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Custos e Produção
Renata Pedretti Morais Furtado
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Custo de produção
O custo de produção tem como principal finalidade servir para análise da rentabilidade dos recursos empregados numa atividade produtiva, útil no processo de tomada de decisão do empresário.
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Custo de produção
Para avaliar o custo de produção de uma firma é importante considerar dois períodos de tempo:
O curto prazo: em que a firma pode alterar (elevando ou reduzindo) alguns insumos- mas não todos- para aumentar ou reduzir a produção. Geralmente, no curto prazo, a firma responde a um aumento de demanda contratando mais mão-de-obra e comprando mais matérias-prima, mas suas instalações e equipamentos continuam os mesmos.
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Longo prazo: a firma neste caso pode alterar todos os insumos, inclusive o tamanho das instalações e equipamentos.
O curto prazo é o mínimo de tempo necessário para que um ciclo se complete, isto é, o período entre o emprego dos recursos e a resposta a estes em forma de produto. O longo prazo envolve dois ou mais ciclos produtivos.
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Custos fixos:
São aqueles que não aumentam nem diminuem quando a produção varia.
Tem como características básicas:
Tem duração superior ao curto prazo;
Não se incorporam totalmente no produto a curto prazo;
Não são facilmente alteráveis no curto prazo; em geral se enquadram nesta categoria, terras, benfeitorias, máquinas, equipamentos, impostos e taxas fixas, animais produtivos, dentre outros.
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Custos variáveis
São aqueles que aumentam ou diminuem quando a produção varia.
Tem como características básicas:
Duração inferior ou igual ao curto prazo;
Incorporam-se totalmente ao produto no curto prazo;
São alteráveis no curto prazo e essas alterações provocam variações na quantidade e qualidade do produto dentro do ciclo. Como exemplos: gastos com insumos, matérias-primas, assistência técnica. São desembolsos efetuados dentro do ciclo produtivo, portanto tem importância considerável na tomada de decisão do empresário
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Custo total
É a soma do custo fixo e do custo variável.
O custo total médio é o custo total por unidade de produto obtido pela divisão do custo total pela quantidade produzida.
CTME = CT/Q
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Custo marginal
O custo marginal é o custo de se produzir uma unidade a mais do produto. É a mudança no custo total resultante da mudança de uma unidade no produto.
Os custos marginais representam o custo mais importante para tomar decisões de produção, pois o custo marginal significa a alteração (geralmente o aumento do custo total necessário para produzir mais uma unidade).
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Longo prazo
No planejamento de longo prazo qualquer tamanho no nível de negócios é uma possibilidade para a empresa. Todos os recursos são variáveis. A empresa pode mudar as quantidades de terra, benfeitorias e equipamentos e outros recursos utilizados, por unidade de tempo. É útil considerar o longo prazo como uma série de situações alternativas de curto prazo em qualquer das quais a empresa pode situar-se. Assim, o custo total médio de longo prazo (ctmelp) mostra o menor custo unitário possível para produzir várias quantidades, quando a empresa pode planejar para adotar o tamanho desejado. 
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Painéis das diferentes escalas
de custo no longo prazo
Quando todos os insumos aumentam, os economistas dizem que a escala da firma aumentam. Temos três casos possíveis:
Economia de escala: rendimentos crescentes de escala: ocorre quando o custo total médio cai quando a produção aumenta. Nos rendimentos crescentes de escala, um aumento de todos os insumos acarreta um aumento mais do que proporcional na produção. Isso resulta em menos insumos por unidade produzida, e em menor CTM quando a produção aumenta.
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A economia de escala é resultado principalmente da especialização e da melhor utilização de equipamentos pesados (por exemplo, um trator tem melhor uso numa fazenda grande do que numa de um alqueire).
Rendimentos constantes de escala: ocorre quando o CTM permanece inalterado quando a produção varia. Com rendimentos constantes de escala um aumento de todos os insumos resulta num aumento proporcional da produção (por exemplo: a duplicação de todos os insumos resulta numa duplicação da produção).
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Deseconomia de escala: ou rendimentos decrescentes de escala: ocorre quando o CTM aumenta quando a produção aumenta. Com rendimentos decrescentes de escala, um aumento de todos os insumos leva a um aumento menos que proporcional na produção (por exemplo, a duplicação de todos os insumos eleva a produção em 50%). A deseconomia de escala geralmente é resultado dos problemas e aumento de custos associados às grandes burocracias.
