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CCJ0009-WL-RA-04-TP na Narrativa Jurídica-Polifonia e Intertextualidade _17-08-2012_

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Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Teoria e Prática da Narrativa Jurídica 
Prof.: Francysco Pablo Feitosa Gonçalves 
Disciplina: 
CCJ0009 
Aula: 
004 
Assunto: 
Polifonia e Intertextualidade 
Folha: 
1 de 7 
Data: 
17/08/2012 
 
MD/Direito/Estácio/Período-02/CCJ0009/Aula-004/WLAJ/DP 
Plano de Aula: 4 - Teoria e Prática da Narrativa Jurídica 
TEORIA E PRÁTICA DA NARRATIVA JURÍDICA 
Título 
4 - Teoria e Prática da Narrativa Jurídica 
Número de Aulas por Semana 
Número de Semana de Aula 
4 
Tema 
Modalização e questões gerais de norma culta aplicadas à linguagem jurídica. 
Objetivos 
O aluno deverá ser capaz de: 
- Aplicar, na produção do texto narrativo valorado, as estratégias modalizadoras; 
- Compreender o fenômeno narrativo não como manipulação da verdade (problema de ética), mas como 
construção de uma versão verossímil dos fatos; 
- Reescrever fragmentos de textos jurídicos que apresentem problemas de norma culta no tocante à linguagem 
forense. 
Estrutura do Conteúdo 
1. Narrativa jurídica valorada. 
1.1. Uso de modalizadores. 
1.2. Verossimilhança e diferentes versões dos fatos. 
2. Português jurídico e questões gerais de norma culta. 
2.1. Uso dos conectores “eis que”, “de vez que”, “vez que” e “posto que”. 
2.2. Uso de “ocorre que” e “inobstante”. 
2.3. Pontuação nas orações subordinadas adjetivas e produção de sentido no discurso jurídico. 
2.4. Regras gerais para o registro dos dispositivos legais. 
2.5. Uso de estrangeirismos. 
2.6. Uso de letras maiúsculas nos termos que se referem às partes (autor, réu, requerente, requerido etc.). 
2.7. Uso de “através de”. 
2.8. Uso de abreviações e a questão de “a fls.” e “de fls.” 
2.9. Uso dos pronomes “esse” e “este”. 
2.10. Uso de “o mesmo” e “onde”. 
Aplicação Prática Teórica 
A modalização consiste na atitude do falante em relação ao conteúdo objetivo de sua fala. Um dos 
elementos discursivos mais empregados na modalização consiste na conveniente seleção lexical. De fato, em 
muitos casos, uma mesma realidade pode ser apresentada por vocábulos positivos, neutros ou negativos, tal 
como ocorre em: sacrificar / matar / assassinar; compor / escrever / rabiscar; cidadão / réu / assassino. 
Dessa forma, uma leitura eficiente deve captar tanto as informações explícitas quanto as implícitas. 
Portanto, um bom leitor deve ser capaz de “ler as entrelinhas”, pois, se não o fizer, deixará escapar significados 
importantes, ou pior ainda, concordará com idéias ou pontos de vista que rejeitaria se os percebesse. Assim, para 
ser um bom produtor de texto jurídico, é necessário que o emissor esteja apto a utilizar os recursos disponíveis na 
língua a serviço da modalização. 
Não se trata de mentir ou manipular, o que constituiria verdadeiro problema de ética profissional e humana. 
Trata-se, isso sim, de construir versões verossímeis sobre como se desenvolveu a lide. 
Leia o texto a seguir, disponível na Internet, sobre a ocupação, pela Polícia e pelas Forças Armadas, do 
conjunto de favelas do alemão, no Rio de Janeiro, em novembro de 2010. 
ESPERAMOS ANSIOSAMENTE QUE, APÓS A INVASÃO POLICIAL, 
O GOVERNO DO ESTADO ANUNCIE A INVASÃO SOCIAL 
"Atenção moradores do Alemão e da Vila Cruzeiro, a partir de hoje iniciaremos a construção de unidades 
hospitalares com medicos 24 horas, a construção de escolas profissionalizantes e de incubadoras industriais para 
geração de empregos; criaremos unidades de alfabetização e de formação em ensino primário, o mesmo vale para 
as outras comunidades ‘pacificadas’". 
 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Teoria e Prática da Narrativa Jurídica 
Prof.: Francysco Pablo Feitosa Gonçalves 
Disciplina: 
CCJ0009 
Aula: 
004 
Assunto: 
Polifonia e Intertextualidade 
Folha: 
2 de 7 
Data: 
17/08/2012 
 
