. b) Associar a prescrição de insulinoterapia às orientações nutricionais e de atividade física. c) Somente reforçar a conduta atual de orientações nutricionais e de atividade física diária. d) Manter o seguimento pré-natal habitual, uma vez que o paciente se apresenta euglicêmica. 10- Com relação ao diabetes gestacional, é correto afirmar que: a) Dentre as principais complicações associadas ao diabetes gestacional destacam-se macrossomia, polidrâmnio e microcefalia. b) Os critérios estabelecidos para a diabetes anterior à gestação não diagnosticada (over diabetes) incluem glicemiade jejum maior ou igual a 92mg/dL e hemoglobina glicada igual ou superior a 6%. c) Glicemia de jejum entre 92 e 125mg/dL durante a gestação faz o diagnóstico de diabetes gestacional. d) Hemoglobina glicada igual ou superiora 6,5% faz o diagnóstico de diabetes gestacional. 11- No pré-natal de uma multípara com 36 anos, nos exames de rotina com 13 semanas, a glicemia foi de 127mg/dL.Diante desse resultado, é correto afirmar que: a) Se trata de uma diabética gestacional. b) Não é possível fazer o diagnóstico somente com esse exame, devendo-se fazer TIGO com 26 semanas. c) Não é possível fazer o diagnóstico somente com esse exame, devendo-se fazer o TIGO imediatamente, não se aguardando as 26 semanas. d) Se confirmado esse resultado numa 2° amostra, trata-se de diabetes pré-gestacional. e) Se confirmado esse resultado numa 2ª amostra, confirma-se o diagnóstico de DMG. 12- Uma mulher grávida, com cerca de 28 semanas de gestação, realizou um teste de glicemia de jejum, cujo resultado foi de 90mg/dL. Como é filha de pais diabéticos, o obstetra solicitou um teste de tolerância a glicose com sobrecarga de 75g, cujos resultados foram, respectivamente, ao jejum, 1° hora e 2° hora: 90mg/dL; 183mg/dL e 150mg/dL. A respeito dessa gestante, pelos mais modernos critérios de interpretação, é correto afirmar que: a) Está dentro dos limites normais quanto à tolerância a glicose. b) É portadora de diabetes gestacional. c) É portadora de diabetes "aberto". d) Pode apresentar diabetes gestacional até o termo da gravidez. e) Deve repetir o teste em 30 dias, preferentemente com sobrecarga de 100g de glicose. 13- Uma paciente de 38 anos, com 39 semanas de idade gestacional, foi internada na maternidade em fase ativa de trabalho de parto, evoluindo para o parto normal sem intercorrências. Checando seus resultados de exames no cartão pré-natal, observa-se que a paciente possui exames complementares colhidos em idades gestacionais compatíveis com 10 semanas e 24 semanas, sendo evidenciadas glicemias de jejum iguais a 132 e 127mg%, respectivamente. No momento da alta hospitalar de puerpério, a conduta mais adequada é orientar: a) Realização de teste de tolerância a glicose oral após 6 semanas. b) Início imediato de tratamento clínico para DM. c) Realização de teste de tolerância a glicose oral precocemente na próxima gestação. d) Sobre a normalidade do exame laboratorial realizado na gestação atual. 14- Uma tercigesta, na 14ª semana de gestação, relata DMG e diabetes na família. Exames laboratoriais: glicemia de jejum = 90mg/dL e hemoglobina glicada(HbA1c) = 5,6%. O diagnóstico e a conduta devem ser, respectivamente: a) Overt diabetes e iniciar dieta e exercício. b) DMG e iniciar dieta e exercício. c) Risco para DMG e realizar TIGO 75g entre 24 e 28 semanas. d) Risco para DMG e realizar TIGO 75g nesse momento. 15- Estudos atuais consideram, no que diz respeito a glicemia de jejum, que o DMG será diagnosticado quando: a) A glicemia de jejum em qualquer momento do pré-natal for ≥92mg/dL e ≤125mg/dL. b) A glicemia de jejum em qualquer momento do pré-natal for ≥100mg/dL e ≤125mg/dL. c) A glicemia de jejum em qualquer momento do pré-natal for ≥92mg/dL e ≥105mg/dL. d) Os mesmos valores apontados na alternativa “b”, porém somente no 3º trimestre de gravidez. e) Os mesmos valores apontados na alternativa “b”, porém somente a partir da 24ª semana de gravidez. 16- Em uma mulher com 39 semanas de gestação, com altura uterina acima do percentil 90 para a idade gestacional, é mais provável a presença materna da seguinte condição: a) Tabagismo. b) Hipertensão arterial. c) Diabetes gestacional. d) Insuficiência placentária. e) Oligodrâmnio. 