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Formação reticular córtex cerebral

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{ Formação reticular }
INTERAÇÃO DO TRONCO ENCEFÁLICO COM AS ÁREAS CORTICAIS
O QUE É FORMAÇÃO RETICULAR? Trata-se de uma estrutura heterogênea, formada pela agregação mais ou menos difusa de neurônios de tamanhos e tipos diferentes que estão separados por uma rede de fibras nervosas que ocupa a parte central do tronco encefálico. Logo, sua estrutura não é exatamente correspondente à substância branca ou cinzenta, mas, sim, uma estrutura intermediária a elas. Apesar de pertencer ao tronco encefálico (preenchendo todo o espaço que não é preenchido pelos tratos, fascículos e núcleos de estrutura mais compacta), se estende ao diencéfalo e aos níveis mais altos da medula, ocupando um pouco do funículo lateral. Muitos neurônios da formação reticular têm AXÔNIOS MUITO GRANDES que se bifurcam dando RAMOS ASCENDENTES e DESCENDENTES, os quais, por sua vez, vão se estender ao longo de todo o tronco encefálico e atingindo a medula, o diencéfalo e o telencéfalo.
NÚCLEOS DA FORMAÇÃO RETICULAR: Os neurônios da formação reticular produzem diferentes neurotransmissores, destacando-se as MONOAMINAS (noradrenalina, serotonina, dopamina). Esses grupos de neurônios formam os NÚCLEOS DA FORMAÇÃO RETICULAR que desempenham funções distintas.
· NÚCLEOS DA RAFE: Conjunto de 9 núcleos que contém neurônios ricos em serotonina, entre eles está o núcleo magno da rafe, disposto ao longo da linha mediana (rafe mediana) em toda a extensão do tronco encefálico. 
· LOCUS CERULEUS: Tem neurônios ricos em noradrenalina.
· ÁREA TEGMENTAR VENTRAL: Fica na parte ventral do tegmento do mesencéfalo, medial à substância negra, contém neurônios ricos em dopamina.
CONEXÕES: A formação reticular, além de receber impulsos que entram pelos nervos cranianos, mantém relações com o cérebro, cerebelo e medula. 
a) CONEXÕES COM O CÉREBRO: A formação reticular projeta fibras tanto para todo o córtex cerebral por via talâmica e extratalâmica, como também para o diencéfalo. Por outro lado, várias áreas do córtex cerebral, do hipotálamo e do sistema límbico enviam fibras descendentes para a formação reticular.
b) CONEXÕES COM O CEREBELO: Há conexões nos dois sentidos entre o cerebelo e a formação reticular.
c) CONEXÕES COM A MEDULA: Tem as fibras rafe-espinhais e as fibras que formam os tratos reticuloespinhais que ligam a formação reticular à medula e tem as fibras espinorreticulares que levam informações da medula para a formação reticular.
d) CONEXÕES COM NÚCLEOS DOS NERVOS CRANIANOS: Os impulsos nervosos que entram pelos nervos cranianos sensitivos ganham a formação reticular através das fibras que a ela se dirigem a partir de seus núcleos.
FUNÇÕES DA FORMAÇÃO RETICULAR: Devido às várias conexões da formação reticular, ela influencia quase todos os setores do SNC, logo há uma série de funções que lhes são atribuídas, como, por exemplo:
a) Controle da atividade elétrica cortical: ciclo vigília e sono – SARA;
b) Controle eferente da sensibilidade e da dor;
c) Controle da motricidade somática e postura;
d) Controle do SNA;
e) Controle neuroendócrino;
f) Integração de reflexos – centro respiratório e vasomotor.ESTADO DE ALERTA x TRONCO ENCEFÁLICO: SARA
· 1930 – Frederic Bremer: Observou que a transecção do tronco encefálico de um gato no nível do mesencéfalo produzia um estado de sono contínuo, o que não acontecia com a transecção separando o bulbo da medula espinal. Isso mostrou que a porção do tronco encefálico entre o mesencéfalo e o bulbo mantém o prosencéfalo desperto.
