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ANTIMICROBIANOS

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Antibacterianos
1
Introdução
O que são antibacterianos?
São metabólitos microbianos, ou seus análogos sintéticos, que em doses pequenas, inibem o crescimento (bacteriostáticos) ou a sobrevivência (bactericidas) de microrganismos sem toxicidade grave para o hospedeiro.
A conceito-chave é a toxicidade seletiva.
Introdução
Estima-se que existem 10x mais células bacterianas do que células humanas. 
Geralmente, esses microrganismos são inofensivos contra o hospedeiro e, por vezes, atuam de maneira a beneficiá-lo.
Introdução
Entretanto, todos os nossos fluidos corporais, órgãos, estruturas corporais são estéreis sob circunstâncias normais.
Assim sendo, a presença de bactérias, fungos, vírus, protozoários e etc. nesses locais é evidência de infecção!
Abordagem terapêutica geral
	CLASSE	PREFIXO/SUFIXO	EXEMPLO
	Penicilinas	-cilina	Ampicilina
	Cefalosporinas	Cef-	Cefalexina
	Fluoroquinolonas	-floxacina (o)	Ciprofloxacino
			
Alguns termos
Amplo espectro – agentes capazes de inibir uma ampla gama de microrganismos (gram-positivos e gram-negativos).
Ex.: Tetraciclinas.
Espectro estreito – inibem um pequeno grupo de gêneros bacterianos.
Ex.: Vancomicina, utilizada quase que exclusivamente para bactérias gram-positivas e microrganismos anaeróbicos.
Terapia empírica
Quadros infecciosos particulares estão associados com espécies individuais de bactérias.
Sendo assim, determinados antibióticos são mais apropriados que outros para realizar o tratamento.
Ex.: ITU, primeira ocorrência, geralmente são causadas por Escherichia coli.
Infecções de pele geralmente são resultantes de infecções por Staphylococcus aureus. 
Terapia baseada em experimentos
Isolamento do microrganismo a partir de material infeccioso do paciente antes de instituir a terapia medicamentosa. 
A bactéria identificada é cultivada em meios contendo diversos antibióticos, observando-se qual antibiótico será capaz de inibir o crescimento ou a sobrevivência da respectiva bactéria. 
Terapia baseada em experimentos
Terapia baseada em experimentos
1/1
1/2
1/4
1/8
1/16
1/32
1/64
CIM
CBM
Susceptibilidade microbiana
Resistência
	
É a falha em inibir o crescimento ou matar o microrganismo.
Intrínseca: presente antes de o microrganismo ser exposto ao fármaco;
Adquirida: desenvolvimento subsequente à exposição ao fármaco.
Susceptibilidade microbiana
Classes terapêuticas
Agentes antimicrobianos sintéticos
Não podem ser chamados de antibióticos, pois não foram oriundos de modificações moleculares de nenhum produto natural com tal ação.
Interferentes da síntese e ação do folato
SULFAS E TRIMETROPRIMA
Interferentes da síntese e ação do folato
Sulfas - propriedades antibacterianas descobertas em meados dos anos 30;
Prontosil rubrum®
Gerhard Domagk
Sulfas
Foi demonstrado mais tarde que a urina dos animais tratados com o prontosil® era bioativa in vitro.
Estrutura geral
Sulfanilil
Sulfamil
Sulfanilamido
Substituição por grupo heteroaromáticos retiradores de elétrons nessa posição aumenta a potência 
O grupo SO2 tem um forte caráter retirador de elétrons, fazendo com que o NH2 ligado a ele adquira um caráter levemente acídico. 
18
Mecanismo de ação
Análogo estrutural do ácido p-aminobenzóico.
