Buscar

NEUROBIOLOGIA DOS TRANSTORNOS MENTAIS

Prévia do material em texto

E-BOOK
 
NEUROBIOLOGIA 
DOS TRANSTORNOS MENTAIS
 
NEUROBIOLOGIA 
DOS TRANSTORNOS MENTAIS
Seja bem-vindo!
Obrigado por fazer parte do nosso propósito de levar
conhecimento com qualidade para o maior número de
pessoas possíveis, por confiar e acreditar no nosso
trabalho assim como nós acreditamos e confiamos no
seu potencial. acreditamos que você pode chegar
onde quiser sempre com mais conhecimento. 
Você já é diferente por ter acesso a esse e-book e
certificado.
Você poderá ter acesso aos nossos cursos e congressos
pelo nosso site: www.cessetembro.com.br
Quer ser um membro VIP? 
Faça parte da A Nova Classe: www.anovaclasse.com.br
Nos acompanhe através de nossa rede social:
 
 @cessetembro
Vamos fazer história juntos!
http://www.anovaclasse.com.br/
http://instagram.com.br/CESSETEMBRO
Variam muito em manifestação e intensidade entre os
indivíduos
Três características comuns:
Epidemiologia
Multifatorial Fatores genéticos e ambientais
Multifatorial Fatores genéticos
Gêmeos monozigóticos – concordância entre
60-80%
Gêmeos dizigóticos – concordância entre 10-
30%
20% dos irmãos de crianças com autismo
também irão desenvolver
Genes relacionados com formação das sinapses 
 Cromossomos X (XX protetor)
VACINA NÃO CAUSA AUTISMO Indivíduos vacinados têm
menor incidência de autismo (Fator protetor!)
Padrão complexo de herança Mesmos genes nos
diferentes indivíduos, mas com diferentes combinações
Infecção viral materna – rubéola, sarampo, gripe, herpes,
citomegalovírus
Multifatorial Fatores ambientais
Sistema imunológico altera neurodesenvolvimento
Diagnóstico:
Ausência de biomarcadores Análise de critérios
comportamentais (não único)
Antes dos três anos de idade Entre 6 meses e 1 ano
Pais podem notar alterações comportamentais desde
início da vida como durante o segundo ano de vida
Características:
Linguagem literal, perda de habilidade na conversação e
pouca compreensão de ironias
Dificuldade social ao longo da vida Baixa capacidade de
fazer amigos/manter relacionamentos
Preferência por rotina/padrões comportamentais restritos
permanecem ao longo da vida Interesses sofrem alterações
Hipersensibilidade ao toque, gosto, som, visão Contribui
paras comportamentos restritos
Forte preferência e aversão
Não atende quando chamado pelo nome
Prefere objetos a pessoas
Uso repetitivo de objetos (girar)
Exploração visual incomum
18 meses:
Não volta sua atenção para pessoa/
Não aponta/gestos para direcionar
Não se envolve em jogos de faz-de-conta
objeto que é foco de outra pessoa
atenção de outras pessoas
Progressão
Fim do primeiro ano de vida:
Teoria da mente
3 anos:
Atraso no desenvolvimento da linguagem Ecolalia e
expressões idiossincráticas/particulares
Síndrome de Asperger: diagnóstico em idade escolar
Transtorno do neurodesenvolvimento – DSM V
Alterações no tamanho e curso do desenvolvimento de
algumas regiões encefálicas Cerebelo, córtex cerebral,
amígdala, hipocampo e corpo caloso
Macrocefalia do lobo frontal (2-3 anos) – não ocorre
refinamento da conectividade neural
Defeito na migração de células para o córtex cerebral,
organização colunar cortical anormal e menor número de
neurônios na amígdala de adultos com autismo
Comprometimento intelectual e déficit de
aprendizado
 Epilepsia
Síndromes genéticas
Transtornos psiquiátricos
Correlação com alterações comportamentais observadas
Excesso e desorganização de neurônios e sinapses
Comorbidades:
Ansiedade e depressão
Sobreposição de sintomas
Ilhotas de habilidades especiais:
Música, arte, cálculo, memória
Processamento de informações preferencialmente voltado
para pequenos detalhes ao invés de ver situação/imagem
como um todo
Regiões encefálicas envolvidas na percepção são altamente
funcionais
Sistematização
Tratamentos:
Farmacológico Sintomático
Insônia: melatonina
Hiperatividade, impulsividade e desatenção: metilfenidato
e atomoxetina
Irritabilidade: risperidona e aripiprazol
Estereotipia: fluoxetina, risperidona e valproato
Alterações comportamentais: quetiapina, clozapina,
ziprazidonae lítio
APs, ISRN, ISRS, estabilizadores do humor
Psicoterapia
Foco em comportamentos básicos para melhorar
interação e comunicação
Psicossociais e educacionais
Educação psicológica com suporte e orientação familiar 
 Melhor adaptação em ambiente estável e bem
estruturado
ENSINO ESPECIAL E INCLUSIVO Melhora significativa
nocomportamento ao longo dos anos
 Humor:
Emoção/sentimento que influencia o comportamento das
pessoas e colore sua percepção do mundo 
 Lábil, flutua e pode se alterar rapidamente 
Transtorno do humor: 
Pode ser observado por clínico ou apenas sentido pelo
paciente Mudança no nível de atividade, capacidade
cognitiva, fala e funções executivas Comprometimento do
funcionamento interpessoal, social e ocupaciona
TRANSTORNO BIPOLAR 
Transtorno do humor 
Oscilação entre episódios depressivos e episódios maníacos
Apenas episódios maníacos Mania unipolar ou pura 
 Bipolar I e bipolar 
Depressão: 
 Alteração de peso/apetite 
Alteração de sono 
Alteração de atividade 
Salta de energia 
Sentimento de culpa 
Dificuldade de raciocínio/tomada de decisão ✔
Pensamentos recorrentes de morte/suicídi
Mania: 
Humor persistentemente elevado, expansivo ou irritável 
 Envolvimento excessivo em comportamentos prazerosos
Autoestima inflada, desinibição, extravagância 
