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TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA O QUE É MEDULA ÓSSEA ● Tecido líquido-gelatinoso presente no interior dos ossos, sobretudo os longos, que é rico em células-tronco Hematopoiéticas. LEMBRANDO !!! ● Células tronco hematopoiética são aquelas precursoras das células presente em nosso sangue - hemácias, leucócitos e plaquetas. Figura 1: ilustrativo de medula óssea em criança e adulto; disponível em: https://www.apcl.pt/pt/doencas-do-sangue/medula-ossea-e-hematopoiese Figura 2: ilustrativo da medula óssea e seu componentes; disponível em: https://www.biologianet.com/anatomia-fisiologia-animal/medula-ossea.htm O QUE É O Transplante de Medula Óssea (TMO) ? ● É uma terapia celular que consiste na substituição de uma medula óssea doente, ou deficitária, por células de uma medula óssea nova e saudável. ● Ocorre por meio de infusão intravenosa de células indiferenciada hematopoiéticas para normalizar a produção das células sanguíneas e restabelecer a função medular. Figura 3: ilustrativo de transplante de medula óssea; disponível em: ameo.org.br/como-e-feita-a-doacao-de-medula. Figura 4: ilustrativo de transplante de medula óssea; disponível em: https://www.inca.gov.br/tratamento/transplante-de-medula-ossea CONDIÇÕES CLÍNICAS ➔ Anemia aplásica grave ● Anemia de Fanconi ● Anemia falciforme ● Hemoglobinopatias ➔ Doenças neoplasias hematológicas ● Leucemia (aguda ou crônica). ex.: Linfomas (LLA) e Mielomas (LMA) ● Síndrome mielodisplásica ● Doença não-neoplásicas TCTH ou TMO ? ● TCTH = transplante de células-tronco hematopoiéticas (Termo mais atual) Existem outras fontes de obtermos as célula-tronco hematopoiética: ● Células sanguíneas (granulócitos) tratadas com Fator de Crescimento ● Células do cordão umbilical IMPORTANTE !!! A escolha da fonte das células está relacionado às seguintes condições: ● Disponibilidade do doador ● Urgência de transplante ● Condições de saúde do doador ● Possibilidade de desenvolver DECH (doença do enxerto contra o hospedeiro) ● Outros TIPOS DE TCTH ● Alogênico: o paciente recebe a medula óssea de uma outra pessoa, mediante a teste de compatibilidade de HLA. Pode ser um Doador Aparentado ou Não Aparentado ● Autogênico: é utilizada as células do próprio paciente coletada previamente ● Singênico: Doador é um irmão gêmeo idêntico (mais raro) Antes de seguirmos, um breve resumo. http://www.youtube.com/watch?v=wi7G51FwjnI POR QUAL MOTIVO SE FAZ O TMO? Tumores da medula óssea: leucemia; Doenças causadas por falhas genéticas que levam a formação de células defensivas ou células sanguíneas defeituosas: - Síndrome de Wiskott-Aldrich; - Deficiência do MHC de classe II (síndrome do linfócito nu); - Imunodeficiência combinada grave (IDCG) - Talassemia e anemia falciforme - Anemia aplástica Figura 5: ilustrativo de células componentes do sangue humano QUEM FAZ? Por ser um procedimento de alto risco, alguns critérios são avaliados antes da indicação para o transplante: ● Idade do paciente; ● Condições de saúde do paciente; ● Estágio da doença; ● Disponibilidade de doador compatível; ● Possibilidade de desenvolver DECH (doença do enxerto contra o hospedeiro); ETAPAS PARA O TMO Existem 5 etapas para o transplante de medula óssea 1º Etapa: Fase Pré-TMO: ● Condicionamento ● Realizado com altas doses de quimioterapia e em alguns casos radioterapia Figura 6: resumo das etapas para o transplante de medula óssea; acervo internet. ETAPAS 2º Etapa:Infusão da Medula Óssea (D Zero) ● Recebimento de uma nova medula sadia, As células-mãe transfundidas são levadas pela corrente sanguínea e se encaminham até a medula óssea, local cujo irão se instalar e começar o processo de recuperação. ● O transplante é um