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Slides de Aula - Unidade III

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Prévia do material em texto

Profa. Ma. Ana Lúcia Machado
UNIDADE III
Teoria da Comunicação
Comunicação 
 Comunicação: nosso desejo em partilhar uma parte do nosso eu: informações, 
conhecimentos, emoções. 
 A comunicação é marcada pelas intersubjetividades, cujos saberes são 
compartilhados nas interações. 
Comunicação 
Gênese do saber
Saberes de conhecimento
verificável
Mundo → Homem
Saber
Científico
Saber
Experiência
Saber de
Revelação
Saber de
Opinião
Saberes de crença
subjetividade
Homem → Mundo
Sistemas de organização do pensamento
Teoria Empiria Doutrinas
Opinião
Comum
Opinião
Relativa
Opinião
Coletiva
Imaginários
 Somente o conhecimento (sem contar as informações, os sentimentos e outros) já constitui 
vários mundos, desde o compartilhamento de saberes científicos até as opiniões comuns. 
 Meios de comunicação se intensificaram em suas inovações em meios eletrônicos, difusão e 
penetração, durante o século XX, e estudiosos da área das teorias da comunicação e da 
linguística, preocuparam-se com o impacto e a interferência dos meios nas nossas vidas.
Comunicação e mídia
 Martino e Marques (2015) comparam três gerações de sua família ao tratar da teoria do 
meio. 
 Eles fazem referências à infância do avô, que morava na cidade de São Paulo, brincava nas 
ruas sem asfalto e tinha brinquedos de madeira feitos em casa. Na década de 1930, as ruas 
não tinham luz elétrica, o cinema era para os momentos raros e o rádio era para as 
famílias ricas.
Comunicação 
Fontes: https://unsplash.com/s/photos/children-playing
 A infância dos autores foi décadas depois, em 1980, quando as crianças tinham brinquedos 
de plástico e a televisão fazia parte do cotidiano, levando-o a imitar personagens de série e 
animação. 
 O filho de Martino, em 2012, com 8 meses de idade, era atraído pela imagem digital da 
televisão, estendia a mão para pegar o celular ou o tablet, e queria brincar com o 
teclado do computador.
Comunicação
Fontes: https://unsplash.com/s/photos/tech-children
 Martín-Barbero: preocupação com a realidade da América Latina, que marca um 
espaço geopolítico, em que os receptores e os processos sociais de dominação se 
interligam na comunicação. 
 Propõe a alfabetização em comunicação para o desvelamento do impacto das mídias (meio), 
e para a apropriação e a inserção dos sujeitos nas mídias, o próprio espaço da comunicação 
e de novos sentidos. 
 Causaria, então, uma reversão do processo comunicativo baseado nos meios midiáticos: 
dos meios à mediação.
Comunicação social
 Ação e/ou reação dos grupos sociais que usam a mídia como a mediadora para 
assumir a sua voz. 
 A comunicação pode, então, se tornar um sistema de uso para as vozes de pós-colonização 
da América Latina, de grupos sociais oprimidos, como no caso das mulheres, da própria 
imprensa jornalística e das mídias que lutam pelo direito de expressão.
Quadro social da comunicação 
Fontes: 
https://www.publicdomainpictures.net/en/hledej.
php?hleda=latin+american
Dado, informação e conhecimento são elementos fundamentais para a comunicação e, nesse 
sentido, o papel da comunicação é o de:
a) Minimizar o processo de transformação do conhecimento dos interlocutores.
b) Minimizar as interferências individuais no processo de transformação do conhecimento.
c) Transformar os dados em informação e a informação em conhecimento.
d) Transformar o conhecimento em informação, minimizando as interferências individuais 
nesse processo de transformação.
e) Interferir, o mínimo possível, no processo de conhecimento.
Interatividade 
Dado, informação e conhecimento são elementos fundamentais para a comunicação e, nesse 
sentido, o papel da comunicação é o de:
a) Minimizar o processo de transformação do conhecimento dos interlocutores.
b) Minimizar as interferências individuais no processo de transformação do conhecimento.
c) Transformar os dados em informação e a informação em conhecimento.
d) Transformar o conhecimento em informação, minimizando as interferências individuais 
nesse processo de transformação.
e) Interferir, o mínimo possível, no processo de conhecimento.