· 1949 – Giuseppi Moruzzi e Horace Magoun: Mostraram que lesões na formação reticular do tronco encefálico de gatos levavam à perda da vigília e a estimulação da formação reticular convertia imediatamente o EEG de um gato adormecido em um EEG de gato acordado.
· Transecção no nível médio da ponte ou em níveis mais caudais não causava perda da vigília, o que indica que as estruturas críticas para produzir a vigília estão na ponte rostral e no mesencéfalo caudal.
· Moruzzi e Magoun propuseram que essa parte do tronco encefálico fornecia uma energia de ativação geral para todo o encéfalo, por isso chamaram de SISTEMA ATIVADOR RETICULAR. Hoje, ele é mais chamado de SISTEMA DE ATIVAÇÃO ASCENDENTE, pois, ele não está confinado na formação reticular.
· 1960 – Nils-Ake Hillarp: Descobriram que neurônios do tronco encefálico se organizam em grupos quimicamente diferentes com base em seu conteúdo de neurotransmissores monoaminérgicos. Com experimentos histoquímicos, eles definiram a localização e as projeções desses neurônios com base nas diferenças dos sinais fluorescentes produzidos pelas diferentes monoaminas.
O SARA é formado por fibras noradrenérgicas do locus ceruleus, serotoninérgicos dos núcleos do rafe e colinérgicas da forma reticular da ponte. Na transmissão entre o mesencéfalo e o diencéfalo, o SARA se divide em um RAMO DORSAL e um RAMO VENTRAL. 
· RAMO DORSAL: Termina no tálamo (núcleos intralaminares) que, por sua vez, projeta impulsos ativadores para todo o córtex.
· RAMO VENTRAL: Vai para o hipotálamo lateral e recebe fibras histaminérgicas do núcleo tuberomamilar do hipotálamo posterior e, sem passar pelo tálamo, esse ramo vai diretamente para o córtex, sobre o qual tem ação ativadora. A LESÃO DE CADA UM DESSES RAMOS CAUSA INCONSCIÊNCIA.
CÓRTEX CEREBRAL
DEFINIÇÃO: Fina camada de substância cinzenta que reveste o centro branco medular do cérebro ou centro semioval. Nele, chegam impulsos provenientes de todas as vias da sensibilidade, que lá se tornam conscientes e são interpretadas. Assim, uma lesão nas áreas corticais da visão pode provocar a cegueira mesmo com as vias visuais intactas. Além disso, do córtex partem impulsos nervosos que iniciam e comandam os movimentos voluntários e, também, que estão relacionados aos fenômenos psíquicos. 
CITOARQUITETURA DO CÓRTEX: Tem neurônios, células neurogliais e fibras que se distribuem de vários modos, em várias camadas, o que confere ao córtex cerebral uma estrutura complexa e heterogênea, ao contrário do córtex cerebelar, o qual tem uma organização estrutural mais simples e uniforme. Quanto à estrutura, o córtex cerebral pode ser: ISOCÓRTEX (quando tem seis camadas) ou ALOCÓRTEX (tem menos de 6 camadas). 
As 6 CAMADAS da superfície para região interna são:
a. CAMADA MOLECULAR: Fica na superfície do córtex, é ocupada pelos dendritos das células localizadas nas camadas mais profundas e pelos axônios que atravessam essa camada para fazer conexões com outras áreas do córtex. CONTÉM POUCOS NEURÔNIOS. 
b. CAMADA GRANULAR EXTERNA: Contém neurônios pequenos arredondados. Os neurônios se projetam para outros neurônios dentro da mesma área cortical, assim como para outras áreas corticais, mediando comunicações intracorticais. 
c. CAMADA PIRAMIDAL EXTERNA (camada efetuadora): Tem neurônios maiores que os encontrados superficialmente. Os neurônios se projetam para outros neurônios dentro da mesma área cortical, assim como para outras áreas corticais, mediando comunicações intracorticais.
d. CAMADA GRANULAR INTERNA: É a principal receptora de aferências sensoriais do tálamo, sendo mais proeminente nas áreas sensoriais primárias. Ex.: a região do córtex occipital que funciona como o córtex visual primário tem uma camada IV extremamente desenvolvida. Em contrapartida, o giro pré-central, sítio do córtex motor primário, quase não tem essa camada IV, compondo o córtex frontal agranular.
e. CAMADA PIRAMIDAL INTERNA (ou ganglionar): Células piramidais maiores que a da camada III. Os neurônios dessa camada originam as principais vias eferentes do córtex que vão para outras áreas corticais e para estruturas subcorticais.
f. CAMADA FUSIFORME (ou multiforme): É uma camada que se mistura com a substância branca que forma o limite profundo do córtex e carrega axônios para áreas do córtex e a partir delas.
