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DIREITO CIVIL - PARTE GERAL Mais de 600 quesões

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DAS PESSOAS. PESSOAS NATURAIS E JURÍDICAS. DOMICÍLIO. 
 
 
(CAERD-RO-2002-TÉCNICO) (ADAPTADA) 
01. São relativamente incapazes em relação a certos atos da vida civil: 
 
a) os menores de dezesseis anos, os pródigos e os excepcionais sem 
desenvolvimento completo; 
b) os silvícolas, os pródigos e os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; 
c) os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir a sua vontade e os 
que, por enfermidade ou doença mental, não tiverem o necessário 
discernimento para a prática desses atos; 
d) os ausentes, declarados tais por ato do juiz, os maiores de dezesseis e menores 
de dezoito anos e os pródigos; 
e) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos, os ébrios habituais, os 
viciados em tóxicos e os pródigos. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Ao nascer com vida, a pessoa natural adquire personalidade civil, passando a ser 
sujeito de direitos e de obrigações na ordem civil. Da aquisição da personalidade, 
decorre a capacidade, que pode ser de gozo ou de direito, que é a aptidão genérica 
para contrair obrigações e exercer direitos, por si ou por outrem, e de fato ou de 
exercício, que é a capacidade de exercer direitos e contrair obrigações, por si mesmo. 
Todos os seres humanos, ao nascerem com vida, adquirem a capacidade de gozo ou de 
direito, que não pode ser negada, recusada ao indivíduo, por fazer parte da sua própria 
personalidade, ser inerente a esta. 
Contudo, para alguns indivíduos, a lei nega a capacidade de fato ou de exercício, ou 
seja, a capacidade de exercer, sozinho, os atos da vida civil. São os incapazes. 
 
 
 
 2 
 
 
 
A incapacidade, por seu turno, pode ser absoluta ou relativa. Na incapacidade 
absoluta, a pessoa não pode exercer o ato, alguém o exerce por ela – o representante. 
Na incapacidade relativa, embora o incapaz possa exercer o ato, não pode fazê-lo 
sozinho, dependendo da colaboração de outrem – o assistente. A prática de atos pelo 
absolutamente incapaz sem a devida representação torna o ato praticado NULO, sem 
efeito. A prática do ato pelo relativamente incapaz sem a devida assistência torna-o 
anulável (gerando efeitos a não ser que seja requerida pelo prejudicado a declaração 
de sua invalidade). 
O art. 4º do CC elenca o rol taxativo dos relativamente incapazes, quais sejam: 
I – os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; 
II – os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, 
tiverem o discernimento reduzido; 
III – os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo; IV – os 
pródigos. 
É de bom alvitre realçar que, quanto aos pródigos, a sua incapacidade refere-se tão 
somente à prática de atos de administração, com conteúdo patrimonial, não ficando 
este impedido de praticar atos que não tenham tal natureza. 
A alternativa “A” está incorreta porque contempla os menores de dezesseis anos, que 
são considerados pelo art. 3º como absolutamente incapazes. 
A alternativa “B” encontra-se igualmente incorreta, porque os silvícolas, no tocante à 
capacidade, rege-se por legislação especial, como preceitua o art. 4º, parágrafo único 
do CC. 
A alternativa “C” está errada porque abrange dois casos de incapacidade absoluta, 
previstos no art. 3º do CC, e não de incapacidade relativa. 
A alternativa “D” também está inverídica, pois os ausentes, diferentemente do que 
previa o CC/1916 revogado, não estão elencados no rol da incapacidade, seja absoluta, 
seja relativa. 
A alternativa “E” corresponde, integralmente, aos casos de incapacidade relativa, 
sendo, portanto, a correta. 
 
(OAB-RO-ABRIL/2004-34º CONCURSO) 
02. Ao afirmar que uma pessoa é absolutamente incapaz para exercer os atos da 
vida civil, estamos reconhecendo as suas falta de capacidade jurídica. Para suprir 
esta incapacidade, esta pessoa deverá ser: 
 
a) Representada. 
b) Assistida. 
c) Substituída. 
d) Excluída. 
 
 3 
 
 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A incapacidade absoluta supre-se através do instituto da representação, em que o ato 
é praticado pelo representante em substituição ao absolutamente incapaz. 
A resposta correta, portanto, é a letra “A”. 
 
(OAB-RO-ABRIL/2004-34º CONCURSO) 
03. A respeito da capacidade civil, pode-se afirmar que: 
 
a) Os absolutamente incapazes devem ser representados e os relativamente
 incapazes devem, em regra, ser assistidos; 
b) Os menores de dezesseis anos são absolutamente incapazes; 
c) A prática de ato pelo absolutamente incapaz redunda em sua nulidade; 
d) Todas as alternativas estão corretas. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Como já comentado nas questões anteriores, a incapacidade absoluta supre-se pela 
representação, em que o representante pratica o ato em nome do incapaz. A 
incapacidade relativa, por seu turno, supre-se pela assistência, em que o assistente 
pratica o ato conjuntamente com o assistido. 
O ato praticado pelo absolutamente incapaz sem que seja representado por quem de 
direito é nulo (sem efeito), e o praticado pelo relativamente incapaz sem a devida 
assistência é anulável, gerando efeitos até que algum prejudicado requeira a 
declaração judicial de sua invalidade. 
A alternativa “A” está correta, pois o absolutamente incapaz é representado (não 
pratica o ato, e sim o representante, que o realiza por ele) e o relativamente incapaz é 
assistido (pratica o ato conjuntamente com ele). Ressalve-se a expressão contida na 
alternativa: “em regra”, pois a lei permite, em alguns casos, que o relativamente 
incapaz pratique atos sem necessidade de assistência, como celebrar contrato de 
trabalho, desde que tenha no mínimo dezesseis anos, aceitar mandato, casar, desde 
que autorizado, ser testemunha, fazer testamento, etc. A alternativa “A”, pois, está 
correta. 
Os menores de dezesseis anos estão contemplados no rol da incapacidade absoluta 
(art. 3º, I do CC), portanto, igualmente correta está a alternativa “B”. 
O ato praticado pelo absolutamente incapaz sem representação é nulo, não podendo 
ser ratificado (confirmado), estando correta também a alternativa “C”. 
A alternativa “D”, que prevê que todas as alternativas anteriores estão corretas, 
é a que deve ser assinalada. 
 
 4 
 
 
 
 
(OAB/SP/125º/2005) 
04. São absolutamente incapazes os menores de: 
 
A) 16 anos; os ausentes; os que não puderem exprimir sua vontade, em razão de 
causa permanente. 
B) 18 anos; os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário 
discernimento para os atos da vida civil; os excepcionais, sem desenvolvimento mental 
completo. 
C) 16 anos; os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem necessário 
discernimento para os atos da vida civil; os que, mesmo por causa transitória, não 
puderem exprimir sua vontade. 
D) 16 anos; os ébrios habituais; os pródigos; os toxicômanos. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
O art. 3º do Código Civil elenca a categoria dos absolutamente incapazes, em rol 
taxativo, não comportando interpretação extensiva a outros casos, a saber: 
I – os menores de dezesseis anos; 
II – os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário 
discernimento para a prática desses atos; 
III – os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade. 
A alternativa “A” enquadra os ausentes como absolutamente incapazes, tornando 
a questão incorreta. É preciso que o candidato fique atento, pois os ausentes eram 
considerados pelo Código Civil de 1916 revogado como absolutamente incapazes. Não 
são mais pelo Código Civil de 2002 vigente. Está incorreta também porque prevê que 
são absolutamente incapazes os que não puderem exprimir sua vontade “por causa 
permanente”. Ainda que por causa transitória (hipnose, embriaguez, etc.), se a pessoa 
não puder exprimir sua vontade, a causa é de incapacidade absoluta. 
A alternativa “B” está incorreta, primeiramente, porque somente os menores de 
dezesseis anos são considerados absolutamente incapazes. Entre dezesseis e dezoito 
anos o caso é de incapacidade relativa. Também os excepcionais sem desenvolvimento 
completo são considerados relativa, e nãoabsolutamente incapazes. 
A alternativa “C” contempla integralmente hipóteses de incapacidade absoluta, sendo 
a correta, pois são absolutamente incapazes os menores de dezesseis anos; os que, 
por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem necessário discernimento para os 
atos da vida civil e os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua 
vontade. 
A alternativa “D” está incorreta porque os ébrios habituais (alcoólatras), os 
toxicômanos e os pródigos são relativamente incapazes. 
 
 5 
 
 
 
 
(OAB-RO-30º CONCURSO) (ADAPTADA) 
05. De acordo com o Código Civil vigente, assinale a 
alternativa correta: 
 
A - São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os 
menores de 18 anos, os pródigos e os loucos de todo gênero. 
B - São capazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer os maiores de 
14 e menores de 21 anos, os ausentes e os silvícolas. 
C - Aos 18 anos completos acaba a menoridade, ficando habilitado o indivíduo para 
todos os atos da vida civil. 
D - Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar 
se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente 
mortos. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A alternativa “A” está incorreta, porque os pródigos são considerados relativamente 
incapazes. 
A alternativa “B” está igualmente incorreta, porque os ausentes não são mais 
considerados pelo Código Civil de 2002 incapazes, e os silvícolas, no que refere à sua 
incapacidade, regem-se por lei específica. 
A alternativa “C” contém inveracidade porque a cessação da incapacidade por 
menoridade cessa aos dezoito, e não aos dezesseis anos, quando a pessoa fica 
habilitada à prática de todos os atos da vida civil, consoante o que prescreve o art. 5º, 
caput, do Código Civil. A alternativa “D” contempla a hipótese de comoriência, prevista 
no art. 8º do Código Civil, verbis: “Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma 
ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, 
presumir-se-ão simultaneamente mortos”. 
A comoriência, ou morte simultânea, ocorre quando dois ou mais indivíduos, que têm 
entre si uma relação jurídica, morrem em um mesmo evento, não sendo possível, 
pelos meios médicos-legais, aferir qual deles morreu primeiro. A lei, nesta hipótese, 
presume que a morte foi simultânea, de modo que não haverá transmissão recíproca 
de direitos entre eles. Assim, se pai e filho morrem em um mesmo acidente, não sendo 
constatado quem morreu primeiro, não haverá, de um para outro, transmissão de 
herança, sendo a parte do filho destinada aos herdeiros deste, e a parte de seu pai 
conferida aos seus herdeiros. Diferente situação ocorreria se, por exemplo, ficasse 
constatado que o pai havia falecido primeiro, transferindo-se a herança deste para o 
filho, e do filho para os herdeiros deste, no caso, a mãe, se fosse viva. Esta, 
portanto, a questão correta. 
 