Resposta 
 A partir do século XX cada geração teve um tipo de contato com uma mídia, que altera o 
modo de viver e entender a realidade. Devido a essa interferência, a mídia passou a ser o 
foco de atenção de estudiosos das teorias da comunicação. A teoria do meio ou a teoria das 
mídias procura, justamente, entender as interferências da mídia na vida cotidiana.
 Nessa perspectiva, o interesse dos estudiosos recai sobre os meios e não sobre a 
informação (mensagem) em si. Diante desse interesse, primeiramente, é preciso discutir 
sobre o significado dos termos “mídia” e “meio”.
Meio de comunicação
 No esquema de comunicação de Jakobson (2000), o elemento canal é o meio físico pelo 
qual a mensagem é enviada. O canal pode ser o suporte físico do livro, gibi, folheto, jornal, 
da televisão, do rádio, do celular, entre tantos outros.
 Meio, canal e suporte são termos empregados em diferentes áreas de estudo da 
comunicação e das Ciências da Linguagem, mas que servem para se referir 
ao mesmo fenômeno.
Meio de comunicação
Fontes: https://unsplash.com/s/photos/media
 O sentido da palavra “meio” depende do contexto no qual a palavra está inserida. Em 
contexto topológico, o sentido da palavra “meio” pode ser “um meio entre dois pontos”; 
“contexto cronológico relacionado ao intervalo”, como na expressão “meio-dia”; em sentido 
quantitativo, em situação de notas escolares, por exemplo, temos a famosa preocupação dos 
alunos, a “média”; e, em um sentido qualitativo, a palavra meio dá origem ao adjetivo 
“mediano”. 
 Em concepção de relação, o meio ocorre se os seus elementos estão, ao mesmo tempo, 
afastados e postos em contato por outra coisa que não eles mesmos. Dito de outra maneira: 
o que está em relação, o que se dá, o que aparece, o que se transmite, o que se anuncia só 
pode ocorrer através ou por meio de outra coisa que não ele mesmo.
Meio de comunicação
Em Língua Portuguesa, a palavra “meio” é usada nos sentidos:
 Já apontados (topológico, cronológico etc.);
 Como advérbio “entre”; 
 Como um dos elementos da comunicação; 
 Também temos a palavra “médium” empregada por determinadas religiões 
praticadas no Brasil; 
 Também passamos a ter a palavra “mídia”, referente, principalmente, à imprensa 
jornalística e aos meios eletrônicos, como o rádio e a televisão.
Palavra “meio”
 Na área da comunicação, a palavra “meio” está relacionada à palavra “canal”, que tem 
origem na língua latina – canna, que significa “cano pequeno”, “lugar para escoar água”. 
 Assim, o meio é um canal, ou seja, a ferramenta de armazenamento e transporte. 
 Quando falamos em meios de comunicação, referimo-nos a um suporte físico em que a 
mensagem já foi codificada para ser transmitida, conforme o esquema de 
comunicação de Jakobson.
Palavra “meio”
 No contexto do esquema de comunicação, o meio não é considerado 
importante, mas a informação sim. 
 Com a proliferação da tecnologia da informação e do entretenimento, o meio passou a ser 
mais relevante, economicamente, do que a mensagem em si. 
 McLuhan, estudioso da área das teorias da comunicação, percebeu que “o meio é a 
mensagem”, ou seja, os meios de comunicação tornaram-se o próprio conteúdo 
da informação. 
 McLuhan faz alusão ao mito de Narciso e afirma que o homem não reconhece o meio como a 
extensão de si, assim como o Narciso narcotizado não se reconhecia em seu 
próprio reflexo. 
 Os meios, por atuarem, diretamente, em nossos sentidos, 
alteram a nossa própria percepção e consciência.
 Na área da Linguística, em especial, do fim do século XX em diante, em vez dos termos 
“meio” ou “canal”, os estudiosos da área empregam o termo “suporte” por considerar que a 
comunicação envolve a interação, a troca entre o enunciador e o enunciatário, o lugar e 
o momento. O termo “canal” tornou-se específico, empregado no contexto científico, que segue a linha 
estruturalista, em especial, dos estudos desenvolvidos por Jakobson.
Meio, canal, suporte da comunicação
 Para o linguista Maingueneau (2001), o lugar em que o texto está, faz muita diferença na 
situação comunicacional. 