Os 3 principais tipos de NEURÔNIOS DO CÓRTEX são: 
a. CÉLULAS GRANULARES: É formada majoritariamente por células estreladas, com dendritos que se ramificam próximos ao corpo celular e um axônio que pode fazerconexões com células das camadas vizinhas. São o principal interneurônio cortical, ou seja, estabelecem conexões com os demais neurônios corticais. A maior parte das fibras que chegam ao córtex faz sinapse com as células granulares, logo são as principais células receptoras do córtex cerebral. 
b. CÉLULAS PIRAMIDAIS: O nome faz referência ao corpo celular dessas células que têm forma piramidal. Tem variados tamanhos: pequenas, médias, grandes ou gigantes (células de Betz e ocorrem só na área motora situadas no giro pré-central). As células piramidais possuem dois tipos de dendritos: apicais (destacam-se do ápice da pirâmide e vão para as camadas mais superfícies onde termina) e basais (mais curtos, próximos ao corpo celular). O axônio tem direção descendente e, normalmente, entra na substância branca como fibra eferente do córtex. 
c. CÉLULAS FUSIFORMES: Tem axônio descendente que entra no centro branco medular, sendo, então, células efetuadoras. 
As FIBRAS podem ser:
· FIBRAS DE PROJEÇÃO AFERENTES: Origem TALÂMICA (maioria, se distribuem por todo o córtex e exercem ação ativadores como parte do SARA, terminam na camada IV, muito desenvolvida na área sensitiva do córtex) ou EXTRATALÂMICA (são do sistema modulatório difuso, podendo ser monoaminérgica ou colinérgica e distribui-se pelo córtex todo).
· FIBRAS DE PROJEÇÃO EFERENTES: Faz conexões com os centros subcorticais, originam-se a maior parte na camada V e tem os axônios das células piramidais. Essa camada V é muito desenvolvida nas áreas motoras do córtex.
· FIBRAS DE ASSOCIAÇÃO: Seus axônios se ligam a outra atrás do córtex passando pelas fibras brancas.
CAMADA IV = + receptora de projeção
CAMADA V = + efetuadora de projeção
Os neurônios do córtex cerebral se organizam em colunas, com cerca de 300 a 600 neurônios cada uma conectados verticalmente. Essas colunas são as unidades funcionais do córtex.
ÁREAS CORTICAIS: 
1. CLASSIFICAÇÃO ANATÔMICA: Divide o cérebro em sulcos, giros e lobos.
2. CLASSIFICAÇÃO CITOARQUITETURAL: A divisão mais aceita é a de Brodmann, que identificou 52 áreas designadas por números. E essas áreas podem ainda ser classificadas em áreas maiores como isocórtex (ocupa 90% do neocórtex) e alocórtex (arqui e paleocórtex).
3. CLASSIFICAÇÃO FILOGENÉTICA: Divide o córtex cerebral em arquicórtex, paleocórtex e neocórtex.
· Arquicórtex: Localiza-se no hipocampo.
· Paleocórtex: Ocupa o uncus e parte do giro para-hipocampal. Nesse giro, o sulco rinal separa o paleocórtex, que fica medial, do neocórtex, que fica lateral.
· Neocórtex: Área filogeneticamente mais recente.
4. CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL: Envolve a especialização funcional de determinadas áreas. Nessa classificação, as áreas corticais se dividem em dois grupos: áreas de projeção e áreas de associação.
ÁREAS DE PROJEÇÃO: São as que recebem ou dão origem a fibras relacionadas diretamente com a sensibilidade e com a motricidade. Se dividem em áreas sensitivas e áreas motoras. Nessas áreas do neocórtex existe isocórtex heterotípico do tipo granular ou agranular. Essas áreas são chamadas de áreas primárias.