 Impulsividade, convicção e propósito
Atividade física e mental exacerbada 
Consumo excessivo de álcoo
Pouca necessidade de sono
Delírios complexos Religião, política, finanças, exualidade
e perseguição
Hipomania não compromete funcionamento
social/ocupacional e não há aspectos psicóticos
Tipo 2: Depressão e hipomania 
Problemas conjugais, início mais precoce, risco maior de
tentar/completar suicídio
Início pode se dar na infância (5-6 anos), por volta dos 30
anos ou mais tardiamente (após 50 anos de idade)
BIPOLAR • Comorbidades 
Uso de álcool/substâncias Transtornos de ansiedade 
Transtornos alimentares 
 Transtorno de pânico 
 Transtorno obsessivo-compulsivo
• Multifatorial Fatores genéticos e ambientais 
 Fatores genético
Herdabilidade – 50-70% 
Um dos pais afetados – filhos têm risco de 10-
25%, ambos – chance quadruplicada 
Gêmeos monozigóticos – 70-90% 
Diversos gene
Multifatorial Fatores genéticos e ambientais 
Fatores ambientais 
Situações de estresse precedem primeiro episódio 
Mudanças encefálicas duradouras 
Alteração nos níveis de NTs 
Alteração na comunicação neural 
Alteração no número de neurônios e sinapses
Risco aumentado de desenvolver episódios posteriores
mesmo sem fator estresso
Fisiopatologia 
Alteração em neurotransmissores, circuitos neurais e
mecanismos reguladores 
Monoaminas: 
NA 
5-HT 
DA Aumentada no episódio de mania 
Eixo HPA Hiperatividade na fase de mania 
Níveis aumentados de somatostatina Maior inibição da
liberação de GH
Fisiopatologia 
Alteração em neurotransmissores, circuitosneurais e
mecanismos 
reguladores 
Monoaminas: DA Aumentada no episódio de mania
 Alterações morfológicas 
 Aumento de ventrículos 
Atrofia cortical 
Alargamento de sulcos 
Episódios recorrentes são tóxicos
Quanto mais alterações, mais grave é a condição e maiores
os níveis de cortis
Tratamento 
Plano de tratamento que trate não apenas os sintomas
imediatos, mas também o bem-estar futuro do paciente 
 Fase aguda e manutençã
Farmacoterapia: 
Estabilizador de humor + AD/AP/BDZ ou anticonvulsivantes
Mania aguda – mais difícil de tratar
 Lítio 
 Valproato 
 Cabamazepina 
Clonazepam 
Antipsicóticos
Estabilizador de humor + AD/AP/BDZ ou
anticonvulsivantes Depressão bipolar aguda – ADs
podem precipitar mania ▪ ADs + estabilizadores de
humor ▪ Olanzapina + fluoxetina
Eletroconvulsoterapia para pacientes não responsivos
aos tratamentos farmacológicos e com alto risco de
suicídio
Farmacoterapia: 
Estabilizador de humor + AD/AP/BDZ ou anticonvulsivantes
Manutenção – Prevenir recidivas (maior desafio) ▪ Lítio 
Carbamazepina 
Ácido valpróico 
Suplementação tireoidiana– T3 e T4
Pensamentos intrusivos e rituais, preocupações e
compulsões ✔ Causam grave sofrimento para o indivíduo
 Consomem tempo 
 Interferem na rotina 
Interferem as atividades sociais 
Interferem nos relacionamentos 
Interferem no funcionamento ocupacional
Só obsessão, só compulsão ou ambos (75%) 
Contar 
Verificar 
 Evitar 
Limpa
Comportamento consciente, padronizado e recorrente 
TOC 
Ato compulsivo é praticado numa tentativa de reduzir a
ansiedade causada pela obsessão
Nem sempre funciona Aumento da ansiedade quando 
 indivíduo resiste à execução da compulsão
Prevalência 2-3% 
3º transtorno psiquiátrico mais comum 10% dos casos 
Atinge igualmente homens e mulheres Na
adolescência é mais prevalente em meninos 
Início por volta dos 20 anos Sintomas podem aparecer
durante infância e adolescênci
Início súbito Principalmente após evento estressante 
Conseguem manter os sintomas em segredo Demora
vários anos para procurar ajuda psiquiátrica Curso longo e
variável Flutuante ou constante 
Comorbidades 
TDM (67%) 
Fobia social (25%) 
Uso de álcool 
TAG 
Fobia específica 
Transtorno de pânico 
 Transtorno alimentar 
Transtorno de personalidade 
Síndrome de Tourrette (5-7%) e tiques (20-30%
Multifatorial Fatores genéticos, ambientais e
comportamentais ✔ Fatores genéticos Filhos de pais
diagnosticados com TOC têm chance maior (3-5x) de
apresentar sintomas obsessivos-compulsivos Gêmeos
monozigóticos têm risco maior que gêmeos dizigóticos 
 Fatores comportamentais Aprendizado, imitação
Fatores comportamentais Obsessão Estímulo
condicionado Objeto/pensamento neutro se torna
condicionado e capaz de provocar desconforto e ansiedade 
 Compulsão Padrões aprendidos Ação capaz de reduzir
sensação de ansiedade se torna estratégia de evitação ou
comportamento ritualístico
TOC 
Fisiopatologia 
Desregulação do sistema serotoninérgico Uso de fármacos
que agem neste sistema Aumento nos níveis de
metabólitos serotoninérgicos no liquor de pacientes com
TO
Desregulação do circuito CPFof-caudado-tálamo Aumento
da atividade nos lobos frontais, gânglios da base e giro do
cíngulo Rota cortico-estriatal 
Diagnóstico 
Sintomático 
Maioria reconhece pensamentos como irracionais e
absurdos e sente forte desejo de resistir a eles Oferecem
pouca resistência às compulsões Sintomas são
heterogêneos, podem se sobrepor e mudar ao longo do
tempo Contaminação, dúvida, pensamentos intrusivos e
simetri
Sintomas 
Contaminação Mais comum 
Lavagem, limpeza e evitação do objeto possivelmente
contaminado 
Pode causar lesão de pele por excesso de lavagem 
Não sai de casa por medo dos germes 
 Ansiedade, vergonha e nojo 
Acreditam que contaminação se espalha de objeto para
objeto ou de pessoa para pessoa com mínimo contato
PANDEMIA COVID-19
 