 Ele exemplifica ao diferenciar um anúncio publicitário em um cartaz na plataforma metroviária 
e em uma revista. 
 Enquanto o anúncio é visto, rapidamente, na plataforma e seu público é indeterminado, 
podendo ser homens, crianças, pessoas de qualquer profissão etc., na revista, o anúncio é 
itinerante, pois a revista pode ser levada e lida em qualquer lugar, disponibilizada por um 
tempo indeterminado e o seu público é específico.
Suporte e interação
Leia a tirinha e, depois, verifique as considerações sobre o papel da mídia na vida social:
I. A televisão, entendida como meio de comunicação de massa, promove a 
falta de raciocínio crítico; 
II. Verificam-se os efeitos de manipulação exercidos pela mídia, especificamente, pela 
televisão, em públicos considerados mais vulneráveis, como as crianças e os adolescentes;
III. A mídia, como a televisão, finge ser frívola, mas, ao se situar para além do conhecimento do 
público, reforça o seu estado de servidão.
Está(ão) correto(s):
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) I, II e III.
Interatividade 
Fonte: WATTERSON, B. Os dias estão simplesmente lotados: um livro de 
Calvin e Haroldo por Bill Watterson. São Paulo: Best News, 1995, p. 55.
OH, PODEROSO DA MÍDIA DE
MASSA, OBRIGADO POR
ELEVAR A EMOÇÃO,
REDUZIR O PENSAMENTO
E ANIQUILAR
A IMAGINAÇÃO!
OBRIGADO PELA
ARTIFICIALIDADE DAS
SOLUÇÕES RÁPIDAS E
PELA MANIPULAÇÃO
TRAIÇOEIRA DOS DESEJOS
HUMANOS PARA FINS
COMERCIAIS.
ESTA TIGELA DE TAPIOCA
MORNA REPRESENTA O MEU
CÉREBRO. EU A OFEREÇO EM
HUMILDE SACRÍFICIO.
MANTENHA A SUA LUZ
OSCILANTE PARA
SEMPRE.
Leia a tirinha e, depois, verifique as considerações sobre o papel da mídia na vida social:
I. A televisão, entendida como meio de comunicação de massa, promove a 
falta de raciocínio crítico; 
II. Verificam-se os efeitos de manipulação exercidos pela mídia, especificamente, pela 
televisão, em públicos considerados mais vulneráveis, como as crianças e os adolescentes;
III. A mídia, como a televisão, finge ser frívola, mas, ao se situar para além do conhecimento do 
público, reforça o seu estado de servidão.
Está(ão) correto(s):
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) I, II e III.
Resposta 
Fonte: WATTERSON, B. Os dias estão simplesmente lotados: um livro de 
Calvin e Haroldo por Bill Watterson. São Paulo: Best News, 1995, p. 55.
OH, PODEROSO DA MÍDIA DE
MASSA, OBRIGADO POR
ELEVAR A EMOÇÃO,
REDUZIR O PENSAMENTO
E ANIQUILAR
A IMAGINAÇÃO!
OBRIGADO PELA
ARTIFICIALIDADE DAS
SOLUÇÕES RÁPIDAS E
PELA MANIPULAÇÃO
TRAIÇOEIRA DOS DESEJOS
HUMANOS PARA FINS
COMERCIAIS.
ESTA TIGELA DE TAPIOCA
MORNA REPRESENTA O MEU
CÉREBRO. EU A OFEREÇO EM
HUMILDE SACRÍFICIO.
MANTENHA A SUA LUZ
OSCILANTE PARA
SEMPRE.
 O conceito da sociedade midiatizada ou midiática surge da ideia de uma ação da mídia sobre 
a sociedade, sendo a influência da mídia o principal fator de moldura contemporânea. 
 A mídia tem o poder de destruir os aspectos sociais que o mundo, hoje, observa; são frutos do 
resultado permanente e constante de igualar as ideias que ela tem colocado.
 O meio de comunicação tem parte sobre os papéis sociais, no sentido de que o acesso ao 
meio, em si, e aos modos da interação que ele disponibiliza, para se comunicar e agir, 
começa a funcionar na sociedade midiatizada. 