ÁREAS DE ASSOCIAÇÃO: Demais áreas não abrangidas pelas áreas de projeção e estão mais relacionadas ao processo mais complexo das informações. Existe isocórtex homotípico, pois, como não são nem motoras e nem sensitivas, não há predomínio de células granulares ou piramidais, sendo, portanto, fácil individualização das 6 camadas corticais. Essas áreas são chamadas de áreas secundárias ou tericárias.
- Áreas secundárias: São unimodais, pois, se relacionam indiretamente com determinada modalidade sensorial ou com a motricidade.
- Áreas terciárias: São supramodais, não se ocupam diretamente com as modalidades motora ou sensitiva das funções cerebrais, mas estão envolvidas com atividades psíquicas superiores.
MORFOFISIOLOGIA DO SNC
CÉREBRO: É a porção mais rostral e maior do encéfalo. Se divide ao meio em dois HEMISFÉRIOS CEREBRAIS, separados pela profunda FISSURA SAGITAL. Em geral, o hemisfério cerebral direito recebe sensações e controla o movimento do lado esquerdo do corpo. De forma similar, o hemisfério cerebral esquerdo está envolvido com as sensações e os movimentos do lado direito do corpo.
CEREBELO: Posterior ao cérebro, é menor que o cérebro, mas tem tantos neurônios quanto os dois hemisférios cerebrais juntos. O cerebelo é basicamente um centro para o CONTROLE DO MOVIMENTO e possui extensas conexões com o cérebro e a medula espinhal. Ao contrário dos hemisférios cerebrais, o lado esquerdo do cerebelo está relacionado com os movimentos do lado esquerdo do corpo, e o lado direito do cerebelo, com os movimentos do lado direito do corpo.
TRONCO ENCEFÁLICO: Forma o pedúnculo, do qual os hemisférios cerebrais e o cerebelo se destacam. O tronco encefálico é um conjunto complexo de fibras e de neurônios, que serve, em parte, para RETRANSMITIR INFORMAÇÃO DO CÉREBRO À MEDULA ESPINHAL E AO CEREBELO, E VICE-VERSA. No entanto, ele também é uma região que REGULA FUNÇÕES VITAIS, como a RESPIRAÇÃO, a CONSCIÊNCIA e o CONTROLE DA TEMPERATURA CORPORAL. De fato, ainda que o tronco encefálico seja considerado a PORÇÃO MAIS PRIMITIVA DO ENCÉFALO dos mamíferos, é também a MAIS IMPORTANTE PARA A MANUTENÇÃO DA VIDA. Pode-se sobreviver à lesão do cérebro ou do cerebelo, porém lesões do tronco encefálico são normalmente fatais.
MEDULA ESPINHAL: A medula espinhal é envolta pela coluna vertebral óssea e está ligada ao tronco encefálico. Ela é o maior condutor de informação da pele, das articulações e dos músculos ao cérebro, e vice-versa. A medula espinhal comunica-se com o corpo por meio dos nervos espinhais que formam parte do sistema nervoso periférico. Os nervos espinhais emergem da medula espinhal através de espaços existentes entre cada vértebra da coluna vertebral. Cada nervo espinhal associa-se à medula espinhal através da RAIZ DORSAL e da RAIZ VENTRAL. A raiz dorsal contém axônios que trazem informação até a medula espinhal, como aquelas que sinalizam do ferimento acidental por uma tachinha em seu pé, já a raiz ventral contém axônios que transmitem informação que sai da medula espinhal – por exemplo, aos músculos, que retiram bruscamente seu pé para longe em resposta à dor causada pela tachinha.
MENINGES: O SNC, a parte do sistema nervoso alojada no interior do crânio e da coluna vertebral, não está em contato direto com o osso suprajacente. Ele é protegido por três membranas, chamadas coletivamente de meninges (do grego para “cobertura”). As três membranas são a dura-máter, a membrana aracnoide e a pia-máter.
· DURA-MÁTER: Revestimento mais externo, forma um saco consistente e não extensível que rodeia o encéfalo e a medula espinhal.