 
 Sintomas 
Contaminação
Dúvida 2º mais comum 
Dúvida seguida por verificação 
Múltiplas viagens de volta para casa para verificar fogão,
porta, torneira, etc 
 Sentimento de culpa
Pensamentos 3º mais comum 
 Pensamentos intrusivos e repetitivos sem compulsão 
 agressivos 
Atos sexuais repreensíveis 
Ideias suicidas
Simetria 4º mais comum 
Necessidade de simetria ou precisão 
 Pode levar a compulsão de lentidão 
Levam horas para terminar tarefas básicas, como refeição
barbear, etc
Outros tipos 
Obsessões
religiosas Masturbação 
 Puxar cabelo 
Roer unha 
Acúmulo
Tratamento Farmacológico, terapia comportamental e
terapias alternativas
•Tratamento Farmacoterapia ADs 
ISRS: fluoxetina, paroxetina, sertralina, citalopram 
 Doses mais altas 
 ADT: clomipramina (mais seletivo para 5-HT) 
Primeiro fármaco aprovado para tratar TOC
Outros: venlafaxina, pindolol, fenelzina, buspirona,
clonazepam, risperidona
Tratamento 
Psicoterapia TCC 
Exposição com prevenção de resposta Dessensibiliza
Prevenção de pensamentos 
Condicionament
Aumento dos níveis de estresse e ansiedade após evento
estressante ou traumático extremo 
Testemunha/envolvido em acidente ou crime violento 
 Diagnóstico de doença potencialmente fata
Abuso físico ou sexual 
 Desastre natural 
 Combate militar 
Sequestro 
Agressão
Aumento dos níveis de estresse e ansiedade após evento
estressante ou traumático extremo
ou traumático extremo 
Guerras/atentados: Guerra do Golfo, atentado de 11 de
setembro de 2001, guerras do Iraque e Afeganistão 
Eventos naturais: 
Tsunami, furacão, terremotos 
Torturas: 
 Genocídios, holocausto, refugiados, violência doméstica
PANDEMIA COVID-19
TEPT 
Mais comum em adultos jovens Maior exposição •
Incidência varia entre 9-15% da população 
Mulheres – 10% Agressão e estupro 
 Homens – 4% Combatentes em guerra
OBRIGADO

Continue navegando