 A midiatização não acontece, apenas, quando se está produzindo ou recebendo as 
informações; acontece, também, quando se fala com os amigos sobre um vídeo da internet 
ou curso on-line.
Midiatização 
 A comunicação é uma prática social, e passa a haver a necessidade, frente ao fenômeno da 
midiatização, de discutir que tipo de sociedade esse fenômeno está criando. 
 A mídia digital causa problema como a mídia tradicional. A sua interferência no nosso 
cotidiano é muito mais assombrosa, pois os sistemas digitais são de vigilância. Podem 
identificar, por exemplo, as práticas de negócios que se baseiam em recursos eletrônicos de 
redes e nos serviços da internet. 
 A vigilância, sustentada pelos algoritmos da linguagem computacional, é nada mais do que 
uma maneira sofisticada e refinada da economia política no capitalismo digital, regulado pela 
biopolítica ocupando o espaço sobre o globo.
Midiatização
 O meio social em que a informação é gerada é essencial, pois neste identificamos as suas 
ideias, os seus valores e, sobretudo, a ideologia que o caracteriza, refletindo, diretamente, 
em seu produto final, ora intencionalmente na informação, dando uma característica que 
marca o meio em que está inserido. 
 É esperado dos interlocutores as habilidades de extração, em que haja a absorção daquilo 
que convém; ao saber disso, a mídia trabalha por seus meios introduzindo as informações 
estrategicamente formuladas, para atingir os seus objetivos, usando fatores influenciadores 
na hora de produzir o seu conteúdo massivo, para atingir o máximo de pessoas possíveis.
Manipulação da mídia
 Nenhuma mensagem está livre de intencionalidade, podendo-se dizer que ela não é pura. 
Todo e qualquer ato de comunicação tem por trás uma carga ideológica de sentido. 
 A interpretação é um ponto-chave para falarmos de comunicação, pois a mensagem 
produzida, nem sempre, é reproduzida e interpretada da maneira que o seu emissor a 
destinou, sendo de extrema relevância o meio cultural em que está inserido, e qual é o 
conhecimento de mundo do interlocutor.
 A mídia é um dispositivo que formata a mensagem para quem 
irá consumi-la. Esse consumo de informações facilitadas é, 
normalmente, utilizado de forma massiva por indivíduos que, 
geralmente, se baseiam por um senso comum e consomem a 
informação à disposição sem a reflexão necessária.
Intenção 
 O termo “mídia” engloba uma teia de sentidos. 
 Temos como vertentes midiáticas: mídia televisiva, mídia digital, mídia escrita, 
entre outras tantas. 
 Com o avanço da tecnologia temos um leque de possibilidades, quando se 
trata de obter informações. 
 Na palma da mão temos acesso aos smartphones, que são 
meios de acesso rápido aos conteúdos on-line, e, dessa 
forma, as mídias digitais de fácil acesso tornaram-se, também, 
facilmente manipuláveis.
Mídia
 A mídia escrita é tradicional, em aspectos como a fixação de uma imagem que acompanha o 
texto informativo, junto a um título de impacto. Há certa distância física, nesse formato de 
mídia, entre o leitor e o seu interlocutor. 
 Entre esses dois pontos existem variações de interpretação do referente, e estas ocorrem 
devido ao distanciamento da característica de instância da emissão para a instância de 
recepção, deixando, assim, um espaço entre a mensagem informada e a recebida. 
 Um espaço de amplas formas de percepção do referencial. A mesma mensagem pode não 
ser visualizada e entendida da mesma forma que é produzida.
Mídia 
 Quanto ao assunto da verossimilhança ou ao que está relacionado com o que é verdadeiro 
dentro de uma informação, temos que ter atenção ao teor ideológico que é apresentado, 
dando enfoque à intencionalidade que a notícia tem, qual é o seu teor informativo, o que ela 
representa e o quanto ela afeta o meio. 
 Ao dizer que uma informação é concreta e, totalmente, verdadeira, corremos o risco de ferir 
a autenticidade dos fatos. 
 São esses questionamentos que o receptor deve se fazer ao se posicionar diante da 
mensagem transmitida, o quão verossímil é a mensagem, qual é a necessidade da 
transmissão dessa informação, porque está sendo retratada dessa maneira.
Mídia
 Uma notícia passa pelo seu processo de transformação; para chegar ao seu receptor, ela 
passa por diversas reduções. 
