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ABDOME AGUDO E DOR ABDOMINAL NA EMERGÊNCIA 1

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DOR ABDOMINAL NA EMERGÊNCIA → ABDOME AGUDO 
ETIOLOGIA DE ACORDO COM 
LOCALIZAÇÃO 
ANAMNESE 
 
EXAME FÍSICO EXAMES 
LABORATORIAIS 
EXAMES DE 
IMAGEM 
•DOR EPIGÁSTRICA: doenças gastroduodenais 
(esôfago, estômago e duodeno proximal) 
•DOR SUBCOSTAL DIREITA: doenças hepatobiliares 
•DOR PÉLVICA: doenlas ginecológicas 
•DOR NA REGIÃO PERIUMBILICAL: duodeno distal, 
jejuno, íleo, apêndice, ceco 
DOR DIFUSA 
• Peritonite 
• Pancreatite 
• Crise álgica por anemia falciforme 
• Cetoacidose diabética 
• Isquemia mesentérica 
• Gastroenterite 
• Aneurisma ou dissecção de aorta 
• Doença inflamatória intestinal; Intestino irritável 
• Obstrução intestinal 
• Intolerância a lactose 
• Insuficiência adrenal 
QUADRANTE SUPERIOR DIREITO 
• Cólica biliar, Colecistite. Colangite 
• Abscesso hepático, Trombose hepática 
• Síndrome dispéptica, Refluxo gastroesofágico 
• Abscesso hepático Congestão hepática Peri-hepatites 
• Apendicite retrocecal 
• Pancreatite, 
• Embolia pulmonar Pneumonia 
QUADRANTE SUPERIOR ESQUERDO 
• Síndromes dispépticas Pancreatite 
• Refluxo gastroesofágico 
• Esplenomegalia ou abscesso esplênico 
• Isquemia miocárdica 
• Miocardites e pericardites 
• Pneumonia 
QUADRANTE INFERIOR DIREITO 
• Apendicite 
• Divertículo de Meckel Diverticulite cecal 
• Aneurisma de aorta 
• Gestação ectópica, Cistos ovarianos ou torção de ovário 
Endometriose 
• Cálculos ureterais, Abscesso de psoas 
• Adenite mesentérica 
• Hérnia estrangulada Pielonefrite 
QUADRANTE INFERIOR ESQUERDO 
• Diverticulite 
• Patologias ovarianas, Gestação ectópica 
• Hérnia estrangulada 
• Doença pélvica inflamatória 
• Cálculos ureterais 
• Abscesso de psoas 
• Pielonefrite 
1. LOCALIZAÇÃO 
 
2. INTENSIDADE 
 
3. INÍCIO 
 
4. QUALIDADE, GRAVIDADE E 
PERIODICIDADE 
 
- Constante e aguda (víscera perfurada) 
- dor vaga e de localização profunda que se 
torna em cólica (obstrução do delgado) 
- surda e constante (infarto intestinal) 
- intensa, grave com o paciente agitado 
(obstrução ureteral) 
- paciente que prefere ficar quieto (peritonite) 
 
5. IRRADIAÇÃO 
 
- Ombro direito e escápula direita (colecistite 
aguda) 
- Irradiada para o dorso (pancreatite) 
- Para região inguinal ou perineal (litíase renal) 
 
6. FATORES DE MELHORA OU PIORA 
 
- Melhora com alimentação (úlcera duodenal) 
- Piora com alimentação (úlcera gástrica, 
colelitíase, câncer de estômago, isquemia 
mesentérica) 
- Piora com movimentação (irritação peritoneal) 
 
7. OUTRAS MANIFESTAÇÕES 
 
- Ausência da eliminação de gases e fezes: 
obstrução intestinal 
- história prévia de diarreias: doença 
inflamatória crônica 
- Dor abdominal + icterícia: doenças 
hepatobiliares 
- Dor abdominal + hematúria: doenças 
urológicas 
- Dor abdominal + amenorreia: gravidez 
ectópica 
SINAIS DE ALARME 
• Sinais de má perfusão periférica ou 
instabilidade hemodinâmica, Febre 
• Início súbito de intensidade máxima desde o 
início, 
• Idade acima de 65 anos, Imunossupressão, 
Etilismo, Doença cardiovascular, início da 
gravidez 
• Cirurgia abdominal recente 
• Sinais de irritação peritoneal (DB +) 
• ASPECTO GERAL: fáscies, sinais vitais, PA, 
temperatura axilar. 
 
