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RESUMO COMPLETO ECC – 7 SEMESTRE PEDIATRIA Abdome Agudo na Pediatria (pediatria): • Manifestações clínicas gerais: - Dor abdominal súbita - Distensão abdominal - Náuseas / Vômitos - Parada de eliminação de flatos e fezes - Urgência terapêutica (Clínica ou Cirúrgica) • Classificação: Inflamatório Obstrutivo Perfurativo Hemorrágico ABDOME AGUDO OBSTRUTIVO: • Manifestações clínicas: - Dor abdominal tipo cólica - Vômitos (biliosos e fecalóides quando tardio) - Parada de eliminação de gases e fezes - Massa tumoral palpável no local da obstrução - Distensão abdominal - Peristaltismo visível • Exames de imagem (RX): - Distensão de alças - Alças de diferentes calibres ABDOME AGUDO PERFURATIVO: • Manifestações clínicas: - Dor abdominal - Distensão abdominal aguda - Sinais de irritação peritoneal (dor a palpação/ desconforto na descompressão brusca/ ventre em tábua) - Vômitos • Exames de imagem (RX): - Pneumoperitônio (ar na cavidade peritoneal) ABDOME AGUDO HEMORRAGICO: • Manifestações clínicas: - Dor abdominal aguda - Sinais de irritação peritoneal (dor a palpação/ desconforto na descompressão brusca/ ventre em tábua) - Sinais de choque periférico (taquicardia, hipotensão/ choque) - História previa de trauma • Exames de imagem (RX): - Sinais de líquido na cavidade abdominal ABDOME AGUDO INFLAMATÓRIO: • Manifestações clínicas: - Dor abdominal de caráter progressivo - Febre - Vômitos - Parada de eliminação de fezes • Exames de imagem (RX): - Distensão de alças intestinais - Níveis hidroaéreos ABDOME AGUDO RN/ LACTANTE: - Abdome agudo OBSTRUTIVO + comum - HÉRNIA INGUINAL ENCARCERADA (1º semestre) - INVAGINAÇÃO INTESTINAL (2º sem) → 3meses -3anos - ESTENOSE HIPERTRÓFICA DO PILORO (2º semana de vida – RN) - OBSTRUÇÕES DUODENAIS - VOLVO DO INTESTINO MÉDIO - BRIDAS CONGÊNITAS (RN) 1) HÉRNIA INGUINAL ENCARCERADA: - Principal causa de obstrução no lactante • Manifestações clínicas: - Choro contínuo - Vômitos - Tumoração fixa na região inguinal (inguino- escrotal) • Conduta: - Sedação e posição de TRENDELENBERG para a redução manual e espontânea da hérnia (aguardar 30-40 min → reavaliar) 2) INVAGINAÇÃO INTESTINAL (INTUSSUSCEPÇÃO) + comum meninos 3meses -3anos Antecedentes de IVAS recente 90% ileoceco-cólicas • Manifestações clínicas: - Dor abdominal em cólica, súbita e severa - Vômitos (fecalóides) - Fezes (geleia de morango) - BEG, febre baixa - Pode progredir para isquemia em 72hrs • Diagnóstico: - Clínico + exame físico - RX abdome - USG (padrão ouro) – achados de ENEMA CONTRASTADO → casca de cebola - TC - Exames laboratoriais: Hemograma (leucocitose) • Conduta: - Toque retal - USG (enema contrastado) - Exames laboratoriais - TC • Tratamento: - Reposição volêmica - SNG (sonda nasogástrica para descompressão/ vômitos recorrentes) - ATB - Cirurgia • Complicações: - Peritonite/sepse - Perfuração intestinal 3) ESTENOSE HIPERTRÓFICA DO PILORO - 2ª semana de vida • Manifestações clínicas: - Vômitos em jato (conteúdo lácteo) - Constipação intestinal e parada de ganho ou déficit ponderal - Palpação de uma tumoração na localização do piloro • Diagnóstico: - RX ou USG • Tratamento: Cirúrgico 4) OBSTRUÇÕES DUODENAIS - VOLVO DO INTESTINO MÉDIO - BRIDAS CONGÊNITAS: • Manifestações clínicas: - Vômitos biliosos, distensão abdominal predominante no epigástrio e má evolução nutricional. - O quadro é de início abrupto, caracterizando-se por vômitos biliosos repetidos e persistentes, dor abdominal, choque, eliminação de secreção sanguinolenta ou franca melena. • Diagnóstico: - Radiologicamente, além da imagem gástrica, quase não se vêem imagens gasosas e o estudo contrastado pode mostrar uma imagem típica, em sacarolhas, no arco duodenal. •Tratamento:Cirúrgico SÍNDROMES INFLAMATÓRIAS: - Enterocolite necrosante, às lesões intestinais secundárias às enterocolites, ao megacólon tóxico da moléstia de Hirschsprung e, muito raramente, à apendicite aguda incidindo no lactente. SÍNDROMES PERFURATIVAS: - As principais etiologias são, no estômago ou duodeno, as úlceras agudas perfuradas em peritônio livre, secundárias a situação de intenso "estresse" (pacientes sépticos, vítimas de traumatismos ou queimaduras) SÍNDROMES HEMORRÁGICAS: - Secundárias ao traumatismo abdominal, raro nesse grupo etário. ABDOME AGUDO EM PRÉ-ESCOLAR/ ESCOLAR: 1)ABDOME AGUDO INFLAMATÓRIO: APENDICITE AGUDA - Comum 11 e 12 anos - Dor localizada → Ponto de Mc Burney - Dor a descompressão brusca (Sinal de Blumberg) - Leucocitose > 14 mil • Manifestações clínicas: - Perda de apetite - Alterações intestinais (tenesmo/diarreia) - Dor inespecífica em região periumbilical - Náuseas ou vômitos • Exame físico: Local da dor depende da localização do apêndice - Ponto de Mc Burney (2 cm medial e superiormente à espinha ilíaca ântero-superior direita) - Sinal de Blumberg - descompressão brusca da parede abdominal no ponto apendicular, mais conhecido como ponto de McBurney - Rovesing - Dor na fossa ilíaca direita à palpação da fossa ilíaca esquerda - Lenander - Temperatura retal maior que a temperatura axilar em mais de 1º C • Diagnóstico: - Anamnese + Exame físico - RX de abdome agudo - USG - TC de abdome e pelve com contraste EV • Tratamento: - Cirurgia: Apendicectomia - ATB complementar 2) ABDOME AGUDO OBSTRUTIVO: BRIDAS: -Aderências intestinais (pós-operatórias) • Manifestações clínicas: Dor abdominal em cólica / Anorexia/ Vômitos/ Obstipação • Diagnóstico: - Anamnese + Exame físico - RX simples e contrastado - TC abdome • Tratamento: Cirurgia DIVERTÍCULO DE MECKEL: - Falha na involução ducto onfalomesentérico no primeiro trimestre de vida fetal • Diagnóstico: - RX de abdome agudo - Cintilografia (padrão ouro) para diagnóstioco de mucosa gástrica ectópica • Tratamento: Cirurgia TRAUMA ABDOMINAL EM CRIANÇAS: - ABCDE - RX coluna cervical / Tórax / Bacia - TC Abdome e pelve - USG FAST As manifestações clínicas podem ser divididas em dois quadros sindrômicos principais: 1.HEMORRAGIA INTRA-ABDOMINAL: + comum - Alterações hemodinâmicas - As vísceras lesadas = baço, rim, pâncreas e o fígado - Rotura do baço = dor localizada no hipocôndrio esquerdo com irradiação para o ombro, traumatismo hepático = dor do lado direito 2.PERITONITE: - Lesões de vísceras ocas e pâncreas - Dor e reação involuntária de defesa abdominal à palpação desde o início do quadro - Associados a manifestações de hipovolemia e febre Afecções Ambulatoriais (pediatria) 1) FIMOSE - Excesso de pele que recobre o pênis - Devem retrair até os 6 anos - Pode ser causada fimose por infecção da glânde → Balanite - Pode ser causada fimose por ITU → Postite - Classificação + grave é tipo I e II Tratamento: - Pomada a base de corticoide e exercício de retração no banho - Cirurgia: POSTECTOMIA 2) HÉNIA UMBILICAL + comum em RN pré-maturo com baixo peso - Pode acometer pacientes com síndromes e hipotireoidismo congênito - Ocorre uma falha no fechamento do ANEL UMBILICAL, fusão da musculo reto abdominal na linha alba e da contração do orifício umbilical. • Manifestações clínicas: Abaulamento umbilical • Diagnóstico: clínica + USG • Tratamento: HERNIORRAFIA UMBILICAL (após os 4 anos em hérnias > 4 cm )3) HERNIA EPIGASTRICA - Hérnia da parede abdominal, através da linha média comum • Manifestações clínicas: Abaulamento e pequena massa entre o umbigo e apêndice xifoide ``gordura em forma de nódulo`` • Diagnóstico: clínica + USG • Tratamento: HERNIORRAFIA EPIGASTRICA 4) HÉRNIA INGUINAL + comum é a HÉRNIA INGUINAL INDIRETA (interior do canal) + comum em meninos 5:1 - Ocorre uma invaginação do peritônio na cavidade inguinal na formação do canal vaginal, esse fechamento deve ocorrer aos 7 meses intrauterino. • Diagnóstico: Clínica + USG (padrão ouro) - Pode ter transluminação no escroto (hidrocele) -Manobra de valsava (fazer força de coco) - Sinal da seda: Ao palpar a região do canal inguinal é possível sentir umas fibras • Tratamento: HERNIORRAFIA INGUINAL (inguinotomia + fechamento do saco herniário) • Complicação: Estrangulamento (sem perfusão) Encarceramento (com perfusão)→ Dor abdominal, vômitos intermitentes. 