 6 
 
 
 
 
06. São absolutamente incapazes, exceto: (ADAPTADA) 
 
A - ausentes. 
B - os menores de 16 anos. 
C – os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade. 
D - os enfermos que não tiverem o necessário discernimento para a prática de atos da 
vida civil. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Os ausentes não são mais considerados, pelo Código Civil de 2002, incapazes, como o 
eram na legislação anterior (CC/1916). A alternativa “A”, pois, está correta, pois a 
ausência não é causa de incapacidade absoluta (como também não é de incapacidade 
relativa). 
Os menores de dezesseis anos estão catalogados no rol dos absolutamente incapazes 
(art. 3º, I do CC), de modo que a alternativa “B” está incorreta. 
Os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade são 
considerados absolutamente incapazes, de acordo com o art. 3º, III do CC, portanto, a 
alternativa “C” está incorreta. 
Os enfermos, que não tiverem o necessário discernimento para a prática de atos da 
vida civil também são considerados absolutamente incapazes (art. 3º, II do CC). A 
alternativa “D” está igualmente incorreta. 
 
(TRT-9ª. REGIÃO-ANALISTA JUDICIÁRIO) (ADAPTADA) 
 
07. São absolutamente incapazes: 
 
a) os maiores de dezesseis anos e os menores de dezoito anos de idade; 
 
b) os pródigos; 
 
c) os surdos-mudos que não puderem exprimir a sua vontade; 
 
d) os silvícolas; 
 
e) os menores que colarem grau em curso de ensino superior. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
 7 
 
 
 
Os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos são relativamente incapaces (art. 
4º, I do CC). A alternativa “A” está incorreta. 
 
Os pródigos são considerados relativamente incapaces (art. 4º, IV), estando a 
alternativa “B” também incorreta. 
 
Os surdo-mudos, pelo Código Civil de 1916 (revogado) eram considerados incapazes. 
Atualmente, na dicção do Código Civil de 2002, nao foram mais considerados como 
tais, podendo encuadrar- se, contudo, na hipótese prevista no art. 4º, III (excepcionais 
sem desenvolvimento mental completo), dependendo do grau de discernimento que 
tiverem. A simples surdo-mudez, por si só, não acarreta a incapacidade. Está, pois, 
incorreta a alternativa “C”. 
 
Os silvícolas (índios) estavam previstos no CC/1916 como relativamente incapazes. 
Atualmente, pelo CC/2002, vigente, nao estão mais submetidos à legislação civil, sendo 
a questão de sua capacidade submetida à lei especial. Está incorreta a alternativa “D”. 
 
A colação de grau do menor em curso de ensino superior, seja em instituicao pública, 
seja em instituicao de ensino particular, confere- lhe a plena capacidade civil. É a 
chamada emancipacão. O menor, neste caso, torna-se maior, civilmente capaz. A 
alternativa “E”, por tanto, é a correta. 
 
(DELEGADO-POLÍCIA CIVIL-GO-2003) 
08. Em tema de morte presumida, é CORRETO afirmar: 
 
a) Sem decretação de ausência, não pode ser declarada a morte presumida. 
b) Somente pode ser declarada a morte presumida após decorridos dois anos da 
decretação da ausência. 
c) Se a pessoa estava em perigo de vida, a morte presumida pode ser declarada 
após um ano da decretação da ausência. 
d) Pode ser declarada a morte presumida sem a decretação de ausência. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A aquisição da personalidade civil (aptidão para ser sujeito de direitos e de obrigações 
na ordem civil) dá-se a partir do nascimento com vida (art. 2º do CC). Cessa a 
personalidade civil com a morte (art. 6º, 1ª parte do CC). A morte pode ser real 
(provada pelo Atestado de Óbito), ou presumida, no caso dos ausentes (art. 6º, 2ª parte 
do CC) ou nas hipóteses previstas no art. 7º, em que não há necessidade de declaração 
de ausência, mas de justificação judicial, que são: 
 
 8 
 
 
 
I) se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida; 
II) se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado 
até dois anos após o término da guerra. 
Em ambos os casos do art. 7º, a declaração da morte presumida somente poderá ser 
requerida (apenas pela via judicial, através de justificação) após o esgotamento das 
buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento. 
Assim, a morte presumida pode se dar: 
a) pela declaração de ausência; 
b) nos casos previstos no art. 7º do CC. 
A alternativa “A” está incorreta porque declara que a morte presumida somente pode 
se dar pela ausência. 
A alternativa “B” está igualmente errada, porque a declaração de morte presumida no 
caso de ausência não se submete ao prazo de dois anos, bastando que o interessado 
prove que a pessoa desapareceu de seu domicílio sem deixar notícia, não tendo 
deixado representante ou procurador para administrar-lhe os bens, ou, tendo deixado, 
este não queira, não possa exercer o mandato ou se os seus poderes forem 
insuficientes (art. 22 do CC). O prazo de dois anos só exigido para o caso de morte 
presumida sem declaração de ausência, na hipótese da pessoa desaparecer em 
campanha ou for feito prisioneiro, contado do término da guerra. 
A alternativa “C” também não prevê o prazode um ano para que seja requerida a 
morte presumida em caso de extrema probabilidade da morte de quem estava em 
perigo de vida, exigindo-se tão somente neste caso a cessação das buscas e 
averiguações. 
A alternativa “D” é a questão correta, pois nos casos do art. 7º do CC, pode ser 
decretada a morte presumida sem necessidade de um processo de ausência, mas por 
simples justificação judicial. 
 
(MP-SP-1997) ADAPTADA 
 
09. O negócio jurídico praticado pelo absolutamente incapaz, sem a devida 
representação, será: 
 
a) nulo 
 
b) anulável 
 
c) nulo se lhe causar prejuízo aparente 
 
d) anulável se envolver quantia de relativa monta 
 
e) nulo se não houver autorização expressa do juiz, ouvido o Ministério Público. 
 
 9 
 
 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A prática de atos da vida civil pelo incapaz, pessoalmente, sem que seja representado, 
torna o ato praticado nulo, sem nenhum efeito, nao sendo passível de convalidação, 
confirmação, ratificação, seja pelo representante, seja pelo juiz. 
 
A alternativa “A” é a correta. 
 
A alternativa “B” está incorreta, porque o ato anulable é aquele praticado pelo 
relativamente incapaz sem a devida assistência. Os atos anuláveis, contudo, podem ser 
ratificados, convalidados. 
 
A alternativa “C”, embora se refira ao ato nulo, declara necessária a existência de 
prejuízo, o que nao é exigido pela lei, posto que o prejúizo é presumido, tornando a 
alternativa incorreta. 
 
A alternativa “D” está incorreta porque trata de anulação, caso dos atos dos 
relativamente incapazes, e ainda porque exige quantia de relativa monta. Nao importa 
o valor, o ato praticado pelo absolutamente incapaz é nulo. 
 
O ato nulo não comporta convalidacão ou confirmação, seja pelo representante, seja 
pelo juiz, tornando a alternativa “E” incorreta. 
 
(ICMS-2000-MS) (ADAPTADA) 
 
10. Os menores de 16 anos, os pródigos, os viciados em tóxicos e os que mesmo 
por causa transitória, nao puderem exprimir sua vontade, são, respectivamente: 
 
A) Relativamente incapazes, absolutamente incapazes, relativamente incapazes e 
absolutamente incapazes 
 
B) Absolutamente incapazes, relativamente incapazes, relativamente incapazes e 
absolutamente incapazes 
 
C) Relativamente incapazes, relativamente incapazes, absolutamente incapazes e 
relativamente incapazes 
 
D) Absolutamente incapazes, absolutamente incapazes, absolutamente incapazes e 
relativamente incapazes. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Os menores de dezesseis anos são absolutamente incapazes (art. 3º, I do CC); os 
pródigos são relativamente incapazes (art. 4º, IV do 
 
 10 
 
 
 
CC); os toxicômanos são relativamente incapazes (art. 4º, II) e os que, mesmo por 
causa transitória, não puderem exprimir sua vontade são absolutamente incapazes (art. 
4º, III). Portanto, a alternativa correta é a letra “B”. 
 
(MP-PROCURADOR FEDERAL-12ª-2003) 
11. A Doação feita a nascituro: 
 
A) É válida, mas ineficaz; 
B) É válida, transmitindo desde logo a propriedade do bem doado; 
C) Fica sujeita a termo; 
D) Fica sujeita a condição. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
De acordo com o art. 2º do CC/2002, a personalidade civil da pessoa começa do 
nascimento com vida. A partir deste fato biológico, o ser humano adquire 
personalidade, passando a ser sujeito de direitos e de obrigações na ordem civil. A 
cessação da personalidade, por seu turno, só ocorre com a morte (real ou presumida) 
(arts. 6º e 7º do CC). Contudo, a lei protege os eventuais direitos do nascituro. 
Nascituro é aquele já concebido, que está para nascer. Por isso que, na parte final do 
art. 2º, dispõe o Código Civil: “mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do 
nascituro. 
Os eventuais direitos que o nascituro venha a receber ficam em estado latente, 
aguardando o seu nascimento. Assim, pode receber herança, doação, ser reconhecido 
como filho, antes do nascimento, mas esses atos ficam condicionados ao nascimento 
com vida. Se nascer com vida, adquirirá os direitos. Se nascer morto (natimorto), não 
chegou a adquirir personalidade e, portanto, os direitos não lhe são transmitidos. 
Portanto, a doação feita a nascituro fica sujeita à condição do seu nascimento com 
vida. A alternativa correta, pois, é a letra “D”. 
 