CABEÇA E PESCOÇO: 
• buscar lesões orais, icterícia, adenomegalias, 
estase jugular. 
 
TÓRAX: 
• Inspeção, ausculta, percussão. 
 
ABDOME: 
1. INSPEÇÃO: 
 
• Cicatrizes (cirurgia prévia, aderências) 
• Hérnias 
• Massas (tumor) 
• Distensão abdominal (obstrução intestinal, íleo 
paralítico, ascite, sangue intraperitotoneal) 
• Abaulamentos 
• Peristalse 
• Sinal de cullen (hematoma periumbilical) ou 
Gray turner (hematoma em flanco) – 
pancreatite aguda 
• alterações da pele. 
 
2. AUSCULTA: 
 
• Ruídos hidroaéreos: 3 min. 
• Ruídos aumentados: gastroenterite 
• Abdome silencioso: íleo paralítico 
 
3. PALPAÇÃO: 
 
• Massas 
• dor à descompressão brusca (apendicite, 
pancreatite, colecistite, DIP, diverticulite) 
• sinais de Murphy (colecistite) – dor no ponto 
cístico 
• McBurney (apendicite) 
• tensão muscular (irritação peritoneal) 
• sempre examinar os anéis inguinais. 
 
4. PERCUSSÃO: 
 
• Macicez 
• Hipertimpanismo (distensão gasosa) 
• sinal de Jobert (timpanismo no fígado) 
• Sinal de Giornado (pielonefrite, nefrolitiase) 
 
PERÍNEO: 
• bolsa escrotal, testículos. 
 
TOQUE RETAL: 
• sempre deve ser feito → permite identificar 
fecalomas, pólipos, neoplasias 
• HEMOGRAMA COMPLETO 
 
• PCR 
 
• FUNÇÃO HEPÁTICA E VIAS 
BILIARES 
 
- FOSFATASE ALCALINA, 
- BILIRRUBINA 
- TRANSAMINASES 
- GGT 
- ALT 
- AST 
 
• AMILASE E LIPASE 
 
 - Quando estão 2 vezes acima 
do esperado: pancreatite 
 - Amilase elevada: úlcera 
duodenal perfurada, infarto 
intestinal 
 
• SUMÁRIO DE URINA E 
UROCULTURAS 
 
• BETA-HCG 
 
• CREATININA 
 
- Função renal 
• ELETRÓLITOS 
 
- Sódio 
- Potássio 
- Cálcio 
- Fosfato 
 
• RADIOGRAFIA SIMPLES DE 
TÓRAX E ABDOME: 
 
• Radiografia de Tórax PA 
• 2 Radiografia de Abdome: 
decúbito dorsal e posição 
ortostática (em pé) 
 
- Pneumoperitônio 
- distensão de alças abdominais, 
nível hidroaéreo 
- calcificações pancreáticas 
 
ULTRASSONOGRAFIA 
ABDOMINAL: 
 
• fígado, vesícula e vias biliares 
• pâncreas e rim 
• região pélvica: apêndice, útero e 
anexos (gravidez) 
• liquido intra-abdominal (sangue, 
pus, secreção intestinal), 
aneurismas, tromboses 
venosas, fístulas arteriovenosas 
 
TC DE ABDOME: 
 