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São importantes economias de escala:
Crescentes possibilidades de divisão e especialização do trabalho;
Crescentes possibilidades de uso de desenvolvimento tecnológico avançado e ou equipamentos maiores.
Limitações à eficiência da administração em controlar e coordenar uma empresa levam as deseconomias de escala, sendo que neste caso a tendência de crescimento dos custos totais médios de longo prazo.
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Custo marginal no curto prazo
Os economistas verificaram que no curto prazo geralmente a curva dos custos marginais tem forma de U:quando a produção aumenta, inicialmente os custos caem e depois aumentam.
Rendimentos marginais crescentes
Rendimentos marginais decrescentes de produção
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Custo marginal
O custo marginal apresenta forma de U ao verificar que cada operário adicional eleva a produção total mais que o operário anterior: a pmg está aumentando, assim o rendimento marginal é crescente. Assim, o custo marginal diminui quando a produção aumenta. Ma a lei de rendimentos marginais decrescentes afirma que, após um certo nível de produção, a Pmg do insumo declina, e as unidades sucessivas elevam cada vez menos a produção total. Na seção em que os rendimentos marginais são decrescentes, a pmg está diminuindo. Portanto, o cmg aumenta.
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Custo marginal
Vamos imaginar uma fábrica com um grande estoque de equipamentos e materiais. Para produzir a primeira unidade provavelmente serão necessários muitos operários, principalmente se a fábrica estiver baseada numa linha de montagem. Nesse caso, o custo marginal da primeira unidade será muito alto. Para produzir as unidades subseqüentes serão necessárias menos unidades de mão-de-obra, e o custo marginal vai cair. Contudo, num certo ponto, a fábrica atinge plena capacidade do número de operários e o acréscimo de mão-de-obra não vai elevar a produção como antes. (isto é, os rendimentos serão decrescentes), e a produção de cada unidade adicional passará a custar cada vez mais. Por isso o custo marginal terá forma de U.
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Lucros e Custos
Os custos explícitos pagam pelos insumos.
São os custos registrados pela contabilidade.
Os custos implícitos do tempo do empresário e do investimento na firma. Esses custos são medidos pelo que os proprietários poderiam ter ganho se tivessem trabalhado e investido na próxima melhor alternativa. Custo de oportunidade do tempo e do capital.
LUCRO CONTÁBIL= RECEITA TOTAL – CUSTOS EXPLÍCITOS
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LUCRO ECONÔMICO
Lucro econômico: é o valor que ultrapassa o valor necessário para conseguir que algo seja feito. O valor necessário é o custo, incluindo tanto o valor explícito quanto o implícito.
Portanto:
LUCRO ECONÔMICO = RECEITA TOTAL – CUSTOS EXPLÍCITOS + CUSTOS IMPLÍCITOS
O LUCRO ECONÔMICO É O MESMO QUE “LUCRO EXCEDENTE”, POIS EXCEDE O VALOR QUE O PROPRIETÁRIO PRECISA GANHAR PARA PRODUZIR.
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 Análise de Rentabilidade 
A receita representa o resultado da atividade em valores monetários. Em sua expressão mais simples é a multiplicação do preço pela quantidade produzida. Muitas vezes o processo de produção de certa atividade produz vários produtos. Neste caso, a receita representa o valor do produto principal e dos demais subprodutos também.
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Análise de rentabilidade da atividade
Situação de lucro supernormal: sugere que a atividade está atraindo recursos e em condições de se expandir.
Situação de lucro normal: indica que a atividade proporciona
rentabilidade igual à de outra melhor alternativa, o que sugere estabilidade.
Situação em que o preço paga os custos variáveis e parte dos custos fixos: significa que a firma é capaz de permanecer produzindo, mas como não consegue repor parte do capital
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Fixo, é possível que a longo prazo venha a optar por outra alternativa.
Situação em que o preço paga apenas os custos variáveis: neste caso a situação da firma é economicamente pior que a anterior e no longo prazo também terá que optar por outra alternativa.