PABA
Sulfonamida
Mecanismo de ação
PABA
Folato
Tetraidrofolato (Ácido fólico)
Timidilato
DNA
Diidropteroato sintetase
Diidrofolato redutase
Sulfas
Trimetoprima
Mecanismo de ação
Catalisada por DIIDROPTEROATO SINTETASE
Mecanismo de ação
Ácido diidropteróico
Mecanismo de ação
Mecanismo de ação
Ácido diidrofólico
Sulfas disponíveis na clínica
Sulfadiazina
Sulfametazina
Sulfametoxazol
Sulfassalazina
Aspectos farmacocinéticos
São prontamente absorvidas pelo TGI e alcançam concentrações plasmáticas máximas após 4 horas de administração.
São metabolizadas principalmente pelo fígado, sendo o derivado acetilado inativo. São excretadas pela urina.
Efeitos adversos: náuseas, vômitos, cefaleia e depressão mental.
Trimetoprima
Quimicamente relacionada com a pirimetamina (antimalárico).
PIRIMETAMINA
TRIMETOPRIMA
Mecanismo de ação
Ácido diidrofólico
Mecanismo de ação
Ácido tetraidrofólico
Reação catalisada pela
DIIDROFOLATO REDUTASE
Mecanismo de ação
Semelhança estrutural com a metade pteridínica
Age como antagonista do folato sobre a Diidrofolato redutase
Aplicação terapêutica
Pode ser aplicada como agente terapêutico único para o tratamento oral de ITUs.
É mais comummente usada em associação ao sulfametoxazol na proporção 1:5 (Bactrim®)
Quinolonas
Quinolonas
Substâncias antimicrobianas sintéticas que possuem em comum o anel 3-carboxipirid-4-ona N-1-alquilado ligado a outro anel aromático, que por si só pode possuir outros substituintes.
Quinolonas
Ácido nalidíxico – foi a primeira quinolona a ser comercializada. Era classificada como uma quinolona de primeira geração devido a suas propriedades biológicas e farmacocinéticas.
Atuava apenas sobre um pequeno número de microrganismos gram(-), recebendo, portanto, pouca importância clínica.
Quinolonas
A partir do descobrimento de que a substituição por um flúor na posição 6 aumentava significativamente a atividade, diversos agentes foram, então, sintetizados, AS FLUOROQUINOLONAS.
Fluoroquinolonas
Norfloxacino (1986)
Ciprofloxacino
Mecanismo de ação
Inibem tanto a DNA girasse quanto a topoisomerase IV, enzimas extremamente importantes para a conformação do DNA.
As respectivas inibições tornam o material genético inacessível, resultando na morte celular.
Relação estrutura-atividade
Grupamento farmacofórico:
Redução destas posições inativam a molécula
Substituição na posição 2 interfere com a ligação com as enzimas.
Flúor nesta posição aumenta significativamente a lipofilicidade da molécula, facilitando a penetração da parede celular.
Heterociclos nesta posição aumenta o espectro de atividade contra organismos gram(-).
Relação estrutura-atividade
São incompatíveis com íons metálicos polivalentes como:
 Ca2+, Mg2+, Zn2+, Fe2+, Al3+
Resistência
Estão associadas às mutações dos genes gyrA e gyrB, que codificam a DNA girase, e parC e parE, que codificam a topoisomerase IV.
Efeitos adversos/colaterais
Tendinites e ruptura de tendões;
Ação pró-convulsivante, especialmente quando coadministrado com AINES;
Alucinações, insônia e distúrbios visuais.
Diarreia, vômito, dores abdominais e anorexia.
Efeitos adversos/colaterais
Potencialmente danosa no primeiro trimestre da gravidez, uma vez que predispõe ao risco de acidose metabólica e anemia hemolítica. 
Agentes diversos
Compostos nitroheteroaromáticos
Nitrofurantoina
(Macrodantina®)
Metronidazol, R = OH
Tinidazol, R = SO2C2H5
Nitrofurantoína
Utilizada para profilaxia e tratamento para tratamento de infecções do trato urinário quando a função renal não está comprometida, além de inibir o crescimento de cálculos renais.