• sangue e líquidos na cavidade 
• sinais de peritonite, perfuração 
colônica, intussuscepção 
intestinal 
• alterações pancreáticas 
esplênicas e intestinais 
- apendicite 
- diverticulite 
- obstrução intestinal 
- trombose da veia mesentérica e 
sangramentos da parede 
intestinal 
 
 
 
ETIOLOGIA DA DOR ABDOMINAL DE ACORDO COM LOCALIZAÇÃO 
DOR DIFUSA 
 
QUADRANTE SUPERIOR 
DIREITO 
QUADRANTE SUPERIOR 
ESQUERDO 
QUADRANTE INFERIOR 
DIREITO 
QUADRANTE INFERIOR ESQUERDO 
• PERITONITE 
• PANCREATITE 
• CRISE ÁLGICA POR ANEMIA 
FALCIFORME 
• CETOACIDOSE DIABÉTICA 
• ISQUEMIA MESENTÉRICA 
• GASTROENTERITE 
• ANEURISMA OU DISSECÇÃO DE 
AORTA 
• DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL 
• INTESTINO IRRITÁVEL 
• OBSTRUÇÃO INTESTINAL 
• INTOLERÂNCIA A LACTOSE 
• INSUFICIÊNCIA ADRENAL 
• PORFIRIA INTERMITENTE AGUDA 
• CÓLICA BILIAR 
• COLECISTITE 
• COLANGITE 
• ABSCESSO HEPÁTICO 
• SÍNDROME DISPÉPTICA 
• ABSCESSO HEPÁTICO 
• CONGESTÃO HEPÁTICA 
• PERI-HEPATITES 
• TROMBOSE HEPÁTICA 
• APENDICITE RETROCECAL 
• EMBOLIA PULMONAR 
• PNEUMONIA 
• PANCREATITE 
• REFLUXO GASTROESOFÁGICO 
 
• SÍNDROMES DISPÉPTICAS 
• PANCREATITE 
• REFLUXO GASTROESOFÁGICO 
• ESPLENOMEGALIA OU ABSCESSO 
ESPLÊNICO 
• ISQUEMIA MIOCÁRDICA 
• MIOCARDITES E PERICARDITES 
• PNEUMONIA 
 
• APENDICITE 
• DIVERTÍCULO DE MECKEL 
DIVERTICULITE CECAL 
• ANEURISMA DE AORTA 
• GESTAÇÃO ECTÓPICA 
• CISTOS OVARIANOS OU TORÇÃO DE 
OVÁRIO 
• ENDOMETRIOSE CÁLCULOS 
URETERAIS 
• ABSCESSO DE PSOAS ADENITE 
MESENTÉRICA 
• HÉRNIA ESTRANGULADA 
PIELONEFRITE 
 
• DIVERTICULITE 
• PATOLOGIAS OVARIANAS 
• HÉRNIA ESTRANGULADA 
• GESTAÇÃO ECTÓPICA 
• DOENÇA PÉLVICA INFLAMATÓRIA 
• CÁLCULOS URETERAIS 
• ABSCESSO DE PSOAS 
• PIELONEFRITE 
 
ABDOME AGUDO - TIPOS 
 ABDOME AGUDO INFLAMATÓRIO 
 
ABDOME AGUDO OBSTRUTIVO ABDOME AGUDO 
VASCULAR 
ABDOME AGUDO 
HEMORRÁGICO 
ABDOME AGUDO 
PERFURATIVO 
• Dor insidiosa, progride em agravamento e localização 
• Tempo de evolução: geralmente longo 
• Pode ter: náusea, vômito, febre, taquicardia, icterícia, obstipação 
• É o mais comum 
• Principais causas: apendicite, colecistite, diverticulite, pancreatite, 
pielonefrite, doença inflamatória pélvica 
 
1) APENDICITE AGUDA: 
 