(TRT-9ª. REGIÃO-ANALISTA JUDICIÁRIO) (ADAPTADA) 
 
12. Cessa a incapacidade para os menores: 
 
a) pelo exercício de qualquer emprego; 
 
b) pelo exercício da empresa; 
 
c) pelo estabelecimento civil ou comercial com economia própria pelo menor com 
mais de dezesseis anos; 
 
d) pela união estável, uma vez que a CF/88 a equiparou ao casamento; 
 
 11 
 
 
 
e) pela colação do 2º grau. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A incapacidade, regra geral, cessa quando cesarme as causas que lhe deram origem. 
Assim, por exemplo, se uma pessoa era incapaz em virtude de doença mental, ficando 
curada, cessa a sua incapacidade. Se era incapaz por ser pródigo, cessa quando cessar a 
prodigalidade. 
 
Para os menores, a incapacidade cessa aos dezoito anos completos, quando este se 
torna apto para a prática de todos os atos da vida civil (art. 5º, caput do CC). 
Contudo, a lei civil prevê algumas situacões em que, mesmo antes dos dezoito anos, o 
menor se torna capaz. É a chamada emancipação, que significa antecipação da 
maioridade. 
 
Os casos de emancipação estão previstos no art. 5º, parágrafo único do Código Civil, e 
são: 
 
I – por concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, por instrumento público, 
desde que o menor tenha pelo menos dezesseis anos de idade. 
 
II – por sentença do juiz, se o menor estiver sob tutela, ouvido o tutor, desde que o 
menor tenha pelo menos dezesseis anos; 
 
III – pelo exercício de emprego público efetivo, o que implica dizer aquele mediante 
concurso de provas e títulos, o que exclui os empregos temporários, comisionados, 
etc., não bastando a simples aprovação, exigindo-se o efetivo exercício da funcao 
pública; 
 
IV – pelo casamento, que deverá ser autorizado pelos representantes legais do menor. 
Celebrado o casamento, o menor se emancipa; 
 
V – pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de trabalho, 
desde que o menor já tenha dezesseis anos e economia própria (auto-sustento); 
 
VI – pela colação de grau em curso de ensino superior, seja em instituição pública, 
seja em instituição particular. 
 
Nao é o simples exercício de emprego que emancipa o menor. Deve ser público e 
efetivo, o que torna incorreta a alternativa “A”. 
 
Também não é o simples exercício de empresa que torna o menor emancipado. Ele 
deve ter, no mínimo, dezesseis anos, e economia própria. A alternativa “B” está 
igualmente incorreta. 
 
 12 
 
 
 
O estabelecimento civil ou comercial do menor com mais de dezesseis anos, com 
economia própria está previsto como causa de emancipação. Portanto, a alternativa 
“C” está correta. 
 
Embora a união estével tenha sido reconhecida pela Constituição Federal como 
entidade familiar, merecedora de proteção do Estado, esta não tem o condão de 
promover a emancipação do menor, o que torna incorreta a alternativa “D”. 
 
Somente a colação de grau em curso de ensino superior é causa de emancipação. 
Incorreta, pois, a alternativa “E”. 
 
(MAGISTRATURA-SP-174º CONCURSO) (ADAPTADA) 
13. A emancipação civil, no regime legal ora vigente, 
 
(A) é ato exclusivo dos pais, conjuntamente, ou, na falta de um deles, por morte ou 
interdição, ato do outro genitor, fazendo cessar a incapacidade relativa do filho. 
(B) quando outorgada pelos pais, ou por um deles, depende de escritura pública. 
(C) depende sempre de decisão judicial. 
(D) pode ser outorgada por escritura pública ou particular. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A emancipação por outorga dos pais, ou do outro, na falta de um deles, não é a única 
causa de emancipação prevista no Código Civil. Portanto, a alternativa “A” se torna 
incorreta quando diz que se dá exclusivamente por esta forma. Por outorga dos pais, 
depende de escritura pública, estando correta a alternativa “B” e incorretaa 
alternativa “D”. Também a alternativa “C” é incorreta porque nem sempre depende a 
emancipação de decisão judicial, mas apenas para o menor submetido à tutela. 
 
(TRT-9ª. REGIÃO-ANALISTA JUDICIÁRIO) 
 
14. Em relação ao domicílio civil da pessoa natural pode-se afirmar que: 
 
a) se a pessoa possui várias residências, nenhuma será considerada seu domicílio; 
 
b) muda-se o domicílio com a simples intenção de transferir a residência; 
 
c) se a pessoa possui várias residências, todas serão consideradas seus domicílios; 
 
 13 
 
 
 
d) quando a pessoa não tiver domicílio, considera-se domiciliada na zona eleitoral em 
que esteja registrada; 
 
COMENTÁRIOS: 
 
O domicílio é a sede jurídica da pessoa, o lugar onde ela exerce os seus direitos e 
onde é demandada para o cumprimento de suas obrigações. 
 
O art. 70 e ss. do CC vão definir as regras concernentes ao domicílio da pessoa natural. 
 
É possível que a pessoa tenha várias residências, onde alternadamente viva, sendo 
considerado seu domicílio, qualquer delas (art. 71). É a chamada pluralidade 
domiciliar, que é permitida pela lei civil. A alternativa “A”, portanto, está incorreta. 
 
A prova da mudança do domicílio resulta na intenção de mudar. Não basta, pois, 
apenas a transferência de residência, exigindo a lei (art. 74, caput do CC) o 
“animus”, a vontade de mudar. Portanto, a alternativa “B” está incorreta. 
 
A questão “C” é a correta, pois o art. 71 do CC é claro ao dispor que: “se, porém, a 
pessoa tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio 
seu qualquer delas”. 
 
A questão “D” procura confundir o candidato ao tratar do domicílio eleitoral, que não 
tem qualquer ligação com o domicílio civil da pessoa, já que aquele corresponde ao 
lugar onde a pessoa exerce os seus direitos de cidadania, onde vota. Portanto, 
está incorreta a alternativa “D”. 
 
(PROCURADOR MUNICIPAL-RECIFE-2003) 
15. O advogado A, que reside permanentemente em Olinda, mas mantém 
escritórios, onde exerce sua profissão, em Recife e Petrolina, tem por domicílio, 
 
A) apenas Recife, por ser a Capital do Estado. 
B) apenas Olinda, onde mantém residência com ânimo definitivo. 
C) quanto às relações concernentes à profissão neles praticadas, os Municípios de 
Recife e Petrolina. 
D) Olinda, Petrolina e Recife para quaisquer relações jurídicas, indistintamente. 
E) o lugar em que for encontrado, pois se trata de um itinerante. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
 14 
 
 
 
O CC/2002 inovou em relação ao diploma civil anterior, pois previu o domicílio 
profissional, no art. 71, estatuindo que: “É também domicílio da pessoa natural, 
quanto às relações concernentes à profissão, o lugar onde esta é exercida”. 
Complementa ainda o parágrafo único do mesmo artigo: “Se a pessoa exercitar 
profissão em lugares diversos, cada um deles constituirá domicílio para as relações que 
lhe correspondam”. 
Da própria dicção legal do artigo referido acima, é possível responder à questão 
proposta. 
A alternativa “A” está incorreta, pois prevê que o domicílio da pessoa é apenas Recife. 
Está incorreta também por prever que será Recife o domicílio porque esta é a capital 
do Estado, previsão que não está contida na lei civil. 
A alternativa “B” está também incorreta, porque confunde o domicílio voluntário da 
pessoa, que é o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo definitivo, com 
o domicílio profissional, que se refere à pessoa em suas relações profissionais. 
A questão “C” está integralmente correta, pois como a pessoa exercita sua profissão 
em Recife e Petrolina, ambos serão seu domicílio profissional no tocante às suas 
relações profissionais. 
A alternativa “D” é incorreta, porque Olinda é o domicílio voluntário da pessoa, e 
Recife e Petrolina são os seus domicílios profissionais. 
A alternativa “E” está incorreta, pois só será considerado domicílio o lugar onde for 
encontrada a pessoa se esta não tiver residência habitual, o que não corresponde a 
proposição hipotética formulada. 
 
(CÂMARA MUNICIPAL DE GUARULHOS-SP-PROCURADOR- 2002-
VUNESP) 
16. Quanto ao domicílio, em nosso sistema legal, 
 
(A) uma pessoa pode ter domicílio sem ter residência. 
(B) o domicílio é todo lugar que a pessoa estabelece sua residência. 
(C) as mulheres casadas possuem o mesmo domicílio do marido. 
(D) a pessoa natural tem um único domicílio pela nossa legislação. 
(E) o funcionário público, no exercício de sua função, não possui domicílio 
voluntário. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A lei civil prevê a possibilidade da pessoa ter domicílio sem ter residência, no art. 73, 
nos seguintes termos: “Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha 
residência habitual, o lugar onde for encontrada”. Admite-se, portanto, que seja 
considerado domicílio da pessoa o lugar onde ela for encontrada, se não tiver 
residência habitual. É o caso dos itinerantes, viajantes, artistas circenses, 
 
 15 
 
 
 
ciganos, desde que não possuam residência habitual. A alternativa “A” é a correta. 
O conceito de domicílio da pessoa natural é encontrado no art. 70 do CC, sendo 
considerado tal o lugar onde a pessoa estabelece a sua residência com ânimo 
definitivo. Assim, para o estabelecimento do domicílio, dois elementos devem estar 
presentes: o elemento objetivo, que é o local onde reside a pessoa, e o elemento 
subjetivo, que é a intenção, o ânimo de permanecer. Não basta apenas ter residência, 
portanto. Assim, se por exemplo eu estou em uma determinada cidade, realizando um 
curso pelo período de três meses, e alugo uma casa para lá ficar durante esse período, 
esse não será meu domicílio, porque ausente o ânimo de permanecer. A Alternativa 
“B”, por estar incompleta, já que não se refere ao ânimo de permanecer, está 
incorreta. 
Desde a Constituição Federal de 1988, homens e mulheres passaram a ter idênticos 
direitos e obrigações. Assim, não prevalece mais no Código Civil vigente a idéia de 
subordinação da mulher ao domicílio do marido. O domicílio de um, ou de outro, é o 
do casal. A alternativa “C” está, portanto, incorreta. 
A lei civil admite a pluralidade domiciliar, consistente na pessoa ter vários domicílios, 
se tiver várias residências onde alternadamente viva. Incorreta a alternativa “D”. 
O domicílio do funcionário público, para as relações concernentes à sua função, é o 
lugar onde permanentemente exercer tal função (art. 76). Este é o chamado domicílio 
legal ou necessário, porque imposto pela lei. Contudo, para as demais relações 
jurídicas, que não digam respeito à sua função de servidor público, não há qualquer 
impedimento legal que a pessoa tenha domicílio voluntário. A alternativa “E” está 
incorreta. 
 