Mecanismo de ação:
Inibe as funções do DNA e RNA através de mecanismos ainda não compreendidos.
Metronidazol
Introduzida, inicialmente, para o tratamento de vaginoses causadas por amebas.
Também é útil para o tratamento de tricomoníase, giardíase e Gardnerella vaginalis.
Mecanismo de ação:
Interfere com a ação do DNA e RNA. 
Metenamina
Utilizada para a desinfecção da urina acidificada
Consiste de um polímero de baixo peso molecular da amônia e do formaldeído, que em meio ácido é revertido para seus precursores.
O formaldeído é o componente com ação antimicrobiana.
Fosfomicina (Monuril®)
Inibe a enolpiruvial transferase, enzima que catalisa a fase inicial da biossíntese da parede celular, resultando na síntese reduzida do peptidoglicano.
Utilizada em ITU.
Inibidores da síntese da parede celular
Células bacterianas
As células das bactérias são incluídas dentro de uma parede celular amplamente rígida e complexa.
Suas funçõessão:
Fornecer uma barreira semipermeável;
Fornecer uma barreira forte o suficiente para resistir a mudanças na pressão osmótica;
Prevenir a digestão por enzimas do hospedeiro.
Os peptidoglicanos são uma série de açúcares alternados ligados pelas posições (1,4)-beta formando uma longa cadeia..
51
Inibidores da síntese da parede celular
52
Inibidores da síntese da parede celular
Antibióticos β-lactâmicos
α β
O nome lactama é dado a amidas cíclicas e seus análogos.
A nomenclatura contemporânea classifica esse grupo como azetidinona.
Constitui-se como o grupamento farmacofórico da classe!!
Penicilinas
Caracterizadas pela conjugação de um anel de 5 membros (tiazolidina)
Síntese
Penicillium chrysogenum
Benzilpenicilina
Síntese
Ácido 6-aminopenicilâmico
Ligação mais instável!
Relação estrutura-atividade
O substituinte químico acoplado ao núcleo da penicilina pode influenciar bastante a sua estabilidade e espectro de ação.
Grupos retiradores de elétrons em R1 diminuem a densidade eletrônica da carbonila, protegendo-as da hidrólise ácida.
Relação estrutura-atividade
	Fármaco	Substituinte	% de fármaco intacto absorvido
	Benzilpenicilina	ArCH2-	15-30
	Pen V (fenoxipenicilina)	ArOCH2-	60-73
	Ampicilina	ArCH(NH)-	30-50
	Amoxicilina	HOArCH(NH)-	75-90
Penicilinas resistentes a beta-lactamases
Substituição da cadeia lateral por grupos volumosos causam o impedimento estérico, anulando a ação da enzima.
R1 = R2 = H, oxacilina
R1 = H, R2 = Cl, cloxacilina
R1 = R2 = Cl, dicloxacilina
Inibidores de beta-lactamases
Ácido clavulânico
Baixa atividade antibacteriana
Inibidor irreversível de beta-lactamase
Substrato suicida
Aumenta a potência de penicilinas de amplo espectro.
Inibidores de beta-lactamases
Sulbactam
Tazobactam
A oxidação do átomo de S a sulfona aumenta consideravelmente a potência do fármaco
Aumenta a potência de penicilinas de amplo espectro
Cefalosporinas
Caracterizadas pela conjugação de um anel de 6 membros (diidrotiazina)
Propriedades químicas
A perda de reatividade pelo aumento do tamanho do anel é compensada por:
Ligação olefínica entre os C2 e C3;
 
Grupo metilenoacetoxi ou outro grupo de saída na posição 3.
Instabilidade química clinicamente relevante
Metabolismo
Metabolizado
Metabolismo
Grupo de saída muito pobre!
Metabolismo
Perda da carboxila livre! Perde a similaridade com os aminoácidos!!
Relação estrutura atividade
Adição de um grupo amino e um H nas posições alfa2 e alfa, respectivamente, resulta em um composto básico que é protonado sob as condições ácidas do estômago.