• Obstrução do lumen apendicular o Inicialmente dor visceral, progride 
para parietal . 
• Sinal de Blumberg 
• Sinal de Rovsing 
• Sinal do psoas 
• Sinal do obturador 
DIAGNÓSTICO 
• Diagnóstico clínico 
• USG: Exame de escolha - aumento do diâmetrodo apêndice 
• TC pode ser utilizada em caso de dúvida diagnóstica o Laboratório: 
Hemograma apresenta leucocitose, desvio a esquerda em casos 
graves. 
TRATAMENTO 
• Abordagem cirúrgica - apendicectomia 
• Antibióticos EV em casos de apendicite perfurada com abscesso ou 
peritonite purulenta: ciprofloxacina 400mg 12/12h + metronidazol 
500mg 8/8h por 7 dias 
 
2) COLECISTITE AGUDA: 
 
• Dor em cólica - relacionada com alimentação, febre, náusea e vômito 
• Sinal de Murphy, icterícia*, massa palpável 
• Complicação: Sd. De Mirizzi 
 
DIAGNÓSTICO 
• Laboratório: Hemograma, amilase, bilirrubinas, enzimas hepáticas 
• Imagem: USG é o exame de escolha; 
TRATAMENTO 
• Abordagem cirúrgica - colecistectomia 
• Antibiótico EV, hidratação, sintomáticos – ciprofloxacina 400mg 
• 12/12h +/- metronidazol 500mg, 8/8h 
 
3) PANCREATITE AGUDA: 
 
• Quadro clássico: dor em abdome superior de início súbito, intensa, em 
faixa, com irradiação para dorso, associada a náuseas e vômitos. 
DIAGNÓSTICO 
• Laboratório: Amilase e lipase (3x limite superior de normalidade), 
hemograma, bilirrubinas, enzimas hepáticas, glicemia, eletrólitos, 
ureia/creatinina, gasometria arterial 
• Imagem: TC (complicações), Rx (calcificação) 
TRATAMENTO 
• Casos graves - antibiótico EV, TC Abdome em 48h 
• imipenem 500mg 6/6h o CPRE - litiásica 
• Dor em cólica 
• Tempo de evolução: variável 
• náusea e vômito 
• distensão abdominal 
• parada na eliminação de flatos e fezes 
• 2º mais comum. 
ETIOLOGIAS: 
• Aderências pós-operatórias - Bridas (principal) – 66 
a 75% dos casos 
• Hérnia encarcerada – interna, inguinal ou incisional – 
25 % dos casos 
• Neoplasia – 10% 
• Doença de Crohn – 5% 
• Intussuscepção, Pólipos, Íleo Biliar, Corpo Estranho, 
Benzoar 
EXAME FÍSICO: 
• Avaliação geral: sinais de SIRS, sepse 
• Examinar todo o tronco, inclusive região inguinal 
• RHA: 
o Aumentado: obstruções mecânicas 
o Diminuído: casos mais avançados 
o Ausente: íleo adinâmico, PO. 
• Avaliar o grau de distensão abdominal – percussão 
(timpânico ou não) 
• Peritonite (Blumberg) – indica sofrimento de alça ou 
perfuração. Nível mais avançado de obstrução. 
o Toque retal é obrigatório: Presença ou ausência e 
consistência das fezes na ampola retal, Lesões 
tumorais, Presença de sangue 
DIAGNÓSTICO 
• Exames laboratoriais: HMG, ureia e creatinina, 
eletrólitos, 
• Rotina de abdome agudo: raio x (3 incidências – 
abdome em pé e deitado e de tórax) 
• TC de abdome contrastada se não houver melhora em 
48h 
TRATAMENTO 
1) CLÍNICO 
• Jejum – dieta zero 
• SNG aberta (calibre grosso)- Diminui a distensão 
abdominal. 
• Hidratação 
• Correção eletrolítica 
2) CIRÚRGICO 
• Sinais de sofrimento da alça (febre, taquicardia, dor 
persistente, acidose metabólica e leucocitose), suspeita 
isquemia, sinais perfuração (irritação peritoneal, 
pneumoperitônio), obstrução completa 
• dor difusa súbita, 
progressiva e mal 
definida 
• Tempo de evolução: curto 
• RHA abolido 
• Ocorre redução súbita do 
fluxo sanguíneo intestinal 
 