(IPEM-AP) 
17. A pessoa abaixo tem domicílio necessário, exceto: 
 
(A) o incapaz. 
(B) a pessoa que exercita a profissão em lugares diferentes. 
(C) o marítimo. 
(D) o preso. 
(E) o funcionário público. 
 
COMENTÁRIOS: 
O domicílio legal, ou necessário, é aquele imposto por lei a determinadas pessoas. As 
hipóteses estão previstas no art. 76 do CC. O incapaz possui domicílio necessário, que é 
o de seu representante legal. A alternativa “A” está, pois, incorreta. 
A alternativa “B” prevê o chamado domicílio profissional, que é uma espécie de 
domicílio voluntário, sendo como tal considerado, para as relações atinentes à 
profissão, cada lugar onde esta é exercida. Como 
 
 16 
 
 
 
a questão pede a alternativa que não contempla hipótese de domicílio necessário, está 
é a correta. 
O marítimo, preso e o funcionário público também possuem domicílio necessário, que 
são, respectivamente, o lugar onde o navio estiver matriculado, o lugar onde cumpre a 
sentença, e o lugar onde exerce permanentemente as suas funções, tornando 
incorretas as alternativas “C”, “D” e “E”. 
 
(OAB-RJ-MARÇO/1999) 
 
18. Assinale a única resposta certa: 1- Quanto ao domicílio civil da pessoa 
natural podemos dizer que: 
 
(a) Não há qualquer distinção jurídica entre domicílio e residência. 
(b) Domicílio é o lugar dotrabalho, portanto diferente de residência. 
(c) É o lugar onde a pessoa estabelece a sua residência com ânimo definitivo. 
(d) É o lugar onde a pessoa reside temporariamente. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Há distinção, sim, entre domicílio e residência. A residência é o lugar de morada, onde 
a pessoa habita. Para que esta seja considerada domicílio, há que ser acrescentado o 
elemento psíquico ou subjetivo: o ânimo de permanecer. Estão incorretas as 
alternativa “A” e “D”, e correta a alternativa “C”. 
O lugar onde a pessoa exerce a sua profissão é o chamado domicílio profissional, onde 
responderá pelas relações jurídicas a ela concernentes. É diferente de residência, que 
é o lugar onde a pessoa habita, mas não existe apenas o domicílio profissional, sendo 
certo que existe também o domicílio voluntário, tornando incorreta a alternativa “B”. 
 
(OAB/SP/125º/2005) 
19. O domicílio, como consagrado pelo Código Civil, 
 
A) é único e consiste no local em que a pessoa estabelece residência com ânimo 
definitivo. 
B) é único e consiste no centro de ocupação habitual da pessoa natural. 
C) é considerado o local onde a pessoa exerce sua profissão. Se a pessoa exercer a 
profissão em locais diversos, deverá indicar um local específico para todas as relações 
correspondentes. 
D) pode ser plural, desde que a pessoa tenha diversas residências onde 
alternadamente viva. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
 17 
 
 
 
 
A lei civil admite a pluralidade domiciliar, quando a pessoa tiver várias 
residências onde alternadamente viva, sendo considerado seu domicílio, neste caso, 
qualquer delas. As alternativas “A” e “B”, portanto, estão incorretas, e a “D” correta. 
O domicílio profissional é o lugar onde a pessoa exerce a sua profissão, e se esta 
exercer as suas atividades profissionais em diversos lugares, cada um deles será 
considerado domicílio para as relações que lhe correspondam. A alternativa “C” está 
incorreta porque não exige a lei que a pessoa escolha apenas um deles. 
 
(MP-RN) (ADAPTADA) 
20. Em sua parte geral o Código Civil Brasileiro divide as pessoas entre naturais e 
jurídicas. A propósito desse tema, julgue as afirmações seguintes atribuindo-lhes V 
(verdadeiro) ou F (falso), assinalando a alternativa que contenha a seqüência 
correta: 
 
I – os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem a necessária prática 
para os atos da vida civil, os menores de 16 (dezesseis) anos e os que, ainda por 
causa transitória, não puderem exprimir sua vontade são considerados absolutamente 
incapazes para exercer pessoalmente os atos da vida civil; 
II – os pródigos, os ébrios habituais e os ausentes declarados por ato judicial são 
considerados relativamente incapazes a praticar certos atos da vida civil; 
III – as empresas públicas são pessoas jurídicas de direito público, enquanto que as 
sociedades de economia mista e as fundações são pessoas jurídicas de direito privado; 
IV – as pessoas jurídicas têm finda a sua existência pela dissolução, que pode ocorrer 
em virtude de ato do Governo; 
V – são pessoas jurídicas de direito público a União, os Estados, o Distrito Federal, os 
Municípios e os Partidos Políticos. 
 
A) V V F V V 
B) V F F V F 
C) F V V F F 
D) F V F F F 
E) V F V F V 
 
COMENTÁRIOS: 
 
São casos de incapacidade absoluta o do enfermo ou deficiente mental que não tenha 
discernimento para a prática dos atos civis, o do menor de dezesseis anos, e os que, 
ainda que por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade. Portanto, a 
afirmativa I é verdadeira. 
 
 18 
 
 
 
Os pródigos e os ébrios habituais são relativamente incapazes, mas os ausentes não 
estão mais arrolados no CC/2002 como incapazes, de modo que o item II é falso. 
As empresas públicas são pessoas jurídicas cuja criação é autorizada por lei, com 
capital exclusivamente público, para a exploração de atividade econômica, tendo 
personalidade jurídica de direito privado. Também as sociedades de economia mista 
são pessoas jurídicas com personalidade de direito privado, cuja criação é autorizada 
por lei, para a exploração de atividade econômica sob a forma de S/A, com capital 
público e de particulares. As fundações, se forem criadas por lei, com patrimônio 
inteiramente público, detêm personalidade jurídica de direito público, enquanto que 
as fundações criadas com patrimônio de particulares é de direito privado. O item III é 
falso. 
Uma das formas de extinção das pessoas jurídicas é pela dissolução, que pode ocorrer 
por ato administrativo, como p.e., a cassação da autorização para funcionar. A 
afirmativa IV é verdadeira. 
As pessoas jurídicas de direito público podem ser: de direito externo, que são os países 
estrangeiros e as entidades internacionais (ONU, OMS, OIT, etc.), regidos pelo direito 
internacional público, e de direito interno, que são a União, os Estados, o Distrito 
Federal, os territórios e os municípios, pertencentes à Administração Direta, e as 
autarquias e fundações públicas, pertencentes à Administração Indireta. A Lei 
10.825/2003, alterou o art. 44 do Código Civil de 2002, acrescentando às pessoas 
jurídicas de direito privado os partidos políticos. A afirmativa V é falsa, pois os 
partidos políticos têm personalidade jurídica de direito privado. 
A alternativa correta, portanto, é a letra “B”. 
 
(OAB-RO-35º CONCURSO) 
 
21. Quais dos motivos abaixo não é causa de cessação da incapacidade civil 
para os menores. Aponte-o: 
 
a) O nascimento da prole. 
b) O casamento. 
c) O estabelecimento comercial com economia própria. 
d) O exercício do emprego público efetivo. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
O casamento, o estabelecimento comercial com economia própria e o exercício de 
emprego público efetivo estão elencados como causa de emancipação no art. 5º do 
CC. Apenas o nascimento da prole não é previsto como hipótese de cessação da 
incapacidade dos menores. A alternativa correta, portanto, é a letra “A”. 
 
 19 
 
 
 
(PROCURADORIA/DF/2004) 
 
22. Quanto aos direitos de personalidade, pode-se afirmar: 
 
A) é vedado, seja qual for a hipótese, à pessoa juridicamente capaz, dispor 
gratuitamente de tecidos, órgãos e partes do próprio corpo vivo, pois os direitos de 
personalidade, entre os quais se pode citar a integridade física, são irrenunciáveis. 
B) é viável a utilização, por terceiro, da imagem de uma pessoa, desde que tal uso 
não lhe atinja a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se destine a fins 
comerciais. 
C) os direitos de personalidade, além de irrenunciáveis, não admitem limitações 
voluntárias, razão pela qual o Ordenamento Jurídico Pátrio permite que um filho, 
seja ele capaz ou incapaz, seja reconhecido pelo verdadeiro pai ainda que não 
almeje tal reconhecimento. 
D) embora o nome de uma pessoa goze de proteção legal, o mesmo não se dá quanto 
ao pseudômino utilizado em atividades lícitas. 
E) apenas o titular do direito de personalidade pode exigir que cesse a ameaça, ou a 
lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras 
sanções previstas em lei, sendo vedado a qualquer outra pessoa levar a efeito tais 
medidas, ainda que o titular do direito de personalidade já tenha falecido. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Um dos direitos de personalidade previstos no CC/2002 é o direito de dispor do 
próprio corpo. Contudo, tal direito se submete a limitações estabelecidas pela própria 
lei civil, que no art. 13 proíbe o ato de disposição do próprio corpo, quando importar 
diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes. 
Essa restrição, contudo, encontra temperamentos, pois o parágrafo único do art. 13 
permite o ato para fins de transplante, na forma estabelecida em lei (Lei 9.434/97). 
Complementando, o art. 14 legitima a disposição do próprio corpo, no todo ou em 
parte, desde que com objetivo científico ou altruístico, para depois da morte. 
Assim, é permitida a disposição para fins de transplante, desde que gratuitamente, 
assim como também se permite a doação “post mortem”. 
A alternativa“A”, portanto, está incorreta, porque fala que é vedada, 
em qualquer hipótese, já que a própria lei contém exceções. 
Um outro direito de personalidade tratado no Código Civil é o direito à imagem, 
previsto no art. 20. Salvo as exceções legais, a imagem de uma pessoa só pode ser 
utilizada por terceiro para fins comerciais havendo autorização do titular, e se não lhe 
atingir a honra, a boa fama ou a respeitabilidade. Está correta a alternativa “B”. 
 