5) HIDROCELE - Acúmulo de líquido na bolsa escrotal - Tem que resolver até os 2 anos • Manifestações clínicas: aumenta em períodos noturnos com presença de febre baixa e dor • Tratamento: INGUINOTOMIA 6) TESTICULO NÃO DESCIDUO - Pré-maturos com testículos retrátil, está associado a síndromes - Deve descer até 1 ano • Diagnóstico: clínica + USG + RNM (localizar onde esta o testículo) • Tratamento: ORQUIDOPEXIA (12 meses – 18 meses) 7) FUSÃO DE PEQUENOS LÁBIOS: - Comum em meninas que nascem com os lábios colabados - Dificuldade para urinar • Tratamento: Descolamento dos lábios com sedação e anestésico. 8) ANQUILOGLOSSIA (freio da língua curto) - Achado através do teste da linguinha (fonoaudióloga) - Dificuldade na pega durante a amamentação • Tratamento: Incisão (odontologia) 9) CISTO NO DUCTO TIREOGLOSSO - Lesão na linha média do pescoço com origem na base da língua - Pode ocorrer em qualquer lugar → boca até a glândula tireóidea -Ocorre abaixo do osso hióide (infrahióide + comum) • Diagnóstico: clínica + USG (padrão ouro) + cintilografia da tireoide (verifica fluxo sanguíneo) • Tratamento: CIRURGIA DE SISTRUNK (remoção do cisto) 10) MALFORMAÇÕES BRANQUIAIS - Cisto; fistulas; seios - Restos de cartilagem palpáveis (``buracos`` , ``orelha amassada``) • Tratamento: Excisão completa (deve ter cuidado para não lesionar os nervos faciais) Tumor de Wilms e Neuroblastoma (pediatria) TUMOR DE WILMS (renal): -2º tumor abdominal + comum em lactantes e crianças - Tumor renal + frequente - Crianças 2-5 anos - Tumor restrito apenas 1 lado do abdome - Associado a neoplasias maligna embrionária • Causas: associado a anomalias congênitas • Manifestações clínicas: - Dor abdominal desproporcional dos lados - Massa palpável abdominal - Hematúria (eritrócitos na urina) - Hipertensão • Diagnóstico: TC abdome e pelve com contraste (padrão ouro) USG doppler (triagem para massa abdominal) RN (para verificar invasão intravascular) • Estadiamento: III é + grave • Tratamento: - Cirurgia: NEFRECTOMIA TOTAL - Quimioterapia complementar NEUROBLASTOMA (abdominal): - 3º tumor + comum de origem ganglionar do SNS - Tumor abdominal que atravessa a linha média do abdome, 2 lados do abdome. - Crianças até 10 anos - É um tumor maligno que ocorre nos gânglios simpáticos, surgem a partir das células da crista neural. - Pode ocorrer metástase - Neuroblastoma secreta CETACOLAMINAS, com isso resulta na HAS e taquicardia. • Localização: Abdome, medula suprarrenal, pescoço, tórax e pelve. • Manifestações clínicas: - Dor e massa abdominal -Taquicardia e hipertensão - Diarreia intratável - Edema periorbitário - Desconforto respiratório - Cansaço e perda de peso • Diagnóstico: - TC abdome com contraste (padrão ouro) - USG - Laboratoriais: Acido venilmandélico + ácido hemovanílico ➔ Catecolaminas (hormônios adrenais) • Estadiamento: IVs é + grave - ``bebe barrigudo`` • Tratamento: - Cirurgia - Quimioterapia - Radioterapia - Transplante de medula óssea Síndrome Colestáticas (pediatria) 1) ATRESIA DAS VIAS BILIARES: - Doença rara e com indicação de transplante hepático - Discreta predominância sexo feminino - Obstrução • Formas sindrômicas (embrionária): Associado a DM materna - Veia cava inferior interrompida/ Veia porta pré- duodenal/ Má rotação intestinal/Defeitos cardíacos • Formas sindrômicas (perinatal): Origem mais tardia na gestação • Classificação: III + grave, todos os ductos biliares extrahepaticos até a porta hepatis. • Manifestações clínicas: - Icterícia por + 2 semanas - Fezes hipo ou acólicas (brancas) - Hepatomegalia - Urina marrom escura - Anemia / Desnutrição / Retardo do crescimento • Diagnóstico: - Laboratorial: elevação de bilirrubina direta - USG abdome - Biópsia hepática (mais confiável) - Colangiografia (CPRE) – diagnostico e tratamento • Tratamento: - Antes da cirurgia → Doses diária de vit K / ATB largo espectro - CIRURGIA DE KASAI: Dissecção lateral prolongada ao redor da porta hepatis com uma anastomose muito ampla (portoenterostomia ampliada) – Y anastomose - Cuidados pós cirurgia: Corticoides, ABT, vitaminas (A,D,E,K) 2)CISTO DE COLÉDOCO: - Sexo feminino - Causa congênita: Defeito estrutura no ducto biliar durante a vida fetal - Causa adquirida: Pode ocorre por um refluxo pancreático. • Classificação de Todani: Tipo I (predomínio) - Ia: dilatação cística do DC - Ib: dilatação fusiforme do DC Tipo IV (predomínio) - IVa: múltiplos cistos nos ductos extra-hepáticos e intra-hepáticos - IVb: múltiplos cistos nos ductos extra-hepáticos • Manifestações clínicas: TRÍADE CLÁSSICA → Dor abdominal + febre + icterícia - Massa abdominal / Icterícia (comum no lactente) - Dor abdominal (crianças mais velhas) - Alteração da cor das fezes • Diagnóstico: - USG (padrão ouro) - CPRE (endoscopia + biopsia) - TC contrastado • Tratamento: Excisão do cisto /Anastomose bílio- entérica • Tratamento Tipo III (Coledococele): ESFINCTEROTOMIA DO DUCTO COLÉDOCO • Tratamento Tipo V ou Doença de Caroli: Dilatação sacular segmentar dos ductos biliares intra-hepáticos → Transplante hepático (fígado) ou Hepatectomia (apenas lobar) 4)COLELITIASE: - Doença hemolítica → Anemia falciforme / Esferocitose hereditária - Desidratação - Fibrose cística (aumento de muco) • Manifestações clínicas: Dor abdominal superior direita após as refeições gordurosas + náuseas e vômitos • Diagnóstico: USG (padrão ouro) • Tratamento: cirurgia → COLECISTECTOMIA 5)COLEDOCOLITÍASE Defeitos diafragmáticos (pediatria) - Hérnia Diafragmática congênita (Bochdalek) - Hérnia Diafragmática de Morgagni - Eventração Diafragmática 1) HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA CONGÊNITA: - Defeito póstero-lateral do diafragma - Também chamada Hérnia de Bochdalek - Comprime o pulmão: hiperplasia pulmonar, hipertensão pulmonar, hipóxia tecidual. - Lateralidade esquerda - Predominância em meninos • Manifestações clínicas: Abdome escavado Assimetria torácica, ausculta de ruídos hidroaéreos em tórax (Desconforto respiratório ao nascimento) • Diagnóstico: USG (pré-natal) + RX tórax contrastado • Tratamento: Cirúrgico 2)HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA DE MORGAGNI: - Defeito diafragmático anterior (em frente ao osso esterno) - Saco herniário tipicamente presente - Conteúdo (omento, intestino delgado, cólon) - Comum em pacientes com Sd. Down •Manifestações clínicas: - Assintomática - Desconforto epigástrico (vômitos) - Tosse Apresentação aguda: Isquemia intestinal com necrose e perfuração/ Volvo gástrico/ Herniação para pericárdio – tamponamento cardíaco • Diagnóstico: USG,RX tórax, RX contrastado, TC tórax • Tratamento cirúrgico: Redução das vísceras herniadas → Aproximação do diafragma para a bainha posterior do músculo reto na margem costal → pode colocar tela. 3)EVENTRAÇÃO DIAFRAGMÁTICA: - Elevação anormal do diafragma Eventração congênita: - Resulta do desenvolvimento incompleto do tendão central ou porção muscular do diafragma - Comum do lado esquerdo, o musculo é fino. • Manifestações clínicas: Dificuldade