procedimento rápido que dura em média 2h. Figura 7: imagem ilustrativa de transplante de medula óssea; disponível em: https://www.abrasta.org.br/transplante-de-medula-ossea Figura 8: imagem ilustrativa da punção da medula óssea; disponível em: https://www.semanariozonanorte.com.br/noticia/transplante-de- medula-ossea ETAPAS Após o TMO, o paciente fica muito frágil, portanto ele deve ser mantido internado no hospital para receber os cuidados e monitoramento necessários. Alguns cuidados especiais são realizados neste período: ● Controle dos sinais vitais, como temperatura, pulsos, respiração e pressão arterial. ● Controle de líquidos recebidos e eliminados. O paciente deverá anotar todo líquido que beber e reservar a urina em um recipiente. Este procedimento é importante para a equipe médica avaliar a função renal. ● Controle de peso para avaliar diariamente as condições nutricionais evitando a desidratação e desnutrição do paciente. ● O paciente precisa colaborar, pois condutas médicas serão tomadas com base nessas informações ● O paciente precisa acompanhar o tratamento, pois decisões médicas serão tomadas com base nas informações ETAPAS 3º Etapa: Período Pós-Transplante ● Esta fase é conhecida como aplasia medular, caracterizada pela queda do número de todas as células do sangue (hemácias, leucócitos e plaquetas); ● A quimioterapia provoca a queda da produção de todas as células do sangue, das doentes e das sadias. ETAPAS ● O baixo número de leucócitos, principalmente os neutrófilos, deixa sujeito às infecções bacterianas, fúngicas, virais e protozoários. Neste período, o paciente fica incapaz de se defender das infecções, recebendo, assim, inúmeros antibióticos; ● Durante o período em que as células transplantadas ainda não são capazes de produzir as células sanguíneas em quantidade suficiente, o paciente recebe suporte por meio de transfusões das hemácias e plaquetas, além de receber medicamentos que estimulam a produção dos leucócitos, importantes para defesa contra infecções; ● Para evitar sangramentos, é preciso que tome alguns cuidados: Figura 9 - acervo internet Figura 10 - acervo internet ETAPAS 4º Etapa: Recuperação da medula óssea e prevenção da rejeição ● Medula já consegue produzir as células do sangue em quantidades suficientes; ● Taxa de plaquetas alcança 20.000/mm³ e leucócitos acima de 500/mm³ ● Tempo de recuperação é variável; ● Após a recuperação da medula (‘pega’), pode ser que sejam necessárias transfusões e uso de medicamentos na veia, assim o paciente recebe a medicação no hospital durante o dia e pode voltar para casa. 5º Etapa: Cuidados Após Alta ● Tomar os medicamentos rigorosamente como foram prescritos pelo médico. ● Quando sair de casa, leve os medicamentos com você para que possa tomá-los nos horários corretos; ● É de extrema importância que a casa esteja limpa antes da chegada do paciente; ● Nos três primeiros meses, o paciente, de preferência, precisa ter um banheiro individual limpo; ● Use protetor solar FPS 30 ou 50 em todas as partes que serão expostas ao sol, quando sair de casa, mesmo se for permanecer na sombra; ● Ao caminhar, evite horários de sol forte; ETAPAS Figura 11 - acervo internet CUIDADOS ● Reduzir ao máximo o número e a frequência de visitas em casa, pelo menos nos dois primeiros meses após o TMO; ● Evitar locais com fluxo grande de pessoas, como por exemplo, shoppings, shows, casas noturnas, restaurantes cheios, entre outros. Pelo menos noscem primeiros dias após o transplante; ● Muito importante que o paciente siga as orientações de seu médico. ● Evitar o contato com crianças pequenas, pois elas podem transmitir algumas doenças, como catapora, sarampo, caxumba; ● Não entrar em contato com pessoas que receberam em menos