MD/Direito/Estácio/Período-02/CCJ0009/Aula-004/WLAJ/DP 
Esperamos ansiosamente esse anúncio, que logicamente deveria ser dado em seguida à ocupação. Afinal, 
fala-se muito nessa ação do poder do Estado. Que tipo de poder? Afinal, o único poder do Estado é a 
força? Certamente tem o poder também de promover a inclusão social que dê um pouco de esperança aos 
que são obrigados a viver no morro! 
(Adaptado de texto disponível em: http://dineymonteiro.nireblog.com/post/2010/11/28/ 
comecou-a-invasao-do-alemao. Acesso em: 10 de dezembro de 2010) 
 
Questão 1 
Após a leitura do texto, faça uma análise das estratégias modalizadores que são observadas. 
 
Questão 2 
Leia os fragmentos adiante e reescreva-os, adequando-os à norma culta da Língua Portuguesa. 
 
A) Os autos foram apensados aos da medida cautelar de sustação de protesto, através do qual a autora logrou a 
sustação liminar do protesto. 
B) Insta salientar que a informante Ana Buarque, secretária do demandante, não narra qualquer humilhação que 
este tenha sofrido, até mesmo porque era a depoente que ia ao 7º Ofício de Imóvel tentar resolver a pendência, 
ora sozinha, ora em companhia da Dra. Maria dos Milagres. 
C) A culpa, em sede penal, precisa ser demonstrada. 
D) O advogado apelou, sob a alegação de que o magistrado desconsiderou os documentos de fls. 30-34, os quais, 
por certo, comprovarão a obrigação do réu. 
E) O consumidor, que é hipossuficiente, faz jus à inversão do ônus da prova. 
F) É inadmissível inovar o pedido em sede de recurso, visto que não se pode recorrer do que não foi objeto de 
discussão e decisão em primeira instância (RT 811/282). 
G) A contestante opõe-se apenas a esse item: o pedido de renovação, pois pretende a retomada para uso próprio, 
posto que seu objeto social é muito mais amplo do que o da Autora. 
H) Incumbia à autora provar os fatos, através de perícia, que deve ser tempestivamente requerida ao magistrado. 
I) Considerando que os meios de verificação das chamadas telefônicas são informatizados e, inobstante 
suscetíveis de inúmeras falhas, não resta configurada, in casu, a abusividade que ensejaria a devolução em 
dobro. 
J) Antes de entrar no elevador, verifique se o mesmo encontra-se neste andar (Lei/DF Nº 3212 de 30.10.03) 
L) Todavia, o registro lhe foi negado, sem o menor fundamento, posto que conforme certidão de ônus reais do 
imóvel, emitida em 22/06/2010, o imóvel estava livre de impedimentos. 
M) Ocorre que outra indisponibilidade foi averbada no dia 11/09/2008 e, mais uma vez, o Autor precisou ingressar 
com demanda para cancelamento do gravame, o que aconteceu em 04/05/2010. 
N) Leia atentamente os fragmentos abaixo. marque a letra correspondente à alternativa correta quanto ao registro 
dos dispositivos legais. 
a) “A inobservância dos incisos I e II do artigo 226 do Código Penal, não gera a nulidade dos autos de 
reconhecimento.” 
b) “Tal regramento regimental afeiçoa-se, dando-lhe aplicação aos arts 96, I, a e 125 § 1o, da Constituição da 
República Federativa do Brasil.” 
c) “O recorrente alegou que fora contrariada a literalidade do art. 485 IV e V c/c os arts 295, I, p. ú., II e III, e 267, I 
e IV, do CPC.” 
d) “O MP denunciou Xênio Zamir por atitude comportamental subsumida no art.121, § 2º, II e IV c/c o art. 61, II, ‘e’ 
do CP.” 
 
