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Medicina Universidade Nove de Julho TXXXI - Bárbara Vasti 1 Biologia Molecular do Câncer BIOMOLECULAR Neoplasia É uma lesão constituída por proliferação celular anormal, descontrolada e autônoma, em que tem como consequências de alterações em genes e proteínas que regulam a multiplicação das células, podendo ser benigna e maligna. Tem-se como forma e desenvolvimento por certos agentes químicos e físicos que podem facilitar o surgimento de tumores, pelo indivíduo ser ou não geneticamente susceptível. Assim, cada fator ambiental tem uma chance determinada de causar o desenvolvimento de um tumor em uma determinada condição genética. Oncogenese ou Carcionogenese Processo em que uma célula normal passa por mudanças genética ou epigenéticas de forma a transforma-la em uma célula neoplásica. Perpasse por diversos fatores dentre eles ambiental, genético, geográficos, culturais e raciais. Temos fatores externos como correspondente a 90% dos casos, sendo eles agentes carcinogênicos e 10% dos casos por fatores genéticos. Formacao e desenvolvimento Originam-se de células normais que sofrem mutação gênica ou alterações epigenéticas, os genes alvos de mutações no câncer: I. Estimulam multiplicação celular [pronto- oncogenes controle + (promove a proliferação celular)] II. Inibem proliferação celular (supressor de tumor – controle -) III. Regulam apoptose (supressor de tumor – controle) IV. Regulam reparo do DNA (supressor de tumor – controle -) V. Regulam metilação e acetilação do DNA Quando mutados estes genes possuem maior sobrevivência celular, redução da apoptose e crescimento autônomo. PRONTO-ONCOGENESE São gênese cujos produtos proteicos controlam o crescimento, proliferação e a diferenciação celular, quando sofrem mutações são classificados como oncogenes. Oncogene Oncogene é um gene mutante cuja função ou expressão alterada resulta em estimulação anormal da divisão e proliferação celular. Assim, os oncogêneses possuem um efeito dominante a nível celular e quando ativados ou hiperexpresso um único alelo mutante é suficiente para iniciar a mudança do fenótipo de uma célula, de normal para maligna. Biomarcador de Cancer de Pulmao EGFR – Receptor de fator de crescimento epidérmico - é uma proteína transmembrana com atividade quinase citoplasmática que exerce transdução de sinalização do fator de crescimento do meio extracelular para a célula. Uma via associada com crescimento e sobrevida celular, sendo expresso em mais de 60% dos casos de carcinoma de pulmão de não pequenas células. Atuacao dos oncogenes Receptores de fatores de crescimento ativados sem a presenção de mitógenos ou fatores de crescimento. Medicina Universidade Nove de Julho TXXXI - Bárbara Vasti 2 INIBIDORES DE EGFR Erlotinibe e Gefitinibe, sendo o EGFR importente alvo para o tratamento de tumores, levando ao desenvolvimento de inibidores do domínio quinase desse receptor,como os inibidores da tirosinoquinase (TKI, na sigla em inglês) - Erlotinibe e do Gefitinibe, que previnem a ativação dessas vias de sinalização. Genes supressores de tumor São genes normais envolvidos com o controle negativo da proliferação celular, principalmente nos pontos de checagem do ciclo celular controlam o crescimento celular e bloqueiam o desenvolvimento do tumor regulando a transição das células nos pontos de checagem(p53, p21 e pRb) no ciclo celular ou promovendo a morte celular programada. Os genes supressores de tumor estão envolvidos no reparo de DNA e na manutenção da integridade do genoma, os dois alelos de um gene supressor tumoral devem estar mutados para o desenvolvimento de um câncer e os alelos mutantes de supressores de tumor são geralmente recessivos. Genética e CA de Mama BRCA 1 e BRCA 2 Carcinogenese O processo de carcinogênese, ou seja, de formação de câncer, em geral se dá lentamente, podendo levar vários anos para que uma célula cancerosa prolifere e dê origem a um tumor visível. Esse processo passa por vários estágios antes de chegar ao tumor, sendo eles: I. Estágio de iniciação – mutação/alteração do DNA II. Estágio de promoção – ativação do oncogene e inativação do supressor III. Estágio de progressão – podendo ser mitótico descontrolado com presença de massa tumoral Medicina Universidade Nove de Julho TXXXI - Bárbara Vasti 3 Patogênese Auto-suficiencia em fatores de crescimento I. Produção dos próprios fatores de crescimento (ação autócrina). II. Ativação dos receptores de fatores de crescimento sem ligação desses fatores (mutação ou aumento da expressão). III. Descontrole da sinalização após ativação dos receptores de crescimento(também por mutação ou aumento de expressão). Insensibilidade aos inibidores de crescimento I. Inativação de genes supressores de tumor, ocasionadas por alguma mutação. II. Como estão mutadas, não podem barrar o ciclo celular em caso de mutação no DNA, ou encaminhar a célula para a apoptose. Evasao a Apoptose I. Mais comum: inativação do gene supressor de tumor p53 (50% dos tumores sólidos) este gene deflagra apoptose quando não é possível o reparo no DNA. II. Superexpressão de oncogenes também pode contribuir para a diminuição da apoptose. Angiogenese Todos os tumores exigem um suprimento sanguíneo para atingir um volume significativo. Fatores pró-angiogênicos como VEGF, são secretados por tumores, induzindo proliferação das células endoteliais e crescimento de novos vasos sanguíneos. Angiogênese e Metástase A produção de novos vasos favorece a migração das células tumorais na corrente sanguínea de maneira direta, e alojamento em outras células e tecidos. Tumores malignos têm a capacidade de formar tumores secundários, através do deslocamento de células cancerígenas de um local para o outro, no processo conhecido como metástase. MMP são metaloproteinases - enzimas que degradam/separam as células. Como ocorre o reconhecimento de uma celula tumoral no sistema imunologico? Antígenos Tumorais São os tumores malignos expressam vários tipos de moléculas que podem ser reconhecidas pelo sistema imune como antígenos estranhos. Podem ser classificados em diversos grupos: I. Produtos de diversos genes mutados. II. Produtos de oncogenes ou genes supressores tumorais mutados. III. Proteínas expressas de forma aberrante: proteínas normais (não mutadas), cuja expressão é aumentada em vários tumores. Medicina Universidade Nove de Julho TXXXI - Bárbara Vasti 4 IV. Antígenos virais. Em tumores causados por vírus oncogênicos, os antígenos tumorais podem ser produtos dos vírus. Mecanismos Imunológicos de Combate a Tumores Linfócitos TCD8 (Linfócitos T citotóxicos). Linfócitos TCD4 (Linfócitos T auxiliares - Th1). Células NK (Células Natural Killer) – Identificam células tumorais. Anticorpos específicos - Linfócitos B podem ser estimulados a produzir imunoglobulinas contra as células neoplásicas. Macrófagos - atuam na apresentação de antígenos tumorais e como células efetoras da destruição do tumor.
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