 20 
 
 
 
Os direitos de personalidade caracterizam-se pela irrenunciabilidade, 
intransmissibilidade e pela impossibilidade de limitação voluntária,. Contudo, o art. 20 
faz a ressalva: “Com exceção dos casos previstos em lei”. Portanto, a própria lei 
permite a limitação voluntária aos direitos de personalidade, como é o caso do filho 
maior de idade, que pode opor-se ao reconhecimento pelo pai. Incorreta, portanto, a 
alternativa “C”. 
Assim como o nome, o pseudônimo de uma pessoa é igualmente protegido, desde 
que utilizado em atividades lícitas, como prevê o art. 19. Incorreta, com efeito, a 
alternativa “D”. 
A proteção aos direitos de personalidade dá-se, a princípio, pelo próprio titular 
do direito ofendido, mas a lei civil legitima também, em se tratando de morto ou 
ausente, que a proteção contra ameaça ou agressão a direito de personalidade do 
falecido ou ausente seja requerida pelo “cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em 
linha reta, ou colateral até o 4º grau” (art. 12, parágrafo único). A alternativa “E” está 
incorreta. 
 
23. (DELEGADO-POLÍCIA CIVIL-GO-2003) 
O novo Código Civil preceitua no seu art. 12, que “se pode exigir que cesse a ameaça 
ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de 
outras sanções previstas em lei”. 
Em caso de morte, tem legitimação para requerer a medida prevista no artigo citado: 
 
a) o cônjuge sobrevivente e os demais descendentes. 
b) o cônjuge sobrevivente, qualquer parente em linha reta e colateral até o terceiro 
grau. 
c) o cônjuge sobrevivente, qualquer parente em linha reta e colateral até quarto grau. 
d) o cônjuge sobrevivente, qualquer parente em linha reta e o colateral em segundo 
grau. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A legitimação para requerer a proteção aos direitos de personalidade de pessoa já 
falecida ou ausente é estendida ao cônjuge sobrevivente, qualquer parente em linha 
reta, ou colateral até o quatro grau, como prevê o art. 20, parágrafo único do Código 
Civil. 
A alternativa correta, portanto, é a letra “C”. 
 
(PROMOTOR DE JUSTIÇA/MA/2004 
24. Assinale a alternativa incorreta. 
 
A) Serão registrados em registro público: I - os nascimentos, casamentos e óbitos; 
II - a emancipação por outorga dos pais ou por 
 
 21 
 
 
 
sentença do juiz; III - a interdição por incapacidade absoluta ou relativa; IV - a sentença 
declaratória de ausência e de morte presumida. 
B) Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são 
transmissíveis e irrenunciáveis, podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária. 
C) Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, 
e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei. 
D) Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, 
quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons 
costumes. 
E) Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
O art. 9º do CC contempla as hipóteses de registro, indicadas corretamente na 
alternativa “A”. 
O art. 11 do CC prevê que os direitos de personalidade, salvo nas exceções legais, são 
intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação 
voluntária. A alternativa incorreta, a ser marcada, é a “B”. 
Os direitos de personalidade gozam de proteção jurídica na medida em que o art. 12 
autoriza que se requeira “que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito de personalidade, e 
reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei”. Correta 
está a alternativa “C”. 
O art. 13 prevê que “salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do 
próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou 
contrariar os bons costumes”, correspondendo à hipótese da letra “D”, que está 
correta. 
Ao dispor sobre o direito ao nome, como espécie de direito de personalidade, o art. 12 
do CC estabelece que “toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o 
prenome e o sobrenome”. A alternativa “E”, pois, está correta. 
 
(ADVOGADO-ELETRONORTE-2005) 
25. A Parte Geral do Código Civil normatiza os Direitos da Personalidade em 
capítulo próprio. Quanto a esses direitos, é correto afirmar que: 
 
A) a exigência de cessar ameaça ou lesão aos Direitos da Personalidade somente é 
concebível com referência a pessoa viva; 
B) são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação 
voluntária, salvo previsão legal; 
 
 22 
 
 
 
C) é válida a disposição onerosa do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois 
da morte; 
D) o nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações que a 
exponham ao desprezo público, salvo ausência de intenção difamatória; 
E) ninguém pode ser constrangido a submeter-se a intervenção cirúrgica, salvo com 
risco de vida. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
O direito de exigir que cesse a ameaça ou lesão a direito de personalidade, em se 
tratando de morto ou ausente, transmite-se ao cônjuge sobrevivente ou a qualquer 
parente em linha reta, ou colateral até o quatro grau. A alternativa “A” está incorreta. 
Os direitos de personalidade, regra geral, são intransmissíveis e irrenunciáveis, não 
podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária, salvo nos casos excepcionados por 
lei (art. 11 do CC). A alternativa “B” está correta. 
A disposição do próprio corpo, post mortem, só é válida se feita gratuitamente (art. 14, 
caput, do CC), tornando incorreta a alternativa “C”. 
O nome de uma pessoa não pode ser usado por terceiros em publicações que a 
exponham ao desprezo público, ainda que não haja intenção difamatória. (art. 17 do 
CC). A alternativa “D” está incorreta. 
Ninguém pode ser obrigado a se submeter a tratamento médico ou intervenção 
cirúrgica, ainda que com risco de vida. (art. 15 do CC). A alternativa “E” está 
incorreta. 
 
(VUNESP)(TRF-ANALISTA JUDICIÁRIO-EXECUÇÃO DE 
MANDADOS-CE) 
 
26. Os Territórios Federais integram: 
 
(A) a União. 
(B) os Estados. 
(C) os Municípios. 
(D) as Capitais dos Estados. 
(E) a Capital Federal. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Os territórios federais são previstos no Código Civil (art. 41, II) como pessoas jurídicas 
de direito público. Integram a União, sendo considerados como autarquias desta. A 
alternativa correta é, pois, a “A”. 
 
 23 
 
 
 
(OAB/SP/125º/2005) 
27. No que diz respeito às pessoas jurídicas, é INCORRETO afirmar: 
 
A) As pessoas jurídicas de direito público são civilmente responsáveis pelos atos de 
seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito 
regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo. 
B) Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito público com a inscrição 
do ato constitutivo no registro pertinente, decaindo em cinco anos o direito do 
particular interessado pleitear a anulação de seus atos constitutivos. 
C) São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas as 
pessoas que forem regidas pelo direito internacional público. 
D) Obrigam a pessoa jurídica os atos dos administradores, exercidos nos limites de 
seus poderes definidos no ato constitutivo. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A responsabilidade civil objetiva das pessoas jurídicas de direito público já estava 
prevista na Constituição Federal de 1988 (art. 37, § 6º), tendo sido reproduzida no CC 
de 2002, no art. 43, que prevê: “as pessoas jurídicas de direito público interno são 
civilmente responsáveis por atos dos seusagentes que nessa qualidade causem danos 
a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano, se houver, por 
parte destes, culpa ou dolo”. A alternativa “A” está correta. 
 
As pessoas jurídicas de direito público são criadas por lei, a partir de quando adquirem 
personalidade jurídica. O registro do ato constitutivo no órgão competente, para a 
aquisição da personalidade jurídica, é exigido apenas para as pessoas jurídicas de 
direito privado (art. 45 do CC). No caso destas, o prazo decadencial para se pleitear a 
anulação do ato constitutivo é de três anos (art. 45, parágrafo único do CC). A 
alternativa “B” está integralmente incorreta, devendo ser a assinalada. 
 
As pessoas jurídicas de direito público externo estão previstas no art. 
42 do CC, e são os Estados estrangeiros e as demais pessoas que forem regidas pelo 
Direito Internacional Público. A alternativa “C” está correta. 
 
Os atos praticados pelos administradores de pessoa jurídica, desde que exercido 
dentro dos limites conferidos pelo ato constitutivo obrigam a pessoa jurídica. Esta só 
não será responsabilizada se o administrador exorbitar de seus poderes, caso em 
que este 
 
 24 
 
 
 
responderá pessoalmente pelos atos praticados. A alternativa “D” está correta. 
 
(ESAF/AFTN/98) 
 
28. O Instituto Nacional do Seguro Social - INSS é 
 
a) pessoa jurídica de direito público interno de administração indireta 
 
b) pessoa jurídica de direito público interno de administração direta 
 
c) associação 
 
d) pessoa jurídica de direito privado 
 
e) fundação particular 
 
COMENTÁRIOS: 
 
 
As pessoas jurídicas de direito público interno subdividem-se em: da administração 
direta e da administração indireta. São da administração direta: a União, os Estados, o 
Distrito Federal, os Territórios e os Municípios. Da administração indireta fazem parte 
as autarquias e demais entidades de caráter público criadas por lei. 
 
O INSS é uma autarquia, que caracteriza-se por ser pessoa jurídica de direito público 
interno, da administração indireta, criada por lei, com capital e patrimônio 
exclusivamente do Estado, para a execução de serviços públicos típicos, outorgados 
pelo Estado, com capacidade de auto governo e orçamento próprio. 
 
A alternativa correta é a letra “A”. 
 