 
==XXX== 
 
 
RESUMO DE AULA (WALDECK LEMOS) 
 
4ª AULA – Polifonia e Intertextualidade 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Teoria e Prática da Narrativa Jurídica 
Prof.: Francysco Pablo Feitosa Gonçalves 
Disciplina: 
CCJ0009 
Aula: 
004 
Assunto: 
Polifonia e Intertextualidade 
Folha: 
3 de 7 
Data: 
17/08/2012 
 
MD/Direito/Estácio/Período-02/CCJ0009/Aula-004/WLAJ/DP 
 
Polifonias: 
 
-Citação Direta: ou Perífrase. 
-Citação Direta com até 03 linhas: Citação curta => só colocar entre aspas. 
-Citação Direta com 04 linhas ou mais: Fonte menores, espaçamento 5 e recuo 
 
Citação Indireta: ou Parafrase. Só precisa escrever e não deturpar a idéia do autor central. 
 
Devemos usar a A.B.N.T. nas Petições? 
Nas Petições temos liberdade maior e não precisa usar a A.B.N.T. 
 
Reprodução Ideológica de Conteúdos 
 
 
P/P/Aula Responder: Trabalho-01. 
FAZER Ler: Capítulo: Modalizadores – Néli Luiz Cavalieri Fetzner,do livro Interpretação e Produção de 
Textos Aplicadas ao Direito (Néli Luiz Cavalieri Fetzner). 
FAZER Ler: Capítulo: A Polifonia na Narrativa Jurídica – Néli Luiz Cavalieri Fetzner, do livro Interpretação e 
Produção de Textos Aplicadas ao Direito (Néli Luiz Cavalieri Fetzner). 
TRABALHO PARA AV1 
 
TEORIA E PRÁTICA DA NARRATIVA JURÍDICA 
 
NARRATIVA 1: 
 
SÃO PAULO - Em março de 1994, vários órgãos da imprensa publicaram uma série reportagens sobre 
seis pessoas que estariam envolvidas no abuso sexual de crianças, todas alunas da Escola Base, localizada no 
bairro da Aclimação, na capital. Os seis acusados eram os donos da escola Ichshiro Shimada e Maria 
Aparecida Shimada; os funcionários deles, Maurício e Paula Monteiro de Alvarenga; além de um casal de pais, 
Saulo da Costa Nunes e Mara Cristina França. 
 
(Adaptado de http://oglobo.globo.com/sp/mat/2006/11/13/286621871.asp). 
 
01 - A narrativa 1 é simples ou valorada? Justifique (caso entenda que ela é valorada 
identifique em favor de quem ou de que tese o narrador se posiciona). 
 
RESPOSTA: A Narrativa é Simples. Ela é uma narrativa sem compromisso de representar qualquer das partes. 
Apresentando todo e qualquer fato importante para a compreensão da lide, de forma imparcial. 
 
NARRATIVA 2: 
 