· ARACNOIDE: Fica abaixo da dura-máter, possui aparência e consistência de teia de aranha. Ainda que normalmente não haja espaço entre a dura e a aracnoide, se os vasos sanguíneos que passam através da dura-máter são rompidos, o sangue pode ficar retido e formar um hematoma subdural. O acúmulo de líquido neste ESPAÇO SUBDURAL pode causar disfunção cerebral pela compressão de partes do SNC. O tratamento do distúrbio é feito mediante a realização de um orifício no crânio e de drenagem do sangue.
· PIA-MÁTER: É uma membrana fina que adere intimamente à superfície do encéfalo. Ao longo da pia-máter correm os vasos sanguíneos que finalmente penetram no SNC subjacente. A pia é separada da aracnoide por um espaço cheio de líquido. Este espaço subaracnóideo é preenchido por um líquido claro salgado, denominado líquido cerebrospinal (LCS). Assim, de certa forma, o cérebro flutua dentro da cabeça nesta fina camada de LCS.
SISTEMA VENTRICULAR: Os espaços e canais preenchidos de fluido dentro do encéfalo constituem o sistema ventricular. O líquido que percorre esse sistema é o LCS, o mesmo líquido do espaço subaracnóideo, que é produzido por um tecido especial, o PLEXO CORIÓIDEO, encontrado nos ventrículos dos hemisférios cerebrais. O LCS flui dos ventrículos pareados do cérebro para cavidades ímpares conectadas, dispostas em série, atéo centro do tronco encefálico. O LCS sai do sistema ventricular e entra no espaço subaracnóideo através de pequenos orifícios ou aberturas, próximo à região em que o cerebelo se liga ao tronco encefálico. No espaço subaracnóideo, o LCS é absorvido pelos vasos sanguíneos por estruturas especiais, chamadas de VILOSIDADES ARACNOIDES. Se o fluxo normal de LCS for alterado, isso pode provocar lesão cerebral.
 DIVISÃO DO ENCÉFALO EM LOBOS, SULCOS E GIROS
O telencéfalo tem os dois hemisférios cerebrais que são unidos por uma larga faixa de fibras comissurais, o corpo caloso. Nesses hemisférios tem as cavidades que são os ventrículos laterais direito e esquerdo, que se comunicam com o III ventrículo pelos forames interventriculares. Cada hemisfério tem 3 polos: frontal, occipital e temporal, tem 3 faces: face dorsolateral – convexa, face medial – plana, face inferior ou base do cérebro – muito irregular. As cristas do córtex são chamadas de giros e as ranhuras são chamadas de sulcos ou fissuras. Os sulcos permitem aumento de superfície sem aumentar o volume cerebral e 2/3 da área ocupada pelo córtex cerebral estão escondidos nos sulcos. Em cada hemisfério cerebral tem dois sulcos muito importantes:
· SULCO LATERAL (de Sylvius): Começa na base do cérebro e separa o lobo frontal do lobo temporal, vai para a face dorsolateral do cérebro onde termina dividindo-se em 3 ramos: ascendente, anterior e posterior. Os ramos ascendente e anterior são curtos e penetram no lobo frontal, já o posterior é muito mais longo, vai para trás e para cima, terminando no lobo parietal. SEPARA O LOBO TEMPORAL, SITUADO ABAIXO, DOS LOBO FRONTAL E PARIETAL.
· SULCO CENTRAL (de Rolando): Sulco longo, profundo, percorre obliquamente a face dorsolateral do hemisfério, SEPARANDO OS LOBOS FRONTAL E PARIETAL. É ladeado por dois giros paralelos, o giro pré-central, mais anterior, e o giro pós-central, mais posterior. O GIRO PRÉ-CENTRAL SE RELACIONA COM A MOTRICIDADE E O PÓS-CENTRAL COM SENSIBILIDADE. 