 Tem-se uma seleção do materialprimeiramente coletado, retirando alguns fatos e, assim, 
transformando-a em uma informação não completa, mas reduzida, trazendo pontos 
intencionalmente escolhidos. 
 Essa seleção é feita com critérios de importância e prioridade, transformando a mensagem 
através do que deve ser informado, o que realmente é relevante, quem está se beneficiando 
ao produzir e qual é o efeito em quem recebe a notícia. 
Notícia na mídia escrita
 O ato de chocar traz ao público sensações e emoções, que lhe prendem e dominam. Por 
isso, ao tratar de uma história real e optar pela utilização de apelo emocional, estaremos 
caracterizando a notícia e transformando-a em um drama para prender o público-alvo. 
Notícia e sensacionalismo
(CQA) Considere o print de uma postagem do site Caneta Desmanipuladora, de 13 de 
novembro de 2019:
I. A escolha dos verbos é uma mera questão estilística, sem a relação com o posicionamento 
ideológico construído no discurso, pois signos diferentes podem representar o mesmo ato;
II. O discurso jornalístico, embora apresente um efeito de objetividade, não é neutro;
III. No primeiro título, de acordo com a classificação de Jakobson, predomina a função 
apelativa da linguagem.
É correto o que se afirma em:
a) I, II e III. 
b) I e II, apenas. 
c) II e III, apenas. 
d) II, apenas. 
e) III, apenas.
Interatividade
(CQA) Considere o print de uma postagem do site Caneta Desmanipuladora, de 13 de 
novembro de 2019:
I. A escolha dos verbos é uma mera questão estilística, sem a relação com o posicionamento 
ideológico construído no discurso, pois signos diferentes podem representar o mesmo ato;
II. O discurso jornalístico, embora apresente um efeito de objetividade, não é neutro;
III. No primeiro título, de acordo com a classificação de Jakobson, predomina a função 
apelativa da linguagem.
É correto o que se afirma em:
a) I, II e III. 
b) I e II, apenas. 
c) II e III, apenas. 
d) II, apenas. 
e) III, apenas.
Resposta
 Apropriação das mídias: ponto positivo na luta contra o silêncio.
 O silêncio é, também, o objeto das Ciências da Linguagem, uma vez que ele faz parte da 
comunicação, podendo ter mais de um significado, como: submissão, resistência, omissão, 
entre tantos outros.
Classificação do silêncio:
 O silêncio cauteloso consiste em saber calar, considerando a hora e o lugar onde estão os 
interlocutores, e que tipo de pessoa está na nossa convivência.
 O silêncio artificial é quando nos calamos para surpreender, 
desnortear quem declara os seus sentimentos para nós, sem 
que esse outro saiba dos nossos, ou para tirar uma vantagem 
do que ouvimos e observar o outro, de maneira sutil 
ou enganosa.
Mediação
 O silêncio complacente consiste não só em ouvir sem contradizer quem é, mas, também, em 
lhe mostrar o prazer que sentimos com a sua conversa ou o seu comportamento, como: 
gestos, olhos, sorrisos etc. O silêncio, no caso, ocupa o lugar da palavra e de aplausos.
 O silêncio zombeteiro é caracterizado por ser uma reserva irônica, maliciosa e afetada, por 
não interromper coisas sem sentido ou de pouco interesse.
 O silêncio inteligente é quando o rosto de uma pessoa é percebido como uma expressão de 
espírito, de ênfase agradável e adequado, para refletir as ideias ou os sentimentos que se 
deseja tornar conhecidos sem a ajuda da palavra.
Comunicação e silêncio
 Como exemplo de luta contra o silêncio repressor, há o movimento de circulação pública 
contra a violência doméstica e contra o abuso sexual. 
 Um desses movimentos é a criação da cartilha realizada pelo Conselho Nacional de Justiça 
(CNJ) e Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB). 
Fonte: https://www.cnj.jus.br/wp-
content/uploads/2021/03/cartilha-sinal-
vermelho-AMB-6.pdf 
 A cartilha foi criada para divulgar a campanha “Sinal vermelho contra a violência doméstica”, 
no enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a mulher durante o afastamento 
social, devido ao coronavírus e aos efeitos da pandemia de COVID-19. 