Março de 1994. A Escola de Educação Infantil Base, em São Paulo, sofre uma denúncia de abuso sexual 
contra menores. Mães desesperadas de alunos contatam a Rede Globo. Dá-se início ao escândalo que mais 
marcou a imprensa brasileira nos últimos 15 anos. 
Durante dois meses, jornais, revistas, emissoras de rádio e tevê publicaram rotineiramente notícias sobre o 
Caso Escola Base apontando seis pessoas (dentre elas. pais de alunos e os donos da escola) como, 
indubitavelmente, culpadas. Toda a acusação baseou-se em fontes oficiais, além de pais de alunos e vizinhos da 
escola. Sem nenhuma investigação ou prova concreta os envolvidos no caso foram estampados como monstros. 
A história toda foi noticiada de forma bastante parcial e distorcida, mas muito enfaticamente. O resultado? 
Linchamento social dos acusados, depredação de suas moradias e da escolinha além de muito falatório. 
Transcorridos os dois meses o inquérito foi arquivado com a conclusão de que os acusados eram todos 
inocentes. Friso: todos inocentes. Ficou nas mãos da mídia, a contadora da história, limpar o entulho 
esparramado pelos corredores da escolinha. Nunca a imprensa brasileira foi tão criticada (incluo aqui auto-
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Teoria e Prática da Narrativa Jurídica 
Prof.: Francysco Pablo Feitosa Gonçalves 
Disciplina: 
CCJ0009 
Aula: 
004 
Assunto: 
Polifonia e Intertextualidade 
Folha: 
4 de 7 
Data: 
17/08/2012 
 
MD/Direito/Estácio/Período-02/CCJ0009/Aula-004/WLAJ/DP 
criticada) como no Caso Escola Base. 
O mínimo que se espera de um jornalismo relevante e confiável é a apuração dos dados. Em um trabalho 
investigativo, ou tratando assuntos delicados, é mais que necessária a apuração precisa das informações. Escutar 
os dois lados do fato, por exemplo, é imprescindível. No entanto, a ânsia pelo furo jornalístico, pela notícia de 
capa - pelo escândalo - acaba falando mais alto que a ética. 
Presenciamos a era do entretenimento na qual a transgressão é prato cheio de qualquer meio de 
comunicação que mede sua aceitação através de vendas, ibope, enfim, através do alcance de seu produto. 
 
(Adaptado de http://curiofisica.com.br/noticias/caso-escola-base). 
 
2 - A narrativa 2 é simples ou valorada? Justifique (caso entenda que ela é valorada 
identifique em favor de quem ou de que tese o narrador se posiciona). 
 
RESPOSTA: A Narrativa é Valorada. Ela é uma narrativa marcada pelo compromisso de expor os fatos de acordo 
com a versão de uma das partes (Valorando, no caso em pro dos acusados, como observado no 3° parágrafo 
“Friso: todos são inocentes... Nunca a imprensa brasileira foi tão criticada (incluo aqui auto-criticada) como no 
Caso Escola Base” o que se representa como um juízo de valor. O Narrador se posiciona em favor dos acusados 
(seis pessoas, dentre elas, pais de alunos e os donos da escola), baseando sua tese de que os mesmos foram 
acusados injustamente, fato comprovado posteriormente com a inocência dos mesmos. 
 
03 - Suponha que os donos da Escola base lhe procuraram a fim de processar o jornal acima, produza 
a narrativa jurídica valorada da petição inicial ("Dos Fatos"), com base na figura acima e nos textos da 
página anterior. 
-Use pelo menos uma polifonia. 
-Apresente pelo menos um fato favorável ao seu cliente. 
-Use a terminologia adequada para se referir às partes da ação. 
 
RESPOSTA: 
 