Essencial para a atividade
X = OR, melhoramento da atividade.
Y = S, melhor atividade do que quando Y = O.
O contrário é verdadeiro para resistência a beta-lactamases.
Z = anel de 5 membros, apresenta melhor atividade do que anel de 6 membros.
Melhorando a estabilidade frente as beta-lactamases
Isômero L é 30-40x mais estável que o D
Metoxioximas (100x)
Melhorando a estabilidade frente as beta-lactamases
Isômero Z
20.000x mais potentes que o isômero E
Isômero E
Metabolismo
Cefuroxima
Nomenclatura e classificação
A maioria das cefalosporinas recebe o prefixo cef- na sua nomenclatura.
São classificadas com base na ordem de introdução no mercado, estando esta classificação intimamente relacionada com o espectro de ação.
1ª geração, 2ª geração, 3ª geração e 4ª geração
Cefalosporinas de 1ª geração
Ativas in vitro contra cocos gram-positivos, estreptococos do grupo A beta-hemolíticos, estreptococos do grupo B e Streptococcus pneumoniae.
Não são eficazes contra MRSA.
Não são significativamente eficazes contra bactérias gram-negativas, embora algumas cepas de Escheriquia Coli, Klebsiella pneumoniae, Proteus mirabilis, and Shigella sp. Possam ser sensíveis.
Cefalosporinas de 1ª geração
 
Cefadroxila
Cefazolina
Cefalexina
Cefalosporinas de 2ª geração
Mantém a atividade anti-gram-(+) daquelas de 1ª geração, acrescentando Haemophilus influenzae e melhoria na atividade anti-gram(-)
Algumas cepas de Acinetobacter, Citrobacter, Enterobacter, E. coli, Klebsiella, Neisseria, Proteus, Providencia e Serratia também são sensíveis.
Cefalosporinas de 2ª geração
Algumas cefalosporinas possuem o grupo N-metil-5-tiotetrazol (MTT) na posição 3.
A perda deste grupo está associada com a deficiência de protrombina e, portanto, problemas na coagulação. Além disso, ocorrem efeitos semelhantes ao uso do dissulfiram, resultando na intolerância aguda ao álcool.
Cefalosporinas de 2ª geração
Cefalosporinas de 2ª geração
Cefalosporinas de 3ª geração
São menos ativas contra Staphylococcus do que as de 1ª geração, mas muito mais ativas contra bactérias gram-(-) do que os de 1ª e 2ª geração.
Particularmente úteis contra infecções nosocomiais por cepas multirresistentes. 
Morganella sp. e Pseudomonas aeruginosa são frequentemente sensíveis.
Cefalosporinas de 3ª geração
São menos ativas contra Staphylococcus do que as de 1ª geração, mas muito mais ativas contra bactérias gram-(-) do que os de 1ª e 2ª geração.
Particularmente úteis contra infecções nosocomiais por cepas multirresistentes. 
Morganella sp. e Pseudomonas aeruginosa são frequentemente sensíveis.
Cefalosporinas de 3ª geração
Ceftriaxona
Cefalosporinas de 3ª geração
Cefalosporinas de 3ª geração
Cefalosporinas de 4ª geração
Possuem espectro de ação semelhante ao das de 3ª geração, adicionando-se algumas enterobactérias que são resistentes a essas. 
São também mais ativas contra microrganismos gram-(+).
Cefalosporinas de 4ª geração
Cefepima
Ajuda a penetrar as bactérias gram-(-)
86
Carbapenêmicos
Streptomyces cattleya
Tienamicina
Características:
Amplo espectro
Inibição de betalactamases
87
Carbapenêmicos
Imipenem
Não é oralmente ativo!
Diidropeptidase-1 renal rompe a ligação beta-lactâmica.
Pode induzir convulsões!!!