Situação em que o preço não paga nem os custos variáveis: neste caso, a produção só será mantida, se houver subsídio da atividade por parte do produtor.
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PRODUÇÃO
A função produção identifica a forma de solucionar os problemas técnicos da produção, por meio da apresentação das combinações de fatores que podem ser utilizados para o desenvolvimento do processo produtivo. Podemos conceituá-la como sendo a relação que mostra qual a quantidade obtida do produto, a partir da quantidade utilizada dos fatores de produção.
Q= F(X1, X2)
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Curto e longo prazo
A teoria econômica, na sua análise, considera dois tipos de relações entre a quantidade produzida do produto e a quantidade utilizada dos fatores. A primeira delas ocorre quando, na função produção, alguns fatores são fixos e outros variáveis. Esse tipo de relação identifica o que a teoria denomina curto prazo. O segundo tipo de relação identifica o longo prazo e ocorre quando todos os fatores são variáveis.
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Produção
Um insumo fixo é definido como aquele cuja quantidade não pode prontamente ser mudada quando as condições de mercado indicam que uma variação imediata no produto é desejável. Pode-se acreditar que nenhum insumo é sempre absolutamente fixo, mesmo num curtíssimo espaço de tempo.
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Como exemplo podemos considerar uma plantação de milho ou trigo onde temos um tamanho limitado de terra a ser cultivada, ou seja, insumo fixo, e pretendemos num curto período de tempo, aumentar a produção. Como meu recurso fixo é limitado, sem possibilidades de aumento dado a relação custo/benefício, o produtor aumenta o número de trabalhadores, ou seja, insumo variável em suas terras. Inicialmente, a relação insumo fixo/insumo variável é positiva, à medida que se aumenta o número de trabalhadores em um mesmo acre ou hectare. 
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Esses trabalhadores passam a atrapalhar uns aos outros, caindo a produtividade, assim o Pma do trabalho chega a zero, e depois se torna negativo, confirmando a lei dos rendimentos decrescentes.
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Produto total 
Produto total do fator variável = como sendo a quantidade do produto que se obtém da utilização do fator variável, mantendo-se fixa a quantidade dos demais fatores.
É preciso notar que existe certa proporção de combinação entre o fator fixo e o fator variável, pois, à medida que se incrementa o nível de utilização do fator fixo, reduzem-se as quantidades utilizadas do fator variável na função. 
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Produto total
 q
 x
Podemos dizer que o produto físico total representa a resposta dos fatores fixos à variação do fator variável.
 
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Produtividade Média e Marginal
Produtividade média do fator variável é o resultado do quociente da quantidade total produzida pela quantidade utilizada desse fator.
Pme= q/x1
Produtividade marginal do fator variável entende-se a relação entre as variações do produto total e as variações da quantidade utilizada do fator variável. 
Pmg = q/ x1
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Lei dos rendimentos decrescentes
Admitindo-se a função de produção considerada, pode-se analisar um elemento na teoria da produção: a Lei dos Rendimentos Decrescentes. Essa lei descreve o comportamento da taxa de variação da produção, quando é possível variar apenas um dos fatores, permanecendo constantes os demais.
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Rendimentos decrescentes
A lei pode ser enunciada: aumentando-se a quantidade de um fator variável, permanecendo a quantidade dos demais fatores fixa, a produção inicialmente, crescerá a taxas crescentes, a seguir depois de certa quantidade utilizada do fator variável, passaria a crescer a taxas decrescentes, continuando o incremento da utilização do fator variável, a produção decrescerá.
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Estágios de produção
 
 estágio I estágio II estágio III
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Estágio I – Há uma subutilização do capital fixo em relação ao capital variável. Grandes acréscimos de insumo variável vão apresentar respostas crescentes na produção. A operação a estes níveis é irracional do ponto de vista técnico
Estágio II – Há a eficiência técnica; a melhor combinação dos fatores fixos e variáveis. Alcança-se o melhor nível de produção.
A produção no estágio II, indica os limite do extensivo e do intensivo. Esse é um estágio racional.
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Estágios de produção
Estágio III – Há uma superutilização do capital fixo em relação ao variável. Grandes acréscimos de insumo variável não vão apresentar respostas na produção. Neste estágio o insumo variável é combinado com o insumo fixo em proporções não econômicas.

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