 
 
FATORES DE RISCO: 
• doenças cardiovasculares 
• medicamentos 
vasocontritores 
 
ETIOLOGIAS: 
 
• Isquemia mesentérica 
aguda - Potencialmente 
fatal 
• Artéria mesentérica 
superior: dor epigástrica; 
• Artéria mesentérica 
inferior: quadrantes 
inferiores. 
• Embolia e trombose 
mesentérica com isquemia 
intestinal 
 
DIAGNÓSTICO 
 
• Imagem: angio TC 
 
TRATAMENTO 
 
• Abordagem cirúrgica: 
revascularização, 
embolectomia,ressecção 
de alças. 
 
• Dor súbita, fraca, difusa 
 + 
• SINAIS DE 
HIPOVOLEMIA 
(hipotensão, taquicardia, 
taquipneia, aumento TEC, 
pulso fino, palidez, 
sudorese, cianose, 
redução do débito urinário) 
• Tempo de evolução: curto 
 
ETIOLOGIAS: 
 
• Trauma 
• gravidez ectópica rota 
• ruptura de aneurisma de 
aorta abdominal 
• cisto ovariano 
hemorrágico 
• rotura de baço 
 
DIAGNÓSTICO 
 
• Principal exame de 
imagem: USG 
• Outros exames: TC, 
videolaparoscopia 
• Laboratório: 
Hemoglobina, 
Hematócrito, Beta HCG 
 
• Dor súbita, intensa e 
difusa. contratura 
muscular. 
• Tempo de evolução: curto 
• Sinal de Jobert 
• Dor agravada com 
movimentação e irritação 
peritoneal por derrame de 
conteúdo de vísceras ocas 
no peritônio 
• Derramamento de conteúdo 
visceral na cavidade 
abdominal – HCl: grande 
potencial irritativo 
 
ETIOLOGIAS: 
 
• úlcera péptica perfurada, 
• diverticulite – Divertículo de 
Meckel 
• neoplasias 
• corpo estranho 
 
DIAGNÓSTICO 
 
• Imagem: 
• Radiografia simples de tórax 
e abdome – Sinal de Rigler; 
• TC 
 
TRATAMENTO 
 
• Abordagem cirúrgica. 
 
 
 
 
 
ABDOME AGUDO INFLAMATÓRIO – PRINCIPAIS ETIOLOGIAS 
APENDICITE AGUDA COLECISTITE AGUDA PANCREATITE AGUDA DIVERTICULITE AGUDA 
• Obstrução do lumen apendicular por corpo 
estranho ou processo inflamatório. 
• Inicialmente dor visceral, progride para 
parietal . 
• Dor abdominal: Contínua Cólica 
• Localização: Epigástrica/ Periumbilical 
• Fossa ilíaca direita (PONTO DE 
MCBURNEY) 
• Náuseas e vômitos 
• Febre Baixa – moderada (38°C) *Pode 
estar ausente nas fases iniciais 
• o indivíduo em posição antálgica e com 
um bom estado geral. 
• Pode haver sinais de irritação peritoneal, 
com contratura da musculatura abdominal 
e/ou defesa voluntária à palpação 
 
• SINAL DE BLUMBERG: Dor à 
descompressão brusca em fosse ilíaca 
direita por palpação profunda 
 
• SINAL DE ROVSING: Dor em fosse ilíaca 
direita por palpação na fossa ilíaca 
esquerda 
• Sinal do psoas 
• Sinal do obturador 
DIAGNÓSTICO 
 
• Diagnóstico clínico 
• USG: Exame de escolha - aumento do 
diâmetro do apêndice. Exclusão de 
causas ginecológicas em mulheres. Sinal 
do alvo - aumento da espessura das 
parede 
• TC pode ser utilizada em caso de dúvida 
diagnóstica e em pacientes obesos 
• LABORATÓRIO: Hemograma apresenta 
leucocitose com predomínio de 
neutrofilos, desvio a esquerda em casos 
graves. 
 