(CESPE/TCU/95) (ADAPTADA) 
 
29. Há pessoas jurídicas no Direito brasileiro: 
 
(1) que não são uma unidade de pessoas naturais, com vistas à consecução de 
certos objetivos, reconhecidas pela ordem jurídica como sujeitos de direitos e de 
obrigações. 
 
(2) que, assim como as pessoas físicas, possuem nacionalidade e domicílio. 
 
(3) cuja personalidade não se adquire com o registro público de seus atos 
constitutivos. 
 
 25 
 
 
 
(4) que, assim como as pessoas físicas, estão sujeitas a morte natural. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A questão exige que se analise cada alternativa, atribuindo C ou E para cada uma delas. 
 
As pessoas jurídicas são doutrinariamente classificadas, quanto à sua estrutura, em 
universitas personarum (união de pessoas para a consecução de finalidades comuns) 
ou universitas bonorum (união de bens, de patrimônio). As fundações fazem parte 
desta última categoria, já que é pessoa jurídica composta pela organização de um 
patrimônio instituído com destinação específica. É pois, um acervo de bens, e não 
uma união de pessoas. Assim, o item 1 está certo, pois há determinadas pessoas 
jurídicas que não constituem uma união de pessoas, e sim um acervo de bens. 
 
As pessoas jurídicas, assim como as pessoas naturais, possuem domicílio e 
nacionalidade, tornando certo o item 2. 
 
As pessoas jurídicas de direito público são criadas por lei, a partir de quando passam a 
ter personalidade jurídica. O registro do ato constitutivo no órgão competente é 
exigido para as pessoas jurídicas de direito privado. Certo o item 3. 
 
A existência da pessoa natural termina com a morte (real ou presumida). Os fatores 
que fazem cessar a existência da pessoa jurídica são outros, tais como pela vontade 
dos membros, por lei, pela dissolução judicial, pelo término do prazo de duração 
quando constituída por prazo determinado, etc. O item 4 está errado. 
 
(OAB-RO-36º CONCURSO) 
30. Marque a alternativa INCORRETA. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é: 
 
a) Da União, o Distrito Federal; 
b) Dos Estados e Territórios, a sede da Procuradoria; 
c) Do município, o lugar onde funcione a administração municipal; e, 
d) Das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e 
administrações, ou onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos 
constitutivos. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Assim como as pessoas naturais, as pessoas jurídicas também possuem domicílio. 
Como são sujeitos de direitos e obrigações, o 
 
 26 
 
 
 
domicílio será o lugar onde irá exercer tais direitos e responder por suas obrigações. 
No caso da União, o seu domicílio é o Distrito Federal (art. 75, I do CC). Correta a 
alternativa “A”. 
O domicílio dos municípios é o lugar onde funciona a administração municipal (art. 75, 
III). Correta a alternativa “C”. 
O domicílio das demais pessoas jurídicas, segundo o art. 75, IV, é o lugar onde 
funcionarem as respectivas diretorias e administrações, ou onde elegerem domicílio 
especial no seu estatuto ou atos constitutivos, e, ainda segundo o § 1º do art. 75, em 
caso da pessoa jurídica ter vários estabelecimentos em lugares diversos, cada um deles 
será considerado domicílio para os atos neles praticados. Correta a alternativa “D”. 
O domicílio dos Estados e Territórios são as respectivas capitais, e não a sede da 
Procuradoria. A alternativa “B”, pois, é a incorreta, a ser assinalada. 
 
(OAB-RO-34º CONCURSO) 
31. Acerca da desconsideração da personalidade da pessoa jurídica, analise a 
opção incorreta. 
 
A - é admitida em nosso ordenamento jurídico. B - tem 
natureza objetivista. 
C - o Código Civil de 1916 não tratava expressamente do tema. 
D - o Juiz, ante a caracterização do desvio de finalidade, pode decidir de ofício. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A partir da aquisição da personalidade jurídica, esta passa a ser pessoa distinta das 
pessoas dos membros que a compõem, havendo, inclusive, separação patrimonial. 
Assim é que, regra geral, pelas dívidas da pessoa jurídica o próprio patrimônio desta é 
que irá responder, e não o patrimônio pessoal das pessoas naturais que a compõem. 
O patrimônio da pessoa jurídica e das pessoas naturais que a compõem não se 
confunde. Este, pois, o principal efeito decorrente da personalidade civil da pessoa 
jurídica. 
Em algumas situações extremas, contudo, permite-se que os efeitos de certas 
obrigações da pessoa jurídica sejam estendidos aos bens particulares dos seus sócios 
ou administradores. É a chamada desconsideração da personalidade jurídica. 
Esse instituto teve origem no ordenamento jurídico pátrio no Código de Defesa do 
Consumidor (art. 28) que permitiu a desconsideração da pessoa jurídica quando esta 
esteja sendo utilizada em prejuízo do consumidor. O CC de 1916 não previu idêntico 
dispositivo, tendo sido 
 
 27 
 
 
 
este implementado, originariamente, no Código Civil de 2002 (art. 50). 
É portanto, admitida em nosso ordenamento jurídico. Corretas as alternativas “A” e 
“C”. Tem natureza objetiva, porque independe de comprovação de má-fé, estando 
igualmente correta a alternativa “D”. 
Contudo, a sua declaração pelo juiz não pode ser feita de ofício, sem provocação da 
parte interessada, dependendo de requerimento da parte ou do Ministério Público, 
quando lhe couber intervir no processo, estando incorreta a alternativa “D”, que deve 
ser assinalada. 
 
(PROCURADORIA ESTADUAL/PE/2004) 
32. A desconsideração da pessoa jurídica, para que os efeitos de certas e 
determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens de seus 
administradores ou sócios, é ato: 
 
A) privativo do Juiz, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe 
couber intervir no processo, se caracterizado desviode finalidade ou ocorrer confusão 
patrimonial. 
B) que o Juiz pode praticar de ofício, sempre que houver encerramento irregular do 
estabelecimento comercial a fim de que os credores privilegiados recebam seus 
créditos. 
C) que pode ser praticado de ofício pela autoridade administrativa ou pelo Juiz, a 
requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no 
processo, se caracterizado desvio de finalidade ou se verificar confusão patrimonial. 
D) privativo do Ministério Público, se verificada fraude contra credores, a 
requerimento dos credores privilegiados. 
E) que pode ser praticado pelo Juiz, por qualquer autoridade administrativa ou pelo 
Ministério Público, sempre que se verificar abuso da personalidade da pessoa jurídica 
em proveito de seus administradores ou sócios, com prejuízo para os credores em 
virtude de decretação de falência ou insolvência. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
O art. 50 do CC dispõe que: “Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado 
pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a 
requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no 
processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam 
estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica”. 
A desconsideração da personalidade jurídica é, portanto, ato exclusivo do juiz, 
mas depende de requerimento da parte ou do MP, se caracterizado o desvio de 
finalidade ou confusão patrimonial, 
 
 28 
 
 
 
estando correta a alternativa “A” e incorretas todas as demais, porque nelas existe a 
errônea previsão de outros legitimados para decretar a desconsideração. 
 
(MINISTÉRIO PÚBLICO-RS-LX CONCURSO) 
33. Assinale a alternativa CORRETA: 
 
(A) Os estatutos da fundação podem ser reformados, desde que a reforma seja 
deliberada pela maioria simples daqueles que detêm o poder de gestão e 
representação da entidade e que ocorra a subseqüente aprovação do Ministério 
Público. 
(B) Uma vez materializada a dotação por ato "inter vivos" ou por ato "causa 
mortis”, não se admite a revogabilidade da instituição. 
(C) A fundação pode nascer de um ato "causa mortis", qualquer que seja a 
modalidade de testamento (público, cerrado ou particular) usada pelo instituidor. 
(D) A minoria vencida na modificação dos estatutos poderá, dentro de um ano, 
promover a extinção judicial da fundação. 
(E) Verificado ser nociva, ou impossível, a mantença de uma fundação, ou vencido 
o prazo de sua existência, o patrimônio, salvo disposição em contrário no ato 
constitutivo ou nos estatutos, será restituído ao instituidor ou seus herdeiros. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A fundacão privada pode ser criada por escritura pública ou por testamento. A 
lei não faz exigência quanto à modalidade deste, o que implica dizer que o testamento 
pode ser público, particular ou cerrado. Correta a alternativa “C”. 
Se a constituição da fundação se der por ato inter vivos – escritura pública – não pode 
haver revogação, prevendo o art. 64 do CC, inclusive, que o instituidor é obrigado a 
transferir a propriedade dos bens sob pena de, não o fazendo, serem registrados em 
nome da fundação por determinação judicial. Se instituída por testamento, o ato de 
liberalidade mortis causa pode ser revogado a qualquer tempo. Incorreta a alternativa 
“B”. 
Para que ocorra a alteração no estatuto da fundação, mister que a reforma seja 
deliberada por 2/3 dos componentes para gerir e representar a fundação; não 
contrarie ou desvirtue as suas finalidades institucionais; seja aprovada pelo MP ou, 
caso haja denegação deste, por suprimento judicial, a requerimento do interessado 
(art. 67 do CC). Incorreta a alternativa “A”. 
A minoria vencida na reforma do estatuto da fundação poderá impugná-la em 10 
(dez) dias após a sua ciência da aprovação (art. 68 do CC). Incorreta a alternativa 
“D”. 
 
 29 
 
 
 
Em caso de extinção da fundação, o seu patrimônio será incorporado, salvo disposição 
em contrário no próprio ato constitutivo, ou no estatuto, em outra fundação, 
designada pelo juiz, que se proponha a fim igual ou semelhante (art. 69 do CC). 
Incorreta a alternativa “E”. 
 
