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AA vascular → Suprimento inadequado de O2 no território mesentérico (que irrita as alças intestinais) sofrimento de mucosa descola exposição da submucosa enterorragia + translocação bacteriana → Dificuldade diagnóstica (história incompatível com o ex físico; idoso com comorbidades) e terapêutica (depende do diagnóstico e progressão da doença) → Elevada mortalidade (50-80%) → 70% mulheres, 70 anos, comorbidades → Processo agudo – obstrução SÚBITA + clínica → Isquemia mesentérica crônica / angina abdominal – obstrução e isquemia gradativa (aterosclerose), formação de vasos colaterais que compensam o déficit – clínica de claudicação intestinal o Dor abdominal intermitente, baixa intensidade, 2-3h pós-prandial (momento que necessita muito da circulação mesentérica) o Diarreia (sanguinolenta ou não) – descamação da mucosa isquêmica, sofrimento da mucosa e disabsorção o Emagrecimento o PODE evoluir com quadro agudo IRRIGAÇÃO → Tronco celíaco (gástrica esquerda, esplênica, hepática comum) o Pâncreas o Baço o Fígado o Estômago o Duodeno → Mesentérica superior (Treitz – transverso; ramos – ileocecocólica > apendicular, ileais, jejunais, cólica direita, cólica média) o Jejuno o Íleo o Ceco o Ascendente o Ângulo hepático o 1/3 transverso → Mesentérica inferior (cólica esquerda, sigmoidiana, retais superiores) o Transverso o Cólon esquerdo o Cólon sigmoide o Reto alto → Arcos de Riolan – une as estruturas e mantem uma homogeneidade de irrigação colônica *Quanto mais proximal a obstrução, pior o prognóstico (vasos maiores = maior obstrução) → 75% de casos de isquemia intestinal → Acometimento de vasos + distais (distais aos arcos de Riolan), doença mais localizada... → Fatores de risco – idade (<70 anos), aterosclerose, DM, doenças vasculares Clínica → Dor abdominal + diarreia sanguinolenta + febre baixa (translocação bacteriana) → Flexura esplênica e transição retossigmóidea – dobra e transição de vasculatura = vascularização pobre nestas áreas áreas isquêmicas com descamação de mucosa Tratamento → 80% conservador – jejum + HV + ATB → Cirurgia o Peritonite (perfuração transmural?) o Sangramento vultuoso (enterorragia) o Colite fulminante (grandes segmentos acometidos) → Oclusiva – trombose ou embolia arterial o Origem arterial o Embolia (+distal) – coração (arritmia, IAM, ICC) agudo o Trombose (+proximal) – aterosclerose crônico (isquemia mesentérica crônica) → Oclusiva – trombose venosa mesentérica o Origem venosa o 15-45% dos casos o Secundária – cirróticos, ACO/TRH, hipercoagulabilidade, protrombóticos → Não-oclusiva – insuficiência arterial o Vasoconstrição esplânica hipóxia local AcM necrose, perfuração o Múltiplas áreas o 40-60% dos casos o Doentes crônicos (IC, aterosclerose, dç pulmonar), pcts graves (choque hipov) → Oclusão microvasculatura (arteríolas) o Rara (3%) o Jovens - lúpus, anemia falciforme, SAAF, cocaína; microvascular do DM ISQUEMIA COLÔNICA ISQUEMIA MESENTÉRICA Clínica → Grau da oclusão? – altura da oclusão → Etiologia? → Dor aguda, cólica, difusa, distensão abdominal o Cólica - aumento da atividade motora intestinal + uso de O2 + dor e isquemia o Processo inflamatório edema e hemorragia (necrose da mucosa) dor contínua e difusa → Dor desproporcional ao exame físico → Comprometimento sistêmico – estado geral, hidratação, PA, acidose metabólica o Translocação bacteriana, AcM, hipovolemia, depressão cardíaca, insuf resp SEPSE → Peritonite tardia – necrose transmural ocorre com o paciente já em estado MUITO grave (atraso