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ETIOLOGIA: Trata-se de uma infecção aguda, que compromete, também, os vasos linfáticos. É causada por estreptococos beta- hemolíticos, pertencentes ao grupo A, que penetram no organismo por alguma fissura na pele. Em casos refratários, outros agentes podem ser considerados, como Sthaphylococcus aureus, Streptococcus pneumoniae, Klebsiella pneumoniae, Haemophilus influenzae, Yersinia enterocolitica e Moraxella sp. Geralmente acomete os membros inferiores, mas pode acometer a face e outros locais do corpo. FATORES DE RISCO: Alguns fatores podem ser predisponentes para erisipela, como insuficiência venosa, diabetes, tromboflebite, desnutrição, abuso de álcool ou drogas ilícitas, tinea pedis, infecções respiratórias nos casos de erisipela na face, pacientes com imunodeficiência, insuficiência renal, crônica e idade (crianças e idosos). FISIOPATOLOGIA: A erisipela está relacionada a um fator chamado “porta de entrada”, como úlcera venosa crônica, pé de atleta, picada de insetos, ferimento cutâneo traumático e manipulação inadequada das unhas. Por meio desta porta de entrada, bactérias penetram na pele, atingindo as camadas cutâneas inferiores e se espalhando facilmente com muita velocidade, atingindo a derme e o panículo adiposo (tecido celular subcutâneo) da nossa pele, com grande envolvimento dos vasos linfáticos, provocando os sinais e sintomas característicos dessa patologia. O agente etiológico mais comum é o Streptococcus pyogenes, visto que este possui proteínas de superfície multifuncionais capazes de se ligar à fibronectina, como alguns sorotipos de proteína M, esta consegue participar na adesão em queratinócitos presentes na pele, devido a sua interação com o cofator CD46 presente na membrana do queratinócito, contribuindo, assim, para a infecção. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: O paciente apresenta febre, mal-estar e náuseas. Além disso, a patologia é caracterizada por placa eritematoedematosa, dolorosa, quente e brilhante, de bordas bem demarcadas, Erisipela Erisipela Manoel Almendra - Medicina acompanhada de linfoadenopatia regional. Algumas vezes podem surgir formações bolhosas (erisipela bolhosa). COMPLICAÇÕES: Quando não tratada corretamente a erisipela, apesar de ser uma patologia de caráter simples, pode evoluir para casos mais graves como sepse, insuficiência múltipla dos órgãos, morte, faceíte necrosante, entre outras complicações. DIAGNÓSTICO: O diagnóstico é clínico, mas podem ser solicitado hemocultura, cultura da lesão e/ou cultura da nasofaringe para complementação diagnóstica. Nos exames laboratoriais, será possível o reconhecimento de leucocitose com desvio para esquerda, de VHS elevado, de anti-DNAse positivo, dentre outras alterações. Diagnóstico diferencial: fasceíte necrosante; trombose venosa profunda; dermatite de contato (alérgica/irritante primário); Angioderma adquirido; farmacodermias; erisipeloide; herpes-zóster, lúpus eritematoso agudo; celulite; síndrome de Sweet. TRATAMENTO: REFERÊNCIAS: - CAETANO, Mónica; AMORIN, Isabel. Erysipelas. Acta medica portuguesa, v. 18, n. 5, p. 385-93, 2005. - Dermatologia / Rubem David Azulay, David Rubem Azulay, Luna Azulay-Abulafia. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. - Erisipela - Sociedade Brasileira de Dermatologia. Disponível em: <https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/d oencas-e-problemas/erisipela/38/>. Acesso em: 22 nov. 2021. - Manual de dermatologia / editores Cyro Festa Neto, Luiz Carlos Cucé, Vitor Manoel Silva dos Reis. – 4. ed. – Barueri, SP : Manole, 2015. - SOUSA, Jeannie Yokoyama de. Streptococcus pyogenes: a combinação de virulência e versatilidade. Manoel Almendra - Medicina
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