LOBO FRONTAL: É o maior do cérebro. É separado do lobo parietal pelo sulco central e do temporal pelo sulco lateral. O GIRO PRÉ-CENTRAL, LOCALIZADO ANTERIORMENTE AO SULCO CENTRAL, CONTÉM AS ÁREAS MOTORAS PRIMÁRIAS. As áreas nas superfícies laterais e mediais são essenciais não só para regular a atividade motora ou comportamento voluntário, mas também para inicializar o comportamento motor, ou seja, “decidir” quais movimentos devem ser realizados. Aspectos expressivos ou motores da linguagem também são processados na superfície lateral do lobo frontal, sobretudo no hemisfério dominante (normalmente o esquerdo) na área motora da fala (ÁREA DE BROCA), logo o giro frontal inferior é o centro cortical da palavra falada. O restante do lobo frontal consiste em regiões de associação conhecidas como áreas de associação pré-frontal. É responsável por funções como emoção, motivação, personalidade, iniciativa, julgamento, capacidade de concentração e inibições sociais. Uma área na superfície medial, o giro do cíngulo, também é importante para modular os aspectos emocionais do comportamento.
LOBO PARIETAL: O lobo parietal é importante na regulação das funções somatossensoriais (relacionadas às experiências sensoriais detectadas nos órgãos sensoriais que não pertencem ao sentido especial, tem a ver com o tato, temperatura, dor, prurido, propriocepção), como também corresponde à área do paladar (gustatório). É separado do lobo frontal pelo sulco central, do temporal pelo sulco lateral e do occipital pelo sulco parietoccipital. O GIRO PÓS-CENTRAL É A ÁREA SOMATOSSENSORIAL PRIMÁRIA DO CÓRTEX. O processamento e a percepção cortical inicial de tato, dor e posição do membro ocorrem nos aspectos lateral e medial do lo bo parietal. Os aspectos receptivos ou sensoriais da linguagem também são processados nesse lobo, sobretudo no hemisfério dominante na ÁREA DE WERNICKE. A terceira função principal do lobo parietal envolve aspectos complexos de orientação e percepção espacial, incluindo a autopercepção e a interação com o mundo que nos rodeia. Tem os sulcos pós-central e o suco intraparietal. E tem os giros pós-central, lóbulo parietal superior e lóbulo parietal inferior que se divide em giro supramarginal e giro angular. 
LOBO TEMPORAL: O lobo temporal é importante para o PROCESSAMENTO DA INFORMAÇÃO AUDITIVA. É separado dos lobos frontal e parietal pelo sulco lateral e do lobo occipital por uma linha que pode ser desenhada como um prolongamento do sulco parietoccipital. O GIRO TEMPORAL SUPERIOR é a área na qual nossa capacidade de ouvir e interpretar os sons é processada. Além disso, uma área na superfície lateral do lobo temporal atua na percepção da linguagem. As áreas anteriores e mediais do lobo temporal são importantes em aspectos complexos da aprendizagem, memória e emoção.
LOBO OCCIPITAL: O lobo occipital está envolvido principalmente no PROCESSAMENTO DA INFORMAÇÃO VISUAL. É separado do lobo parietal pelo sulco parietoccipital. A ÁREA VISUAL PRIMÁRIA está localizada na superfície medial de ambos os lados do SULCO CALCARINO (só é visto na vista medial). As ÁREAS DE ASSOCIAÇÃO VISUAL rodeiam e cobrem a superfície lateral desse lobo e mediam a nossa capacidade de ver e reconhecer os objetos.
» O cúneos fica entre o sulco parieto-occipital e o sulco calcarino. É um giro complexo de forma triangular. No lobo parietal, temos o pré-cúneos. 
» O giro occipito-temporal medial fica abaixo do sulco calcarino. Esse giro continua anteriormente com o giro para-hipocampal, do lobo temporal. 
» Giro Occipito-temporal Lateral está localizado na região lateral da face inferior do cérebro circundando o giro occipito-temporal medial e o giro para-hipocampal. 
» Giro Para-hipocampal se liga posteriormente ao giro do cíngulo através de um giro estreito, o istmo do giro do cíngulo. 
LOBO DA ÍNSULA: O úncus, o giro para-hipocampal, o istmo do giro do cíngulo e o giro do cíngulo constituem o lobo límbico, parte importante do sistema límbico, relacionado com o comportamento emocional e o controle do sistema nervoso autônomo. A porção anterior do giro para-hipocampal se curva em torno do sulco do hipocampo para formar o uncus. O lobo da ínsula é visualizado afastando-se os lábios do sulco lateral. A ínsula tem forma cônica e seu ápice, voltado para baixo e para frente, é denominado de límen da ínsula.