do diagnóstico) → AP – cardiopatia? Angina abdominal? ACO? Laboratório → Leucocitose – quanto >Lc, maior a gravidade → Amilase, CPK, DLH, lactato – destruição de tecido Diagnóstico → Rx – baixa sensibilidade no abdome vascular → US – apenas para doença não oclusiva ou alterações de porções distais → TC/Angio-TC – método inicial, pct estável o Distensão de alças, falhas de enchimento, trombos o NÃO mostra a necrose intestinal (grau de necrose) o Sinal de alarme – pneumatose intestinal (bactérias anaeróbias) → Angiografia – padrão-ouro o SEM peritonite o SEM acidose metabólica/IRA o SEM coagulopatia Tratamento → RV e suporte o Jejum, SNG o Radiografia tórax (pneumoperitônio? Cardiomiopatia hipertrófica?) o ECG (arritmia? FA?) o UTI → Revascularização - correção da causa vascular reavaliar → Ressecção do intestino necrosado + ostomia (viabilidade?) TTO – Embolia arterial → Embolectomia cirúrgica (cateter de Fogarty) → Trombólise endovascular (selecionados - angiografia) o Sem dor ou peritonite – intestino viável o Sem indicação formal de laparotomia o Embolia “parcial” → UTI TTO – Trombose arterial → Ressecção de alças → Revascularização – by-pass com aorta supracelíaca, aorta infra renal, a. ilíaca → Viabilidade? – segmentos extensos, pacientes idosos TTO – Não oclusiva → Maioria não cirúrgico → Tratamento do fator causal → HV e melhora da bomba cardíaca → Papaverina EV 30-60mg/h (BIC) – auxilia na destruição dos trombos → Peritonite? – laparotomia exploratória Isquemia mesentérica - em resumo... → Catástrofe – difícil manejo → Relação íntima com diagnóstico precoce e comorbidades (vasculopatias) → AngioTC e angiografia → Cirurgião com papel paliativo em muitos casos Embolia prévia (AVC, IAM, TEP, fenômeno tromboembólico) + dor abdominal + febre + Lc>17.000 = ISQUEMIA MESENTÉRICA POR EMBOLO ARTERIAL AA perfurativo → 3ª maior causa de abdome agudo → Mortalidade 10% → Etiologia variada Esôfago • Iatrogenia • Sd. Borrhaave • Corpo estranho • Neoplasia Estômago e duodeno • Úlcera crônica/aguda • Neoplasia • Corpo estranho Delgado (infecciosa) • Doença inflamatória • Tuberculose • Crohn • Febre tifoide • Enterite inespecífica • Divertículo de Meckel • Isquemia e necrose • Corpo estranho Cólon (infec. e vascular) • Divertículo • Neoplasia • Doença inflamatória • Megacolo tóxico • Isquemia e necrose • Corpo estranho • Sd de Ogilvie CLÍNICA → Dor, evolução rápida → DB+ → Peritonite química (perfuração gástrica/ácido – DOR!) vs séptica (pus, pH que tende pro neutro – dor menos intensa) *Ácido clorídrico > fezes > sangue > pus → Altura da perfuração – determina a clínica → Etiologia → Tempo de evolução → Manifestações abdominais ou sistêmicas? → Pneumoperitônio → Sinal de Rigler – abdome agudo perfurativo – “alça em 3D” – com ar flutuando dentro e fora da alça → Perfuração gástrica e colônica = grandes pneumoperitônios TRATAMENTO → CIRURGICO! Úlcera péptica → Sutura + epiplonplastia + biópsia → Pesquisa e tratamento de H. pylori → Uso de IBP Obs. úlceras gástricas >2,5cm não faz a rafia; gastrectomia parcial (chance de ser câncer é alta) → Causa – iatrogênica > trauma > Sd Boerhaave → Clínica – depende da localização o Cervical – enfisema, rigidez de nuca, disfagia o Torácico – dor torácica, precordialgia, epigastralgia, desconforto respiratório, pneumomediastino o Abdominal – dor epigástrica irradiada para ombro, sinal de Hamman → Radiológico → Perfuração confirmada + pct grave = Cx → Perfuração não confirmada/não-grave = esofagograma, TC cervicotorácica o Com extravasamento = Cx o Sem