Dos Fatos 
 
Em março de 1994 o DEMANDADO publicou várias notícias não condizentes com a verdade, acusando os 
DEMANDANTES de terem realizados abusos sexuais, contra menores, na Escola de Educação Infantil Base, em 
São Paulo. Fato este ocorrido rotineiramente durante dois meses em diversos veículos de comunicação, tais 
como, jornais, revistas, emissoras de rádio e de televisão. 
O DEMANDADO acusou injustamente seis pessoas, além dos DEMANDANTES, também foram acusados 
dois de seus funcionários, o Sr. Maurício Monteiro de Alvarenga e a Sra. Paula Monteiro de Alvarenga, e mais 
dois pais de alunos, o Sr. Saulo da Costa Nunes e a Sra. Mara Cristina França. Todos foram considerados como 
culpados pelo escândalo ocorrido. 
Não houve investigação, o que de certo, não obtiveram provas concretas sobre os envolvidos no caso. 
Logo, toda a acusação foi baseada em fontes oficiais, de vizinhos da escola e de pais dos alunos. Devido à 
distorção e parcialidade da história, ocorreu o linchamento social dos DEMANDANTES e dos outros acusados, 
além da depredação da escola e de suas moradias. 
Transcorridos dois meses, o inquérito foi arquivado com a conclusão de que os acusados eram todos 
inocentes. No entanto, ficou sob a responsabilidade do DEMANDADO limpar todo o prejuízo que causou, pela sua 
apuração totalmente equivocada dos dados. Fato citado pela própria Mídia “Friso: todos inocentes. Ficou nas 
mãos da mídia, a contadora da história, limpar o entulho esparramado pelos corredores da escolinha”. 
Vale ressaltar, que em um trabalho investigativo, é necessário competência e responsabilidade para obter a 
apuração precisa das informações. Entretanto, o DEMANDADO não mostrou capacidade, responsabilidade, 
competência e ética para lidar com os fatos, preocupando-se apenas na notícia de capa e pelo furo jornalístico. O 
que acarretou danos morais e materiais aos DEMANDANTES, pois, os mesmos foram presos, fotografados, 
expostos a todos os tipos de humilhações, além de terem suas vidas destruídas pelas acusações do 
DEMANDADO, que depois, comprovaram-se inverídicas. 
 
 
________________________________ __________________________________ 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Teoria e Prática da Narrativa Jurídica 
Prof.: Francysco Pablo Feitosa Gonçalves 
Disciplina: 
CCJ0009 
Aula: 
004 
Assunto: 
Polifonia e Intertextualidade 
Folha: 
5 de 7 
Data: 
17/08/2012 
 
MD/Direito/Estácio/Período-02/CCJ0009/Aula-004/WLAJ/DP 
Vanessa Carol Ferreira Silva Waldeck Lemos de Arruda Junior 
 
 
 
 
 
==XXX== 
 
 
RESUMO DE AULA (PROFESSOR - AULA MAIS - ESTÁCIO) 
 
4ª AULA – Modalização e questões gerais de norma culta 
 
Teoria e Prática da Narrativa Jurídica 
Professor Nelson Tavares 
Aula 04 
 
Modalização: 
 
A modalização consiste na atitude do falante em relação ao conteúdo objetivo de sua fala. Um dos 
elementos discursivos mais empregados na modalização consiste na conveniente seleção lexical. De fato, em 
muitos casos, uma mesma realidade pode ser apresentada por vocábulos positivos, neutros ou negativos, tal 
como ocorre em: sacrificar / matar / assassinar; compor / escrever / rabiscar; cidadão / réu / assassino. 
Dessa forma, uma leitura eficiente deve captar tanto as informações explícitas quanto as implícitas. 
Portanto, um bom leitor deve ser capaz de “ler as entrelinhas”,pois, se não o fizer, deixará escapar significados 
importantes, ou pior ainda, concordará com idéias ou pontos de vista que rejeitaria se os percebesse. Assim, para 
ser um bom produtor de texto jurídico, é necessário que o emissor esteja apto a utilizar os recursos disponíveis na 
língua a serviço da modalização. 
Não se trata de mentir ou manipular, o que constituiria verdadeiro problema de ética profissional e humana. 
Trata-se, isso sim, de construir versões verossímeis sobre como se desenvolveu a lide. 
 