TRATAMENTO 
 
• Abordagem cirúrgica - apendicectomia 
• Antibióticos EV em casos de apendicite 
perfurada com abscesso ou peritonite 
purulenta: 
• ciprofloxacina 400mg 12/12h + 
metronidazol 500mg 8/8h por 7 dias 
 
 
• Inflamação química e/ou bacteriana da vesícula biliar. 
 
• Dor em cólica - relacionada com alimentação, febre, 
náusea e vômito 
• Dor abdominal: cólica, relacionada a ingestão de 
alimentos (secreção de colecistocinina > contração da 
vesícula biliar) 
• Localização: Hipocôndrio direito > epigástrio > dorso. 
*Pode se tornar difusa 
• Náuseas e vômitos 
• Febre > 38°C 
• icterícia*, massa palpável 
 
• SINAL DE MURPHY: interrupção brusca da inspiração 
à palpação profunda em hipocôndrio direito 
 
ETIOLOGIA 
• litíase vesicular ou colelitíase 
 
COMPLICAÇÃO: 
 
• Sd. De Mirizzi: uma causa rara de icterícia obstrutiva. 
Resulta da impactação de um cálculo no cÍstico ou no 
colo vesicular, causando compressão extrínseca do 
ducto hepático comum e inflamação, com ou sem 
fistulização. O tratamento de eleição de natureza 
cirúrgica. O diagnóstico pré-operatório é importante 
devido ao elevado risco de lesão iatrogénica da via 
biliar. 
 
DIAGNÓSTICO 
 
• LABORATÓRIO: Hemograma, amilase, 
bilirrubinas, enzimas hepáticas 
• IMAGEM: USG é o exame de escolha - Visualização de 
dilatação ductal e impactação de cálculos. 
• TC de Abdome: Dúvidas diagnósticas (diagnóstico de 
exclusão). Avaliação de órgãos e estruturas adjacentes. 
 
TRATAMENTO 
 
• Abordagem cirúrgica - colecistectomia 
• Antibiótico EV, hidratação, sintomáticos – 
ciprofloxacina 400mg 
• 12/12h +/- metronidazol 500mg, 8/8h 
 
 
• Quadro clássico: dor em abdome superior de início 
súbito, intensa, em faixa, com irradiação para dorso, 
associada a náuseas e vômitos + elevação amilase 
• Dor: intensa e difusa 
• Localização: região epigástrica com irradiação para dorso 
(dor em faixa) 
• Náuseas e vômitos precoces e volumosos 
• Íleo paralítico: parada de eliminação de fezese flatos e 
redução dos ruídos hidroaéreos 
 
• Se associado à litíase biliar: pode apresentar icterícia. 
 
PANCREATITE GRAVE (10 a 20%): 
 
• comprometimento do estado geral, taquicárdico, 
taquidispneico, hipotenso e com abdome distendido 
apresentando sinais de peritonite. 
 
• SINAL DE CULLEN: Equimoses e hematomas em região 
periumbilical. 
• SINAL DE GREY TURNER: Equimoses e hematomas em 
região de flancos. 
 
ETIOLOGIA 
 
• 80% dos casos estão relacionados à doença biliar litiásica 
ou ingestão de álcool 
• Outras causas: drogas, pós-CPRE, metabólicas 
(hipercalcemia, hipertrigliceridemia, trauma, genética 
 
DIAGNÓSTICO 
 
• LABORATÓRIO: Amilase e lipase (3x limite superior de 
normalidade), hemograma, bilirrubinas, enzimas 
hepáticas, glicemia, eletrólitos, ureia/creatinina, 
gasometria arterial 
• IMAGEM: TC Abdome em 48h (complicações), Rx 
(calcificação) 
• OBS: Os achados de clínicos e laboratoriais, assim como 
os achados de imagem, podem ser utilizados para 
classificação prognóstica, pelas escalas de Apache II e 
classificação de Balthazar 
 