88
Imipenem
Imipenem
Cilastatina
Inibe a diidropeptidase-1 renal
Meropenem
Confere uma resistência natural contra a diidropeptidase-1 
Risco de convulsões significativamente diminuído!
Monobactâmicos
A fermentação de microrganismos não usuais levou à descoberta de uma classe de antibióticos beta-lactâmicos monocíclicos.
Nenhum demonstrou uma atividade consideravelmente importante!
Aztreonam
Espectro de atividade quase que exclusivo para gram-(-)
Relembra a carboxila em C-2 de outros beta-lactâmicos
Confere estabilidade frente às beta-lactamases
Inibidores da biossíntese de proteínas
Base da seletividade
Assim como nos microrganismos procariotos, os organismos eucariotos também realizam a síntese de proteínas através de ribossomos.
Entretanto, os ribossomos bacterianos são estruturalmente diferentes dos ribossomos dos seres humanos!!
Ex.: Escherichia coli
Exemplos
Aminoglicosídeos e aminociclitóis
Inositol
Aminoglicosídeos e aminociclitóis
Estreptamina
Aminoglicosídeos e aminociclitóis
2-desoxiestreptamina
Aminoglicosídeos e aminociclitóis
Espectamina
100
Aminoglicosídeos e aminociclitóis
N1,N3-bis(aminoiminometil)-estreptamina
Características físico-químicas
Todos são solúveis em água em todos os intervalos de pH possíveis.
São bases, portanto, formam sais ácidos.
Não são significativamente absorvidos no TGI. Assim sendo, sua ação se limita ao TGI quando administrado oralmente.
Características físico-químicas
São excretados na urina em sua forma ativa em altas concentrações após a administração endovenosa.
A função renal comprometida obriga a redução da dose para prevenir acumulação até níveis tóxicos.
São bastante utilizadas como pomadas ou soluções para tratamento de infecções oftalmológicas.
Mecanismo de ação
São bactericidas devido a combinação de uma série de efeitos tóxicos.
 Ligam-se a subunidade 30S, impedindo a função de revisão dos ribossomos.
Aligação induz uma mudança conformacional na estrutura ribossomal, levando a erros na tradução, com seleção de aminoácidos errados e formação de proteínas non-sense.
Mecanismo de ação
Resistência
A bactéria produz enzimas que modificam quimicamente os fármacos, fazendo com que eles não sejam mais considerados substratos da subunidade ribossomal 30S.
AAC – Aminoglicosídeo acetilase
APH – Aminoglicosídeo fosforilase
ANT – Aminoglicosídeo nucleotídeo transferase
Resistência
Resistência
Resistência
Também pode ser mediada por modificações estruturais na subunidade 30S. 
Efeitos adversos
Os efeitos tóxicos dos aminoglicosídeos são evidenciados pelas funções mediadas pelo oitavo nervo craniano (vestíbulococlear).
Perda de audição e de equilíbrio.
Efeitos adversos
Necrose tubular renal também pode ocorrer, ocasionando a diminuição da função glomerular.
Estes efeitos estão relacionados aos vasos sanguíneos, e são mediados aparentemente pela afinidade especial dos aminoglicosídeos pelas células renais e sensoriais do ouvido interno.
Pode ocorrer também um bloqueio muscular semelhante ao do curare, agravando a fraqueza muscular em pacientes com miastenia gravis e parkisonianos.
Aminoglicosídeos e aminociclitóis
APH(3’)-I
APH(3’)-II
AAC
Amicacina
L-hidroxiaminobutiril amida (HABA)
Impede a fosforilação e adenilação nos aminoaçúcares
Derivado semissintético da canamicina
Gentamicina
A gentamicina é uma mistura de antibióticos, sendo os mais proeminentes as gentamicinas C-1, C-2 e C-1a.
Gentamicina
Aminoglicosídeos e aminociclitóis
Canamicina
Amicacina
Tobramicina
Gentamicina
Spectinomicina
Estreptomicina
Macrolídeos
São ésteres cíclicos.