Orientações gerais de norma culta aplicadas à linguagem jurídica: 
1) Não há dúvida de que, se os reiterados "através de" forem substituídos, com propriedade, pelas 
preposições "por", "com", "em" ou "de", conforme o caso, a frase ganhará em elegância e vernaculidade. 
2) O uso forense consagrou há muito a locução "a folhas", da mesma forma que também o fez com a 
expressão "de fls.". É freqüente encontrar essa locução como se antes de folhas houvesse também o 
artigo "as" ("às folhas"). Contudo, o correto é dizer "a folhas" da mesma forma que nos referimos a 
"documento de folhas". Vem a propósito a lição de NAPOLEÃO MENDES DE ALMEIDA, que em verbete 
do seu Dicionário de Questões Vernáculas, diz que "a folhas vinte e duas" significa "a vinte e duas folhas 
do início do trabalho", como quem diz "a vinte e duas braças". A respeito do uso da expressão "a fls.", 
convém assinalar que freqüentemente ela trunca desnecessariamente as frases da sentença. Parece 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Teoria e Prática da Narrativa Jurídica 
Prof.: Francysco Pablo Feitosa Gonçalves 
Disciplina: 
CCJ0009 
Aula: 
004 
Assunto: 
Polifonia e Intertextualidade 
Folha: 
6 de 7 
Data: 
17/08/2012 
 
MD/Direito/Estácio/Período-02/CCJ0009/Aula-004/WLAJ/DP 
mesmo às vezes que o juiz, ao prolatar a sentença, está mais voltado para "documentos" e "peças do 
processo" do que para o conteúdo e significado deles. A referência “a fls.” constitui mero expediente para 
facilitar ao leitor da sentença a localização do documento ou peça. Por isso muitas vezes será melhor 
retirar a referência do contexto, colocando-a entre parênteses. 
3) Esse (e variantes) – pronome demonstrativo utilizado para retomar referentes cujas idéias já foram 
apresentadas no discurso. Este (e variantes) – pronome demonstrativo utilizado para indicar idéias que 
ainda serão apresentadas no discurso. 
4) Entre os vícios de linguagem que devem ser combatidos inclui-se o estrangeirismo desnecessário, por se 
encontrarem, no vernáculo, vocábulos equivalentes. Quando não houver equivalente, porém, em língua 
materna, segundo a ABNT, deve ser grafado o vocábulo com destaque em itálico. 
5) O italianismo "em sede de” pode, em geral, ser substituído por outros termos mais apropriados. 
6) Napoleão Mendes de Almeida, em o Dicionário de Questões Vernáculas, registra como ERRO o emprego 
do demonstrativo “mesmo" com função pronominal. Aurélio Buarque de Holanda, em seu Dicionário anota 
ser conveniente evitar o uso de “o mesmo” como equivalente dos pronomes "ele“, "o" etc. 
7) Nenhum dicionário autoriza o neologismo “inobstante”, que circula nos meios forenses a par de outras 
expressões de formação semelhante. Preferível o uso das expressões vernáculas já consagradas: "não 
obstante" ou "nada obstante". A mesma observação se pode fazer em relação a outros neologismos como 
“inacolhida”. 
8) A expressão “ocorre que” não tem objetividade redacional na formulação da peça processual. Alguns 
professores de Língua Portuguesa chamam isso de “muleta redacional”. 
9) Para orientações quanto à indicação de dispositivos legais em textos jurídicos, recomendamos a edição 
atualizada de “Português no Direito”, de Ronaldo Caldeira Xavier. 
 
 
==XXX== 
 
 
Capítulo: Modalizadores 
Livro: Interpretação e Produção de Textos Aplicadas ao Direito 
(Néli Luiz Cavalieri Fetzner) 
 
 
 
 
 
 
==XXX== 
 
 
Capítulo: A Polifonia na Narrativa Jurídica 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Teoria e Prática da Narrativa Jurídica 
Prof.: Francysco Pablo Feitosa Gonçalves 
Disciplina: 
CCJ0009 
Aula: 
004 
Assunto: 
Polifonia e Intertextualidade 
Folha: 
7 de 7 
Data: 
17/08/2012 
 
MD/Direito/Estácio/Período-02/CCJ0009/Aula-004/WLAJ/DP 
Livro: Interpretação e Produção de Textos Aplicadas ao Direito 
(Néli Luiz Cavalieri Fetzner) 
 
 
 
 
 
 
==XXX==

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