extravasamento Com coleção mediastinal/abscesso = perfuração confirmada = Cx Enfisema = perfuração provavelmente tamponada = observar (conservador) Normal = sem perfuração evidente Tratamento → Conservador (exceção) – apenas se perfuração tamponada e SEM sinais de sepse o Jejum, HV, suporte nutricional (enteral) o ATB o 14 dias; TC antes de realimentação oral → Cirurgiao Cervicotomia + rafia o Toracotomia póstero-lateral direita + rafia / esofagectomia+ostomia (mediastinite) o Laparotomia + rafia+fundoplicatura / esofagectomia+ostomia (mediastinite) PERFURAÇÃO ESOFÁGICA → Ruptura espontânea do esôfago → Pacientes sem doença esofagiana prévia → Homens, meia-idade, alcoólatras → 10% - esofagite de refluxo, divertículo duodenal, carcinoma → Abrange todas camadas da parede esofagiada → > freq - face póstero-lateral esquerda do esôfago inferior > 2º - esôfago médio direito, nível da veia ázigos Causas (pressão excessiva sobre o esôfago) • Vômitos incoercíveis, eructações • Trabalho de parto • Convulsões • Levantamento de peso • Asma Clínica → Antes da ruptura – vômitos e eructações → Dor precordial intensa, irradiação para o abdome → Taquicardia, taquipneia, febre → Sd de Meckler – vômitos, dor torácica inferior, enfisema subcutâneo cervical → Laceração da pleura adjacente – mediastinite, DP à esquerda → Choque séptico – complicação da mediastinite (24h) → DD – IAM, TEP Diagnóstico → RX tórax o Pneumomediastino o Pneumotórax o DP o Enfisema o Alargamento do mediastino → TC – confirmar, avaliar mediastino Tratamento → Toracotomia + patche de musculo/pleura + drenagem mediastinal ampla → ATB SD DE BOERHAAVE AA hemorrágico → Dilatação vascular – localizada ou difusa → Aumento de diâmetro (>50% normal) → Todas camadas vasculares → Prevalência – aorta > ilíacas > poplítea (sincrônicos) > femoral → >80% AAA são infra-renais o Justa-renais o Para-renais → Alterações degenerativas o Elastina/colágeno vs metaprotinases o Aterosclerose Fatores de risco → Sexo (masculino) → Idade (>60 anos) → DAC, aterosclerose, colesterol, HAS → 1º grau (20%) → Tabagismo (7-10x) → Rotura – mulher, diâmetro >, HAS, DPOC Diagnóstico → Massa abdominal pulsátil → US? – rastreio, seguimento, contraindicação da angio-TC → Angio-TC (padrão-ouro) Manejo clínico → US (seguimento – freq. de exames de acordo com o diâmetro) → Dislipidemia/ateroscletória – estatina, anti- agregante → HAS → Tabagismo Obs. TODO aneurisma de aorta abdominal é parcialmente trombosado – porém NÃO há indicação de anti-coagulação Quando operar? → Diâmetro o 5,5cm em homens / 5cm em mulheres o 3,5cm em ilíacas → Crescimento o 0,5cm em 6 meses o 1cm em 1 ano → Morfologia – sacular → Etiologia – micótico (infeccioso) → Sintomática (=eminência de rotura) → Intervenção IMEDIATA → Estabilidade? → Aberta ou endovascular Clínica → Massa abdominal pulsátil + dor abdominal com irradiação lombar + hipotensão → Diaforese, palidez cutâneo-mucosa → >60 anos Diagnósticos diferenciais → IAM → UG/UD perfurada → Pancreatite aguda → Isquemia mesentérica → Cólica nefrética → Diverticulite → Aneurisma inflamatório Manejo → Monitorização → Oxigênio suplementar → Acesso venoso calibroso (periférico) → Tipagem sanguínea → SVD → Cateter venoso central → RV cautelosa (hipotensão permissiva – para não destamponar) → Reposição e reserva cirúrgica de sangue e hemoderivados Suspeita clínica? → FAST / US → TC? Pct estável → Cx = LE xifopúbica ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL RUPTURA DE AORTA ABDOMINAL
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