Os componentes clinicamente importantes dessa família possuem dois ou mais açúcares característicos ligados a sua estrutura (normalmente cladinose e desosamina).
Estrutura 
Estrutura
Propriedades físico-químicas
Bases fracas (pKa ~8)
Não são muito solúveis na forma de base livre, sendo necessária utilização de sais.
São instáveis em ambientes ácidos (importância clínica).
Propriedades físico-químicas
Para contornar esse problema, os comprimidos são revestidos!!!
Mecanismo de ação
Ligam-se à subunidade ribossomal 50S, mais especificamente ao rRNA 23S, inibindo a biossíntese de proteínas.
Resistência
As bactérias sintetizam enzimas que metilam resíduos de guanina específicos no próprio RNA ribossomal.
A síntese proteica se torna menos eficiente, mas com os ribossomos ligando-se menos aos macrolídeos.
Resistência
Mutação, com substituição da adenina para guanina em determinado domínio.
Redução de até 10.000x na capacidade de ligação à subunidade 23S do RNA do ribossomo.
Macrolídeos aplicados na terapêutica
Eritromicina (sais, ésteres);
Claritromicina;
Azitromicina;
Relação estrutura-atividade
Claritromicina
Conversão semissintética da –OH em C-6
Previne a formação de cetal cíclico.
Relação estrutura-atividade
Azitromicina
Inserção de um grupo N-metil entre os carbonos 9 e 10, formando um ciclo de 15 membros.
Essa alteração impede a formação de cetal cíclico.
Mais estável frente a degradação ácida.
Lincosamidas
Estrutura:
Açúcar de 8 carbonos, tiometil amino-octosídeo (O-tio-lincosamida)
 +
Ácido N-metilpirrolidilcarboxílico substituído com n-propil
São ácidos fracos, formando cloridratos clinicamente úteis.
Mecanismo de ação
Sobrepõem parcialmente o mesmo sítio de ligação dos macrolídeos na subunidade 50S.
Possuem o mesmo mecanismo de ação dos macrolídeos.
Possuem resistência cruzada com aquela classe (macrolídeos).
Relação estrutura-atividade
Lincomicina
Isolada de Streptomyces lincolnensis
Ponto de partida para a síntese da clindamicina
Relação estrutura-atividade
Clindamicina
Melhor absorvida que lincomicina após administração oral (90%).
Mais lipossolúvel e bioativa após a 
Tetraciclinas e glicilciclinas
Naftaceno
Tetraciclinas
Propriedades físico-químicas
São substâncias anfotéricas, com 3 valores de pKa
(2,8 a 3,4 – 7,2 a 7,8 – 9,1 a 9,7)
Ponto isoelétrico – pH = 5,0
O componente básico da molécula é a substituição C-4-alfa-dimetilamino.
Estrutura geral
REA das tetraciclinas
Quelação
As funções ácidas das tetraciclinas são capazes de formarem sais através da quelação com íons metálicos.
 Os mais comuns são:
Fe+2, Ca+2, Mg+2 e Al+3
Quelação
Quelação
E se for necessário administrar medicamentos contendo íons incompatíveis com as tetraciclinas?
Deve-se administrar os íons 1 h antes das tetraciclinas
Ou
Administrar os íons 2 h depois das tetraciclinas.
Quelação
Epimerização
A orientação alfa do grupo dietilamino em C-4 é essencial para a atividade das tetracilcinas.
Desidratação
A maioria das tetraciclinas naturais possui uma hidroxila terciária e benzílica em C-6. 
Esta característica favorece a ocorrência de desidratação catalisada em meio ácido envolvendo o hidrogênio na posição C-5 alfa.
Desidratação
“Quebra em bases”
São reações de degradação que também envolvem a hidroxila em C-6 em valores de pH superiores a 8,5.
Fototoxicidade
As tetraciclinas substituídas por Cl em C-7 (demeclociclina) absorvem luz na região visível. 