34. Têm personalidade jurídica privada: 
 
(A) as sociedades de economia mista e os partidos políticos. 
(B) o condomínio em edificações e a sociedade de fato. 
(C) as autarquias e as fundações. 
(D) as empresas públicas e as autarquias. 
(E) o condomínio regulado pelo Código Civil e as fundações instituídas por pessoa 
física mediante escritura pública. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
O condomínio não é considerado pela lei pessoa jurídica, detendo apenas legitimidade 
processual. As sociedades de fato, por nao registrarem os seus atos constitutivos no 
órgão competente, não têm personalidade jurídica. Incorreta a alternativa “B”. 
As autarquias são pessoas jurídicas de direito público. Incorreta a alternativa “C”. 
As empresas públicas têm personalidade jurídica de direito privado, as não as 
autarquias. Incorreta a alternativa “D”. 
As fundações instituídas por particular mediante escritura pública tem personalidade 
jurídica de direito privado, mas não o condomínio, que não é considerado pessoa 
jurídica pela lei. Incorreta a alternativa “E”. As sociedades de economia mista são 
pessoas jurídicas de direito 
privado, assim como os partidos políticos. Correta a alternativa “A”. 
 
(CESGRANRIO-ANALISTA TÉCNICO JURÍDICO-SECAD-TO- 2004) 
35. Assinale a opção que apresenta pessoa jurídica de direito privado. 
 
(A) Organização das Nações Unidas. 
(B) INSS. 
(C) Partidos Políticos. 
(D) Estados. 
(E) Autarquias. 
 
COMENTÁRIOS: 
O art. 42 do CC declara que são pessoas jurídicas de direito público externo os 
países estrangeiros e as demais pessoas jurídicas que 
 
 30 
 
 
 
forem regidas pelo Direito Internacional Público. A ONU, portanto, é pessoa jurídica de 
Direito Público Externo. Incorreta a alternativa “A”. 
O INSS é pessoa jurídica de direito público interno da administração indireta, sendo 
uma autarquia federal. Incorreta a alternativa “B”. 
A Lei 10823/2003 acrescentou o inc. V ao art. 41 do Código Civil, para incluir os 
partidos políticos dentre as pessoas jurídicas de Direito Privado. Correta a alternativa 
“C”. 
Os Estados são pessoas jurídicas de direito público interno da administração direta 
(art. 41, II do CC). Incorreta a alternativa “D”. 
As autarquias são pessoas jurídicas de direito público interno da administração indireta 
(art. 41, IV do CC). Incorreta a alternativa “E”. 
 
(DELEGADO DE POLÍCIA/MG/2001) (ADAPTADA) 
36. Assinale a opção correta. 
 
A) as associações de utilidade pública e as fundações são pessoas de direito público 
interno. 
B) a sociedade simples é pessoa jurídica de direito público interno e sua existência 
legal começa com seu registro na Junta Comercial. 
C) a sociedade simples é pessoa jurídica de direito público interno e sua existência 
legal começa com o seu cadastramento na repartição fiscal. 
D) a sociedade simples é pessoa jurídica de direito privado e sua existência legal 
começa com a integralização de seu capital. 
E) a sociedade civil é pessoa jurídica de direito privado e sua existência legal começa 
com registro de seu ato constitutivo no registro que lhe é peculiar. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
As associações e fundações são pessoas jurídicas de direito privado, como prevê o art. 
44, I e III do CC. Incorreta a alternativa “A”. 
As sociedades (simples e empresárias) são pessoas jurídicas de direito privado (art. 
44, II do CC). No caso das sociedades simples, a aquisição de sua personalidade dá-se 
através do registro no órgão competente (art. 45 do CC), quando passa a existir 
legalmente. Portanto, incorretas as alternativas “B”, “C” e “D”. O registro na Junta 
Comercial só é exigido para as sociedades empresárias. 
A alternativa “E” está integralmente correta. 
 
(DELEGADO DE POLÍCIA/MG/2001) (ADAPTADA) 
37. Assinale a opção correta. A Fundação: 
 
A) só pode ser criadapor lei. 
B) só pode ser criada através de contrato firmado entre os interessados. 
 
 31 
 
 
 
C) pode ser criada através de escritura pública, devendo o seu instituidor especificar 
o fim a que se destina e a maneira de administrá-la. 
D) pode ser criada através de escritura pública ou testamento, devendo o seu 
instituidor especificar o fim a que se destina e a maneira de administrá-la. 
E) pode ser criada através de escritura pública ou testamento, devendo seu 
instituidor especificar o fim a que se destina, e declarar, se quiser, a maneira de 
administrá-la. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A fundação privada pode ser criada por escritura pública ou por testamento 
(art. 62, 1ª parte, do CC). Portanto, incorretas as alternativas “A” e “B”. 
No ato constitutivo, o instituidor deverá especificar o fim a que se destina, mas é 
facultativa a indicação do modo de administrá-la (art. 62, 2ª parte, do CC). Incorretas 
as alternativas “C” e “D” e correta a alternativa “E”. 
 
 
QUESTÕES APRESENTADAS 
 
(CAERD-RO-2002-TÉCNICO) (ADAPTADA) 
01. São relativamente incapazes em relação a certos atos da vida civil: 
 
f) os menores de dezesseis anos, os pródigos e os excepcionais sem 
desenvolvimento completo; 
g) os silvícolas, os pródigos e os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; 
h) os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir a sua vontade e os 
que, por enfermidade ou doença mental, não tiverem o necessário 
discernimento para a prática desses atos; 
i) os ausentes, declarados tais por ato do juiz, os maiores de dezesseis e menores 
de dezoito anos e os pródigos; 
j) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos, os ébrios habituais, os 
viciados em tóxicos e os pródigos. 
 
(OAB-RO-ABRIL/2004-34º CONCURSO) 
02. Ao afirmar que uma pessoa é absolutamente incapaz para exercer os atos da 
vida civil, estamos reconhecendo as suas falta de capacidade jurídica. Para suprir 
esta incapacidade, esta pessoa deverá ser: 
 
a) Representada. 
 
 32 
 
 
 
b) Assistida. 
c) Substituída. 
d) Excluída. 
 
(OAB-RO-ABRIL/2004-34º CONCURSO) 
03. A respeito da capacidade civil, pode-se afirmar que: 
 
a) Os absolutamente incapazes devem ser representados e os relativamente
 incapazes devem, em regra, ser assistidos; 
b) Os menores de dezesseis anos são absolutamente incapazes; 
c) A prática de ato pelo absolutamente incapaz redunda em sua nulidade; 
d) Todas as alternativas estão corretas. 
 
(OAB/SP/125º/2005) 
04. São absolutamente incapazes os menores de: 
 
A) 16 anos; os ausentes; os que não puderem exprimir sua vontade, em razão de 
causa permanente. 
B) 18 anos; os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário 
discernimento para os atos da vida civil; os excepcionais, sem desenvolvimento mental 
completo. 
C) 16 anos; os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem necessário 
discernimento para os atos da vida civil; os que, mesmo por causa transitória, não 
puderem exprimir sua vontade. 
D) 16 anos; os ébrios habituais; os pródigos; os toxicômanos. 
 
(OAB-RO-30º CONCURSO) (ADAPTADA) 
05. De acordo com o Código Civil vigente, assinale a alternativa correta: 
 
A - São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os 
menores de 18 anos, os pródigos e que, mesmo por causa transitória, não 
puderem exprimir sua vontade. 
B - São capazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer, os maiores de 
14 e menores de 18 anos, os ausentes e os silvícolas. 
C - Aos 16 anos completos acaba a menoridade, ficando habilitado o indivíduo para 
todos os atos da vida civil. 
D - Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar 
se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente 
mortos. 
 
06. São absolutamente incapazes, exceto: (ADAPTADA) 
 
A - ausentes. 
 
 33 
 
 
 
B - os menores de 16 anos. 
C – os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade. 
D - os enfermos que não tiverem o necessário discernimento para a prática de atos da 
vida civil. 
 
(TRT-9ª. REGIÃO-ANALISTA JUDICIÁRIO) (ADAPTADA) 
 
07. São absolutamente incapazes: 
 
a) os maiores de dezesseis anos e os menores de dezoito anos de idade; 
 
b) os pródigos; 
 
c) os surdos-mudos que não puderem exprimir a sua vontade; 
 
d) os silvícolas; 
 
e) os menores que colarem grau em curso de ensino superior. 
 
(DELEGADO-POLÍCIA CIVIL-GO-2003) 
08. Em tema de morte presumida, é CORRETO afirmar: 
 
a) Sem decretação de ausência, não pode ser declarada a morte presumida. 
b) Somente pode ser declarada a morte presumida após decorridos dois anos da 
decretação da ausência. 
c) Se a pessoa estava em perigo de vida, a morte presumida pode ser declarada 
após um ano da decretação da ausência. 
d) Pode ser declarada a morte presumida sem a decretação de ausência. 
 
09. O negócio jurídico praticado pelo absolutamente incapaz, sem a devida 
representação, será: 
 
a) nulo 
 
b) anulável 
 
c) nulo se lhe causar prejuízo aparente 
 
d) anulável se envolver quantia de relativa monta 
 
e) nulo se não houver autorização expressa do juiz, ouvido o Ministério Público. 
 
 34 
 
 
 
(ICMS-2000-MS) (ADAPTADA) 
 
10. Os menores de 16 anos, os pródigos, os viciados em tóxicos e os que mesmo 
por causa transitória, nao puderem exprimir sua vontade, são, respectivamente: 
 
A) Relativamente incapazes, absolutamente incapazes, relativamente incapazes e 
absolutamente incapazes 
 
B) Absolutamente incapazes, relativamente incapazes, relativamente incapazes e 
absolutamente incapazes 
 
C) Relativamente incapazes, relativamente incapazes, absolutamente incapazes e 
relativamente incapazes 
 
D) Absolutamente incapazes, absolutamente incapazes, 
absolutamente incapazes e relativamente incapazes. 
 
(MP-PROCURADOR FEDERAL-12ª-2003) 
11. A Doação feita a nascituro: 
 
A) É válida, mas ineficaz; 
B) É válida, transmitindo desde logo a propriedade do bem doado; 
C) Fica sujeita a termo; 
 
D) Fica sujeita a condição. 
 