de um mês vacinas contra sarampo, rubéola e Sabin (poliomelite). Pois estas vacinas utilizam o vírus atenuado, o que poderá provocar doença; ● Não manter contato com animais. REJEIÇÃO ● Doença de Enxerto Contra Hospedeiro (DECH), conhecida popularmente como rejeição; ● Desencadeamento da resposta imunológica contra o organismo do paciente; ● A rejeição atinge principalmente a pele, trato gastrointestinal e fígado; ● Após o transplante,a nova medula óssea produz os linfócitos, que reconhecem o organismo do paciente como estranho, o que acarreta uma resposta imune que acaba destruindo e agredindo as células de alguns tecidos e órgãos do paciente. Figura 12 - acervo internet REJEIÇÃO ● Para evitar a ocorrência de uma forte rejeição, são prescritos aos pacientes remédios anti rejeição, chamados também de imunossupressores, que são capazes de diminuir as ações das células transplantadas contra o organismo do paciente; ● A rejeição em suas formas leves e limitadas são importantes para a prevenção da recaída da doença. Os linfócitos produzem um efeito protetor, agredindo assim, as células doentes, levando à uma menor chance de recaída. Essa resposta é denominada efeito Enxerto X Leucemia (graft-versus-. leukemia effect- GVL no inglês); ● Vale ressaltar que a Doença Enxerto Versus Hospedeiro é maior quando a diferença do doador na compatibilidade é maior, portanto se relaciona ao exame de compatibilidade. Figura 13: figura ilustrativa de um dos sintomas da rejeição ao transplante; acervo internet CURIOSIDADES disponível em: ww.gov.br/pt-br/noticias/saude-e-vigilancia-sanitaria/2021/08/mais-de-cinco-milhoes-de-pessoas-e stao-cadastradas-em-rede-de-doadores-de-medula-ossea disponivel em:: https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/saude/audio/2020-09/no-brasil-mais-de-850-p essoas-esperam-por-transplante-de-medula-ossea CURIOSIDADES REFERÊNCIAS ● PASSO a passo do Transplante de Medula Óssea (TMO). AMEO - Associação da Medula Óssea, São Paulo. Disponível em:<https://ameo.org.br/paciente/informacoes-ao-paciente/passo-a-passo-do-transplante-de-medula-ossea-tmo/>. Acesso em 09 nov. 2021. ● www.abrale.org.br/doencas/smd ● www.pfizer.com.br/sua-saude/leucemia-mieloide-aguda-e-o-tipo-mais-comum-e-agressivo-em-adultos ● https://www.apcl.pt/pt/doencas-do-sangue/transplante-de-medula-e-celulas-estaminais ● KUMAR, Vinak. ABBAS, Abul, ASTER, Jonh C. Robbins, Patologia Básica, 9 edição. Rio de Janeiro : Elsevier, 2013. ● MOREIRA CORGOZINHO, Marcelo; GOMES, Jacqueline R.A.A.; GARRAFA, Volnei. Transplantes de Medula Óssea no Brasil: Dimensão Bioética. rev.latinoam.bioet., Bogotá , v. 12, n. 1, p. 36-45, Junho 2012 . ● ZANETTI, Maria Olívia Barboza; PEREIRA, Leonardo Régis Leira. Impacto da inserção do farmacêutico clínico na equipe de transplante alogênico de células-tronco hematopoiéticas. 2020.Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2020. Disponível em: < https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60137/tde-21092021-051123/ > DOI: 10.11606/T.60.2020.tde-21092021-051123. ● OLIVEIRA, Fernando Anselmo de; ALVIERI, Fernando; SOUZA, Lucas Eduardo Botelho de; et al. Noninvasive tracking of hematopoietic stem cells in a bone marrow transplant model. Cells, Basel, v. 9, n. 4, p. 1-32, 2020. Disponível em: < https://doi.org/10.3390/cells9040939 > DOI: 10.3390/cells9040939. https://ameo.org.br/paciente/informacoes-ao-paciente/passo-a-passo-do-transplante-de-medula-ossea-tmo/ http://www.abrale.org.br/doencas/smd http://www.pfizer.com.br/sua-saude/leucemia-mieloide-aguda-e-o-tipo-mais-comum-e-agressivo-em-adultos https://www.apcl.pt/pt/doencas-do-sangue/transplante-de-medula-e-celulas-estaminais OBRIGADA
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