Essa característica resulta na formação de radicais livres, causando eritema severo em pacientes sensíveis quando se expõem a luz solar.
Mecanismo de ação
Interferem com a síntese de proteínas, ligando-se a subunidade 30S do ribossomo.
Mecanismo de ação
Resistência
Síntese de proteínas que se ligam ao ribossomo de tal forma que, mesmo após a ligação da tetraciclina a ele, a síntese proteica continua.
Síntese de proteínas que promovem o efluxo das tetraciclinas a partir da células bacteriana.
Efeitos colaterais
Danos renais
Náusea
Vômitos
Diarreia
Tontura
Vertigem
Tromboflebite (endovenoso)
Exemplares
Tetraciclina
Demeclociclina
Minociclina
Doxiciclina
Tigeciclina
Outros antibióticos
Cloranfenicol
Mecanismo de ação
Inibição da biossíntese de proteínas.
Liga-se a subunidade 50S dos ribossomos bacterianos. 
Resistência
Sofrem acetilação enzimática!
Efeitos adversos/colaterais
Discrasias sanguíneas
(Pancitopenia)
Inibição da hematopoiese
Síndrome do bebê cinzento
Síndrome do bebê cinzento
Peptídeos cíclicos
Vancomicina
Cadeia
Hexapeptídica
glicosilada
Mecanismo de ação
Inibidor da biossíntese da parede celular
Inibe as transglicosidases e as transpeptidase.
Os peptidoglicanos são uma série de açúcares alternados ligados pelas posições (1,4)-beta formando uma longa cadeia..
158
Mecanismo de resistência
Ocorre a alteração do segmento D-alanil-D-alanina para D-alanil-D-lactato nos precursores da parede celular bacteriana.
Efeitos adversos/colaterais
Estão relacionados com a infusão, especialmente de doses elevadas ou muito rápidas.
Reações anafilactoideas (hipotensão, chiado, dispneia, urticaria e prurido).
Nefrotoxicidade e danos ao nervo auditório
Efeitos adversos/colaterais
Efeitos adversos/colaterais
Estreptograminas
Estreptograminas
Mecanismo de ação
Inibem a síntese de proteínas por ligarem-se a subunidade 50S dos ribossomos bacterianos.
Possuem efeitos sinérgicos, com a dalfopristina facilitando a ligação da quinupristina com o ribossomo. 
Polimixina B
Mecanismo de ação
Atua sobre a membrana celular das bactérias, causando danos na estrutura da mesma.
Liga-se aos radicais fosfato (PO4-) 
Bacitracina
Mecanismo de ação
Inibe a biossíntese de peptidoglicanos em um estágio tardio.
Inibe a desfosforilação do carreador de fosfolipídeos, impedindo o mesmo de carrear o bloco de construção NAM-pentapeptídeo.
Linezolida
Membro da classe oxazolidinodinonas.
Mecanismo de ação
Inibição da biossíntese de proteínas no início do processo.
Ligam-se à subunidade 50S do ribossomo, prevenindo a formaçãode um complexo de iniciação funcional que inclui o N-formilmetionil-tRNA, a subunidade 30S, o RNAm e fatores iniciadores. 
Resistência
Mutação no RNA da subunidade 23S;
Bombas de efluxo expressas por microrganismos gram(-).
Mupirocina
Mupirocina
Pertence a um grupo de ácidos lipídicos
Só pode ser utilizado topicamente, pois é hidrolisada in vivo 
Impede a síntese de proteínas por ligar-se à isoleucil tRNA sintetase, impedindo a ligação da isoleucina às´proteínas bacterianas.
Resumindo...
N
S
O
N
H
2
O
N
N
H
2
N
H
2
N
H
2
N
H
2
O
O
S
N
S
O
N
H
2
O
N
N
H
2
N
H
2
Fígado [H
+
]
3
5
2
6
4
1
R
2
HN
(4)
N
(1)
O
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