 Como forma de denúncia e de solicitação de medidas protetivas, o programa apresenta e 
lança a campanha de uma denúncia silenciosa. 
 Basta um “x” vermelho, feito com batom ou qualquer outro material acessível, na palma da 
mão e a notícia da violência na farmácia ou drogaria cadastrada na campanha. 
A polícia será acionada. 
Mediação: uso da mídia 
Fonte: https://www.cnj.jus.br/wp-
content/uploads/2021/03/cartilha-sinal-
vermelho-AMB-6.pdf 
 Retrata o corpo da mulher, dando destaque à mão com um “X” pintado de vermelho, em 
primeiro plano da fotografia. Os elementos sígnicos contextualizam uma representação do 
medo e da violência, neste caso, a violência contra a mulher. 
 A cor vermelha, que simboliza a violência, a agressividade, e o poder e a superioridade sobre 
o outro, na mão feminina da capa da cartilha sobrepõe o significado desse símbolo ao 
potencializar a força da mulher para denunciar e lutar contra a violência. O “X” serve de 
interação com o outro e constrói um significado, adquirindo, então, grande relevância na 
comunicação. O “X” em vermelho e a mão levantada com a palma virada para nós, leitores, 
causam impacto tanto sensorial quanto emocional devido, respectivamente, à cor e à 
projeção da mão, e ao forte apelo para deter a 
violência doméstica.
Mediação
Fonte: 
https://www.cnj.jus.br/wp-
content/uploads/2021/03/
cartilha-sinal-vermelho-
AMB-6.pdf 
 Devido ao confinamento por causa da Covid-19, somente os locais com serviços essenciais 
ficaram abertos para o público. Por isso, conforme a cartilha, a denúncia poderia ser feita em 
uma farmácia ou drogaria. Nesse novo contexto social, ocorrem as transformações no 
conceito de espaço que traz à tona a concepção de não lugar, um espaço que, por exemplo, 
passa a ter outra função.
 O Jornal do Ônibus, da cidade de 
São Paulo, divulgou em ônibus e 
terminais, as atitudes contra o 
abuso sexual.
Fonte: SPTrans (2021).
 O texto do jornal também solicita à leitora a denúncia, mas por meio de uma interferência 
com base na sororidade. 
 Além da palavra “sororidade”, a imagem de três figuras femininas reforça a quem 
o texto se dirige: à mulher. A mulher pode ser vítima, mas ela é, também, forte 
para lutar contra a violência.
 Ambos os textos – cartaz e jornal – são exemplos de ruptura do silêncio. Há um terceiro 
texto, a própria lei, que ajuda nessa ruptura e torna legal a voz contra o silêncio.
Mediação
O nosso papel frente às mídias, conforme à concepção de mediação de Martín-Barbero, é:
a) Desprezar as mídias.
b) Atender às demandas dos produtos oferecidos pelas mídias.
c) Tornar-se indiferente às mídias.
d) Apropriar-se das mídias para usá-las ao nosso favor.
e) Consumir os produtos da mídia, em especial, da mídia digital.
Interatividade
O nosso papel frente às mídias, conforme à concepção de mediação de Martín-Barbero, é:
a) Desprezar as mídias.
b) Atender às demandas dos produtos oferecidos pelas mídias.
c) Tornar-se indiferente às mídias.
d) Apropriar-se das mídias para usá-las ao nosso favor.
e) Consumir os produtos da mídia, em especial, da mídia digital.
Resposta 
 CHARAUDEAU, P. Discurso das mídias. São Paulo: Contexto, 2013.
 JAKOBSON, R. Linguística e comunicação. Tradução de Izidoro Blikstein e José Paulo Paes. 
São Paulo: Cultrix, 2000.
 MAINGUENEAU, D. Análise de textos de comunicação. Tradução de Cecília P. de Souza e 
Silva, e Décio Rocha. São Paulo: Cortez, 2001. 
 MARTÍN-BARBERO, J. A comunicação na educação. São Paulo: Contexto, 2014.
 MARTINO, L. M. S.; MARQUES, A. C. S. (Orgs.) Teorias da comunicação: processos, 
desafios e limites. São Paulo: Plêiade, 2015.
 MCLUHAN, H. M. Os meios de comunicação como extensões 
do homem. São Paulo: Cultrix, 1969.
Referências 
ATÉ A PRÓXIMA!

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