» Sulco Central da Ínsula: parte do sulco circular, na porção superior da ínsula, e dirige-se no sentido antero-inferior. Divide a ínsula em duas partes: giros longos e giros curtos.
» Sulco Circular da Ínsula: circunda a ínsula na sua borda superior.
» Giros Longos da Ínsula: estão localizados posteriormente ao sulco central da ínsula.
» Giros Curtos da Ínsula: estão localizados anteriormente ao sulco central da ínsula.
CORPO CALOSO: É a maior das comissuras inter-hemisféricas. É formado por muitas fibras mielínicas que cruzam o plano sagital mediano e penetram de cada lado no centro branco medular do cérebro, unindo áreas simétricas do córtex de cada hemisfério. Em corte sagital do cérebro, podemos identificar as divisões do corpo caloso: uma lâmina branca arqueada dorsalmente, o tronco do corpo caloso, que se dilata posteriormente no esplênio do corpo caloso e se flete anteriormente em direção da base do cérebro para constituir o joelho do corpo caloso. Este se afina para formar o rostro do corpo caloso, que se continua em uma fina lâmina, a lâmina rostral até a comissura anterior. Entre a comissura anterior e o quiasma óptico encontra-se a lâmina terminal, delgada lâmina de substância branca que também une os hemisférios e constitui o limite anterior do III ventrículo.
FÓRNIX: Emergindo abaixo do esplênio do corpo caloso e arqueando-se em direção à comissura anterior, está o fórnix, feixe complexo de fibras que, entretanto, não pode ser visto em toda a sua extensão em um corte sagital do cérebro. É constituído por duas metades laterais e simétricas afastadas nas extremidades e unidas entre si no trajeto do corpo caloso. A porção intermédia em que as duas metades se unem constituio corpo do fórnix e as extremidades que se afastam são, respectivamente, as colunas do fórnix (anteriores) e os ramos do fórnix (posteriores). As colunas do fórnix terminam no corpo mamilar correspondente cruzando a parede lateral do III ventrículo. Os ramos do fórnix divergem e penetram de cada lado no corno inferior do ventrículo lateral, onde se ligam ao hipocampo. No ponto em que as pernas do fórnix se separam, algumas fibras passam de um lado para o outro, formando a comissura do fórnix. O fórnix, visto só na vista medial, faz parte do processamento das nossas emoções e se subdivide em corpos mamilares, as colunas do fórnix, o corpo do fórnix, comissura do fórnix, ramos do fórnix.
SEPTO PELÚCIDO: Entre o corpo caloso e o fórnix estende-se o septo pelúcido, constituído por duas delgadas lâminas de tecido nervoso que delimitam uma cavidade muito estreita, a cavidade do septo pelúcido. O septo pelúcido separa os dois ventrículos laterais.
 Área Broca x Área Wernicke
Estão no lado esquerdo. Essas duas áreas têm a ver com nossa fala e linguagem. A área de Broca quando acometida o indivíduo perde a articulação da fala, mas consegue entender tudo. E a área de Wernicke tem a ver com o não entendimento do que o outro está falando, mas ele articula a fala, tem a ver também com a escrita. Então, a área de broca seria a área motora da fala e a de Wernicke seria a área sensitiva da fala. A área de Broca fica no lobo frontal e área de Wernicke está mais no lobo temporal e parietal. Isso é importante porque o lobo frontal é essencialmente motor, o parietal é essencialmente sensitivo (tato, dor, percepção, temperatura), occipital (visão, então uma lesão no lóbulo occipital tem a cegueira cortical) e o temporal (audição e sensitiva também que é a grafestesia).
SISTEMA ATIVADOR ASCENDENTE
SARA
HIPOTÁLAMO
PROSENCÉFALO BASAL
Locus ceruleus
Núcleo da rafe
N. pedúnculo-pontino
N. tuberomamilar
N. basal de Meynert
Noradrenalina
Serotonina
Acetilcolina
Histamina
Acetilcolina

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