respiratória, taquipneia, infecção respiratória de repetição • Diagnóstico: USG, RX tórax, RX contrastado, TC tórax • Tratamento: - Suporte ventilatório (fisioterapia) - Cirurgia → PLICATURA DIAFRAGMÁTICA(colocar o diafragma na posição certa) DEFEITOS CONGÊNITOS DA PAREDE ABDOMINAL ONFALOCELE: falha das vísceras em retornar à cavidade abdominal Diagnóstico: 18 semanas de gestação (USG) Tratamento: Cobertura impermeável do RN (evitar perda de calor e líquido) + SOG + Escarificação (epitelização ao longo prazo 4-10 semanas) + cirurgia para colocar as vísceras no lugar GASTROSQUISE: falha da mesoderme para se formar na parede abdominal anterior Possíveis fatores causais: tabaco, exposições ambientais, idade materna baixa, baixo nível socioeconômico. Diagnóstico: na 20ª semana de gestação (USG) Tratamento: fechamento de 1º intensão por SILO + cirurgia para colocar as vísceras no lugar Afecções Esôfago e Estômago (pediatria) - Atresia esofágica e Fístulas traqueoesofágicas - DRGE - Lesão esofágica por corpo estranho e substâncias químicas - Estenoses esofágicas - Perfuração do esôfago 1) ATRESIA ESOFÁGICA E FÍSTULAS TRAQUEOESOFÁGICAS CONGÊNITAS: Atresia Esofágica com Fístula Distal (Tipo C de Gross): + comum das AE - O esôfago proximal muito dilatado, parede espessa, desce até o mediastino superior (T3-4) • O esôfago distal com parede fina, se inicia na parede posterior da traqueia (carina) • Diagnóstico Pré-natal: USG • Diagnóstico Pós-natal: - Testar permeabilidade esofágica com sonda - Acúmulo de saliva na boca - RX de tórax com sonda 10fr - RX com pouco contraste RM - Preferível pela ausência de exposição à radiação → requer anestesia geral • Tratamento: - UTI - SOG 10fr em esôfago proximal com aspiração contínua - Decúbito lateral e com cabeceira elevada - IOT + VM se desconforto respiratório - Ligadura da fístula com reparação primária retardada (7-14 DIAS) - GASTROSTOMIA de emergência com descompressão gástrica se muito instável Correção cirúrgica: -Toracotomia ou toracocospia (direita extra-pleural) - Anastomose primária 2)DRGE (DOENÇA REFLUXO): - Frequente em RN e lactentes - Resolução espontânea aos 2 anos - Anomalias congênitas que predispõem à DREG: AE com ou sem fistula, atresia duodenais e do intestino delgado, hérnia diagramática congênita, gastrosquise/ onfalocele. • Manifestações clínicas: - Sintomas respiratórios: Tosse crônica, sibilância, apneia, Sd. morte subida do lactante. • Diagnóstico: Clínica EED (determina a anatomia esofágica e motilidade gástrica) • Tratamento Clínico: - Medidas posturais e alimentação (redução do volume) - Dieta pobre em gordura • Tratamento Cirúrgico: Após falha do tratamento clínico → crescimento insatisfatório (atraso do crescimento ou falta de ganho de peso apropriado) Cirurgia: FUNDOPLICATURA NISSEN / GASTROSTOMIA 3)LESÃO ESOFÁGICA POR CORPO ESTRANHO + comum com MOEDAS • Manifestações clínicas: - Salivação excessiva - Recusa de alimentos - Tosse inexplicável - Engasgos • Diagnóstico: RX de tórax AP+P • Tratamento: Endoscopia para retirada (esofagoscopia rígida) – padrão ouro 4)LESÕES ESOFÁGICAS POR SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS - Ácido: mais lesão gástrica - Álcali: mais lesão esofágica 3 fases da lesão álcali: • Necrose liquefativa • Fase de reparação (5 dias a 2 semanas) - Parede esofágica mais fina, risco de perfuração • Retração cicatricial (após 2 semanas) - Possível formação de estenose esofágica • Manifestações clínicas: - História clínica da ingesta, lesões na face - Náuseas, vômitos, salivação, dor abdominal, estridor (Presença de 3 ou mais sintomas é preditor de lesão esofágica grave) • Tratamento: - Manejo das vias aéreas e reanimação - Laringoscopia direta (edema de laringe) - Não induzir vômito (exposição adicional à substância) - Rx de abdome e tórax (procura de sinais de perfuração) - Tc de tórax (casos selecionados) - Avaliação endoscópica (24-48hs) • Contraindicação EDA (endoscopia digestiva alta): Choque, Insuficiência respiratória, Peritonite, Evidência de perfuração, não realizar depois de 5 dias 5) ESTENOSES ESOFÁGICAS: BENIGNAS - Esofagite de refluxo (curtas e no 1/3 inferior do esôfago) - Ingestão de corrosivos (longas irregulares) - Cicatrização anastomótica (discretas e curtas) - DRGE pode agravar •Manifestações clínicas: Vômitos, Déficit de crescimento, Doença pulmonar concomitante, Hérnia hiatal (pode estar presente) • Diagnóstico: RX contrastado + EED • Tratamento: - Medicamentos: inibidor de bomba de próton - Suporte nutricional - Otimização respiratória - Dilatação EDA (velas e balão) - Fundoplicatura - Ressecção da estenose e interposição de enxerto 6) PERFURAÇÃO DO ESÔFAGO Raro com potencial fatal •Manifestações clínicas: - Dificuldade respiratória - Disfagia - Febre - Dor torácica - Enfisema subcutâneo • Diagnóstico: - Rx de tórax AP + P → Pneumotórax, Derrame pleural, Enfisema subcutâneo, Pneumopericárdio. - Esofagograma com contraste - TC de tórax • Tratamento: - Conservador → ATB, SNG, drenagem torácica - Cirúrgico exploratório 7) ACALASIA - Peristaltismo esofágico ausente ou pobre + falha do EEI (esfíncter esofágico inferior) para relaxar durante a deglutição. • Diagnóstico: - Esofagograma contrastado com bário - ESOFAGOMANOMETRIA (teste padrão para diagnóstico de acalasia) • Tratamento: Não há cura OBJETIVO - reduzir a pressão do EEI para facilitar o esvaziamento do esôfago e melhorar os sintomas -Agentes farmacológicos (bloq canal cálcio, botox) - Dilatação mecânica (balão dilatador) - Esofagomiotomia c/sem fundoplicatura Afecções do Estômago: 1) ESTENOSE HIPERTRÓFICA DO PILORO •Manifestações clínicas: - Vômitos não biliosos - Neonato a termo entre 2 a 8 semanas - Desidratação (queda do estado geral e sonolência) - Distúrbio metabólico (alcalose metabólica hipoclorêmica e hipocalêmica) - Ondas peristálticas epigástrio e quadrante superior esquerdo - Oliva pilórica palpável em 72-89% • Diagnóstico: USG + EED (contrastado) • Tratamento: - Suporte: reposição volêmica, correção de distúrbios eletrolíticos, descompressão gástricas por SNG - Cirurgia: PILOROMIOTOMIA 2) ATRESIA PILÓRICA - Raro -Sintomas de obstrução gástrica - RX abdome em bolha única • Tratamento: Cirúrgico Afecções do intestino e duodeno (pediatria) 1)ATRESIA E ESTENOSE DUODENAL: - Causa mais frequente de obstrução intestinal - Comum em meninos - Anomalias congênitas associadas •Manifestações clínicas: • Atresia Vômitos biliosos nas primeiras horas de vida - Distensão abdominal • Estenose - Diagnóstico retardado - Vômitos e distensão gástrica após alimentação • Diagnóstico: Pré-natal → USG (polidrâmnio) – achado de sinal da bolha Pós-natal → RX abdome – achados de sinal da dupla bolha+ estudo contrastado. • Tratamento: - Correção hidroeletrolítica - Descompressão gástrica - Cirurgia: ANASTOMOSE À DIAMOND SHAPE 2) ATRESIA E ESTENOSE JEJUNOILEAL: - Ocorre por falha da irrigação da Artéria mesentério superior -> falha no insulto isquêmico levando a isquemia segmentar do jejuno e do delgado (rotação do intestino). •Manifestações clínicas: USG pré-natal → Alças dilatadas do intestino Pós-natal →Sintomas de obstrução intestinal (Vômitos biliosos; Distensão abdominal) • Diagnóstico: RX abdome + contraste • Tratamento: Manejo pré-op → Descompressão gástrica / Correção hidroeletrolítica/ Iniciar ATB - Cirurgia → Prevenção da Sd. Do intestino curto - Cuidados pós-op → Nutrição parenteral/ Dieta VO quando possível 3) ATRESIA COLÔNICA: - Causa rara de obstrução intestinal - Associada malformações CLASSIFICAÇÃO - Tipo I (atresia) - Tipo II (cordão) - Tipo III (falha do mesentério) •Manifestações clínicas: • Distensão abdominal • Vômitos biliosos • Não eliminação de mecônio • Diagnóstico: RX abdome + contraste • Tratamento: CIRURGIA DE URGÊNCIA → Risco de perfuração e volvo 4) MÁ ROTAÇÃO: - Fixação inadequada do intestino, descoberta quando em RN •Manifestações clínicas: - Descoberta sutil incidental com RX - Volvo do intestino médio com choque -Vômitos biliosos repentinos -Abdome escavado ou distendido leve em andar superior - Comprometimento vascular: distensão progressiva e sinais de peritonite • Diagnóstico: USG doppler • Tratamento: Procedimento de Ladd (Romper as bandas fibróticas) 5) ROLHA MECONIAL: - Comum - Mecônio espesso •Manifestações clínicas: Distensão abdominal, Vômitos biliares • Diagnóstico: RX com distensão de alças e níveis hidroaéreos • Tratamento: Lavagem intestinal com n-acetil cisteína 6) ENTEROCOLITE NECROSANTE (NEC): - Prematuros - Baixo peso - Alimentação com fórmula •Manifestações clínicas: • Apnéia • Bradicardia • Letargia • Instabilidade térmica • Intolerância alimentar (grande volume de resíduo gástrico) • Distensão abdominal (mais comum) • Sangue em fezes • Irritação peritoneal • Peritonite generalizada • Alteração da coloração da parede abdominal • Diagnóstico: USG doppler Exames laboratoriais • Leucocitose/leucopenia • Elevação de PCR • Elevação lactato Achados radiográficos • Níveis hidroaéreos • Distensão de alças • Alças paréticas • Edema de parede intestinal • Pneumatose intestinal • Pneumoperitônio • Tratamento: - Clínico → Jejum, SNG, reposição volêmica, solicitar exames + dreno - Cirúrgico 7) DOENÇA DE HIRSCHSPRUNG (DH) OU MEGACÓLON CONGÊNITO: - Ausência de células ganglionares dos plexos mioentéricos e submucoso •Manifestações clínicas: -Vômito bilioso - Intolerância alimentar no período neonatal - Falha de eliminação meconial nas 24hs - retardo no crescimento • Diagnóstico: RX de abdome + biópsia retal • Tratamento: Cirúrgico → - Swenson / Soave/ Duhamell/ Cirurgia de Mondragon UROPEDIATRIA (PEDIATRIA) 1)VÁLVULA DE URETRA POSTERIOR (VUP): - Causa mais comum de obstrução intravesical em meninos - Causa mais comum de doença renal crônica terminal na criança • CLASSIFICAÇÃO: - Tipo I (95%): Membrana obstrutiva - Tipo II: Pregas longitudinais proeminentes de musculo liso hipertrofiado (Não obstrutiavas / Clinicamente insignificantes) - Tipo III: Diafragma membranoso com abertura central •Manifestações clínicas: - Sintomas de Esforço para Urinar - Redução Jato Urinário - Insuficiência Respiratória Secundária à Hipoplasia Pulmonar - Massa abdominal - Desnutrição - Déficit Alimentar - ITU repetição •Exame físico: - Bexiga palpável - Distensão Abdominal Significaava por Ascite Urinária - Meninos: Incontinência diurna persistente e distensão abdominal • Diagnóstico: USG + Uretrocistografia miccional - 2/3 - USG Pré-Natal (Bexiga distendida com parede espessada, uretra prostática dilatada (“Sinal do buraco de fechadura”) - 1/3 - Infância / Adolescência • Tratamento: - Profilaxia ATB: Amoxicilina ou Cefalexia - Exames Labs: Eletrólitos, Ureia, Creatina - Encaminhar para o NEFROLOGISTA - Cirurgia: Ablação Primária da Válvula 2)ESTENOSE DA JUNÇÃO URETEROPÉLVICA (E JUP) : + comum 2/3 à Esquerda - Drenagem Inadequada de Urina da Pelve Renal - Distensão hidrostáaca da pelve e cálices intra- renais - Lesão progressiva do rim - Aumento da pressão intra-pélvica - Estase de urina nos ductos coletores - Crianças maiores: Dor vaga de localização imprecisa, cíclica ou aguda, náuseas, hematúria após pequeno trauma • Diagnóstico: - USG - Uretrocistografia Miccional (UCM) - Cintilografia Renal • Tratamento: - Cirurgia: PIELOPLASAA Objetivos: Reduzir hidronefrose, preservar função renal 3)DUPLICAÇÃO URETERAL: + comum em sexo feminino 2:1 - Anomalia uretral + comum •Manifestações clínicas: - Assintomático - Descoberta incidental - ITU repetição • Diagnóstico: USG + TM Urografia excretora endovenosa • Tratamento: Cirurgia: -NEFRECTOMIA PARCIAL DE PÓLO SUPERIOR - URETERECTOMIA DO URETER QUE ESTIVER IMPLANTADO MAIS BAIXO 4) MEGAURETER: • Diagnóstico: -USG (ureter dilatado e trtuoso) -Uretro Cistografia Miccional (UCM) -Urografia Excretora Endovenosa • Tratamento: Conservador: Observação + ATBprofilaxia 5) REFLUXO VESICO URETERAL (RVU): - Causado por um defeito congênito na implantação do ureter na bexiga que normalmente possui uma válvula que impede o retorno da urina para os rins protegendo-os assim de infecções. •Manifestações clínicas: Em crianças que apresentarem queixas urinárias (ardor miccional), infecção urinária de repetição ou quadro infeccioso de causa ignorada • Diagnóstico: Uretrocistografia miccional (UCM - é um raio X no qual injetamos contraste na bexiga através de uma sonda uretral demonstrando a presença do refluxo) • Tratamento: - Conservador: Observação + ATBprofilaxia (não operatório: bem-sucedido na maioria dos pacientes) - Cirúrgico: Cirurgia antirefluxo 6) HIPOSPÁDIA: - Anomalia congênita do trato urogenital externo masculino em que o meato uretral abre na superfície ventral do pênis, escroto ou períneo, impactando potencialmente a função urinária e sexual. •Manifestações clínicas: Os sintomas variam de acordo com o tipo e normalmente incluem: • Excesso de pele na região do prepúcio • Falta da abertura da uretra na glande • O genital quando erecto não fica reto, apresentando a forma de anzol • A urina não sai para a frente, sendo necessário o menino urinar sentado • Tratamento: Cirúrgico: MAGPI/ MATHIEU/ SNODGRASS/ DUCKETT/ BRACKA (tipos de cirurgia de correção) • Retificação peniana • Posicionar meato na extremidade da glande • Formar glande simétrica de formato cônico • Completar cobertura cutânea com estética satisfatória ADULTO: ABDOME AGUDO: 1) Abdome agudo OBSTRUTIVO: - Dor súbita - Distensão abdominal - Náuseas e vômitos Intestino grosso → + vômitos – distensão Intestino delgado (comum) → - vômitos + distensão • Causas: - Pós cirurgia abdominal -Aderências (bridas) - Hérnias (encarceradas/ estrangulada) - Fecaloma (idosos) - Neoplasia • Manifestações clínicas: - Dor em cólica + parada de fezes - Abdome distendido e flácido - RHA aumentados (som metálico) - Taquicardia + hipotensão + febre - Leucocitose • Diagnóstico: - Clínica + Rx abdome + TM - Exames laboratoriais (hemograma, leucocitose) • Tratamento: - Jejum - SNG aberta (descompressão gástrica) - Reanimação volêmica - ATB terapia - Analgésico - Cirurgia → em falha de tratamento conservador em 48hrs) OBSTRUÇÃO DISTAL (cólon) → - vômitos, +distensão → causado por tumor ou volvo (torção) OBSTRUÇÃO PROXIMAL (delgado) → + vômitos, - distensão, empilhamento de moedas no RX→ causado por aderências ou hérnias. 