TRATAMENTO 
 
• Casos graves - antibiótico EV 
• imipenem 500mg 6/6h 
• CPRE – litiásica (em casos de pancreatite secundária a 
colelitíase com evidência de colangite sobreposta) 
 
• Processo inflamatório de um ou mais divertículos do 
cólon 
• Dor abdominal: Contínua Cólica 
• Localização: Fossa ilíaca esquerda ou região 
suprapubica > Dorso ipsilateral 
• Anorexia e náuseas 
• Febre baixa 
• Obstipação ou diarreia 
• Paciente pode cursar com taquicardia discreta, 
distensão abdominal e sinais de peritonite – dor à 
descompressão brusca e à percussão. 
• Pode haver massas palpáveis, habitualmente dolorosas, 
em FIE. 
• O toque retal costma ser doloroso 
• Disúria e polaciúria: quando houver acometimento das 
vias urinárias (bexiga e ureter). 
 
DIAGNÓSTICO 
 
• Raio-X de abdome: Pneumoperitônio e quadros 
obstrutivos 
 
• TC de abdome: Espessamento da parede intestinal, 
densificação da gordura pericólica, abscessos ou líquido 
livre 
• A TC é o exame mais indicado para confirmação 
diagnóstica e detecção de complicações. 
 
TRATAMENTO 
 
• Antibioticoterapia venosa contra gram-negativos e 
anaeróbios; 
• Analgesia; • Reposição volêmica; • Dieta zero para 
repouso intestinal, com retorno em 2 a 3 dias; 
• Ressecção do segmento colônico 
 
ABDOME AGUDO OBSTRUTIVO 
ETIOLOGIA QUADRO CLINICO DIAGNÓSTICO TRATAMENTO 
• Abdome agudo obstrutivo é uma situação 
de emergência, na qual se encontra um 
fator obstrutivo responsável pelo 
exuberante quadro clínico. 
• Apresenta gravidade variável e caráter 
evolutivo necessitando de rápida 
intervenção, em sua maioria, cirúrgica. 
• 2º mais comum de abdome agudo 
 
• Cerca de 80% dos casos de abdome 
agudo obstrutivo envolvem o intestino 
delgado 
• As aderências (bridas) secundárias a 
cirurgias prévias na cavidade abdominal o 
fator etiológico mais comum 
 
ETIOLOGIAS: 
 
• Aderências pós-operatórias - Bridas 
(principal) – 66 a 75% dos casos 
• Hérnia encarcerada – interna, inguinal ou 
incisional – 25 % dos casos 
• Neoplasia – 10% 
• Doença de Crohn – 5% 
• Intussuscepção 
• Pólipos, 
• Íleo Biliar 
• Corpo Estranho 
• Benzoar 
 
• As causas de AAO podem ser divididas em 
mecânicas e funcionais, originadas no 
intestino delgado ou grosso: 
 
1) MECANISMO MECÂNICO 
 
• Aderências(bridas), Hérnias externas, 
vólvulos, abscessos 
• carcinoma colorretal, traumas, lesões 
inflamatórias (Crohn, diverticulite) 
• íleo biliar, corpo estranho, bezoares 
 
2) MECANISMO FUNCIONAL (ILEO 
PARALITICO) 
 
• Pós-operatório (<72) 
• distúrbios metabólicos e/ou 
hidroeletrolíticos (hipocalemia, uremia 
hiponatremia, diabetes descompensado) 
• isquemia ou trombose mesentérica 
• Dor abdominal em cólica (vai e volta de acordo com a 
motilidade) 
• Tempo de evolução: variável 
• náusea e vômito 
• distensão abdominal 
• parada na eliminação de flatos e fezes 
 
OBSTRUÇÃO INTESTINAL ALTA (intestino delgado) 
 