(TRT-9ª. REGIÃO-ANALISTA JUDICIÁRIO) (ADAPTADA) 
 
12. Cessa a incapacidade para os menores: 
 
a) pelo exercício de qualquer emprego; 
 
b) pelo exercício da empresa; 
 
c) pelo estabelecimento civil ou comercial com economia própria pelo menor com 
mais de dezesseis anos; 
 
d) pela união estável, uma vez que a CF/88 a equiparou ao casamento; 
 
e) pela colação do 2º grau. 
 
(MAGISTRATURA-SP-174º CONCURSO) (ADAPTADA) 
13. A emancipação civil, no regime legal ora vigente, 
 
 35 
 
 
 
(A) é ato exclusivo dos pais, conjuntamente, ou, na falta de um deles, por morte ou 
interdição, ato do outro genitor, fazendo cessar a incapacidade relativa do filho. 
(B) quando outorgada pelos pais, ou por um deles, depende de escritura pública. 
(C) depende sempre de decisão judicial. 
(D) pode ser outorgada por escritura pública ou particular. 
 
(TRT-9ª. REGIÃO-ANALISTA JUDICIÁRIO) 
 
14. Em relação ao domicílio civil da pessoa natural pode-se afirmar que: 
 
a) se a pessoa possui várias residências, nenhuma será considerada seu domicílio; 
 
b) muda-se o domicílio com a simples intenção de transferir a residência; 
 
c) se a pessoa possui várias residências, todas serão consideradas seus domicílios; 
 
d) quando a pessoa não tiver domicílio, considera-se domiciliada na zona eleitoral em 
que esteja registrada; 
 
(PROCURADOR MUNICIPAL-RECIFE-2003) 
15. O advogado A, que reside permanentemente em Olinda, mas mantém 
escritórios, onde exerce sua profissão, em Recife e Petrolina, tem por domicílio, 
 
A) apenas Recife, por ser a Capital do Estado. 
B) apenas Olinda, onde mantém residência com ânimo definitivo. 
C) quanto às relações concernentes à profissão neles praticadas, os Municípios de 
Recife e Petrolina. 
D) Olinda, Petrolina e Recife para quaisquer relações jurídicas, indistintamente. 
E) o lugar em que for encontrado, pois se trata de um itinerante. 
 
(CÂMARA MUNICIPAL DE GUARULHOS-SP-PROCURADOR-2002-
VUNESP) 
16. Quanto ao domicílio, em nosso sistema legal, 
 
(A) uma pessoa pode ter domicílio sem ter residência. 
(B) o domicílio é todo lugar que a pessoa estabelece sua residência. 
(C) as mulheres casadas possuem o mesmo domicílio do marido. 
(D) a pessoa natural tem um único domicílio pela nossa legislação. 
 
 36 
 
 
 
(E) o funcionário público, no exercício de sua função, não possui domicílio 
voluntário. 
 
(IPEM-AP) 
17. A pessoa abaixo tem domicílio necessário, exceto: 
 
(A) o incapaz. 
(B) a pessoa que exercita a profissão em lugares diferentes. 
(C) o marítimo. 
(D) o preso. 
(E) o funcionário público. 
 
(OAB-RJ-MARÇO/1999) 
 
18. Assinale a única resposta certa: 1- Quanto ao domicílio civil da pessoa 
natural podemos dizer que: 
 
(a) Não há qualquer distinção jurídica entre domicílio e residência. 
(b) Domicílio é o lugar do trabalho, portanto diferente de residência. 
(c) É o lugar onde a pessoa estabelece a sua residência com ânimo definitivo. 
(d) É o lugar onde a pessoa reside temporariamente. 
 
(OAB/SP/125º/2005) 
19. O domicílio, como consagrado pelo Código Civil, 
 
A) é único e consiste no local em que a pessoa estabelece residência com ânimo 
definitivo. 
B) é único e consiste no centro de ocupação habitual da pessoa natural. 
C) é considerado o local onde a pessoa exerce sua profissão. Se a pessoa exercer a 
profissão em locais diversos, deverá indicar um local específico para todas as relações 
correspondentes. 
D) pode ser plural, desde que a pessoa tenha diversas residências onde 
alternadamente viva. 
 
(MP-RN) (ADAPTADA) 
20. Em sua parte geral o Código Civil Brasileiro divide as pessoas entre naturais e 
jurídicas. A propósito desse tema, julgue as afirmações seguintes atribuindo-lhes V 
(verdadeiro) ou F (falso), assinalando a alternativa que contenha a seqüência 
correta: 
 
I – os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem a necessária prática 
para os atos da vida civil, os menores de 16 (dezesseis) anos e os que, ainda 
por causa transitória, não puderem 
 
 37 
 
 
 
exprimir sua vontade são considerados absolutamente incapazes para exercer 
pessoalmente os atos da vida civil; 
II – os pródigos, os ébrios habituais e os ausentes declarados por ato judicial são 
considerados relativamente incapazes a praticar certos atos da vida civil; 
III – as empresas públicas são pessoas jurídicas de direito público, enquanto que as 
sociedades de economia mista e as fundações são pessoas jurídicas de direito privado; 
IV – as pessoas jurídicas têm finda a sua existência pela dissolução, que pode ocorrer 
em virtude de ato do Governo; 
V – são pessoas jurídicas de direito público a União, os Estados, o Distrito Federal, os 
Municípios e os Partidos Políticos. 
 
A) V V F V V 
B) V F F V F 
C) F V V F F 
D) F V F F F 
E) V F V F V 
 
(OAB-RO-35º CONCURSO) 
 
21. Quais dos motivos abaixo não é causa de cessação da incapacidade civil 
para os menores. Aponte-o: 
 
a) O nascimento da prole. 
b) O casamento. 
c) O estabelecimento comercial com economia própria. 
d) O exercício do emprego público efetivo. 
 
(PROCURADORIA/DF/2004) 
 
22. Quanto aos direitos de personalidade, pode-se afirmar: 
 
A) é vedado, seja qual for a hipótese, à pessoa juridicamente capaz, dispor 
gratuitamente de tecidos, órgãos e partes do próprio corpo vivo, pois os direitos de 
personalidade, entre os quais se pode citar a integridade física, são irrenunciáveis. 
B) é viável a utilização, por terceiro, da imagem de uma pessoa, desde que tal uso 
não lhe atinja a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se destine a fins 
comerciais. 
C) os direitos de personalidade, além de irrenunciáveis, não admitem limitações 
voluntárias, razão pela qual o Ordenamento Jurídico Pátrio permite que um filho, 
seja ele capaz ou incapaz, seja reconhecido pelo verdadeiro pai ainda que não 
almeje tal reconhecimento. 
D) embora o nome de uma pessoa goze de proteção legal, o mesmo não se dá quanto 
ao pseudômino utilizado em atividades lícitas. 
 
 38 
 
 
 
E) apenas o titular do direito de personalidade pode exigir que cesse a ameaça, ou a 
lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras 
sanções previstas em lei, sendo vedado a qualquer outra pessoa levar a efeito tais 
medidas, ainda que o titular do direito de personalidade já tenha falecido. 
 
23. (DELEGADO-POLÍCIA CIVIL-GO-2003) 
O novo Código Civil preceitua no seu art. 12, que “se pode exigir que cesse a ameaça 
ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de 
outras sanções previstas em lei”. 
Em caso de morte, tem legitimação para requerer a medida prevista no artigo citado: 
 
a) o cônjuge sobrevivente e os demais descendentes. 
b) o cônjuge sobrevivente, qualquer parente em linha reta e colateral até o terceiro 
grau. 
c) o cônjuge sobrevivente, qualquer parente em linha reta e colateral até quarto grau. 
d) o cônjuge sobrevivente, qualquer parente em linha reta e o colateral em segundo 
grau. 
 
(PROMOTOR DE JUSTIÇA/MA/2004 
24. Assinale a alternativa incorreta. 
 
A) Serão registrados em registro público: I - os nascimentos, casamentos e óbitos; II - 
a emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz; III - a interdição por 
incapacidade absoluta ou relativa; IV - a sentença declaratória de ausência e de morte 
presumida. 
B) Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são 
transmissíveis e irrenunciáveis, podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária. 
C) Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, 
e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei. 
D) Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, 
quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons 
costumes. 
E) Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome. 
 
(ADVOGADO-ELETRONORTE-2005) 
25. A Parte Geral do Código Civil normatiza os Direitos da Personalidade em 
capítulo próprio. Quanto a esses direitos, é correto afirmar que: 
 
 39 
 
 
 
A) a exigência de cessar ameaça ou lesão aos Direitos da Personalidade somente é 
concebível com referência a pessoa viva; 
B) são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação 
voluntária, salvo previsão legal; 
C) é válida a disposição onerosa do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois 
da morte; 
D) o nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações que a 
exponham ao desprezo público, salvo ausência de intenção difamatória; 
E) ninguém pode ser constrangido a submeter-se a intervenção cirúrgica, salvo com 
risco de vida. 
 
(VUNESP)(TRF-ANALISTA JUDICIÁRIO-EXECUÇÃO DE 
MANDADOS-CE) 
 
26. Os Territórios Federais integram: 
 
(A) a União. 
(B) os Estados. 
(C) os Municípios. 
(D) as Capitais dos Estados. 
(E) a Capital Federal. 
 
(OAB/SP/125º/2005) 
27. No que diz respeito às pessoas jurídicas, é INCORRETO afirmar: 
 
A) As pessoas jurídicas de direito público são civilmente responsáveis pelos atos de 
seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito 
regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo. 
B) Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito público com a inscrição 
do ato constitutivo no registro pertinente, decaindo em cinco anos o direito do 
particular interessado pleitear a anulação de seus atos constitutivos. 
C) São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas as 
pessoas que forem regidas pelo direito internacional público. 
D) Obrigam a pessoa jurídica os atos dos administradores, exercidos nos limites de 
seus poderes definidos no ato constitutivo. 
 
(ESAF/AFTN/98) 
 
28. O Instituto Nacional do Seguro Social - INSS é 
 
a) pessoa jurídica de direito público interno de administração

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