2) Abdome agudo HEMORRÁGICO: Sangramento gastrointestinal HDA (hemorragia digestiva alta): - Ocorre no ponto PROXIMAL do ligamento de TREITZ • Manifestações clínicas: - Vômitos com sangue vermelho vivo → sangramentos por úlceras pépticas (varizes esofágicas) – cirrose - vômitos borra de café → ocorre devido ao sangramento do TG superior (hemoglobina + hematina + ác.gástrico) - Fezes enegrecidas (melena) - sugere sangramento no TG alto *Esofagite, angioma, tumores. HDB (hemorragia digestiva baixa): - Ocorre no ponto DISTAL do ligamento de TREITZ • Manifestações clínicas: - Fezes vermelho vivo (hematoquezia) - sugere sangramento no TG baixo - Fissuras anais *Fissuras anais, carcinoma de cólon, pólipos. • Diagnósticos de HDA e HDB: - Lavagem + aspiração por SNG - Endoscopia - Colonoscopia • Tratamento de HDA e HDB: - Ressuscitação volêmica - Transfusão de sangue - IOT - Encaminhar para o cirurgião gastroenterologista 3) Abdome agudo INFLAMATÓRIO: APÊNDICITE AGUDA: - Manobra de Blumberg → dor a descompressão brusca no ponto de Mc. Burney no QID - Manobra de Rovsing → dor a palpação em movimentos rotacionais no QIE - Febre baixa - Vômitos, anorexia, diarreia. - Dor epigástrica na região periumbilical • Diagnósticos: Clínica + USG • Tratamento: - Cirurgia precoce → APENDICECTOMIA (aberta ou laparoscópica) + ATB terapia COLECISTITE AGUDA: É a inflamação aguda da vesícula biliar que se desenvolve em horas, geralmente como resultado da obstrução do ducto cístico por um cálculo. Colicistite Acalculosa → Colecistite sem a presença de cálculos • Manifestações clínicas: - Cólica biliar > 6 hrs com fator de piora intensidade - Náuseas, vômitos, febre - Dor à palpação subcostal - Após algumas horas, pode surgir o sinal de Murphy (a inspiração profunda exacerba a dor durante a palpação do hipocôndrio direito). • Complicações: Pancreatite aguda • Diagnóstico: Clínico + USG + TM • Tratamento: - ATB + cirurgia → COLECISTECTOMIA COLEDOCOLITIASE: Coledocolitíase é a presença de cálculos nos dutos biliares (formados na vesícula biliar ou nos dutos) OBSTRUÇÃO PARCIAL → cólicas biliares OBSTRUÇÃO TOTAL → dilatação das vias biliares + icterícia + infecção bacteriana • Diagnóstico: Clínico + USG + colangiopancreatografia retrograda endoscopia (CPRE) • Tratamento: - CPRE e ESFINCTEROTOMIA (remover os cálculos) - COLECISTECTOMIA (vídeo) COLANGITE: • Manifestações clínicas: Dor abdominal + icterícia + febre + calafrios TRÍADE DE CHARCOT → Confusão mental, hipotensão e dor abdominal. • Diagnóstico: Clínico + USG + colangiopancreatografia retrograda endoscopia (CPRE) • Tratamento: - CPRE e ESFINCTEROTOMIA (remover os cálculos) - COLECISTECTOMIA (vídeo) PANCREATITE: - É a inflamação aguda do pâncreas (e, algumas vezes, dos tecidos adjacentes). • Manifestações clínicas: - Dor abdominal intensa e persistente em cólica, pode irradiar para as costas + náuseas e vômitos. • Diagnóstico: Clínico + USG + TM • Tratamento: - Jejum - Terapia intensiva, nutrição enteral, ATB, CPRE 4) Abdome agudo PERFURATIVO: - Rompimento da parede do intestino delgado e ou do intestino grosso • Etiologia: - Processos inflamatórios (Úlcera péptica, Doença de Chron e Diverticulite) - Neoplásias - Infecções (CMV, Tuberculose, Salmonela) • Manifestações clínicas: Dor abdominal súbita, intensa, irradiada para todo o abdome, agravada pelo movimento - Náuseas e vômitos + Febre - Alteração de ritmo intestinal - Sinais de septicemia → hipotensão ou choque são frequentes • Diagnóstico: Clínico + RX + TM • Tratamento: LAPAROSCOPIA 5) Abdome agudo VASCULAR: - Isquemia mesentérica aguda consiste na interrupção do fluxo sanguíneo intestinal secundário a embolia, trombose ou baixo fluxo -Causado por → Embolia arterial (> 40%) e Trombose arterial (30%) • Manifestações clínicas: - Dor intensa, mas com alterações mínimas no exame físico - Abdome continua flácido, com pouca ou nenhuma resistência - Necrose se desenvolve, aparecem sinais de peritonite, com sensibilidade, defesa e rigidez abdominais e ausência de ruídos intestinais MORTE! • Tratamento: LAPAROSCOPIA DOENÇAS INFLAMATORIAS INTESTINAIS: RETOCOLITE ÚLCERATIVA: (cólon e reto) + prevalente - Inflamação e úlcera na mucosa que se restringe a lâmina própria e inicia-se no reto e pode acometer todo o cólon com padrão contínuo. - Úlceras + pequenos pólipos • Manifestações clínicas: - Sangue nas fezes (hematoquezia) - Diarreia - Tenesmo (vontade intensa de evacuar) - Febre + fadiga + perda de peso • Diagnóstico: -Exames laboratoriais → ANCA-p biomacardor + PCR (anticorpos aumentados) - RX simples (cólon aparece dilatado) - Colonoscopia com biópsia. DOENÇA DE CROHN: (ílio distal e cólon proximal) - Úlcera aftoide que evolui para úlcera TRANSMURAL - Característica alternante de lesão, pode desenvolver fissura e fibrose nas camadas submucosa/muscular. - Região mais acometida ilio distal e cólon proximal - Úlceras em formas de ``calçada de pedras``. • Manifestações clínicas: - Dor no QID - Diarreia - Fadiga - Perda de peso - Distensão abdominal - Fistulas 20 – 40% pctes. • Diagnóstico: Endoscopia + biópsia • Tratamento conservador: Aminossalicilicos + corticoides (prednisolona)+ anticorpos monoclonais FASE AGUDA → Hidratação, corrigir distúrbios eletrolíticos, nutrição enteral FASE CRÔNICA → Tratamento medicamentoso + acompanhamento + colonoscopia anual • Tratamento cirúrgico: COLECTOMIA SUBTOTAL SEGMENTAR + ILIOSTOMIA (Fase aguda) COLECTOMIA SUBTOTAL SEGMENTAR + ANASTOMOSE ILIORETAL DOENÇAS ORIFICIAIS: - A grande maioria das doenças orifíciais são diagnosticadas clinicamente pelo exame PROCTOLÓGICO (inspeção, anuscopia, toque retal). 1)FISTULA ANAL: ``conecta um lugar com outro`` - Saída de secreção perianal - Prurido/ nódulos/ orifício • Tratamento cirúrgico: - FÍSTULECTOMIA - Plug - Retalho mucos - Lift (ligadura do trajeto interesfincteriano) 2)FISSURA ANAL AGUDA E CRÔNICA: ``corte`` - dor e sangramento - Fissura aguda: menor 6 cm → conduta – higiene, anestésico tópico, tratar a constipação, não usar papel higiênico - Fissura aguda: menor 6 cm → conduta – tratamento tópico (NITROGLICERINA), bloqueador de Ca+ (diminuir a contração muscular), Botox no esfíncter. • Tratamento cirúrgico: FÍSSURECTOMIA FÍSSURECTOMIA + ESFÍNCTERECTOMIA 3)ABSCESSO ANORRETAIS: Localização:Perianal, isquiorretal, submucoso, interesfincteriano, suprarretal • Tratamento: Drenagem do abcesso + ATB *Síndrome de Fournier (abscesso + infecção + necrose) ➔ tratamento feito por desbridamento 4)HEMORRÓIDAS: - Fraqueza dos elementos de sustentação - Aumenta a pressão intra-abdominal -Esforço para evacuar Classificação: Externa: Subcutânea – abaixo da linha pectínea Interna: Submucosa – acima da linha pectínea Grau I: sangramento intermitente / sem prolapso Grau II: sangramento frequente / com prolapso – retorno espontâneo Grau III: sangramento frequente / com prolapso – retorno manual Grau IV: sangramento frequente / prolapso irredutível • Tratamento cirúrgico: - HEMORRÓIDECTOMIA → técnica: Miligan- Morgan e Fergunson HEPATOBLIOPANCREATICA: (CISTOS, NÓDULOS, LESÕES SÓLIDAS) LESÕES CISTICAS DO FÍGADO: 1)CISTOS HIDÁTICOS Infecção Echinococcus granulosus (carne de porco) • Manifestaçõesclínicas: Febre, dor no QSD, dor no peito, dispneia, sorologia + Echi. granuloses • Tratamento farmacológico: Albendazol • Tratamento cirúrgico: remover as lesões hepáticas 2)CISTOSADENOMA/ CISTOADENOCARCINOMA CISTOSADENOMA (septos finos) – lesão pré-maligna → lesões irregulares com presença de septos finos internos e com focos de calcificação. CISTOADENOCARCINOMA (septos espessos) – lesão maligna→ lesões císticas multiloculada, com septos internos espessos, que se realçam após injeção de meio de contraste. • Diagnóstico: Clínico + TC contrastado (padrão ouro) • Tratamento cirúrgico 3)DOENÇA POLICÍSTICA - Rara; - Pode estar associada a cistos renais e frequentemente é diagnosticada acidentalmente em estudos de imagens como condição não sintomática; - Pode causar sintomas devido ao efeito de massa de múltiplos e grandes cistos; • Tratamento cirúrgico: TRANSPLANTE FIÍGADO LESÕES SÓLIDAS DO FÍGADO: 1)HEMANGIOMA HEPÁTICO (TUMOR BENIGNO) + comum em mulheres • Manifestações clínicas: dor abdominal aguda pode ser sangramento ou febre. Na trombose pode causar febre e alteração de exames laboratoriais. • Diagnóstico: USG → presença de nódulos hiperecogênico (nódulos preenchidos – sólidos) Pequeno hemangiomas que