• antecedentes de cirurgia abdominal ou hérnias 
• Dor abdominal central (em cólica) 
• Vômitos precoces – amarelo-esverdeado (biliosos) ou com 
restos alimentares 
• Obstipação tardia 
• Pouca distensão abdominal 
 
OBSTRUÇÃO INTESTINAL BAIXA 
 
• Dor abdominal em abdome inferior ou flancos (em cólica) 
• Vômitos tardios fecaloides 
• Obstipação absoluta e distensão predominantes 
• Muita distensão abdominal 
• Dor abdominal mais prolongada (arrastada) 
 
EXAME FÍSICO 
 
• Avaliação geral: sinais de SIRS, sepse 
• Examinar todo o tronco, inclusive região inguinal 
• RHA: 
- Aumentado: obstruções mecânicas 
 - Diminuído: casos mais avançados 
 - Ausente: íleo adinâmico, PO. 
• Avaliar o grau de distensão abdominal – percussão (timpânico 
ou não) 
• Peritonite (Blumberg) – indica sofrimento de alça ou 
perfuração. Nível mais avançado de obstrução. 
• Toque retal é obrigatório: 
- Presença ou ausência e consistência das fezes na ampola 
retal 
- Lesões tumorais, 
- Presença de sangue 
 
EXAMES LABORATORIAIS: 
• HMG, ureia e creatinina, eletrólitos 
 
-OBSTRUÇÃO SIMPLES: 
• Hemoconcentração 
• Leucograma normal ou pouco elevado 
• Hipocalemia ou nível sérico de K+ normal 
 
- OBSTRUÇÃO COM SOFRIMENTO DE ALÇA 
 
• Hemoconcentração 
• Leucocitose com desvio à esquerda 
• Hipercalemia Acidose metabólica 
 
 
ROTINA IMAGEM DE ABDOME AGUDO: 
 
• raio x (3 incidências – abdome em pé e deitado e de 
tórax) 
• TC de abdome contrastada se não houver melhora 
em 48h 
 
• Dilatação do jejuno: podem-se verificar válvulas 
coniventes com aspecto de empilhamento de 
moedas. 
• Dilatações ileais:apresentam válvulas menos 
demarcadas 
• Dilatação colônica: verifica-se dilatação com 
padrão de “moldura” delineando a parede abdominal 
marginalmente. 
• No vólvulo de sigmoide identifica-se a dilatação da 
alça associada ao megacólon. Pode haver 
impactação fecal com imagens em “miolo de pão” 
dentro da alça 
 
- OBSTRUÇÃO SIMPLES: 
 
• Dilatação de alças com nível líquido 
• Ausência de líquido livre em cavidade 
• Ausência de pneumoperitônio 
 
- OBSTRUÇÃO COM SOFRIMENTO DE ALÇA 
 
• Dilatação de alças com nível líquido 
• Presença de líquido livre em cavidade 
• Presença de pneumoperitônio (se perfuração ) 
 
 
CLÍNICO 
 
• Jejum – dieta zero 
• Sonda nasogástrica aberta (calibre grosso) → Diminui a 
distensão abdominal (Descompressão) 
• Hidratação 
• Correção eletrolítica 
 
INDICAÇÃO CIRÚRGICA 
 
• obstrução completa 
 
• falha no tratamento conservador – ausência de 
melhora à descompressão e correção 
hidroeletrolítica 
 
• sinais de irritação peritoneal. 
 
• Sinais de sofrimento da alça (febre, taquicardia, dor 
persistente, acidose metabólica e leucocitose) 
 
• suspeita isquemia 
 
- leucocitose 
- alça fechada 
- sinais de irritação peritoneal 
 
• sinais perfuração ou de perfuração iminente 
 
- sinais de irritação peritoneal 
- pneumoperitônio 
- ceco com diâmetro > 12 cm ao raio X 
 
 
➔ O procedimento de escolha depende da causa da 
obstrução, da existência de comprometimento 
vascular e da condição clínica do paciente.

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