17- Na gravidez, ocorrem várias modificações e adaptações do organismo materno ao estado gestacional. Uma dessas modificações está relacionada à glicemia materna. É classificada como diabetes overt quando, na 1° consulta, é encontrada a seguinte condição: a) Glicemia de jejum >126mg/dL. b) Hemoglobina glicada>5,6. c) Glicemia aleatória >140mg/ dL. d) TIGO 75g com 2 ou mais valores alterados. 18- Sobre diabetes e gestação, analise as seguintes afirmativas: I. I.O diabetes pode estar associado a polidrâmnio. II. II.O diabetes tipo 2 pode estar associado a cardiopatia fetal. III. III.O diabetes pode estar associado a hipoglicemia neonatal. IV. IV.A gestantediabética deverá, obrigatoriamente, dar à luz por via alta. V. V.A gestante diabética, insulinodependente, com vasculopatia, deve dar à luz com 40 semanas. Estão corretas: a) I, III. b) I, II, III. c) II, IV. d) II, IV, V. e) I, II, III, IV, V. 19- Uma multípara de 34 anos acabou de dar à luz um recém-nascido de 4.500g. Não fez pré-natal, mas foi orientada a realizar um TIGO 75g no 42ª dia de puerpério; além disso, apresenta glicemia de jejum = 98mg/dL e 2 horas pós sobrecarga = 130mg/dL. O diagnóstico e a orientação são, respectivamente: a) Risco para DM; controle anual de glicemia. b) DM 2; tratamento com dieta, exercício e metformina. c) DM gestacional; tratamento com dieta e exercício físico. d) Tolerância normal a glicose; TIGO 75 g na próxima gestação. 20- Uma paciente de 28 anos, G2P1, apresentou os seguintes resultados dos exares de rotina pré-natais no 1° trimestre de gestação: grupo sanguíneo A, fator Rh positivo, hematócrito = 35%, hemoglobina = 11g/dL, glicose = 84mg/dL, sorologia anti-HIV negativa, VDRL negativa, IgG e IgM negativas para toxoplasmose, anti-HBs>10eHBs AG negativa. Realizou teste de tolerância a glicose oral com 24 semanas de gestação, confirmando o diagnóstico de diabetes gestacional. Diante do caso, dentre as diversas condutas e recomendações, deve-se incluir: a) Ecocardiograma fetal. b) Prescrição imediata de insulinoterapia. c) Estímulo à prática de exercícios físicos. d) Doppler velocimetria a cada 4 semanas. 21- O diabetes é uma desordem do metabolismo dos carboidratos, e a impacto dessa doença sobre a gestação varias e o diabetes é pré-gestacional ou gestacional. Dentre as implicações exclusivas do diabetes pré-gestacional, é correto citar o aumento do risco de: a) Polidrâmnio. b) Macrossomia. c) Toco traumatismos. d) Malformações congênitas. 22- A hiperglicemia na gestação causa problemas à mãe, ao concepto e à placenta. Por essa razão, repercute em todas as fases de gestação e faz aumentar a morbimortalidade perinatal. Com relação ao momento e tipo de parto da gestante com diabetes gestacional, com bom controle metabólico, sem estigmatização fetal, permite-se a evolução da gravidez até: a) 37 semanas,via de parto cesárea. b) 40 semanas, via de parto determinado pelas condições obstétricas. c) 41 semanas, via de parto vaginal. d) 39 semanas, via de parto cesárea. 23- Sobre a gravidez de alto risco, assinale a alternativa correta: a) A recomendação para uso de insulina no DM é de 0.9, 0.7 e 0.5U/Kg/d no 1°, 2° e 3° trimestres, respectivamente. b) A frequência de malformações fetais maiores aumenta expressivamente quando a hemoglobina glicosada se encontra acima de 9,5 g% no período embrionário de gestantes diabéticas. c) A educação dietética não é terapêutica suficiente para a controle glicêmico de pacientes com diabetes gestacional. d) A transmissão vertical, na citomegalovirose primária, é baixa, não ultrapassando a taxa de 10%. e) Anemia e rotura prematura das membranas não são consideradas fatores de risco para a infecção puerperal. 24- Uma gestante de 42 anos, com IG de 27 semanas, G4P2A1 - 1 natimorto, IMC 28kg/m2, vem realizando consulta de pré-natal a cada 4 semanas. Que exame está indicado para o diagnóstico de diabetes gestacional? Que valores são corretos para o diagnóstico? a) TTGO50g; glicemia 2° hora>300 mg/dL. b) Glicemia de jejum; glicemia de jejum >82mg/dL. c) Glicemia pós-prandial; glicemia pós-prandial>111mg/dL. d) TTGO75g; glicemia de 2° hora ≥153mg/dL.
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