exibem absorção de contraste rápida e uniforme são às vezes indistinguível de metástases hipervasculares e carcinoma hepatocelular; - Hemangioma > 2 cm - Tumores < 5 cm devem ser acompanhados por 2 anos • Tratamento cirúrgico: Pacientes com dor ou sintomas indicativos de compressão extrínseca devem ser considerados candidatos para RESSECÇÃO CIRÚRGICA; 2)HIPERPLASIA NÓDULO FOCAL - 2ª lesão hepática BENIGNA + comum (mulheres 20- 60 anos) - Característica é a ESCARA CENTRAL com SEPTOS IRREGULARES (nódulos com divisão central) • Diagnóstico: TC contrastado (padrão ouro) • Tratamento cirúrgico: RESSECÇÃO CIRÚRGICA 3)ADENOMA HEPATOCELULAR (alto risco de MALIGNIDADE) + comum mulheres entre 20 e 44 anos; - Uso de anticoncepcional, anabolizantes - Assintomáticos e de bom prognóstico, porém existe potencial de malignização e sangramento; - Mulheres com lesões > 5 cm em idade fértil é preferível ressecar antes da gravidez; - Lesões > 5cm → RESSECÇÃO CIRÚRGICA 4) CARCINOMA HEPATOCELULAR - Tumores malignos primários + frequente do fígado - Associado a CIRROSE - Podem apresentar marcadores ALFAFETOPROTEINAS • Diagnóstico: USG + TC contrastado (padrão ouro) • CRITÉRIOS BARCELONA PARA DIAGNÓSTICO: São critérios para fechar diagnóstico após os achados no exame de imagem (USG – TC) Lesão < 1cm → acompanhamento, tratamento conservador, sem biópsia Lesão 1 – 2 cm → biópsia se o diagnóstico é considerado importante (casos de dúvida) Lesão > 2 cm → Imagem característica de carcinoma hepatocelular → Não precisa de biópsia para confirmar • CRITÉRIOS MILÃO PARA TRANSPLATE HEPÁTICO: São critérios para indicar transplante hepático - Tumor ≤5 cm - Até 3 tumores ≤3 cm - Sem doença extrahepática - Cintilografia Óssea - Tomografia de Tórax • CRITÉRIOS PARA HEPATECTOMIA: São critérios para indicar ressecção hepática, onde retira os lobos lesionadas do fígado → 3º lobo + comum -Lesões únicas - Sem hipertensão porta (Ascite, varizes de esôfago) - Plaquetas > 100.000 • TRATAMENTO: - Tratamento paliativo → não-cirúrgico em casos paliativos (quimioembolização, ablação por radiofrequência, alcoolização percutânea), - Tratamento cirúrgico → através de HEPATECTOMIAS ou TRANSPLANTE HEPÁTICO. 5)METASTASE HEPÁTICA - Múltiplas lesões - Metástase no fígado é sempre secundária a um carcinoma primário do trato gastrointestinal e mamas - Neoplasia 1ª + frequente que causam metástase do fígado (cólon, estomago, pâncreas, mamas e pulmão) METÁSTASES HIPOVASCULARES: + comum; - Melhor visualizada na fase portal do exame (TC contrastado) - Geralmente derivada de tumores GI (cólon e reto) • Tratamento cirúrgico: RESSECÇÃO CIRÚRGICA (3º lobo + comum) NÓDULOS MALIGNOS DO FÍGADO: COLANGIOCARCINOMA INTRA-HEPÁTICO: - Raro, tem origem em pequenos ductos biliares; tem correlação com doenças inflamatórias intestinais; malformações congênitas; eleva CA 19-9 (marcador tumoral para identificar câncer de pâncreas) • Diagnóstico: USG → Hiperecogênico; RNM → Hipersinal em T2, pode ter cicatriz central, pode ter realce na fase arterial, com isossinal na fase tardia. RESUMINDO LESÕES HEPÁTICAS: LESÕES DO PÂNCREAS: TUMORES PERIAMPULARES: - Neoplasias que surgem na proximidade da Ampola de Vater (máximo 2 cm da ampola duodenal): da cabeça do pâncreas, do duodeno, do ducto biliar comum (colédoco) distal ou dos próprios constituintes da ampola. - Tabagismo é o principal fator de risco; -Icterícia obstrutiva é o principal sintoma - Sinal de Courvoisier (vesícula biliar palpável e indolor em paciente ictérico) • Diagnóstico: USG + TC CPRE (Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica)→ é o estudo endoscópico mais confiável para identificação do tumor, realização da biópsia e descompressão da ampola – padrão ouro *Apesar do US ser o primeiro teste em pacientes apresentando icterícia obstrutiva, normalmente, ela não visualiza o tumor. TC visualiza pâncreas e estruturas adjacentes; • Tratamento não cirúrgico: São indicados para pacientes que não podem passar por cirurgia, ablação por laser e terapia fotodinâmica, promovendo efeito paliativo sobre os sintomas, mas não curativo; • Tratamento cirúrgico: PANCREATODUODENECTOMIA ou CIRURGIA DE WHIPPLE (Duodenopancreatectomia) BENIGNAS: • Cistos hepáticos; • Hemangiomas hepáticos; • Adenomas; • Hiperplasia Nodular Focal; MALIGNAS: • Carcinoma hepatocelular; • Colangiocarcinoma; • Tumores secundários (metastáticos). HEPATITE AGUDA/ INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA AGUDA / CIRROSE: FISIOLOGIA DO FÍGADO: - Metabolismo da bilirrubina - 80% destruição eritrócitos maduros -20% destruição prematura em baço e medula (eritrócitos) PRODUÇÃO DA BILIRRUBINA • Captação: a bilirrubina formada a partir da degradação do grupo heme das hemácias é captada pelos hepatócitos. Essa bilirrubina é ligada à albumina para ser transportada pelo sangue, já que é insolúvel, sendo denominada BILIRRUBINA INDIRETA (não conjugada). • Conjugação: dentro do hepatócito a bilirrubina é convertida em um composto solúvel pela enzima glucoroniltransferase, sendo denominada BILIRRUBINA DIRETA (conjugada). • Excreção: a bilirrubina é excretada no lúmen intestinal e é metabolizada por bactérias formando o urobilinogênio. Uma parte desse composto é reabsorvida e excretada na urina e o restante é excretado nas fezes dando a coloração característica (escura). HEPATITE AGUDA: • Definição: Processo inflamatório que acomete o parênquima hepático de forma difusa, causando variáveis graus de necrose hepática associado a alterações da função hepática. - Duração menor que 3 meses - Evolução para formas graves → INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA AGUDA • Causas: • Manifestações clínicas: Fase anictérica - assintomáticas (formas graves e fulminantes): - Náuseas, Vômitos, fadiga, febre baixa, artralgia e cefaleia - Duração habitual (1 a 14 dias) Formas ictérica Hepatite Alcóolica: Presença de febre, dor abdominal e icterícia Insuficiência Hepática Aguda Grave - lesão hepática significativa: - Coagulopatia e Encefalopatia Hepática 3 evoluções distintas: hiperaguda, aguda e subaguda • Fatores de risco: - Hepatites Virais (relações sexuais desprotegida, uso de drogas injetáveis, tatuagens, transfusão de sangue, região amazônica) - Medicamentos uso crônico (paracetamol, AINHs, chás) - Isquemia (hipotensão, choque, arritmias) -Febre amarela, dengue, malária, doenças biliares • Diagnóstico Clínico: Exame físico: - Icterícia, acolia fecal (fezes claras), colúria (urina escura), hepatomegalia, esplenomegalia, edema - Estado mental, investigar ENCEFALOPATIA HEPÁTICA → CRITÉRIOS DE WEST HAVEN INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA AGUDA: • Definição: doença hepática aguda associada a encefalopatia e coagulopatia, que ocorre dentro de 26 semanas após a lesão hepática inicial, na ausência de uma doença hepática preexistente. • Causas: - Ingesta deliberada de paracetamol - Hepatite autoimune, medicamentosa ou infecção por vírus A e B • Diagnóstico: - Laboratoriais: Integridade dos hepatócitos → ALT, TGP, TGO, DHL Função biliar (excreção)→ Bilirrubina total (direta + indireta), ácidos biliares, fosfatase alcalina (FA), GGT Função da síntese dos hepatócitos → Albumina, fatores de coagulação, TP (tempo de protrombina), amônia sérica Sorologia para hepatites virais (IgM, igG) - Exames de imagem: USG abdome superior + RNM + TC abdome CIRROSE HEPÁTICA DESCOMPENSADA: • Definição: Estágio final da hepatopatia crônica, processo difuso caracterizado por fibrose e formação de nodulações hepáticas, processo irreversível. • Complicações: -Hipertensão portal (ascite, síndrome hepatorrenal, peritonite encefalopatia) - Insuficiência hepática (icterícia, encefalopatia) CASO CLÍNICO PARA ESTUDO (revisando) • Hipóteses diagnósticas: - Encefalopatia hepática grau II - Hipertensão portal (ascite, peritonite bacteriana) - Desidratação (hipovolemia secundária aos diuréticos) - Insuficiência hepática (icterícia) • Conduta: - Acesso venoso, coleta de exames para rastreio infeccioso, bioquímico e metabólico. - Paracentese de alívio + diagnóstica (drenagem do líquido – ascite) - Reposição de Albumina 6-8g/L de ascite drenada - Avaliar Início de Antibioticoterapia com Cefalosporinas - Restrição de ingesta de sal e ajuste de proteína ESÔFAGO E ESTÔMAGO ACALASIA - Distúrbio motor esofagiano com perda no plexo mioentérico de neurônios inibitórios, que contém polipeptídio intestinal vasoativo e óxido nítrico sintetase (responsáveis pelo relaxamento da musculatura lisa do EIE). -A destruição dos plexos nervosos intramurais do esôfago é IRREVERSÍVEL, tratamento conservador apenas alivia sintomas. • Manifestações clínicas: Disfagia (dificuldade de engolir), regurgitação, soluços, halitose, perda de peso, pneumonia por aspiração, pirose e dor torácica (comum nas fases iniciais da acalasia). Acalasia primária (idiopática): fenômeno autoimune em resposta a antígenos desconhecidos; Acalasia secundária: invasão e destruição dos plexos mioentéricos de Auerbach e Meissner pelo Trypanosoma Cruzi, protozoário causador da doença de Chagas, gerando falha/espasmo de relaxamento do EEI (esfíncter esofágico inferior). MEGAESÔFAGO - Megaesôfago é a dilatação do esôfago em consequência da acalasia. A obstrução à passagem do bolo alimentar, aumento da pressão no interior do corpo do esôfago e retenção do material não digerido, pode causar um remodelamento do esôfago; • Manifestações clínicas: Dilatação e aumento do órgão, ausência de peristaltismo, presença de contrações terciárias e o não relaxamento total ou parcial do esfíncter inferior. Essas alterações podem ocasionar diversos sintomas, especialmente disfagia. • Diagnóstico: ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA (EDA) (diagnóstico + biópsia) : - Estágio avançados: esôfago dilatado com saliva retida ou resíduo alimentar, alterações de estase na mucosa e, ocasionalmente, a presença de candidíase; - Pseudoacalásia é resultado de tumores da junção esôfago gástrica e simula a acalásia clássica; RX CONTRASTADO: Esôfago distal afunilado com configuração de “bico de pássaro” ESOFAGOMANOMETRIA (Exame diagnóstico para acalasia) – avalia a capacidade de relaxamento do EIE (esfincter inferior esofágico), durante a deglitição. MANOMETRIA ALTA RESOLUÇÃO (MAR): Análise do corpo do esôfago permitiu a classificação da acalásia em três subgrupos ou variantes pela classificação de Chicago (presença ou não de pressurização no corpo do esôfago e pela presença de contrações espásticas); Classificação manométrica de Chicago para acalasia: • TRATAMENTO CONSERVADOR DE ACALÁSIA E MEGAESÔFAGO: - Farmacológico com nitratos → Nitratos (reduzem a pressão do EEI dentro de 15 min); bloqueadores dos canais de cálcio (nifedipino) Os efeitos colaterais como hipotensão, tontura e dores de cabeça limitam o uso desses agentes; - BOTOX (via endoscópica) - Tratamento conservador definitivo: Dilatação pneumática → Tem por objetivo romper as fibras musculares do EEI, reduzindo sua pressão e, portanto, a obstrução funcional do esôfago) • TRATAMENTO CIRÚRGICO MEGAESÔFAGO: + utilizada técnica de HELLER-PINOTTI é o procedimento mais utilizado ESOFAGECTOMIA está indicada nos estágios avançados da doença → em casos de lesões pré- malignas, falha no tratamento cirúrgico conservador - recorrência ou não melhora da disfagia após esofagocardiomiotomia e nas situações de lesão iatrogênica do esôfago; Cirurgia de Serra Dória (Anastomose esôfago- gástrica) CÂNCER DE ESÔFAGO: + comum em homens > 60 anos • Manifestações clínicas: disfagia rapidamente progressiva (sólidos, pastosos, líquidos), odinofagia, sialorreia, regurgitação, hematêmese (vômitos com sangue), caquexia (perda de peso e deficiência nutricional). • Fatores de risco: tabagismo, etilismo, más condições de higiene oral, uso crônico de bebidas quentes, acalásia ou megaesôfago avançado, lesão cáustica do esôfago e esôfago de Barrett; • Diagnóstico: ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA (EDA) (diagnóstico + biópsia) RX CONTRASTADO ESÔFAGO-ESTÔMAGO- DUODENO (EDD -Após o diagnóstico, estadiamento com TC ou tomografia por emissão de pósitrons (PET) para avaliar a presença de doença metastática. • TIPOS HISTOLÓGICOS E LOCALIZAÇÃO: • 70% - Carcinoma espino-celular (CEC) • 30% - Adenocarcinoma (relação c/ DRGE e Barrett) 1) CARCINOMA ESPINOCELULAR - Surge do epitélio escamoso nativo do esôfago; -Inflamação crônica devido a exposições ambientais causa progressão para displasia e, eventualmente, alteração maligna; - Principalmente no esôfago torácico Neoplasias espinocelulares têm 4 tipos de apresentações patológicas macroscópicas: 2) ADENOCARCINOMA DO ESÔFAGO (+ grave, risco de degeneração maligna) - Agressivo, com invasão transmural frequente e disseminação linfática (linfonodos do hilo esplénico); - Surge de áreas onde o epitélio escamoso é substituído por epitélio metaplásico colunar (esôfago de Barrett), geralmente devido à presença de refluxo gastroesofágico - Esôfago de Barrett → metaplasia epitelial colunar substituindo a mucosa escamosa distai atribuída à exposição prolongada ao refluxo gastroesofágico; Classificação do adenocarcinoma da junção esofagogástrica (Siewert et al.) Siewert tipo I ou adenocarcinoma do esôfago distal, o epicentro do tumor é identificado dentro de 1 a 5 cm acima da JEG anatômica; Siewert tipo II ou carcinoma verdadeiro da cárdia, o epicentro é identificado dentro de 1 cm acima e 2 cm abaixo da JEG; Siewert tipo III, o epicentro é identificado entre 2 e 5 cm abaixo da JEG, infiltrando a JEG e o esôfago distal por baixo • Diagnóstico: - RX tórax / TC abdômen / Broncoscopia / Eco endoscopia ou USG endoscopia • ESTADIAMENTO: - Estádios I e II: doença ressecável - Estádio III: ressecabilidade curativa difícil - Estádio IV: doença não-ressecável e incurável (T) – tumor primário (N) – nódulos linfáticos regionais (M)- metástase à distância • TRATAMENTO CIRURGICO: - Tumor precoce → ESOFAGECTOMIA -Tumor não-avançado → ESOFAGECTOMIA+ QUIMIOTERAPIA/RADIOTERAPIA - Tumor avançado: Ressecável: ESOFAGECTOMIA+ QUIMIOTERAPIA/RADIOTERAPIA Irressecável ou inoperável: QUIMIOTERAPIA/RADIOTERAPIA • TRATAMENTO NÃO CIRURGICO (PALIATIVO): - Sonda de Dobbhoff (nutrição enteral) NEOPLASIAS DO ESTÔMAGO: + comum é o adenocarcinoma + comum em homens ADENOCARCINOMA GÁSTRICO Fatores de ricos: Exógenos (H.pylori, dieta defumada, tabagismo e etilismo) Endógenos (genética, anemia perniciosa, obesidade, pólipos gástricos, gastrite atrófica, Gastrectomia) • Manifestações clínicas: - Perda de peso, dor abdominal, náusea, anorexia, disfagia, melena, saciedade precoce, epigastralgia; Sintomas iniciais são inespecíficos e incluem náusea e dor epigástrica. Como resultado, a maioria dos cânceres são diagnosticados em estágios avançados; - Exame físico: Linfonodomegalia supraclavicular esquerdo – nódulo de Virchow; Toque retal – prateleira de Blumer; Infiltração linfonodal – nódulo da irmã Mary Joseph; - Exames de sangue: hemograma completo, eletrólitos e testes de função hepática; • Diagnóstico: -EDA (endoscopia digestiva alta) com múltiplas biópsias Classificação de Lauren (classificação microscópica):. - TIPO DIFUSO: Principal causa é o déficit de expressão da proteína E-caderina (proteína que proporciona adesão entre células, a qual é expressada pelo gene CDH1; a perda da adesão celular facilita a evolução da neoplasia - TIPO INTESTINAL: Alterações genéticas que implicam no aumento da via de sinalização do Wnt - > perda de função do gene supressor de tumor APC (regula a proliferação celular por meio do controle da βcatenina, uma proteína que, no núcleo da célula, estimula a proliferação celular, proporcionando o desenvolvimento tumoral). • ESTADIAMENTO: USG + TC abdômen + Laparoscopia (avaliar se existe metástase) • TRATAMENTO: Curativo → GASTRECTOMIA CURATIVA + QUIMIOTERAPIA Paliativo → GASTRECTOMIA PALIATIVA + GASTROENTEROANASTOMOSE + QUIMIOTERAPIA LINFADENECTOMIA Tipos de ressecção: R0: ressecção incompleta dos gânglios linfáticos perigástricos R1: ressecção completa de todos os gânglios linfáticos perigástricos R2: ressecção completa de todos os gânglios linfáticos perigástricos e de todos os gânglios linfáticos que acompanham as artérias que nutrem o estômago R3: R2 + ressecção completa de todos os gânglios linfáticos que acompanham o tronco celíaco R4: R3 + ressecção completa de todos os gânglios linfáticos para-aórticos GIST (TUMOR ESTROMAL GASTROINTESTINAL) - Os tumores malignos do trato gastrointestinal - Acomete estomago e intestino delgado - Tumor mesenquimal, isso é, que tem origem em um tecido conjuntivo. Provenientes das células intersticiais de Cajal (marca-passo do sistema digestivo) • Diagnóstico: Exame clínico, EDA, TC e imunohistoquímica; • TRATAMENTO: RESSECÇÃO cirúrgica é o padrão DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO (DRGE) - Disfunção do esfíncter esofágico inferior - Fatores de risco: Ganho de peso, alimentos gordurosos, bebidas cafeinadas e gasosas, álcool, tabagismo, medicamentos (antihistamínicos, bloqueadores dos canais de cálcio, progesterona e nitratos); • Manifestações clínicas: Típicos: azia (queimação atrás do esterno) e regurgitação (disfagia e dor torácica) Atípicos: dispepsia, dor epigástrica, náusea, distensão abdominal e eructação Extraesofágicos: tosse crônica, asma e sintomas na garganta, incluindo distúrbios crônicos da voz e laringite; • Complicações: - Esofagite, esofagite erosiva, estenose esofágica e esôfago de Barret; • Diagnóstico: Endoscopia com biópsia; se normal, pHmetria esofágica; • TRATAMENTO: Inibidores da bomba de prótons ou, às vezes, bloqueadores de histamina-2; dilatação das áreas estreitadas; FUNDOPLICATURA (NISSEN) TRAUMA ABDOMINAL FECHADO/ PENETRANTE: TRAUMA ABDOMINAL FECHADO: - O trauma abdominal fechado é uma das emergências mais comuns no serviço de saúde. - Estrutura + danificadas: Parede abdominal, vísceras sólidas (fígado, baço, pâncreas, rins); Víscera oca (estômago, intestino delgado, cólon, ureteres, bexiga); Sistema vascular. - Devemos saber o mecanismo de lesão, pois facilita a identificação precoce de possíveis lesões. - A investigação inicial do trauma abdominal fechado é a sequência do ABCDE, buscando primeiramente a estabilização do paciente. - Presença de hipotensão/sinais de choque de origem desconhecida pode ser um indicativo de sangramento intra-abdominal ou retroperitonial. -Traumas abdominais a dor abdominal não é algo tão alarmante, pois todas as lesões na parede abdominal são dolorosas. Já a distensão abdominal é alarmante, pois pode ser indício de uma hemorragia grave. • Diagnóstico: • 1º exame FAST é USG (para avalição de líquido na cavidade intraperitoneal) – avalia 4 focos abdominais: - Janela subxifoidiana/pericárdica; - Espaço hepatorrenal; - Espaço esplenorrenal; - Janela suprapúbica ou bolsa de Douglas nas mulheres. • TC (padrão ouro) + USG • Manifestações clínicas: Distensão abdominal, equimoses TRAUMA ABDOMINAL PENETRANTE: - Podem ou não perfurar o peritônio e, se perfurarem, podem não afetar nenhum órgão. - Armas brancas, Armas de fogo, Atropelamentos, acidente de trabalho equipamentos cortantes. - Ferimento por arma branca (faca) - pode ser feito uma laparotomia branca, ou seja, laparotomia exploratória, pois. Pode ou não ter perfurado algum órgão. - Ferimento por arma de fogo - sempre laparotomia - Trauma fechado ou penetrante pode lacerar ou romper as estruturas intra-abdominais • COMPLICAÇÕES: consequências tardias da lesão abdominal - Ruptura de hematoma: os hematomas na parede intestinal são perfurados, normalmente em 48 a 72 h após a lesão, liberando conteúdo intestinal e causando peritonite, mas sem causar hemorragia significativa - Abcessos intra-abdominais: o resultado da perfuração não detectada de alguma víscera oca, mas pode ser uma complicação da laparotomia. Piora constante da dor no primeiro dia sugere perfuração de víscera oca ou, se depois de vários dias, formação de abscessos, principalmente quando acompanhada de febre e leucocitose, - Obstrução intestinal ou do íleo: Bridas - aderência recorrentes aos hematomas após um trauma abdominal (obstrução intestinal é uma complicação da laparotomia exploratória e não do trauma penetrante) - Extravasamento biliar - Síndrome compartimental abdominal: Causa um desconforto respiratório, instabilidade hemodinâmica - risco iminente de morte. Ocorre um aumento da pressão intra-abdominal (Maior que 20 mmHg), causando dor, disfunção e isquemia nos órgãos. Diminuição do débito urinário, insuficiência respiratória e ou hipotensão, principalmente se houver tensão ou distensão abdominal • Diagnóstico: TC (padrão ouro) + USG • Manifestações clínicas: dor abdominal leve, dor da lesão esplênica pode irradiar para o ombro esquerdo - Durante a observação, os pacientes devem ser examinados várias vezes ao dia (de preferência pelo mesmo examinador), e o hemograma completo é feito, tipicamente a cada 6 horas, avaliação procura identificar hemorragia e peritonite. • TRATAMENTO PARA TRAUMA ABDOMINAL: - LAPAROTOMIA EXPLORATÓRIA em casos de → Peritonite; Instabilidade hemodinâmica por trauma abdominal penetrante; Ferimentos por arma de fogo (a maioria); Evisceração. Pode-se obter o fechamento temporário com um sistema fechado de sucção a vácuo, usando compressas, drenos e grandes curativos biológicos oclusivos, ou utilizando um curativo comercialmente disponível por pressão abdominal negativa (curativo a vácuo de pressão negativa - diminuindo a pressão intra abdominal, ajudando no processo de cicatrização). -REANIMAÇÃO VOLÊMICA INTRAVENOSA → com cristaloides, ou seja, soro fisiológico a 0,9% ou solução de Ringer-lactato PROPEDÊUTICA VASCULAR: TROMBOSE VENOSA PROFUNDA (TVP) • Pulso: femoral, poplíteo, tibial anterior, tibial posterior • Paciente após cirurgia torácica + ventilação mecânica pode desenvolver pneumonia no pós-operatório. • Em casos de TEP - tromboembolismo pulmonar (fazer anticoagulação sistêmica. • Precisamos saber quais os critérios para contraindicar o anticoagulante em casos de TVP e TEP. • Pacientes jovens com casos de TVP (baixa- da veia ilíaca para baixo), é possível fazer o tratamento ambulatorial com anticoagulante via oral (xerelto). • Tríade de Virchow: Estase sanguínea/ lesão endotelial/ Hipercoagulabilidade. • Sistema Venoso: Sistema superficial (safena, colaterais e tributais) ; sistema profundo ; sistema perfurante liga o sistema superficial e profundo. (Sinal de Patt - dilatação das veias superficiais) • Sinais e sintomas : Dor, edema, aumento consistência muscular, dor à palpação muscular (sinal de Moses); cianose. • Critérios de Weels:
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